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SA – 271/464
S em comandita – 465/480
481 a 508 – soc coligadas- famílias que se unem, não é um tipo autónomo.
509 a 529
530 a 545 disposiçoes finais
P da dissociação entre o risco efetivo do capital e a direção efetiva da soc – os interesses dos
acionistas e dos sócios não são os mesmos dos adm ou gerentes.
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SQ – 197 CSC- sociedade de capitais com uma índole mais pessoal do que a sociedade
anonima. É licito pelo 198 estipular responsabilidade pelas dividas com o nosso património
pessoal, tem q ficar especificado num contrato. Permite q exista responsabilização dos sócios a
nível individual.
SA – 272
SA têm que ser 5 acionistas - 273/2. Capital social mínimo das SA – 50000. Pode haver
desconsideração da Personalidade coletiva. Demonstrando-se intuito fraudulento, abuso de
dto ou má fé.
SQ – Capital social mínimo é livre.
CASO N.º 1
António e Bento são irmãos e únicos herdeiros dos negócios da família. Após a
morte do Conde de Arneiro, seu pai, os irmãos resolveram constituir três
sociedades com a património familiar das quais eram os únicos sócios e
administradores:
(i) a sociedade Solar do Arneiro, Lda., que tinha por objeto a exploração de
turismo rural, à qual alocaram o solar da família em Ponte de Lima;
(ii) a sociedade VitArneiro – Exploração Vinícola, SA., que se dedicava à
produção e comercialização de vinho alvarinho; e
(iii) a sociedade Arneiro e Arneiro, SNC., que se dedicava à prestação de serviços
e à consultadoria.
Não obstante a constituição das três sociedades, na prática, a vida manteve-se tal
qual era em vida do Conde Arneiro: António e Bento viviam no solar e sempre
entenderam o património das sociedades como património familiar...
Tal entendimento manifestava-se, sobretudo, na total ausência de disciplina no que
diz respeito à distinção entre a conta bancária pessoal dos sócios (muito avultada)
e a conta bancária das sociedades. Despesas sociais eram pagas pelos sócios e vice-
versa. Na prática, utilizava-se o saldo que melhor se apresentasse para o efeito,
independentemente da natureza da despesa, operação, etc..
Tal confusão não existia apenas entre sócios e sociedade, mas também entre as
próprias sociedades... Por exemplo: as despesas da Solar do Arneiro, Lda. eram
muitas vezes suportadas pelo exercício da VitArneiro, SA..
1 – Qual a responsabilidade de A e B pelas obrigações sociais de cada uma das
sociedade?
Responsabilidade de A e B – em cada sociedade em que termos respondem os
sócios perante as obrigações sociais
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Distinção essencial – Januário:
1) Sociedade de responsabilidade limitada
2) Sociedade de responsabilidade ilimitada
É uma formulação deficiente, as sociedades enquanto pessoa jurídica estão sujeitas
ao princípio da responsabilidade patrimonial do artigo 601º do CC, o que a
distinção visa acentuar é a responsabilidade dos sócios pelas dívidas da sociedade,
dado que são dois patrimónios autónomos:
1) Património da sociedade
2) Património dos sócios da sociedade
Requisito material – pratica atos de comércio dado que explora uma unidade com
intuito lucrativo – turismo e c/v e locação com fins comerciais – artigo 2º do Ccom.
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Requisito formal – está reunido – adota a forma de sociedade por quotas – artigo
200º nº1 do CSC – Lda. – é o requisito da firma de uma sociedade por quotas e
cumpre os requisitos da 1ª parte do preceito – Solar do Arneiro
Responsabilidade dos sócios em Sociedades por quotas – artigo 197º nº1 do CSC
1) Capital está dividido por quotas
2) Sócios são solidariamente responsáveis por todas as entradas convenciona-
das no contrato social
Artigo 197º nº1 do CSC remete para o artigo 207º do CSC que determina a
responsabilidade dos outros sócios
Nota – sociedade por quotas – 197º nº1 do CSC – é uma sociedade de capital, ou
seja, há um maior afastamento entre os sócios e a sociedade, é a opinião da maioria
da doutrina, embora se entenda que está entre as sociedades de capital e de pessoas
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Sendo que o sócio reserva direito de regresso contra a sociedade – artigo 198º nº3
do CSC
ii)
sociedade VitArneiro – Exploração vinícula, SA:
sociedade anónima – artigo 275º nº1 do CSC – deve conter SA
artigo 271º do CSC – o capital da sociedade é dividido em ações e cada sócio limita
a sua responsabilidade às ações que subscreveu
vicissitude – artigo 273º nº1 do CSC – a SA não pode ter menos de 5 sócios, salvo
dispensa da lei
é uma exceção à pluralidade de 2 sócios como mínima presente no artigo 7º nº2 do
CSC
contrato pode ser declarado nulo – artigo 42º nº1 a) do CSC
Aula:
Só tínhamos 2 pessoas. Era preciso 5, SA- 273/2.
SNC – 175 – parte de capital.
SQ – 198º exceção qnd há estipulação. – a sociedade com maior índole pessoal.
SA – açoes. Cada socio limita a responsabilidade ao valor das ações que
subscreveu.
6 consequências da criação das soc comerciais/personificação da sociedade:
entidade jurídica capaz, autónoma das pessoas singulares q a criaram.
1. Soc tem direitos e deveres próprios;
2. Autonomia na imputação de atos jurídicos
3. Pelas dívidas da soc responde o património da soc
4. Os credores da sociedade não são os sócios
5. Os sócios não podem dispor dos bens da sociedade
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6. Os credores sociais preferem sobre os bens sociais, ao contrario dos credo-
res dos sócios. Credores da soc são sempre pagos em 1º lugar.
No caso concreto estamos perante uma deliberação dos sócios contrária ao objeto
social – nos termos do âmbito do artigo 6º nº4 do CSC
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subsidiariamente à responsabilidade patrimonial da sociedade o que leva à
distinção de MENEZES CORDEIRO entre:
1) Sociedades de pessoas
2) Sociedades de capitais
Noção de objeto social – artigo 11º nº2 do CSC – atividades que os sócios propõem
que a sociedade venha a exercer– neste caso seriam os serviços de consultadoria.
Objeto social não se identifica com o fim, o fim da sociedade comercial nos
termos do artigo 6º nº1 do CSC não tem aqui aplicação, o fim é aquilo que a
sociedade comercial pretende adquirir ou atingir – é a teleologia da sua atuação
no espaço jurídico – COUTINHO DE ABREU – entende que é o escopo lucrativo.
O objeto da sociedade acaba por ser o meio pelo qual a sociedade vai procurar
atingir o seu fim.
O artigo 6º nº4 do CSC determina expressamente que o objeto social não limita
a capacidade da sociedade comercial, logo é de afastar desde logo um problema
de capacidade no caso concreto dado que o legislador assim o estipulou.
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Esta estipulação vem em linha com aquilo que tem sido a interpretação atual da
doutrina quanto à capacidade jurídica das sociedades comerciais, ou seja, em linha
com o Professor MENEZES CORDEIRO e o Professor DIOGO COSTA
GONÇALVES a sociedade comercial tem capacidade plena de gozo, podendo ser
titular de quaisquer direitos e obrigações.
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VIAS DE SUPERAÇAO DO PRINCIPIO DA ESPECIALIDADE
PEDRO PAIS DE VASCONCELOS entende que o artigo 6º nº4 do CSC veio pôr
fim à doutrina ultra vires e ao princípio da especialidade no direito societário pelo
que o artigo 6º do CSC não contempla uma limitação à capacidade de gozo das
sociedades comerciais
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O nj da aquisição do lote para revenda é válido, pode é haver lugar a uma situação
de responsabilidade civil da administração por contrariedade ao objeto social da
sociedade, no entanto, foram os próprios sócios que deram lugar a este nj pelo que
a responsabilidade será improvável
AULA
Objeto não limita a capacidade.
Atos - praticados por um determinado órgão, p ex, administrador.
Deliberações – necessariamente pelos sócios.
OVO ESTRELADO –
Gema – OBJETO.
Clara- CAPACIDADE
Fim imediato da sociedade: objeto
Fim mediato – lucro.
Era para revenda: prossegue o lucro, estando dentro da capacidade.
Está fora da capacidade se não prosseguir o lucro.
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FORA DA CAPACIDADE-
ATO – nulo – contrariedade à lei. MC- impossibilidade. Não procede efei-
tos. 280 CC e 294º.
Deliberação – nulo - art. 56º/1 c) MC Vs 56/1 d) – outros profs Nulidade
atípica
FORA DO OBJETO, mas dentro da capacidade- 72 e ss – pode levar à destituição
ATO- 6/4 regra geral.
EFICÁCIA:
o SQ – 260/2 e 3. Eficaz sim, salvo 3º de má fé- prova pela soc.
o SA – 409/2 – Eficaz sim, salvo 3º de má fé.
o SNC- 192º/2 e 3- Ineficaz. Eficaz salvo confirmação unanime dos
sócios.
Deliberação – Regra geral, anulável – 58/1/a) – remissão para o 9/1/d) e
11º.
6/4
A construção do aldeamento está fora do objeto, mas está dentro da capacidade, porque a
revenda gerará lucro. Mas tem uma consequência qual?
Sociedade gestora de participações sociais – como forma indireta do seu exercício de atividade
económica.
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Este artigo concretiza este princípio decorrente do art.160 CC. Limitações da capacidade
segundo o Professor MC:
1. natureza das coisas;
2. Normas legais;
3. Regras estatutárias;
4. Deliberações sociais.
Regras estatutárias e deliberações sociais não limitam a capacidade da sociedade (art 6/4). Por
conversão legal, elas obrigam os órgãos em causa a não exceder o objeto que fixem ou a não
praticarem os atos que vedem.
Consequências dos atos que excedam a capacidade de gozo: Por natureza das coisas: nulos por
impossibilidade jurídica (280/1 CC). Por lei: nulos, por violaçao da lei/280/1 e 294 CC), quando
outra não seja a solução fixada. Por contrato ou por decisão, são validos, mas podem ocasionar
a responsabilidade civil dos titulares envolvidos. Admite-se a sua invalidação perante terceiros
de má fé: conheciam ou não podiam ignorar as limitações derivadas do objeto social (260/2 e
409/2, aplicáveis por analogia, a todos os tipos societários), não bastando, para isso, a
publicidade comum.
CA- em regra fora da capacidade. Atos gratuitos podem entrar qnd se revelem necessários ou
convenientes para os lucros.
192/2, e 3.
Sociedades estão apenas limitadas pela natureza das coisas.
Quanto aos atos gratuitos e garantias: um ato gratuito é contrário ao fim da pessoa coletiva.
Alguns atos gratuitos prosseguem um fim interessado* - marketing e publicidade que também
se pagam.
Art.6º/2 – estas doações são uma verdadeira indústria por parte de instituições bem geridas,
apreciados caso a caso.
Distribuição dos bens aos sócios- 31º e 32º CSC.
Prestação de garantias a terceiros: verdadeiro favor, e acaba por ser um ato gratuito, art.6º/3
CSC. “justificado interesse próprio” MUITO IMPORTANTE!! Configurado pela própria sociedade,
e por isso não podemos saber como são… o “salvo se” consome a regra porque são demasiado
abrangentes e acabam por poder incluir tudo e nada, porque é definido pela própria sociedade,
e só acabam por funcionar em situações muito escandalosas. MC- exceção acaba por consumir
a regra.
Ac. TRL 11/03/2004 o interesse próprio pode ser meramente indireto. Café presta garantias aos
moradores da zona. MC – Só situações verdadeiramente escandalosas.
Doações interessadas visam o lucro.
Os tribunais invocam terceiros de boa fé, e só funciona se houver má fé de terceiros
beneficiários.
Prestações assistenciais? Gerente: é de uma sociedade por quotas, administrador: sociedade
anónima. É permitido que a sociedade defina uma reforma para o administrador ou gerente?
402/1 – sim é possível. Os Acs. TRL 20/01/2005 – esta reforma não contradiz a natureza lucrativa
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da sociedade. Tem é de estar prevista no contrato de sociedade e não pode criar ex novo pela
administração.
3 – O negócio do vinho alvarinho está a correr bastante bem aos irmãos Arneiro,
que sonham agora em lançarem-se na exportação. Para o efeito, a VitArneiro, SA.
necessita de contrair um financiamento bancário, o que exige a constituição de uma
hipoteca. Todo o património imobiliário (incluindo os hectares de vinha) é
propriedade da Solar Arneiro, Lda..
Para além disso, António necessita de um financiamento pessoal que exige
igualmente a constituição de uma garantia real.
Em Assembleia Geral, a sociedade Solar Arneiro, Lda. deliberou, nos termos do
art. 246.º/2 c), constituir as hipotecas voluntárias necessárias à garantia do
cumprimento das obrigações a assumir pela VitArneiro, SA. e por António.
O notário, porém, recusa-se a lavrar a escritura porque entende que se violou o
disposto no art. 6.º do CSC. Quid juris?
Não estamos perante o 2º recorte no caso concreto nem quanto ao sócio nem quanto
à sociedade garantida, dado que:
1) O sócio é comum a ambas as sociedades e o financiamento que este pre-
tende é para fins extra-sociais, logo não há aqui um justificado interesse
próprio da sociedade que presta a garantia. Se fosse uma garantia prestada
para o sócio para interesses sociais aí sim poderíamos argumentar o justifi-
cado interesse próprio
2) A sociedade garantida não tem qualquer relação de dominio ou de grupo,
elas são duas sociedades autónomas com os mesmos sócios no seu subs-
trato, o que não gera uma relação de domínio ou de grupo entre este
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Em ambos os casos afirma-se o princípio da separação, o património do sócio é
diverso do património da sociedade e a sociedade é uma pessoa jurídica autónoma
dos sócios.
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1) Tutela dos 3ºs que com a sociedade contactem – não são obrigados a co-
nhecer do fim, objeto social
2) Tutela dos sócios – sistema de capacidade especifica, limitada ou funcional
3) Tutela dos credores sociais – necessidade de um escopo lucrativo, na me-
dida em que não verão a sociedade a praticar atos que venham a prejudicar
o património social que garante os seus créditos
Entende que estes atos contrários ao fim da pessoa societária para a qual ela padece
de capacidade juridica são nulos. A norma do artigo 6º nº1 do CSC é uma norma
imperativa que visa tutelar os socios e os credores sociais
COUTINHO DE ABREU – não confundir a matéria de:
1) Incapacidade
2) Não vinculação das sociedades
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Contra este entendimento está a doutrina de Lisboa – PEDRO DE
ALBUQUERQUE, DIOGO COSTA GONÇALVES e MENEZES CORDEIRO
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3) Imediato – objeto da pessoa coletiva ou concreta atividade que a pessoa
coletiva se propoe a realizar
4) Mediato – fim legal-tipológico
COSTA GONÇALVES entende que o fim a que alude o artigo 160º do CC não se
refere ao fim-objeto, institucional ou imediato da pessoa coletiva, o fim legal a que
alude o artigo 160º do CC é um fim legal-tipológico
Superação dogmática:
Evolução dogmática tem 3 perspetivas:
1) Deslocação do nucleo problematico
2) Formulação positiva da especialidade
3) Rejeição ou superação pura
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PEDRO DE ALBUQUERQUE em resposta a esta critica acaba por formular o
principio da especialidade na sua formulação positiva, com base na evolução
dogmatica já encetada por OLIVEIRA ASCENSÃO – conclui que o problema não
é de capacidade, mas sim de vinculação das sociedades.
Esta superação é uma formulação negativa – o fim da pessoa coletiva nada tem
que ver com a capacidade e o problema da especialidade não é um problema de
capacidade, mas sim um problema de desvio do fim.
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A superação do principio da especialidade por formulação positiva do principio –
DIOGO COSTA GONÇALVES
2 formulações:
1) Tese da superação pura – é uma tese de rutura que nega a autonomia dog-
mática do principio da especialidad
2) Tese da formulação positiva do principio da especialidade – mantendo o
principio mas expurgando o seu sentido limitador da capacidade de gozo, o
principio passa a ser encarado como confirmatório da capacidade de gozo
das sociedades comerciais, apenas limitadas pela natureza das coisas
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A noção de fim no artigo 6º nº3 do CSC é substituido pela noção de interesse,
sendo que ambos são normativamente equivalentes.
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COSTA GONÇALVES é contra a identificação do artigo 6º nº2 e 3 do CSC com
uma situação de capacidade juridica, mas sim um problema do artigo 64º nº1 do
CSC ou seja os administradores com esta atuação têm um comportamento
desconforme, neste sentido, segue PEDRO DE ALBUQUERQUE na medida em
que o problema não é de capacidade juridica mas sim de vinculação da sociedade
ao ato praticado – dimensão externa
Em conclusão:
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COUTINHO DE ABREU – defenderia a nulidade da prestação da garantia falta
de capacidade da sociedade comercial nos termos do artigo 6º nº3 do CSC
DIOGO COSTA GONÇALVES – presunção de violação de deveres de boa gestão
nos termos do artigo 64º do CSC e dá lugar a responsabilidade civil dos
administradores, no entanto, a sociedade mantém-se vinculada à garantia – garante
a tutela da confiança dos credores sociais e é
conforme ao entendimento da capacidade jurídica plena das sociedades
comerciais
aula:
prof MC: alargamento do art 6/3 às relações de grupo de facto, q poderia existir
aqui.
Garantia prestada a A: justificado interesse próprio era a única forma de ser
admissível, nos termos do 6/3.
6/3 não limita muito. MC: só funciona perante situaçoes escandalosas e má fé de
3ºs. norma que visa controlo direto…
4 – Uma conhecida publicação da área do turismo e lazer fez uma reportagem sobre
o Solar do Arneiro. A reportagem em causa era bastante desfavorável ao
empreendimento e divulgava dados incorretos, alguns deles completamente
falsos... A sociedade Solar Arneiro, Lda. moveu uma ação contra a referida
publicação, pedindo a condenação da mesma no pagamento de indemnização por
violação do direito ao bom nome e à imagem, a fixar nos termos do artigo 496.º/3
do CC. A e B, moveram igualmente uma ação contra a publicação, pedindo uma
indemnização por violação dos seus direitos de personalidade. Quid juris?
Artigo 6º nº3 do CSC – deve ser lido em conjunto com o artigo 6º nº1 do CSC
Garantias em causa:
1) Gratuitas
2) Onerosas – quando sejam manifestamente desiquilibradas é contra o fim do
escopo lucrativo
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Soluções sobre a prestação de garantias:
COUTINHO DE ABREU – a prestação de garantia no caso de não correspondem
a qualquer dos recortes negativos gera a nulidade, por força da incapacidade da
pessoa coletiva
Solução adotada:
DIOGO COSTA GONÇALVES – presunção de violação do artigo 64º do CSC
que consagra os deveres de boa gestão dos administradores, dando lugar a
responsabilidade civil dos administradores, no entanto, a sociedade mantém-se
vinculada à garantia prestada
– é a solução que garante a proteção dos credores que contavam com a garantia
prestada pela sociedade.
Superação dogmática:
1) Deslocação do núcleo problemático
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2) Formulação positiva do princípio da especialidade
3) Interpretação sistemática com o 160º do CC
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4) Ónus da prova cabe à sociedade como garante a prova da aplicação do ar-
tigo 6º nº3 do CSC caso se pretenda desvincular da garantia prestada ao
garante
5) Na falta de prova, a sociedade mantém-se vinculada à garantia prestada
Alínea 4)
Estamos perante um caso de responsabilidade civil – artigo 483º do CC
A questão está em saber se a pessoa coletiva pode ser ressarcida por danos:
1) Patrimoniais – é unânime
2) Não patrimoniais
Problema em causa: artigo 6º nº1 do CSC – determina que a pessoa coletiva não
tem capacidade para titular direitos que sejam inseparáveis da pessoa singular –
direitos de personalidade é uma área própria das pessoas singulares e da sua
dimensão significativa-ideológica
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direitos de personalidade pois há vetores com natureza eminentemente patrimonial
o que configura como parte dos direitos da pessoa coletiva
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Problema diverso está no âmbito dos danos não patrimoniais – artigo 496º do CC
– no momento da fixação da indemnização é necessário atender a danos não
patrimoniais que pela sua gravidade mereçam tutela do direito – a jurisprudência
é conflituante nesta matéria:
1- Para uma corrente - A ofensa do bom nome e reputação das sociedades comerciais
apenas releva como dano patrimonial indireto, não sendo por isso suscetível de
indemnização por danos não patrimoniais - STJ 23/1/2007
o Invocando-se que o bom nome e reputação das sociedades comerciais apenas in-
teressam na medida da vantagem económica que deles podem retirar;
o Defendido por Pinto Monteiro da Escola de Coimbra - Danos não patrimoniais
não são transponíveis para as pessoas coletivas, porque não têm as características
da pessoa humana.
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Ver PINTO MONTEIRO:
Conclusão:
Neste caso o dano é imputável à pessoa jurídica sociedade comercial e não aos
sócios, os danos patrimoniais que os sócios venham a sofrer indiretamente não são
ressarcíveis, seria uma duplicação do dano
O dano é sobre a sociedade comercial – é contra esta que a publicação de dirige
Aula:
Não se excluem os direitos não patrimoniais compatíveis com as pessoas coletivas.
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esperança em que o vasto património dos sócios seja chamado a satisfazer as
dívidas sociais?
Os credores sociais não conseguiam satisfazer os seus créditos com SA, Lda –
sociedade por quotas
MENEZES CORDEIRO:
Grupos de casos típicos de levantamento da personalidade coletiva:
1) Confusão de esferas jurídicas
2) Subcapitalização
3) Atentado a terceiros
4) Abuso da personalidade
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Este dominio era especialmente pensado para as sociedade unipessoais, ainda que
esta já tenha reconhecimento legal.
A sua concreta aplicação é feita através de princípios gerais e com recurso ao
instituto do levantamento.
Subcapitalização nominal – pode recorrer-se ainda de capitais alheios, mas não
tem património
- Não pode sequer recorrer
Abuso de direito-
Neste sentido neste grupo de casos é de realçar o papel que o abuso de direito
desempenha para fundamentar o instituto do levantamento da personalidade
coletiva:
1) Tutela da confiança – venire contra factum proprio, supressio e surretio
2) Materialidade subjacente – tu quoque e exercicio em desequilibrio
O atentado à boa fé e manifesto abuso de direito deve ter lugar, dado que a regra é
sempre a personalidade autonoma da pessoa coletiva
A solução é de direito civil e não de direito comercial
Teorias explicativas:
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1) Subjetiva
2) Objetiva
3) Aplicação de normas
4) Negativistas
Subjetiva – SERICK
Haveria que lidar para dar lugar ao levantamento da personalidade coletiva com a
situação objetiva de abuso da personalidade coletiva, bem como com situações
subjetivas, maxime a intenção própria do agente.
O levantamento exigiria assim um abuso consciente da personalidade coletiva
Teoria objetivas:
O instituto depende apenas da pura contrariedade ao ordenamento juridico, não
sendo necessário aferir das más intenções do agente que aliás são de dificil prova.
A teoria da aplicação das normas não prescinde, no entanto da boa fé, bem como
não deve fazer esquecer que a personalidade coletiva detém valores próprios, não
sendo um jogo de normas:
1) Limitação de responsabilidade
2) Funcionalização de patrimónios autónomos
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Negativista – nega a autonomia do instituto do levantamento da personalidade
coletiva, no fundo o que se deve fazer é responsabilizar os administradores por
falta de diligência
No caso concreto:
Há manifestamente uma situação de confusão de patrimónios – os sócios não
observaram o princípio da separação, confundindo contas bancárias com as contas
da sociedade
AC STJ 5/2/09- pode ser posta em causa…
Por outro lado, o abuso de direito aqui deve ter aplicação – artigo 334º do CC – há
manifestamente um caso de primazia da materialidade subjacente na ordem
prática:
1) Conta dos sócios – vem responder muitas vezes pelas dívidas sociais, bem
como usam da mesma
2) Violação do princípio da separação – violam normas jurídicas imperativas
de autonomia patrimonial e pretendem ainda assim prevalecer em face dos
credores sociais a autonomia patrimonial – no limite, há tu quoque e venire,
sendo que para MENEZES CORDEIRO venire é subsidiário a todas as mo-
dalidades de abuso de direito
3) Desequilibrio patrimonial é um indício de abuso de direito – conta dos só-
cios é muito avultada em face da das contas da sociedade – abuso da perso-
nalidade coletiva frustrando as legitimas expetativas dos credores com a
autonomia patrimonial
Aula
SQ
CASO N.o 2
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Armando e Belchior dedicam-se à produção e comercialização de produtos
biológicos. Necessitando de melhorar a respetiva distribuição, constituem a
Frutas, Lda. para fazer escoar as frutas produzidas. Em janeiro de 2010,
Belchior faz uma doação anónima a uma ONG ambiental e a Frutas, Lda.
constitui uma hipoteca sobre a sua sede para garantir uma dívida de Armando
decorrente da compra de uma moderna máquina agrícola para a sua exploração.
Tomando conhecimento destes eventos, os credores desta sociedade vêm pedir
a declaração judicial da nulidade da garantia e da doação. Por sua vez, os
credores da Frutas, Lda., entretanto declarada insolvente, pretendem
responsabilizar Armando e Belchior pelas respetivas dívidas, não só na
qualidade de sócios da Frutas, Lda., mas também enquanto gerentes desta.
Quid juris?
Sociedade por quotas que adota forma de responsabilidade limitada, respeita P. tipicidade-1/2.
Registo obrigatória para adquirir personalidade coletiva-5º.
P. Especialidade art.6/1 – art.160CC
Liberalidades art.6/2 –não são. Presentes de natal, afins. doações usuais – fim interessado por
trás da doação.
Verdadeira doação, dentro da capacidade da soc? Tem q seguir o fim – lucro, só d eforma
interessada se houver publicitação da mesma. Anonima não prossegue.
Hipoteca sobre sede – art.6/3 existia um justificado interesse próprio da sociedade prestar
aquela garantia.
O terceiro que põe em causa é que tem de provar que não havia interesse.
Ónus de provar- MC, Pedro Albuquerque- quem invoca a nulidade. Outra doutrina – credor
garantido.
Eventual responsabilidade de A e B – dois prismas, enquanto sócios e enquanto gerentes.
Art.78ºCSC, estamos perante um ato, e este é nulo – 280º(imp mc) ou 294º, contrário ao fim da
sociedade.
Responsabilização enquanto sócios – art.197º e 198º (exceção, mas não é a do caso).
No limite haveria desconsideração da personalidade coletiva – mas é de difícil aplicação. Ver
doutrina no caso anterior.
Deveres de cuidado e lealdade – 64º
72- presunção de culpa.
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Aula 25/3/19
Liberdade de celebração e de estipulação do contrato de sociedade, mas têm de respeitar a
tipicidade.
número mínimo de partes, 7/2 – duas (exceções sociedades unipessoais, e sociedades
anónimas(273); partes de capital)
elementos que devem constar do contrato de sociedade: art 7º e 9º - denominação, sede, sócios.
É admissível que dois cônjuges constituam uma sociedade? Sim, mas de acordo com o
art.1714ºCC; art.8º CSC – ver divergência doutrinária.
Menores- Sim, desde que estejam representados pelos pais. Incapacidade meramente aparente,
pq os meios de suprir a incapacidade acabam por permitir que os contratos sejam celebrados
entre menores. 1889/1 CC.
Requisitos art 7º CSC constituição das SC – deduzido a escrito. Compatibilizar com o art 4º/a).
Níveis de intangibilidade, durabilidade… assinaturas dos subscritores reconhecidas
presencialmente. Se for com um imóvel deve ser por escritura publica – 875 CC.
Numero minino de partes- nº2, exceto qnd a lei exiga numero superior – 273º. Regime de
contitularidade – é só uma parte. nnc confundir quotas ou açoes com os titulares-nº3.
Relativamente ao contrato de sociedade – é um verdadeiro contrato? Verdadeira liberdade de
estipulação e celebração? MC-Sim. Existem exceções.
Conteúdo – art 9º. Existem determinados elementos do contrato q podem ser exceções. Art 42º-
determinaria a nulidade. 42/1 – depois de efetuar o registo definitivo só pode ser declarado nulo
pela alínea a) e e). sanáveis por deliberação dos sócios os outros. A falta de menção do objeto,
capital social, tipo de sociedade têm sempre de constar do próprio contrato de sociedade.
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SOCIEDADES IRREGULARES
Por incompletude –
1. Relações anteriores à celebração do contrato de sociedade (soc APARENTE)–
36º
2. Pré sociedade (celebração do contrato, mas momento anterior ao registo). 7/2
a. Relaçoes internas(entre sócios)- 37º
b. Relações externas- 38º a 40º- Distinguir consoante tipo soc em causa.
i. Soc em nome coletivo – 38
ii. Soc em comandita simples – 39
iii. SQ, SA ou Comandita por açoes - 40
Art 5º para ir depois ao 19º. Com registo definitivo do CS, assume 16º…
Problema de um negócio celebrado antes do registo da sociedade. 19º para o 40º.
MC – REGISTO COM EFEITO CONSTITUVIO – Indutor de eficácia?…
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CASO N.º 3
i)De acordo com o art.6º/4 CSC o objeto social não limita a capacidade jurídica das sociedades.
Assim, um ato social excede ou é alheio ao objeto da respetiva sociedade quando, atendendo ao
momento da sua prática, se revele inservível para a realização das atividades que a sociedade
pode exercer, nos termos do estatuto, de acordo com o art.11º/2CSC, ou se entre eles não existir
uma relação de potencial instrumentalidade de meio-fim.
Neste caso, penso que o gerente podia adquirir a fábrica uma vez que a comprou com o intuito de
obter lucro e de prosseguir um fim determinado da sociedades, e portanto a compra e venda da
fábrica não é nula, apesar de estar fora do objeto da sociedade.
Art.199º/1, 200º
40
Aula
Art 36º - anterior à celebração do contrato e do registo, é mesmo antes de tudo.
Temos que ver a responsabilidade de quem intervem no negocio, saber se tinham ou não
intençao de celebrar o contrato de sociedade.
PROF MC- Soc irregular – proc não tem de estar concluído.
Terceiros não sabem nem têm de saber. Intervém sempre em 1º lugar o património social.
E se o contrato de soc não for celebrado? 36/1
Deve haver confiança justificada- 3º de boa fé subjetiva ética.
MC – distinção entre nº1 e nº3 é irrelevante, a falta de intenção não pode ser oponível a 3º.
Património social deve sempre responder, só subsidariamente o dos sócios.
ii)De acordo com o art.7º/1 CSC o processo de constituição da sociedades desdobra-se em 3 atos
principais: o contrato de sociedade (sujeito a forma especial), o registo definitivo do contrato, e a
publicação do contrato.
O art.18º por sua vez, refere o registo prévio do contrato de sociedade, e portanto os principais
momentos serão o contrato social, o registo prévio, a formalização do contrato, o registo
definitivo, e a publicação.
Na generalidade dos casos a sociedade é constituída através de um único ato – o ato constituinte,
ou constitutivo. Assim pode-se dizer que celebrando-se um contrato de sociedade, considera-se
existente ou constituída a sociedade-entidade, operando-se a reunião de todas as notas
caracterizadoras de uma sociedade, e portanto a sociedade nasce.
Alguns autores entendem que, a sociedade comercial só existe a partir do registo definitivo, só a
partir deste é que adquirem personalidade jurídica. Antes disso, poderá falar-se apenas de “pré-
sociedade ou sociedade em formação”, e não de sociedade comercial propriamente dita. Os
autores que defendem esta posição, baseiam-se no art.5º CSC que refere que as sociedades
comerciais só gozam de personalidade jurídica e existem como tais a partir da data de registo
definitivo do contrato.
Segundo o professor Coutinho de Abreu, a sociedade existe antes do registo, e pode atuar antes
do registo. Só a partir do registo é que passam a gozar de personalidade jurídica.
O ato constituinte é um contrato de fim comum e de organização, e o art.9ºCSC fixa os elementos
que devem constar do ato constituinte de qualquer tipo de sociedade. Para além destes
elementos, devem constar também, quando ocorram, as vantagens especiais concedias a sócios
e as despesas de constituição que a sociedade deve pagar a sócios ou a terceiros (16º/1).
Tratando-se de uma sociedade por quotas, a sociedade Infotudo, Lda., o contrato deve
mencionar especialmente o montante de cada quota de capital e a identificação do res-
petivo titular, e o montante das entradas por cada sócio, de acordo com o art.199º CSC.
A celebração do ato constituinte da sociedade basta-se com a mera forma escrita devendo as
assinaturas dos subscritores ser reconhecidas presencialmente. A escritura pública só é exigida
quando seja necessária para a transmissão dos bens com que os sócios entram para a sociedade.
Fora destes casos, a celebração do ato constituinte pode ser efetuada por escritura pública, mas
não tem de sê-lo.
Assim, pode acontecer que antes do registo definitivo, os sócios realizem negócios em nome da
sociedade por entenderem que a urgência dos negócios não admite espera. A lei não proíbe tal
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prática. Nem o facto de o contrato social sem forma legal ser considerado nulo inviabiliza a
atuação, uma vez que o regime da nulidade é especial, de acordo com os arts.41º/1CSC, art.42º/1
e) CSC e 220ºCC.
Contudo, sem o registo definitivo a sociedade não está perfeitamente constituída, está em
situação irregular.
De acordo com o art.40º/1 CSC pelos negócios realizados em nome de uma sociedade por quotas
respondem pessoal e solidariamente quem os tenha realizado e os sócios que tenham autorizado
tais negócios. Os restantes sócios respondem até às importâncias que tenham recebido a título de
lucros ou de distribuição de reservas. Aqui coloca-se a questão de saber se a sociedade também
responde com o respetivo património pelo negócios realizados em seu nome. Existem vários
argumentos, concluindo-se, pelo professor Coutinho de Abreu que as sociedades respondem pelos
atos em seu nome realizados no período compreendido entre a celebração do ato constituinte e o
seu registo definitivo, com dois limites:
1. Não respondem por obrigações que não podem assumir depois do registo, serão os casos
mencionados no art.19º/4 CSC;
2. E também são excetuados os casos em que haja autorização dos sócios, parte do patri-
mónio social não pode ser mobilizada para pagar os credores, é o que resulta dos
arts.202ª/5 b), 277º/5 b), 478º CSC.
Por outro lado, os sócios que não autorizaram o negócio, nem agiram nele, não respondem
solidariamente com os outros sócios.
E portanto, no caso em apreço, responderá ilimitadamente e solidariamente o gerente em
primeiro lugar, o património da sociedade Infotudo, Lda., e os restantes sócios só respondem
subsidiariamente até às importâncias das entradas a que se obrigaram, de acordo com o 40º/1
CSC.
(De acordo com o art.19º/1 b) poderá haver uma assunção pela sociedade de negócios depois do
registo definitivo do contrato. De acordo com o nº2 essas obrigações podem ser assumidas pela
sociedades mediante decisão da administração, e de acordo com o nº3 a assunção dos efeitos do
negócio retrotrai à data prevista da respetiva celebração a libera as pessoas obrigadas perante o
art.40º/1. )
(De acordo com o art.41º/1 a invalidade do contrato rege-se pelas disposições aplicáveis aos NJ
nulos ou anuláveis, nomeadamente os arts.286º/287º/294ºCC, sem prejuízo do disposto no
art.52º. sendo assim, de acordo com o 52º/2 CSC a eficácia dos NJ concluídos anteriormente não
são afetados pela declaração de nulidade do contrato social.)
iii) Neste caso, estaríamos perante o art.36º/2 CSC se já tivesse sido acordada a constituição de
uma sociedade comercial, mas antes do contrato os sócios já tivessem iniciado a sua atividade,
serão aplicadas as disposições sobre sociedades civis. Aplica-se o art.997º/2 CC; para além do
património comum, irá responder o património societário; de acordo também com o art.40º/1
CSC
(o prof MC discorda, pois os sócios não têm nada a ver com isso. Existindo o património societário
irá responder no nº1 e nº2.)
Desta forma, nas relações internas (entre sócios, ou entre sócios e a sociedade) são aplicáveis os
arts.983º e ss. CC, e os arts.1001º e ss. CC.
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Já nas relações externas, são aplicáveis principalmente os art.996º e ss. CC, e em regra respondem
a sociedade, e pessoal e solidariamente mas a título subsidiário, os sócios.
Sociedade aparente;
(o art.36º/2 CSC ao remeter para o regime das sociedades civis, não significa que as sociedades
são civis. Verificando-se todas as notas do contrato de sociedade comercial, a sociedade é
comercial).
iv) Estamos perante um caso de nulidade do contrato depois de efetuado o registo definitivo, e
portanto de acordo com o art.42º/1 a) o contrato pode ser declarado nulo por falta do mínimo de
dois sócios fundadores, salvo quando a lei permita a constituição da sociedade por uma só pessoa.
Como neste caso a nulidade apenas se refere à falta do número mínimo de sócios, não se referindo
a sócios fundadores, considero que não estamos perante nenhum dos casos enumerados nas
alíneas do art.42º, e portanto não constitui causa de nulidade do contrato de sociedade por
quotas, não produzindo os seus efeitos.
Caso admitíssemos que haveria nulidade, o art.52º/2 indica que esta nulidade não deter-
mina a invalidade dos NJ concluídos anteriormente em nome da sociedade, e de acordo
com o nº4 não exonera os sócios da responsabilidade pessoal e solidária perante tercei-
ros. Liquidação 165º
Autores: pode ser o 3º ou ate o MP, sempre(44/2).
Resumindo:
Começar por dizer que esta soc era uma SPQ. Respeita o p da tipicidade, art 1/2, 199 e 200, que
ainda não tinha sido registada. Soc irregulares por incompletude. No entanto já há um ct de
sociedade, mas ainda não havia registo definitivo, acaba este ato por cair na previsão do art 77/1
no q respeita às relações internas. Externas: 40º.
Ato do gerente é valido pq não impede o gerente de atuar no mercado, o facto de esta não deter
personalidade jurídica… o ato do gerente não está fora do ct soc, fim lucrativo. Não se aplica o
nº2 ou o nº3.
O ato do gerente é contrario ao objeto, 6/4 constitui os órgãos da soc de não exceder o objeto
social.
2º argumento: improcedente, irregularidade.
3º argumento do gerente: tenta fazer valer-se da assunçao automática mas só acontece nos casos
expressamente previstas no art 19º, só seria afasta resp do gerente se a soc …
Art 16º e 19º -
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16º - ver anotação, não necessitada de estar sequer no ct para que a soc tenha de responder.
19º - registo definitivo do ct- a soc assume OPE LEGIS.. ver anotação
3ª subhiptoese:
CASO N.º 4
Quinze dias depois, Bento dá-se conta que, afinal, não tinha vendido o seu terreno
à sociedade de António mas antes tinha com ele constituído uma sociedade, coisa
que nunca desejara e António bem sabia. Em carta dirigida a este, Bento invoca a
anulabilidade do contrato por erro vício. António responde que pouco lhe
importa, já que o contrato de sociedade é nulo.
Quid juris?
De acordo com o art.7º/1, o contrato de sociedade deve ser reduzido a escrito e as assinaturas
dos subscritores devem ser reconhecidas presencialmente. A escritura pública só é exigida
quando seja necessária para a transmissão dos bens com que os sócios entram para a sociedade.
Fora destes casos, a celebração do ato constituinte pode ser efetuada por escritura pública, mas
não tem de sê-lo.
Diferença entre SUBSCRIÇÃO e REALIZAÇÃO. Subscrição - …
Só pode acontecer nas entradas em dinheiro. Pode ser apenas subscrito e não realizado um
determinado valor em dinheiro. Nas entradas em espécie não pode haver subscrição e
realização do capital comissiva, tem que coincidir no mesmo momento-28º.
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Tratando-se de uma sociedade por quotas, o contrato deve mencionar especialmente o
montante de cada quota de capital e a identificação do respetivo titular, e o montante das
entradas por cada sócio, de acordo com o art.199º CSC.
VALOR DA ENTRADA- PASSIVO DA SOCIEDADE, valor que a Soc deve àqueles sócios.
Nas SPQ as entradas só se podem fazer em dinheiro ou espécie, art 20º a) – obrigação de entrada
dos sócios. Os bens têm de ser avaliados, art.28º;
Bens de absoluta ou relativamente empenhoráveis-Diretriz da UE. MC – bens suscetíveis de
avaliação pecuniária.
Ver art 25º- valor acima do par/ ágio – qnd entro para a soc com um valor superior à quota. Visa
proteger-se o capital social e terceiros que confiem no bom funcionamento da sociedade. Há
determinadas hipóteses que permitem dar a volta à lei – 29º.
25/2- erro na avaliação do ROC- responsável pela parte em que O ROC não avaliou. Art 28º
avaliação. Se o socio que entra o voto é considerado abusivo, não pode votar na nomeação do
ROC.
Neste caso Bento entrou com um bem imóvel, o que obriga o registo a seguir o regime previsto
no 875º CC, tendo que ser constituída por escritura pública ou documento particular
autenticado;
Foi constituído um empréstimo hipotecário, o que levou a uma subcapitalização da Sociedade,
porque ela tinha sido constituída por 50000 e depois foi pedir empréstimo de 100000.
O art.42ºCSC que refere a nulidade do contrato de sociedade após o registo definitivo é taxativo,
e como tal o contrato só será anulado caso preencha alguma das alíneas do nº1 do art.42º.
Sociedade irregular por invalidade. A nulidade está prevista na alínea e).
De acordo com o 44º a ação de declaração de nulidade deve ser intentada dentro do prazo de 3
anos a contar do registo, podendo ser intentada por Bento na sua qualidade de sócio. Deve ser
comunicada aos sócio no mais breve prazo, à luz do 44º/3.
Neste caso poderemos estar perante uma indemnização em caso de dolo, 898ºCC.
Se a declaração de nulidade for procedente, terá lugar a liquidação da sociedade, de acordo com
art 52º/1, nos termos do art 165º.
No entanto, de acordo com o art.45º CSC, o sócio B poderia invocar o erro como justa causa da
sua exoneração, desde que verificadas as circunstâncias e os prazos decorrentes da lei civil –
287. A nulidade consome a anulabilidade.
CASO não houvesse a nulidade, deveríamos ter visto as consequências da anulabilidade, que
seguiria 45º, podendo ser invocada no prazo de 1 ano, à luz do art 287ºCC. Mas neste caso o 52º
não se aplica.
Quanto à hipoteca constituída após o registo definitivo do contrato de sociedade, de acordo
com o art.52º/2 a eficácia dos NJ concluídos anteriormente à declaração de anulação do
contrato de sociedade, não é afetada – Princípio do favor societatis.
Efeitos da anulação do contrato, 47º, 49º - não tinha direito a reaver o que tinha prestado, por
estarmos no âmbito do 45º/1. 49- Favor societatis- soc não pode ficar numa situação de duvida.
MC – se houver fundamentos relacionados com o próprio negócio.
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3ª FASE: PUBLICAÇAO OBRIGATÓRIAS DO CONTRATO- 186
CASO N.º 5
Carlos, Daniel e Eduardo resolveram mudar de vida e abrir uma Garrafeira especialista
em castas portuguesas. Adquiriram um espaço, compraram o stock e começaram a
comercialização dos vinhos.
Como o negócio corria bem, os três amigos resolveram constituir, em Janeiro de 2010,
uma SPQ, que ainda não se encontra registada. No contrato de sociedade ficou
expresso que a sociedade assumia a dívida de € 155.000,00 correspondente ao valor do
stock inicial, mas nada é dito quanto ao imóvel adquirido para a instalação da garrafeira,
nem quanto aos € 1.500,00 dos honorários pagos aos advogados no processo de
constituição.
No primeiro caso, a ideia inicial era manter o imóvel em compropriedade dos sócios
que o arrendavam à sociedade; quanto aos honorários, nenhum deles se lembrou desta
despesa...
Eduardo, que, entretanto, chegou de uma viagem de dois meses a França para participar
em diversas feiras de vinhos, ficou chocado com a notícia. Não só nunca teria concordado
com o negócio como deseja agora que o imóvel da garrafeira se torne propriedade da
sociedade...
Estavam os sócios em animada discussão quando chegou uma carta do Dr. Basílio,
dirigida à sociedade, na qual o ilustre advogado informava que a sociedade acabava de
ser registada e requeria, novamente, o pagamento dos honorários em atraso...
Quid juris?
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Nº1 onde se prevê uma mera situação de sociedade material, sem a cobertura de qualquer acordo
entre os participantes. Existe, segundo a interpretação do professor, uma aparência total de
sociedade, em que os responsáveis nem intenção têm de celebrar o contrato. Existe
responsabilidade solidária e ilimitada entre os participantes.
Nº2 que prefigura já um acordo tendente à constituição de uma sociedade comercial, mas sem que
se tenha celebrado o contrato escrito. Neste nº2 para o Professor já existe uma intenção de formar
a sociedade. Aplicam-se então as regras das sociedades civis.
No entanto, por razoes de tutela de terceiros, pois estão convictos da existência da sociedade e
não tendo forma de saber se os “sócios” têm ou não intençao de celebrar um contrato, aplica-se
também ao nº1 as regras das sociedades civis para assegurar superiores níveis de tutela, à luz do
art 999º CC.
Para se aplicarem estas regras existem dois requisitos:
A confiança deve ser objetivamente justificada
Os confiantes a tutelar devem estar de boa fé: desconhecer, sem culpa, a natureza meramente
aparente da sociedade.
Aplicar as disposições das sociedades civis não significa qualificar as sociedades irregulares
sociedades civis. As sociedades irregulares têm necessariamente objeto comercial; pelo que são
sociedades comerciais, irregulares embora, e não sociedades civis. Significa apenas que lhes é
aplicável o regime das sociedades civis». Também COUTINHO DE ABREU parece pronunciar-se
pela qualificação como comercial, ou pelo menos afasta a qualificação como sociedade civil: «O
n.º 2 do art. 36.º, ao remeter para as disposições sobre as sociedades civis, não deve ser
interpretado de modo a qualificarem-se como sociedades civis as sociedades com objeto
comercial mas sem o contrato celebrado pela forma legal. (…) uma sociedade com objeto
comercial não pode ser civil»
FERRER CORREIA - «se as partes não lograram alcançar (ainda) o objetivo de dar vida a uma
sociedade comercial, algo já resultou do seu agir – e do que tão somente necessitamos é de
qualificar esse quid, de que apenas sabemos que não é uma sociedade comercial. Ora, a
qualificação que logo se oferece é a de sociedade civil
PINTO FURTADO «o art. 36.º-2 CSC […] opera a conversão da sociedade comercial de facto em
sociedade sob a forma civil (conversão ope legis)».
MENEZES CORDEIRO parece inclinar-se para esta conclusão, entendendo não haver qualquer
conversão «não é esse o teor da lei; tão-pouco nos parece vantajoso proceder,
doutrinariamente, às construções que permitiriam apoiar tal asserção e isso admitindo que elas
fossem possíveis». Por outro lado, também lhe parece não se tratar de sociedade comercial,
nem de sociedade civil: «Há, pois, uma aplicação de regras civis: não uma conversão de uma
(inexistente) sociedade comercial numa (porventura impossível) sociedade civil». Continuando
a discorrer sobre a mesma questão, afirma: «Comercial não pode ser: o artigo 1.º, n.º 2,
formaliza essa categoria (…) bem pode acontecer que se tenha “acordado” na constituição de
uma sociedade comercial e que se inicie, desde logo, uma atuação comum sem que se tenha,
sequer e ainda, optado por um concreto tipo de sociedade. Ergo, a haver elementos suficientes
para se poder falar de sociedade, ela será civil. Isso não impede, todavia, que a situação
globalmente considerada seja comercial»
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Dívidas quem responde? Dívida do stock 150.000 comprado em momento anterior à própria
sociedade, art.19º/1 c) a partir do momento do registo, é a sociedade que assume esta dívida.
Responsabilidade contratual com T, caso do art.40º/1, relação entre a SPQ não registada com
terceiros. Relações internas. respondem C e D na qualidade de gerentes (252º ss.) e sócios
solidaria e ilimitadamente, e E só responde até ao limite da sua entrada, solidariamente. MC –
processo avançado da sociedade, 36º faz sentido intervir primeiro o património da sociedade.
Termos gerais do 997º. Art 19/1 e 19/3
Honorários do advogado art.16º/1 não tem de ficar exarado no contrato de sociedade e portanto
temos de compatibilizar estes honorários com o que está previsto no art.19º/4. Aqui estávamos
perante despesas de constituição. MC propõe redução teleológica do 19/4, e faz sentido que
esse tipo de despesas sejam assumidas pela própria sociedade.
Imóvel comprado pelos sócios: primeiro, pelo 19/2 podem ser assumidos pela sociedade, mas
tinha de haver decisão de administração. Pode haver CV do imóvel em favor da sociedade,
dizendo que eles registaram o imóvel no nome dos 3 pq a sociedade não foi constituída, e como
agora já é, passam para a esfera j. da sociedade.
3 momentos:
1º não havia ainda ct de soc
19/1/c) soc assume, 19/3.
2º decidem ct
3º registo
A partir do momento que o sócio entra na sociedade tem estatuto de sócio, vai ter associados
direitos e deveres. É balizado pela própria participação social desse sócio na sociedade,
participação social se é maior ou menor…
Direitos comuns ou especiais e também deveres e obrigações. Art.86º/2 princípio-regra.
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Obrigações principais e acessórias: as principais acabam por caracterizar o próprio estatuto do
sócio, obrigação de entrada e participação nas perdas. As acessórias podem ser prestações
suplementares de capital.
A obrigação de entrada art.20º a) (suscetível de avaliação económica) art.25º a 30º.
Entrada: dinheiro, espécie ou indústria, art.9º g) e h)
202º/1, 277º/1
Entrada do sócio – contribuição necessária, feita em dinheiro normalmente, e tem de respeitar a
própria atividade tem de representar uma mais-valia para a prossecução do objeto da sociedade.
MC está desatualizado quanto ao capital social das SPQ – intangibilidade do capital social das
SPQ.
Quando as sociedades respeitam o capital mínimo, o capital social em dinheiro pode ser deferido.
Capital social subscrito ou capital social realizado. Só pode ser deferido o capital social em
dinheiro. As entradas em espécie não podem ser alvo de deferimento. Se entrar com bem para
sociedade, esse bem ter de ser analisado por revisor de contas e nesse momento deve ser entregue
à sociedade, 28º.
O deferimento é possível desde que a sociedade não satisfaça logo aquele crédito.
As entradas não podem ter discrepância entre valor nominal e valor real art.25º/1 é possível haver
prémio de x. O valor excedente vai para a reserva legal. Não pode entrar com 3000 e ficar com
participação nominal de 5000, mas o contrário pode acontecer.
Art.28º entradas em espécie; valor nominal (aquilo que a participação vale) e valor real – art.25º
Art.26º/3
Sociedades anónimas – 277º/2 igual tratamento dos acionistas;
Se o sócio continuar a não contribuir 27º/5 …
30º/1 – possibilidade dos credores – concretização da ação de sub-rogação do 606ºCC.
49
CASO N.º 6
20º a) – vantagem acrescida para a sociedade; Entrada em espécie; avaliado pelo ROC 28º; 25º
- anexado ao contrato social, art.9º/1 h), alvo de publicitação art.28º parte final. Entrada válida
que vale pelos 70.000 cumpre critério do art.25º.
Referir capital social da sociedade! Somar o valor das entradas válidas e ver o capital social.
50
Saber se está registada. Saber se se poderia convelar para ser uma entrada por capital de 20000€.
Essa entrada em capital poderia ser diferida num termo.
Critério de distinção
Materialização para que qualquer pessoa possa usar.
(iii) O sócio Manuel, proprietário de um café que agora iria encerrar, cedia à
sociedade a sua posição num contrato de prestação de serviços de limpeza, em
condições razoavelmente favoráveis, tendo esta contribuição sido avaliada em €
7 500. Esse era também o valor da sua quota.
Trata-se de uma entrada em espécie, que deve constar do contrato de sociedade, nos termos do
art.9º/1 g) e h) CSC.
As entradas em espécie estão previstas no art.28ºCSC. Neste caso, trata-se de uma entrada
através de créditos sobre terceiros, mediante uma cessão de créditos, que é admitida no contrato
de uma Sociedade por quotas de acordo com o art.25º.
Avaliação por parte do ROC para determinar o seu exato valor económico, 28º/3.
De acordo com o art.25º/1 o valor da quota do sócio não pode exceder o valor da sua entrada
considerada neste caso igual ao valor atribuído à cessão de créditos avaliada pelo ROC.
A outra parte tem de consentir com a cessão da posição contratual, 424ºCC, e pode ser
consentimento tácito. Aqui presume-se que sim. Se não houvesse consentimento a sua prestação
seria impossível, 25º/4, e teria que entrar com dinheiro ou subscrever A entrada é válida, 77.500
euros de capital social.
POSSIBILIDADE DE EXISTIR ERRO DE AVALIAÇAO POR PARTE DO ROC: 25/3. Se não houvesse erro
poderia ter sido feita ao serviço.
Trata-se de uma entrada em espécie, que deve constar do contrato de sociedade nos termos do
art.9º/1 g) e h) CSC.
As entradas em espécie estão previstas no art.28ºCSC. Neste caso trata-se de uma entrada através
de créditos sobre terceiros, mediante uma cessão de créditos que é admitida no contrato de
sociedade por quotas de acordo com o art.25º. Não é permitido o diferimento da realização da
entrada em espécie.
Esta cessão de créditos tem de ser objeto de uma avaliação por parte do ROC para determinar o
seu exato valor económico, 28º/3.
51
De acordo com o art.25º/1 o valor da quota do sócio não pode exceder o valor da sua entrada
considerada neste caso igual ao valor atribuído à cessão de créditos avaliada pelo ROC. Pelo que
se o valor do crédito foi avaliado em 5.000, a quota do sócio será de 5.000 e não de 10.000.
A cláusula é parcialmente nula e a quota do socio deveria ser reduzida ao valor da sua entrada, a
não ser que quisesse subscrever o restante.
Sob pena de ser considerado socio remisso.
(v) O sócio Afonso entrava em dinheiro: € 5 000. Uma vez que, ao contrário dos
outros, se limitou a financiar a sociedade, sem ter qualquer intervenção na
conceção do projeto, teve de aceitar ficar com uma quota de apenas € 2 500. Em
todo o caso, conseguiu uma vantagem: apenas teria de realizar a entrada dali a
um ano.
Trata-se de uma entrada em dinheiro que deve constar do contrato da sociedade nos termos do
art.9º g).
Nos termos do art.25º/1 o valor da quota atribuída a um sócio no contrato de sociedade não
pode exceder o valor da sua entrada, como tal se considerando a respetiva importância em
dinheiro. Entende-se que o valor da quota não pode exceder o valor da entrada, mas poderá ser
inferior, o que seria o caso. Neste caso teríamos então um prémio de subscrição que passará a
integrar as reservas. Sócio no valor de 2500.
A subscrição e o momento da realização entrada podem não coincidr no tempo, a não ser que
seja em espécie. 20/a) e 203.
De acordo com o art.26º/1 em regras as entradas dos sócios devem ser realizadas até ao
momento da celebração do contrato. No entanto, de acordo com o nº3 do mesmo artigo, os
sócios podem estipular contratualmente o diferimento das entradas em dinheiro. Isto é o que
resulta também do art.203º/1 CSC, na medida em que o pagamento das entradas diferidas tem
de ser efetuado em datas certas ou ficar dependente de factos certos e determinados, podendo
em qualquer caso a prestação ser exigida no período de 5 anos sobre a celebração do contrato,
a deliberação do aumento de capital ou no caso de se encerrar o prazo equivalente a metade da
duração da sociedade, se este limite for inferior.
(vi) O sócio Gonçalo, proprietário de uma galeria de arte, entrava com € 10000
(valor da quota) mas, pouco depois, a sociedade adquiriu-lhe um quadro pelo
qual pagou € 10 000.
O sócio G efetuou uma entrada em dinheiro que nos termos do art.9º/1 g), e 25º/1 corresponde
ao valor da sua quota no contrato de sociedade.
No entanto, quando a sociedade adquire ao sócio, de forma onerosa, um quadro pelo mesmo
valor da entrada do sócio, os interesses da sociedade podem estar a ser colocados em risco, uma
vez que, ao adquirir o bem imóvel, o sócio logo adquiriu o seu dinheiro de volta, e uma vez
tratando-se de um bem suscetível de avaliação pecuniária, o seu valor real também poderia
estar oculto, não estando sujeito a um controlo por parte do ROC.
52
De acordo com os professores Coutinho de Abreu e Raúl Ventura, apesar de o art.29º/1 CSC
apenas se referir às sociedades anónimas e às sociedades em comandita por ações, devemos
também aplicar este artigo às sociedades por quotas. Assim sendo, este artigo prevê que a
aquisição de bens por uma sociedade deve ser aprovada por deliberação dos sócios, precedida
de verificação do valor dos bens nos termos do art.28º, preenchidos os requisitos ou seja:
1. Seja uma aquisição a favor de um sócio ou fundador
2. O contravalor dos bens adquiridos exceda 2% ou 10% do capital social consoante este
for igual ou superior a 50.000 euros ou inferior a esta importância no momento do con-
trato donde a aquisição resulte.
3. quando esta aquisição por parte da sociedade tenha lugar antes ou no ato de celebração
do contrato de sociedade, ou nos dois anos seguintes ao registo do contrato ou do au-
mento de capital.
4. O contrato de aquisição deve ser reduzido a escrito sob pena de nulidade
5. Sendo ineficazes as aquisições que não tenham sido aprovadas pela assembleia geral.
Art.27º
Contamos na mesma os 10.000 euros
Trata-se de uma entrada em dinheiro que deve constar do contrato da sociedade nos termos do
art.9º g).
Violação da disposição do art.20º a), condição ilícita. Ele não vai poder ser sócio desta sociedade.
Nos termos do art.25º/1 o valor da quota atribuída a um sócio no contrato de sociedade não
pode exceder o valor da sua entrada, como tal se considerando a respetiva importância em
dinheiro
De acordo com o art.26º, em regra, as entradas dos sócios devem ser realizadas até ao momento
da celebração do contrato. O nº3 do mesmo artigo, permite que os sócios possam estipular
contratualmente o diferimento das entradas em dinheiro.
Segundo o art.203º/1 CSC o pagamento das entradas diferidas tem de ser efetuado em datas
certas ou ficar dependente de factos certos e determinados. Neste caso, a entrada do sócio
ficaria dependente da necessidade da Sociedade precisar de fundos, pelo que neste caso coloca-
se a questão de este momento não ser certo e determinado, e consequentemente este
diferimento não ser permitido-nulo.
Desde que
199º b) o capital é 20.000 difere-se 19.999 euros até ao período máximo de 5 anos, e até ao
termo do primeiro exercício económico ele tem de pagar 1 euro que é o capital mínimo exigido.
53
(viii) O sócio Bartolomeu pagava € 7 500 em dinheiro (valor da quota), o que lhe
renderia juros mensais a uma taxa equivalente à Euribor. Quid juris?
Acordos parassociais
54
São contratos ou covnençoes celebrados por todos, alguns ou ate futuros sócios. Pode ser
celebrado antes mas só na qualidade de futuros, obriga-se a uma conduta não proibida por
lei(280 CC e nº1 17)
86
CASO N.º 7
Bernarda entrava com uma patente de que era titular, relativa a um novo processo
de produção e conservação de escabeche de tomate e cebola, de valor “claramente
superior a € 20.000”;
55
Depois de uns problemas com o notário, decidiram que Alberto, afinal, entrava
com um equipamento industrial de cozinha e embalagem, que comparara para o
seu restaurante, por € 15.000, e que estava por estrear, mas para manterem o
equilíbrio, decidiram que cada um dos sócios ficaria com ações no valor de €
20.000.
Trata-se de uma constituição de uma sociedade anónima, art.271º, cujo conteúdo obrigatório
do contrato vem referido no art.272ºCSC. de acordo com o art.276º/3 o valor nominal mínimo
das ações não deve ser inferior a 1 cêntimo, e segundo o nº5 o valor mínimo do capital social é
de 50.000 euro.
De acordo com o art.9º/1 g) e h) do contrato de sociedade deve constar as entradas dos sócias
e as suas respetivas quotas.
De acordo com o art.11º deve também ser indicado no contrato de sociedade o objeto da
mesma, e as atividades que cada sócio se propõe a exercer.
De acordo com o art.273/1 CSC, o número mínimo de acionistas para a constituição de uma
sociedade anónima é 5, pelo que este requisito encontra-se preenchido.
56
Em relação ao sócio A, num primeiro momento ficou estipulado que a sua entrada seria em
indústria. No entanto, de acordo com o art.277º/1 não são admitidas entradas em indústria num
contrato de constituição de uma sociedade anónima. D acordo com o art.25º/4 neste caso
deverá o sócio realizar em dinheiro a sua participação sem prejuízo da eventual dissolução da
sociedade por deliberação dos sócios. 9º/1 f) – entrada não é computada no capital social da
sociedade;
Quanto ao sócio B, este realizou uma entrada em espécie traduzida numa patente, com valor
estimado de superior a 20.000 euros. Esta entrada em espécie é permitida num contrato de
sociedade anónima, e de acordo com o art.28º/1 deverá ser objeto de um relatório do ROC que
deverá avaliar e determinar o valor da patente, que poderá não corresponder a 20.000 euros.
28º/3 e 6
14º
O sócio C também realizou uma entrada em espécie que foi avaliada em 30.000 euros, e também
esta entrada deveria ter sido submetida ao relatório do ROC de acordo com o art.28º/1 já
mencionado. A sua quota poderia ser de 20.000 mas
Quanto aos sócios D e E, estes realizaram uma entrada em dinheiro, que de acordo com o
art.25º/1 corresponderá ao valor da quota dos respetivos sócios.
2. Quais terão sido os problemas suscitados pelo notário quanto à reinvestida dos
cinco amigos?
57
Assim, se o valor da quota do sócio A não poderia ter sido estabelecido como 20.000
euros, sem antes se saber o valor atribuído pelo ROC de acordo com a sua avaliação.
O mesmo se aplica aos restantes sócios. A sua quota será o valor em dinheiro como no
caso dos sócios D e E, ou então no caso das entradas em espécie, o valor atribuído pelo
relatório do ROC, nos casos de B e C.
Assim, se o valor da quota do sócio A não poderia ter sido estabelecido como 20.000
euros, sem antes se saber o valor atribuído pelo ROC de acordo com a sua avaliação.
O mesmo se aplica aos restantes sócios. A sua quota será o valor em dinheiro como no
caso dos sócios D e E, ou então no caso das entradas em espécie, o valor atribuído pelo
relatório do ROC, nos casos de B e C.
58
Quanto ao terceiro momento, ficou estabelecido que o sócio A entraria com 10.000
euros. Esta é uma entrada em dinheiro, de acordo com os arts.9º/1 g), e segundo o
art.25º/1 corresponderá ao valor da quota do sócio no contrato de sociedade.
De acordo com o art.26º/1 em regra as entradas dos sócios devem ser realizadas até ao
momento da celebração do contrato, no entanto, o nº3 diz-nos que nos termos em que
a lei permita, os sócios podem estipular contratualmente o diferimento das entradas em
dinheiro. De acordo com o art.277º/2 as entradas em dinheiro só podem ser diferidas a
realização de 70% do valor nominal, não podendo ser diferido o prémio de emissão,
quando previsto. Ora, neste caso o sócio A apenas entraria no momento da celebração
do contrato com 1.000euros, o que corresponde a 10% do valor do montante total,
diferindo os outros 90% para um outro momento indeterminado. – condição ilícita.
Ficaria com participação de 10.000.
CA- 777º CC, obg pura e exigível em qql momento. Cumpre e fica com 10, não cumpre
fica com 1.
MC- fica …
Este diferimento não é possível, como já referi, uma vez que o sócio deveria entrar
inicialmente com no mínimo 30% do valor total.
Quanto ao diferimento da entrada em espécie do sócio C, esta não poderá ser válida,
uma vez que o art.277º/2 fala apenas em diferimento das entradas em dinheiro.
Tratando-se de uma coisa, não poderá estabelecer-se no ato constituinte o diferimento
da obrigação de entrada para lá do momento da celebração daquele ato, art.26º/1.
Quanto à CV do camião aos sócios D e E, esta aquisição onerosa por parte da Sociedade
poderá se traduzir numa entrada em espécie dissimulada, uma vez que o bem adquirido
aos próprios sócios não foi sujeito à avaliação do ROC. O regime do art.29º visa evitar
fraudes nas entradas dos sócios pelo que, sob pena de ineficácia, a aquisição de bens
por uma sociedade anónima deve ser aprovada por deliberações dos sócios, precedida
59
de verificação do valor dos bens nos termos do art.28º, e cumpridos os requisitos do
art.29º. poderia dar azo a um inquérito judicial.
CASO N.º 8
Emanuel e Marante, sócios da sociedade anónima Clave de Sol, S.A. (“CS”) — mais
conhecida como a Blue Note de Arganil —, decidiram expandir o negócio de
agenciamento e edição musical, e lançar-se no mercado de música ligeira e
ligeiroindependente do sul do país. Para o efeito, em 2010, decidiram aumentar o capital
da CS, dando assim sinais de solvência e musculatura financeira ao mercado. Cada um
detém 30% do capital social.
Prestações suplementares: sociedades por quotas 210º até ao 213º -210º: dupla base jurídica
normativa; tem de haver deliberação dos sócios; 210/2 – tem dinheiro por objeto. 210º/5 não
vencem juros – são sempre gratuitas. – prestações de quase-capital (acórdão de jurisprudência).
Montante máximo tem de constar de contrato de sociedade 210º/3 a) ou será a cláusula nula.
A restituição do capital não pode ocorrer à custa da sociedade 210º…
Se o sócio se recusar de prestar suplementar – pode ser excluído, 204º, 205º - como se fosse
obrigação de entrada não cumprida.
Prestações suplementares podem ou não existir nas sociedades anónimas: Mota Abreu e MC –
não admite nas sociedades anónimas. Todas as ações hoje em dia, têm de ser nominativas.
Desde que as ações sejam nominativas, e que tenham sido aceites pelos sócios.
Prof. Paulo Olavo Cunha entende que o 209º e o 287º devem ser lidos de forma idêntica.
60
Os estatutos devem fixar elementos essenciais da prestação. Se forem onerosas – sócio tem
contrapartida em desfavor da sociedade. Se forem gratuitas – não tem contrapartida e é
sacrifício do sócio.
Ex. prestações acessórias são prestadas de forma gratuita, a não ser que por deliberação dos
sócios se preveja outra coisa.
O sócio não pode dizer que não consentiu porque já havia possibilidade de isso acontecer no
próprio contrato.
209º/2 e 287º/2
244º/2
Reembolso – a sociedade tem de ter liquidez suficiente. Não pode ser colocada em causa a
subsistência da sociedade – 245º
Admissível ou não nas sociedades anónimas – sim – autonomia privada – P. igual tratamento
dos accionistas.
De acordo com o art.1º/2 CSC trata-se de uma sociedade anónima que de acordo com art.271º
o seu capital é dividido em ações e cada sócio limita a sua responsabilidade ao valor das ações
que prescreveu.
61
Neste caso trata-se de uma alteração do contrato de sociedade na medida em que os sócios
pretendem aumentar o capital social. Esta alteração só pode ser realizada por deliberação dos
sócios, salvo quando a lei atribua competência a algum outro órgão, de acordo com o art.85º/1,
e esta deliberação deve ser realizada por escrito, de acordo com o nº3.
Para além disso, de acordo com o art.86º/2 no caso de a alteração do contrato envolver o
aumento de prestações impostas pelo contrato aos sócios, esse aumento é ineficaz para os
sócios que não tenham consentido.
De acordo com a regra geral do art.210º que se aplica por analogia às sociedades anónimas, os
sócios podem deliberar prestações suplementares. No entanto as prestações suplementares
têm por objeto dinheiro, de acordo com o 210/2, e portanto, neste caso não se trata de uma
prestação suplementar.
Coloca-se então a questão de esta prestação ser uma prestação acessória prevista no art.287º.
estas podem traduzir-se na disponibilidade de um sócio vir a prestar determinada atividade em
benefício da sociedade ou pode resultar de contribuição em dinheiro, mediante uma
contrapartida ou sem retribuição. No caso das sociedades anónimas o 287º/3 refere que as
prestações acessórias que sejam onerosas não podem exceder o valor da prestação respetiva –
prevenção de se traduzir numa vantagem injustificada para alguns sócios.
Aqui também se coloca a questão de haver um suprimento que consiste numa espécie de
obrigação acessória, e que neste caso deveria estar previsto contratualmente de acordo com o
244º/1, ou poderia ser também efetuado voluntariamente art.244º/2 e 3 por deliberação dos
sócios, vinculando apenas aqueles que votarem favoravelmente.
62
Art.89º - 85º/2 maioria de 2/3 tratando-se de uma sociedade anónima, 386º/3
(ii) Marante foi mais esperto: entregou à sociedade os € 15 000 a que se comprometera
por ocasião do aumento, e promoveu o pagamento pela CS de uma dívida antiga, de €
15.000, resultante da venda de uma mesa de misturas em 2005.
De acordo com o nº2 o prazo de reembolso é superior a 1 ano. Resulta também da parte final
do nº4 do art.243º que é pressuposto do contrato de suprimento a qualidade de sócio, o que
permite distinguir dos contratos de empréstimos realizados entre a sociedade e terceiros.
63
contrato segundo a qual os sócios poderiam deliberar que lhes fossem exigidas
contribuições adicionais, até € 50 000, em dinheiro, que não venceriam juros. Marco e
Paulo não se recordavam desta cláusula e duvidam da sua legalidade. Recusam-se, por
isso, a pagar. Em consequência, Emanuel e Marante ameaçam expulsá-los da sociedade.
De acordo com o art.86º/2 CSC, se a alteração do contrato envolver o aumento das prestações
impostas pelo contrato aos sócios, esse aumento é ineficaz para os sócios que não tenham
consentido – esta é a regra geral.
No regime das sociedades anónimas não está prevista a possibilidade de serem exigidas
prestações suplementares, apenas a possibilidade de obrigação de prestações acessórias,
art.287º.
No entanto, tem-se entendido aplicar analogicamente o regime das sociedades por quotas
quanto às prestações suplementares, nomeadamente o art.210º, que deve ser contratualmente
acordada, sendo compatível com o princípio da autonomia privada, com exceção das regras com
caráter excecional, nomeadamente o caso da sanção de exclusão por incumprimento.
Assim sendo, caso os sócios se recusassem a pagar as prestações suplementares, e caso estas
fossem válidas, estes em hipótese alguma poderiam ser expulsos da sociedade.
Sendo uma prestação suplementar, esta deve estar prevista no contrato de sociedade que fixa
o montante das prestações, os sócios que ficam obrigados, e o critério da repartição das
prestações suplementares entre os sócios, de acordo com as alíneas do art.210º/3.
De acordo com o nº5 deste artigo, as prestações suplementares não vencem juros.
O prazo de exigibilidade das prestações depende da deliberação dos sócios, mas não pode ser
inferior a 30 dias a contar da comunicação aos sócios, art.211º/1.
64
Prestações suplementares – SQ- 210 a 213. Reforçar em dinheiro o capital da soc, forma
subordinada aos bens de crédito sem vencerem qql subordinação. “quase capital” acordao STJ
26 out 2010.
213/1 e 4 – restituição não pode ocorrer à conta da situação liquida da soc. Equiparada a capital
próprio, sendo sujeito a este regime rigoroso. Traduzem o empenho dos sócios na manuntençao
da soc adequada.
Não existe regime legal especifico, anteriormente havia posições q dizia q não e outras q diziam
q sim. É possível, desde q cumpridos os requisitos. Só não faz sentido aplicar-se as normas
excecionais, ressalvado no art 11º CC. Não pode levar à exclusão do acionista mas pode ser
responsabilizado.
Prestação acessória
Tmb podem ser prestações acessórias de facto, serviços, bens… 209 ou 297 SQ e SA.
Disponibilidade de um sócio prestar determinado bem…
Contrato de suprimento
Onersosas- soc tem sacrifício patrimonial em detrimento do sócio. Gratuitas não há sacrifício
patriomonial.
POC- nada obsta qnd ct de soc disponha q os soc podem …”prestações acessórias são onerosas,
salvo se 2/3 dos sócios acordarem q devem ser gratuitas” – possibilidade de existência de
deliberação em sentido contrário no ct de soc.
65
Nº4
Contrato de suprimento
Empréstimo ou mutuo do sóc a favor da soc, quer seja em dinheiro ou outros bens fungíveis.
Permanência: art 243º/1 e 2. Existir a favor da soc pelo menos pelo período mde 1 ano ou mais.
Prazo de reembolso superior a 1 ano. Tem q haver especial envolvimento do sócio em prol da
soc. Capitalizar de forma voluntária aquela soc. Ou então há uma deliberação em q se diz q
vamos distribuir lucros aos sócios por y, e o sócio não quer logo receber e recebe só depois 2 ou
3 anos. manteve-se a favor da soc por mais de 1 ano. OU empréstimo OU diferimento do
vencimento de créditos seus perante a soc. Os últimos a ser pagos. São créditos subordinados,
dos sócios, cedem perante créditos de 3ºs.
Não podem requerer a insolvência da soc. Quiseram capitalizar, poderá ser venire contra factum
próprio.
2º necessidade de ser um sócio a querer capitalizar a soc de modo a evitar q ela fique
subcapitalizada.
Raúl Ventura fala da questão do acionista empresário vs acionista investidor. Empresário relação
constante com a soc, enquanto o investidor só capitaliza. 10% participações qualificadas.
Entende-se q está ultrapassado hoje em dia. Prof MC: acionista q tenha menos de 10 não
poderá. Autonomia privada das partes, qql acionista mesmo q tenha 2 ou 3% pode capitalizar.
Prof MC acrescenta critério do acionista ordenado, a participação desse acionista seria
suscetível de permitir a celebração do ct de suprimento… tem de ser um acionista informado,
em não parta de nenhuma premissa de erro. autonomia privada. Ver CA.
Resposta :
66
Clausula de salvaguarda: 86/2
De acordo com o nº2 o prazo de reembolso é superior a 1 ano. Resulta também da parte final
do nº4 do art.243º que é pressuposto do contrato de suprimento a qualidade de sócio, o que
permite distinguir dos contratos de empréstimos realizados entre a sociedade e terceiros.
Neste caso o sócio exigiu a constituição de uma hipoteca sobre um imóvel por forma a garantir
o reembolso pela sociedade. No entanto, de acordo com o art.245º/6 tal não é possível sendo
nulas as garantias reais prestadas pela sociedade relativas a obrigações de reembolso de
suprimentos, uma vez que declarada a insolvência da sociedade, os créditos por suprimentos
cedem no confronto com créditos de terceiros ou de sócios enquanto terceiros.
Quanto ao reembolso de acordo com o 243º/2 e 3 deve ser estipulado um prazo superior a 1
ano, verificando-se o caráter de permanência do contrato de suprimento. o sócio não pode
exigir de imediato o reembolso.
Caso não se tenha estipulado um prazo para tal, aplica-se o disposto no art.245º/1 que remete
para o 777º/2 CC ficando essa estipulação a cargo do tribunal. Pode ilidir a presunção de
permanência, 243º/4.
67
Saber se devemos ter em conta acionista ordenado (MC) ou se acionista … em principio teriam
mais do que os 10%, teriam q recorrer aos indícios do art 243º, verifica-se o índice de
permanência do 243/3, não devem ser aplicadas as regras do suprimento. Ilidir a presunção de
permanência 243/4
Se entendêssemos q era suprimento a garantia era nula – 245/6, ou através da garantia real o
sócio quis demonstrar q não era um verdadeiro suprimento, não quis q fosse classificado como
tal, querendo ilidir qql presunção. Seria um mutuo normal e ela poderia requerer a insolvência….
Não preenche o requisito de permanência exigido, estaríamos perante uma prestação acessória,
nos termos do 287. Oneroso pq implicaria reembolso. O incumprimento da obg seguiria o
regime geral d inc.
Não está muito bem o q vem abaixo, seria uma sub-hipotese. Possibilidade de haver uma
alteração de contrato.
Implicaria uma alteração do ct de soc. Exigir-se-ia forma escrita nos termos do art 85/3. Exigindo-
se forma escrita a questão do prazo tmb teria de constar da passagem a escrito. o diretor
financeiro prometeu pagar imediatamente, passou para a forma escrita. Não passando, é nula
a deliberação, passando a obg pura, seguindo o regime geral do 777 CC. A soc entra em mora a
partir do momento em q haveria interpelação de M, relevando indemnização moratória.
(v) Em 2013, Emanuel alienou o seu crédito de € 125 000 a Romana, que não é sócia da
CS. Em 2014, esta requereu a declaração de insolvência da CS. Quid juris?
O art.245º/2 dispõe que os credores por suprimentos não podem requerer por esses créditos a
falência da sociedade. Todavia o art.21º do CIRE refere que a declaração de insolvência pode ser
pedida por qualquer interessado. Entende-se que o objetivo é não deixar que seja pedida a
insolvência por créditos por suprimentos e portanto, Romana não podia requerer a insolvência
da sociedade.
68
CASO N.º 9
A sociedade Velocidade Fatal, S.A., constituída com um capital social de 100.000 €, tem
vindo a diminuir consideravelmente as suas vendas, em virtude da difícil conjuntura do
mercado, a ponto de, em Abril de 2013, os administradores ficarem sem saber o que fazer
perante as contas do exercício, que demonstram que o capital próprio da sociedade era
pouco mais de € 30 000. Quid juris?
Estamos perante uma SA que inicialmente tinha capital social de 100 mil, e agora só tem 30 mil-
capital mínimo das SA foi respeitado.
20º/a) e b): existe uma sujeição dos sócios de quinhoar nas perdas – é obrigação dos sócios. Mas
como estamos perante uma SA(271 CSC), o que existe na esfera jurídica do acionista não é bem
uma obrigação de quinhoar nas perdas mas uma virtualidade de perder o capital que investiu
na S – só perda o capital que injetou. À data em que os administradores se aperceberam que só
havia 30 mil, na verdade já se perderam 70 mil. Estes devem ser divididos pelos sócios em
proporção à sua entrada.
É aconselhável que a S nunca fique com menos de metade do capital social + reserva legal.
Artigo 35º: de facto, uma S quando é constituída, o capital próprio da S tende a coincidir com o
capital social. Mas ao longo da vida da sociedade, o capital próprio é oscilante e torna-se
diferente do montante do capital social. Esta norma destina-se a fazer com que se tomem
medidas, caso se apercebam de que metade do capital social já não existe nos cofres da S. Lógica
de proteção dos credores sociais.
Mas a redação do artigo não é a mais feliz. Se nenhuma destas três propostas for aprovada em
AG, nada se sucede. Há uma norma que é mis programática que outra coisa.
O 35º diz-nos que, quando a S só tiver 50 mil, os gerentes devem convocar de imediato uma AG
ou os administradores devem requerer prontamente a convocação da mesma – no nosso caso
seria última opção, pq SA.
Do aviso da convocatória da AG, devem constar pelo menos, os três assuntos: eventual
dissolução da A, redução do capital social, ou realização pelos sócios de entradas para reforço
de cobertura do capital.
69
Mas, chegasse ao dia da assembleia, e nenhuma destas propostas é aprovada. Qual a
consequência? NENHUMA. S fica como estava. É algo que o legislador já deveria ter suprido.
171º/2: as SQ, SA, devem indicar o capital social, o montante de capital realizado e o montante
de capital próprio – se metade do capital social se tiver perdido há o dever de publicitar em atos
externos esta questão. Qual a consequência se não existir esta menção em ato externo?
Remetemos para o 528º/2 – coima é muito baixa – o crime compensa.
Operação armónia: há uma deliberação de redução o capital social, que cobre as perdas, que é
logo seguida do aumento de capital através de entradas em dinheiro. Solução referida por
alguma doutrina como forma de dar a volta à situação. Operação contabilística que visa cobrir
as perdas e logo a seguir aumenta o capital social em dinheiro.
Considera-se perdido metade do capital social quando o capital próprio da sociedade for igual
ou inferior a metade do capital social, 35/2.
523º - responsabilidade obrigacional se não houver convocatória. Se nenhuma destas ações foi
tomada, nada é referido no CSC. A inércia levará a que tudo se passe como antes.
Regra das perdas – 22º/1 e 2 – cabe à autonomia privada, determinar outras normas imperativas
ou permissivas. Proibição de pactos leoninos, 22º/3
994? CC
MC não concorda com entendimento do prof. A.Varela. o sócio que abdique dos lucros vai
sujeitar-se aos prejuízos. Ele estará a dispor para o futuro as vantagens que poderia obter e está
a conceder também para o futuro vantagens aos outros sócios.
70
Pactos leoninos – envolvem um misto de renúncia antecipada aos direitos e de doação do que
não se tem. Se alguém quiser dar lucros ou arcar com prejuízo tudo bem, falo-a na altura em
que ocorram e com eficácia limitada aos valores efetivos então em jogo.
Ver pag.653ºMC
O MC entende que não pode ser assim tão simples, será um negócio uno e distorcido de toda a
sua conceção. A conversão é que será aplicável, 293º.
PPV: obrigação de participar nas perdas é autêntica vinculação ou adstrição a suportar perdas.
198ºCSC, 84º - verdadeira obrigação de pagar as quantias relativamente ao passivo da
sociedade.
Nas SPQ ou SA – não há obrigação do sócio em contribuir nas perdas. Apenas o risco de perder
aquilo que investiu.
Caso 10
a. Os sócios da sociedade Livros Antigos, Lda. deliberam por unanimidade distribuir
a totalidade dos lucros do exercício pelos sócios. Quid juris?
Se nada se disser é lucros distribuíveis.
Em relação à distribuição dos lucros aos sócios, há que ter em conta especialmente o interesse
dos credores da sociedade e a confiança do público na estabilidade dos entes coletivos.
De acordo com o art.31º/1 nenhuma distribuição de bens sociais pode ser feita aos sócios sem
ter sido objeto de deliberação destes, salvo os casos de distribuição antecipada de lucros ou
outros expressamente previstos.
Para além disso, de acordo com o art.32º/1 não podem ser distribuídos aos sócios bens da
sociedade quando o capital próprio desta, incluindo o resultado líquido do exercício, seja inferior
à soma do capital social e das reservas que a lei ou o contrato não permitem distribuir aos sócios
ou se tornasse inferior a esta soma em consequência da distribuição. O nº2 do art.32º também
refere que apenas podem ser distribuídos aos sócios valores que se considerem lucros. Em
princípio haverá lucro se a situação líquida ultrapassa o capital e as reservas não distribuíveis.
O art.33º refere por outro lado os lucros que não podem ser distribuídos, nomeadamente os
lucros do exercício que sejam necessários para cobrir prejuízos transitados ou para formar ou
reconstituir reservas impostas pela lei ou pelo contrato de sociedade, e também não podem ser
71
distribuídos lucros de exercício enquanto as despesas de constituição, investigação e
desenvolvimento não estiverem amortizadas, excepto se o montante das reservas livres e dos
resultados transitados for pelo menos igual ao dessas despesas não amortizadas.
O art.33º/3 proíbe igualmente a distribuição das chamadas reservas ocultas pois sendo ocultas,
escapam ao conhecimento e ao controlo dos sócios e credores surgindo uma pura disposição do
património social, e não constando da contabilidade, as reservas ocultas põem em crise a
verdade do balanço e da prestação de contas.
Neste caso tratando-se de uma sociedade por quotas, o art.246º/1 e) refere que depende de
deliberação dos sócios os atos que visam a atribuição de lucros
Quanto às formas de deliberação, a regra geral do art.53º indica que só poderão ser tomadas
deliberações por alguma das formas admitidas por lei para cada tipo de sociedade. O art.54º/1
dispõe por sua vez que as deliberações podem ser tomadas por unanimidade por escrito em
assembleia geral. O art.247º/1, refere que para as sociedade por quotas, os sócios podem aina
tomar deliberações por voto escrito e deliberações em assembleia geral.
21º/1 a)
65º/1 – distribuição de lucros;
217º - direito aos lucros de exercício.
Lucros de exercício (reservas, prejuízos, amortizações) é diferente dos lucros distribuíveis;
217º - para ser distribuído mais de metade basta maioria simples que é 51%, 250º.
Reserva legal 218º SPQ
295º 296º SA
Sociedade que tem de lucro 100.000 a 20 parte de 100.000 é 5.000;
1º ver o capital social, se for SA a reserva de legal é 20%. A percentagem que vai se formar a
reserva legal é 5%.
SA com capital social de 200.000 euros, a reserva legal vai ser 20% do capital social – 40.000
euros; depois para se saber os lucros distribuíveis, o balança da sociedade foi 50.000 euros, 5%
de 50.000 vai ser a reserva legal, 2.500 euros. Ficava por preencher de reserva legal 37,500
euros.
Depois, a sociedade deu de lucros de exercício 500.000 euros, faz-se o mesmo. Vai somando.
296º - reserva legal
QND NÃO HÁ MAIORIA A DELIBERAÇAO… APLICA-SE 58/1/A) pq é derrogável.
217 e 294 . regra geral do 58/1/a) e 217 se não respeita é ANULAVEL. Só seria nula se não
pudesse ser derrogada, neste caso pode.
Lucros de exercício não é o mesmo do que lucros distribuíveis. Os de exercício q nos termos da
lei sejam distribuíveis.
Ex: de exercício são 10. Distribuíveis só 7, têm que ser transmitidos metade.
Art 21/1 demonstra o estado de sócio. Direito de aquinhoar- direito abstrato patrimonial MC
Art 33º-
297 ou 294
72
Reserva legal – tem q ser constituído. SQ 218, SA 295 ou 296. Almofada financeira da soc q o
legislador impõe, tem sempre de ser constituída.
Forma-se com os lucros da sociedade. Sendo certo q o art 218 só diz q é obrigatória, o mínimo
é de 2500 e aplica-se as regras do 295 e 296.
SA
Capital social – 100 000. 20% do capital social é 20 000.
Lucros de exercício: 50 000. 5% dos lucros – 2500.
Fica por preencher da reserva legal 17500.
MC- à medida q vai sendo formado ate que represente os 20%. Do lucro de exercício de 50 000
vamos retirar 2500 para a reserva legal, já ficam a faltar 47 500. Existem despesas de
armotizaçao de 15 000, fica em 32 500. Os lucros distribuíveis são 32 500. Mínimo é metade,
logo 16 250. Ate 32 500 basta q haja maioria simples.
Reserva legal tem que ser 5%
Direito a quinhoar os lucros atribuídos a todos os sócios pelo 25º, nº1 alínea a)
Ter em atenção as restrições do 33º
SPQ artigo 218º que remete para 295º e 296º, vai sendo formado a reserva legal ao longo dos
anos.
Os lucros são então distribuiveis, sendo qe pelo menos metade deste tem que ser distribuído
aos sócios salvo deliberação em contrario. Mesmo por unanimidade não podem distribuir a
totalidade dos sócios (56º, nº1 alínea d)
Dos lucros distribuíveis, metade te que ser obrigatoriamente distribuído aos sócios (217º).
Podendo ser menos se houver clausula contratual ou deliberação por maioria de três quartos.
Caso seja para se atribuir mais aos sócios, basta maioria simples.
Sa distribuição de lucros
SPQ distribuição de dividendos
73
Para se distribuir lucros tem sempre que haver deliberação (31º, nº1)
Reserva legal (218º, 295º e 296º) é uma almofada financeira da sociedade que o legislador
impõem.
Lda. (SPQ)- [218º] foi criada em 1 de maio de 2018 com um capital social de 300.000€. Tendo
tipo um lucro de exercícios de 100.000€, como é o primeiro ano da sociedade, ainda não tinha
havido reserva legal. 5% dos lucros é 5.000€. Mas como o artigo 218º apenas refere que têm
que ser 2500€, esses 2500€ vão para a reserva lega e os restantes 2500€ em reserva livre
SA: capital social é de 100.000€ e o lucro de exercício é de 50.000€. A reserva legal desta
sociedade tem que ser 20% do capital social (a 5º parte), conforme ao artigo 295º. A reserva
legal desta SA tem que ser de 20.000€. Tendo em conta que o lucro de exercício era apenas de
50.000€ apenas 2500€ seriam afetos à reserva legal, ficando em falta 17.500€ que seriam
preenchidos nos anos seguintes.
RESERVA LEGAL – TUTORIA.
Trilogia de interesses.
Reserva legal é um regime de tutela à própria sociedade.
296º casos em q a reserva legal pode ser utilizada:
296º- lucros de exercício. 65/4.
Prejuízos transitados: reserva é nula à partida.
Qual a reserva? Tamanho 20%. Ritmo de velocidade: do próprio
Esta deliberação por parte dos sócios não é possível, tendo em conta que para determinar
que todos os lucros seriam afetos ao investimento, seria necessário uma maioria de três
quartos (maioria qualificada- 75%) dos votantes (217º, nº1) e ainda teria que ser determi-
nado de entre os lucros de exercício, que no mínimo 2500€ teriam que ser atribuídos à
reserva legal da sociedade.
Teria no entanto que se acautelar uma reserva legal se ela ainda não tivesse sido distribu-
ída ou se já tivesse sido gasta.
Em principio não haverá clausula estatutária que considere em sentido inverso.
O artigo 33º, nº1 restringe a possibilidade de restringir a totalidade dos lucros pelos só-
cios, sem que se retire o valor necessário para cobrir prejuízos transitados ou para formar
ou reconstituir reservas impostas pela lei ou pelo contrato de sociedade.
74
Os sócios que ficassem privados dos lucros, teriam sempre reagir, não podendo ficar con-
solidado um possível pacto leonino.
Ao vicio cabe a a anulabilidade, por força do artigo 58º, nº1 a).
A distribuição antecipada dos lucros tem que ser tratada com alguma precaução:
a. Não pode surgir por propostas dos accionistas, diretamente beneficiados
b. Exige um balanço muito cuidado
c. Implica confluência entre todos os orgãos
d. Só pode ser adoptada com parcimónia: uma vez por ano, no segundo semestre e até metade
do disponível
e. Quando resulte de alteração do contrato, só pode operar no ano seguinte.
Se fossem atribuídos os bens não sendo devidos, segundo o artigo 34º, teria que haver uma restituição
dos bens indevidamente recebidos por parte dos sócios.
d. A cláusula 6.ª do contrato de sociedade, determina que César não participa nas
perdas da sociedade. Quid juris?
Cláusula nula 22º/3. Os sócios de indústria não são admitidos – pacto leonino
Proibição de bens futuros
Renúncia – abuso de direito; pode ser deliberado mas não sempre ??
75
O artigo 22º, nº3 refere que é nula a cláusula que isente um sócio de participar nas perdas da sociedade.
Isto é um Pacto Leonino (artigo 994º CCivil). - VER APONTAMENTOS
MC- aplica-se o regime da conversão (293ºCCivil), em que a cláusula seria convertida numa de con-
teúdo diferente. Considera que é um negócio destorcido A solução tem que partir da unidade do insti-
tuto. 809º (renuncia antecipada a direitos) e doação de bens futuros (9…º). Esta proibição deve ser
valorada de forma material, devendo haver proibição quando dissimuladamente existir tal tipo de cláu-
sula
Paulo Olavo Cunha- refere que esta norma é imperativa.
Enquanto que a restante doutrina equaciona a redução, sociedade vigoraria sem a parte viciada
(292ºCC)
Quinhoar nas perdas é sujeitar-se a perder aquilo que investiu, isto por se tratar de uma sociedade com
responsabilidade limitada.
CASO N.º 11
Na cláusula 10.ª do contrato da sociedade Expo-Lisboa, Lda., constituída em 2005,
com uma duração de 10 anos e capital social de € 100 000., foi estabelecido que
“todos os resultados obtidos pela sociedade serão levados a reservas, durante a
duração da sociedade”. A cláusula é válida?
Art.217º
Existia cláusula contratual em sentido diferente;
Podem estipular regime de obtenção de lucros diferente do regime supletivo; sociedade criada por
tempo indeterminado – 15º;
Limitação excessiva do próprio direito aos lucros – pacto leonino;
No entanto o prazo é relativamente curto e não há renúncia, apenas atraso destes lucros.
Se ao fim de 10 anos os sócios quiserem prorrogar o contrato aí sim, temos de acautelar os
interesses. Se houver sócios que votem contra temos de redistribuir ??? cada cláusula tem de ser
interpretada em concreto.
O artigo 295º, nº1 CSC, estabelece que se podem fixar montantes superiores à reserva legal (mais de
1/5, ou 20%). Contudo tem que se ter em atenção que só se pode deixar de ser distribuído aos sócios
metade dos lucros de exercício se tal for deliberado segundo uma maioria de três quartos, conforme
ao artigo 217º, nº1.
217º estabelece regime supletivo de distribuição dos lucros. Sócios podem estipular regime sobre a
distribuição dos lucros (ao fim de 10 anos). Afastar-se o regime do 217º com base num clausula
estatutária pode constituir um pacto leonino, mas aqui não, pois só há um adiantamento da distribuição
dos lucros.
Poderia uma cláusula deste tipo ser introduzida nos estatutos através de alteração ao
contrato?
Regras para todos os sócios. Ao inserir esta cláusula, pode vir a pôr em causa os seus interesses e
motivações. A unanimidade é solução muito conservadora;
De acordo com a autonomia privada e com o que está previsto na lei, a deliberação dos lucros,
art.85º pode vir a ser aplicada. 86º/2 – maioria qualificada, e poderia haver esta cláusula.
76
O artigo 85º, nº1 permite a alteração do contrato de sociedade, desde que se verifique o estipulado no
artigo 265º para maioria de 3/4 para alteração do contrato de sociedade. A alteração seria admissível
na medida em que fosse respeitada esta maioria. Mas os sócios que não consentirem têm direito aos
seus lucros. Introduzir-se uma cláusula deste género pode levar a que algum dos sócios não possam
subsistir na sociedade.
A doutrina mais conservadora insiste na aplicação do artigo 86º, nº1, segundo o qual tal alteração só
seria introduzida mediante unanimidade dos sócios.
Considerando que, em relação ao exercício de 2011, foram apurados € 50 000 de
resultados positivos mas que transitaram do exercício anterior resultados negativos
de € 30 000, haveria lucros a distribuir em 2012, caso todos os sócios concordassem
em alterar a cláusula 10.ª?
SPQ – capital social é de 100.000 euros; entre 2010 e 2012
Houve resultados positivos de 50.000 euros, e entre 2010 e 2011 houve resultados negativos de
30.000 euros.
50-30: 20.000 de lucros de exercício;
Aqui pressupõe-se que em 2011 já se retirou valor existente da reserva legal e ainda se verificaram
prejuízos de 30 000., 296º - utilização da reserva legal;
Art.218º, 295º e 296º - 5% dos 20.000 euros ou seja 1.000euros, o mínimo seria 2.500 euros;
admite-se que dos 20.000 podemos retirar os 2.500 ficando por distribuir os 17.500, ou então,
tiramos os 1000 aos 20.000 e temos por distribuir os 19.000 euros;
Os 17.500 ou 19.000 euros era o lucros distribuível; sendo SPQ 217º: pelo menos metade dos
lucros seria distribuível, ou 8750 ou 9.500 tinha de ser distribuído aos sócios; se eles quisessem
distribuir menos do que isto maioria de ¾ 217º/1; se quisessem distribuir mais do que isto seria
apenas necessária maioria simples, 250/3º.
33º/1
. Aos 50.000€ (lucros de exercício daquele ano) retiram-se os 30.000€ referentes aos prejuízos
transitados. Mas a reserva legal é feita sobre o lucro de exercício dos 50.000€ e não sobre os 20.000€.
Sendo que 5% dos 50.000€ são 2500€, a reserva legal ficaria novamente constituída. Artigo 33º, nº2
e 218º. Os lucros distribuíveis são 17.500€ (=50.000€-30.000€-2.500€), sendo que 8.750€ são
distribuídos aos sócios, se não houvesse uma maioria de 3/4 a dispor um valor inferior.
A resposta seria a mesma se, durante o ano de 2012, a gerência verificasse que
maquinaria essencial para o projeto, avaliada em € 500 000, se perdera
definitivamente num acidente, e que este dano não estava coberto por qualquer
seguro?
Despesa acrescida – máquina no valor de 500.000 euros; art.31º/2 – deliberação feita pelos
sócios; 72º, 64º - responsabilidade dos órgãos; art.32º/1 tutela credores e não podem se
distribuídos aos sócios bens da sociedade nestes termos;
102.500 euros;
Mudança significativa no património da sociedade;
31º/2 a) – adstringe a gerência a não executar deliberação dos sócios, dando prioridade ao
interesse da sociedade, sobre o interesse dos sócios.
Existe uma despesa acrescida no valor de 500.000€
31º, nº2 alínea a)
77
CASO N.º 13
Em fevereiro de 2012, o acionista da sociedade TelePortugal, S.A., Ribeiro, titular
de ações correspondentes a 3% do capital, requereu informações sobre as contas
dos últimos 5 exercícios, com vista ao melhor conhecimento da situação financeira
da sociedade.
Ribeiro, durante a assembleia geral anual de março de 2012, voltou à carga,
e solicitou ao presidente da mesa que fossem prestadas informações a todos os
acionistas sobre os ordenados escandalosos dos administradores. Esta informação
não lhe foi prestada.
Ribeiro, furioso, pediu de novo a palavra e exigiu que lhe fossem explicados, como
se de um bebé se tratasse, os detalhes técnicos do novo sistema 4G, que segundo
a administração “iria revolucionar o mercado dos telemóveis”.
O acionista Constantino esfregou as mãos com aquele alarido: também é acionista
e administrador da OT, S.A., que também opera na área das telecomunicações, e
dá-lhe jeito conhecer os avanços técnicos da TelePortugal. Quid juris?
Art.988ºCC
Art.35º/1 e 65º, 66º, 91º/2, 94º - deveres de informação específicos.
156º, 155º, 157º
214º a 216º;
573ºCC
Informação permanente – prestada a todo momento a pedido do sócio, 288º, 291º (exercício
coletivo)
Informação prévia – ocorre antes da assembleia geral, 289º;
Informação na própria assembleia geral – 290º
Distinção MC: informação pública – aquela que é disponibilizada a todos os interessados, sócios
ou não; reservada – assiste aos sócios 21º/1 c); qualificada – assiste aos sócios que detenham
participações qualificadas 291º; secreta – sujeição ao próprio sigilo profissional, cuja divulgação
acaba por prejudicar a sociedade; devem ser recusadas informações ilícitas ou prestações falsas,
518º, 519º.
Assim sendo em relação ao acionista Ribeiro que detém 3% do capital social, num
primeiro momento solicitou informações sobre as contas da sociedade. De acordo com
o art.288º/1 a) o requisito do capital mínimo está preenchido, no entanto, o sócio
deverá alegar motivo justificado para a consulta das contas. Acrescenta-se ainda que,
verificados os requisitos, o acionista tem direito a analisar o relatório das contas da
sociedade que poderá fazer-se acompanhar de um perito ou ROC, de acordo com o nº
78
3 do art.288º, relatório esse que deverá ser deliberado pela assembleia geral de
acordo com o art.576º/1. 288º é taxativo
Pode consultar os relatorios de gestão. 3 ultimos anos.
Salários: poderia consultar nos termos do 288/1/c). dever de saber se deve ser repetida
em sede de AG? MC: um acionista ordenado tem q fazer os seus trabalhos de casa, não
pode estar à espera da AG para pedir tudo. os Administradores não devem ser
consultores. Diz que o acionista poderia ter consultado as informações em sede prévia,
sob pena do andamento da AG ser mais lento. Poderia ter consultado antes nos termos
do 288º.
Num segundo momento, o acionista Ribeiro solicitou na assembleia geral informações
sobre os ordenados dos administradores. Estas informações devem ser prestadas
mediante pedido do acionista, de acordo com o art.288º/1 d). estas informações devem
ser verdadeiras, completas e elucidativas conforme o disposto no art.290º/1, e só
poderão ser recusadas se a sua prestação for proibida ou por implicar uma violação de
segredo ou se puder ocasionar grave prejuízo à sociedade, ou ainda se o pedido for
abusivo e utilizado para fins estranhos à sociedade, art.291º/4. Não sendo esse o caso,
a recusa da informação vai viciar a deliberação da assembleia que foi mal formada, e
por isso as deliberações que tenham sido precedidas de recusa injustificada de
informação serão anuláveis, de acordo com os arts.290º/3, e 58º/1 c). 291/5 ficçao de
recusa.
O acionista poderá ainda recorrer ao inquérito judicial para garantir o efetivo direito à
informação, 292º. Este inquérito judicial poderá eventualmente levar à destituição dos
gestores responsáveis pela prestação das informações 292º/2 a). 518º
Quanto ao pedido de prestação de informações relativamente ao funcionamento do sistema 4G,
este não se enquadra nas alíneas do nº1 do art.288º, pelo que a recusa deste tipo de informação
não leva a nenhum tipo de responsabilidade por parte da sociedade. Acrescenta-se ainda o facto
de estas informações pedidas pelo acionista Ribeiro e pelo acionista Constantino poderem ser
confidenciais para o bom desenvolvimento da sociedade, e secretas uma vez que não convém
que sejam conhecidas pela concorrência 291º/6; 290º/2, 291º/4.
Nas SPQ – 214º não há percentagem mínima; sociedades de capitais, quanto ao conteúdo das
informações têm âmbito mais vasto; recusa injustificada nas assembleias ou preparatórias –
anulabilidade, 216º - inquérito judicial, remissão para o 292º.
988/1 CC- todos os sócios têm injutivamente o dto de obter as informações,… retiramos logo
daqui 3 desses dtos dos sócios.
Art 21/1/c) – Todo o sócio tem dto a obter informações sobre a vida da soc nos termos da lei e
do contrato, densificado em alguns lugares específicos: 36, 91/2, 94,98 a 101,119,120 e 131 e
132. Deveres do 146/2, 152/1, 155, 157, direta ou indiretamente aos liquidatários da soc.
Deveres de inf concretos relativamente às soc em nome coletivo, SA, SQ: 131, sq- 214 a 216, SA
288 a 293.
79
Existem normas restritas especiais no CSC e no CVM relativamente ao direito à informação: 227
CC.
SA: distinguir
Informação prévia- antes da realização da AG- preludio para uma deliberação esclarecida- 289
Informação em AG- efetivada em plena AG como modo de instruir o debate. Art 290º
- Informação reservada- assiste apenas aos sócios nos termos da lei ou do contrato – 21/1/c).
limitação do acesso.
SA: 288, acionistas q detenham pelo menos 1%. 291 exige-se por escrito, requer-se uma
participação qualificada dos 10%. Por outro lado, formas das informações prestadas.
SQ- 214, não há limite percentual. Requisito para denotar q a SQ é uma soc de capitais por índole
mais pessoais, não havendo qql requisito mínimo. 214 diz q os gerentes devem prestar qql
informação verdadeira, facultar na sede social a escritura. Quanto a limite é menor. Recusa:
216º inquérito judicial, que remete para a forma
80
CASO N.º 14
a. Os cinco sócios da sociedade A, Lda. reúnem-se ocasionalmente na sede da sociedade
e decidem deliberar sobre determinado assunto. O sócio B, que votou vencido por não
querer deliberar sobre o tema, invoca agora a nulidade da deliberação.
b. Numa outra altura, em que o gerente da sociedade B, Lda. não conseguia reunir todos
os sócios, decidiu-se deliberar por escrito, tendo sido enviadas cartas com a proposta de
deliberação a todos os sócios menos a C, que por esse motivo não votou. C veio, no entanto,
a manifestar, por escrito, o seu acordo quanto à deliberação.
53º p da tipicidade
De acordo com o art.56º/1 b) as deliberações dos sócios tomadas mediante voto escrito sem
que todos os sócios com direito de voto tenham sido convidados a exercer esse direito, que seria
o caso, serão nulas. 247/1 – exclusiva ÀS SQ.
1ª fase: assentimento de tds os sócios à dispensa
2º momento: conhecer o sentido da deliberação, dirigem uma proposta concreta. 247/4.
No entanto, o nº3 do mesmo artigo exceciona estes casos indicando que a deliberação não será
nula caso o sócio ausente ou não representado tenha dado posteriormente e por escrito o seu
consentimento quanto à deliberação – há sanação da nulidade.
Não se aplica às sociedades anónimas – voto escrito
247º/3 e 4
81
c. O gerente da sociedade C, Lda. convocou, através de carta registada com aviso de
receção, todos os sócios, esquecendo-se, porém, de D. O sócio E pede a declaração da
nulidade da deliberação.
Trata-se de um problema de não convocação de um sócio, e que de acordo com o art.56º/1 a)
as deliberações serão nulas, uma vez que se trata de um vício de procedimento de assembleia
não convocada. Tal como é referido no art.56º/2, haverá nulidade das deliberações caso
ocorram vícios de procedimento.
A forma de convocação vem referida no art.248/3, e de acordo com o nº3 poderá ser efetuada
por envio de carta registada.
Raul Ventura MC- nulidade.
57º se fosse nulidade, órgão de fiscalização. Se não existir órgão de fiscalização qql gerente.
Quanto à legitimidade do pedido de anulação da deliberação, esta pertence ao órgão de
fiscalização ou pelo sócio que não tenha votado na deliberação, art.59º/1, pelo que o sócio E
não poderia pedir a anulação da deliberação.
O prazo para propor a ação de anulação é de 30 dias contados a partir da data de encerramento
da assembleia geral, neste caso, de acordo com o art.59º/2 a).) – isto é para a anulabilidade
62º deliberação renovável- efeitos retroativos. Inv mista do 56. Só pq é um vicio de forma,
procedimental.
d. O gerente da sociedade D, Lda. convocou todos os sócios «com vista a deliberar sobre
assuntos do interesse da sociedade». Após a deliberação, o sócio E, que não esteve
presente, pede a anulação da deliberação.
248º/1 – manda aplicar o 373º ss. Neste caso 377º/8 – assunto deve estar claro; faltam
elementos mínimos de informação, art.58º/1 c), 58º/4 a)-;
Falta de convocatória
62º - poderia ser renovada a deliberação nos termos do 62º/2 para sanar a anulabilidade,
porque é vício procedimental.
O sócio que pede a anulação da deliberação – 59º/1; podia requerer a ação de declaração de
anulabilidade, respeitando o prazo;
Aplicável o vicio da nulidade nos termos do 56/1/a) – não sequer ordem do dia. Pode entender-
se que falta a própria convocatória pq não se sabe sobre o que se vai falar. Referir assuntos de
interesse da sociedade.
82
f. G, H e I, cada um com 2% do capital social da sociedade F, S.A. entendem que é
urgente os sócios reunirem-se e deliberarem em assembleia geral sobre determinado
assunto. Que podem fazer?
375/2 os acionistas têm poder de requerer a convocação, não são ele que convocam; direito de
agrupamento, 379º/5.
Mínimo para evitar congestionamentos.
Presidente da mesa tem prazo de 15 dias para convocar ou recusar;
Se fosse SQ- 248º - tudo o que se refira a percentagens mínimas nas SA não existe nas SQ.
g. J, sócio da sociedade G, Lda., não pode estar presente na assembleia geral, por se
encontrar fora do país, pretendendo nomear o advogado como seu representante.
De acordo com o art.54º/3 é permitida a representação do sócio, no entanto, o representante
só pode votar em deliberações tomadas nos termos do nº1, ou seja, por escrito ou reunião em
assembleia geral sem observância de formalidades prévias, se estiver expressamente
autorizado.
Esta ideia também se pode retirar do art.56º/1 que dispõe que a deliberação não será nula se
todos os sócios estiverem presentes ou representados.
Não há problema no 249/1 – escrito.
249º/5 -problema de representação voluntária; MC não faz sentido prejudicar as pessoas que
não podem estar presentes; problema de constitucionalidade. Norma do estatuto OA- Adv não
pode ser impedido de representar o seu cliente, esta nome é especial.
Problema seria suprido se existisse cláusula estatutária.
380º - SA refere que não há problema- aplicação analógica.
83
dizendo que o seu voto foi indiferente para a aprovação. A sociedade tem 5 sócios, cada
um com 20% do capital social.
Teste ou prova de resistência – interesse social é um interesse predominante, permite que se
prejudique… não há direito de …
Questoes de 58: a menos q se prove que teriam de ser tomadas a menos que se prove q seria
aprovado sem estes votos.
254º e 251 – impedimento de voto, não podia votar pq tinha interesse conflituantes, 241º/5
248/5 não pode condicionar a vontade de outros sócios, nem pode ele próprio votar. Regra
anulabilidade 58/1/a) ou 58/1/b). TRP diz q é o b) aplicável nas votações abusivas, vicio
procedimental, anulabilidade. P da resistência. Voto abusivo é nulo.
TEMOS DE FAZER TESTE DE RESISTENCIA. Retirar o voto, se a deliberação se mantiver aprovada
não havia anulação.
Não era essencial à maioria deliberativa.
1ª votação:
5 sócios: cada um com 20%.
Houve 3 que votaram sim:;
Houve 1 voto abusivo;
1 abstençao;
Teria sido aprovado por 80%
Abstenção não conta: 250/3. Não se considerando para a maioria dos votos.
Teste de resistência:
DIVIDE-SE POR 4!!!! Os 20% dele são distribuídos pelos demais, passam a 25%. Aprovada por
75%.
DARIA RAZAO AO M.
Este socio/gerente só poderia ver satisfeito aquele dto com prejuízo para a soc. M sit de conflito
de interesses, proíbe de votar. 251/1/e) remte para o 254/1 ONDE se trata autorização dos …
não podia votar.
Quando vota não pensa na soc.
251/1 a), pode estar presente não pode é votar; 251º/1 e) – autorização dos gerentes para
exercerem posições concorrentes. Remete para o 254/1
O voto é abusivo porque ele quer adquirir benefícios próprios para si. Temos de retirar o voto e
ver se a deliberação se mantém ou não.
Sendo voto nulo, 20% x 5 :
Na primeira votação, foi aprovada por maioria de 80%;
Segunda votação sem considerar voto abusivo, a percentagem daquele que não conta divide-se
pelos restantes, havendo 25% de sim x 3 mais 25% de abstenção – temos aprovada por 75% dos
84
votos. – esta é a prova de resistência; o voto não era essencial e seria sempre válida, e M poderia
exercer a atividade concorrente.
Se a deliberação fosse efetivamente abusiva, só o socio que se absteve é que poderia vir alegar
- prazo de 30 dias sob pena de caducidade, força do p de estabilidade das decisões- 59.
Divergência quanto ao 56º/1 qual é o conteúdo que não está sujeito a deliberação.
Vício residual – a consequência desta deliberação seria anulável MC – justificado interesse
próprio para estar dentro da capacidade, e aplica-se a anulabilidade e não se justifica regime
mais gravoso. Doutrina clássica fala da teoria da competência (Raul Ventura)– e o vício seria a
nulidade. Os q não estão por natureza diz q é incompetência, cairia na alínea c). Pinto Furtado
tmb diverge, diz que é impossibilidade.
MC reconduz ao art 58º. MC diz q é incapacidade.
Declaração: credor 286 CC, conselho de fiscalização devia dar a conhecer aos sócios.
85
Caso de venire contra factum proprium: 59º; o sócio em princípio pode pedir declaração de
nulidade.
Prazo para a nulidade é prazo geral do 286ºCC e portanto a nulidade poderia ser invocada a todo
o tempo; quando são propostas contra à sociedade tem de ser informada aos sócios 57º/1.
Int de Ricardo Costa: hipótese de se deverá ou equacionar aplicação do 44º para não deixar soc
indefinida.
n. A sociedade O, Lda. delibera vender um imóvel por metade do seu valor real. Um
credor contesta a validade da deliberação.
56º/1 c) (STJ) ou d)
Deliberação com prejuízo do interesse da sociedade; violação da intangibilidade do capital
social;
Poderá haver violação dos bons costumes
286º cc
86
1. previstos no contrato de sociedade – este estava previsto; MC- direito criado intuito
personae, necessidade de atribuir este dto a determinada pessoa (SQ) ou categoria de
açoes se for SA. Necessidade de atribuição.
Dt especial
Art 24º e 55º - deliberação seria ineficaz relativamente ao socio (equivaleria a retirar dt ao socio)
Art 24º/3
Art 55º
Aplicando o art 388º/2 (ex vi 248º), as atas devem ser assinadas por quem nelas tenha servido
como presidente e secretário. SQ Todas têm de assinar.
Falta da ata é falta probatória, não se consegue demonstrar o q foi ou não acordado
Há problema de prova, se não há ata não se pode provar o que foi deliberado.
87
CASO N.º 15
1. A sociedade por quotas “Fogo na Peça, Lda.” (“FP”) foi formada por cinco sócios,
tendo cada um deles subscrito uma quota de € 5.000. 25 000 capital social.
a) 229º/5
Transmissão de quotas tem
c. O contrato de sociedade nada dispõe sobre a transmissão de quotas. Bento, que é sócio
e gerente, decide adquirir a quota de Aníbal, para viabilizar a recusa do consentimento
da sociedade, e evitar que a quota seja adquirida por estranhos.
parte social a Helena. O consentimento da maioria dos demais sócios foi obtido, já
que os estatutos autorizam a transmissão por voto maioritário. Alberto quer agora
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participar na assembleia geral da BCC, mas o presidente da mesa recusa-se a reconhecê-
lo como sócio. Perante esta recusa, Alberto pondera invocar a invalidade
182º /1 (parte de um socio) – expresso consentimento dos restantes sócios de forma unanime. E
deve ser reduzida a escrita. Evidencia do caracter pessoal das SNC.
Raul ventura: sim, norma é imperativa. Transmissão só pode ocorrer com consentimento de todos
os sócios – art 182º/4 pq se torna ineficaz.
art 299º
Ações tituladas: têm um título (algo q está materializado). Papel diz que a açao vale X.
Ações escriturais: não tem título, ex: ações em bolsas de mercados. As negociadas em bolsa, não
é algo que seja paupavel.
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capital social: 500 mil euros
Art 326º e ss
Art 329º/1
Alterações CSC:
Ação social – 75 CSC. O órgão social competente para decidir seria a AG, 151. Propositura
contra o administrador em causa. Se a AG deliberasse o efeito jurídico que decorre:
efeito jurídico é constituição, extinção ou modificação de uma situação jurídica. A soc
fica vinculada a propor, quem representa é o gerente. Constitui-se na esfera jurídica dos
administradores uma obrigação de … alguém em nome da soc representará a soc em
juizo.
A queria promover a açao para obter uma indemizaçao para obter uma idnemnizaçao.
2 açoes:
Ilicito-
Culpa-
Nexo de causaldiade-
Dano-
2- indeminzaçao do sócio
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Tem algum contrato com o soc? Relaçao obg contratual com o socio? Relacionamento
geral prórpio do quadro delitual. Não violar dtos subj, normas dirigidas à proteçao do
sócio, tudo nos termos do 483.
Queria ser diretamente indemnizado. 79 não é aplicavel pq não causa danos diretos.
79 serve para: dano diretamente causal. Os adm atuam enquanto orgao de soc nos
exercicios de funçoes, são atos juridicamente da soc, pq são diretamente imputaveis à
soc. Se são atos da soc entao as suas conseuqneicas projetam-se na esfera juridica da
soc. Não ver o ato imputado em si. Se tivermos um ato q implica não uma violaçao
funcional, se dissermos q está diretamente a causar um prejuizo, podemos dizer q é
diretamente responsabilizado.
78º credor em principio não pode responsabilizar um gerente. Representa a soc, qnd se
relaciona como credor, qnd constitui uma duvida é da soc. Por isso não atinge o
patrimonio do gerente, apenas o da soc. Se o credor quiser reclamar só pode ser na soc,
o credor só tem relaçoes juridcas com a soc, reprensetada pelo gerente no caso
concreto. Pode responsabilizar apenas nos termos do art 78º, violado uma norma de
proteçao. Reduzido o patrimonio da soc, colocando em causa a garantia da soc pelos
créditos do credor.
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as normas de proteção a 2 pilares: 1º normas dirigidas à realização do capital social e 2º
intangibilidade do capital social. São as destinadas a tutelar/proteger os credores.
Resp por danos indiretos pq aquilo q foi primeiro afetado foi o património da soc, o
credor só indiretamente pq viu o pat da soc reduzido e por isso deixou de ser apto à
realização do seu crédito.
Neste caso a conduta do gerente não afeta diretamente o pat do credor, POR ISSO, NÃO
SE APLICA O 79º.
Casos em que se fundamenta resp obg, e não só delitual. Ex: culpa in contrahendo de 3ºs. mas
o professor MC defende resp delitual.
Indemnizar a soc?
Resp obrigacional, q assenta na violaçao de deveres específicos, que podem ter base legal ou
contratual.
64º adm de forma diligente. Conceito de gestor criterioso e ordenado- mais diligente do q o
bonés pater família.
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Esta bitola dá-nos um modo de conduta. Não resulta do 64 a obg de administração. Resulta das
normas de competência. SQ- 259; SA- 405 SA.
Art 64/1/a) modo de conduta diz-se em obg DILIGENCIA NORMATIVA. Grau de esforço q o
sistema exige ao dev para a realização da prestação.
Se o critério é relevante para efeitos de ilicitude pede relevância para efeitos de culpa.
Ex: gerente obrigado a pagar IVA até dia 15/5. Praticou ato ilícito pq havia dever especifico por
força da lei, mas filho no hospital. Não foi com culpa, pq não era exigido a um gestor criterioso
e ordenado naquelas circunstancias que o fizesse. Não censurável a conduta.
Não responderia.
A priori indeterminada, mas determinada no caso concreto pela bitola do gestor… ilicitude: este
é o dever especifico do adm perante as circunstancias do caso.
2º informar-se:
5º votar
6º se sair vencido, podem ou não as circunstancias do caso q faça um voto de vencido na ata?
Tmb podem existir q vá diretamente junto dos sócios e alertar os sócios.
Ou ex: C diz q pagou mas não pagou pq não há mt dinheiro. Tem que ser o conselho de
administração. Convocar o conselho de adm, é o coletivo q pode agir. Ir à reunião, informar-se,
a comp de pagamento
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O art 72 apresenta regra geral pelo inc…
72/5 absurdo.
3. E David?
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pretendem levar a questão aos tribunais, retirando todas as consequências,
incluindo a responsabilização de António e Bernardo pelos prejuízos sofridos.
António e Bernardo, quando se apercebem da intenção daqueles, escrevem-lhes
uma carta onde explicam que atuaram no contexto da sua discricionariedade
empresarial, por entenderem que esta era a solução que melhor servia os
interesses da sociedade. Não podem, portanto, ser responsabilizados.
Entretanto, os investidores não compreendem o silêncio de Filipe: nunca disse
nada sobre o que se passava, os seus relatórios anuais como fiscal único nunca
referiram a “comissão de gestão” e as certificações legais de contas eram omissas
quanto à “obscuridade” das contas...
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