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Noção de ato de comércio: noção que determina a aplicabilidade das regras de dt comercial em prol das regras de dt civil
Atos de comércio: factos voluntários especialmente regulados em lei comercial e os que, sendo realizados por comerciantes, respeitam as condições
previstas no 2/1-2ªParte
Estão expressamente previstos/regulados em legislação comercial EX 230 empresas // 463 CV // 231 mandato // 101 fiança
- São atos considerados comerciais independentemente do sujeito que as pratica ser ou não comerciante
- Tem uma enumeração exemplificativa, portanto, pode-se fzr uma interpretação analógica p/retirar o mesmo carater de comercialidade a outros
atos
- √ atos que estão especialmente conexos c/a atividade mercantil (necessário ligação mercantil)
- X atos que tenham “natureza exclusivamente civil” EX comprar um carro p/oferecer a 3º // doação feita a cliente (X regime geral no CC)
- OA o ato exclusivamente civil é aquele que não possa ser regulado pelo CComercial
- JCA o ato exclusivamente civil é aquele que, pela sua natureza, não é conexionável com o exercício do comercio
- “se do contrário do próprio ato não resultar” – significa que o ato praticado pelo comerciante só é comercial se não resultar de si próprio ou
de circunstâncias que o acompanhem que não tem relação com o giro comercial
Aqueles que são sempre considerados atos comerciais por serem Atos que não valem por si próprio mas sim em
dotados de comercialidade própria (valem por si), não conexão/associação com um ato de comércio objetivo
dependendo de ligação a outros atos ou atividades comerciais
EX 101 fiança // 231 mandato // 394 empréstimo // 403
EX 463 CV comercial depósito // 397 penhor
Atos cuja comercialidade se verifica em relação a ambas as partes Atos cuja comercialidade se verifica em relação a apenas 1 das partes
Artigo 2
*se se trata de um ato que não é objetivamente comercial e que foi praticado por um não comerciante, é um ato civil*
2-1ªParte atribuem a qualidade de comerciante quando praticados profissionalmente – o ato é de comércio se é subsumível ao 2-1ªParte
P/qualificar um ato como comercial, tenho de fazer uma articulação entre o 2-1ªParte e uma regra qqr dos contratos especiais de comércio
Teoria do acessório: elaborada pela doutrina, que defende que seriam comerciais os atos acessórios de atos objetivamente comerciais ARG
encontram-se numa relação de instrumentalidade (EX depósito / penhor) OA CA rejeitam esta teoria, uma vez que tal contraria a intenção taxativa
do 2
Artigo 230
* corresponde a uma tipologia delimitativa e é admitida uma extensão analógica dos números a atividades análogas *
- Isoladamente, os atos de comércio do 230 são atos civis EX um amigo da transporte a outro amigo por certo preço: é um contrato de transportes
mas como o transportador não tem empresa (X contexto organizativo), o contrato é regulado pelo CCivil
2 linhas de interpretação:
D- CG entendimento subjetivo “empresa-organização” – empresa enquanto atividade: está em causa a qualificação de comerciantes (entidades
singulares ou coletivas)
ARG as expressões do proemio “singulares ou coletivas” e “que propuserem” são expressões com um certo grau de subjetivação (só as pessoas é
que têm propósitos, por isso, este artigo não qualifica atos mas sim comerciantes)
D+ JES JCA PC MC entendimento objetivo “empresa-atividade” – empresa enquanto organização de meios: está em causa a qualificação de novos
atos objetivos comerciais
- É uma linha de interpretação que se apoia nos antecedentes normativos francês e italiano
ARG os termos “singulares ou coletivas” esgotam o universo dos sujeitos jurídicos, enquanto “empresas” traduzem organizações de meios humanos
e materiais c/vista a uma atuação economicamente racionalizada
ARG não existem elementos teleológicos ou sistemáticos que permitam retirar do 230 uma listagem de comerciantes pois essa qualificação como
comerciantes está já presente no 13
ARG classificar uma entidade como comerciante só por causa de um empreendimento n está certo (empresário não tem de ser comerciante)
2 ≠ 230
2 este critério qualifica certos atos jurídicos como atos comerciais independentemente de eles serem
praticados em contexto organizativo e massificado
230 tem de diferente o facto de os atos praticados em contexto empresarial comercial só serem comerciais
na medida em que sejam praticados em contexto massificado ou organizativo (em contexto de empresa)
Coloca-se a questão da possibilidade de considerar comerciais atos que não surjam nem no Código Comercial, nem em leis comerciais extravagantes.
Isso implicaria o recurso à analogia para qualificar como comercial um certo ato. Doutrina portuguesa dividiu-se:
É pacifico na doutrina pt que o 230 comporta uma analogia delimitativa (admite-se a extensão a outras atividades análogas)
230/2 refere-se ao fornecimento de géneros ANALOGIA são tbm consideradas empresas fornecedoras de água, gás, eletricidade e de fornecimento
de serviços
230/6 refere-se às empresas de construção de casas ANALOGIA são tbm consideradas as outras empresas de construção EX de edifícios
CA TESE DA ADMISSIBILIDADE o 230 comporta uma analogia delimitativa (admite-se a extensão a outras atividades análogas) ARG embora não
estejam abrangidas, são empresas análogas que se traduzem no exercício de uma atividade económica desenvolvida
dentro do condicionalismo referido
CUNHA GONÇALVES Teoria do acessório são comerciais os atos acessórios de atos objetivamente comerciais ARG encontram-se numa relação de
instrumentalidade (EX depósito / penhor)
PPV vai mais longe e diz que podem ser qualificados como comerciais por analogia não apenas os atos acessórios, mas também outros que fossem
valorativamente próximos dos atos especialmente regulados na lei comercial.
Compra para revenda 463/1
É qualificado como comercial à luz do 463/1 e à luz do 2-1ªParte é um ato de comércio objetivo na medida em que se encontra regulado em
legislação comercial (o ato de compra p/revenda é de comércio se é subsumível ao 2-1ªParte)
Para demonstrar que a pessoa é comerciante, tenho de provar que ela, por profissão, pratica atos jurídicos que são qualificados pela lei como
comerciais 13/1 + 463/1 faz profissão de comprar bens para os revender
Comerciantes
A capacidade é determinada por remissão para o 7, que faz uma equiparação à capacidade civil QUID gozo ou exercício?
D+ capacidade de exercício – o menor, em via de regra, não pode adquirir a qualidade de comerciante
OA (3ªvia) o incapaz não pode, por si, praticar atos de comercio e logo, ser comerciante, contudo, já poderia sê-lo qnd os atos fossem praticados por
representantes legais, devidamente autorizados
MC critérios:
- prática reiterada ou habitual (não necessariamente continua) – não são atos ocasionais ou isolados mas sim em cadeia e em gnd numero
- prática juridicamente autónoma (em nome próprio e por sua conta – pessoalmente ou através de representantes)
- prática tendencionalmente exclusiva (embora o comerciante possa ter outras profissões há limites práticos)
- se as dividas forem contraídas em proveito comum, no exercício do comércio 342/1 os credores que pretendam valer-se deste regime têm de
provar que as dividas foram contraídas no exercício do comércio
- se vigorar o regime da separação de bens (respondem os seus bens próprios e, subsidiariamente, a sua meação nos bens comuns)
A lei não exige para a qualificação como “comercial”, que o objeto social se reporte exclusiva ou predominantemente à pratica de atos comerciais,
podendo estar estes previstos apenas como parte do objeto social ou como algo de acessório
-5CSC as sociedades comerciais adquirem a personalidade e tornam-se comerciantes no momento do registo definitivo do ato constitutivo
163/1CC + 192/1 + 252/1 + 408 + 474 + 478CSC as PC são representas pelos titulares dos competentes órgãos
14/1 entidades coletivas - ainda que exerçam o comércio, ele não deverá ser exercido a titulo de profissão, como “modo de vida” delas mas √
capacidade de exercício para praticar atos de comércio EX associações recreativas, culturais, desportivas, sindicais
EX Mandatários comerciais com representação a titulo profissional – 231 quando alguma pessoa se encarrega de praticar 1 ou + atos de comercio
por mandato de outrem // é uma modalidade de mandato (uma modalidade de prestação de serviços) // não é comerciante pq o que o mandatário
comercial faz repercute-se, for força da representação, na esfera do representado
- 248-251 Gerentes de comércio (trata e negoceia em nome do seu proponente, 253 não podem comercializar) // 180/1CSC sócio // 256
auxiliares // 257 caixeiros // 266 Comissários comerciais
EX Mediadores - Agentes comerciais - Farmacêuticos - Sócios de responsabilidade ilimitada - Sociedades comerciais sem PJ
→ Sujeitos não qualificáveis como comerciantes - X Comerciantes os que exercem atividades não mercantis
- Atividade artesanal
√ Comercial o artesão em que, existindo uma empresa comercial, não exerce diretamente a atividade de artesanato
18 Obrigações do comerciante
→ Firmas e denominações
Escritura mercantil: consiste no registo ordenado e sistemático em livros e documentos relativos à atividade mercantil, tendo em vista a sua própria
informação e a de outros sujeitos
29 é obrigatória