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Marina Feferbaum
Doutora em Direito do Estado, FGV Direito – SP marina.feferbaum@fgv.br
Introdução
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Os mercados de startups jurídicas passam por um processo de expansão em escala
global. Em contextos estrangeiros, observa-se tanto um crescimento relevante no
número total de startups existentes relacionadas a serviços jurídicos como nos fluxos de
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investimentos destinados a elas . A despeito da natureza questionável de parte dos
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dados empíricos hoje disponíveis , parece claro que o interesse geral de
empreendedores, operadores do direito e de acadêmicos nesse segmento encontra-se
em alta.
Esse fenômeno encontra correspondência também no contexto brasileiro, que viu, nos
últimos anos, evidências de crescimento de seu próprio mercado de legaltechs. Em
2017, esse processo pôde ser mais bem observado com o espaço à criação da
Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs (AB2L), uma entidade voltada ao diálogo
interinstitucional entre startups do setor, escritórios de advocacia, departamentos
jurídicos empresariais, órgãos governamentais e demais instituições relacionadas ao
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campo . O sucesso da associação em obter adesão de um número relativamente grande
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Direito e mudanças tecnológicas: automação, inteligência
artificial e os novos desafios do ensino jurídico
Em âmbito internacional, essas indagações vêm sendo trazidas à tona já há alguns anos,
por força da introdução crescente de ferramentas de automação e inteligência artificial
nos processos tradicionais de produção do direito. Já em 2016, o relatório Developing
Legal Talent: stepping into the future law firm, da Deloitte (2016), estimou que, em um
cenário mais radical, aproximadamente 114.000 empregos da área jurídica dos Estados
Unidos (e.g., cerca de 39% dos empregos existentes no campo à época) teriam chances
altas de sofrerem automação até 2025.
No Brasil, contudo, ainda não há estudos que tenham se prestado a uma consolidação e
sistematização de dados sobre a situação do país em meio a esse processo de mudança
tecnológica. Diante dessa lacuna, o Centro de Ensino e Pesquisa em Inovação (CEPI) da
Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas conduz, desde 2017, a
pesquisa Tecnologia, Ensino e Profissões, que se dedica justamente a identificar como
novas tecnologias (e.g. algoritmos de aprendizagem, expert systems, etc.) têm alterado
a profissão jurídica, reorganizando as funções e atividades realizadas por profissionais do
setor, e como esse processo pode impactar a formação em Direito no Brasil (e.g.
habilidades, competências, conhecimentos mínimos necessários para o exercício da
profissão etc.).
O projeto, hoje, desenvolve-se em três frentes específicas: (i) uma pesquisa quantitativa
, que pretende avaliar o grau de inserção tecnológica de escritórios de advocacia no
Brasil; (ii) uma pesquisa qualitativa, que realiza estudos de caso específicos de aplicação
tecnológica nos setores público e privado; e (iii) a elaboração e aplicação de laboratórios
de tecnologia jurídica no curso de graduação em Direito da FGV Direito SP – que rendeu,
no segundo semestre de 2017, o curso Labtech, destinado a familiarizar alunos da
graduação em direito com conceitos básicos de programação e permitir que eles
produzissem seus próprios algoritmos de automação de documentos jurídicos.
A análise feita aqui se debruça, portanto, sobre essas questões. Como a introdução de
novas tecnologias tem afetado o trabalho de operadores do direito, nos âmbitos público
e privado? Que habilidades e competências passam a ser esperadas de seus
profissionais, a partir desse contexto? E, por fim, como instituições de ensino podem
adiantar-se a esses desafios e melhor treinar futuros quadros do campo jurídico?
O artigo desenvolve essa reflexão em três partes distintas. Na Parte I, trazemos uma
breve reflexão inicial acerca da emergência das legaltechs e da introdução de novas
ferramentas tecnológicas, principalmente de automação e de inteligência artificial, nos
processos tradicionais de produção do direito, em escritórios de advocacia,
departamentos jurídicos e órgãos públicos. Na Parte II, trazemos dois exemplos
ilustrativos de iniciativas inovadoras adotadas no Brasil, uma no setor público e a outra
no setor privado, que podem ser compreendidas a partir dessa mudança de paradigmas.
Na Parte III, por fim, propomos uma reflexão crítica sobre os potenciais e gargalos das
profissões jurídicas no Brasil frente aos fenômenos de transformação tecnológica
tratados nas seções anteriores.
Cabe aqui uma explicação clara do que vem a ser uma legaltech. Escolhemos aqui
defini-las como startups que se dedicam a fornecer serviços e produtos inovadores e de
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Direito e mudanças tecnológicas: automação, inteligência
artificial e os novos desafios do ensino jurídico
A natureza dos produtos e serviços gerados por legaltechs influencia muito a composição
dos clientes almejados por elas: no mercado britânico, por exemplo, a maior parte de
seu público-alvo parece ser composta justamente por escritórios de advocacia (46%),
seguidos por empresas de grande porte (24%). Em nível significativamente menor,
estão pequenas e médias empresas (11%), ligeiramente atrás de consumidores finais
(13%). Isso indica um grande enfoque de legaltechs em gerar ganhos de eficiência na
prestação de serviços jurídicos por atores tradicionais (sejam eles escritórios ou
departamentos internos de empresas) e, em menor escala, um interesse em atingir
consumidores até então ignorados por tais atores ou alienados pelos altos custos
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envolvidos – como pessoas físicas ou empresas de menor porte .
2.Transformações em curso
Para fins ilustrativos, apresentaremos, a seguir, dois casos que evidenciam algumas
oportunidades e expectativas da relação tecnologia e direito no momento atual. O
primeiro é uma iniciativa do setor público, mais especificamente da Advocacia-Geral da
União (AGU), que vem adotando o Sistema de Apoio à Procuradoria Inteligente (Sapiens)
como ferramenta de apoio à produção de conteúdo e controle de fluxos de atividades
internas. O segundo caso é a iniciativa da empresa Finch Soluções, sediada na cidade de
São Paulo, que oferece uma série de serviços atrelados a robôs de captura de
informação, automação e gestão de processos voltados, especificamente, para o mundo
jurídico.
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Nesse ecossistema, iniciativas privadas também têm se mostrado cada vez mais comuns
com base nas promessas de mais eficiência e rapidez ao sistema a partir da crescente e
contínua adoção, estratégica, de recursos tecnológicos mais ou menos sofisticados para
a execução de procedimentos jurídicos.
No universo das legaltechs, que ganham cada vez mais destaque pelas soluções (
softwares e serviços), e agregam tecnologia a rotinas diversas no ecossistema judiciário,
é interessante mencionar o caso da Finch Soluções.
A empresa, criada em 2012, é uma spin off da área de tecnologia de dois grandes
escritórios de advocacia brasileiros, especializou-se no desenvolvimento de plataformas
digitais focadas no gerenciamento e processamento de grandes volumes de processos e
dados vinculados aos escritórios de advocacia. A janela de oportunidade explorada pela
empresa baseou-se na possibilidade de agilizar e baratear a atividade de contencioso de
massa em escritórios de advocacia ou em departamentos específicos de grandes
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empresas com base em grandes volumes de informações .
Nos dois casos citados, de forma mais ou menos semelhante, as soluções tecnológicas
desenvolvidas dão pistas dos diversos tipos de novos serviços e transformações que a
atividade jurídica vem vivenciando e que vão, desde leitura e classificação automática de
peças, cadastro e preenchimento de formulários de forma automatizada, gestão de
atividades de forma mais eficiente, identificação e acompanhamento de processos,
mapeamento de argumentos vencedores nas causas julgadas, dentre outras. Por meio
delas, por sua vez, espera-se uma otimização da rotina com maior acuracidade, preços
mais justos, eficiência operacional, ganhos em prazos, e controle mais apurado de todo
o processo.
Analisa Renato Mandaliti em reportagem sobre a Finch, publicada pela Revista Fonte, em
julho de 2017:
O Anuário 2017 do Centro de Estudos das Sociedades dos Advogados (CESA), dedicado
ao exclusivamente ao tema, chama atenção para alguns desses aspectos, dentre os
quais estão: questões ligadas à ética e à pessoalidade da prestação dos serviços
jurídicos, à responsabilidade, ao futuro da carreira dos advogados em diferentes estágios
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da profissão, entre outros . A difusão da percepção de que “A velocidade com que o
mundo dos negócios jurídicos está se transformando não é a mesma que transforma o
direito” torna oportuna uma série de questionamentos e reflexões que não se esgotam
neste artigo, e se fazem cada vez mais complexas.
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Direito e mudanças tecnológicas: automação, inteligência
artificial e os novos desafios do ensino jurídico
Por exemplo, uma diferença simples e extremamente poderosa está na digitalização dos
processos judiciais, uma realidade consolidada na maioria das jurisdições do país.
Acompanhar o desenrolar processual era antes função monopolizada pelo advogado ou
exigia da parte no processo todo um deslocamento de tempo e energia até o fórum.
Atualmente, por meio de diferentes ferramentas online, a maioria das partes consegue
transpor essas dificuldades e receber as atualizações do seu processo em tempo real.
O que acontece, então, quando as peças processuais podem ser feitas sem a ajuda de
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um advogado? Nos Estados Unidos e na Europa, especialmente no Reino Unido, já
estão disseminados aplicativos e softwares de redação de peças processuais. Esses
mecanismos funcionam como um formulário padrão para cada tipo de causa em que o
usuário apenas insere nos campos os dados do pedido e, ao final, o próprio aplicativo
gera a petição a partir das informações inseridas e protocola no sistema judicial online.
As interfaces dos softwares tendem a ser amigáveis e prescindem da linguagem técnica
para o usuário. Nesses casos, o advogado se torna redundante: ele não é necessário
nem para a redação da peça e tampouco para explicar a linguagem ao “cliente”.
Não é só com o cidadão autônomo que a profissão precisa se preocupar. Outros atores
não jurídicos podem passar a fazer o trabalho do advogado. Um caso clássico são as
grandes consultorias empresariais que oferecem um serviço completo a seus clientes,
desde planejamento empresarial, análise de mercado e, agora, o litigioso e consultivo. O
mercado jurídico sofre pressão, portanto, dos consumidores finais de seus produtos
como também de concorrentes de setores econômicos diversos. O monopólio dos
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bacharéis em direito parece cada vez mais ameaçado.
O poder público também poderia fazer uso das novas tecnologias. Um exemplo concreto
é a utilização de softwares de pesquisa de jurisprudência por tribunais: diante da
obrigatoriedade da vinculação ao precedente em um contexto em que vários processos
são sentenciados, poderia ser muito útil às cortes o uso de aplicativos de inteligência
artificial que mineram dados em big data e tracem correlações entre dados e sentenças,
como já mencionado anteriormente. Afinal, o trabalho manual de encontrar o melhor
dificilmente poderia cobrir a mesma base de dados acessível à máquina.
Todavia, uma variável do contexto brasileiro que deve ser considerada é a dificuldade de
contratação em termos de parceria de entes privados pela administração pública,
conforme alguns de nossos entrevistados declararam. Uma constante que tem aparecido
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artificial e os novos desafios do ensino jurídico
Nossas entrevistas mostram que uma habilidade valiosa em falta é o domínio sobre a
linguagem de programação computacional. As ferramentas de trabalho no direito estão
cada vez mais integradas ao ambiente online e às máquinas de inteligência artificial,
gerando uma alta demanda por profissionais que consigam transitar fluentemente entre
a linguagem profissional e a linguagem computacional. Ao domínio da linguagem de
programação se soma a necessidade por um profissional que entenda de métodos
quantitativos e estatísticos que são cada vez mais usados para precificar os ativos e
passivos jurídicos. Em resumo, os entrevistados exigem do profissional um domínio
sólido de raciocínio lógico-analítico.
É nesse espírito, por exemplo, que a FGV Direito SP realizou uma atividade pioneira no
segundo semestre de 2017, ao oferecer a um grupo de alunos uma disciplina optativa de
design de automação de contratos inteligentes. Aos alunos foi oferecida uma plataforma
em parceria com a empresa Looplex, com base na qual eles puderam aprender a
linguagem de programação.
Esse caso ilustra uma boa prática de alinhamento do ensino do pensamento jurídico com
novas metodologias que possibilitem aos estudantes a aplicação do conhecimento em
um ambiente automatizado pela tecnologia. Não obstante, os saberes técnicos não se
esgotam em si mesmos e não são, unicamente, capazes de fazer um projeto se
concretizar. As habilidades relacionadas a relacionamento e gestão foram fundamentais
para o sucesso desse desafio. Sem a capacidade de gerenciar pessoas e conflitos, todo o
conhecimento técnico e jurídico não teria sido aplicável.
A tecnologia é um fato da realidade do século XXI que impacta cada vez mais também o
direito. As exigências do mercado estão mudando continuamente. A educação
profissional também precisa acompanhar as mudanças para continuar a formar
profissionais capazes de enfrentar os novos desafios.
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Direito e mudanças tecnológicas: automação, inteligência
artificial e os novos desafios do ensino jurídico
Diante desse divisor de águas, a renovação precisa ocorrer também nas faculdades de
Direito, especialmente nas pesquisas e nos docentes, para que se possam identificar os
nichos, áreas e perfil de profissional demandados atualmente pelo mercado, e ser
elaborada uma estrutura curricular adequada às novas demandas. Se antes era
impensável um engenheiro jurídico, que trabalha com big datas, ou um arquiteto jurídico
para construir soluções tecnológicas a tarefas manuais e repetitivas exercidas pelos
advogados, hoje já é uma realidade que não tem volta. E muitos desses serviços não
estão sendo executados por profissionais com formação jurídica – e estão atendendo
bem a demanda.
Isso não quer dizer que a profissão de advogado ou que os cursos de Direito serão
extintos ou vão se tornar desnecessários em um futuro breve, mas sim que as funções
estão mudando e os profissionais precisam se reinventar. E para isso, precisam de
instrumentalização em sua formação. Precisa-se, para além de conhecimentos jurídicos,
de noção de gestão de empresas, de serviços jurídicos, de como lidar com pessoas, de
noções de empreendedorismo, de linguagem de programação, enfim, de como usar a
tecnologia a favor da sua profissão e não contra.
Todas essas ferramentas, que têm sido timidamente consideradas em alguns currículos
de poucas faculdades de direito no Brasil, precisam fazer parte da formação do
advogado do futuro. Futuro esse que já chegou a alguns grandes escritórios de
advocacia, departamentos jurídicos e judiciário brasileiro. Logo, universidades e corpo
docente devem repensar sobre seu papel formativo, atualizar-se e ser cada vez mais
multidisciplinar.
Muitos veem o avanço da tecnologia com pessimismo e receio, já que está havendo a
substituição de funções humanas por máquinas. Contudo, as novas tecnologias e
inteligências artificiais são capazes de executar com uma rapidez e precisão impossível
ao ser humano, com taxa de falha bem menor. Isso, por si só, é algo positivo para a
atividade jurídica, pois torna determinados tipos de atividade mais confiáveis e
economiza um precioso tempo.
serviços jurídicos, retirando o trabalho repetitivo e mecânico das mãos dos advogados e
liberando-os para realizar atividades mais estratégicas.
Se antes o advogado tradicional tinha que ficar preenchendo e redigindo diversas peças
e contratos, bem semelhantes, ou mesmo ir ao fórum para acompanhar um processo, a
tendência é que cada vez menos lhe seja demandado esse tipo de serviço.
Irão se adaptar aqueles profissionais que forem múltiplos, que souberem absorver e
mesclar conhecimentos de outras áreas com o conhecimento jurídico, aqueles que forem
criativos o suficiente para se recriarem e criarem soluções inovadoras para problemas
complexos apresentados pelo mundo moderno.
O momento atual não deve ser vivenciado como um luto, mas sim o renascimento das
profissões jurídicas, de novos desafios para a universidade e docentes que devem
instrumentalizar profissionais aptos a construírem soluções jurídicas diante dessas
mudanças, e da função do advogado no e para o mundo, de uma era tecnológica que só
está iniciando.
2 Cf. LINNA JR., Daniel W. What we know and need to know about legal startups. Digital
Commons at Michigan State University College of Law. 2016. p. 390-391. Disponível em:
[https://digitalcommons.law.msu.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1540&context=facpubs].
Acesso em: 01.02.2018.
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Direito e mudanças tecnológicas: automação, inteligência
artificial e os novos desafios do ensino jurídico
6 Cf. THOMSON REUTERS. Movers and Shakers: UK lawtech startups. jul. 2017.
Disponível em:
[http://images.info.legalsolutions.thomsonreuters.co.uk/Web/ThomsonReutersLegalUKI/%7Baf1da23c-b
Acesso em: 01.02.2018.
7 Para trazer uma diferenciação mais profunda do que a feita aqui entre “automação” e
“inteligência artificial” no caso específico da profissão jurídica, cabe trazer a seguinte
reflexão: “Alguns separam a automação da inteligência artificial. Na automação são
realizadas tarefas repetitivas por meio de robôs, como a elaboração de peças jurídicas, o
exame de documentos em trabalhos de investigação, ou em outras tarefas que
apresentem um elevado grau de similaridade em seus processos construtivos. A IA, por
outro lado, implica cognição e a máquina interage com o humano. Nesse caso, por meio
de contínua alimentação de dados, o sistema “entende” e “aprende” com os dados, o
que lhe permite analisá-los e oferecer ao usuário do sistema soluções e respostas em
tempo real. [....] A automação é amplamente utilizada, particularmente nos escritórios
que militam na área da advocacia de volume, consistente em patrocinar e administrar
um grande número de processos judiciais, de várias matérias, ou nos que militam na
área da advocacia de massa, consistente em um grande volume de ações similares.
Robôs já podem compilar um volume sobre-humano de precedentes, jurisprudências e
estatísticas, históricos das partes envolvidas, notícias e fatos importantes, comparações
de princípios de direitos nacional e estrangeiro, tudo em curtíssimo tempo, em uma
velocidade que jamais seria alcançada pelo trabalho árduo de inúmeros advogados.
Nessa medida, eles são utilizados para uma série de tarefas, entre outras: a produção de
defesas padronizadas, a elaboração de minutas de contratos e estatutos sociais e
contratos comerciais em geral, a realização de análise de documentos e e-mails, em
processos de auditorias legais e investigação, o controle de intimações nos diários
oficiais com simultâneo agendamento dos prazos processuais no sistema e o envio de
lembretes aos advogados correspondentes para que compareçam às audiências
designadas. [...] Quanto à inteligência artificial, os advogados têm já à disposição
ferramentas que permitem a análise de padrões de comportamento” (CESA, 2017,
p.71-73). CESA. Anuário 2017. São Paulo: Migalhas, 2017. p. 71-78.
8 Cf. MCKINSEY GLOBAL INSTITUTE. A Future That Works: automation, employment and
productivity. jan. 2017. p. 30-31. Disponível em:
[www.mckinsey.com/~/media/McKinsey/Global%20Themes/Digital%20Disruption/Harnessing%20autom
Acesso em: 01.02.2018.
11 Idem; AGU. Relatório de Gestão do exercício de 2015. Brasília, 2016. Disponível em:
[www.agu.gov.br/page/download/index/id/37002083]. Acesso em: 01.02.2018.
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Acesso em: 01.02.2018; JORNAL DO COMÉRCIO. Plataforma cognitiva analisa processos
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[http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2016/10/economia/528761-plataforma-cognitiva-analisa-processos-e
Acesso em: 01.02.2018; RAVAGNANI, Giovani dos Santos. Uber do Direito: Parte II.
Jota. 2017. Disponível em:
[www.jota.info/opiniao-e-analise/artigos/uber-do-direito-parte-ii-17032017]. Acesso
em: 01.02.2018.
14 LIMA, Mariana. Máquinas que "pensam" e falam. Revista .br, São Paulo, n. 13, ano
08, 2017, p. 9.
17 VEIGA, Jorge Miguel Arruda da; GASPARINI, Pedro Paulo Wendel. A pessoalidade da
advocacia e as novas tecnologias. In: Centro de Estudos das Sociedades de Advogados,
Anuário 2017. São Paulo: Migalhas, 2017. p. 42-48. p. 45.
18 AGUIAR, Antonio Carlos; SILVA, Marcel Tadeu Matos Alves da; GUIMARÃES, Poliana
Banqueri da Silva. Um novo zeitgeist na formação do profissional do direito. In: Centro
de Estudos das Sociedades de Advogados, Anuário 2017. São Paulo: Migalhas, 2017. p.
109-114. p. 113.
19 Ver, por exemplo, a prática da consultoria McKinsey & Company Brasil, associada ao
escritório Ferraz de Camargo e Matsunaga Advogados, em São Paulo.
20 International Bar Association [IBA], Legal Policy & Research Unit Report. ‘Times are
a-changin’: disruptive innovation and the legal profession, 2016. p. 12-14.
22 Ver: HART, H. L. A. The Concept of Law. 3. ed. Oxford: Oxford University Press,
2012.
23 CAMPBELL, R. W. The end of Law Schools: Legal Education in the era of Legal
Services Business. Mississipi Law Journal, v. 85, 2016, p. 69. Disponível em:
[http://mississippilawjournal.org/wp-content/uploads/2017/03/1.-Campbell.pdf]. Acesso
em: 05.02.2018.
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