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DIREITO ADMINISTRATIVO

 Princípios do Direito Administrativo


Os princípios do Direito Administrativo, são diretrizes que regem a atuação da
administração pública, servem como base para o bom entendimento da matéria de Direito
Administrativo, são encontrados na CF em seu art. 37, sendo aplicados em todas as esferas
do governo, orientando a atividade administrativa.
Princípio da legalidade
O princípio da legalidade é uma garantia que o cidadão possui de que ninguém será obrigado a
fazer, ou deixar de fazer nada, senão em virtude de lei.
Esse princípio assegura que a administração pública só atue conforme aquilo que está
expressamente autorizado em lei, protegendo os cidadão do abusos de poder por parte da
administração publica.
Dentro do campo do Direito administrativo, o principio da legalidade é sempre lembrado pela
seguinte frase: “No direito privado, tudo aquilo que não é proibido, é permitido. No direito
administrativo, só é permitido aquilo que é autorizado por lei.”
Princípio da impessoalidade
Quando se trata do princípio da impessoalidade, ele pode ser representado pela necessidade da
administração pública aplicar a lei com equidade e isonomia para todos os administradas,
cabendo citar aquela velha máxima do direito: “Todos são iguais perante a lei”.
Porém existem uma ressalva com relação a esse princípio, pois existem casos em é fundamental,
um tratamento igual para os iguais, e não igualitário para os desiguais, como por exemplo o
casso da assistência jurídica gratuita, para os hipossuficientes. O que esse princípio busca
impedir é vantagem injusta para alguns dos seus administrados, afinal ninguém pode ser tratado
diferente, por ser “amigo do rei”.
Princípio da moralidade
Este princípio está ligado diretamente ao princípio da impessoalidade, pois sua existência é
essencial para que o princípio da impessoalidade seja respeitado. Esse princípio impede a
obtenção de vantagem não resguardadas pela boa fé, ou ainda, que exige da atividade
administrativa seja desenvolvida de forma honesta.
Princípio da publicidade
O princípio da publicidade busca a transparência por parte do poder público, tem como objetivo
principal levar os atos da administração pública a conhecimento de todos, salvo nos casos de
sigilo.
Mais do que permitir acesso de todos aos atos da administração pública, evitando ou tentando
evitar atos de improbidade administrativa, é uma forma de fiscalizar os atos da administração
pública.
Princípio da eficiência
O princípio da eficiência, impõe que a administração pública deve evitar o desperdícios de
recursos e a falha, visa a utilização de recursos públicos de maneira produtiva. Cabendo
ressaltar que este princípio não dita regras a respeito da administração deve aditar e fazer uso do
produto mais barato, isto porque a eficiência desse princípio não tem ligação a eficiência
econômica, mas sim a eficiência do uso do recurso público.

 Poderes Administrativos
Resumidamente os pores administrativos, consistem em prerrogativas conferidas à
administração pública com o intuito de buscar o interesse geral. A doutrina diz que esses
poderes possuem características da instrumentalidade, haja vista constituírem meios para buscar
o interesse geral da sociedade.
Sendo assim, o administrador não pode dispor dos poderes públicos ao seu bel prazer. Assim ao
mesmo tempo em que consistem direitos, também representam dever da administração pública,
observando a necessidade de garantir o interesse público.
Os poderes administrativos se subdividem em discricionário e vinculado, sendo a liberdade do
administrador público a principal característica dessa subdivisão, irei relatar abaixo as suas
características.
Poder administrativo vinculado
O poder administrativo vinculado, são aqueles que são delimitados por lei, não dando margem
de liberdade para administração pública. Se deve cumprir a situação que está prevista em lei.
Um exemplo, seria se um cidadão infringir uma lei de transito, e nessa lei se afirmar que ser
cobrador o valor de R$1000,00 reais, o agente público ao verificar a atitude da pessoa e o
descumprimento da lei, deve cobrar o valor fixado na lei, não tendo margem para negociação.
Poder administrativo discricionário
Já no poder administrativo discricionário é exatamente o contrário do vinculado, o agente
público possui uma certa margem de liberdade, contudo essa liberdade é dentro dos limites
legais, obedecendo os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. Podemos citar aqui a
lei que fala sobre falta leve ou falta grave, mas não determina em seu corpo quais são as faltas
leves ou graves, deixando a decisão para o agente público o enquadramento da situação.
Cabe ressaltar aqui que mesmo com essa margem para aplicação da sanção administrativa,
existem limitações ao agente, sendo elas a lei: Quando a legislação mesmo define os limites
mínimos e máximos. E os princípios, em especial os das proporcionalidade e o da razoabilidade,
um ato não pode desproporcional ao fim de que se alcançar, nem pode se praticar um ato
desarrazoado.
Os poderes administrativos também se subdividem em poder hierárquico, poder disciplinar,
poder normativo ou regulamentar e o poder de polícia, abaixo irei descrever o que cada um
representar para nosso ordenamento jurídico administrativo:

Poder hierárquico Relacionado à hierarquia e organização dos


poderes administrativos
Poder disciplinar Relacionado à disciplina e responsabilidade
dos vinculados à administração pública
Poder normativo ou regulamentar Relacionado às normas e decretos proferidos
pela administração
Poder de polícia Relacionado à atividade de fiscalização da
Administração.

É importante frisar que os poderes administrativos não podem ser confundidos com os poderes
de estado, ou seja: Executivo, legislativo e judiciário.

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