PROF. ME. JAIME W. RODRIGUES MANGUEIRA ESTUDANTES: Gisely Maria Bezerra e Sousa MATRÍCULA: 202670023 Pedro Anderson Alves de Sousa MATRÍCULA: 202670309
1ª ATIVIDADE
1. Disserte, pelo menos, sobre 4 (quatro) métodos de interpretação das normas do
Direito. Interpretação Literal ou Gramatical: Esse método envolve a análise estrita do texto da lei, levando em consideração a linguagem e a gramática utilizadas na norma. O foco está na interpretação da palavra escrita, sem considerar a intenção subjacente do legislador. Esse método é mais utilizado quando o texto da lei é claro e não deixa espaço para interpretação. Interpretação Teleológica: A interpretação teleológica busca compreender o propósito ou objetivo da lei. Em vez de se concentrar apenas no texto, considera-se a finalidade da norma e os princípios subjacentes que a motivaram. Esse método é usado quando o texto é ambíguo ou quando aplicá-lo estritamente não atenderia ao propósito da lei. Interpretação Histórica: A interpretação histórica envolve a análise do contexto histórico em que a norma foi criada. Isso inclui examinar a legislação anterior, debates parlamentares, precedentes judiciais e a evolução da sociedade. Essa abordagem ajuda a entender a intenção do legislador e o significado original da norma. Interpretação Sistemática: A interpretação sistemática considera a norma dentro do contexto mais amplo do sistema legal. Isso envolve analisar como a norma se encaixa com outras leis e regulamentos relacionados. A ideia é garantir a coerência e a harmonia do sistema jurídico como um todo.
2. Sobre o Direito Administrativo, discorra sobre as modalidades de
descentralização. Descentralização por serviços ou funcional: Envolve a criação de uma nova entidade jurídica (pública ou privada) por uma entidade política, que atribui a ela a titularidade e execução de um serviço público, dando-lhe independência. Descentralização por colaboração ou delegação: Consiste na transferência da execução de um serviço público a uma pessoa jurídica de direito privado já existente, enquanto o Estado mantém a titularidade do serviço. Descentralização territorial ou geográfica: Ocorre quando uma entidade local com personalidade jurídica própria (geralmente municípios) assume a responsabilidade por uma variedade de funções públicas em uma área geograficamente delimitada.
3. Indique as diferenças e as semelhanças entre as entidades da Administração
Indireta. Diferenças: Natureza Jurídica: Autarquias: São entidades autônomas e descentralizadas, com personalidade jurídica própria, criadas por lei para exercer funções típicas do Estado, como educação e saúde. Fundações: São entidades de direito privado, criadas por meio de lei, mas com personalidade jurídica de direito público ou privado, dependendo do caso. Elas normalmente têm finalidades sociais, culturais, científicas ou de assistência. Empresas Públicas: São entidades com personalidade jurídica de direito privado, criadas pelo Estado para atuar em atividades econômicas, geralmente com fins lucrativos. Sociedades de Economia Mista: São organizações também com personalidade jurídica de direito privado, mas o Estado participa de seu capital social, e elas geralmente têm fins lucrativos. Finalidades: Autarquias e Fundações: Geralmente, têm finalidades não lucrativas e prestam serviços públicos ou realizam atividades de interesse social. Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista: Têm como finalidade principal a busca de lucro e podem atuar em setores econômicos diversos. Gestão: Autarquias e Fundações: Normalmente são geridas de forma mais centralizada e burocrática, sujeitas a normas de direito público. Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista: São geridas de maneira mais flexível e têm maior liberdade na gestão, seguindo as normas de direito privado. Semelhanças: Vínculo Estatal: Todas as entidades da Administração Indireta têm algum grau de vínculo com o Estado, seja por meio do controle acionário, da criação por lei ou da supervisão governamental. Personalidade Jurídica Própria: Todas essas entidades têm personalidade jurídica própria, o que significa que elas podem celebrar contratos, processar e ser processadas, e ter responsabilidades jurídicas independentes do Estado. Objetivos Públicos: Mesmo as empresas públicas e sociedades de economia mista, que visam ao lucro, têm um objetivo público subjacente, como o desenvolvimento econômico, a geração de receitas para o Estado ou a prestação de serviços de interesse público. Controle e Fiscalização: Todas essas entidades estão sujeitas a algum nível de controle e fiscalização por parte do Estado, visando garantir que cumpram suas finalidades e obrigações legais.
4. Fale, sucintamente e com suas palavras, sobre os poderes administrativos.
Os poderes administrativos são prerrogativas concedidas à administração pública
para que ela possa cumprir suas funções e atender ao interesse público. Existem quatro poderes administrativos principais: Poder de Polícia: Permite que a administração regule e controle atividades e comportamentos para proteger a ordem, a segurança, a saúde e o bem-estar da sociedade. Envolve a aplicação de regras, fiscalização e imposição de medidas preventivas. Poder Hierárquico: Diz respeito à capacidade da administração de organizar sua estrutura hierárquica e tomar decisões para coordenar as ações de seus órgãos e servidores, garantindo eficiência e controle. Poder Disciplinar: Permite que a administração aplique medidas disciplinares aos servidores públicos que não cumprem suas obrigações ou cometem infrações no exercício de suas funções, como advertências, suspensões e demissões. Poder Regulamentar: Consiste na capacidade de criar normas e regulamentos para implementar e detalhar as leis aprovadas pelo Legislativo, garantindo sua aplicação prática. Esses poderes são fundamentais para que o Estado possa cumprir suas funções de forma eficiente, mantendo a ordem e atendendo ao interesse público. No entanto, é importante que esses poderes sejam exercidos com responsabilidade e dentro dos limites legais para garantir a proteção dos direitos dos cidadãos.
5. Escolha 01 (uma) modalidade de licitação (dadas em sala de aula) e - com suas
palavras – explique as fases da modalidade escolhida.
Concorrência: Fases da Licitação
A Concorrência é uma modalidade de licitação amplamente utilizada em contratos públicos e envolve a competição entre empresas interessadas em fornecer bens ou serviços ao órgão público. Ela geralmente é dividida em várias fases: Publicação do Edital de Concorrência: O processo começa com a publicação de um edital, que é um documento oficial que descreve os detalhes do contrato a ser licitado. O edital é disponibilizado publicamente para que as empresas interessadas possam acessá-lo. Cadastramento de Interessados: As empresas interessadas em participar da Concorrência devem se cadastrar junto ao órgão público licitante, demonstrando que atendem aos requisitos estabelecidos no edital, como capacidade técnica e financeira. Apresentação das Propostas: As empresas cadastradas preparam suas propostas, que incluem detalhes sobre o preço, prazos, condições e todos os requisitos exigidos no edital. Abertura das Propostas: Na data e hora estipuladas, as propostas são abertas e lidas em uma sessão pública, na presença das empresas participantes e de representantes do órgão licitante. Habilitação das Empresas: Após a abertura das propostas, o órgão público verifica se as empresas atendem aos requisitos de habilitação, como regularidade fiscal e qualificação técnica. Apenas as empresas habilitadas têm suas propostas analisadas. Julgamento das Propostas: O órgão público avalia as propostas com base em critérios estabelecidos no edital, como preço, qualidade, prazos, entre outros. A empresa que apresentar a melhor proposta é declarada vencedora. Homologação e Adjudicação: Após a escolha da empresa vencedora, o órgão público homologa o resultado e adjudica o contrato, formalizando a decisão e tornando-a oficial. Celebração do Contrato: Por fim, o contrato é celebrado entre o órgão público e a empresa vencedora, e o processo de Concorrência é concluído.
6. Acerca do Direito do Trabalho, indique e explique – com suas palavras – os
pressupostos (elementos) fáticos-jurídicos indispensáveis para o reconhecimento de uma relação de emprego.
O Direito do Trabalho estabelece uma série de critérios que são fundamentais
para determinar a existência de uma relação de emprego. Estes critérios ajudam a distinguir entre um empregado, que possui direitos e proteções legais, e outras formas de trabalho ou prestação de serviços. Vamos explorar esses pressupostos: Pessoalidade: A prestação do trabalho deve ser feita de forma pessoal pelo trabalhador. Isso significa que o empregado não pode simplesmente enviar outra pessoa para fazer o trabalho em seu lugar, a menos que seja um substituto temporário devidamente autorizado. Subordinação: O empregado está subordinado ao empregador em termos de horários, tarefas a serem realizadas e métodos de execução do trabalho. O empregador tem o direito de dar ordens e instruções sobre como o trabalho deve ser feito. Onerosidade: O trabalho deve ser remunerado. O empregado recebe um salário ou salário em troca de seus serviços. Esta é uma característica fundamental da relação de emprego, diferenciando-o, por exemplo, do trabalho voluntário. Não eventualidade: A prestação do trabalho não pode ser eventual ou esporádica. Deve haver continuidade na relação laboral. Em outras palavras, o empregado não trabalha apenas de vez em quando, mas de forma regular e contínua. Pessoalidade: O trabalho é realizado de forma pessoal pelo empregado, ou seja, não pode ser substituído por outra pessoa sem a permissão do empregador. A pessoa que está contratada é fundamental para o desempenho da atividade. Alteridade: Esse é um conceito chave. Significa que os riscos do negócio pertencem ao empregador, não ao empregado. Se houver prejuízo ou lucro decorrente do trabalho, isso é responsabilidade do empregador, não do empregado. Quando todos esses elementos estão presentes em uma relação de trabalho, é considerado um contrato de emprego. É importante notar que a legislação trabalhista pode variar de país para país, então os detalhes específicos podem diferir em diferentes jurisdições. Estes critérios são, no entanto, uma base geral que é amplamente aplicada em muitos sistemas legais ao redor do mundo para determinar a natureza de uma relação de trabalho.