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Comerciais 3
PROGRAMA E BIBLOGRAFIA
PRIMEIRO SEMESTRE
I- INTRODUÇÃO
1. Tipos societários
a) Sociedade em nome Colectivo
b) Sociedade por Quotas
c) B Sociedades Anónimas
d) Sociedades em comandita
1. Conceito
2. Pressupostos do Contrato de sociedade
3. Elementos e conteúdo do contrato de sociedade
4. Acordos parassociais
SEGUNDO SEMESTRE
1. Contas sociais
2. Capital social
2.1. Funções do capital social
2.2. Princípios estruturantes do capital social
BIBLIOGRAFIA
I- INTRODUÇÃO GERAL
1
António Menezes Cordeiro, Direito das Sociedades Comerciais I 5ª edição actualizada, pag. 39
2
António Menezes Cordeiro, Direito das Sociedades, Parte geral, 5º edição, Almedina, pg. 41-42
Desta feita, a regra geral prevalecente é que a sociedade seja feita por
uma pluralidade de sócios, quer no momento inicial, quer durante a
sua restante existência. Nesta senda, segundo Menezes Cordeiro, “a
sociedade é uma pessoa colectiva, à qual corresponde necessariamente
uma pluralidade de sócios…”3. Esta ideia vem reforçar a regra do nº 2 do
artigo 8º, CSC. No entanto, a lei permite a existência de uma só parte
ou pessoa, apenas nos casos previstos no nº 3 da norma supra.
3
António Menezes Cordeiro, Direito das Sociedades I, Parte Geral, 5ª edição actualizada, pag. 245-246.
4
António Menezes Cordeiro, O.C. pag. 247.
5
Menezes Cordeiro. O.cit. pag 247.
6
Miguel Pupo Correia, Direito Comercial, Direito da Empresa, pag.123
7
O objectivo do legislador parece ter sido o de contradistinguir as sociedades das situações de
comunhão. Pupo Correia, pag. 124.
8
No regime de compropriedade previsto no Código Civil, por exemplo, os sócios não têm o direito de
exigir a divisão de coisa comum e não têm, em regra, o direito de usar a coisa comum (arts. 1412.º,
1406.º CC) e as sociedades têm autonomia patrimonial.
9
Ibdem, pag. 124
1. Tipos Societários
11
Quando existem vários devedores a regra no Direito Comercial é a da responsabilidade solidária.
Isso significa que o credor tem o direito de exigir a totalidade da prestação a qualquer um dos
devedores (cfr. arts. 512.º, n.º 1, 518.º e 519.º, n.º 1, CC, art. 100.º CCom.).
O devedor (solidário) que satisfizer o direito do credor goza de direito de regresso contra cada
um dos outros devedores pela parte que lhes cabia (art. 524.º CC).
Exemplo 1:
A, B, C e D constituem a KISSANGUA Serviços LDA, com entrando de cada um deles no
valor de 1000Kz.
A KISSANGUA Serviços LDA deve 300K a Z.
Z (credor da sociedade) deve exigir o pagamento à sociedade. Supondo que esta dispõe
de bens/dinheiro em montante igual ou superior AKZ 4000, a KISSANGUA Serviços LDA
paga a totalidade da divida a Z. (A Sociedade cumpriu a sua aobrigação diante do
Credor)
Exemplo 2:
Pense-se na mesma situação referida no exemplo 1 com a diferença de a dívida
a Z ascender a Kz 6000. Neste caso, Z:
deve exigir o pagamento à sociedade.
Supondo que a KISSANGUA Serviços LDA dispõe de bens/dinheiro em montante
equivalente a KZ 4000 e entrega esse montante a Z:
pode exigir o pagamento do restante (KZ2000) a qualquer um dos sócios.
O sócio que, nesses termos, satisfizer as obrigações da sociedade goza
do direito de regresso contra os outros sócios, na medida em que o
pagamento efetuado exceda a importância que lhe caberia suportar
segundo as regras aplicáveis à sua participação nas perdas sociais
(art.176.º, n.º3).
As deliberações dos sócios são feitas por voto, direito que assiste todos
os sócios, na proporcionalidade do montante da participação social de
cada sócio – em regra, conta-se um voto por cada parcela da quota, com
valor equivalente, em moeda nacional, a USD 50,00 do valor nominal da
quota, com as devidas excepções legais, conforme previsto no art. 278º.
À transmissão por acto entre vivos, ou por morte, da parte do dos sócios
comanditários aplicam-se subsidiariamente as disposições das
sociedades por quotas (art. 211º). Enquanto que, à transmissão das
ações dos sócios comanditários das sociedades em comandita por ações
aplicam-se subsidiariamente as disposições das sociedades anónimas
(art. 214º).
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Refira-se aqui ao o problema essencialmente no domínio dos impostos directos, uma vez que os
indirectos, designadamente os impostos sobre a despesas (IVA e Imposto do Selo) não distinguem tipos
societários, aplicando-se igualmente a todas as sociedades, sem prejuízo de diferenciações que possam
ocorrer no que respeita a certas operações ou tendo em conta o respetivo objeto social”.
3. Acordos Parassociais
16
Cfr. António Perreira de Almeira, Direito angolano das sociedades comerciais, pg. 245.
1. Contas sociais
17
Direito Angolano das Sociedades Comerciais, pg.36
18
O Relatório de Gestão, segundo Menezes Cordeiro, “é um documento que exara os parâmetros a que
tenha obedecido o funcionamento da sociedade, as dificuldades encontradas, a estratégia seguida e o
sentido dos resultados.. Pode ser muito sucinto, no caso das pequenas e médias sociedades,
convertendo-se em extensas análises de conjuntura e evolução do sector, nas grandes sociedades e nas
anónimas”. Cfr. Menezes Cordeiro, Direito das Sociedades Comerciais, Parte Geral, 5ª edição, pg, 972.
19
Cf. Menezes Cordeiro, Direito das Sociedades Comerciais, Parte Geral, 5ª edição, pg. 956.
1.3. O Balanço
2. O Capital Social
Importa aqui referir que, existe uma diferença entre capital social e
património da sociedade. O capital social distingue-se do património da
sociedade por aquele não ser, ao contrário deste, um conjunto de bens
(dinheiro e outros), mas sim e apenas uma cifra, ou uma expressão
numérica de uma quantia, um valor contabilístico, que representa a soma
dos valores das entradas dos sócios.
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O princípio da intangibilidade do capital social, consiste em impedir que sejam distribuídos aos sócios
bens da sociedade, quando a situação líquida da mesma for inferior à soma do capital e das reservas que
a lei ou o contrato de sociedade não permite distribuir aos sócios, conforme previsto no art. 33º, CSC.
22
Direito Comercial, pg.205
23
Cfr. Direito Angolano das sociedades comerciais, pg. 50.
24
Considera-se estar perdida metade do capital social quando o capital próprio da sociedade for igual ou
inferior a metade do capital social. Cfr. Pereira de Almeida, Direito angolano das sociedades Comerciais,
pg. 52.
As Reservas
Reserva legal (art. 240º e 327º)
Reservas estatutárias (art. 327º, in fine)
Reservas livres (art. 71, 2, f)); 239º, 3 e 326º
BIBLIOGRAFIA