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ESNEC
DEPARTAMENTO DE GESTÃO
Nível: III
Discente:
Anitércio Uate
Agostinho Chongo
Horácio Péu
Sifa Agy Ramadane Amade
Docente:
Msc. Álvaro Novela
Desta maneira, o comerciante se caracteriza como tal não enquanto sujeito, mas sim pelo
objecto de seu negócio que era desenvolvido (ULHOA, 2007).
A partir do Código Napoleónico de 1807, diversos países passam a reger o Direito Comercial
baseando-se nos actos de comércio, disciplinando em seus Códigos. A doutrina nunca
conseguiu elaborar um conceito científico do que seriam tais actos, tanto que diversos autores
sintetizaram ser: “Problema insolúvel para a doutrina, martírio para o legislador, enigma para
a jurisprudência.” (REQUIAO, 2007)
Se impossível era estabelecer uma diferença entre tais actos e actos civis, como diferenciar
um sujeito civil de um comerciante? Sem dúvidas os Códigos não seriam capazes de
enumerar, taxativamente, actos comerciais, um por um, visto que o comércio não é resultado
de uma acção estática, mas sim se reveste de actos mutantes e sempre se renova e se amplia.
Além disso, como já dito anteriormente, era o objecto da acção, e não a acção em si, que
definia o comerciante.
O Código Civil de 2002, no tocante ao direito de empresa, também não trilhou caminho
diferente, tratando da figura do empresário no artigo 966.
Partindo dessa visão, noção dos actos de comércio, e do tratamento dado pelos códigos é que
se faz necessário o estudo acerca do tema. Portanto, o presente trabalho tem como objectivo
geral Estudar os actos de comércio.
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1.1 Objectivos
1.1.1 Geral
1.1.2 Específicos
1.2 Metodologia
A pesquisa foi desenvolvida mediante o uso do material já publicado que aborda a temática
de direito empresarial e os artigos escritos com objectivos de trazer um sustento teórico para
a pesquisa, assim como a consolidação de ideias.
Método é o conjunto das actividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e
economia, permite alcançar o objectivo conhecimentos válidos e verdadeiros, traçando o
caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista (MARCONI,
1991).
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2.0 Fundamentação teórica
Serão considerados actos de comércio todos aqueles que se acharem especialmente regulados
neste Código, e, além deles, todos os contratos e obrigações dos comerciantes, que não forem
de natureza exclusivamente civil, se o contrário do próprio acto não resultar (Artigo 4.º do
Código Comercial).
Em sentido diverso, define-se os actos de comércio como “os factos jurídicos voluntários
especialmente regulados na lei comercial e os que, realizados por comerciantes, respeitem as
condições previstas no artigo 4.º do Código Comercial” (ABREU, 2006, p. 39:83).
Em suma a comercialidade destes actos reside neles próprios e não na qualidade da pessoa
que os pratica.
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Contudo, este artigo 4.º comporta as seguintes exceções:
Exceção: O acto ser de natureza exclusivamente civil, o que significa que os actos de
comércio praticados pelos comerciantes (que por este motivo são comerciais) deixam
de o ser se os mesmos forem essencialmente civis e por conseguinte não possam ser
comercializados, por se afigurar impossível qualquer conexão com o exercício do
comércio, nem poder dele derivar.
Exemplo: A e B são comerciantes e contraem casamento, este acto não será comercial
porque o casamento é um acto que cria direito da família e portanto de natureza
exclusivamente civil.
Exceção: Se o contrário do próprio acto não resultar, esta exceção quer dizer que o
acto que seria um acto de comércio subjetivo por ser praticado por um comerciante,
deixa de ser regido pelo direito comercial se resultar do mesmo que não detém
qualquer ligação ou pertinência a actividade comercial de quem o praticou.
Quanto aos actos de comércio, que espécies de negócios são? Eles são por excelência
negócios jurídicos plurilaterais de acordo com os artigos 1.º, 2.º primeira parte, 230.º e 463.º
todos do código comercial.
Haverá actos de comércio que sejam negócios jurídicos unilaterais? Sim, por força da 2.ª
parte do artigo 2.º, que diz que basta que sejam celebrados contratos e contraídas obrigações
pelo comerciante, para que tais obrigações sejam actos de comércio subjectivos. Desta forma
alguns actos de comércio conformam negócios jurídicos unilaterais.
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ainda os específicos, que são aqueles que devem existir em cada negócio especifico para que
o acto em concreto seja válido.
2.ª Fase: da formação propriamente dita, é aquela em que se conclui o negócio, as partes
chegam a conclusão que querem celebrar o negócio e então dá-se o encontro de vontades,
porem se a lei impuser que o negócio seja celebrado por escritura pública, então as partes
terão que submetê-lo, caso contrário podem fazê-lo por escrito particular.
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3.ª Fase: da execução, aqui executa-se o negócio, cumprindo com as obrigações e
formalidades que a lei prevê. Diferente da maior parte dos contratos, existem contratos que
devido aos imperativos incontornáveis da celeridade cada vez maior do quotidiano, não
passam pelas fases de formação do acto de comércio, são os designados contratos de adesão
ou contratos standards.
Consequências da nulidade: a nulidade pode ser invocada a todo tempo por qualquer pessoa
interessada e oficiosamente pelo tribunal (é insuprível). Consequências da anulabilidade: só
pode ser invocada em tempo determinado ou seja um ano após ao conhecimento do vício e só
as partes integrantes o podem fazer, onde:
Nulidade é a sanção imposta pela lei aos actos e negócios jurídicos realizados sem a
observância dos requisitos essenciais, impedindo-se de produzir os efeitos que lhes são
próprios.
Por sua vez, a anulabilidade decorre de algum vício do negócio jurídico ou pela capacidade
do agente.
A anulabilidade, por não concernir a questões de interesse geral, de ordem pública, como a
nulidade, é prescritível e admite confirmação, como forma de sanar o defeito que a macula
(GONÇALVES, 2015).
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2.8.1 Actos de Comércio Absoluto e Relativos
Esta classificação é feita de acordo com o critério da estrutura do acto.
Actos de comércio absolutos são aqueles que bastam a ocorrência da previsão legal
dos seus elementos para que sejam considerados comerciais.
Actos de comércio relativos são aqueles que esta dependente de um acto de
comércio absoluto para serem considerados actos de comércio.
Actos de comércio causais são aqueles que as partes o celebram para atingir uma
determinada função social específica.
Acto de comércio formal é aquele que se afigura como um meio susceptível de
realizar distintas causas ou funções.
Enquanto por sua vez, o comercio Unilateral é um “acordo” ou uma preferência comercial
não reciproca ou seja só existe “aparentemente um beneficiado” é o que os países como
China e América fazem ao ajudar países africanos
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2.9 Regime Jurídico dos Actos de Comercio
Que se pretende é distinguir aspectos fundamentais dos actos de comércio que os diferenciam
dos actos civis.
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3.0 Conclusão
Desde o Código Napoleónico de 1804, as definições dos actos de comércio passaram por
grades transformações para adequarem-se à realidade mercantil. Transformações, todavia,
mais lentas que a evolução natural do comércio.
A figura da mercancia, sempre taxativa nos códigos, excluía diversas actividades económicas.
Se a lei não caminhava no mesmo ritmo do comércio, este também se atrasava. A questão se
tornou mais acentuada quando surgiu a necessidade de separar actos civis e comerciais, a fim
de identificar a figura do comerciante.
Definiu-se também que são considerados actos de comércio todos aqueles que se acharem
especialmente regulados neste Código, e, além deles, todos os contratos e obrigações dos
comerciantes, que não forem de natureza exclusivamente civil, se o contrário do próprio acto
não resultar (Artigo 4.º do Código Comercial).
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4.0 Bibliografia
ABREU, J. M. (2006). Curso de Direito comercial (6 ed.). São Paulo: Saraiva.
REQUIAO, R. (2007). Curso de Direito Comercial (27 ed.). São Paulo: Saraiva.
ULHOA, C. (2007). Curso de Direito Comercial, Direito da Empresa (11 ed.). São Paulo:
Saraiva.
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