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Índice

Introdução..........................................................................................................................4

1. Objetivos Gerais.........................................................................................................4

1.2. Específicos..............................................................................................................4

2. Noção de Empresa......................................................................................................5

2.1. Empresário Individual................................................................................................6

2.2. Sociedade Empresarial...............................................................................................7

3. Classificação das Sociedades Comerciais..................................................................7

4. Forma do Contrato de Sociedade...............................................................................8

4.1. Liberdade de Forma....................................................................................................8

5. Objecto da Sociedade.................................................................................................9

6. Capital Social.............................................................................................................9

7. Produção de bens e Serviços....................................................................................10

7.1. Técnicas de distribuição de bens e serviços.............................................................10

8. Tipos de técnicas de distribuição.............................................................................10

8.1. Do produtor → consumidor (técnica curta)..............................................................10

8.3. Do produtor → grossista → retalhista → cliente (técnica longa)........................11

9. Classificação do código comercial...........................................................................12

9.1. Livro primeiro..........................................................................................................12

9.2. Livro Segundo......................................................................................................12

9.3. Livro Terceiro.......................................................................................................13

Conclusão........................................................................................................................14

Referencias Bibliográficas...............................................................................................15

Legislação........................................................................................................................15

Doutrinas.........................................................................................................................15
4

Introdução

1. Objetivos Gerais

 Interpretar o artigo 4 do Código Comercial

1.2. Específicos

 Compreender a noção de empresa


 Compreender acerca da classificação do Código Comercial
5

2. Noção de Empresa

A história do conceito jurídico de empresa remete ao século XIX, momento


em que os legisladores do Código Napoleônico traçavam parâmetros para a
organização do capital e do trabalho. Como a sociedade passava por grandes revoluções
econômico-capitalistas, necessitou-se pensar em um conceito para a empresa passa a ser
definida como “a organização dos fatores de produção, para a criação e oferta de bens
ou serviços massa”.

O primeiro indício de tentar codificar esse novo conceito moderno de


empresa provém do Código Comercial alemão de 1897. Em seu artigo 343, atos de
comércio são todos os atos de um comerciante que sejam relativos à sua atividade
comercial.

Seguindo a trilha dos alemães, os italianos basearam o seu Código Comercial


de 1942 nesse conceito de empresa. O Ministro Dino Grandi, na Exposição de Motivos
(Relazione), relatou que "o Código não da a definição de empresa, sua noção resulta da
definição do empresário."

O conceito jurídico de empresa com o conceito econômico, ou seja, a empresa como um


organismo econômico que sob o seu próprio risco recolhe e põe em atuação
sistematicamente os elementos necessários para obter um produto destinado à troca,
levando em consideração a disponibilidade dos fatores de produção1.

Considera-se empresa a organização dos factores de produção promovida pelo


empresário individual ou por sociedade empresarial, voltada para a produção ou
distribuição de bens e serviços, destinados ao mercado e explorados com finalidade
lucrativa.2

A partir do artigo 4 do código comercial, podemos extrair também alguns elementos


essenciais:

 Empresário Individual
 Sociedade Empresarial

1
Requião, Rubens. Curso de Direito Comercial. vol. 1. São Paulo: Saraiva, 2012.
2
Artigo 4 do Código Comercial
6

 Produção de bens e Serviços

2.1. Empresário Individual

Segundo Fábio Konder (1999), o empresário como aquele que “exerce profissionalmente
atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de
serviços”. O dispositivo legal faz referência ao empresário no sentido lato, ou seja,
compreendendo o empresário individual (antigo comerciante individual) e o empresário
coletivo (sociedades empresárias).

É empresária individual a pessoa singular que, profissional e habitualmente, exerça a


actividade empresarial.3

O empresário individual exerce a atividade empresarial em nome próprio e, obviamente,


não possui personalidade jurídica, característica adstrita às sociedades empresárias.

No nosso direito o empresário individual não possui dupla personalidade, ou seja, uma
referente à sua pessoa natural e outra referente à pessoa que exerce a atividade
empresarial.

Afirma individual não é pessoa jurídica, muito menos possui “sócio” e está inscrita no
CNPJ apenas para fins tributários, motivo pelo qual não se deve acolher despropositada
preliminar de ilegitimidade ativa "ad causam" quando o seu titular ingressa em juízo em
nome próprio na defesa de seus interesses.

O exercício da empresa pelo empresário individual se fará sob uma firma, constituída a
partir de seu nome, completo ou abreviado, podendo a ele ser aditado designação mais
precisa de usa pessoa ou do gênero de atividade. Nesse exercício, ele responderá com
todas as forças de seu patrimônio pessoal, capaz de execução pelas dívidas contraídas,
vez que o Direito brasileiro não admite a figura do empresário individual com
responsabilidade limitada e, consequentemente, a distinção entre patrimônio empresarial
(o patrimônio do empresário individual afetado ao exercício de sua empresa) e o
patrimônio particular do empresário, pessoa física.

Não há que se confundir o empresário individual como sócio de uma sociedade


empresária. O sócio, com efeito, não é empresário, mas sim integrante de uma
sociedade empresária. O empresário poderá ser pessoa física, que explore pessoal e
3
Artigo 55 do código comercial
7

individualmente a empresa (empresário individual), do qual estamos agora tratando, ou


uma pessoa jurídica, a qual, detentora de personalidade jurídica própria, distinta da de
seus membros, exerce diretamente a atividade econômica organizada (sociedade
empresária)”.

2.2. Sociedade Empresarial

Sociedade Empresarial ou sociedade comercial Consiste na reunião de esforços entre


duas ou mais pessoas denomina das de sócios que combinam a aplicação de seus
recursos com a finalidade de desempenhar certa atividade económica, visando a divisão
dos frutos e lucros por ela gerados4.

No entanto, há sociedades que não visam o lucro mas adoptam um dos tipos previstos
no código e por isso sujeitas a este mesmo regime. Se uma sociedade adopta um dos
tipos previstos e permitidos para sociedades comerciais aplica-se o Código Comercial
independentemente de ser civil ou comercial ou colectivas.

Se visa a prática de actos comerciais, a sociedade é comercial, mas se pratica actos civis
a sociedade é civil, em qualquer dos casos, se adoptar a forma de sociedade em nome
colectivo, por quotas, Anomimas e Sociedade por acções simplificadas objecto do
Código Comercial.

3. Classificação das Sociedades Comerciais

A clássica divisão dos tipos societários é aquela que distingue entre sociedade de
pessoas e sociedade de capitais.5

Nesta classificação, ficam os extremos delas as sociedades colectivo como sociedades


de pessoas por excelência, e as sociedades anónimas como sociedade de capitais
também por excelência. No essencial, nas primeiras, a pessoa dos sócios apresenta-se
como de extrema importância e a fidúcia é um elemento igualmente essencial. “Nas
segundas, a posição social patrimonializa-se na acção”, A realização do capital
apresenta-se como relevante e o elemento pessoal secundário o que a própria expressão
"anónima" sugere, isto é, não é essencial que os sócios exija deles a fidúcia.

4
Artigo 66 do código comercial
5
José de Oliveira Ascensão, ob.cit, pag.49
8

Há quem distinga as sociedades entre abertas e fechadas. Seriam abertas aquelas que
permitem a entrada de terceiros não sócios originários da mesma em momento
posterior, e seriam fechadas aquelas não admitissem tal entrada.

4. Forma do Contrato de Sociedade

4.1. Liberdade de Forma

A produção de efeitos jurídicos (constituição, modificação ou extinção de relações


jurídicas) resulta principalmente, no tocante à actos juridicamente relevante, de actos de
vontade, declarações de vontade-dirigidas precisamente à produção dos referidos
efeitos, Tal liberdade de celebração de contratos (liberdade contratual), tanto
compreende a manifestação da vontade de contratar como a possibilidade de introduzir
alterações através de conjugação de vários elementos para constituição de um contrato.
Todo este fenómeno é manifestado por via de uma vontade.

A extensão deste princípio alcança como se pode retirar do art. 219° do CC, a liberdade
de forma como regra geral. Nos termos deste artigo, a validade da declaração negocial
não depende de observância de forma especial, salvo quando a lei a exigir.

Com aprofundamento no Código Civil, pode-nos conduzir a certas consequências legais


que a seguir retiramos.

Primeiro, que o contrato de sociedade como regra geral não está sujeito a forma

especial. Segundo, que a não observância da forma quando esta seja exigida pela
natureza dos bens que os sócios colocam na sociedade, não prejudica (nulidade) de todo
o contrato com vista ao exercício do comércio a menos que ele não possa se converter
nos termos do art. 293°, passando ser o simples uso e fruição dos bens cuja transferência
determina a forma especial, ou se o contrato não puder reduzir-se.

Podemos concluir que não há, em geral exigência de forma especial para a celebração
do contrato de sociedade, tal só ocorre quando condicionado pelas participações dos
sócios, ou seja, se houver participações em bens imóveis exigir-se-á a escritura pública
e fora desta circunstância, basta um documento escrito, assinado e reconhecido
presencial- mente por todos os sócios.
9

5. Objecto da Sociedade

O objecto da sociedade é o conjunto de actos ou a actividade para cujo exercício ela é


criada, e tem de ser definido no momento da constituição. É exactamente por causa
dessa convicção que as sociedades Comerciais são consideradas empresárias
comerciais.6

São dois os tipos de objecto:

 Objecto mediato;
 Objecto imediato;

O objecto mediato da sociedade ou objecto final da sociedade é a obtenção de lucros, A


sociedade tem uma finalidade lucrativa, na medida em que não constitui outra coisa se
não para produção efectiva do lucro através do exercício da actividade comercial. A
doutrina chama muitas vezes a isto fim e não objecto.

Objecto imediato que corresponde a actividade que a empresa se propõe a realizar sendo

esta actividade obrigatoriamente identificada nos estatutos da sociedade .

Do mesmo modo no momento da celebração do contrato há liberdade de estipular o


objecto que as partes entenderem e podem alterá-lo, modificá-lo, no momento posterior
por deliberação dos sócios. O objecto deve correspondera prática de actos de comércio.
A sociedade constitui-se por um objecto, se este por sua vez se esgotar, a sociedade
dissolve-se.

6. Capital Social

O capital social de uma sociedade equivale ao coniunto das entradas a que diversos
sócios estão efectivamente obrigados. Não coincide com o património social e ele
permanece estático no seu valor nominal, e quanto o património varia constantemente
no seu valor real. O capital social pode estar subscrito quando o sócio já se tenha
efectivamente obrigado a fazer tal entrada ou ser capital a subscrever quando as pessoas
ainda não se tenham obrigado às inerentes entradas.

Por outro lado, o capital subscrito pode estar realizado lizado consoante as partes
tenham efectivamente entregue as suas participações ou se ainda mantém a obrigação de

6
Carlos Alberto da Mota Pinto, ob.cit, pág. 89
10

fazê-lo. A realização pode ser em dinheiro ou em espécie de acordo como tipo de


entrada em jogo, se os sócios se comprometem a entrar em dinheiro, o capital é
realizado em dinheiro, se for em espécie, haverá lugar a avaliação para se verificar se
está de acordo com o indicado.

7. Produção de bens e Serviços

7.1. Técnicas de distribuição de bens e serviços

Distribuição refere-se ao meio através do qual os produtos passam do produtor para o


consumidor final. Cada empreendedor requer uma técnica que distribui os seus produtos
aos consumidores no local, tempo e custo certo. Consiste em todos os intermediários
que participam na distribuição de produtos e servem de elo de ligação entre o produtor e
o consumidor.

8. Tipos de técnicas de distribuição

Dependendo do número de intermediários envolvidos, as técnicas de distribuição podem


ser classificadas como se segue:

8.1. Do produtor → consumidor (técnica curta)

Esta técnica também é conhecida por venda directa porque não há intermediários. Nesta
técnica, um produtor pode vender directamente através das suas próprias lojas de venda
a retalho (por exemplo uma empresa de calçado), pelo correio ou porta a porta. Esta
técnica é mais comum na distribuição de maquinaria industrial pesada, produtos
químicos industriais, produtos para clientes específicos, etc.

8.2. Do produtor → retalhista → consumidor (técnica média)

Nesta técnica o produtor vende a grandes retalhistas como grandes armazéns e cadeias
de lojas, que por sua vez vendem aos consumidores.

Esta técnica é muito popular na distribuição de bens de consumo e outros bens


duradouros, como frigoríficos, televisores, máquinas de lavar, computadores, máquinas
de escrever, etc.
11

8.3. Do produtor → grossista → retalhista → cliente (técnica longa)

Esta é a técnica de distribuição tradicional de mercadorias. Nesta técnica, o produtor


vende ao grossista que por seu lado vende aos retalhistas e estes vendem ao consumidor
final. É muito usado na distribuição de bens de consumo como artigos de mercearia,
medicamentos, cosméticos, etc.

Factores a considerar ao escolher uma técnica de distribuição

A escolha dum circuito de distribuição é uma decisão crucial e requer que o


empreendedor compare custos, volumes de vendas e lucros previstos nas técnicas de
alternativa de distribuição. Ao escolher a técnica certa para distribuir os seus produtos,
um pequeno industrial deve ter em conta as seguintes considerações.

a) Natureza do produto

Isto refere-se ao fabrico das mercadorias que vão ser distribuídas. Geralmente produtos
grandes e pesados são distribuídos directamente para minimizar as despesas de
transporte. De igual modo os produtos perecíveis e caros são vendidos directamente ou
através duma técnica curta.

b) Natureza do mercado

O mercado em que as mercadorias vão ser vendidas também pode ter influência sobre a
técnica de distribuição que um empreendedor pode usar para os seus produtos. A venda
directa seria preferível quando os mercados são pequenos e estão localizados numa área
estreita. Por outro lado, no caso dum mercado grande e consumidores dispersos
geograficamente, torna-se necessária uma técnica longa. A venda directa é conveniente
quando a ordem de compra é grande e o número de encomendas é pequeno. As
exigências dos clientes de crédito, entrega a domicílio, etc., também influenciam a
escolha da técnica de distribuição.

c) Natureza do negócio

A natureza do negócio que se está a fazer também é um factor importante na selecção da


técnica de distribuição. A venda directa só é possível quando o produtor é
financeiramente forte e possui conhecimento do mercado. Para uma empresa que produz
um único produto, a venda directa não é económica. No caso de o fabricante desejar
12

controlar a distribuição, é preferível a venda directa. A política de distribuição da


empresa também influencia na escolha da técnica de distribuição.
d) Natureza dos intermediários.

Quando o tipo desejado de intermediários não estiver disponível, então pode ser
necessário fazer a venda directa. Além disso, quando os intermediários disponíveis não
poderem ou não quiserem fornecer transporte, armazenagem, exposição e outros
serviços relevantes, então o empreendedor não terá outra escolha senão recorrer à venda
directa.
O grossista tem que obter um lucro não só para cobrir as suas despesas mas deve, se
estiver a vender aos retalhistas, fazer às vezes um desconto ao retalhista para que este
também tenha algum lucro.

Se o empreendedor (no caso de ser um produtor ou um grande importador) vender aos


retalhistas, pode ter mais lucro mas se houver muitos retalhistas em muitos pontos do
país pode ter problemas para os visitar regularmente e, pior ainda, se tiver que lhes levar
as mercadorias directamente. A venda directa aos retalhistas, se forem muitos, requer o
emprego duma equipa de vendedores. Isto irá aumentar os custos de venda do
empreendedor a não ser que consiga transferi-los para o consumidor e diminuir os seus
lucros.

9. Classificação do código comercial

O código comercial é dividido em (Livros, Capítulos, secção, subseção e Títulos)

9.1. Livro primeiro

Capítulo I: Atividade empresarial (Artigo 1-18)

Capítulo II: obrigações do empresário comercial (Artigo 19-37)

Capítulo II: Auxiliar do empresário (Artigo 38-53)

9.2. Livro Segundo

Capítulo I: Empresário Individual (Artigo 54-56)

Capítulo II: Registo Artigo (Artigo 58-58)

Capítulo III: Responsabilidade (Artigo 59)


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Capítulo IV: Administração e Funcionamento (Artigo 60-65)

9.3. Livro Terceiro

Capítulo I: Sociedade Empresarial (artigo 66-73)

Capítulo II: Contrato de sociedade (artigo 74 - 82)

Capítulo III: Invalidade Responsabilidade e Suspenção. (artigo 83 - 84)

Capítulo IV: Direito e obrigações do sócio (Artigo 85 - 91)

Capítulo V: Realização do capital social (Artigo 92-98)

Capítulo VI: Beneficiário Efetivo (Artigo 99)

Capítulo VII: Outros Direitos e Obrigações (Artigo 100 - 106)

Capítulo VIII: Suprimentos prestação acessória e suplementar (Artigo 107 - 113)

Capítulo IX: Órgãos da sociedade (Artigo 114-168)

Capítulo X: Livros da sociedade (Artigo 169 - 179)

Capítulo XI: Alteração do contrato de sociedade (Artigo 180 - 190)

Capítulo XII: Vicissitude da sociedade (Artigo 191 - 249)

Capítulo XIII: Publicação do acto social (Artigo 250 - 255)

Capítulo XIV: Prescrição (Artigo 256)

Capítulo XV: Sociedade com únicos sócios (Artigo 257-261) e seguintes


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Conclusão
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Referencias Bibliográficas

Legislação

Código Civil

Código Comercial

Doutrinas

MINEDH. Módulo 4 de Empreendedorismo: Aprovisionamento e marketing. Instituto


De Educação Aberta e à Distância (IEDA), Moçambique, s/d.

Guilherme Junior, Manuel (2013) Direito Comercial Moçambicano. Vol. 1 Escola


Editora, Lda: Maputo.

Coelho, Fabio Ulhoa (2002) Curso de Direito comercial. ed.5.Saraiva: São Paulo.

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