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Índice

CAPÍTULO I. INTRODUÇÃO.................................................................................................3
1. Contextualização.............................................................................................................3
1.2 Objectivos............................................................................................................................3
1.2.1 Geral..................................................................................................................................3
1.2.2 Específicos........................................................................................................................3
1.3 Metodologia.........................................................................................................................3
CAPÍTULO II. REVISÃO LITERÁRIAS.................................................................................4
2.0 Agro-pagamento conceito de modo união das sociedades comerciais em geral.................4
Noções fundamentais.................................................................................................................4
2.1.1 Conceito de sociedade empresária....................................................................................5
2.1.2 O princípio da contratualidade e suas exceções................................................................5
2.1.3 Natureza de constituição...................................................................................................6
2.1.4 Estrutura econômica ou financeiras..................................................................................6
2.1.5 Elemento pessoal...............................................................................................................6
2.2 Agro-pagamento socias sindicatos de votos de bloqueio e regime jurídico.......................7
2.3 Coligação das sociedades.....................................................................................................9
2.3.1Sociedades coligadas..........................................................................................................9
2.3.2 Sociedade coligada ou filiada:..........................................................................................9
2.3.3 Simples participação.........................................................................................................9
2.4 Consolidação de contas......................................................................................................10
2.4.1 Definição.........................................................................................................................10
2.4.2 Objectivos da consolidação.............................................................................................10
a) Vantagens da consolidação:..........................................................................................10
b) Desvantagens da consolidação:.....................................................................................11
2.5 Métodos de Consolidação..................................................................................................11
2.5.1 Método de Consolidação Integral...................................................................................11
2.5.2 Método de Consolidação Proporcional...........................................................................11
2.5.3 Método da Equivalência Patrimonial..............................................................................11
2.6 Técnicas de consolidação...................................................................................................11
2.6.1 Consolidação directa.......................................................................................................11
2.6.1.1Vantagens......................................................................................................................11
2.6.1.2 Desvantagens................................................................................................................12
2.6.2 Consolidação por patamares (ou por fases)....................................................................12
2.6.3 Procedimentos de consolidação......................................................................................12
2.7 Cisão...................................................................................................................................13
.7.1 Modalidades de consolidariedade de contas.....................................................................13
2.7.2 Cisão simples..................................................................................................................13
2.7.3 Cisão-dissolução.............................................................................................................13
2.7.4 Cisão fusão......................................................................................................................14
2.7.4.1 Cisão parcial fusão.......................................................................................................14
2.7.4.2Cisão total fusão............................................................................................................14
2.7.4.3 Cisão das sociedades em Moçambique........................................................................14
III. Conclusão...........................................................................................................................16
Referências bibliográficas........................................................................................................17

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CAPÍTULO I. INTRODUÇÃO
1. Contextualização
Nesta presente trabalho irei abordar sobre o tema relativo a agro- pagamento de empresas,
conceito de modo de união de empresas, contratual financeiras e pessoal. Contrato de
sociedade definito nos termos do artigo 980 do CC como aquele em que duas ou mais pessoas
se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício em comum de certa actividade.
Pretende-se conceituar nos termos gerais, tratar da natureza jurídica e principais elementos do
contrato de sociedade. Fazer uma interpretação cuidada dos artigos que regulam as
sociedades comerciais em Moçambique, de modo a tornar a informação mais acessível sem
no entanto desviar da informação original. Nele, apresentamos não somente os passos para
constituir empresa mas também os procedimentos que são indispensáveis após a constituição
da empresa e antes do início das actividades.

1.2 Objectivos
1.2.1 Geral
 Estudo de agro- pagamento de empresas, conceito de modo de união de empresas,
contratual financeiras e pessoal.

1.2.2 Específicos
 Conceituar sindicato de votos e bloqueio e regime jurídico;
 Mencionar as coligações das sociedde, nações, a sua classificação e métodos de
contas;
 Identificar os documentos necessários e instituições as quais se deve dirigir para dar
andamento aos procedimentos legais em relação a Constituição de Empresas em
Moçambique.

1.3 Metodologia.
Para a materialização deste trabalho foram realizadas entrevistas a alguns funcionários da
Autoridade Tributária, Registo Civil, Balcão de Atendimento Único (BAU. Pesquisas a
Internet (Portal do Governo) e a Pesquisa Bibliográfica com o intuito de obter conhecimentos
sobre o assunto abordado.

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CAPÍTULO II. REVISÃO LITERÁRIAS

2.0 Agro-pagamento conceito de modo união das sociedades comerciais em geral


Noções fundamentais
A sociedade como ato é como entidade O Código das Sociedades Comerciais [CSC] aplica-se
às sociedades comerciais (art. 1.º, n.º1).

De acordo com o disposto no art. 1.º, n.º2 CSC, são sociedades comerciais “aquelas que
tenham por objeto a prática de atos de comércio e adotem o tipo de sociedade em nome
coletivo, de sociedade por quotas, de sociedade anónima, de sociedade em comandita simples
ou de sociedade em comandita por ações”. Esta norma expressa os requisitos para que uma
sociedade seja qualificada como comercial (requisitos de comercialidade), omitindo qualquer
noção de sociedade. O conceito jurídico de sociedade tem variado ao longo do tempo e dos
países.

Durante muito tempo, a sociedade foi regulada enquanto contrato e essa referência ainda
subsiste no Código Civil [CC], cujo art.980.º preceitua: “Sociedade é o contrato pelo qual
duas ou mais pessoas se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício em
comum de certa atividade económica que não seja de mera fruição, a fim de repartirem os
lucros resultantes dessa actividade”. Não obstante, mais recentemente, surgem referências
legislativas à sociedade no sentido de entidade5, v.g., o CSC.

Esta dicotomia conceptual foi sendo assinalada pela doutrina. Todavia, é mais rigoroso,
referindo-nos à primeira aceção jurídica de sociedade mencionada, substituir a expressão
«contrato» por «ato (jurídico)», uma vez que, como veremos mais adiante, as sociedades
podem ser constituídas por atos que não revestem natureza contratual (p.e., as sociedades
unipessoais) e por atos que não constituem negócios jurídicos (p.e., as sociedades criadas por
decreto-lei), (JORGE MANUEL, op. cit., p.4.).

Todas as empresas necessitam, a exemplo das pessoas naturais, de um nome para o exercício
de sua actividade profissional, comercial ou industrial. Não se deve confundir o nome
comercial (firma ou denominação) com o título do estabelecimento. Registada uma
sociedade, tem-se garantido a protecção ao nome comercial. Em razão disso, não poderão
haver nomes semelhantes. O órgão de registo do comércio usará de critérios e prerrogativas
para analisar as semelhanças de nomes comerciais. É comum ocorrer confusão quando de
titulação de empresa, grafando-se como "Razão Social" quando na realidade, trata-se de

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"Denominação Social" e vice-versa, em virtude de não haver na legislação um critério claro e
objectivo para se fazer a distinção. "Sociedade" é um acordo consensual, em que duas ou
mais pessoas se obrigam a conjugar esforços ou recursos, visando a obtenção de um fim
comum. Portanto, podemos definir "Sociedade" como sendo a reunião de duas ou mais
pessoas, juridicamente capazes, que contratualmente se dispõem à exploração de um
objectivo comum.

2.1.1 Conceito de sociedade empresária


Na construção do conceito de sociedade empresária, dois institutos jurídicos servem de
alicerces. De um lado, a pessoa jurídica, de outro, a atividade empresarial. Uma primeira
aproximação ao conteúdo deste conceito se faz pela ideia de pessoa jurídica empresária, ou
seja, que exerce actividade econômica sob a forma de empresa. É uma ideia correta, mas
incompleta ainda. Somente algumas espécies de pessoa jurídica que exploram atividade
definida pelo direito como de natureza empresarial é que podem ser conceituadas como
sociedades empresárias. Além disso, há pessoas jurídicas que são sempre empresárias,
qualquer que seja o seu objeto. Um ponto de partida, assim, para a conceituação de sociedade
empresária é o da sua localização no quadro geral das pessoas jurídicas.

O direito Moçambicano, as pessoas jurídicas são divididas em dois grandes grupos. De um


lado, as pessoas jurídicacas de direito público, tais a União, os Estados, os Municípios, o
Distrito Federal, os Territórios e as autarquias; de outro, as de direito privado,
compreendendo todas as demais. O que diferencia um de outro grupo é o regime jurídico a
que se encontram submetidos. As pessoas jurídicas de direito público gozam de uma posição
jurídica diferenciada Manual de Direito Comercial. É irrelevante, para se determinar o
enquadramento de uma pessoa jurídica num ou noutro destes grupos, a origem dos recursos
destinados à sua constituição. Isto porque o direito contempla pessoas jurídicas constituídas,
exclusivamente, por recursos públicos, mas que se encontram, por determinação
constitucional, sujeitas ao regime de direito privado, que são as empresas públicas.

2.1.2 O princípio da contratualidade e suas exceções


Segundo (HEINRICH EWALD HÖRSTER,pp. 41 - 42.), as fontes jurídicas de constituição
de sociedades comerciais são, como já referimos, de dois tipos:

(i) fonte geral e comum: negócio jurídico (bi- ou plurilateral) – contrato de sociedade (art.
7.º, n.º2)

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(ii) fontes especiais:

(a) Lei – criação crescente de sociedades por Decreto-Lei;

(b) Negócio jurídico unilateral – sociedades unipessoais (v. arts. 270.º-A e 488.º)

(c) Deliberação social (p.e., no caso de fusão-constituição – v. art. 7.º, n.º4)

(d) Decisão judicial homologatória da deliberação da assembleia de credores relativos ao


saneamento por transmissão no âmbito de um plano de insolvência (arts. 199.º e 217.º, n.º3
CIRE).

2.1.3 Natureza de constituição


Quanto à natureza de constituição, as sociedades podem ser contratuais ou institucionais.

As sociedades contratuais são aquelas constituídas por meio de contrato social, conforme
ocorre com as sociedades simples, as sociedades limitadas, as sociedades em comandita
simples e com as sociedades em nome coletivo (HEINRICH EWALD HÖRSTER,pp. 41 -
42.).

As sociedades institucionais são aquelas constituídas por meio de estatuto social, como
acontece com as sociedades anônimas e com as sociedades em comandita por ações
(HEINRICH EWALD HÖRSTER,pp. 41 - 42.).

2.1.4 Estrutura econômica ou financeiras


No que se refere à estrutura econômica, as sociedades podem ser de pessoas ou de capital.

As sociedades de pessoas dizem respeito ao relacionamento que os sócios possuem entre si,
sendo que o capital social é dividido em cotas. Estas sociedades compreendem a sociedade
limitada, a sociedade em nome coletivo e a sociedade em comandita simples. Nas sociedades
de pessoas, os sócios são denominados cotistas.

As sociedades de capital independem do relacionamento que os sócios possuem entre si,


sendo o capital social dividido em ações. Incluem, neste caso, a sociedade anônima e a
sociedade em comandita por ações. Nas sociedades de capital, os sócios são denominados
acionistas.

2.1.5 Elemento pessoal


Desde logo, no que respeita à exigência de um agrupamento de pessoas de base voluntária
(arts. 980.º CC e art. 7.º, n.º2 CSC) há que atender à admissibilidade, em determinados casos,

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de sociedades unipessoais (i) e à constituição de sociedades comerciais através de atos não
negociais (ii).

i. O art. 7.º, n.º2 CSC estabelece que “o número mínimo de partes de um contrato de
sociedade é de dois, exceto quando a lei exija número superior ou permita que a
sociedade seja constituída por uma só pessoa, (arts. 41.º, n.º1, 42.º, n.º1, al.ª a), 43.º,
n.os 1 e 2 CSC).

De facto, nalguns casos a lei exige um número superior - é o que sucede nas sociedades
anónimas [que têm de ter, pelo menos, 5 sócios – art. 273.º, n.º1 CSC, exceto se (i) um dos
sócios for o Estado, empresa pública ou outra entidade equiparada para este efeito, e detenha
a maioria das ações, caso em que se exige apenas dois sócios – art. 273.º, n.º2 CSC) e (ii) no
caso de existir um só sócio, que tem de ser uma outra sociedade anónima, sociedade por
quotas ou sociedade em comandita por ações – art. 488.ºCSC] e também nas sociedades em
comandita por ações (onde é exigido um número mais elevado de sócios: seis sócios (pelo
menos cinco sócios comanditários e um comanditado – arts. 465.º, n.º1 e 479.º CSC)).

Noutros casos a lei admite a unipessoalidade originária. Um desses é o contemplado no, já


referido, art. 488.º que permite a constituição de uma sociedade anónima com um único sócio
que tem de ser uma outra sociedade anónima, sociedade por quotas ou sociedade em
comandita por ações. Outro ocorre quando o Estado constitui uma sociedade anónima
unipessoal (art. 273.º, n.º2) por lei ou decreto-lei. Finalmente, o art. 270.º-A CSC permite a
constituição das sociedades unipessoais por quotas.

2.2 Agro-pagamento socias sindicatos de votos de bloqueio e regime jurídico.


Expostas as caraterísticas essenciais de cada um dos tipos societários, vamos tentar esclarecer
os pontos que podem, em concreto, influenciar a escolha do tipo na constituição de uma
sociedade comercial. Pressupondo que os futuros sócios estão interessados em limitar o mais
possível a sua responsabilidade só nos referimos à opção entre sociedade por quotas e
sociedade anónima96 e sem cuidar da eventual imposição legal de um destes tipos (v. supra).

A opção entre os dois tipos sociedades mais frequentes em Moçambique – sociedades por
quotas e anónimas – faz-se atendendo a um conjunto de dados concretos, v.g., a dimensão da
sociedade, o número de sócios, a vontade de estes constituírem uma sociedade de pessoas ou
uma sociedade de capitais e inclusivamente as diferentes regras de tributação (PAULO
OLAVO CUNHA, cit., pp. 99).

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No que respeita ao primeiro aspeto referido, sublinhamos que a escolha de um ou outro tipo
obedecendo ao conteúdo mínimo legalmente obrigatório (v.g., estrutura organizadora,
representação das participações sociais, montante de capital social, regime de
responsabilidade dos sócios) acarreta custos que, em regra, são mais elevados nas sociedades
anónimas e que, por isso, podem não ser adequados para sociedades de pequena ou média
dimensão (NOTA 205, P.99)

Por outro lado, decorre ainda da caracterização legal imperativa de cada um dos tipos que, em
determinados casos, não existirá possibilidade de escolha, como sucede quando o número de
sócios não permita a opção por um determinado tipo sociedade. É o caso das sociedades
originariamente unipessoais (v.g., o sócio único só pode recorrer à sociedade unipessoal por
quotas (art.270.º-A) ou, sendo o sócio único uma sociedade por quotas, anónima ou em
comandita por ações, à sociedade anónima contemplada no art. 488.º), das sociedades
anónimas (cujo número mínimo de sócios, como foi referido supra, em princípio, é 5 – v. art.
273.º, n.º1) e das sociedades em comandita por ações (que têm de ter, pelo menos, 6 sócios –
v. art.479.º). A vontade de constituir uma «sociedade de pessoas» ou «de capitais» também é
um aspeto a ter em conta na opção pelo tipo de sociedade.

A doutrina classifica as sociedades como sociedades de pessoas ou sociedades de capitais,


consoante o aspeto primordial assente na pessoa do sócio ou na importância do capital. Essa
diferença é bem visível em vários pontos do regime jurídico estabelecido. Senão vejamos (e
entre outros):

Regime jurídico Sociedades de pessoas Sociedades de capitais


Firma O nome dos sócios consta O nome dos sócios não
da firma consta da firma
Sindicato de voto de Voto por cabeça Muitas Voto proporcional à
bloqueio deliberações sociais exigem participação no capital
aprovação por unanimidade social. Em regra, a
aprovação das deliberações
é feita por maioria simples.
Administração O sócio gere diretamente a A gestão da sociedade é
sociedade confiada a um órgão que
pode ser compôs
Transmissão das Muito dificultada Em princípio, livre

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participações sociais transmissibilidade

Assim, as sociedades de pessoas correspondem a grupos quase fechados, assente na confiança


entre os sócios. O exemplo paradigmático é a sociedade em nome coletivo. As sociedades de
capitais correspondem a sociedades em que os sócios, em si, perdem protagonismo,
assentando este sobretudo na importância do capital. O exemplo clássico é a sociedade
anónima. Apesar disto, a diferenciação dos dois tipos não é absoluta.

Na verdade, é possível que uma sociedade apresente aspetos de ambos, sendo que pode dar-se
o caso de os estatutos dessa sociedade acentuarem mais um ou outro. É o que sucede nas
sociedades por quotas. Seguindo estritamente o regime legal supletivo previsto para as
sociedades por quotas, verifica-se que este tipo é mais próximo das «sociedades de pessoas»
(v.g., as normas supletivas respeitantes à cessão de quotas).

Todavia, os estatutos podem acentuar essa proximidade (v.g., se proibirem a cessão de quotas
ou exigirem o consentimento da sociedade para todas as cessões) ou, pelo contrário,
aproximá-las do modelo de «sociedades de capitais» (v.g., se dispensarem o consentimento
da sociedade para todas as cessões de quotas).

2.3 Coligação das sociedades


2.3.1Sociedades coligadas
São aquelas que estão vinculadas entre si através da participação de uma no capital social da
outra, ou seja, são consideradas coligadas as sociedades que, em suas relações de capital, são
controladas, filiadas, ou de simples participação.

Características que definem cada espécie de coligação Sociedade controlada:

 A sociedade cujo capital da outra sociedade possui a maioria dos votos nas
deliberações dos quotistas ou da assembleia geral e o poder de eleger a maioria dos
administradores;
 A sociedade cujo controle, referido no inciso antecedente, esteja em poder de outra,
mediante ações ou quotas possuídas por sociedades ou sociedades por esta já
controlada.

2.3.2 Sociedade coligada ou filiada:


 Diz-se coligada ou filiada a sociedade de cujo capital outra sociedade participa com
dez por cento ou mais, do capital da outra, sem controlá-la.
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2.3.3 Simples participação
 É de simples participação à sociedade de cujo capital outra sociedade possua menos
de dez por cento do capital com direito de voto.

2.4 Consolidação de contas


2.4.1 Definição
A Consolidação de Contas consiste em elaborar a nível de grupo demonstrações financeiras
idênticas às elaboradas pelas empresas individualmente. Técnica de natureza contabilística
que tem por finalidade elaborar as demonstrações económicas e financeiras de um grupo de
sociedades, como se de uma única entidade (empresa) se tratasse.

A Consolidação de Contas é um processo contabilístico que permite agregar as


demonstrações financeiras das diversas empresas do mesmo grupo empresarial numa única
entidade (a empresa lider do grupo).

2.4.2 Objectivos da consolidação


A consolidação de contas tem como objectivo genérico mostrar de forma significativa a
situação patrimonial e financeira global e os resultados conjuntos das diferentes empresas que
compõem um determinado grupo, visto como um todo, ou seja, a elaboração das contas
consolidadas deve dar uma imagem verdadeira e apropriada da situação financeira e dos
resultados de um conjunto das empresas compreendidas na consolidação.

A consolidação poderá respeitar a grupos de empresas de dado sector de actividade


económica ou a todas as empresas de um dado sector de actividade ou até mesmo a todas as
empresas de um país. É nas técnicas de consolidação que assenta a elaboração das contas
nacionais.

As informações consideradas de maior utilidade nas contas de conjunto de empresas


respeitam à estrutura financeira e permitem especialmente:

 Proceder a uma observação analítica do financiamento desse conjunto de empresas


 Capitais próprios, dívidas a longo e médio prazo, dívidas a curto prazo, e da sua
evolução global;
 Apreciar as relações entre esta evolução e a estrutura dos activos
 Cobertura do activo imobilizado pelos capitais permanentes, fundo de maneio, etc.
 Medir a relação entre o lucro e o volume de negócios, a rentabilidade do capital
próprio, etc.

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a) Vantagens da consolidação:
 Uma visão mais completa da situação económico-financeira do grupo;
 Um bom conhecimento do grupo e que tenha em conta a contribuição de cada um dos
seus elementos;
 O conhecimento da evolução do grupo ao longo dos anos;
 É um instrumento de gestão melhor aplicação dos recursos financeiros;

b) Desvantagens da consolidação:
 Diluição das características individuais das empresas;
 Os diferentes critérios valorimétricos ou de classificação contabilística utilizados
pelas várias empresas do grupo podem distorcer os valores consolidados;
 Não discriminação das filiais lucrativas das não lucrativas
 Dificilmente se prestam a comparações entre grupos, na medida em cada grupo
apresenta características e actividades próprias;

2.5 Métodos de Consolidação


2.5.1 Método de Consolidação Integral
Consiste na integração, no balanço e na demonstração de resultados da empresa consolidante,
dos respectivos elementos dos balanços e das demonstrações dos resultados das empresas
consolidadas, evidenciando os direitos de terceiros, designados para este efeito interesses
minoritários.

2.5.2 Método de Consolidação Proporcional


Consiste na integração, no balanço e na demonstração de resultados da empresa consolidante,
da fracção que proporcionalmente lhes corresponde nos elementos dos balanços e das
demonstrações dos resultados das empresas consolidadas.

2.5.3 Método da Equivalência Patrimonial


Consiste no ajustamento, no balanço da empresa consolidante, do valor contabilístico das
partes de capital por ela detidas, pelo valor que proporcionalmente lhe corresponde nos
capitais próprios da empresa participada.

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2.6 Técnicas de consolidação
2.6.1 Consolidação directa
Todas as empresas são consolidadas directamente na empresa mãe, considerando as
percentagens de controlo em vez das percentagens de participação, o que permite reduzir a
estrutura do grupo a um só nível (estrutura fictícia).

2.6.1.1Vantagens

 Permite uma consolidação mais rápida e ao menor custo.

2.6.1.2 Desvantagens
 Falta de informação segmentada (por subgrupos);
 Maior distanciamento à verdadeira realidade do grupo;
 A consolidação de filiais que se encontram muito distanciadas da empresa-mãe
poderá originar um menor rigor das contas consolidadas, sendo os erros e falhas mais
difíceis de controlar devido ao centralismo que esta técnica obriga.

2.6.2 Consolidação por patamares (ou por fases)


 Cada sociedade é consolidada na empresa que a domina:
 Primeiro, consolidam-se as empresas de cada subgrupo de nível inferior na estrutura
do grupo;
 Depois, consolida-se cada um destes subgrupos com as empresas do respectivo
subgrupo de nível imediatamente superior e assim sucessivamente;
 Finalmente, consolidam-se os subgrupos de nível superior na empresa-mãe.

2.6.3 Procedimentos de consolidação


As demonstrações financeiras consolidadas devem ser preparadas usando políticas
contabilísticas uniformes para transacções e outros acontecimentos idênticos em
circunstâncias semelhantes.

Ao preparar demonstrações financeiras consolidadas, uma entidade combina as


demonstrações financeiras da empresa-mãe e das suas subsidiárias linha a linha adicionando
itens idênticos de activos, passivos, situação líquida, rendimento e gastos. A fim de que as
demonstrações financeiras consolidadas apresentem informação financeira acerca do grupo
como se fosse de uma entidade económica única, são dados os seguintes passos:

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 São eliminadas a quantia escriturada do investimento da empresa-mãe em cada
subsidiária e a parte da empresa-mãe da situação líquida de cada subsidiária (ver a
IFRS 3, que descreve o tratamento de qualquer goodwill resultante);
 São identificados os interesses minoritários nos lucros ou prejuízos das subsidiárias
consolidadas para o período de relato; e
 Os interesses minoritários nos activos líquidos das subsidiárias consolidadas são
identificados separadamente da situação líquida dos accionistas da empresa-mãe.
 Os interesses minoritários nos activos líquidos consistem:

a) Na quantia desses interesses minoritários à data da concentração original, calculada


de acordo com a IFRS 3; e
b) Na parte minoritária das alterações na situação líquida desde a data da
concentração.

Os saldos, transacções, rendimentos e gastos dentro do grupo devem ser eliminados


por inteiro.
Os interesses minoritários devem ser apresentados no balanço consolidado dentro da
situação líquida, separadamente da situação líquida dos accionistas da empresa-mãe.
Os interesses minoritários nos lucros ou prejuízos do grupo também devem ser
divulgados separadamente. Interesse minoritário é a parte dos lucros ou prejuízos e
dos activos líquidos de uma subsidiária atribuível a interesses de situação líquida que
não sejam detidos, directa ou indirectamente através de subsidiárias, pela empresa
mãe.

2.7 Cisão
A cisão é o processo pelo qual a sociedade, por deliberação tomada na forma prevista
para alteração do estatuto ou contrato social, transfere todo ou parcela do seu
patrimônio para sociedades existentes ou constituídas para este fim, com a extinção da
sociedade cindida, se a versão for total, ou redução do capital, se parcial.

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2.7.1 Modalidades de consolidariedade de contas
2.7.2 Cisão simples
Uma sociedade destaca parte do seu património para com ele constituir outra
sociedade.
Ex: X = X + Y
A cisão simples não é possivel se:
O valor do património da sociedade cindida se torna inferior à soma das importancias
do capital social e da reserva legal e não se proceder, antes da cisão ou juntamente
com esta, a correspondente redução do capital social; O capital social da sociedade a
cindir não estiver inteiramente liberado.

2.7.3 Cisão-dissolução
E uma sociedade dissolve-se e divide o seu património, sendo cada uma das partes
resultantes destinadas a constituir uma nova sociedade.
A primeira sociedade deve dividir o seu património em duas partes para a constituição
de duas novas sociedades
Ex: X = Y + Z
Neste caso a 1ª deverá contabilizar a respectiva extinção, tendo em atenção à
transferência dos valores activos e passivos para as novas sociedades.
E por sua vez cada uma das sociedades novas, haverá que contabilizar a respectiva
constituição, tendo em atenção a transferência de valores da sociedade em destaque.

2.7.4 Cisão fusão


Uma sociedade destaca partes do seu património ou dissolve-se, dividindo o seu
património em duas ou mais partes, para fundi-los com sociedades já existentes ou
com partes de património de outras sociedades, separados por idênticos processos e
com igual finalidade.
A modalidade cisão fusão compreende as seguintes submodalidades:

2.7.4.1 Cisão parcial fusão


Uma sociedade que não se extingue, destaca partes do seu património para fundir com
sociedades já existentes, ou seja, uma sociedade que não se extingue, destaca partes
do seu património para fundi-lo com parte do património de outra sociedade,
separados por idêntico processo e com igual finalidade;

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Neste caso a 1ª e 2ª sociedade investem parte do seu património para construir uma
nova sociedade.
A 1ª sociedade destaca parte do seu património para fundir com parte do património
destacado da 2ª sociedade para constituição da 3ª sociedade,
X + Y = X + Z + Y;
A 1ª e 2ª sociedades terão que contabilizar a transferência de valores para a 3ª
sociedade, e a redução de capital;

2.7.4.2Cisão total fusão


Uma sociedade que se extingue divide o seu património em duas ou mais partes para
fundi-las com sociedades já existentes; Uma sociedade, que se extingue, divide o seu
património em duas ou mais partes, para fundi-las com partes do seu património de
outras sociedades, separados por idêntico processo e com igual finalidade.

2.7.4.3 Cisão das sociedades em Moçambique


Princípios gerais
Qualquer sociedade, após a sua constituição e registo, pode adoptar outro tipo
societário, salvo se a lei o proibir.
1. É permitido a uma sociedade:
a) Destacar a parte do seu património para com ela constituir outra
sociedade;
b) Dissolver-se e dividir o seu património, sendo cada uma das partes
resultantes destinada a constituir uma nova sociedade;
c) Destacar parte do seu património ou dissolver-se, dividindo o seu
património em duas ou mais partes, para fundi-las com sociedades já
existentes ou com partes do património de outras sociedades,
separadas por idênticos processos e com igual finalidade.
2. A cisão pode ter lugar ainda que a sociedade se encontre em liquidação.

As sociedades resultantes da cisão podem ser de tipo societário diferente do da sociedade


cindida.

Uma sociedade não pode transformar pelo facto de:

a) Se não estiverem totalmente realizadas as participações de capital prevístos no


contrato de sociedades já vencidas.

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b) Se o balanço da transformação mostrar que o valor do patrimônio líquido da
sociedade é inferior ao seu capital.
3. No caso de uma sociedade anónima, se tiver emitido obrigações convertíveis
em acções não totalmente convertíveis.

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III. Conclusão
Ao fim da nossa jornada em busca do conceito de empresa e tipos de sociedades comerciais,
importa-nos salientar que: No que diz respeito às sociedades em geral, a referência do art.
980º CC, ao exercício de uma actividade económica visa abranger todas as actividades
destinadas à produção de bens ou utilidades de qualquer natureza, materiais ou imateriais,
enquadráveis em qualquer dos sectores da economia

Ainda em torno das sociedades podem ser coligadas que são aquelas que estão vinculadas
entre si através da participação de uma no capital social da outra, e acoligacao pode ser
controlada, filiada, e participação simples, onde é considerada controlada se a sociedade a
coligar deter maior percentagem de paraticipacao na sociedade coligada, filiada se a
sociedade a coligar deter 10% ou mais de participacao na sociedade coligada, e a participacao
simples se a sociedade a coligar deter menos de 10% na sociedade coligada. No entanto
existe uma necessidade de as sociedades agregarem as suas demonstracoes financeiras onde
surge a consolidação de contas que é um processo contabilístico que permite agregar as
demonstrações financeiras das diversas empresas do mesmo grupo empresarial numa única
entidade (a empresa lider do grupo), cujo objectivo genérico é mostrar de forma significativa
a situação patrimonial e financeira global e os resultados conjuntos das diferentes empresas
que compõem um determinado grupo, visto como um todo. No processo de funcionamento
das sociedades viu-se que em alguns momentos elas passam por fenomenos designados por
cisao que é o processo pelo qual a sociedade, por deliberação tomada na forma prevista para
alteração do estatuto ou contrato social, transfere todo ou parcela do seu patrimônio para
sociedades existentes ou constituídas para este fim, com a extinção da sociedade cindida, se a
versão for total, ou redução do capital, se for parcial.

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Referências bibliográficas
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Disponível em acessado 24/05/2021 as 13:30.39.

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