Este documento discute os atos de comércio segundo o Código Comercial português. Apresenta dois critérios para definir atos de comércio: objetivos, que são aqueles regulados pelo Código; e subjetivos, que são os atos realizados por comerciantes que não sejam de natureza exclusivamente civil. Também discute a possibilidade de atos serem considerados comerciais por analogia com outros regulados pelo Código.
Este documento discute os atos de comércio segundo o Código Comercial português. Apresenta dois critérios para definir atos de comércio: objetivos, que são aqueles regulados pelo Código; e subjetivos, que são os atos realizados por comerciantes que não sejam de natureza exclusivamente civil. Também discute a possibilidade de atos serem considerados comerciais por analogia com outros regulados pelo Código.
Este documento discute os atos de comércio segundo o Código Comercial português. Apresenta dois critérios para definir atos de comércio: objetivos, que são aqueles regulados pelo Código; e subjetivos, que são os atos realizados por comerciantes que não sejam de natureza exclusivamente civil. Também discute a possibilidade de atos serem considerados comerciais por analogia com outros regulados pelo Código.
Comercial que rege os actos de comércio. • A expressão acto de comércio é muito discutida, tendo preenchido, ao longo de gerações, boa parte dos programas das disciplinas do direito comercial. • A doutrina tradicional entendia a expressão acto quando reportada ao comércio e nas palavras do legislador comercial, tinha um sentido alargado. Designadamente: • - Ela abrangeria os contratos: boa parte do Código Comercial- Livro II artigos 96.º e seguintes- é-lhes reportada; • - Abrangeria os negócios unilaterais: a constituição de uma sociedade comercial unipessoal- artigo 7.º da lei 19/12 de 11 de Junho. • - Ele abrangeria os actos jurídicos em sentido estrito, isto é, enformados , apenas , pela liberdade de celebração: tal sucede com o endosso de um cheque , que deve ser puro e simples. • - Ela brangeria os os factos ilícitos: assim com a abalroação com culpa artigos 665.º e 666.º • Tendo se fixado este alcance amplo para os actos de comércio o Código passa a referenciá-los, no seu artigo 2.º. Recorre aí, a dois critérios distintos:
• Um critério objectivo: o tratar de actos
especialmente regulados neste Código;
• Um critério Subjectivista: os actos dos
comerciantes. ACTOS DE COMÉRCIO SUJECTIVOS
• São actos de comércio obejctivos, nas palavras do artigo 2.º
primeira parte, • (...) todos aqueles que se acharem especialmente regulados neste código (...)
• Esta fórmula pretende evitar os riscos de uma definição
geral de actos de comércio e as dificuldades de uma enumeração explícita, recorrendo a um enunciado implícito: Um levantamento de actos comerciais objectivos seria, de todo o modo, possível. Porém, na sua aparente clareza coloca logo dois problemas: • - são comercias todos os actos regulados pelos códigos ? • - São comerciais apenas os actos nele regulados?
• A primeira questão obtém reposta negativa. Lei não diz todos os
actos regulados neste código, mas sim todos os actos que sejam especialmente, isto é, com desvio em relação ao regime geral. • Apesar do referido surge porém um embaraço. O código comercial qualifica, por vezes certos actos como comerciais sem, para eles, prever a aplicação de regimes especiais. É o que sucede com a operações dos bancos (362.º), remetidas para os espectivos contratos (363.º) ou com o aluguer mercantil(481.º), reenviado para lei civil (482.º). • A segunda questão - são comercias apenas os actos regulados neste código? obtém também resposta negativa : haverá actos comerciais que não estão regulados no Código Comercial. ACTOS COMERCIAIS POR ANALOGIA
• Coloca-se , por fim a questão já aludida da
possibilidade de considerar comerciais actos que não surjam nem no Código Comercial, nem em leis que alteraram o Código Comercial, nem em leis que se assumam, elas próprias, como comerciais. Isso implicaria o recurso à analogia para qualificar, como comercial, um certo acto. • Os pressupostos que devem assentar a aplicação analogica de um acto de comercio: Os pressupostos que devem assentar a aplicação analogica de um acto de comercio: • - Perante um acto que não esteja especialmente regulado no Código Comercial - ou situação equivalente -, há que verificar se o seu regime é comercial e especial; sendo a resposta positiva, o acto é comercial. • - Perante umacto lacunoso, há que lhe apurar o regime: seja pela analogia, seja pela norma que o intérprete criaria; a integração da lacuna podem ser usadas normas, princípios comercias- desde que não excepcionais - de acordo com as regras gerais aqui aplicáveis; perante o resultado obtido, se chegarmos à conclusão que o acto ficou especialmente regulados neste Código, ele é comercial. • • A norma é um todo e, tal com a interpretação, a integração e a aplicação, faz parte de um processo unitário. A questão decidida pelo Direito comercial é comercial. E comercial será a resolvida pelo espírito da lei comercial, por aplicação analógica do Direito Comercial ou, até, pelo Direito Civil, mas numa ambiência ou confluência de valores que permitam julgar este como de mera aplicação subsidiária.
• Ainda em sede à determinação do acto de comércio objectivos,
deparamo-nos com o artigo 230.º. • • Perante este texto, encontramos, frente a frente, duas grandes linhas de interpretação: a da empresa - actividade, que entende estarem em causa as actuações ou conjuntos de actos enunciados no artigo 230.º. • A das empresa-organização, que julga tratar-se das entidades singulares ou colectivas, que desenvolvam depois as referenciadas actividades.
• A questão tem interese pelo sehuinte: na primeira hipótese, o artigo
230.º permitiria enunciar novos actos como objectivamente comerciais; na segunda, seriam referenciados comerciantes, autores de hipotéticos actos comerciais, mas agora em sentido subjectivo.
• Finalmente e como veremos, a empresa não é sujeito de Direito nem
realiza actividades; a evoluçãojurídica dos nossos dias mantém-na, como veremos, num lugar à parte, fora dos quadros jurídicos. Donde o seu interesse. Mal estaríamos se se recorresse a ela num aspecto tão marcadamente conceitual: um ponto a confirmar, quando analisarmos aideia de empresa. ACTOS DE COMÉRCIO SUBJECTIVOS • O artigo 2.º do Código Comercial fixou os actos de comércio objectivos, isto é, os que o são por si e em si mesmos. São... Todos aqueles que se acharem especialmente regulados no Código Comercial, com os alargamentos e as delimitações acima apuradas: • Prossegue a sua 2.ª parte: • (...) e, além deles, deles todos contratos e obrigações dos comerciantes, que não forem de natureza exclusivamente civil, se o contrário do próprio acto não resultar. • São os actos comerciais subjectivos: a comercialidade deriva do sujeito.