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pras de bens imóveis; 4.° - O reporte; 5.° - ..."; etc. Como vemos, o
legislador italiano usou o processo de indicar de forma explícita as acti-
vidades comerciais; é o método da enumeração descoberta, explícita,
patente.
II! Como se referiu já (supra, pág. 15, nota 2), o nosso legislador não seguiu, na delimita-
ção do direito comercial, nem a concepção objectiva pura nem, tão-somente, a concep-
ção subjectiva. Orientou-se antes por um sistema misto, nos termos do qual são actos
de comércio os que a lei enumera como tais e, além destes, os actos dos comerciantes
que tenham conexão com a sua actividade mercantil.
38 Liç_ões de Direito Comercial
ie
Mas não é bem assim. É inegável que uma vez rejeitada - como
11,
parece se deve rejeitar - a doutrina do acessório, a classificação de que
io
vimos falando perde o melhor do seu interesse prático. Mas não todo.
io
Aquela doutrina continua a interessar, designadamente para a questão
:0
de saber quem é comerciante à face do nosso direito. Veremos daqui a
pouco que, segundo a doutrina adoptada, é comerciante quem exerce
ta
profissionalmente o comércio, ou seja, quem pratica actos de comércio abso-
lutos, actos que sejam mercantis por sua natureza. Pelo menos, é esta a
1-
opinião de muitos. Ora, sendo assim, logo por aqui se vê que tem inte-
r-
resse a classificação em análise.
;e
16. Actos bilateralmente comerciais e actos unilateralmente comerciais ou
te
mistos. - Actos há que têm qualidade mercantil em relação às duas par-
i-
tes, e outros que são comerciais só em relação a um dos sujeitos, confor-
o
me os requisitos de comercialidade se verifiquem em relação a ambos
n
ou apenas a um. Os primeiros são actos bilateralmente comerciais; os
e
segundos são actos unilateralmente comerciais ou mistos.
Fácil se torna compreender que possa haver actos de comércio ape-
),
nas em relação a uma das partes. Um negócio bilateral pode sempre
decompor-se, ao menos abstractamente, em duas operações distintas.
í-
Imaginemos o caso típico da compra e venda. Este contrato pode, abs-
s
tractamente, decompor-se em duas operações: uma compra e uma
e
venda. É claro que é impossível conceber uma compra sem uma venda,
s
mas, abstractamente, é possível separá-las, correspondendo à compra o
a
preço, e à venda a coisa.
O vendedor pode ter adquirido a coisa para revender, e neste caso a
'.
venda diz-se comercial. O comprador pode tê-la comprado para seu
consumo, e nessa hipótese fez uma compra não comercial. É o que resul-
)
ta claro dos arts. 463.°, n.? 1.0, e 464.°, n." 1.0, respectivamente. Diz o pri-
e
meiro: "São consideradas comerciais:
seja mercantil só em relação a uma das partes, será regulado pelas dis-
posições da lei comercial quanto a todos os contratantes salvas as que
I
les em relação a quem o acto for mercantil: no caso posto, aos dois
comerciantes compradores. De resto, a solução seria a mesma se os com-
pradores não fossem comerciantes mas a compra tivesse por fim a
al Dos actos de comércio 43
o a sua comercialidade.
É este o sentido que deve atribuir-se aos termos " ... especialmente
o regulados neste Código ... ".
)S Mas a dificuldade maior não é esta. Outro problema, e bastante mais
0
)S difícil, se levanta na interpretação da I." norma do art. 2. porventura
:
a por analogia?
44 Liç_õesde Direito Comercial
recurso à analogia está excluída, pois o artigo diz claramente que, além
'-
dos actos especialmente regulados no Código, (só) se consideram "os
contratos e obrigações dos comerciantes (. ..)".
Em face disto, a conclusão seria a de que não é possível a qualificação
por analogia dos actos de comércio.
Mas a questão é precisamente a de saber se actos de comércio são só
(além dos actos dos comerciantes) os especialmente regulados no
Código, ou se, além destes - e afora os actos subjectivos - haverá
outros.
Por isso o argumento exposto atrás envolve nitidamente uma petição
de princípio: dá-se por demonstrado o que justamente importa demons-
trar. Não há actos de comércio qualificados como tais por analogia por-
que ... além dos actos especialmente regulados no Código, só se conside-
ram comerciais os actos subjectivos. O vício do raciocínio é patente. Sim,
de facto, além dos actos especialmente regulados no Código, só se
podem considerar os actos subjectivos ... se não houver actos de comér-
cio qualificados como tais por analogia. Mas não haverá realmente tais
actos? Este é que é o problema sobre que recai a controvérsia.
Também já se pretendeu que seríamos levados a uma contradição se,
em face do art. 2.°, quiséssemos admitir o recurso à analogia. Assim
parece discorrer MÁRIO DE FIGUEIREDO.
"Já se viu que a aplicação por analogia duma disposição supõe que se
está em presença dum caso omisso. Ora bem. O art. 2.° diz que são actos
de comércio os especialmente regulados no Código. Se assim é, é uma
contradição nos termos dizer que se podem qualificar certos actos como
sendo de comércio, por analogia: isso seria o mesmo que dizer que está
especialmente regulado no Código um acto que, por definição, é um
caso omisso, isto é, um caso que não está regulado no Código. Por defi-
nição, a analogia pressupõe um caso omisso; mas se o art. 2.o diz que
são actos de comércio os regulados no Código, não podemos qualificar
actos da vida real como actos de comércio por analogia, porque isso
equivale a dizer que estão especialmente regulados no Código actos
que, de facto, por ponto de partida, o não estão.
46 Liç_ões de Direito Comercial
l1l ln Direito comercial (lições publicadas por AFONSO QUEIRÓ, ALBINO VAZ e JOÃO
MIRANDA), pág. 42.
Dos actos de comércio 47
II) Acerca do problema da analogia em direito comercial, defendeu ROCCO (v. Princípios
de direito comercial, págs. 162 e segs.) uma doutrina cujas linhas fundamentais são as
seguintes: A analogia é admissível em direito comercial porque a enumeração da
norma delimitadora é meramente exemplificativa. Há um conceito unitário de acto de
comércio subjacente a todas as formas de actividade mercantil consideradas na lei: o
acto de comércio como acto de mediação nas trocas, de interposição entre a oferta e a pro-
cura. Assim: na compra de mercadorias e imóveis para revenda ou locação, nas opera-
ções bancárias (mediação entre a oferta e a procura de dinheiro), nas empresas mer-
cantis (mediação entre a oferta e a procura de trabalho, pois, segundo a lei italiana, a
empresa mercantil implica o recrutamento, a remuneração e a direcção de trabalho
alheio, não coincidindo com a noção económica de empresa), finalmente, na ind˙stria
de seguros (mediação entre a oferta e a procura de riscos). É claro que este conceito só
se refere aos actos de comércio absolutos ou por natureza, pois dos actos de comércio
por conexão ou acessoriedade, existentes ao lado daqueles, não pode extrair-se, como
é lógico, nenhum conceito unitário de acto mercantil.
A doutrina de ROCCO não gozou, sequer em Itália, de acolhimento que justifique
maiores explanações. Perante a nossa lei, o conceito de que parte revela-se incapaz de
explicar todas as actividades consideradas comerciais (cfr., v.g., art. 230.° do Cód.
Com.).
<21 Em sentido contrário pronunciaram-se BARBOSA DE MAGALHÃES, Lições de direito
comercial (coligidas por ADELINO DA PALMA CARLOS), págs. 86-87 e 92-93, e
CUNHA GONÇALVES, Comentário ao Código comercial, I, págs. 13-14.
Dos actos de comércio 49
10 RIPERT-ROBLOT, ob. e t. cits., n." 146. No mesmo sentido, dr. por ex. LACOUR-BOU-
TERON, Précis de droit comrnercial, 3.' ed., I, n." 25, J. ESCARRA, Manuel de droit com-
mercial, 1947, n." 87, HAMEL-LAGARDE, Traité de droit commercial, I, n.? 145.
ur Já na Bélgica a orientação seguida é a de que a enumeração dos actos de comércio feita
pela lei é limitativa, mas que não devem interpretar-se restritivamente os termos
legais; dr. LOUIS FRÉDÉRICQ, Principes de droit commercial belge, 1928, t. I, pág. 26, e
Précis de droit commercial, 1970, pág. 25.
!.lI Cfr., por todos, VIVANTE, Trattato di diritto commerciale, 5: ed., vol. I, págs. 114 e seg.;
BOLLAFIO, II Codice di commercio comenta to, 4.' ed., vol. I, págs. 84 e segs.
50 Liç_ões de Direito Comercial
preceito (II.
II) No segundo caso, quando não também no primeiro, parece-nos seguro que nem
sequer há que falar de interpretação extensiva.
UI Tal será o caso, por exemplo, de empresas que proponham fornecer, nestas condições,
medicamentos ou víveres a um hospital, artigos escolares a um estabelecimento de
ensino, etc. Embora não forneçam propriamente géneros, mas bens de outra natureza,
devem assimilar-se a estas as empresas de fornecimento de água, de gás, de electrici-
dade, etc. No mesmo sentido, RIPERT-ROBLOT, ob. e vo/. ciis., n.? 155.
III Cfr., neste sentido, VIVANTE, ob. e vai. ciis.. n." 68.
(I) Para o direito anterior, contido essencialmente no Dec. n.? 5411, de 17 de Abril de
1919, e na Lei n.? 2030, de 22 de Junho de 1948, vide Revista de Legislação e de
Jurisprudência, ano 55.°, pág. 414, e ano 56.°, pág. 424; BARBOSADE MAGALHÃES, in
Gazeta da Relação de Lisboa, anos 37.°, 42.° e 44.°, respectivamente págs. 161, 110 e segs.
e 141; PINTO LOURElRO, Tratado da locação, vol. 3.°, n.? 293, e vol. 1.0, n.? 58, que
vêem o problema principalmente através da norma do art. 59.0 do Decreto n.? 5411, a
qual dava competência aos tribunais comerciais para conhecerem das acções emer-
gentes do arrendamento de estabelecimentos comerciais. Cfr. J. G. PINTO COELHO,
Lições de dir. comerc., I, pág. 57 e segs.
ial Dos actos de comércio 53
lo
rt.
1Il Cfr. os arts. 1095.° e 1093.°. Para mais detalhes, v. infra.
a- Dentro da mesma ordem de ideias se podia afirmar que a norma do art. 2214.° do
s- Cód. Civ. de Seabra, relativa ao usufruto sobre estabelecimento fabril, era uma norma
sobre matéria e de natureza comercial. Com efeito, apesar de localizada no Cód. Civ.,
ela provia sobre o emprego das marcas, modelos, firma comercial, etc., pelo usufru-
tuário de um estabelecimento fabril em outro do mesmo género que viesse a abrir: era,
de portanto, uma regra de índole substancialmente comercial. Claro que o usufruto de
de estabelecimento continua a poder admitir-se actualmente, apesar de o novo Código
in não conter uma disposição correspondente ao citado art. 2214.°. A omissão significa
~s. apenas que o legislador do Cód. Civ. quis devolver ao legislador comercial a regula-
ue mentação desta matéria (dr. os nossos Estudos Jurídicos, vol. II, pág. 268, nota 2); neste
,a sentido, ORLANDO DE CARVALHO, ob. cit., pág. 582, nota 254.
er- (li Em igual sentido quanto aos dois casos se manifestam a doutrina e a jurisprudência
O, francesas; dr. RIPERT-ROBLOT, ob. e uol, ciis., n= 329 e 557. V. também, em sentido
não inteiramente coincidente, HAMEL-LAGARDE, ob. cii., n= 1031 e 1104.
54 Liç_ões de Direito Comercial
tência para conhecer das questões suscitadas nos negócios entre comer-
ciantes, negociantes e banqueiros (;1). A segunda diz que a lei reputa
actos de comércio todos os negócios entre comerciantes, negociantes e
banqueiros (4'.
Face a estas normas, a doutrina definiu os actos de comércio relativos
como aqueles que são praticados por um comerciante no exercício do
s. seu comércio (pour les besoins de son commerce) e que não estejam compre-
r- endidos na categoria dos actos absolutos. Assim, por ex., a compra de
:0 camiões efectuada por um comerciante para o transporte das mercado-
e, rias que compra e vende, ou a de carvão para utilizar no aquecimento
li dos seus "ateliers".
}-
Mas logo se observou que a razão de ser da comercialidade dos actos
relativos (ou acessórios) não se encontrava na qualidade de comerciante
)r do agente, mas antes na sua conexão com o exercício do comércio; a
si qualidade de comerciante do agente só daria apoio a uma presunção
,- neste sentido, mas com admissibilidade de prova em contrário. Como
)s escrevem HAMEL e LAGARDE, "é a natureza comercial da actividade
.., principal que justifica o carácter comercial do acto acessório; e é preciso
sublinhar que o acto relativo só adquire carácter comercial se está
o conexionado com o comércio do comerciante. Os actos praticados pelo
o comerciante com vista à satisfação das suas necessidades particulares
:e não são comerciais: assim, p. ex., a compra de carvão para gastos de
ei casa (1)".
r- Podemos dizer que a teoria do acessório, com o alcance acabado de
referir, foi acolhida na 2. a parte do art. 2.0 do nosso Código. Como
veremos em seguida, daí se deduz que são comerciais todos os actos
,-
praticados pelo comerciante em conexão com o seu comércio.
Mas a doutrina francesa foi mais longe e considerou também co-
merciais os actos acessórios dos actos de comércio objectivos, ainda
LS que não praticados por comerciantes Esta solução apoia-se no art.
(2).
,-
penhor constituído por um comerciante, mas também aquele que é
r- constituído por um não comerciante por causa de um acto de comér-
a cio.
e Semelhante mente, dizia BARBOSA DE MAGALHÃES {3l: Supo-
nhamos que um não comerciante pratica um acto de comércio isolado:
IS compra fazendas para revender; em seguida, arrenda um armazém para
o as guardar, aluga carroças para o seu transporte, contrata um empre-
UI No mesmo sentido, FERNANDO OLA VO, ob. cii., pág. 102 e sego No entanto, não está
excluído que as restrições ao princípio da inadmissibilidade da analogia, apontada
acima, possam operar mesmo no campo dos actos acessórios.
58 Liç_ões de Direito Comercial
a são "o contrário" aos actos de comércio nos termos da primeira parte do
'-
artigo, seria que teríamos apenas uma categoria de actos de comércio: os
D regulados especialmente no código; doutrina que, por forma conclu-
a dente, já demonstrámos ser inteiramente indefensável.
"Essa demonstração é, pois, de per si, a condenação formal da inter-
pretação que deixamos referida. Admitida ela, ficaria ininteligível a dis-
e posição do art. 2. que declararia então comerciais todos os actos espe-
0
,
;
-, cialmente regulados no código, e além deles os contratos e obrigações
'-
dos comerciantes quando não fossem o contrário de um acto especial-
mente regulado no código; diria, assim, que eram comerciais os actos de
comerciantes que já o fossem! E se é certo que não pode pôr-se em d˙vi-
~. da a verdade de tal afirmação (O seria contudo de notar o absurdo, neste
,
, caso, da expressão além deles'w.
~i
á
L- II> PINTO COELHO - Direito comercial português, I, pág. 82. No mesmo sentido, dr. Lições
ciis., I, pág. 47, e GUILHERME MOREIRA, Dos actos de comércio, págs. 122 e segs.
60 Liç_õesde Direito Comercial
til Apêndice ao Código Comercial português, 21 edição, Imp. da Univ., pág. 159.
111Apêndice cit., pág. 19.
rn PINTO COELHO, Lições cit., págs. 38-40. Se bem a entendemos, é fundamentalmente a
mesma a posição do FERNANDO OLA VO, embora nela se divise uma certa nuance
(ob. cit., págs. 85 e segs.).
'ial Dos actos de comércio 63
ea
'Ice
III PINTO COELHO, Lições cit., págs. 47-48.
64 Liç_õesde Direito Comercial
d) Solução adoptada:
~ES Temos como certo que a boa interpretação é aqui a defendida pela
um generosidade dos nossos comercialistas. Na verdade, se dissermos que a
não presunção que está na base da 2: parte do art. 2.c consiste em conside-
a, à rar-se, genericamente, que os actos dos comerciantes têm, em princípio,
conexão com o seu comércio, aquela conclusão impõe-se com força lógi-
Jis, ca inegável. Se a razão da lei reside naquela presunção, e esta presunção
ne- há-de ser meramente relativa, compreende-se a exclusão da comerciali-
do dade quando se apure que o acto não tem qualquer ligação relevante
eza com o comércio do seu autor. Mas já não se compreende igual solução
loje quando dos termos e circunstâncias do contrato apenas resulte que ele é
ido o contrário de um acto de comércio tal como a lei o define, tendo, não
'ec- obstante isso, manifesta relação com a actividade mercantil de quem o
iais praticou.
tsta Há franco ilogismo, na verdade, na doutrina de VEIGA BEIRÃO.Se o
les- comerciante comprador declara ao vendedor que compra a mercadoria,
não para revender, mas para um fim nitidamente conexo com o exercí-
cio do seu comércio, não se compreende que o acto não seja comercial.
Pois não é certo que os actos dos comerciantes se consideram comerciais
por se presumir que têm conexão com o respectivo comércio? Como se
cto compreenderia então que eles deixassem de ser comerciais justamente
quando a presunção se converte em certeza? Resulta do acto que ele está
tri- efectivamente conectado com a actividade mercantil do seu autor.
Resulta do próprio acto que essa conexão presumida existe, como cone-
nte xão efectiva, no caso concreto. No entanto, depois de tudo conve-
nientemente averiguado, o negócio jurídico não seria comercial!
Vejamos agora qual o alcance da expressão "próprio acto" da ˙ltima
parte do artigo 2.°. Tem-se entendido, e bem, que é necessário atender
ula não só ao acto em si, isto é, ao conte˙do formal das declarações nego-
ciais que o constituem, mas também às circunstâncias concomitantes.
nte Não, porém, a todas: tão-somente àquelas que forem conhecidas do
Ju outro contra ente, ou que este tivesse obrigação de conhecer. Para saber-
mos, pois, se determinado acto praticado por um comerciante deve ser
lal considerado comercial, temos de nos colocar no ponto de vista do decla-
,er ratário, e de atender, portanto, àquele conjunto de circunstâncias que
ér- este conhecia ou que, razoavelmente, deveria conhecer. Devemos colo-
car-nos, em suma, no ponto de vista de um declaratário normalmente
diligente. Na verdade, há que não iludir as legítimas expectativas da
outra parte - que pode não ter quaisquer motivos para duvidar de que
~de o acto em que intervém tem conexão com a actividade mercantil do
comerciante. Por conseguinte, só as circunstâncias que tiverem sido
68 Liç_õesde Direito Comercial
II> Quanto à locação de estabelecimento, em face da norma do art. 1085.°do actual Cód. Civ,
não nos parece que a sua comercialidade objectiva seja de molde a provocar d˙vidas.
m O mesmo se diga de outros casos de trespasse, como a entrada para uma sociedade
comercial, quando o objecto daquela seja a propriedade do estabelecimento ou empre-
sa, ou a adjudicação do estabelecimento a um dos ex-sócios em caso de liquidação da
sociedade.
III PIRES DE LIMA-ANTUNES VARELA, Código Civil anotado, vol. II, págs. 179 e seg.;
GALV ÃO TELES, Contratos Civis, sep. do BoI. Min. Just. 83, págs. 33 e segs.
W Segundo aquele autor (Lições cii., pág. 60), o que interessa para a categoria dos actos
Exceptue-se a posição de FERNANDO OLA VO, ob. cit., págs. 82 e segs., e, ultimamen-
te, na jurisprudência; dr. os acs. do S.T.J. de 30-5-1958 (BoI. Min. Just. 77, pág. 441, e
Dos actos de comércio 71
'"
LIÇOES DE DIREITO
COMERCIAL
VolumeI -1973
VolumeII -1968
VolumeIII-1975
~
1994
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