Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FACULDADE DE DIREITO
Curso de Direito
1
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
FACULDADE DE DIREITO
Curso de Direito
Discentes:
Anamaria Jorge
2
Índice
1. Constituição das Sociedades Comerciais.................................................................................6
4.1. Invalidade........................................................................................................................14
Conclusão......................................................................................................................................17
BIBLIOGRAFIA...........................................................................................................................18
3
LISTA DE ABREVIATURA
Art.: Artigo.
Nº: Número.
Pg.: Página.
Vol.: Volume.
4
INTRODUÇÃO
O presente trabalho, vem abordar assuntos que dizem respeito á constituição fas sociedades
comerciais, tendo em vista a natureza do acto constitutivo, a Forma e alteração, bem como as
invalidades e as sociedades irregulares. Procuramos em grupo, conhecer as notas introdutórias e
fazer menção a respeito das noções fundamentais da matéria em questão sem deixar para trás a
matéria considerada relevante sobre o contrato de sociedade.
O grupo fez uso das suas capacidades tecnológicas e ensinamentos metodológicos, incluímos
tanto matérias feita por doutrinários, suas ideias e concepções sem deixar a parte o nosso
posicionamento como um grupo.
5
1. Constituição das Sociedades Comerciais
A constituição de uma sociedade comercial não se trata de um acto, mas sim de um processo
(conjunto de actos).
O contrato social, é celebrado por documento escrito assinado por todos sócios, ou seus
representantes legais com assinatura notarialmente reconhecida por semelhança, é celebrado por
escritura pública se a realização do capital social for em espécie por transferência de bens
imóveis para titularidade da sociedade, isto, nos termos do artigo 66 do deccreto-lei nº. 1/2022 de
25 de maio.
Sociedades são pessoas jurídicas de direito privado, formadas pela união de pessoas,
(universitas personarum), cuja finalidade é a obtenção de lucro (fim econômico).
Associações são pessoas jurídicas de direito privado, também formadas pela união de
pessoas, ( universitas personarum), mas sem fins lucrativos.
1
MENDES Flávio Mouta, Sociedades Comerciais, Lisboa
Https://www.sociedadescomerciais.pt/ pesquisa 19 de Agosto de 2022 11:02.
2
SIQUEIRA, Roberta (Prof), Teoria Geral do Direito Societário, Unidade 1, Brazil. pdf Pg. 7
6
proporção que são livres de fixar (se não se encontrar fixada outra, a proporção é a das
respectivas entradas).3
Pode ser conceituada como sendo uma pessoa jurídica de direito privado não estatal, que tem
por objecto social a exploração de actividade comercial ou forma de sociedade por acções. 4
Esta deve ser entendida como aquela que tem por objecto a prática de actos de comércio e
que tenha adoptado um dos tipos previstos no artigo 67 do deccreto-lei nº. 1/2022 de 25 de maio
5
.
3
PRATA,Ana, DicionárioJurídico, Vol. 1, 5ª. Edição(actualizada e aumentada), Almedina, Lisboa, 2008. Pg. 1366-
1367
4
GRANZOTTO, Alexandre José, Direito Comercial(resumo) pdf Pg. 18
5
LANGA, Alberto et LANGA, Guilhermina; Direito Comercial- Breve Sintese, Moçambique, 2021 pdf. Pg. 92.
6
Ídem Pg. 93.
7
praticante de actos comerciais, e na sociedade civil é apenas a execução de actos civis, como,
agricultura, os imóveis e prestação de serviços.7
E são secundárias aquelas que estão subordinadas, dependentes ou subalternizada face uma
actividade principal. Por exemplo: se a actividade principal é a consturção civil e obras públicas,
então a actividade acessória pode ser dar arrendamento de imóveis a qual a própria sociedade
constrói.
E por fim actividades acessórias ou auxiliares: são aquelas que não estão indicadas no
contrato de sociedade, pacto social, estatutos ou acto constitutivo da sociedade, mas que são
necessárias ou convenientes à concretização, prossecução ou realização das actividades
principais e ou secundárias integrantes do objecto social.
8
- Agricultura- exploração,produção, transformação e comercialização agrícola e animal em
geral.
-Negócio Jurídico- qualificado por lei como contrato, conforme artigo 980 C.C.;
8
MENDES Flávio Mouta, Sociedades Comerciais, Lisboa
Https://www.sociedadescomerciais.pt/ pesquisa 19 de Agosto de 2022 11:02.
9
LANGA, Alberto et LANGA, Guilhermina; Direito Comercial- Breve Sintese, Moçambique, 2021 pdf. Pg.100.
10
LANGA, Alberto et LANGA, Guilhermina; Direito Comercial- Breve Sintese, Moçambique, 2021 pdf. Pg. 100-
104.
9
2.1. Teorias Anti-Contratualistas
São teorias que defendem que sociedades comerciais não são um contrato e defendem suas
ideias. Dentre os defensores destas teorias nomeadamente a teoria do acto colectivo ou
complexo, a teoria do acto corporativo ou fundação, a teoria da instituição e a teoria eclética.
Que são defendidas pelos professores Rocco, Feine, Mossa, Gaillard, Ripert, Soprano entre
outros.
Portanto, a teoria do acto colectivo funcina pela união de várias vontades, são dirigidas
no mesmo sentido as quais ficariam visíveis individualmente, uma vez que as vontades não se
cruzam, o que é distinto do que acontece no contrato.
Já na teoria do acto complexo, o acto constitutivo seria um acto unilateral formado pela
união de vontades dirigidas à mesma finalidade, vontades estas que se fundem, perdendo sua
individualidade. 12
Tem por defensores, Feine, Mossa entre outros, estes entendem que o acto criador das
sociedades não é, nem contrato, nem negócio jurídico, mas sim um acto de fundação (acto
unilateral), que embora vindo de várias pessoas, mas a declaração é havida como única e com
finalidade de criação de uma nova pessoa colectiva13.
11
LANGA, Alberto et LANGA, Guilhermina; Direito Comercial- Breve Sintese, Moçambique, 2021 pdf. Pg. 101.
12
SIQUEIRA, Roberta (Prof), Teoria Geral do Direito Societário, Unidade 1, Brazil pdf Pg. 19
13
LANGA, Alberto et LANGA, Guilhermina; Direito Comercial- Breve Sintese, Moçambique, 2021 pdf. Pg. 102.
10
Aqui, Gaillard e Ripert, a semelhança dos outros, negam que o acto de constituição seja o
acto de constituição seja um contrato, mas sim uma instituição, a qual os direitos e interesses dos
sócios a subordinam com a prossecução de uma finalidade social.14
O acto constitutivo seria aquele que daria origem a uma instituição,possuindo menor
importância a vontade dos sócios. Assim a vontade dos sócios não é determinante na vida da
sociedade, quantoà função a ser exercida. Com isto, queremos dizer que o interesse social
prevalece sobre o interesse individual.15
Defendida por Túlio Ascarelli, que inspirado no Código Civil italiano de 1942, defende que o
contrato de Sociedade é um contrato com mais do que duas partes, ao que não deve ser bilateral,
mas sim plurilateral, embora cada um manifeste sua vontade, o fim é comum.16
Com isto, queremos dizer, que o contrato de sociedade comercial, não é um contrato
bilateral, e as obrigações dos sócios são independentes. Este acto constitutivo das sociedades é
um contrato, mas um contrato plurilateral.
Esta teoria tem por defensores dentre outros, Sena e Hueck, e perfilhada por Ferrer e Brito
Correia, entende que o acto é sim um contrato, porém diferente dos comuns, pela natureza, pois
neste, mesmo sendo contraditórias as vontades dos sócios tem fim unitário (lucro a repartir entre
os sócios), que resulta da criação de uma organização de elementos humanos, materiais e
jurídicos (empresa). 17
14
Ídem Pg. 102.
15
SIQUEIRA, Roberta (Prof), Teoria Geral do Direito Societário, Unidade 1, Brazil pdf Pg. 23
16
Ídem Pg. 104.
17
LANGA, Alberto et LANGA, Guilhermina; Direito Comercial- Breve Sintese, Moçambique, 2021 pdf. Pg. 105.
11
Onde esta é a mais elaborada. E acordada pelo grupo, a teoria contratualista.
Esta corrente, tem por defensor Soprano, que conciliou as teses contratualistas e anti-
contratualistas, defendendo que o acto constitutivo da sociedade é um contrato para os sócios e
um negócio jurídico unilateral para com terceiros à sociedade.18
Assim, este divide-se em três tipos a ser citados: Contratos unilaterais, bilaterais e
multilaterais20.
Contratos unilaterais, são aqueles em que há apenas uma só declaração de vontade ou várias
declarações mas paralelas formando um só grupo. Segundo Prof. Mota Pinto, Dr. Alberto Langa
e Dra. Guilhermina Moisés Langa.
Contratos Bilaterais, aqueles celebrados entre duas pessoas que geram obrigações para ambos
os contratantes. Por exemplo: o contrato de compra e venda.
18
LANGA, Alberto et LANGA, Guilhermina; Direito Comercial- Breve Sintese, Moçambique, 2021 pdf. Pg. 103.
19
LANGA, Alberto et LANGA, Guilhermina; Direito Comercial- Breve Sintese, Moçambique, 2021 pdf. Pg. 93.
20
Ídem Pg. 98-99
21
PRATA,Ana, DicionárioJurídico, Vol. 1, 5ª. Edição(actualizada e aumentada), Almedina, Lisboa, 2008. Pg.
1367.
12
Não domina neste campo o princípio da autonomia da vontade ou da liberdade contratual: as
partes não podem, ao constituir uma sociedade comercial, modelar como bem entendam o
organismo que pretendam criar, antes têm de se ajustar a um tipo que a lei enumera. De modo
idêntico ao que passa noutros domiínios do direito, o legislador, por razoões de ordem pública
sancionou o princípio de Númerus Clausus ou da Tipicidade art. 1306 do Código Civil.22
- Escritura pública, nos termos do vertido no artigo 74 n º.1-2 do deccreto-lei nº. 1/2022 de 25 de
maio.23
O contratos de sociedade pode ser alterado a todo tempo por unanimidade, escrita e assinada,
com reconhecimento notarial, pelos sócios em concordância com o art. 180 do deccreto-lei nº.
1/2022 de 25 de maio.
22
CORREIA, A. Ferrer, Lições de Direito Comercial- sociedades comerciais doutrina geral, Vol. II, Coimbra
1968. Pg. 14.
23
LANGA, Alberto et LANGA, Guilhermina; Direito Comercial- Breve Sintese, Moçambique, 2021 pdf. Pg. 105.
24
PRATA, Ana, DicionárioJurídico, Vol. 1, 5ª. Edição (actualizada e aumentada), Almedina, Lisboa, 2008. Pg.
1367.
25
GRANZOTTO, Alexandre José, Direito Comercial(resumo) pdf Pg. 19
13
Tratando-se de uma alteração que envolva bens e imóveis, tal deverá ser por escritura
pública.
No caso de alteração referente a cláusula relactiva ao capital social, tal não pode ocorrer sem
que o anteriormente substituído tenha sido realizado.26
4.1. Invalidade
A invalidade do acto jurídico ao qual faltam ou em que são irregulares elementos internos
essencias, o que determina a sua insusceptibilidade para produzir os efeitos jurídicos para que
tendia.
Consoante a gravidade do vício que afecta o acto, assim pode ser inexistente, nulo ou
anulável, conforme, por outro lado o vício atinge integralmente o acto, ou não, a respectiva
invalidade será total ou parcial.27
26
LANGA, Alberto et LANGA, Guilhermina; Direito Comercial- Breve Sintese, Moçambique, 2021 pdf. Pg 106.
27
PRATA,Ana, DicionárioJurídico, Vol. 1, 5ª. Edição(actualizada e aumentada), Almedina, Lisboa, 2008. Pg. 815.
28
LANGA, Alberto et LANGA, Guilhermina; Direito Comercial- Breve Sintese, Moçambique, 2021 pdf. Pg. 107.
29
MENDES Flávio Mouta, Sociedades Comerciais, Lisboa
Https://www.sociedadescomerciais.pt/ pesquisa 19 de Agosto de 2022 11:02.
30
GRANZOTTO, Alexandre José, Direito Comercial(resumo) pdf Pg. 27
14
Estas podem ser tidas por irregulares e consequentemente, verem declarado nulo o
contrato de sociedade, quando falte nele o número legal de membros, a firma, sede, objecto e
capital social, entre outros elementos sociais, previstos no artigo 99 do Código Comercial.
Importa referir que é irregular a sociedade em que esteja em conflito com a lei comercial,
que esteja ela ou não em funcionamento.
Há que sublinhar que enquanto irregular, a sociedade não terá personalidade juridica e
por conseguinte os sócios respondem solidaria e ilimitadamente entre si ou lhe é aplicada o
regime das sociedades civis, nos termos do artigo 100 do Código Comercial.31
Sociedades Sem Forma Legal- são aquelas em que as partes celebram ou se preparam
para celebrar um autêntico contrato de sociedade, mas sem a forma legal exigida. Aqui temos
negócio institutivo, mas sem forma legal.33
31
LANGA, Alberto et LANGA, Guilhermina; Direito Comercial- Breve Sintese, Moçambique, 2021 pdf. Pg. 108.
32
NUNES, Pedro Caetano, Direito das Sociedades, Nova lisboa, 2017/2018. Pdf Pg. 42
33
NUNES, Pedro Caetano, Direito das Sociedades, Nova lisboa, 2017/2018. Pdf Pg. 42
15
Defende-se a seguinte solução nesta modalidade: antes do registo respondem apenas os sócios,
depois do registo apenas responde a sociedade.34
Sociedade sem Publicação- uma sociedade cujo contrato observa a forma exigida e foi
registrado, mas não foi publicado, tem personalidade jurídica plena, pelo que o problema que se
coloca é apenas ao nível da oponibilidade perante terceiros. Não serão oponíveis a terceiros pela
sociedades salvo se, não havendo publicação de actos para os quais a mesma é necessária, a
sociedade prove o seu registro e o conhecimento do mesmo pelo terceiro.35
34
NUNES, Pedro Caetano, Direito das Sociedades, Nova lisboa, 2017/2018 pdf Pg. 43
35
Ídem Pg. 43- 44
16
CONCLUSÃO
17
BIBLIOGRAFIA
LANGA, Alberto et LANGA, Guilhermina; Direito Comercial- Breve Sintese, Moçambique,
2021 pdf.
CORREIA, A. Ferrer, Lições de Direito Comercial- sociedades comerciais doutrina geral, Vol.
II, Coimbra 1968
SIQUEIRA, Roberta (Prof), Teoria Geral do Direito Societário, Unidade 1, Brazil pdf
NUNES, Pedro Caetano, Direito das Sociedades, Nova lisboa, 2017/2018 pdf
LEGISLAÇÃO
Código civil
ENDEREÇO ELECTRÔNICO
18