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JUDICIAL DE DIREITO
FALIMENTAR:
RECUPERAÇÕES
JUDICIAL E
EXTRAJUDICIAL
Eduardo Zaffari
Recuperação judicial
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
O direito comercial, e seu sucedâneo direito empresarial, evoluiu na
compreensão de que o insucesso empresarial é inerente à atividade e
nem sempre o empresário em crise econômico-financeira chega a esse
ponto em razão de fraude. Fatores externos podem ocasionar a necessi-
dade de adoção de medidas para recuperar o negócio, salvaguardando
credores, empregados e economia. Nesse contexto, a recuperação judicial
apresenta-se como uma alternativa que atenderá à função social da
empresa e ao princípio da preservação da mesma.
Neste capítulo, você estudará os requisitos necessários para a con-
cessão do benefício da recuperação judicial, suas espécies e regime
especial. Verá também, o procedimento da recuperação judicial, desde
o seu requerimento até o seu encerramento.
Nesse sentido, Fran Martins, na atualização de sua obra, destaca que a Lei
nº. 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, também chamada de Lei de Recuperação
Judicial e Falências, pois regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a
falência do empresário e da sociedade empresária, remodela a antiga Lei
de Falências (Decreto-Lei nº. 7.661, de 1 de junho 1945) para valorizar a
conservação dos ativos. Em outras palavras, a atual Lei nº. 11.101/2005 surge
a partir da concepção de preservar o negócio, com o menor impacto possível
para aqueles que se relacionam com a empresa, sejam trabalhadores, demais
empresários e entes administrativos (MARTINS, 2017).
Recuperação judicial 3
A pessoa jurídica que exerça a atividade rural poderá comprovar o exercício de sua
atividade através da Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica
(DIPJ), a qual é entregue à Receita Federal, desde que as informações tenham sido
tempestivamente prestadas.
A redação da petição inicial e sua instrumentalização deve ser detalhada, pois, estando
com os documentos necessários, o juiz deferirá o processamento da recuperação
judicial, nos termos do art. 52, da Lei nº. 11.101/2005, que prescreve que “estando em
termos a documentação exigida no art. 51 desta Lei, o juiz deferirá o processamento
da recuperação judicial”. Entretanto a petição deverá ainda convencer da crise da
empresa e da viabilidade de recuperação da empresa.
As alterações propostas apenas serão possíveis se não trouxerem prejuízos aos credores
ausentes e se contarem com a concordância do devedor.
Leituras recomendadas
COELHO, F. U. Curso de Direito Comercial. 17. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2016.
REQUIÃO, R. Curso de Direito Falimentar. São Paulo: Saraiva, 1995. 2 v.
TEIXEIRA, T. Direito Empresarial sistematizado: doutrina, jurisprudência e prática. 8. ed.
São Paulo: Saraiva, 2019.
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