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Direito Comercial II

x de março de 2022 (Aula 1)

Curso de Direito Comercial, V. II, 7.ª Ed. de 2021.

O art. 1.

º, n.º 2, do Código das Sociedade

s diz quais são as sociedades comerciais. Por um lado, sociedades civis (que podem ter ou não forma comercial), por
outro lado, sociedades comerciais. Antes dizia-se que a noção geral de sociedade se encontrava no art. 980.

º do CC, o ponto de partida do CC é contratual, mas não é impossível retirar daí a nota das sociedades como
entidades (conceção subjetivista, sociedades como entidades). O art. 980.º diz a noção de contrato de sociedade, aí
aparece a sociedade como 1) Agrupamento de pessoas, 2) Estas pessoas obrigam-se a entrar na sociedade com
determinados bens – excecionalmente, serviços (fundo patrimonial), 3) Para o exercício em comum de uma
atividade económica que não seja de mera fruição, 4) Fim social: lucrar, isto é, visam que o património inicial seja
incrementado, a obtenção de uma diferença positiva entre o incremento e o ganho relativamente ao que puseram
lá, o lucro objetivo, para ser distribuído pelos sócios, lucro subjetivo. Isto é o que resulta do Código Civil. Muitos
autores dizem que esta é a noção geral, mas o Prof. discorda.

Quanto ao 1), o CSC admite a sociedade unipessoal – com um só sócio – originariamente. A noção geral
não pode dizer que a sociedade é um agrupamento de pessoas.

Quanto ao 2) o tal fundo patrimonial mantém-se, mesmo no caso em que as entradas que os sócios se
obrigam a fazer não sejam feitos no momento da constituição, do acordo de vontades.

Quanto ao 3), o objeto é atividade económica que seja de exercício comum, quando sejam sociedades
unipessoais essa nota do exercício em comum também não há, e mesmo quando seja sociedades pluripessoais, não
são todos os sócios que têm de se empenhar na sociedade. O exercício em comum quanto às sociedades
unipessoais não tem sentido, mas a parte da atividade económica sim. Outro problema que vem de uma concepção
tradicional de alguns autores que se o objeto da atividade tem de ser económico, o objeto da atividade não pode
ser exporte, religioso, etc., mas isso não é verdade, o facto de ser económico caracteriza=se pela produção que
exige o uso e a troca de outros bens. Dentro dos campos não económicos há aspectos económicos. Outra parte da
noção é que há de ser atividade económica que não seja de mera fruição, ou seja, de mero aproveitamento dos
frutos, designadamente dos frutos civis. Isto é quase sempre assim quer nas sociedades civis, quer nas sociedades
comerciais, pelo que tem sentido.

A noção de sociedade tem de abarcar as civis, comerciais e uma terceira espécie que é sociedades de
simples administração de bens, está no art. 6.

º, n.

º 4, al. b), no CIRC.

Quanto ao 4), o fim social lucrativo, se mantém. Mas não podemos ignorar fenómenos que surgirão que e
que porão em causa a constância dessa nota do fim lucrativo, o Estado tem criado várias sociedades, geralmente
comerciais, sem fim lucrativo. Apesar do fim lucrativo ser quase sempre uma constante, falha em alguns casos.

A noção geral de sociedade é a entidade composta por um ou mais sujeitos, com um património
autónomo para o exercício de uma atividade económica a fim de, em regra, …

07 de março de 2022 (Aula 2)

Tipos de sociedades comerciais.

O modelo de regulação de relações entre os sócios, dos sócios com a sociedade, da sociedade com
terceiros, e esse modelo de regulação é caracterizado por um conjunto de notas, algumas delas essenciais para
distinguir um tipo societário do outro.

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