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RECUPERAÇÃO JUDICIAL:
UMA ANÁLISE DO INSTITUTO SOBRE A ÓTICA DO LEGÍTIMO
BENEFICIÁRIO.
Rio de
JaneiroAno
2021
CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA –
UNISUAMCENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO
RECUPERAÇÃO JUDICIAL:
UMA ANÁLISE DO INSTITUTO SOBRE A ÓTICA DO LEGÍTIMO
BENEFICIÁRIO.
Rio de
JaneiroAno
2021
Pedro Gabriel Benevenuto Silva Costa
RECUPERAÇÃO JUDICIAL:
UMA ANÁLISE DO INSTITUTO SOBRE A ÓTICA DO LEGÍTIMO
BENEFICIÁRIO.
Prof.
Orientador: João Ricardo De Oliveira
Prof.
Prof.
RESUMO:
ABSTRACT:
This article aims to expose the effectiveness of the Judicial Reorganization institute in the
Brazilian legal system. For this, an analysis of the innovations brought by Law
11.101/2005 is carried out, together with the concept of Judicial Reorganization, the
principles that guide the aforementioned institute, as well as the effectiveness in
overcoming the company's economic crisis, preventing the decree of its bankruptcy. Thus,
this work expresses the importance not only of the objectives of the company's partners,
but of the entire society, as well as its employees, suppliers and creditors in general. In
short, this research aims to expose the benefits and importance that the Judicial
Reorganization has for companies in crisis, planning the restructuring and overcoming the
crisis, whether economic, equity or financial, in view of the guiding principles for
effectiveness.
A presente pesquisa tem como finalidade a análise da lei 11.101/05, que consiste
no instituto da Recuperação Judicial, Extrajudicial e Falências. Refere-se ao instrumento
legal onde o objetivo corresponde à solução para empresas em crise econômica.
A referida lei propende a ser bem acolhida no campo empresarial, considerando
que os empresários são efetivamente atingidos no que tange as crises econômicas e por
isso são amparados pelo referido dispositivo, fazendo uso dos benefícios adquiridos por
meio do instituto.
Salienta-se que o presente artigo visa o estudo sobre a inovação da lei e relatando
seus principais aspectos. Objetivando ainda o entendimento da legislação, expondo que
se trata de um dispositivo com intuito lesto e proveitoso em que os empresários em
recuperação ou em fase de falência possuam o melhor suporte possível, e
conseqüentemente mantendo a base de geração de empregos.
Por fim, o trabalho apresentado evidencia que a falência ou fim da atividade
empresarial pode resultar em efeitos trágicos, e por esse motivo o direito falimentar
demonstra o cuidado em preservar as empresas que estão em situação de desequilíbrio
econômico, mas que demonstram competência em se restabelecer e se manter no
mercado.
Neste caso, o presente trabalho tem como escopo ratificar a efetivação da lei no
âmbito jurídico, sobre a ótica da redução da falência das empresas, protegendo os planos
judiciais e extrajudiciais, possuindo como finalidade a reestruturação do empresário, do
novo sistema da lei, discorrendo sobre as imposições que são essenciais para o bom
funcionamento do mecanismo institucional.
AGRADECIMENTO
É com extrema satisfação que agradeço primeiramente a Deus, pela força que tem me
dado nesses cinco anos extremamente difíceis para o êxito na graduação. Agradeço ao
meu Pai, pelo apoio essencial nos momentos que mais precisei. Ao meu namorado
Felipe Alexandre pelo apoio imensurável, e por estar presente com sua sabedoria nos
momentos mais importantes. A Larissa Monção por ser meu exemplo de ser humano e
dedicação, força e garra, aconselhando-me sempre para nunca desistir e continuar
seguindo em frente todos os dias. Agradeço de todo coração minha querida prima
Gleyce Brito, por todo suporte oferecido em meus estudos e vida pessoal, por acreditar
sempre no meu potencial, e pela presença em todos os momentos em que mais careci de
compreensão. Ao meu querido coordenador João Ricardo De Oliveira por toda estrutura e
paciência com a criação do meu artigo. Por fim, agradeço todos os meus familiares e
amigos que contribuíram de alguma forma para realização deste trabalho.
1. DIFERENÇA ENTRE EMPRESA E EMPRESÁRIO
Por conseguinte, houve juristas que apoiaram a tese sobre a qual direcionava o
conceito de empresa exclusivamente à área econômica. Portanto, as divergências de
doutrinas evidenciaram a prevalência sobre a idéia de que a definição jurídica de empresa
se define juntamente ao conceito econômico.
Em concordância Marlon Tomazette (2009, p.36), expõe:
Do mesmo modo, João Pedro Scalzilli, Rodrigo Tellechea e Luis Felipe Spinelli
(2016) explicam que o princípio da preservação da empresa concerne como peça essencial
na Lei de Recuperação de Empresas, considerando primordialmente a importância da
sociedade para a economia de mercado onde executa o importante papel na função social.
Visto que, ao realizar a atividade esperada em seu objeto social e ao alcançar o lucro,
proporciona ações econômicas com outros agentes de mercado, quer seja vendendo,
construindo, pagando tributos, gerando empregos, movimentando a economia,
desenvolvendo o corpo social em que está implantada, entre outros.
É possível extrair deste conceito o significante prestígio que possui o princípio da
preservação da empresa. Sendo necessário observar que o principal tópico refere-se ao
trabalho que a atividade empresarial gera e os empregos diretos e indiretos que lhe
proporciona, e assim gerando conseqüentemente, tributos ao governo, tanto na esfera
federal, estadual como também municipal.
Contudo, o conflito de competência tombado sob o nº 110392, o Supremo Tribunal
Federal, em decisão certeira, abrandou a norma que exclui o credor fiduciário de bem
imóvel dos efeitos da recuperação, tendo em vista a função social da empresa e sua
utilidade de preservação, diante do pleito de recuperação judicial em curso tendo em vista
ser o bem dado em garantia de grande necessidade para a conservação da atividade:
Destaca-se que a empresa corresponde muito mais que meramente uma fonte de
trabalho, mas sim, rendas tributárias, que se transformam em beneficio para a sociedade,
impulsionando o mercado de concorrência, estabelecendo variáveis opções de escolhas de
produtos e serviços.
Portanto, o legislador tratou de positivar o principio da preservação no artigo 47°da
lei 11.101/2005, no qual tem como finalidade a preservação da empresa para proteção dos
trabalhadores, da sociedade, e não somente os seus sócios.
Sendo assim, é possível entender que a Função Social da Empresa deverá respeitar
sua propriedade (livre iniciativa) e deve observar as condutas necessárias para o bem-estar
da comunidade que depende dela, e assim defender os interesses lucrativos.
Como relatado no início do artigo aqui exposto, a Lei 11.101/2005 possui como
objetivo a superação da instabilidade financeira do devedor, possibilitando a continuidade
da produção, a permanência dos trabalhadores e as ocupações dos credores,
Oportunizando a preservação da empresa, assim como a função social e a atividade
econômica. Conforme expõe Fábio Ulhoa Coelho (2012, p. 403):
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Direito Falimentar passou por uma grande mudança no decorrer dos anos com
a vigência da Lei nº 11.101/2005, destacando-se no que tange a criação do instituto da
recuperação judicial, com base nos princípios constitucionais principalmente com
relação à função social e o princípio da preservação da empresa.
Baseando-se da análise desses princípios contata-se que o bem-estar financeiro,
econômico e administrativo de uma empresa é pauta de interesse coletivo, visto que suas
incumbências influem diretamente a sociedade. Portanto, a obrigação de um mecanismo
eficaz, possível e apto em estabilizar uma empresa em crise, possibilitando a sua
recuperação configura-se extremamente fundamental.
A compreensão exposta pela lei supracitada tem como escopo a revolução do
mecanismo de restauração da empresa mediante recuperação ou falência, onde possui a
possibilidade de efetuar pagamentos com acessibilidade, além de parcelamento de
dívidas ativas da empresa, reduzindo possíveis crises econômicas no meio empresarial,
obtendo meios capazes para pagamentos de débitos.
Apesar de existir a recuperação judicial, cabe mencionar que normalmente é
requerida tardiamente. Isto posto verifica-se que a Lei de recuperação embora utilizada
tardiamente, é aplicada e gasta como uma solução para resolver problemas de forma
efetiva e bilateral, bem como a falência, instituto que resguarda os bens do empresário
honesto.
Salienta-se que diante de todo exposto, a evolução desse trabalho viabilizou uma
análise sobre o grande impacto negativo que a atual pandemia causou economicamente as
empresas brasileiras que já se encontravam ou vieram a solicitar recuperação judicial no
lapso do referido cenário.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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sociais e regulação jurídica. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2006. p. 102
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COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial: Direito de Empresa. 16ª ed. – São
Paulo: 2015.
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FAZZIO JUNIOR. Waldo. Manual de direito comercial. 9. ed. – São Paulo: Atlas, 2008.
NEGRÃO, Ricardo. Manual de direito comercial e de empresa. 3. ed. reform. São Paulo:
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SATTA, Salvatore. Instituciones Del Derecho de Quiebra. Buenos Aires: E.J.E.A, 1951.
SZTAJN, Rachel. Teoria Jurídica da Empresa. São Paulo: Ed. Atlas, 2004. p 159
TOMAZZETE, Marlon. Curso de Direito Empresarial. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009. v. 2,
p. 36).