Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introdução
Qual é o alcance do direito comercial? Será apenas a atividade económica no seu sentido
estrito?
Este abarca, por um lado, a indústria, enquanto atividade económica de produção de bens
pertencentes ao setor secundário da economia e também os serviços de seguros, transportes,
etc.
O direito comercial começa a surgir na idade média, mas foi no fim desta que teve o seu
momento mais importante.
O direito comercial é um direito privado especial que se aplica a um certo tipo de relações
jurídicas: as mercantis. Este diz-se direito privado especial pois não é excecional em relação ao
direito civil, isto é, não consagra uma disciplina oposta ou contrária ao regime-regra.
2. Rapidez
1
Sofia Escudeiro
Direito Comercial da Empresa
O direito comercial é um direito dos atos de comércio, dos comerciantes e também o direito
que gira à volta das empresas, ou seja, é aplicado quando estivermos perante um ato
comercial.
Importa referir que nem todos os empresários são comerciantes e nem todos os comerciantes
são empresário.
Atos de comércio
A “definição” de atos de comércio é nos dada pelo art. 2º CCom. Este artigo, apesar de não nos
dar uma noção de ato de comércio ou mesmo uma enumeração dos mesmos, enuncia critérios
para a qualificação de um ato como tal.
o Regulado no CCom;
o A obrigação tem de ser do comerciante;
o Não pode ter natureza exclusivamente civil;
o O contrario do próprio ato não pode resultar.
Em Portugal, temos uma solução mitigada, isto é, o nosso código colhe influências diretas de
ambas as correntes (art. 2º CCom). O artigo 2º está dividido em duas partes, sendo a primeira:
“Serão considerados atos de comércio todos aqueles que se acharem especialmente regulados
neste Código…”
O critério usado para a qualificação do ato é assim objetivo. Ao eleger o critério determinante,
prescinde da qualidade de comerciante. Esta é radicalmente objetivista porque é formalista.
Já na segunda parte:
2
Sofia Escudeiro
Direito Comercial da Empresa
“… e, além deles, todos os contratos e obrigações dos comerciantes, que não forem de
natureza exclusivamente civil, se o contrário do próprio ato não resultar.”
Aqui é possível verificar a existência da corrente subjetivista que prevê a possibilidade do ato
ser considerado como comercial ainda que não esteja previsto no Código. Para que um ato
seja considerado um ato subjetivamente comercial, tem de cumprir determinados requisitos
cumulativos:
A obrigação tem que ser do comerciante: Aqui surge a primeira questão, quem é
comerciante no direito português? Art. 13º CCom. indica-nos que comerciante são
aqueles que tendo capacidade, se dedicam de forma reiterada e profissional à prática
de atos comerciais. No entanto, nem todos os atos permitem a qualificação de
comerciante, mesmo que esta seja reiterada;
O ato não pode ter natureza exclusivamente civil : Aqui temos de identificar, em
abstrato, qual é o tipo negocial para depois sabermos se este terá natureza
patrimonial (nunca terá natureza exclusivamente civil) ou natureza pessoal (tem
natureza exclusivamente civil);
Se do próprio ato o contrario não resultar: Pretende-se apurar qual é a conclusão que
o real declaratário que contratou com o nosso comerciante retira a propósito da
eventual ligação entre o ato praticado e a atividade profissional do comerciante. No
fundo, tenciona-se saber se o ato foi praticado no âmbito do exercício da atividade do
comerciante.
1. B vai assumir que A está a comprar o cimento para o exercício da sua atividade
profissional e assim estaríamos perante um ato comercial;
2. B assume que não tem nada a haver com a atividade praticada por A: ato praticado
fora do âmbito do exercício da sua atividade profissional e não se cumpre o requisito;
3. Não se pode retirar uma conclusão, fica na duvida. O requisito encontra-se
preenchido.
Complemento do art. 2º CCom. Entende se que este artigo também contempla a previsão de
atos objetivos de comércio. Aqui estão contempladas as empresas comerciais. Todos os atos a
que as empresas aqui elencadas se dedicam também se consideram atos objetivos de
comercio. Este art. Divide-se em três partes:
3
Sofia Escudeiro
Direito Comercial da Empresa
Atos formalmente comerciais (ato que é comercial em relação a ambas as partes do contrato)
ou unilateralmente comercial (um estudante que vai comprar um automóvel para uso
próprio: temos uma venda mercantil e uma compra civil- só comercia em relação a umas das
partes. O regime jurídico a que este está subordinado será o direito comercial- art. 99ºCCom.).
1. O ato é comercial apenas em relação a uma das partes, o ato está sujeito ao regime
comercial;
2. Há disposições de direito comercial que só se aplicam aqueles em relação aos quais o
ato é mercantil, em relação aos outros em que o ato não é comercial aplica-se o
regime civil e comercial.
Exemplo: A e B são estudantes e venderam um relógio a dois comerciantes que tem uma
livraria. Este ato é civil ou mercantil?
O ato de A e B é comercial (lado ativo). Se o ato não se destina à atividade mercantil, não se
aplica o art. 100º CCom, aplica-se sim o regime da conjunção.
Casos em que direito civil é mais exigente: No penhor civil, a regra geral é a entrega da
coisa já no direito comercial, tal não é necessário.
Casos em que é igual em ambos: No arrendamento para habitação civil, basta o
documento particular, tal como no direito mercantil.
Casos em que o direito mercantil é mais rigoroso: Nas sociedades comerciais.
Prescrições presuntivas
Estas tem um prazo muito curto quando estamos perante atos que são comercias em relação
ao vendedor (art. 316º- 6 meses, art. 317º- 2 anos, atividades não mercantis). Sendo que o
normal prazo de prescrição presuntiva é de 20 anos, nos termos do art. 309º.
Se a fiança é mercantil, o fiador será solidário com o afiançado. O credor pode demandar
imediatamente o fiador, não gozando do benefício da execução prévia.
Art. 638º CC: Esta norma tem natureza imperativa, qualquer cláusula contratual e nula por
violação de uma norma de natureza imperativa (art. 294º).
4
Sofia Escudeiro
Direito Comercial da Empresa
Existem ainda casos onde alguém pode ser responsabilizado pela dívida de alguém sem este se
ter voluntariado. Este caso está regulado pela lei- casamento (art. 1691º/D CC).
Exemplo: Se os cônjuges não tiverem casado no regime de separação, e a dívida tiver sido
contraída na constância do matrimónio. Se tiver sido contraída no exercício do comércio do
devedor e se não se provar que a mesma não foi contraída em proveito comum do casal,
então, a dívida será da responsabilidade de ambos os cônjuges.
1. Tem que estar casados num regime que não seja a separação de bens;
2. A divida te, que ser contraída na constância do matrimonio.
1. Tem que ser contraída em proveito comum do casal: Tem que ser provado que não
houve proveito comum. Esta é uma presunção legal ilidível, estas servem para inverter
o ónus da prova que cabe, assim, ao outro cônjuge;
O que é proveito comum do casal? Basta qualquer tipo de proveito, seja económico, moral.
Qualquer benefício é proveito.
2. Tem que ser contraída no exercício do comércio (art. 15º CCom): As dívidas comercias
dos comerciantes presumem-se contraídas no exercício do comércio. Quem tem de
provar que tal não aconteceu é o cônjuge do comerciante, mas no caso desta
presunção, o funcionamento da mesma impõe ao credor do comerciante algum
esforço probatório. Este fica obrigado a provar os elementos constitutivos da
presunção: a qualidade de comerciante e a natureza comerciante da dívida.
No final, tudo resulta num combate processual entre credor e o cônjuge do comerciante.
Consequência
Art. 1695º: Respondem os bens do casal e na falta destes, respondem os bens próprios de
qualquer dos cônjuges.
Juros
5
Sofia Escudeiro
Direito Comercial da Empresa
Quando o contrato nada diz, estamos perante juros moratórios legais. Isto vem determinado
no DL 62/2013 de 10 de maio, 2º parágrafo.
Não sendo estabelecido uma taxa de juros ou, nos casos em que a taxa de juros não é
especificada e o devedor entrar em mora, esta está concretizada na Portaria 277/2013 de 26
de agosto (art. 102º/4 C CCom).
A Portaria diz-nos que a taxa de juros é a taxa do Banco Central Europeu +7% ou +8%. Neste
momento, a taxa do BCE é de 0%.
Nos juros convencionais, as partes podem fixar um juro diferente (art. 102º CCom.). Esta
apenas pode ser fixada por escrito pois, no caso contrário, será nula (art. 294º CCom.).
Art. 1146º CC: Nas transações comerciais se existir garantia real pode aumentar 3 (10%) se não
existir garantia real só pode ir até 5 (12%). A título de clausula penal por mora a taxa pode ir
até 7 (14%), se existir garantia real é 9 (16%) se não existir garantia real.
Se for fixada uma taxa mais alta (art. 1146º/3), há uma redução automática para a taxa
máxima legal.
Nº3: Dá-se o vencimento automático dos juros quando o prazo do pagamento terminar. O
devedor, em regra, tem 30 dias a contar do recebimento da fatura. Não é necessário a
interpelação para que seja constituída mora, este prazo pode ser estabelecido entre as partes
embora não tenham muita liberdade.
Este artigo tenta qualificar como comerciante uma pessoa singular, empresário individual. Para
que alguém seja considerado comerciante, necessita de:
Há sujeitos que a lei afasta como sendo comerciantes, mesmo estes sendo empresários ou
praticando atos comerciais (agricultura, artesão, profissionais liberais).
As entidades proibidas de praticar atos de comercio estão determinadas no art. 14º CCom.
_____________________________________________________________________________
6
Sofia Escudeiro
Direito Comercial da Empresa
2º Teste
Há sujeitos que até podem ser empresário e praticam atos de comércios, mas são afastados
pela lei, não sendo considerados comerciantes. Ex: agricultores, artesãos, profissionais liberais
(art. 230º CCom.).
Pessoas coletivas e pessoas coletivas públicas que praticam atos de comercio, mas não são
comerciantes
Art. 17º CCom.: Estados, Municípios e Paróquias- Podem praticar atos de comércio, mas não
são comerciantes. Qualquer pessoa coletiva pública da administração direta ou indireta do
Estado não são comerciantes.
Art. 14º CCom: É proibida a profissão de comércio as associações sem fins lucrativos pois não
tem nenhum interesse material, um interesse em obter lucro.
O estabelecimento comercial tem como objeto uma unidade técnica que pode se encontrar
em um espaço destinado a alienação/serviços, mas é apenas aquela unidade técnica.
Enquanto a empresa, num sentido objetivo significa toda uma estrutura empresarial de que
um sujeito é titular. Ou seja, no sentido objetivo a empresa é obviamente a empresa do
sujeito. O sujeito pode ser uma sociedade comercial ou ser um sujeito individual que explora
uma empresa e a empresa pode ter diversos estabelecimentos comerciais e unidades técnicas.
A empresa também é as vezes utilizada no sentido subjetivo, como sujeito, mas está errado. A
empresa é o objeto que tem um sentido mais amplo, abrangendo todas as unidades
respetivas.
O estabelecimento comercial não se encaixando como bem imóvel, será um bem móvel,
contudo com a denominação de bem móvel anómalo, diferente dos restantes, onde a
jurisprudência muitas vezes aplica o regime dos bens imóveis.
Composição:
7
Sofia Escudeiro
Direito Comercial da Empresa
Arrendamento mercantil
Elementos principais:
Identificar as partes;
Montante da renda;
Data.
Elementos acessórios:
Licença de utilização
Em relação a alguns prédios é necessário licença de utilização (art. 1070º/1 C.C). Só estão
dispensados os imóveis construídos antes de 1951. Se houver alteração da finalidade do
prédio, mesmo os mais antigos, já estarão sujeito à licença.
Consequência da não utilização de licença: o senhorio tem que pagar coimas. Poderá o
arrendatário resolver o contrato. Em particular há uma punição mais agravada se o prédio for
utilizado para fins tivermos daqueles que estão na licença, sendo o contrato nulo.
Renda
A renda é uma prestação pecuniária e periódica nos termos do art. 1075º/1. Consequências
desta disposição:
Art. 781º: Não se aplica. Isso porque a renda não é uma divisão da obrigação em
prestações, mas antes uma prestação periódica. Mas aplica-se antes o art. 434º/2,
dizendo que a resolução não abrange as prestações já efetuadas;
Art. 1075º/2: Vencimento da renda. Se as rendas estiverem em correspondência com
o calendário gregoriano, a primeira vencer-se-á no momento da celebração do
8
Sofia Escudeiro
Direito Comercial da Empresa
contrato e cada uma das restantes no 1º dia útil do mês imediatamente anterior
àquele a que diga respeito.
Lugar ao pagamento
É preciso que seja invocada a prescrição em relação a cada uma das rendas. Além disso, o art.
303º CC diz que a prescrição tem que ser invocada, não sendo do conhecimento oficioso.
Consequências da autonomia:
Duração do contrato
Art. 1110º CCom.: Vigora o principio da liberdade contratual. Pode ser um contrato de prazo
certo ou de duração indeterminada.
Nº2: Se nada for dito, remete para as regras do arrendamento para a habitação, é
prazo certo, pelo período de 5 anos;
Nº3: Quando o contrato se renova é igual ao prazo inicial, nunca inferior a 5 anos (se o
contrato for inferior a 5 anos, renova-se por 5 anos);
Nº4: O senhorio não pode opor-se à renovação até que o contrato tenha uma duração
mínima de 5 anos.
Extinção do contrato
9
Sofia Escudeiro
Direito Comercial da Empresa
Art. 1082º CC: As partes podem, a todo o tempo, revogar o acordo, sem haver a necessidade
de ser por escrito. Apenas se houver particularidades, deverá ser reduzido a escrito.
Se o civil quer resolver o contrato, este tem direito à renda, mas não à indemnização de 20%.
Resolução extrajudicial:
Resolução judicial:
Art. 1048º CC: Uma vez em mora, a senhoria poderá intentar uma ação de despejo;
O arrendatário, depois de notificado, pode impedir a resolução do contrato se este
meter fim à mora, no prazo de um mês, pagando também a indemnização de 20% (só
pode esta faculdade uma vez)
Denúncia
Nada sendo estabelecido pelas partes quanto ao regime da denúncia, o art. 110º/1 CC,
permite que as regras sejam livremente estabelecidas pelas partes.
A liberdade contratual não pode decretar um prazo tão elevado pois contraem as regras de
boa fé. Pode ser um prazo curto se o senhorio aceitar.
10
Sofia Escudeiro
Direito Comercial da Empresa
No arrendamento mercantil sem prazo, o arrendatário pode vir denunciar passado 6 meses e
com um pré-aviso ou de 120 dias ou de 60 dias.
Todavia as partes podem fazer uso do art. 1110º/1 e ir fixar um prazo para denúncia do
arrendatário. Mais uma vez vale o que dissemos que não pode ser um prazo excessivamente
longo.
Sendo um contrato com prazo certo, o senhorio não pode denunciar o contrato. Entende-se
que ele pode denunciar um contrato com prazo indeterminado, mas com prazo certo ele
apenas pode opor-se a renovação. A denúncia é um direito do arrendatário e não do senhorio.
O regime supletivo que se aplica é o disposto no art. 1101ºC: tem que ser uma antecedência
não inferior a cinco anos.
Imaginemos que é fixado um prazo para o senhorio vir denunciar o contrato ao fim de 15 dias.
É um prazo excessivamente curto, consoante a natureza do estabelecimento comercial, pois
tem que dar tempo ao arrendatário além de se instalar
Oposição à renovação
Só faz sentido nos contratos de arrendamento com prazo certo, não faz sentido nos contratos
de duração indeterminada porque nesses não há renovação. A oposição a renovação pode ser
quer pelo arrendatário quer pelo senhorio.
Arrendatário
Nada sendo estabelecido entre as partes, não havendo convenção entre as partes quanto aos
prazos de pré-aviso em relação a oposição a renovação, art. 1110º/1, se as partes nada
estabeleceram, aplica-se as disposições para arrendamento a habitação, no caso concreto o
art. 1098º/1.
Senhorio
Essa é a única hipótese que o senhorio tem de por termo a um contrato com prazo certo. Se
nada no contrato for estabelecido, aplica-se o art. 1097º.
11
Sofia Escudeiro
Direito Comercial da Empresa
O art. 1010º/1 permite outros prazos desde que o princípio da boa fé não seja infringido.
Fica a dúvida se o art. 1110º: A se aplica a oposição da renovação, uma vez que, embora a
epígrafe se refira a oposição pela renovação, todo o corpo do artigo se refere apenas a
renúncia.
Estabelecimento comercial
É uma coisa móvel anómala, ou seja, nem sempre se irá aplicar o regime da coisa
móvel;
É uma coisa composta funcional;
Existe sobre esta coisa um direito de propriedade, não significando que o proprietário
seja proprietário de tudo o que compõe o estabelecimento: quando vende o
estabelecimento, vende tudo, mesmo aquilo de que não é proprietário - também
existe direito de sequela.
Trespasse
Não é uma coisa como as outras. Não é propriamente uma coisa móvel mas também não é
uma coisa imóvel. É uma coisa móvel anômala, porque nem sempre se vai aplicar o regime das
coisas móveis.
Também não é uma coisa corpórea, é uma coisa imaterial enraizada em elementos material.
Existe sobre essa coisa um direito de propriedade sobre o estabelecimento como um todo. O
proprietário é proprietário da coisa, mas não significa que seja proprietário de todas as coisas
que estejam lá.
O nosso ordenamento admite posse sobre coisa incorpóreas, logo poderá haver posse sobre o
estabelecimento comercial, que não é uma coisa incorpórea pura. Isso significa que o dono do
estabelecimento comercial também é possuidor, que pode fazer uso dos instrumentos de
tutela: ação direta, legitima defesa, ação de prevenção, ação de manutenção da passa, ação de
restituição da posse, embargo de terceiros.
12
Sofia Escudeiro
Direito Comercial da Empresa
Sim, é possível. Mas o prazo é, tendo em conta a sua natureza jurídica anômala, tem sido
pacífico na doutrina e na jurisprudência que o prazo a se aplicar é o dos imóveis.
Quanto ao trespasse:
Também não temos uma noção de trespasse. Mas que é passivo na Doutrina e na
Jurisprudência é que:
O trespasse é um negócio jurídico que versa sobre um estabelecimento comercial que existe,
mas não precisa estar a funcionar. Mas não tem que envolver todos os elementos do
estabelecimento comercial, posso ficar com uma máquina, com um dos cozinheiros etc.
Analisar se o conjunto mínimo de elementos é ou não objeto do trespasse tem que ser feito
casuisticamente.
O trespasse é uma transmissão a titulo singular, oque significa que versa apenas sobre o
estabelecimento comercial. Não é uma transmissão a título universal. Por isso que a
transmissão mortis causa não é uma transmissão a título singular, mas um transmissão a título
universal. Mas a transmissão mortis causa não é trespasse.
Tal como não é a fusão ou cisão das sociedades comerciais – isso não é um trespasse, é uma
transmissão a título universal. (mas isso não é relevante para casos práticos).
O trespasse envolve muitos negócios jurídicos, podendo ser muitos outros, desde que seja
uma transmissão definitiva, a título gratuito ou oneroso e a título singular.
13
Sofia Escudeiro