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UNIVERSIDADE ABERTA UniSCED

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

CURSO DE LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 3º ANO, 2023

Desafios das Sociedades Comerciais em Moçambique

Nome do Estudante: Maria Vitosa Francisco

Nampula, Outubro de 2023


INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
CURSO DE LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Desafios das Sociedades Comerciais em Moçambique

Trabalho de Campo da Cadeira de Direito


Comercial a ser submetido na Coordenação do
Curso de Licenciatura em Administração Publica
da ISCED.

Nome do Estudante: Maria Vitosa Francisco

Nampula, Outubro de 2023


Índice
1.Introdução ................................................................................................................................ 3

1.1.Objectivo do trabalho ........................................................................................................... 3

1.2.Geral ..................................................................................................................................... 3

1.3.Específicos ............................................................................................................................ 3

1.4.Metodologia .......................................................................................................................... 3

2.Desafios das Sociedades Comerciais em Moçambique ........................................................... 4

2.1.Sociedade .............................................................................................................................. 4

2.2.Personalidade jurídica........................................................................................................... 4

2.3.Tipos de sociedades comerciais ............................................................................................ 4

2.4.As sociedades em nome colectivo ........................................................................................ 5

2.5.As sociedades de capital e indústria ..................................................................................... 5

2.6.As sociedades em comandita ................................................................................................ 5

2.7.As sociedades por quotas...................................................................................................... 6

2.8.As sociedades anónimas ....................................................................................................... 6

2.9.Procedimentos necessários para a constituição de uma Sociedade ...................................... 6

3.Representação comercial/Sucursal .......................................................................................... 7

3.1.Conclusão ............................................................................................................................. 8

3.2.Referências ........................................................................................................................... 9
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1.Introdução

O presente trabalho fala sobre, os Desafios das Sociedades Comerciais em Moçambique.


Onde as sociedades comerciais existentes no nosso ordenamento jurídico, já o segundo tema,
nossas realidades comerciais fora da dogmática comercial, objectivamente vai se falar sobre
tratamento que a ordem jurídica atribui ao comercio informal (bancas, barracas e vendedores
ambulantes), visto que essa é uma das nossas realidades vividas e que constantemente vêm
aumentando no nosso país, e terceiro tema proposto se tem como ponto especial a firma que a
sua constituição é obrigatória, uma que constitui nome que representa o empresário comercial
numa determinada sociedade e por fim o estabelecimentos comerciais, onde se verá o seu
conceito, o que a pressupõe, os negócios de disposição e não menos importante a sua
tipologia. São sociedades comerciais aquelas que tenham por objecto a prática de actos de
comércio e adoptem o tipo de sociedade em nome colectivo, de sociedade por quotas, de
sociedade anónima, de sociedade em comandita simples ou de sociedade em comandita por
acções. Em relação ao seu objectivo, notabilizamos que as sociedades comerciais têm como
objectivo principal a prática de acto de comércio seja em nome colectivo ou individual. Assim
sendo, conhecendo os modelos societários existente, as pessoas devem escolher um dos
modelos para que possam iniciar suas actividades.

1.1.Objectivo do trabalho

1.2.Geral

 Compreender os Desafios das Sociedades Comerciais em Moçambique

1.3.Específicos

 Descrever os tipos das Sociedades Comerciais em Moçambique;


 Identificar os desafios das Sociedades Comerciais em Moçambique.

1.4.Metodologia

Para a materialização do presente trabalho usou-se a consulta bibliográfica do livro que


aborda o mesmo tema.
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2.Desafios das Sociedades Comerciais em Moçambique

2.1.Sociedade

Sociedade é a entidade que, composta por um ou mais sujeitos sócio(s), tem um património
autónomo para o exercício de actividade económica, a fim de (em regra) obter lucros e
atribui-los aos sócios ficando estes, todavia, sujeitos a perdas.

Segundo o art.º 2 do Código Comercial Moçambicano diz que “são empresários comerciais”
al. b) “as sociedades comerciais”. Porém, nos termos do n.º 2 do art. 1º do Código das
Sociedades Comerciais “são sociedades comerciais aquelas que tenham por objecto a prática
de actos de comércio e adoptem o tipo de sociedade em nome colectivo, de sociedade por
quotas, de sociedade anónima, de sociedade em comandita simples ou de sociedade em
comandita por acções”.

2.2.Personalidade jurídica

As sociedades comerciais de que tratamos adquirem a qualidade de comerciantes pelo menos


a partir do momento em que adquirem personalidade jurídica. Art. 5º Do Código das
Sociedades Comerciais “As personalidades gozam de personalidade jurídica existem como
tais a partir da data do registo definitivo do contracto pelo qual se constituem, sem prejuízo do
disposto quanto à constituição de sociedades por fusão, cisão ou transformação de outras.”

Não é necessário, portanto, que pratiquem primeiro quaisquer actos de comércio


compreendidos no seu objecto.

2.3.Tipos de sociedades comerciais

O Código das Sociedades Comerciais aponta-nos quatro tipos de sociedades comerciais:

 Sociedades em nome colectivo;


 Sociedades por quotas;
 Sociedades anónimas;
 Sociedades em comandita, com dois subtipos: Sociedades em comandita simples e por
acções.

Mas, actualmente, e de acordo com o nosso Código Comercial art. 82 nº 1, são sociedades
comerciais, independentemente do seu objecto são:
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 As sociedades em nome colectivo;


 As sociedades de capital e indústria;
 As sociedades em comandita;
 As sociedades por quotas;
 As sociedades anónimas.

2.4.As sociedades em nome colectivo

Nos termos do número 1 do art. 253 “Na sociedade em nome colectivo o sócio responde
subsidiariamente em relação à sociedade e solidariamente com os outros sócios pelas
obrigações sociais, ainda que estas tenham sido contraídas anteriormente à data do eu
ingresso”.

2.5.As sociedades de capital e indústria

É constituída por duas ou mais pessoas, sendo um ou mais sócios os que contribuem com
dinheiro, bens e ou direitos para a formação do património, e outro ou outros sócios, com seu
trabalho ou aptidão técnica.

2.6.As sociedades em comandita

O traço distintivo fundamental e comum das sociedades e comum das sociedades em


comandita reside na circunstância de terem duas espécies de sócios, com regimes de
responsabilidade diferentes (art. 465º, nº 1 do CSC):

 Os sócios comanditados assumem responsabilidade pelas dívidas na sociedade, nos


mesmos termos dos sócios das sociedades em nome colectivo;
 Os sócios comanditários não respondem por quaisquer dívidas da sociedade, à
semelhança do eu acontece com os sócios das sociedades anónimas.

Essas sociedades apresentam dois sub-tipos: sociedades em comandita simples e por acções
(art. 270.º do CCom).

 Sociedades em comandita simples:Nesta sociedade as participações de ambas as


espécies de sócios, comanditados e comanditários, denominam-se partes sociais; e, tal
como as participações homologas das sociedades em como colectivo, não são
representadas por quaisquer títulos;
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 Sociedades em comandita por acções: Nela as participações dos sócios


comanditados são igualmente partes sociais; mas as participações dos sócios
comanditários (art. 479.º: têm de ser pelo menos cinco), são acções tituladas e regidas
pelos preceitos respectivos do regime das sociedades anónimas.

2.7.As sociedades por quotas

Segundo o disposto no art. 283 nº 1 “Na sociedade por quotas o capital está dividido em
quotas e os sócios são solidariamente responsáveis pela realização do capital social nos
termos prescritos neste capítulo”.

A designação nas Sociedades por Quotas pode ser composta pelo nome ou firma de algum ou
de todos os sócios, por uma denominação particular ou por uma reunião dos dois, sendo que,
em qualquer dos casos, terá que ser seguida pelo aditamento obrigatório “ Limitada” que
poderá estar por extenso ou abreviado - “ Lda.”

2.8.As sociedades anónimas

Nos termos do artigo 331º “na sociedade anónima o é dividido em acções e cada sócio limita
a sua responsabilidade ao valor das acções que subscreveu”.

As sociedades anónimas, mais usualmente adoptada por grandes empresas, caracterizam-se


essencialmente por ter uma estrutura orgânica mais complexa. Estas sociedades devem no
mínimo ter três accionistas, salvo quando a lei dispor (artigo 332º nº 1 do C. Com); sejam eles
pessoas singulares ou colectivas, nacionais ou estrangeiras salvo nos casos em que o Estado,
directamente ou por intermédio de Empresa Publica, Estatal ou outra entidade equiparada por
lei, fique como accionista

2.9.Procedimentos necessários para a constituição de uma Sociedade

As sociedades comerciais, independentemente da sua tipologia, necessitam de cumprir com


um conjunto de formalidades antes de dar início à sua actividade, nomeadamente:

 Aprovação da denominação social e indicação do tipo societário a adoptar, aprovada


pela Conservatória do Registo das Entidades Legais (CREL), mediante solicitação da
reserva de nome;
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 Documento de Identificação ou Certidões Comerciais, consoante se trate de pessoas


singulares ou colectivas, dos sócios que irão compor a estrutura societária da
sociedade. No caso de se tratar de entidades estrangeiras, os documentos ora
mencionados deverão ser legalizados pelo Consulado de Moçambique no país de
origem;
 Registo fiscal (obtenção do Número Único de Identificação Fiscal (NUIT);
 Alvará da actividade específica, juntando para o efeito uma planta e memória
descritiva do imóvel onde a sociedade estará sediada, bem como o respectivo contrato
de arrendamento e/ ou cedência de espaço que titule a ocupação ou registo de
propriedade;
 Declaração de Início de Actividade que poderá ser feita a qualquer momento depois da
obtenção do alvará comercial.

3.Representação comercial/Sucursal

As entidades estrangeiras que pretendem exercer uma actividade de natureza económica em


Moçambique através de representação comercial, devem requerer junto do Ministério da
Indústria e Comércio o licenciamento das suas sucursais, filiais, delegações, agências ou
outras formas de representação legalmente estabelecidas em Moçambique.

As representações são autorizadas a exercer actividade em Moçambique dentro de certos


limites temporais, no caso da agência, por exemplo, dura enquanto durar o respectivo contrato
de agência, mas já para o caso da delegação, esta só pode exercer actividade por um máximo
de 3 anos, renováveis. Uma sucursal é tida como estabelecimento permanente da sociedade
que não tem autonomia ou personalidade jurídica diferente da empresa-mãe, quando registada
na Conservatória do Registo das Entidades Legais.
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3.1.Conclusão

Conclui que os desafios são aqueles que adoptam um dos instrumentos jurídicos específicos
determinados na lei, tendo uma relação de grupo por contrato paritário ou por contrato de
subordinação e tem uma direcção económica unitária resultante de um instrumento jurídico, e
grupos de facto são aqueles que não estão definidos em nenhum instrumento jurídico
específico, tendo a sua direcção económica unitária noutro instrumento, que a lei não estipula
em nenhum regime. Onde o poder existe e o mesmo está a ser exercido, contudo não passa de
um mero poder de facto sujeito às normas gerais do direito das sociedades. Onde as firmas das
sociedades, quando sejam firmas nome, serão constituídas por nomes ou firmas de todos,
alguns dos sócios (nº 2 do art.10.º de CSC); quando sejam firmas denominação, pode. Ser
nelas utilizadas siglas, composições ou expressões de fantasia (nº 3 do art. 10.º do CSC).
Quando se trata de firmas mistas, será porque associam nomes de sócios com a indicação da
actividade social e, eventualmente, com uma expressão de fantasia.
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3.2.Referências
ABREU, Coutinho., Curso de Direito Comercial (Das Sociedades), vol II, 4ª edição,
Almedina, 2011.

COELHO, U. Fábio. Manual de direito comercial: direito de empresa, 23ª edição, editora
Saraiva, São Paulo, 2011.

CORREIA, A. Ferrer. Lições de Direito Comercial, Lex- Edições Jurídicas.

CORREIA, Miguel J. A. Poupo. Direito Comercial, 7ª edição revista e actualizada, editor


Coimbra, 2011.

CORREIRA, Pupo. Direito Comercial, 12 ª edição, EDIFORUM, 2011.

F. GALGANO, “História do Direito Comercial”. Ed. Signo. Lisboa.

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