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3- Estamos perante uma atividade transitória, no entanto está em causa uma
exploração e como tal é possível constituir uma sociedade comercial. Se
ficássemos à espera do comprador em o explorar aí sim não havia sociedade.
4- Temos uma sociedade civil, mas não é uma sociedade comercial porque está
em causa uma profissão liberal. Está em causa um pacto leonino e como tal a
cláusula de isenção de um dos sócios nas perdas é nula.
5- Está em causa atos de mera fruição e um ato isolado e como tal não há
sociedade.
6- Dentro das pessoas coletivas podemos ter: com fins lucrativos (sociedades) e
sem fins lucrativos (associações e fundações. As associações são um conjunto
de pessoas que se juntam para uma certa atividade. A fundação é sobretudo
um elemento patrimonial.) Aqui no caso não temos uma sociedade, mas sim
uma associação.
7- Não é uma sociedade, mas sim um contrato de consórcio decreto- lei 231/81.
As sociedades aqui presentes juntam-se para praticar uma atividade. Elas não
se fundem e como tal não surge nenhuma entidade nova e por isso é que
temos um contrato de consórcio.
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- responsabilidade sociedade
externa (artigo
197º nº2 CSC):
não é uma
responsabilidade
dos sócios, é uma
responsabilidade
da sociedade, ou
seja, os sócios
não respondem
pelas dívidas da
sociedade, é
apenas e só o
capital da
sociedade que
responde pelas
dívidas da
sociedade.
Podem os sócios
responder
subsidiariamente
pelas dívidas da
sociedade, se tal
estiver previsto no
contrato.
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estipulação em sociedade combina-se estes
contrário dois órgãos
- Órgão de
-Órgão de fiscalização: artigo
fiscalização: não 262º CSC
existe, os gerentes
Nº1:
são também os
facultativo: não é
sócios e por isso
obrigatória se não
existe uma relação
existir um
de confiança não
determinado nº de
havendo este órgão
negócios
Nº2:
obrigatório: a
partir de
determinado nº de
negócio deve a
sociedade
designar um órgão
de fiscalização,
ROC (revisão
oficial de contas)
Transmissão das - Por morte: artigo - Por morte: artigo - Por morte:
participações 184º, se um sócio 225º, na falta de aplica-se as regas
sociais morre os sócios estipulação em do Código Civil,
podem amortizar a contrário a cota relativas á
quota e esse sócio transmite-se aos sucessão
sai. O ctt social sucessores.
- Entre vivos:
pode estipular um
- Entre vivos: artigo 328º CSC, é
regime diferente,
artigo 228º CSC, livre
mas este é o
se o terceiro não
previsto.
for do agregado
- Entre vivos: artigo familiar próximo
182º CSC, os do sócio que quer
outros sócios transmitir, esse
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precisam se sócio tem que
consentimento para obter a
qualquer autorização dos
transmissão entre demais sócios.
vivos Sendo do
agregado familiar
a transmissão é
livre o que
significa que não é
preciso
consentimento
(características de
sociedade de
pessoas)
Número mínimo Artigo 7º nº2 CSC: Artigo 270º- A Artigo 273º CSC:
de sócios o nº mínimo de CSC, é uma é uma exceção ao
sócios é de dois exceção face ao artigo 7º de 5
artigo 7º nº2 CSC, sócios
na medida em que
esta sociedade
pode ser
constituída
apenas por um
sócio.
Capital social Artigo 178º CSC: Artigo 201º CSC: Artigo 276º nº 5
mínimo (Há admite-se nestas o capital social é CSC, valor mínimo
sociedades que sociedades os livre de 50.000
só se podem sócios de indústria,
Cuidado com a
formar se ou seja, aqueles
combinação deste
entrarem com que entram para a
artigo com o artigo
determinado sociedade por
219º nº 3 CSC
capital mínimo) prestação de
que estipula que o
serviços. Nestes
capital social
termos, esta
mínimo de entrada
sociedade não tem
de cada sócio é
capital social
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mínimo. de 1 euro, assim
sendo o capital
social não é
totalmente livre.
Regime de voto Artigo 190º CSC: Artigo 250º CSC: Artigo 384º CSC:
da assembleia nestas sociedades os votos igual às
geral cada socio tem um contabilizam-se sociedades por
voto, ou seja, em pelo capital social cotas, a cada
função da pessoa (característica das sócio corresponde
de sócio cada um sociedades um voto
tem um voto. Estas capitais, embora a
são as sociedades sociedade por
das pessoas, são quotas tenham um
sociedades regime hibrido, na
fechadas em que medida em que
os sócios são existem
escolhidos pelas características
suas características pessoais e
pessoais capitais)
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Estamos perante uma ação executiva intentada por um credor contra uma
sociedade por quotas. Nomeou à penhora as quotas socias, estas quotas sociais
pertencem aos sócios. Os sócios respondem pela divida da sociedade ao credor?
Não, porque só pode responder o património da sociedade (artigo 197º nº2 CSC),
exceto se estivermos numa das situações do artigo 198º CSC. Não havendo uma
clausula do tipo do artigo 198º CSC, então os sócios não respondem perante o credor
nem pela divida. Mas foram nomeadas à penhora as quotas dos sócios- artigo 239º
CSC- é possível penhorar e executar as quotas (estas são bens suscetíveis de
penhora) e perante isto o que responde é o património social.
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momento da constituição do contrato corresponde à soma do valor das entradas que
cada sócio entra (exemplo: (A) entrou com 5 000€. (B) entrou com 10 000€. (C) entrou
com 5 000€. Com quanto capital social tem? 20 000€. Não se penhora capital social
porque este é um valor ideal enquanto que o património social corresponde ao
património que efetivamente a sociedade tem e este pode ser penhorado.
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Casos práticos:
1. Imagine que (A) traz a seguinte questão “foi penhorado o seu automóvel
numa ação intentada por um credor (B) contra a sociedade que ele é sócio”.
2. Imagine que (A) quer constituir uma sociedade para abrir uma cadeia de
restaurantes com um conjunto de amigos. E questiona qual o tipo social mais
adequado? Indicando vantagens e desvantagens.
3. Imagine que (A) traz uma citação para contestar uma ação declarativa
intentada pela sociedade em que ele é sócio e com fundamento na violação do direito
de preferência na venda das ações.
4. Imagine que (A) é sócia de uma sociedade por quotas e quer vender/
ceder a quota à sua mãe e a sociedade tem sempre dito que isso não era possível.
Clarifique se é possível ou não.
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clausula no contrato que não permita a aplicação da regra geral (artigo 229º nº1-
proibição- ou nº3- dependente de consentimento- CSC).
5. Imagina que (A) numa sociedade por quotas de tipo familiar (ou seja,
muito fechado) quer adquirir a qualidade de gerente mas os outros sócios dizem que
não é possível.
R: Ele pode ser gerente porém os outros sócios não o querem. Como se
resolvia esta situação? Os gerentes nas sociedades por quotas podem ser os sócios
ou os estranhos à sociedade. Tínhamos aqui de tentar perceber qual o valor da quota
de (A), imagine-mos que era de 10‰ e os outros sócios entre eles correspondiam a
90‰. A designação dos gerentes é feita em Assembleia Geral, ou seja, quem tem
mais ‰ tem mais “poder” (artigo 250º CSC). Ou seja, nesta designação ele nunca
conseguiria ganhar a qualidade de gerente. Porém, se a ‰ dele fosse de 60‰ já era
possível.
Assim sendo, para sabermos se ele poderia ser gerente ou não temos de
atentar ao valor da quota de cada um.
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Sociedades por quotas (artigo 199º CSC)- quota + sócio + entrada (que pode
ser em espécie, dinheiro, indústria). As entradas em espécie implicam ser avaliadas
por um ROC (artigo 28º CSC). O conservador só regista mediante a presença do
parecer do ROC.
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Sociedades anónimas- artigo 272º CSC.
O artigo 24º CSC é o artigo dos direitos especiais. Só existem estes direitos se
estiverem previstos no contrato. Caso não esteja previsto no momento inicial da
celebração do contrato, nada impede que posteriormente o contrato seja alterado. O
direito especial à gerência é um caso de direito especial, um direito reforçado- é um
socio que só pode ser destituído por justa causa e mediante decisão judicial artigo
257º nº3 CSC (a regra é a livre destituição do gerente artigo 257º nº1 CSC).
23/03
1º) Sociedade
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— Relações externas (artigo 40º CSC) aqui respondem dois tipo de
sócios:
Sócios que hajam em nome da sociedade ou que autorizam que
têm responsabilidade limitada e solidária.
Sócios que não hajam nem autorizam e que respondem até ao
valor das entradas.
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Exemplo:
Caso elas não celebrassem sem aquela clausula aplica-se o regime do artigo
52º CSC, ou seja, a nulidade/ anulação e tem como consequência a liquidação da
sociedade.
2º teste 04/05
Artigo 64º nº1 b) CSC- a lei consagra uma teoria institucionalista para os
administradores, tendo que ponderar os interesses dos credores, trabalhadores e
clientes. Enquanto para os sócios a lei consagra uma teoria contratualista, isto é, o
interesse dos sócios.
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3) Prestações suplementares- artigo 210º CSC têm sempre dinheiro por
objeto (é um empréstimo que o socio faz à sociedade)
— Direitos reais
— Transmissão por morte ou entre vivos- imaginemos que um sócio tem
50 % de capital social e os outros 2 sócios têm 25 %. O primeiro quer transmitir a
quota mas os restantes não querem que isso aconteça. Nesse caso a sociedade pode
adquirir ela própria a quota, tornando-se sócia dela mesma 220º CSC, desde que a
quota esteja totalmente liberada, isto é, paga. Artigo 316º CSC e 317º CSC para as SA
tem um limite de 10% para adquirir ações próprias.
— Amortização- artigo 232º CSC- extinção da quota. Alguns autores
entendem que isto implica uma alteração ao pacto social e como tal necessita de
maioria de ¾ do capital social.
— Exoneração- o sócio quer sair da sociedade- artigo 240º CSC.
— Exclusão- a sociedade quer que o sócio saia da sociedade artigo 241º
CSC
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O que acontece aos suprimentos que tenho feito quando transmite a sua
quota? Se não houver clausula é ele que continua a ser o credor dos suprimentos.
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Vícios de procedimento/ forma- questões de convocatória ≠ vicios de conteúdo
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Gerência plural:
Uma solução que aparece muito é: havendo 3 sócios há uma clausula que diz
que a sociedade fica vinculada pela assinatura de 2 deles sendo que um deles tem
necessariamente de ser o gerente (A), o gerente (B) e o (C) podem ser alternados.
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— Acordo entre a sociedade e o administrador;
— Destituição (artigo 403º CSC): esta noção causa problemas desde logo
porque ela pode ser sempre feita independentemente de justa causa e a todo o tempo,
se o gerente ou administração for destituído sem justa causa ele tem direito a
indemnização; caso contrário, se for devido a justa causa (violação grave dos deveres
ou incapacidade e inaptidão para o exercício das funções)- artigo 64º CSC a) (quando
se fala na obrigação de não concorrência ela tem fundameno nesse dever mais
genérico que é o dever de lealdade; a generalidade dos deveres dos gerentes vão
quase sempre se encontrar neste artigo) + b). E, neste caso, não terá direito a
indemnização mas pode ter o dever de indemnizar a sociedade.
O capital social é uma cifra que consta do pacto e é uma forma de garantia dos
credores porque a este capital tem que corresponder um determinado património
social, este património social tem que corresponder ao ativo/ património social liquido
da sociedade (isto anda quer dizer porque o passivo pode superar o ativo). Esta
correspondência é necessária de tal forma que há o regime de proteção dos credores
do artigo 35º CSC- se a sociedade a dada altura tiver um património social liquido
inferior a metade de capital social então o administrador tem que dar o alerta aos
sócios, ou seja, convocar uma assembleia geral para que se resolva a questão com
uma destas opções: artigo 35º nº3 a), b) e c).
Caso prático: Os direitos dos usufrutuários estão quase todos preenchidos, nas
obrigações já não.
Grupo I
Três amigos, de seu nome Abel, Beatriz e Caio, reuniram-se com a intenção de
constituir uma sociedade por quotas destinada à compra e venda de imóveis e à
reabilitação da baixa portuense, com a firma “Néctar Projetos, Lda”. Pretendem
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constituir a sociedade com o capital social no valor de € 30.000,00, correspondente a
três quotas de igual valor, pertencendo uma a cada um dos sócios. No pacto social,
pretendem atribuir a gerência da sociedade conjuntamente a Beatriz e a Diana, mulher
de Caio, que se dedica à exploração de um hostel. A referida gerência seria atribuída
a ambas por um período de três anos. Os sócios pretendem ainda que a gerência
tenha competência para alterar qualquer cláusula do contrato que venham a assinar.
R:
R:
R:
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d) Uns meses mais tarde, Beatriz constitui um usufruto sobre a sua quota a
favor de Elvira, sua tia. Depois disso, os sócios preparam-se para alterar a sede da
sociedade do Porto para Lisboa. A quem cabe o direito à informação relativamente a
esta deliberação? E, se for caso disso, o direito a impugná-la?
Grupo II
R:
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2. A dada altura, Rodrigo envia uma carta aos restantes sócios, em nome da
sociedade, dando-lhes conhecimento de que, daí a 30 dias, iria ter lugar uma
assembleia geral com vista à ponderação da eventual admissão de um novo sócio na
sociedade. Da ordem do dia em causa constava apenas a menção “admissão de novo
sócio”. Nessa assembleia, estavam presentes os sócios Rodrigo, Tomás e António,
este último munido de uma procuração que lhe dava poderes para votar em nome de
Frederico. Todos votaram favoravelmente. Na mesma assembleia, Rodrigo aproveitou
a ocasião para levar à discussão dos presentes a destituição por justa causa de
António das suas funções de administrador. Rodrigo votou favoravelmente, mas os
outros dois sócios presentes, Tomás e António, este último por si e enquanto
representante de Frederico, votaram contra. João, que não esteve presente, pergunta-
lhe se poderá de alguma forma invalidar ambas estas deliberações e, em caso
afirmativo, com que fundamento. Esclareça-o.
R:
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