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NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA

CASOS CONCRETOS PARA ELABORAÇÃO DE PEÇAS DE PRÁTICA CIVIL


8º SEMESTRE

RECURSO ESPECIAL:

1- Veiculado o acórdão nº 92.155, proferido na Apelação Cível nº 195.999-0, da 33ª


Câmara Cível, no DEJPR no dia 10.09.2014, com a seguinte ementa:

“APELAÇÃO CÍVEL – DIREITO DE FAMÍLIA – INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE


CUMULADA COM ALIMENTOS – PROVA TESTEMUNHAL E PERICIAL HEMATOLÓGICA
NÃO EXCLUDENTE – “EXCEPTIO PLURIUM CONCUNBENTIUM” INDEMONSTRADO –
INDÍCIOS CONCLUDENTES. ALIMENTOS – TERMO INICIAL – SENTENÇA - RECURSO
PROVIDO EM PARTE, UNÂNIME.
1 – Os indícios e presunções, quando veementes e harmônicos, como ocorre no caso
concreto, autorizam o reconhecimento e declaração da paternidade.
2 – Nas ações de investigação paternidade cumuladas com alimentos, estes devem ser
fixados não a partir da citação, mas da sentença, por inexistir prova preconstituída do
parentesco e da obrigação (STJ, 4ª t., Resp. 84.077-SP, j. 20/2/97), não se aplicando o
art. 13 da Lei nº 5478/68, e sim o art. 7º da Lei nº 8560/92.
3 – Sentença reformada para que os alimentos sejam devidos desde sua prolação e
não da citação do réu.” Como advogado da menor/Apelada, interpor Recurso Especial,
com fundamento nas alíneas “a” e “c”, do inciso III, do artigo 105, da CF.”

Observar e respeitar a última data para a interposição do recurso, lembrando de


efetuar o cotejo analítico, nos termos do parágrafo único do art. 541 do CPC e art 255
do Regimento Interno do STJ.

Respeitar igualmente TODAS as instruções fornecidas para a elaboração das peças


processuais acadêmicas.

Colocar como data o último dia do prazo. Os dados não constantes no enunciado,
serão da livre argumentação dos acadêmicos.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO:

Em agravo de instrumento nos autos de investigação de paternidade, em trâmite


perante o Tribunal de Justiça do Estado do Acre, foi determinada a realização de
exame pericial de DNA sem prévia produção de prova oral a atestar a plausibilidade de
existência de relacionamento amoroso entre o réu, MÁRCIO ANDRADE e a mãe,
ELIZABETH CARVALHO, da requerente, JÚLIA CARVALHO.

A tese defendida pelo requerido é a de que, em não existindo prova documental do


referido relacionamento, não sendo colhidos depoimentos pessoais e testemunhais,
não há porque submetê-lo ao exame de DNA, vexatório por si mesmo.

Como advogado do requerido, elaborar recurso extraordinário, com base no inciso X, art.
5º da Constituição Federal.

O recurso deve conter todos os requisitos (intrínsecos e extrínsecos) para conhecimento e


provimento, inclusive a indicação de seu fundamento da CF/88 e, em preliminar do
recurso, da REPERCUSSAÕ GERAL, determinada pelo art. 102, § 3º, CF e art. 543-A, CPC.

OBSERVAR, AINDA, ART. 542, § 3º, CPC.

A propósito, válido trazer à colação a interpretação do dispositivo legal


supramencionado realizada por Nelson Nery Júnior e Rosa Maria de Andrade Nery
(Código de Processo Civil Comentado e legislação processual civil extravagante em
vigor, 5ª ed., Ed. Revista dos Tribunais, item 8, ppç. 1.054-1.055), in verbis:

Proferido acórdão em agravo de instrumento, em tese, é cabível REsp ou RE, conforme


o caso, desde que presentes os requisitos constitucionais. O recurso é interponível no
próprio tribunal que deverá remetê-lo ao primeiro grau, onde se encontram os autos
principais. Ainda não é o momento de o tribunal proferir juízo de admissibilidade do
Resp ou do RE. Cabe-lhe, tão-somente enviar o Resp ou o RE retido ao primeiro grau
para que, juntado aos autos do processo, nele fique retido até que sobrevenha decisão
final, da qual caberá outro Resp ou RE. Nas razões ou contra-razões desse outro Resp
ou RE deverá o recorrente requerer a apreciação do Resp ou RE que ficara retido. Caso
não haja a reiteração, aquele Resp ou RE retido não poderá ser processado e,
conseqüentemente, não será conhecido, a exemplo do que ocorre no sistema do
agravo retido.

O acórdão foi publicado em 20 de agosto de 2.014, mas, em 24 do referido mês, foram


opostos embargos de declaração, cujo acórdão foi publicado em 31 de setembro de
2014. Colocar como data o último dia do prazo.

Os dados não identificados no enunciado deverão ser complementados pelo


acadêmico.

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