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1.Manuel é comerciante?
Tendo em conta o artigo 13.º do CComercial, para se ser comerciante é necessário que
esteja em causa uma pessoa com capacidade, que pratique atos de comércio e faça
destes profissão.
Podiamos também ter discutido se estamos ou não perante uma empresa comercial- ver
artigo 230º
Artigo 95.º do CCom- podia se ter debatido se tinha estabelecimento comercial ou não
Contudo, a lei não exige que a profissão comercial seja a única exercida pelo sujeito,
nem que seja a principal (é comerciante quem exerça uma profissão não mercantil a
título principal e uma outra a título secundário, mas autónomo, que seja mercantil).
4.º- prática tendencionalmente exclusiva. Como está prestes a reformar-se, existe uma
possibilidade de redução de horário de trabalho, pelo que se poderá dedicar
exclusivamente ao seu negócio.
Contudo, o artigo 14.º do CComercial vem dizer que é proibida a profissão do comércio
“ aos que por lei ou disposições comerciais não possam comerciar”.
Contudo, Manuel não é advogado por conta própria, estando também integrado numa
sociedade de advogados, sendo que é trabalhador subordinado , ao abrigo de um
contrato de trabalho.
A resposta a esta pergunta remete-nos desde logo para a análise da temática dos atos de
comércio.
Os actos de comércio objetivos serão aqueles regulados no código comercial como tal,
ou em legislação comercial avulsa.
Ora, neste caso, não nos parece que a compra do ar- condicionado seja um ato de
comércio objetivo (artigo 2.º/1 do CCom), uma vez que , sendo para sua casa, nada nos
indica que haja a intenção de revende-lo e , por isso, não se aplica o disposto no art.
463.º CCom.
Não sendo comercial não se pode aplicar o regime relativo às dívidas comerciais, art.
15.o
CCom, o qual presume que as dívidas realizadas pelo cônjuge comerciante foram feitas
ao
abrigo do comércio, justificando-se, caso se se verificasse a segunda presunção do
regime da
responsabilidade dos cônjuges comerciantes, designadamente o de que que as dívidas
não
foram contraídas para o proveito comum do casal, a aplicação do art. 1691.o/1/d)/1p e
art. Art.
Práticas de Comercial I 2023/2024
1695.o/1 CCiv. Esse artigo determina são os bens comuns do casal que respondem pelas
dívidas
comuns e, na sua falta, solidariamente, os bens próprios de cada um dos cônjuges. A ser
assim,
caso a respetiva compra do AC fosse um ato acessoriamente comercial, não se pode
atacar, em
primeira linha, o património de Dionísia. Noto para o facto de que esse regime também
só se
aplicaria caso a modalidade de casamento não fosse o da separação de bens, situação
que
determinaria a aplicação da parte final do art. 1691.o/1/d) e art. 1696.o. Isto levaria a
que pelas
dívidas de um cônjuge não houvesse responsabilidade nenhuma do outro,
consequentemente
Dionísia não podia ser demandada para o pagamento do valor em dívida porque apenas
os bens
de Manuel e a meação dos bens comuns é que irá responder.
IMPORTANTE:
Esta questão do que é ser exclusivamente civil acaba por ter zonas de fronteiras.
Portanto o
critério genérico, para efeitos do art. 2.o parte final, baseia-se no destino dos bens ou
serviços
que o comerciante se encontra a adquirir. Se se destinarem a ser integrados no seu
comércio
jurídico, designadamente porque o AC seria para a loja de forma a melhorar as
condições de
conforto, tratar-se-ia de um ato conexo com a atividade comercial que desenvolve, pelo
que,
mesmo que o código não tenha uma previsão específica, ainda assim podemos dizer que
está em causa um ato de comércio em sentido subjetivo, porque se encontra a adquirir
um bem para
integrar no seu comércio. Como tal, a eventual dívida que daí resultasse era uma dívida
comercial porque há uma conexão manifesta com a atividade económica que o
comerciante
realiza. Há uma integração do bem que é adquirido não para uma finalidade pessoal,
mas para
o próprio desenvolvimento do comércio. Na verdade, correspondem a atos acessórios de
comércio, na medida em que não integram o núcleo de ato de comércio em sentido
objetivo,
mas mantém uma ligação em sentido prático, ou seja, são auxiliares para a prática de
atos de
comércio. Como tal, a estes atos que têm uma ligação a título acessório com os atos de
comércio
Práticas de Comercial I 2023/2024
Diana poderia argumentar pois a ver dela estão os requisitos do artigo 2.º
Dionísia podia ilidir esta presunção, provando que foi um ato de comércio
E também poderia provar, o que e difícil, que a compra do ar condicionado não era em
proveito comum do casl.
Neste caso, quando Manuel e Felipe contratam com Ernesto para utilizar o armazém
para colocar as peças que não cabem no espaco da loja, presume-se que estes serão
vendidos no futuro, sendo que poderão ainda ser trabalhados e revendidos, ou ainda
poderão estar à espera de mais compradores.
Quanto à garantia que Ernesto quer que Manuel dê, estamos perante um contrato de
penhor, previsto no artigo 397.º e ss do CCom. Este caracteriza-se pelo facto de
identificarmos no património do devedor
um objeto específico que vai responder por uma dívida.
Para podermos falar de penhor mercantil, e não o penhor do código civil, deve a dívida
que se cauciona proceder de acto comercial.
comercial. Ora, uma vez que a escultura de Júlio Pomar visa garantir o
pagamento do preço do depósito e, como se viu, este último era mercantil, porque os
bens que
lá se encontravam destinavam-se ao comércio, então isso quer dizer que o penhor
também o é.
Como se viu, Diogo, ao assumir a posição de fiador estava sujeita ao regime comercial,
porque
a fiança era mercantil, na medida em a dívida em que se encontrava a garantir era a
dívida do
contrato de depósito, contrato este que, ainda que a título de acessoriedade, era um ato
de
comércio. A ser assim, o regime comercial, diferente do regime civil que prevê o
benefício da
excussão prévia, art. 638.o CCiv, institui o regime da solidariedade. De acordo com o
regime
civil, aquele que garante pessoal a obrigação de outrem tem o benefício obstar a ações
executivas enquanto o património do devedor originário não for excutido, ou seja,
enquanto
todos os bens do património do afiançado não forem apreendidos. No âmbito da fiança
mercantil, o devedor responde solidariamente com o comerciante pela dívida, ou seja, o
fiador
irá responder exatamente nos mesmos termos que o devedor, na medida em que, de
acordo com
o art. 512 e sgs CCiv, o credor pode exigir a qualquer um do devedor a integralidade do
preço
e qualquer um dos devedores se exonera pagando a integralidade do preço. Assim,
Diogo não
pode argumentar que somente responde quando o património do António se esgotar, na
medida
em que o regime da solidariedade permite que quem é titular do armazém possa
executar o
património de ambos ou de qualquer um deles pela integralidade da dívida já que não
existe
benefício da excussão prévia.
Se, ao invés, o Diogo se encontrasse a garantir o AC do exercício anterior, nos termos
da qual
conclui que não se tratava de uma compra e venda comercial, neste caso não
aplicaríamos o
regime do art. 101.o, na medida em que o art. 100.o paragrafo único determina que, no
caso de
uma pluralidade de devedores o regime não se aplica quando a dívida em causa não for
comercial.
Pluralidade de fiadores
Se a responsabilidade é solidária ou não
Cada um responde pela satisfacação integral da dívida, mas fica sub-rogado nos direitos
do autor (art. 644º CC) e tem direito de regresso sobre os outros fiadores (650º/1 CC)
Apenas poderia argumentar que era devedor de matede do valor em divida caso
tivessem convencionado o benefício da divisão ( 649.º do CC), caso em que cada um
responderia por uma parte da divida.
II
Madalena, pintora, como avançar dos tempos foi fazendo vários cursos e foi
aperfeiçoando as diversas técnicas de pintura.
Atualmente , tem o seu atelier localizado em Belém mesmo ao lado da
galeria onde expõe os seus quadros, tendo mais de 20 funcionários
especificamente adstritos à exposição.
Tintas do Sucesso, S.A. é a atual fornecedora de tintas de Antónia. O
último fornecimento realizado em 15 de julho, no valor de EUR 150.000,00 não foi
ainda pago. A Tintas do Sucesso, S.A. pretende saber se a dívida do
fornecimento se encontra vencida (ou ainda terá de interpelar Madalena para o
efeito...) e que outros direitos poderá exercer contra Madalena em caso de
mora ou incumprimento da obrigação de pagamento?
Segundo este artigo, excluem-se do âmbito da primeira alínea o artista que exerce
directamente a sua arte, indústria ou ofício, embora empregue para isso operários.
Teoria Subjetiva
Empresas como sujeitos jurídicos que exercem a atividade económica
Teoria Objetiva
Empresas como instrumentos ou estruturas produtivo-económicas objetos de direitos e
negócios
Não tem em consideração o Artigo 13º que estabelece quem é e quem não é
comerciante.
Ora, ao deixar que toda e qualquer atividade se possa subsumir no artigo 230.º resulta
que se não se está a testar a capacidade da pessoa ou se exerceria a sua atividade
profissionalmente.
Práticas de Comercial I 2023/2024
Deste modo, teríamos de incluir como comerciantes entidades tais como as que constam
do artigo 14.º e 17.º que se encontram excluídas da comercialidade. – a explorar as
empresas do Artigo 230.º.
Também será esta a posição de Oliveira Ascenção e de MC: As empresas referidas neste
Artigo não são mais que complexos de atos comerciais
Estes atos do Artigo 230º são comerciais porque são praticados com uma repetição
orgânica. Mas segundo MC, este Artigo não pode ser interpretado como um elenco de
comerciantes – já que iria contra o
Artigo 13º.
Ora, tanto pela teoria subjetiva como pela teoria objetivista, temos dificuldade em
enquadrar o atelier de Madalena no artigo 230.º.
Teoria Enunciativa.
O art. 230º não tem uma definição clara relativamente ao âmbito subjetivo, mas é
enunciativa no sentido em que, quando
olhamos para esse artigo, conseguimos verificar o espírito que se encontra por de trás
do âmbito global são as empresas para o direito comercial.
Ou seja, conseguimos verificar que, no que toca aos efeitos jurídicos, o art. 230.º exige
elementos organizativos que vão além da mera pratica de uma atividade comercial com
carater de reiteração
Por exemplo, um agricultor que vende os próprios bens que cultiva encontra-se excluída
da
Práticas de Comercial I 2023/2024
A ser assim,
segundo a tese do Professor Cassiano dos Santos, há a necessidade de uma organização
mínima para podermos classificar em geral os comerciantes. E sim, em geral os
comerciantes porque o artigo 230.º permite-nos extrapolar outro conjunto de atos de
comércio em sentido amplo.
Mais ainda, teremos de ter em conta o facto de Madalena não ser comerciante segundo o
artigo 280º do CCom, poisa estão excluídos os artistas, industriais, mestres, oficiais de
oficina da categoria de atos de comércio.
Segundo Menezes Cordeiro , define-se enquanto entidade que não sendo comerciante
em si, suscita, não obstante, a aplicação das diversas regras do Direito comercial.
O mesmo se aplica ao art. 464.o, porque do ponto de vista sistemático existe uma
coerência
entre o art. 230.o e art. 464.o. Assim quando olhamos para este último artigo, as razões
que nos levam a interpretar atualisticamente o art. 230/1o pár. também valem para
interpretar o art.
464.º, no sentido em que sempre que tenha um profissional que desenvolva uma
atividade deste
género, com de elementos materiais e elementos humanos, então podemos classificar
como
comerciante.
No nosso caso em concreto, verifica-se que no art. 230.o/ parágrafo 1o/ parte final se
encontram
excluídos os artistas, industriais, mestres, oficiais de oficina da categoria de atos de
comércio.
Todavia verifica-se que a Antónia tendo o seu próprio ateliê, pessoas que se encontrem
responsáveis por tratar das suas próprias exposições, ou seja, tendo uma organização
altamente
especializada e com divisão de funções entre pessoas. Assim, tem toda uma estrutura
económica identificável no mercado a funcionar que permite que faça uma leitura
atualista do
art. 230.o, explicando no fundo que sempre que tenha um elemento orgazacional forte,
constituído por elementos humanos e materiais, no desenvolvimento de uma
determinada
atividade, não obstante a exclusão, ainda assim podemos classificá-la como
comerciante. Deste
modo, a leitura atualista do art. 230.o conjugado com a teoria das pessoas semelhantes a
comerciantes, podemos considerar Antónia como comerciante, porque nada faz
presumir que
não tenha capacidade e, por outro lado, reúne todos os requisitos da profissionalidade e
ainda
tem o elemento organizativo.
Quem em 1888 não seriam considerados comerciantes e quem hoje em dia poe em
causa esta noção do artigo 230.º do CCom
Primeiro era perceber se era comerciante pelo artigo 13.º do CCom.
Prática de atos de comércio?
Questão doutrinária no 230º:
A duvida é se enumera comerciantes ou atos que os comerciantes podem fazer?
Hoje em dia a teoria dominante refere que são um conjunto de atos que comerciantes e
não comerciantes podem praticar- estão enumerados atos objetivamente comerciais
Práticas de Comercial I 2023/2024
Acima do artigo 96.º temos “livro segundo- dos contratos especiais do comércio”
Por razoes sistemáticas, isto da-nos a entender que a empresa que esta no artigo 230º é
um contrato especial do comércio
Por que é que do artigo 13 vamos para o 230ª? Segundo requisito do artigo 13.º- a
pratica de atos de comércio.
Não era comerciante por aqui.
Isto não seria assim se considerássemos a teoria subjetivista. Íamos só ao artigo 230º
para ver se era comerciante ou não. Mas pela epigrafe vai contrariar. Não é comerciante
então.
Outra doutrina:
MC apresenta três grandes requisitos:
1. Autónomos e não ao serviço de outra entidade por via de um contrato de
trabalho – não pode estar adstrita a deveres de obediência (de alguém que tem
poder de direção) – preenchido neste caso pois Madalena gere o atelier
( Exposição teórica:
Artigo 1.º do CCom- âmbito de aplicação do código
Conceito de ato de comércio, pode praticar uma pessoa que é comerciante e uma
que não e comerciante
Práticas de Comercial I 2023/2024
Artigo 2.º do CCom- ato comercio em sentido subjetivo e ato comercio em sentido
objetivo
Doutrina entende que há atos que por serem considerados comerciais, são
comerciais
Também se consideram para alguns autores algumas legislações por analogia. Não
obstante não estar neste código em comercial, por muitas semelhanças de regime,
podemos qualificar como comercial este diploma. Ex.: contrato de compra e venda
comercial (463º e 464º do CCom). Contrato de agencia vamos encontrar esta
mesma necessidade de circulação de bens.
Que não seja de matéria exclusivamente civil- matérias que não estão relacionadas
na sua essência com o comércio. Ex: casamento, adotar, etc
O espaço nunca tinha antes sido usado, pelo que Alice teve de comprar e
pagar todos os móveis e equipamentos necessários ao funcionamento do seu
restaurante, ou pelo menos Alice assim conta.
Práticas de Comercial I 2023/2024
Em 2020, Alice, decidiu passar o negócio ao seu irmão, Diogo, porém, Beatriz
e Carlos recusaram-no perentoriamente. Perante esta recusa, Alice continuou a
servir refeições, tendo acabado por melhorar o seu serviço ao nível de anunciar
o seu estabelecimento como “o melhor restaurante do universo!”.
Dois anos mais tarde (2022), porém, um seu cliente de longa data, Emílio, disse-lhe
“a Beatriz e o Carlos adoram-me! Se quiseres, eu assumo o negócio!”. Dito isto,
logo ali chegaram a um acordo quanto ao preço, momento de transmissão,
entre outros aspetos do acordo, apertaram as mãos e concluíram o negócio.
4.Emílio está furioso com a traição de Alice ao ajudar a filha a abrir o Novo Sabor
Apetitoso ali tão perto. O que pode fazer?
1-O lado de Beatriz e Carlos-O estabelecimento comercial era deles, para alem de serem
senhorios, deixaram que Alice explorasse o estabelecimento deles
Assumindo que houve mesmo cessão temporária com contrapartida onerosa do
estabelecimento, será que não haver clientela significa que não havia estabelecimento
Clientela-pessoas potenciais
Doutrina- tem relevância mas não é elemento do estabelecimento por que não podem
existir direitos subjetivos sobre a mesma
Ex: não posso exigir que a pessoa x vá ao meu café em vez de o outro. A pessoa faz o
que quer.
Mas é relevante para calcular o valor do estabelecimento.
Existe um valor associado à clientela.
Práticas de Comercial I 2023/2024
O estabelecimento que nunca tenha funcionado pode ser um estabelecimento se for apto
para o fim pelo qual foi criado.
CA diz que apesar de faltaram elementos essenciais, existe uma organização unitária de
bens e que projetam a imagem ao publico de estabelecimento, mesmo que não tenham
ainda trabalhadores.
2-
eles não tinham de consentir
tinham apenas de ter sido comunicadas- 1112º/1
podíamos ter falado do ratio legis desta norma- interesse dos trespassários e etc
observância da forma escrita- 1112/3
na comunicação, há autores que defendem que se deve enviar a copia do contrato para
que o senhorio possa conhecer do inquilino
podia ser um negocio jurídico gratuito- uma doação- não sabemos e ai nesse caso o
senhorio não teria direito de preferência
3-
1138/f)- não foi comunicado, tem direito à resolução
Explorar os argumentos que fundamentam a necessidade da comunicação aos senhorios
Sub-hipótese:
Artigo 1038/g)- incumprimento
Práticas de Comercial I 2023/2024
Estabelecimento comercial
Coisas corpóreas e incorpóreas devidamente organizadas e afetas ao comércio
Quando é que vamos ao 1112º ? quando o sujeito é proprietário do sujeito mas tem
de pagar renda a um senhorio (que é dono do prédio todo)
Quero vender o meu estabelecimento a alguém. Preciso de notificar senhorio ?
sim1139º/f) do CC
Preciso de autorização dele? Não1112º
Isto é assim por causa da tutela da comércio. E também por que o interesse é
vender ao maior preco e com a restrição do senhorio isto podia não acontecer.
O senhorio não pode impeder a transmissão de estabelecimento comercial.
neste caso?
Clausula 2
das dívidas, seguindo o regime geral do art. 595.o, o qual determina que
transmissão do título
exonerar o trespassante havendo declaração expressa dos credores. Até então, irá
responder
o que faz é uma mera interpretação específica do regime quando esteja em causa
um trespasse
de estabelecimento comercial. O plano das relações internas tem que ver com as
relações entre
de três situações: (1) credor apenas reconhece o trespassante como devedor; (2)
o credor
Aula 9/10
Resolução do caso:
Há quem recorra o princípio da boa fé. Deveres com eficácia após a celebração
do contrato. Este tipo de conduta viola um dever de lealdade.
Há quem na doutrina que diz que esta obrigação não consta do cc de todo. E
defendem que o abrigo da autonomia privada.
Limites -Em que termos e que uma parte esta adrista a dever de não
concorrência e quais os limites da tua atuação (limite espacial, temporal,
material, objetivo)
1-
Práticas de Comercial I 2023/2024
Se se retira um elemento tão crucial ao ponto de que se pode dizer que já não se
trata do mesmo estabelecimento então dizemos que houve violação do âmbito
mínimo (por exemplo, retirar o nome de “ A brasileira” ao café icónico do
Chiado”
Alguns autores entendem se não considerar que violou o âmbito minino e que
ainda é o mesmo estabelecimento , podia haver uma redução do contrato de
trespasse.
2-
O contrato de trespasse incide sobre vários bens. Contudo, as partes podem excluir que
certo elemento. Só não podem excluir um elemento pertencente ao âmbito mínimo.
Os trabalhadores estão sobre uma situação frágil, pois podem perder o trabalho.
Artigo 285º do CT
2.a)
Práticas de Comercial I 2023/2024
3.
i)
artigo 424º do CC
questão doutrinária
quando celebramos contratos de trespasse, o que é que acontece aos terceiros? Por
exemplo, aqueles terceiros com que o antigo trespassário celebrava contratos de
fornecimento?
Ler posição de Cassiano Santos, Engrácio Antunes, Januário Costa Gomes e Oilveira
Ascensão
Cassiano Santos, Engracio e Januário vao apoiar esta doutrina e vao acrescentar mais
argumentos
Artigo 3º do CComercial
O direito comercial exige outra flexibilidade que o direito civil não tem
Práticas de Comercial I 2023/2024
CA refere que há sempre o consentimento de todos é que se pode transmitir esta posição
contratual.
Proxima aula
Aula 18/10/2023
Insolvência
Artigo 2.º do código da insolvência. Qualquer pessoas singular pode ser sujeito de um
processo de insolvência. Mas também o podem ser as sociedades coletivas.
Código de insolvência (artigo 5.º) apresenta uma noção diferente de empresa do que o
código comercial
Artigo 18º e ss
Se for o próprio devedor a pedir a própria declaração de insolvência. Quem é que pode
constestar? Ninguém. Nem há audiência (artigo 28º). O tribunal pode reconhecer ou
não.
Exemplo:
Segue-se a apreensão dos bens-> massa insolvente 46.º, 36º, 1,g), 81º, 149º
Artigo 165.º
Se existe um plano de insolvência para pessoa singular que tem empresa, ele tem um
plano de pagamentos. Não se aplica a quem não e empresário. 249º, 250º e 251º.
Mas tem de esperar pelo transito em julgado. Ou seja, tem de esperar que o prazo depois
da sentenca que se tem para recorrer acabe.
Artigo 128º- administrador da insolvência vai analisar as reclamações dos credores mas
também os elementos da contabilidade do devedor
Práticas de Comercial I 2023/2024
Os credores podem impugnar esta lista que o administrador da insolvência faz? Sim! E
abre-se aí um outro processo. Nos termos do artigo 130º e o processo vai estar nos
artigos que se seguem.
Créditos sobre massa insolvente são prioritários- artigo 51º (?) > Créditos sobre a
insolvência- artigo 47º
INSOLVÊNCIA TA/2023-2024I-
O Requerimento de Insolvência –
Em 2018, Adalberta e Joana decidem constituir uma empresa cujo objeto social é a
compra e venda de vinho, à qual denominaram de BELAVISTA, Lda. Para essa
via, adquirem um espaço na Avenida da Liberdade, um terreno no Douro,
celebram um conjunto de contratos com vários fornecedores e recorrem a um
empréstimo junto do BANCOTUDOEMPRESTA, S.A.
Estamos perante um caso de legitimidade, em que importa determinar quem é que pode
requerer a declaração de insolvência (legitimidade ativa) e quem é que pode ser
declarado insolvente (legitimidade passiva).
A Belavista , Lda poderia requerer a sua própria declaração de insolvência, nos termos
do artigo 19.º do CIRE.
Práticas de Comercial I 2023/2024
Critério do fluxo de caixa (cash flow) – o devedor é insolvente assim que se torna
incapaz de pagar as suas dívidas no momento em que estas se vencem, por falta de
liquidez. . .Neste caso, é irrelevante que o ativo seja superior ao passivo, pois a
insolvência verifica-se assim que haja impossibilidade de pagar as dívidas existentes.
Esta ausência de liquidez pode -se dar pelo facto da atividade não desencadear
rendimentos para pagar as obrigações. Nesta situação, não existe cash flow e afluência
de meios para o pagamento das obrigações.
Neste caso, parece- nos que o activo seria de 20.000 euros, gracas ao empréstimo do
banco.
Parece-me ser o caso aqui, visto que houve uma redução substancial da atividade em
causa, facto notório por já não terem clientes, além de que não tinham capacidade para
cumprir com as suas obrigações, dado que não tinham recursos para ombrear os
concorrentes.
Não havia liquidez. Não havia forma de pagar as dividas. De acordo com o critério do
fluxo de caixa, isto bastava para se ser declarado insolvente. Falta de meios de
pagamento.
Práticas de Comercial I 2023/2024
Critério da balanco. Os bens do devedor são suficientes para pagar aquelas obrigações?
Posso ter imensos bens mas não tenho forma de pagar as minhas dividas sem os vender,
e aí sou declarada insolvente.
Não sabíamos quantos bens a sociedade comercial tinha. E não sabíamos se a sociedade
comercialtinha entrado em incumprimento com as dividas anteriores.
Competia a quem geria a sociedade comercial nos termos do artigo 19.º do CIRE
Lei nº 1-A de 2020 vigorou até junho de 2023 na lei 31/2023 em que houve uma
suspensão deste prazo por causa da pandemia que foi ruinosa para muitos negócios
Existem autores que criticam esta vantagem, pois há tantos limites que acaba
Benefício 2: apensação
Efeitos do artigo 85.º : Declarada a insolvência, todas as acções em que se apreciem questões
relativas a bens compreendidos na massa insolvente, intentadas contra o devedor, ou mesmo contra
terceiros, mas cujo resultado possa influenciar o valor da massa, e todas as acções de natureza
exclusivamente patrimonial intentadas pelo devedor são apensadas ao processo de insolvência, desde
que a apensação seja requerida pelo administrador da insolvência, com fundamento na conveniência
para os fins do processo.
Práticas de Comercial I 2023/2024
Têm de haver consequências para quem faz pedido infundado, com dolo.
Doutrina e o professor regente considera que não faz sentido por coerência sistemática.
Nos casos de negligencia grosseira faz se sentido permitir a responsabilização dos
devedores também.
Ambos o dolo e a negligencia grosseira devem ser aplicados no caso do devedor por
coerência sistemática
Ml considera que nos casos dos credores requererem a insolvência e no final o devedor
não estava insolvente. Se pelo artigo 20º conseguirem provar que uns dos índices
estavam preenchidos e indicavam que o devedor estava insolvente, apesar de na verdade
não estar, poderão não ser responsabilizados. (o devedor também pode-se defender na
oposição)
O artigo 102o/1 define negócios em curso como “os contratos bilaterais em que, à data
da declaração de insolvência, não haja ainda total cumprimento por qualquer das partes.
Estão em causa, exclusivamente, negócios jurídicos bilaterais e sinalagmáticos em que
ainda anão tenha havido total cumprimento pro nenhuma das partes.
Ou será que se aplica o 111º pois estamos perante um contrato de prestação duradoura
de serviço=
Práticas de Comercial I 2023/2024
Neste caso, haveria uma verdadeira impossibilidade de pagar os credores. Não havia
duvida que era uma situação de insolvência, segundo o 3.º/1 do CIRE. Não se aplicava o
3.º/2 pois, novamente , não tínhamos informação suficiente no enunaciado.
Íamos pelo artigo 20º/1 -podia o Ministério Público , em representação das entidades
cujos interesses lhe estão legalmente confiados
20/1/g)
São factos índice- são factos que indicam que o devedor esta em insolvência. Mas não
quer dizer que está. O credor tem ainda de provar a insolvência do devedor. E o devedor
pode ainda contrariar.
Ver a doutrina sobre isto. Há doutrina que diz que esta distinção entre artigos é inútil e
que o artigo 3.º bastava.
O artigo 20 não serve para dizer que o devedor esta insolvente, servem para o credor ir a
tribunal, invocar uma das alíneas e dizer que supor que o devedor esta insolvente.
Créditos subordinados pelo 48ª? Isto é, pois estamos perante créditos detidos por
pessoas especialmente relacionadas com os credores
c.A ser declarada a insolvência da BELAVISTA, Lda., que créditos devem ser
primeiramente pagos, considerando (i) os factos resultantes do enunciado
48º/g)
O artigo 186o/2 contem uma presunção absoluta de insolvência culposa sempre que
tenha havido incumprimento destes deveres. O que está em causa é apurar se alguém
com algum ato ou omissão contribuiu para a criação ou agravamento da situação de
insolvência. Sendo a insolvência culposa, há um conjunto de consequências aplicáveis.
Artigo 189º
Requisitos:
INSOLVÊNCIA TA/2023-2024
II-Administrador de Insolvência
Portanto, Afonso decidiu proceder à venda de três bens imóveis pelo melhor preço
oferecido, através de propostas a apresentar por qualquer meio, que publicita em
anúncio sem menção do dia a hora de abertura, nem fixação de preço-base.
Afonso aceitou propostas no valor de € 500,€ 5.000, € 2.000 pelos imóveis, quando
lhes correspondiamos valores patrimoniais tributários de € 10.000, € 50.000 e €
20.000.
O caso parece-nos indicar que houve relatório de gestão, sendo que este tinha o dever de
elaborar o relatório, no que decorre dos artigos 155º e 156º.
e que tal foi aprovado pela assembleia, pelo que o administrador da insolvência podia
proceder com prontidão à venda de todos os bens apreendidos para a massa insolvente.
Artigo 158º
Ora , sendo que a massa involvente consista em apenas 4 imóveis, considera-se que a
venda de 3 deles se afigura um ato de especial relevo, tendo em conta os riscos
envolvidos e as perspectivas de satisfação dos credores da insolvência. A qualificação
desta alienação como ato especial relevo torna necessárias cautelas especiais.
Mais ainda, o artigo 164º/2 do CIRE prevê que o admistrador deve informar o credor
com garantia real sobre o bem alienado de qual foi o valor base fixado. Afonso nem
sequer estipulou um preço base no anúncio. Não havia credores com garantia real sobre
o bem a alienar.
O pagamento aos credores pelo produto da massa insolvente, não impede, ao abrigo do
regime previsto no art. 59º CIRE, que os credores demandem o administrador da
insolvência para ser ressarcidos pelos danos causados com a sua atuação, desde que se
demonstre a diminuição da percentagem do crédito que, se não fora o ato lesivo, o
prejudicado provavelmente receberia, ou, pelo menos, no agravamento das condições de
recebimento.
Importa avaliar se ,nas circunstancias concretas do agente, o acto em questão era aquele
que, de entre os possíveis, melhor se ajustava a assegurar a necessária tutela dos
interesses dos credores.
ATENÇÃO: ter em conta que o administrador da insolvência devia ter em conta o prazo
de 1 ano do artigo 169º e que já tinha passado 7 meses...
Dívidas da massa insolvente, segundo o artigo 51º, incluem as dívidas emergentes dos
actos da administração, partilha e liquidação da messa e em geral da axctuação do
administrador da insolvência no exercício das suas funções.
158º e ss
Pelo 164º, o ideal era a venda eletrónica mas não era obrigatorio
Informação necessária para chegar a tomada de decisão- não fez analise dos preços dos
bens
Cobrem-se todos os casos de violação de deveres por parte do nomeado, aqueles em que
se verifica a inaptidão ou incompetência para o exercício do cargo, traduzidas na
administração ou liquidação deficientes, inapropriadas ou ineficazes da massa
3 formas de cessar
Renunciar
Cessação do processo
Destituído –
III
Em agosto de 2022, a Associação das Almas Caridosas, na qual Diogo era associado,
pede a André que lhe faça uma doação no montante de € 10.000.
Práticas de Comercial I 2023/2024
André, que sempre foi uma pessoa generosa, mas pouco prudente, doa de imediato o
referido montante, apesar de, com esse ato, esgotar todas as suas poupanças.
Contudo, nem era necessário ir por esta via, sendo que o artigo 121º/c) prevê a
resolução incondicional em benefício da massa insolvente nos casos em que a
constituição pelo devedor de garantias reais relativas a obrigações preexistentes
ou de outras que as substituam , nos seis meses anteriores à data de início do
processo de insolvência
Sendo que Bernardo estava de má-fé, o crédito que ele tinha inicialmente sobre
André passa a ser um crédito subordinado , por consequência do artigo 48º/e) do
CIRE
Contudo, nem era necessário ir por esta via, sendo que o artigo 121º/c) prevê a
resolução incondicional em benefício da massa insolvente nos casos em que a
constituição pelo devedor de garantias reais relativas a obrigações preexistentes
ou de outras que as substituam , nos seis meses anteriores à data de início do
processo de insolvência
Será que isto tudo nem importava pois a hipoteca legal tinha ficado extinta com
a declaração da insolvência logo? Em virtude do artigo 97/1/c)?
O credor com garantia real sobre o bem a alienar deve ser ouvido sobre a
modalidade da alienação e, bem assim, informado acerca do valor base da
alienação projetada a entidade determinada (art. 164º,2), podendo ainda propor
a aquisição do bem, por si ou por terceiro, nos termos do art. 164º/3
Será que era relevante o artigo 161º? Que isto era um ato de especial relevo?
Artigo 123º.
Ou pela alínea e)- não me parece que seja por esta alinea
Podia exigir através da resolução, tal como previsto no artigo 126º/6, pois havia
má fé presumida
121/b
Podia ir pelo 120, mas a assistente acha difícil argumentar neste sentido
121/6-
De acordo com o 127º/1, resolvido em benefício da massa insolvente um certo ato, esse
mesmo ato não pode ser objeto de uma nova ação de impugnação pauliana efeito que
decorre da resolução em benefício da massa insolvente
Se a ação pauliana que puder prosseguir, nos termos acabados de expor, vier a ser
julgada procedente, o art. 127º/3, também determina que o interesse do credor que a
instaurou “ é aferido, para efeitos do artigo 616º do Codigo Civil, com abstração das
modificações introduzidas ao seu crédito por um eventual plano de insolvência ou de
pagamentos”.
O credor tem “direito à restituição dos bens na medida dos seus interesse” (616º/1 do
CC)
Podem fazê-lo?
Sendo realizada essa recusa do cumprimento, nenhuma das partes tem direito à
restituição do que prestou (artigo 102º/3a), o que leva a que o promitente-
vendedor não tenha de restituir o sinal recebido ou qualquer antecipação do
preço.
No entanto, por força do artigo 104º/5, promitente comprador terá direito como
indemnização a receber a diferença, caso esta seja positiva, entre o valor da coisa
objeto do contrato prometido, na data da recusa, e o montante do preço que
ainda teria de pagar, a qual constitui crédito sobre a insolvência
Práticas de Comercial I 2023/2024
Artigo 51º/1/f)
(i)
uma obrigação de não concorrência por um
prazo de 5 anos após a cessação do contrato;
(ii)
um direito de exclusivo na zona oeste do país,
(iii)
que a sua remuneração se resumiria à comissão de 10% do preço de cada produto
vendido pela
JURÍDICA EDITORA, LDA às livrarias contactadas por Miguel, incluindo esta
comissão a
compensação pela clientela criada pelo que, findo o contrato, nada mais terá a ver
da empresa; e
(iv)
um prazo de 2 anos.
Em janeiro de 2017, Miguel teve uma epifania e dedicou-se ao budismo. Rapou o
cabelo e apenas
utilizava uma veste. Os donos das livrarias com quem interagia começaram a olhá-
lo com
desconfiança.
Miguel começou também a espalhar ensinamentos asiáticos aos donos das
livrarias, apenas
apresentando como livros da JURÍDICA EDITORA, LDA. contos budistas.
Práticas de Comercial I 2023/2024
Artigo 24º LCA- formas de cessação- acordo das partes, a caducidade, a denúncia e a
resolução.
Podia ter direito a comissões mesmo após o termo da relação da agência nos termos do
artigo 16º/3 da LCA
Jurídica editora pos termo ao contrato nos termos do artigo 30º da LCA (resolução)
Isto é, um dos requisitos essenciais da resolução será a existência de um motivo que, aos
olhos da lei ou do negócio em curso, seja considerado razão suficiente para justificar a
atribuição de um poder exoneratório a quem o profere.
A resolução por justa causa constitui uma providência adequada para fazer frente às
anomalias funcionais que podem perturbar o desenvolvimento dos contratos de duração,
sejam elas consequência de uma qualquer modalidade de incumprimento de obrigações
derivadas dos mesmos ou o resultado de circunstâncias objetivas, não imputáveis a
qualquer dos contraentes, que afectem o equilíbrio das respetivas atribuições
patrimoniais a ponto de porem em causa a viabilidade futura do vínculo
Contudo, a LCA desvia- se um pouco do regime geral do instituto (do 436/1 do CC):
sujeita a declaração resolutiva a requisitos procedimentais e de conteúdo
particularmente rigorosos: para além de ter de revestir a forma escrita, ela deve conter a
indicação das razões em que se fundamenta e ser proferida no prazo de um mês após o
conhecimento dos factos que a justificam (artigo 31)
Justa causa
As obrigações do agente estão nos termos do artigo 6º e do artigo 12º
Os incumprimentos tem de ser gravosos ou pelo menos reiterados o suficiente
O fundamento da alínea b) tem a ver com circunstancias objetivas cuja culpa não é de
ninguém.
Ver o 437º do CC.
Não houve caducidade. Pelo 27º/2. As partes agiram no sentido da renovação tácita do
contrato.
2. Segundo Miguel, mesmo que o contrato ficasse sem efeito, ele teria de ser
compensado pela
clientela que criou, considerando que os clientes continuaram a efetuar
encomendas à JURÍDICA
EDITORA, LDA.
3. Miguel sustentou ainda que este deveria reclamar à JURÍDICA EDITORA, LDA. a
comissão
contratualmente prevista por cada produto vendido por esta às livrarias do oeste
do país através
da loja online criada em 2016.
No caso concreto:
Cobrança de créditos
Artigo 3º/3 diz expressamente que se o agente cobrar créditos sem autorização se aplica
o 770º do CC
Quando um terceiro realiza a prestação em vez do credor
A obrigação pode ser extinta se o credor aprovar
Podemos tentar procurar a tutela do terceiro que confiou no Miguel- ver os requisitos do
artigo 23º
No artigo 23º, temos requisitos subjetivos e objetivos
Aplicava-se o nº2, por que o 1º era para a representação sem poderes
Temos de ter demonstrado que havia razoes ponderosas que justificassem o interesse de
terceiro
Da perspectiva do cliente tem de ter tido razoes legitimas para ter considerado que o
agente podia realizar o contrato.
Se calhar não havia razoes ponderosas para justificar a boa fé do terceiro. Ter atenção
que ele já se tinha mudado para o budismo em janeiro e isto foi em agosto.
Regime resultante do artigo 21º: mostra o dever de comunicação. Pretende-se neste
artigo tutelar o agente.
Práticas de Comercial I 2023/2024
Caso não se consiga demonstrar que o artigo 23 se preenche, ou o negocio não era
eficaz pelo 22 ou então o credito não se extinguia e o cliente tinha de repetir a compra
5.
a clausula dizia que o dever de não concorrência era de 5 anos. Mas a lei diz no artigo 9º
que no máximo é de 2 anos.
ao cessar o primeiro contrato, houve uma renovação tácita do contrato?
Mesmo que não podessos afirmar que estava submetido ao dever de não concorrência,
ele estava adstrito ao dever de segredo
Aula de 8/11
Contrato de agencia
Contrato de concessão
Contrato de franquia
Aplicam-se muitas normas por analogia da lei da agencia aos outros contratos.
Na agencia:
Na concessão:
Vai contratar numa determinada área um distribuidor que vai adquirir os bens e que
depois os vende aos consumidores.l
Na franquia:
Vai conceder o direito a utilização do nome comercial ( o logotipo, a marca, ...) e vai
fornecer os meios adequados para proceder à sua atividade (know-how necessário)
Obrigação de promoção de celebrar contratos não significa que não pode celebrar
contratos, quer so dizer que a sua obrigação principal é a sua promoção
Politica económica- onde acaba a liberdade da parte é questionável. Ver a doutrina aqui.
Agencia:
O modo de restribuição
A cessação do contrato
Aula 13/11
Resolução do caso 5:
Renúncia
Nº2 do 473º
Artigo 809º
Serem habituais significa que recorram aos serviços de forma estável e reiterada
Práticas de Comercial I 2023/2024
Podem ser clientes novos que previamente não tinham qualquer relação contratual
Alínea b)
Aula 15/11/2023
Na norma 33º por que é que é admissível a analogia para o regime do contrato de
agência?
posição doutrinária que recuse a aplicação da alínea c): (ir ver ao acórdão)
Discussões doutrinarias
A ratio legis da alínea c) é proibir que exista um contrato celebrado entre o agente e o
principal pela angariação de clientela após a cessação do contrato.
Deve ser comunicada à outra parte com determinada antecedência. A lei- artigo 28º/1-
fixa prazos crescentes, em consonância com a duração do contrato. Uma vez que o
contrato durou pouco mais de um ano, ou seja, já estava a iniciar o seu segundo ano de
vigência, a MELHOR EDITORA, SA devia ter denunciado o contrato com um prazo
mínimo de dois meses.
As partes podiam estipular os seus prazos, desde que fixarem um prazo mais longo ao
mínimo que era exigido por lei – 28º/3
Uma vez que a MELHOR EDITORA, S.A não respeitou o prazo minino estipulado no
artigo 28º, ficará obrigado a indemnizar o Miguel pelos danos causados pela falta de
pré-aviso.
Importa referir que apesar de não ter pre aviso, a denúncia continuava a ser eficaz,
apenas a torna ilícita (dando lugar a tal indemnização) Pinto Monteiro e Menezes
Cordeiro
Aplicam se os prazos previstos no 28ª? Há autores que consideram que são prazos
demasiado curtos.
Outros consideram, dizem que os prazos do 28º estabelecem o minimo, e as partes não
podem estabelecer abaixo deles.
Há uma outra corrente jurisprudencial que avalia segundo o caso concreto. Em função
dos produtos, da organização, dos lucros, etc
Quanto aos stocks, as partes não regularam nada sobre eles. A posição e diferente
conforme a posição que se adote.
Uns autores dizem que não da para aplicar, é um regime atípico, se as partes não
estabelecerem nada, o concessante não é obrigado a recomprar os bens que o
concessionário não conseguiu vender. O concessionário fica com os bens no armazém e
a arder basicamente.
Importante : o artigo Artigo 36º diz que o problema esta resolvido no caso dos agentes.
Práticas de Comercial I 2023/2024
O artigo 28º também é criticado quanto as agencias. Alguns autores consideram que os
prazos ate para a agência são curtos demais.
Com efeito, o contrato de franquia constitui o veículo negocial sobre o qual assenta a
criação e a organização da rede distributiva do franquiador no mercado: ora, a unidade
da imagem empresarial externa do franquiado e franquiador funciona assim, aos olhos
do público, como um pressuposto da integração do primeiro nessa rede.
Por forma a permitir ao franquiado uma efectiva fruição da referida imagem empresarial
unitária, mas também como forma de preservar a integridade desta imagem (mormente,
a reputação dos sinais distintivos de comércio partilhados), essencial é também que o
franquiador transmita ao franquiado o seu “saber-fazer” industrial, organizativo ou
comercial, bem como lhe forneça a assistência técnica necessária durante a execução do
contrato.
Aula de 20/11/2023