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DOCENTE
P. Ventura
Luanda, Viana, aos 10/04/2023
INTEGRANTES DO GRUPO
1- AGEU SEIXAS
2- ACHELEIA RODRIGUES
3- ELIETE ANTÓNIO
4- FRENEL FERREIRA
5- FERNANDO PAZ
6- GUÉCIO EMANUEL
7- LEONILDE LUÍS
8- MARIA BENVINDO
9- NSITA EMANUEL
10- OSVALDO JORGE
ÍNDICE:
Introdução...............................................................................................................................1
Objectivo geral........................................................................................................................1
OBJECTIVO GERAL
1- Caracterizar a sociedade em nome colectivo;
2- Descrever as vantagens e desvantagens de uma sociedade em nome
colectivo;
3- Descrever a par e passo de como constituir uma sociedaded em nome
colectivo;
4- O trabalho tem como objectivo também representar de sucinta como
funciona uma sociedade em nome colectivo.
1.
1) Responsabilidade ilimitada dos sócios perante aos credores da
sociedade
1.1) Responsabilidade pessoal e ilimitada:
Nas sociedades em nome coletivo, os sócios têm responsabilidade pessoal e ilimitada
pelas dívidas da sociedade:
– pessoal, porque respondem pelas dívidas da sociedade com o
seu património pessoal; e,
– ilimitada, porque respondem pelo valor total das dívidas da sociedade com todos os
bens e rendimentos do seu património pessoal.
Trata-se de uma característica nuclear deste tipo societário e que permite distinguir
entre, por um lado:
– as sociedades de responsabilidade ilimitada (RI); e, por outro,
– as sociedades de responsabilidade limitada (RL), categoria que, entre nós, integra
as sociedades por quotas, as sociedades unipessoais por quotas e as sociedades
anónimas (S.A.). Nestes tipos societários os respetivos sócios ou acionistas não
respondem, via de regra, pelas dívidas da sociedade. Pelas dívidas da sociedade
responde, em princípio, apenas o património da sociedade.
2.
1.2.2) Relações internas ( entre sócios)- direito de regresso:
a) Sócios de Capital:
O sócio de capital (que é todo aquele cuja participação social for fundada
numa entrada em dinheiro e/ou em espécie) que tiver pago dívidas da sociedade
tem direito de regresso contra os outros sócios de capital, na medida em que o
pagamento efetuado exceder o valor que lhe caberia suportar segundo a proporção do
valor nominal da respetiva parte social no capital social da sociedade.
b) Sócios de Indústria:
A obrigação de entrada, por natureza, apenas vincula os sócios que adquiriram a sua
participação social:
– no momento da constituição da sociedade (os sócios fundadores da sociedade) (art.
20.º al. a)); ou,
– no momento do aumento de capital social ou, no caso das entradas em indústria, no
momento da alteração ao pacto social que não proceda a um aumento de capital
social.
Nas sociedades em nome coletivo, a Lei determina que se forem realizadas entradas
em espécie e os sócios não quiserem que essas entradas sejam verificadas e avaliadas
por um revisor oficial de contas, têm que assumir expressamente, no contrato de
sociedade, a responsabilidade pelo valor que tiverem atribuído aos bens; esta
responsabilidade é solidária entre todos os sócios, mas não é subsidiária em relação à
sociedade (art. 179.º).
3.
2)Constituição de sociedade em nome colectivo:
Há apenas um modo de constituição de sociedades em nome coletivo, que é processo
tradicional ou convencional de constituição de sociedades comerciais e de sociedades
civis sob forma comercial, que se aplica a todos os tipos societários.
4.
3)Capital Social:
3.1) Inexistência do capital social mínimo:
As sociedades em nome coletivo não têm capital social mínimo. A razão de ser desta
solução prende-se, sobretudo, com o regime de responsabilidade pessoal,
ilimitada, subsidiária e solidária dos sócios pelas dívidas da sociedade: os credores não
carecem da tutela conferida pelo regime do capital social mínimo uma vez que podem
agir contra o património dos sócios.
Os sócios têm assim, ampla margem de liberdade para fixarem o montante de capital
social que bem entenderem.
É possível que uma sociedade em nome coletivo não tenha sequer capital social se
todos os respetivos sócios forem sócios de indústria, ou seja, se todas as respetivas
participações sociais forem fundadas em entradas em indústria.
Com efeito, as participações sociais dos sócios fundadas em entradas em indústria não
são computadas no capital social. É o único tipo de sociedade comercial que pode não
ter capital social.
Sócios de capital: são aqueles cujas partes sociais são fundadas em entradas em
dinheiro e/ou entradas em espécie.
Sócios de indústria: são aqueles cujas partes sociais são fundadas em entradas em
indústria.
Entradas em indústria: são entradas com serviços humanos não subordinados. Com as
entradas em indústria os sócios obrigam-se a prestar ou realizar determinada
actividade ou trabalho. As partes dos sócios de indústria não são computadas
no capital social da sociedade.
5.
4)Direito ao lucro e dever de quinhorar nas perdas:
– Em regra, os sócios de capital participam nos lucros e nas perdas da sociedade de
acordo com a proporção dos valores nominais das respetivas partes sociais no capital
social da sociedade.
5)Direito ao voto:
Salvo se outro critério for determinado no contrato de sociedade (sem que, contudo,
neste caso, o direito de voto possa ser suprimido), a cada sócio pertence um voto em
assembleia geral regularmente convocada ou através de qualquer outra forma de
deliberação social, independentemente:
– da proporção do valor nominal da sua parte (participação social) no capital social da
sociedade e
– independentemente de ser sócio de capital ou sócio de indústria.
6.
6.1.1) Gerência (gerentes) - órgão de administração e representação:
O órgão de administração e representação da sociedade em nome colectivo é a
gerência, que é composta pelos gerentes.
Salvo estipulação no contrato de sociedade em sentido contrário, são gerentes todos
os sócios, por inerência e por força da Lei, com os correspondentes direitos e deveres.
6.1.2) Inexistência do órgão de fiscalização:
A sociedade em nome coletivo não tem nem pode ter órgão de fiscalização. Os sócios,
enquanto tais, com largos direitos de informação, ou enquanto gerentes, fiscalizam
diretamente a atuação da gerência.
7)Firma:
A firma das sociedades em nome coletivo deve ser composta:
– pelo nome ou firma de todos os sócios; ou, em alternativa;
– pelo nome ou firma de um ou alguns dos sócios, com o aditamento, abreviado ou
por extenso, “e Companhia” ou qualquer outro que indique a existência de outros
sócios, por ex: “e filhos”; “e filho”; “e irmãos, etc”.
A Lei não refere, mas a firma das sociedades em nome coletivo pode ainda conter:
– expressão alusiva ao objeto social, por analogia; e
– siglas, iniciais, expressões de fantasia ou composições, também por analogia.
7.
Conclusão
Após uma pesquisa minunciosa e uma explicação sucinta de como funciona uma
sociedade em nome colectivo, em suma concluímos que a sociedade em nome
colectivo é resultado da criação de uma empresa por sociedade onde os sócios
respondem pelas dívidas ilimitada e pessoal.
Verifica-se que a responsabilidade pessoal e ilimitada do sócio pelas dívidas da
sociedade em nome colectivo é subsidiária em relação a sociedade.
Bibliografia
Mendes, Flavio Mouta. “Direito das sociedades comerciais.” Sociedade em nome colectivo, 12
de janeiro de 2023: 1-14.