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Índice

Capitulo I: Introdução.............................................................................................................5

1.1.Objectivos:........................................................................................................................5

1.1.1.Objectivo geral:..............................................................................................................5

1.1.2.Objectivos específicos:..................................................................................................5

Capitulo II: Revisão da Literatura...........................................................................................6

2.1.Sociedade..........................................................................................................................6

2.2.Constituição de Sociedades...............................................................................................6

2.2.1.Promotores e Fundadores...............................................................................................6

2.3. Exemplo de sociedades:...................................................................................................7

2.3.1.Sociedade Anônima.......................................................................................................7

2.3.1.1.Caracteristicas da Sociedade Anônima.......................................................................7

2.3.1.1.1. Capital social...........................................................................................................8

2.3.1.1.2.Separação de patrimônio..........................................................................................8

2.3.1.1.3. Acionistas com responsabilidade limitada..............................................................8

2.3.1.1.4. Acessibilidade de capital livre................................................................................8

2.3.1.1.5.Perfil Mercantil........................................................................................................8

2.3.2-Tipos de Sociedade Anônimas.......................................................................................8

2.3.2.1.Sociedade Anônima de Capital Aberto.......................................................................9

2.3.2.2.Sociedade Anônima de Capital Fechado....................................................................9

2.3.3.Funcionamento de uma Sociedade Anônima.................................................................9

2.3.4-Orgaos de uma Sociedade Anônima............................................................................10

2.3.4.1.Assembleia Geral......................................................................................................10

2.3.4.2.Conselho de administração.......................................................................................10

2.3.4.3. Diretoria...................................................................................................................10

iii
2.3.4.4.Conselho Fiscal.........................................................................................................10

2.3.5. As vantagens deste tipo de sociedade:........................................................................12

2.3.6. As suas desvantagens são:...........................................................................................12

2.4. Sociedades em comandita..............................................................................................12

2.4.1. As formalidades a cumprir quando se pretende constituir uma sociedade.................12

2.4.2.Certificado de Admissibilidade....................................................................................13

2.4.3.Cartão da Empresa e da pessoa colectiva.....................................................................13

2.4.4.Depósito do Capital Social da Empresa.......................................................................13

2.4.5.Pacto ou acto constitutivo da sociedade.......................................................................13

2.5. Sociedade Civil..............................................................................................................13

2.5.1. História do surgimento da sociedade Civil.................................................................13

2.5.2. Exemplos de entidades da sociedade civil:.................................................................14

2.6. Sociedade por Quotas.....................................................................................................14

2.6.1. As vantagens deste tipo de sociedade são:..................................................................15

2.6.2. As desvantagens das sociedades por quotas são:........................................................15

2.6.3. Formulação do nome de uma sociedade por Quotas...................................................16

2.6.4.Capital social................................................................................................................16

2.7. Sociedade Unipessoal....................................................................................................16

2.7.1. Vantagens da sociedade Unipessoal...........................................................................17

2.8. Sociedades em nome colectivo......................................................................................17

Os princípios da contabilidade..............................................................................................18

Capitulo III: Conclusão e referências bibliográficas.............................................................19

3.1. conclusão........................................................................................................................19

3.2. Referências bibliográficas..............................................................................................20

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Capitulo I: Introdução
O presente trabalho abordará acerca de constituição de sociedades, no qual consta no trabalho
oque e uma sociedade, tipos de sociedade, e principais características de cada sociedade subjazida
neste presente trabalho, no que concerne a organização do trabalho, ele está em capítulos no qual
o primeiro consta a introdução, os objetivos pelo qual foi redigido este presente trabalho, no
segundo capitulo tem a revisão da literatura ou seja o material teórico correspondente ao tema
abordado, e por último tem a conclusão as referências bibliográficas.

1.1.Objectivos:

1.1.1.Objectivo geral:
 Compreender o assunto relacionado com constituição de sociedades

1.1.2.Objectivos específicos:
 Descrever as características de uma sociedade em contabilidade;
 Mencionar os principais tipos de sociedades;
 Descrever suas vantagens e desvantagens.

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Capitulo II: Revisão da Literatura

2.1.Sociedade
Para Abreu, De Coutinho.(2021), “É um conjunto de seres que convivem de forma organizada. A
palavra vem do Latim societas, que significa "associação amistosa com outros".

O termo sociedade também pode se referir a um sistema institucional formado por sócios que
participam no capital de uma empresa.

2.2.Constituição de Sociedades

2.2.1.Promotores e Fundadores
Segundo Abreu, De Coutinho.(2021):
Designam-se Promotores as pessoas que tomam a iniciativa de constituir a
sociedade, sendo que para esse efeito normalmente procedem à recolha de
informação sobre a atividade que projectam desenvolver por forma a avaliar da
viabilidade do negócio e da possibilidade de reunir os meios necessários em
termos de capital e de recursos humanos.
Designam-se Fundadores as pessoas que formalmente, através de escritura pública, constituem a
sociedade, sendo certo que em regra são as mesmas pessoas dos Promotores, ou parte delas.

Enquanto Promotores as pessoas actuam em nome próprio, suportando sob sua


responsabilidade todas as despesas que entendam efectuar para avaliar da
viabilidade do negócio bem como daquelas que é necessário suportar com vista à
constituição da sociedade, como sejam as relativas aos pedidos do Certificado de
Admissibilidade da firma e do Cartão Provisório de Identificação de Pessoa
Colectiva, a solicitar junto do Registo Nacional de Pessoas Coletivas. “Não
chegando a sociedade a constituir-se, todas as despesas efectuadas são suportadas
pelos promotores”, conforme explicita o nº 4 do artigo 280º do CSC a propósito
da subscrição incompleta. (Cordeiro, Menezes, 2022).

Os Promotores que venham a constituir a sociedade convertem-se em Fundadores e poderão


transmitir para a sociedade as despesas suportadas com a sua constituição. No entanto, tenha-se
presente que o nº 4 do artº 19º do CSC prescreve que: “A sociedade não pode assumir obrigações
derivadas de negócios jurídicos não mencionados no contrato social que versem sobre vantagens
especiais, despesas de constituição, entradas em espécie ou aquisições de bens”, pelo que na
celebração do contrato é usual os Fundadores declararem que autorizam o órgão de gestão a
custear as despesas de constituição da sociedade.

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2.3. Exemplo de sociedades:
 Sociedade anônima;
 Sociedade civil;
 Sociedade Simples;
 Sociedade Limitada (Ltda.);
 Sociedade Limitada Unipessoal;
 Sociedade em Nome Coletivo;
 Sociedade em Comandita Simples;
 Sociedade Comandita por Ações;
 Sociedade Anônima (SA);
 Sociedade Cooperativa.

Nesta vertente de negócios, uma sociedade é um contrato pelo qual duas ou mais pessoas se
obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício em comum de certa atividade
econômica, a fim de repartirem os lucros resultantes dessa atividade.

2.3.1.Sociedade Anônima
Serens, Nogueira M. C(1997) defende que:

Sociedade Anônima é um modelo de empresa caracterizada por ter o seu capital


financeiro dividido por ações. Desta forma, a empresa deve ter sempre dois ou
mais acionistas, que são os donos deste negócio. Desse modo, nesse tipo de
companhia, tanto os sócios quanto os acionistas possuem responsabilidade
limitada a respeito do negócio.

Sociedade Anônima, ou S.A, SA, S/A, é uma natureza jurídica que tem como principal
característica a divisão por ações. Isso quer dizer que a participação e a responsabilidade de cada
sócio, chamados de acionistas, está totalmente vinculada e limitada ao preço de emissão das
ações que adquirir.

A Sociedade Anônima é regulamentada pela Lei 6.404/76, a qual também é conhecida como Lei
das Sociedades Anônimas.

2.3.1.1.Caracteristicas da Sociedade Anônima


 Capital social;

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 Separação de patrimônio;
 Acionistas com responsabilidade limitada;
 Acessibilidade de capital livre;
 Perfil mercantil.

2.3.1.1.1. Capital social

O capital social de uma S.A deve ser providenciado pelos participantes da sociedade.
Esses podem contribuir com valores em espécie, e também bens móveis ou imóveis.

2.3.1.1.2.Separação de patrimônio
Em uma Sociedade Anônima o patrimônio pessoal dos sócios fica separado do patrimônio da
empresa. Isso quer dizer que, em caso de dívidas e/ou falências, seus bens não entram como parte
do pagamento.

2.3.1.1.3. Acionistas com responsabilidade limitada

Na S.A as responsabilidades dos acionistas é limitada ao preço de emissão de suas ações. Ou seja,
eles se responsabilizam apenas pelo correspondente ao montante das ações que lhe pertencem.

2.3.1.1.4. Acessibilidade de capital livre


Outra importante característica desse tipo de sociedade empresarial é que as ações podem ser
transmitidas a qualquer pessoa. Isso acontece porque, na S.A, é mais importante a entrada de
capital do que a qualidade do acionista. Por conta disso, não se torna relevante quem é a pessoa
por trás da ação adquirida. Serens, Nogueira M. C(1997)

2.3.1.1.5.Perfil Mercantil
Uma empresa cuja natureza jurídica é a Sociedade Anônima sempre será mercantil. Isso quer
dizer que o negócio será regido pelas leis do comércio, passível de falência e de recuperação
judicial.

2.3.2-Tipos de Sociedade Anônimas


Uma Sociedade Anônima é uma empresa com fins lucrativos que pode ser de dois tipos: com
capital aberto ou com capital fechado.
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2.3.2.1.Sociedade Anônima de Capital Aberto
Esse tipo de S.A se caracteriza pela permissão de negociação de suas ações junto ao mercado de
valores mobiliários, a exemplo da Bolsa de Valores.

2.3.2.2.Sociedade Anônima de Capital Fechado


Por sua vez, a Sociedade Anônima de Capital Fechado não permite a negociação de suas ações.
Assim, caso a empresa S.A queira captar investidores, precisa fazer isso de maneira privada, ou
seja, sem abrir para o mercado de valores mobiliários.

2.3.3.Funcionamento de uma Sociedade Anônima

O funcionamento de uma Sociedade Anônima diz respeito à divisão do seu capital social, aos
direitos dos acionistas e às suas participações.

Quanto ao capital social, as ações são divididas entre ordinárias e preferenciais. Desse modo,
acionistas que têm ações ordinárias têm o direito a voto quanto a questões relativas às decisões do
negócio. Já quem tem ações preferenciais não.

Os acionistas de uma S.A, entre todos os direitos previstos na Lei das Sociedades Anônimas
podem, por exemplo:

 Fazer a fiscalização da gestão da empresa;


 particular dos lucros;
 Participar da divisão de bens, caso seja vendida;
 Adquirir outros valores mobiliários de forma preferencial;
 Retirar-se da empresa a qualquer tempo.

Vale destacar também que existem diferentes tipos de acionistas dentro desse modelo de
sociedade empresarial, que são:

 Acionista majoritário: detentor da maior parte das ações ordinárias (ao menos, 50%)
 Acionista minoritário: detentor de menos ações

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 Acionista controlador: pessoa, grupo de pessoas ou empresa, definida por votação, que
tem como responsabilidade o controle do negócio.

2.3.4-Orgaos de uma Sociedade Anônima 


 Assembleia Geral
 Conselho de Administração
 Diretoria
 Conselho Fiscal

2.3.4.1.Assembleia Geral

Responsável por reunir os acionistas para tomadas de decisões importantes para o futuro do
negócio, a Assembleia Geral é o órgão com maior poder dentro de uma S.A.

2.3.4.2.Conselho de administração

Formado por, pelo menos, 3 membros escolhidos pela Assembleia Geral, o Conselho de
Administração tem a função de aconselhar a diretoria em tomadas de decisões.

É importante destacar que os membros escolhidos têm prazo de gestão pré-estabelecido e, caso a
empresa não tenha acionistas suficientes para essa formação, o conselho se torna opcional.

2.3.4.3. Diretoria

Composta por, no mínimo, dois diretores escolhidos pelo Conselho de Administração, caso tenha,
ou pela Assembleia Geral, a função desse órgão é administrar e representar a empresa
legalmente.

Os diretores não precisam, obrigatoriamente, ser acionistas da empresa que vão administrar.

2.3.4.4.Conselho Fiscal
“Podendo ser formado por 3 a 5 membros, acionistas ou não, e eleitos pela Assembleia Geral, a
função do Conselho Fiscal é assessorar esse órgão. Seu papel consiste em analisar as contas

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apresentadas, fiscalizar as atividades dos administradores, fazer acompanhamento da gestão do
negócio e votar em assuntos pertinentes à administração da empresa’’ (Nogueira M. C, 1997)

Segundo o artigo 278.º do CSC, a administração e a fiscalização deste tipo de sociedades podem
ser estruturadas tendo em conta três modelos:

 Modelo Latino: conselho de administração e conselho fiscal;


 Modelo Anglo-saxónico: conselho de administração, compreendendo uma
comissão de auditoria e ROC;
 Modelo Germânico: conselho de administração executivo, conselho geral e de
supervisão e ROC.

a) O conselho de administração é composto pelo número de administradores fixados no


contrato de sociedade. A sociedade pode ter um só administrador desde que o capital
social não exceda os 200 000€ (artigo 390.º do CSC). Aos administradores compete gerir
as actividades da sociedade e para isso possuem exclusivos e plenos poderes de
representação da mesma.
b) O conselho fiscal é composto pelo número de membros fixado no estatuto, no mínimo de
três membros efectivos (artigo 413.º do CSC).

À fiscalização das sociedades anónimas que optem pelo modelo latino, compete (artigo 413.º do
CSC):

i. A um fiscal único que deve ser Revisor Oficial da Contas (ROC) ou sociedade de ROC,
ou a um conselho fiscal;
ii. A um conselho fiscal e a um ROC ou a uma sociedade de ROC que não seja membro
daquele órgão
c) O conselho de administração executivo é composto pelo número de administradores
fixados nos estatutos, mas pode ter um único administrador desde que o capital não
exceda os 200 000€ (artigo 424.º do CSC). Caso não sejam designados pelos estatutos os
administradores são designados (artigo 245.º do CSC) pelo conselho geral e de supervisão
ou pela Assembleia Geral.

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d) O conselho geral e de supervisão são compostos pelo número de membros fixados no
contrato de sociedade, mas sempre superior ao número de administradores (artigo 434.º
do CSC). Sem a autorização da Assembleia Geral os membros do conselho geral e de
supervisão não podem exercer por conta própria ou alheia actividades concorrentes da
sociedade nem exercer funções em sociedade concorrente ou ser designados em
representação desta.

2.3.5. As vantagens deste tipo de sociedade:


 Existe uma maior facilidade na transmissão dos títulos representativos da sociedade, seja
por subscrição privada ou pública;
 A responsabilidade dos sócios está limitada ao valor da sua participação, não respondendo
de forma solidária com os sócios pelas dívidas da sociedade.

2.3.6. As suas desvantagens são:


 Existe uma maior dispersão do controlo sobre a sociedade. Existem regras para a
protecção dos accionistas minoritários, que podem bloquear decisões importantes, como
fusões e aquisições de sociedades.
 É uma forma de organização mais dispendiosa, pois requer procedimentos burocráticos
mais complexos ao nível da sua constituição e dissolução.
 Se for cotada num mercado de capitais, a sociedade está sujeita a uma fiscalização muito
mais apertada por parte das entidades reguladoras (em Portugal, a Comissão do Mercado
de Valores Mobiliários - CMVM) e do próprio mercado em geral.

2.4. Sociedades em comandita


Triunfante, Manuel(2021). Afirma que, As sociedades em comandita são de responsabilidade
mista porque tem sócios de responsabilidade ilimitada (sócios comanditados) e sócios de
responsabilidade limitada (sócios comanditários). Os sócios comanditados entram para a
sociedade com bens ou serviços e assumem a gestão e a direcção efectiva da sociedade e os
sócios comanditários contribuem com o capital. Os sócios comanditários respondem apenas pela
sua entrada enquanto os sócios comanditados respondem pelas dívidas da sociedade, ilimitada e
solidariamente entre si, nos mesmos termos que os sócios da sociedade em nome colectivo (artigo
465.º do CSC).

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2.4.1. As formalidades a cumprir quando se pretende constituir uma sociedade
 Certificado de Admissibilidade;
 Cartão da Empresa e da pessoa colectiva;
 Depósito do Capital Social da Empresa;
 Pacto ou acto constitutivo da sociedade;
 Declaração de início de actividade;
 Registo Comercial;
 Inscrição na Segurança Social.

2.4.2.Certificado de Admissibilidade
Neste primeiro passo tem que se fazer o pedido do Certificado de Admissibilidade ou
denominação da pessoa colectiva.

2.4.3.Cartão da Empresa e da pessoa colectiva


O cartão provisório de identificação de pessoa colectiva deixou de ser emitido devido a
alterações legislativas que decorreram do Decreto-Lei n.º 247-B/2008 de 30 de Dezembro,
passando a existir o Cartão da Empresa e o Cartão de Pessoa Colectiva.

2.4.4.Depósito do Capital Social da Empresa


O terceiro passo é o depósito do capital social da empresa numa instituição de crédito, numa
conta aberta em nome da futura sociedade no prazo de cinco dias ou proceder à sua entrega nos
cofres da sociedade até ao final do primeiro exercício económico.

2.4.5.Pacto ou acto constitutivo da sociedade


Este passo tornou-se facultativo com o Decreto-Lei nº. 76-A/2006 de 29 de Março. A escritura
pública já não e obrigatória, segundo o Decreto-Lei n.º 116/2008 de 4 de Julho.

Declaração de Início de actividade A entrega desta declaração faz parte das obrigações do
sujeito passivo em sede de IRS, de IRC e de IVA

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2.5. Sociedade Civil

Sociedade Civil é o conjunto de organizações e instituições cívicas voluntárias que constituem os


alicerces de uma sociedade em funcionamento, em oposição com estruturas que são ajudadas
pelo Estado.

2.5.1. História do surgimento da sociedade Civil


A primeira definição de sociedade civil surgiu com Adam Ferguson, filósofo escocês, que
escreveu a primeira obra a respeito da sociedade civil em 1767, obra intitulada "Ensaio Sobre a
História da Sociedade Civil". De acordo com Ferguson, sociedade civil é o oposto de um
indivíduo isolado, mais concretamente, alguém que vive numa comunidade. Posteriormente, o
conceito de Sociedade Civil foi desenvolvido por Immanuel Kant, sendo que para ele a sociedade
era baseada no direito. Um conceito muito usado é o de sociedade civil organizada, descrita pelo
autor Nildo Viana como uma "uma mediação burocrática entre sociedade civil e estado".
(Cordeiro, Menezes, 2022).

2.5.2. Exemplos de entidades da sociedade civil:


 Associações profissionais;
 Clubes cívicos;
 Clubes sociais e esportivos;
 Cooperativas;
 Corporações;
 Grupos ambientalistas;
 Grupos por gênero, culturais e religiosos;
 Instituições de benemerência;
 Instituições políticas;
 Órgãos de defesa do consumidor.

2.6. Sociedade por Quotas

A sociedade por quotas é uma forma jurídica de empresa, com responsabilidade limitada,
constituída por dois ou mais sócios, cujo capital social da empresa está dividido por quotas. Uma

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sociedade por quotas também pode ser unipessoal, quando é constituída por apenas um sócio, que
detém a totalidade do capital social.

Segundo Triunfante, Manuel(2021):


É constituída por um único sócio, pessoa singular ou colectiva, que é titular da
totalidade do capital social, presente no artigo 270.º A do CSC. Segundo esse
mesmo artigo uma E.I.R.L. pode a todo o momento transformar-se numa
sociedade unipessoal por quotas.
Na sociedade unipessoal por quotas a responsabilidade perante terceiros é limitada à realização
do capital, apenas o património social responde pelas dívidas. O nome da firma desta sociedade
deve ser formado pela expressão “Sociedade Unipessoal” ou pela palavra “Unipessoal” antes da
palavra “Limitada” ou da abreviatura “Lda.”.

Nas Sociedades por Quotas o capital está dividido por quotas e a cada sócio fica a corresponder
uma quota correspondente à entrada. A denominação da sociedade deve ter acrescido de
“limitada” ou “Lda.”. Neste tipo de sociedade os sócios respondem solidariamente pelas entradas
convencionadas no contrato social (artigo 197.º do CSC). Só o património da sociedade é que
responde perante as dívidas da mesma, a responsabilidade dos sócios é limitada ao capital social.
Apenas o património da sociedade responde perante os credores pelas dívidas da sociedade.

Segundo o artigo 201.º do CSC “o montante do capital social é livremente fixado no contrato de
sociedade, correspondendo à soma das quotas subscritas pelos sócios”.

2.6.1. As vantagens deste tipo de sociedade são:


 Separação clara entre o património da sociedade e o património pessoal de cada um
dos sócios, uma vez que a responsabilidade é limitada aos bens afectos à sociedade;
 Existência de mais do que um sócio o que proporciona uma maior diversidade de
experiências e conhecimentos;
 Maior facilidade em obter os fundos necessários para a constituição da sociedade uma
vez que podem ser mais pessoas a entrar com o capital.

2.6.2. As desvantagens das sociedades por quotas são:


 Um sócio pode ser chamado a responder perante os credores pela totalidade do capital
uma vez que essa responsabilidade tanto pode ser solidária com a sociedade, como
subsidiária em relação a esta (artigo 198.º do CSC);
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 É obrigatória a entrada dos sócios com dinheiro ou, pelo menos, com bens avaliáveis em
dinheiro.
 O empresário não tem o controlo absoluto do negócio da sociedade, uma vez que existe
mais do que um proprietário (ao contrário do que acontece nas empresas constituídas por
uma só pessoa);
 Dificuldade na sua constituição e dissolução por imperativos formais de carácter legal e
principalmente pela dificuldade de acordo entre os sócios.

2.6.3. Formulação do nome de uma sociedade por Quotas

O nome da sociedade deve ser formada, com ou sem sigla, pelo nome de um ou todos os sócios,
por denominação particular ou por ambos, acrescido obrigatoriamente pela expressão ‘Limitada’
ou ‘Lda.’. Deve ser administrada e representada por um ou mais gerentes, pessoas singulares com
capacidade jurídica plena. Quem gere a sociedade tem direito a salário, estipulado pelos sócios.

2.6.4.Capital social

O montante do capital social, ou seja, dinheiro que os sócios investem na sociedade - é fixado de
forma livre no contrato de sociedade por quotas, correspondendo à soma das quotas de todos os
sócios, que poderão ter ou não o mesmo valor entre si (não poderá ser inferior a um euro por cada
quota).

Em termos de responsabilidade perante os credores, apenas o património da sociedade responde


pelas dívidas contraídas durante a atividade. Não existe, assim, obrigação legal dos sócios
liquidarem dívidas da sociedade com o seu património pessoal.

Este tipo de sociedade apresenta algumas vantagens:

 Sem limite de capital social, pois, como já mencionamos, é estabelecido livremente;


 Responsabilidade limitada ao capital social, ou seja, apenas o património da sociedade
responde perante os credores pelas dívidas da mesma;
 Maior investimento e conhecimento, pois tem dois ou mais sócios.

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2.7. Sociedade Unipessoal

A sociedade unipessoal é um formato jurídico que foi reestruturado e, hoje, permite a criação de
uma sociedade limitada com um único sócio.  Abrir uma empresa de responsabilidade limitada
significa que os sócios não podem ser responsabilizados pelos prejuízos do negócio para além das
suas cotas de participação. Assim, seus patrimônios pessoais ficam protegidos.

2.7.1. Vantagens da sociedade Unipessoal

A sociedade unipessoal, resolve as limitações dos formatos jurídicos já existentes que poderiam
inviabilizar a abertura de empresas com apenas um sócio. Outras vantagens da sociedade limitada
unipessoal são:

 Ela não possui limite de faturamento,


 Permite contratar mais funcionários e
 Viabiliza a formalização de inúmeras atividades empresariais.
 Esse tipo de sociedade também não exige a integralização de um capital social mínimo,
Dessa forma, o empresário não precisa investir um valor alto logo de início.

2.8. Sociedades em nome colectivo


Nas sociedades em nome colectivo o sócio além de responder individualmente pela sua entrada
responde pelas obrigações sociais subsidiariamente em relação à sociedade e solidariamente com
os outros sócios. Isto significa que quando se encontram extintos os bens da sociedade, os
credores podem exigir de qualquer um dos sócios a totalidade dos seus créditos.

Neste tipo de sociedade existe a possibilidade de haver sócios de indústria, sendo que o valor da
sua contribuição não é incluído no capital social. Este tipo de sócios entram para a sociedade
oferecendo o seu conhecimento, a sua experiência profissional e não respondem pelas perdas
sociais, salvo cláusula em contrário (artigo 178.º do CSC).

Quando não é possível individualizar o nome de todos os sócios na denominação da firma, esta
deve conter o nome de um deles ou da firma seguido de “& Companhia” abreviado ou por
extenso, como se pode encontrar no artigo 175.º do CSC. O conteúdo do contrato encontra-se
explícito no artigo 176.º do CSC:
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Artigo 176.º Conteúdo do Contrato

1. No contrato de sociedade em nome colectivo devem especialmente figurar:

a) A espécie e a caracterização da entrada de cada sócio, em indústria ou bens, assim como o valor
atribuído aos bens;

b) O valor atribuído à indústria com que os sócios contribuam, para o efeito da repartição de lucros e
perdas;

c) A parte de capital correspondente à entrada com bens de cada sócio.

2. Não podem ser emitidos títulos representativos de partes de capital.

 Os princípios da contabilidade


Temos sete princípios contábeis, publicados na Resolução nº 750/93:

 Princípio da Entidade

O Princípio da Entidade reconhece que o patrimônio é o objeto da contabilidade e pertence à


entidade, sem se confundir com os patrimônios particulares (dos seus sócios ou proprietários).

Além disso, também diz que a soma de patrimônios de diferentes entidades não cria uma nova
entidade. Por exemplo: se uma pessoa tiver mais de uma empresa e registrar em relatório todos os
seus negócios, seus patrimônios continuam independentes um do outro.

 Princípio da Continuidade

O Princípio da Continuidade diz que a contabilidade deve considerar que a entidade continuará


suas operações indefinidamente no futuro. Isso é necessário para garantir a utilidade de alguns
ativos que, caso a empresa encerrasse suas atividades, teriam o seu valor econômico anulado, o
que geraria insegurança jurídica e tributária.

 Princípio da Oportunidade

O Princípio da Oportunidade se refere ao registro dos fatos contábeis de maneira tempestiva e


íntegra, ou seja, no momento oportuno (mais próximo possível de quando ele foi gerado) e com
as informações completas e fidedignas, sem omissões ou excessos.

 Princípio do Registro pelo Valor Original

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Esse princípio diz que os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores
originais das transações, expressos na moeda do país. Quando as transações são feitas com o
exterior, o valor deve ser transformado em moeda nacional no momento do registro, a fim
de homogeneizar os dados do patrimônio da entidade.

 Princípio da Atualização Monetária

Esse princípio se relaciona com o Princípio do Registro pelo Valor Original. De acordo com o princípio
anterior, o patrimônio deve ser registrado pelo valor original, mas esse valor deve ser atualizado de acordo
com as variações de poder aquisitivo da moeda nacional

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Capitulo III: Conclusão e referências bibliográficas

3.1. Conclusão
Depois da elaboração do trabalho, foi possível concluir que o termo sociedade também pode se
referir a um sistema institucional formado por sócios que participam no capital de uma empresa.
E que na vertente de negócios, uma sociedade é um contrato pelo qual duas ou mais pessoas se
obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício em comum de certa atividade
econômica, a fim de repartirem os lucros resultantes dessa atividade. Também foi possível
concluir que existem vários tipos de sociedade dentre as quais temos: Sociedade anônima,
Sociedade civil, Sociedade Simples, Sociedade Limitada (Ltda.), Sociedade Limitada Unipessoal
Sociedade em Nome Coletivo, Sociedade em Comandita Simples, Sociedade Comandita por
Ações, Sociedade Anônima (SA) e Sociedade Cooperativa.

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3.2. Referências bibliográficas

Abreu, De Coutinho.(2021).Curso de direito comercial das sociedades. Vol II, 7ª ed,

Almedina: Coimbra.

Cordeiro, Menezes.(2022). Direito das sociedades II: Das sociedades especiais. 2 ed.

Pedro, Maia(2015). Tipos de sociedades comerciais: em estudos de direitos das

sociedades. 12 ed. coimbra: Almedina

Triunfante, Manuel(2021). Regime das entradas na constituicao das sociedade por

quotas e anonimas. Coimbra: coimbra editora

Serens, Nogueira M. C(1997) Notas sobre a sociedade anonima. 2 ed. Coimbra: Coimbra editora

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