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Direito Constitucional e
Administrativo
UNIDADE III
DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO
UNIDADE III
Palavras do Professor
Seja bem-vindo (a) ao terceiro guia de estudo da disciplina Direito Constitucional e Administrativo.
Lembro que o enfoque da disciplina é o Direito Público, que assevera a base primordial do entendimento
jurídico brasileiro. Estamos vendo, a partir do Direito Administrativo, o início da matéria e suas diretrizes.
E a sistematização do assunto está sendo discutida sob a égide do Direito Constitucional.
Podemos ir em frente?
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DIREITO ADMINISTRATIVO: PROCESSO E PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
O contraditório e a ampla defesa são direitos constitucionalmente garantidos no art. 5º, inciso LV, da
CF/88. Todos que tiverem contra si um processo administrativo instaurado, bem como os acusados no
âmbito administrativo, poderão ser assegurados a observância destes princípios, sob pena de ser nulo do
processo.
Há pelo menos dois princípios a serem observados:
Principio do devido processo legal – O art. 5°, LIV, da CF/1988, afirma que ninguém poderá ser
privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal. Tal princípio irá garantir ao servidor
público acusado o direito de se defender, de ser ouvido e de produzir provas, assim como a garantia de
uma decisão com fundamento. Além da observância de critérios legais, este princípio atenderá também a
proporcionalidade e a razoabilidade.
Princípio do contraditório e da ampla defesa - Estes princípios também estão amparados no art.
5°, LV, da Constituição Federal de 1988, pois retrata que são assegurados aos litigantes que estão em
processo administrativo, e aos acusados em geral o direito do contraditório e ampla defesa, com os meios
e recursos a ela inerentes. O direito de punir pressupõe o direito de defesa, o qual deve ser amplo e sem
restrição.
Há pelo menos 10 princípios na Lei Federal nº 9.784/99:
Principio da Legalidade - Ninguém é obrigado a fazer ou não alguma coisa, a não ser em virtude de
lei. Este princípio tornou-se uma das principais garantias de responsabilidade aos direitos individuais. Ele
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limita a atuação da administração pública, ou seja, só poderá ser feito aquilo que a lei permitir, não podendo
por simples ato administrativo, conceder direitos, criar obrigações ou impor vedações ao administrado.
Princípio da supremacia do interesse público – Também muito importante, pois, além de nortear
outros princípios, é conhecido também pelos doutrinadores como Princípio da Finalidade Pública e está
presente tanto no momento da elaboração da lei, como também na sua execução em concreto.
Princípio da motivação - Significa que a administração pública é obrigada a justificar de fato e de
direito o motivo de seus atos. Não pode ser confundido com fundamentação, é uma exigência do Estado
de Direito, ao qual é inerente, o direito a uma decisão fundada, motivada, com explicação dos motivos.
Princípio da razoabilidade - Trata de limitar a discricionariedade administrativa, ampliando o âmbito
de apreciação do ato administrativo pelo Poder Judiciário.
Princípio da proporcionalidade - serve para direcionar a administração pública de como poderá ter
sua competência validamente exercida.
Princípio da moralidade – Faz com que os agentes da administração pública atuem em conformidade
com a moral, os bons costumes e os princípios éticos da sociedade, não tornando os atos ilícitos e invalida-
los.
Principio da ampla defesa – Com base neste, o acusado ou qualquer outra pessoa de que se faça
uma acusação terá o direito de defesa antes de ser tomada qualquer decisão que venha a prejudicá-lo. É
aplicável a qualquer tipo processo que contenha situações conflitivas ou de sanção do Estado contra as
pessoas físicas ou jurídicas.
Princípio do contraditório - Serve apenas para que a parte contrária rebata os fatos a ele atribuídos
que venham a lhe desfavorecer.
Princípio da segurança jurídica - Serve como impedimento para a desconstituição sem justificativa de
atos ou situações jurídicas, mesmo acontecendo algum tipo de inconformidade com o texto legal durante
sua constituição.
Princípio da eficiência - Estabelece que todo processo administrativo chegue ao seu final, que se
decida de forma conclusiva negando ou afirmando um direito, que solucione a controvérsia.
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de tais vícios ou defeitos, sendo necessário a extinção logo em sua criação. É a retirada retroativa, de
forma parcial ou total, de um ato administrativo, o qual é praticado em discrepância com o ordenamento
jurídico, por outro ato administrativo.
Recursos administrativos – Os recursos serão dirigidos à autoridade que proferiu a decisão, a qual,
caso não a reconsidere no prazo de cinco dias, o mesmo será encaminhado à autoridade superior. Salvo
exigência legal, a interposição de recurso administrativo não depende de caução. Caso o recorrente alegue
que a decisão administrativa contraria enunciado da súmula vinculante, caberá à autoridade prolatora
da decisão impugnada, se não a reconsiderar, explicitar, antes de encaminhar o recurso à autoridade
superior, as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso.
Palavra Final