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11/02/16
SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADAS
Aquele que não cumpre a obrigação de registrar a empresa não adquire personalidade
jurídica e é considerado como empresário irregular ou de Fato.
Sociedade de Fato: são aquelas que desempenham atividade empresarial atuando como
sociedade, mas não possuem contrato ou estatuto social.
Sociedade Irregular: são aquelas que possuem um ato constitutivo, porém não
registrado.
Independentemente de possuir ou não personalidade jurídica as sociedades empresárias
podem ter a Falência decretada, bastando que se prove o efetivo exercício da atividade
empresarial.
Por outro lado, a Sociedade Irregular ou de Fato não podem requerer a Recuperação
Judicial ou Extrajudicial, já que para requerer a Recuperação Judicial é necessário
provar o exercício regular da atividade empresarial por mais de 2 anos, logo, a
sociedade irregular ou de fato não se sujeitarão aos processos de recuperação.
2 – RECUPERAÇÃO JUDICIAL
18/02/16
RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Plano de reestruturação com diversas medidas de ordem financeira pública, econômica,
empresarial com intensa participação e fiscalização dos credores.
FASES
1 – Postulatória (pedido) – fase compreendida entre a petição inicial e o despacho do
processamento do benefício. Seu grande objetivo é a verificação dos pressupostos da
recuperação.
2 – Deliberativa (proposta) – compreendida entre o despacho do processamento e a
decisão concessiva da recuperação. Seu grande objetivo é a apresentação da
proposta do devedor e a sua aprovação pelos credores.
3 Executória (implementação do plano) – Compreendida entre a decisão concessiva e
o encerramento da recuperação. Seus grandes objetivos são a implementação e o
cumprimento do plano aprovado pelos credores e homologado pelo juiz.
ESQUEMA:
Petição Inicial
Juiz defere o processamento da RE
1) Nomeação da ordem judicial
2) Dispensa de apresentação de certidões negativas
3) Suspensão das ações / execuções contra o devedor
4) Apresentação de contas demonstrativas mensais pelo devedor
5) MP / cartas às fazendas federal, estadual e municipal
Convocação de Assembleia
O fato do devedor possuir títulos ou documentos protestados não obsta que ele requeira
a Recuperação Judicial.
25/02/16
Meios do art 50, utilizados para que a empresa possa sair da crise:
I – prazos e condições especiais para pagamento
II – cisão/incorporação/fusão/transformação
III – alteração do controle societário
IV – substituição total ou parcial dos administradores /modificação de órgãos
administrativos
V – concessão aos credores de direito de eleição em separado de administradores
VI – aumento de capital social
VII – trespasse ou arrendamento de estabelecimento
VIII – redução salarial/compensação de horários/redução de jornada – todos com acordo
coletivo
IX – dação em pagamento ou novação de dívidas do passivo
X – constituição de sociedade de credores
XI – venda parcial dos bens
XII – uniformização dos encargos financeiros
XIII – usufruto da empresa
XIV- administração compartilhada
XV – emissão de valores mobiliários
XVI – constituição de sociedade de propósito específico para adjudicar
03/03/16
RECUPERAÇÃO JUDICIAL “ESPECIAL”
Em geral, a recuperação judicial da ME e EPP segue a sistemática da recuperação
judicial convencional.
O Plano especial, no entanto, fica limitado as seguintes condições , que o diferenciam
(71):
1) Abrangerá Exclusivamente créditos quirografários (comuns, sem garantias ou
privilégios).
2) Parcelamento limitado a 36 prestações mensais, com valores iguais e sucessivos,
corrigidos monetariamente e acrescidos de juros de 12% ao ano.
3) O pagamento da 1ª parcela deverá ser pago em até 180 dias, contados da
distribuição da petição inicial.
4) Após ouvir o administrador judicial e o comitê dos credores, o devedor não pode
aumentar suas despesas ou contratar empregados sem autorização judicial.
Suspensão das ações?
Assembleia?
Improcedência
OBS:
1) Não há suspensão da prescrição, nem das ações e execuções contra o devedor
por crédito não abrangidos pelo plano, ou seja, haverá suspensão apenas para as
ações que envolvam credores Quirografários;
2) Não há necessidade de convocar assembleia geral para decidir sobre o plano
especial de recuperação. O juiz concederá esse benefício legal verificando
apenas se as exigências legais foram atendidas (art 72, caput da lei).
3) O juiz julgará improcedente o pedido de recuperação, decretando a falência do
devedor, senão forem atendidos os requisitos legais e se houver objeções dos
credores de mais da metade dos créditos quirografários.
PESQUISAR:
Durante o procedimento de recuperação o devedor sempre será mantido na condução da
atividade empresarial?
Em sendo afastado quem assumirá a administração das atividades do devedor?
O devedor poderá alienar ou onerar bens do seu ativo permanente após a distribuição do
pedido de recuperação judicial?
Pode o devedor desistir do plano de recuperação após o deferimento do seu
processamento?
Como são classificados os créditos contraídos pelo devedor durante a recuperação
judicial?
RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL
Diferentemente do que previa o decreto lei No.7661/45, a atual lei permite ao devedor
negociar suas obrigações com os credores, Extrajudicialmente.
A recuperação Extrajudicial consiste na possibilidade do devedor requerer a
homologação em juízo do plano de recuperação Extrajudicial assinado pelos credores
que a ele aderirem.
Obtendo o devedor, na negociação da sua obrigação, aprovação unânime dos credores
não há necessidade de homologação do acordo, já que o documento por eles assinados,
desde que com a assinatura de duas testemunhas, é título executivo Extrajudicial e
poderá ser executado pelos credores. Nesta hipótese, a homologação do plano é
facultativa.
Ocorre que o devedor pode não obter a votação favorável com a aprovação unânime dos
seus credores. Nesta hipótese, atingido o quórum de pelo menos 3/5 dos créditos de
cada espécie abrangidos pelo plano. Nesta hipótese o plano poderá ser homologado
judicialmente através do procedimento da recuperação extrajudicial, obrigando assim,
todos os credores, inclusive os que não aderiram.
CARACTERISTICAS
1) Não poderá incluir os créditos tributários, trabalhistas ou de acidentes do
trabalho;
2) Não acarreta a suspensão dos créditos não sujeitos;
3) O devedor deve preencher os requisitos do artigo 48 da lei;
4) O devedor não pode ter pedido de recuperação judicial ou extrajudicial nos
últimos 2 anos;
5) Não poderá conter pagamento antecipado, nem tratamento desfavorável aos
credores não sujeitos;
6) Após a distribuição do pedido de homologação, os credores não poderão desistir
da adesão ao plano, salvo com a anuência expressa de todos os demais
signatários;
7) A sentença que homologa o plano de recuperação extrajudicial constitui título
executivo judicial.
PROCEDIMENTO