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A capacidade jurídica é uma medida concreta de direitos e deveres que se possa ser
respetivamente titular e destinatário, temos uma qualidade de ser destinatário. É uma
medida concreta de direitos e obrigações que alguém possa ser titular. É uma dimensão
quantitativa.
Na capacidade jurídica temos a capacidade jurídica de gozo e de exercício: Capacidade
de gozo: é a medida concreta, medida de que pode ser titular, isto é, traduz a medida de
posições jurídicas que se possam encabeçar. Capacidade de exercício: exprime a medida
de posições jurídica a exercer pessoal e livremente.
Caso 1
1. António é comerciante?
R: Antes de mais, nos termos do artigo 13º CCom, admite como comerciante “pessoas,
tendo capacidade para praticar atos de comércio, fazem deste profissão” e “sociedades
comerciais”.
Ora, o artigo 14º CCom, dispõe que é proibida a profissão do comércio a “associações
ou corporações que não tenham por objeto interesses materiais” e “aos que por lei ou
disposições especiais não possam comerciar”. Assim, a profissão de comerciante está
aberta a todas as pessoas (singulares), salvo exceções devido a proibições gerais,
incompatibilidades, inibições e impedimentos.
Cumpre distinguir que as proibições gerais – são normas que vedem a toda e qualquer
pessoa singular certo tipo de comércio, por exemplo, comércio bancário – , as
incompatibilidades – impedem determinadas pessoas singulares, colocadas em certas
posições ou envolvidas em determinas situações jurídicas, de exercer comércio (Lei n.º
52/2019, de 31 de Julho) – , as inibições – atingem seletivamente determinadas pessoas,
por facto que elas hajam perpetrado ou por situações nas quais se achem incursas, por
exemplo, inibição do falido – e os impedimentos – adstringem pessoas neles incursas a
não praticar determinado tipo de comércio, salvo autorização, ocorre com o gerente de
comércio (artigo 253º CSC).
Tópicos resolução: 13º CCom, 7º CCom, 14º CCom, 4 pressupostos do MC, teremos de
praticar um ato de comércio para ser revelante na definição de “comerciante”
R: A resposta seria diferente caso fosse uma fundação – pessoa coletiva – tendo em
conta que tem interesse social (não afirmar interesse social nesta cadeira!) , artigo 157º
do Código Civil, não podendo ser reconhecidas se isso não ocorrer, 188º do Código
Civil, e a profissão de comercio implica necessariamente um fim lucrativo.
Logo, não pode por isso a resposta idêntica, portanto, por força do artigo 14º/2 CCom e
17º/parágrafo único CCom.
Sendo assim, o artigo 15º do CCom que coloca os dois cônjuges em pé de igualdade no
tocante às dívidas comerciais dos comerciantes, remetendo para o disposto 1691º/1/d)
do Código Civil (discute-se na doutrina e jurisprudência se este preceito não revogou o
artigo 15º).
É relevante ser “para a sua casa” e o artigo 15º do CCom aborda “no exercício do seu
comércio”. Em primeiro lugar, a comunhão geral de bens ou adquiridos? Sub-hipótese,
porque o 15º somente se aplica na comunhão geral de bens ou adquiridos.
Posteriormente, artigo 15º, o regime estabelecido é o seguinte quando se refere a dívidas
comerciais, presunção ilidível, (no exercício do seu comércio, divida comercial, cônjuge
em comunhão de bens adquiridos ou geral), se não tiver demonstrado o proveito
comum, não se poderá ser pedido nada à Dionísia.
Ora, não foi exercida a compra do AC para a casa, em si, presume-se que foi, e terá de
demonstrar tal no tribunal que não foi.
R: Nos termos do artigo 2º/1ª parte do CCom, são considerados atos de comércio todos
aqueles que se acharem especialmente regulados no CCom (e legislação avulsa, de
acordo com a doutrina), aliás, a 1ª Parte deste artigo reconduz aos atos de comércios
objetivos, que se distinguem dos atos de comércio subjetivos, nos termos do artigo
2º/2ªParte do CCom.
Assim, a comercialidade destes atos pode resultar de, independentemente do sujeito que
os encabece, e lhes ser aplicável um regime especial historicamente dito mercantil (atos
objetivamente comerciais), ou de tal regime lhes competir por terem sido levados a cabo
por comerciantes, no exercício do comércio (atos subjetivamente comerciais).
Quanto à questão de locação vs depósito, a professora admite que estaria mais correta a
interpretação do depósito, contudo interpretaria a questão da locação.
R: Ora, por força do disposto 100º do CCom, existe solidariedade entre o António e
Felipe. A obrigação é solidária quando cada um dos devedores responde pela prestação
integral e esta a todos libera, sendo que o credor tem o direito de exigir de qualquer dos
devedores toda a prestação ou parte dela, proporcional ou não à quota do interpelado.
Contrariamente, às obrigações conjuntas ou parcelares, cada um dos devedores apenas
se encontra obrigado á sua parte na prestação total, já que estas obrigações caraterizam-
se pela autonomia e independência do vínculo respeitante a cada um dos obrigados de
tal modo que os factos relativos a cada um daqueles não produzem qualquer efeito
quanto às obrigações dos restantes.
Tópicos: não pode argumentar, paradigmático das obrigações conjuntas, e não das
solidárias, o que pode ocorrer é o direito de regresso mas isso é na relação entre eles.
Caso 2
Antónia desde criança que sempre gostou de pintar. Com o avançar dos tempos foi
fazendo vários cursos e foi aperfeiçoando as diversas técnicas de pintura, passando
as suas obras a ser um imenso sucesso a nível nacional e internacional.
Atualmente, tem o seu atelier localizado em Belém mesmo ao lado da galeria onde
expõe os seus quadros, tendo mais de 20 funcionários especificamente adstritos à
exposição e à negociação dos seus quadros e à organização das exposições que
Antónia vai realizando pelo mundo fora, já para não falar da invejável frota de
veículos de transporte das suas preciosas obras de arte.
1. Antónia é comerciante?
R: Antónia, pessoa singular, pode ser comerciante, basta ter capacidade para praticar
atos de comércio, e façam, deste profissão, nos termos do artigo 13º do CCom.
Ora, o artigo 14º CCom, dispõe que é proibida a profissão do comércio a “associações
ou corporações que não tenham por objeto interesses materiais” e “aos que por lei ou
disposições especiais não possam comerciar”. Assim, a profissão de comerciante está
aberta a todas as pessoas (singulares), salvo exceções devido a proibições gerais,
incompatibilidades, inibições e impedimentos.
Cumpre distinguir que as proibições gerais – são normas que vedem a toda e qualquer
pessoa singular certo tipo de comércio, por exemplo, comércio bancário – , as
incompatibilidades – impedem determinadas pessoas singulares, colocadas em certas
posições ou envolvidas em determinas situações jurídicas, de exercer comércio (Lei n.º
52/2019, de 31 de Julho) – , as inibições – atingem seletivamente determinadas pessoas,
por facto que elas hajam perpetrado ou por situações nas quais se achem incursas, por
exemplo, inibição do falido – e os impedimentos – adstringem pessoas neles incursas a
não praticar determinado tipo de comércio, salvo autorização, ocorre com o gerente de
comércio (artigo 253º CCom).
Sendo assim, se o preço não foi pago na data devida, estão em causa os juros moratórios
legais, nos termos do artigo 102º do CCom. Segundo o Decreto-Lei nº62/2013 de 10 de
Maio, os artigos 2º e 3º, aplicam-se a transações comerciais entre empresas, estando
verificado o âmbito de aplicação.
Posto isto, aplica-se o disposto 4º/2 do mesmo diploma, que admite que “Em caso de
atraso de pagamento, o credor tem direito a juros de mora, sem necessidade de
interpelação, a contar do dia subsequente à data de vencimento, ou do termo do prazo de
pagamento, estipulados no contrato. E ainda, o artigo 4º/3/c) (“Sempre que do contrato
não conste a data ou o prazo de vencimento, são devidos juros de mora após o termo de
cada um dos seguintes prazos, os quais se vencem automaticamente sem necessidade de
interpelação:
c) 30 dias após a data de receção efetiva dos bens ou da prestação dos serviços, quando
o devedor receba a fatura antes do fornecimento dos bens ou da prestação dos
serviços”).
Logo, a Tintas do Sucesso não necessita de interpelar Antónia para o efeito, tendo
assim, direito a juros moratórios legais.
R: Antes de mais, Tintas do sucesso, S.A é uma empresa, por força do artigo 230º no
número 2 do CCom.
Tópicos de resolução: acrescentar inda que podemos ainda admitir que como Berto é
um órgão. A pessoa coletiva é que é comerciante, a sociedade comercial, não os órgãos,
logo nunca poderiam ser eles os comerciantes, visto que todas as suas ações, vão ter
efeitos na pessoa coletiva.
Ora, tendo em conta que o conteúdo do mandato era duas vendas de tintas na Rússia a
dois clientes específicos, por força do disposto 233º do CCom, compreende-se todos os
atos necessários e acessórios à sua execução, independentemente de estar especificados,
logo, terá de abranger as respetivas despesas que foram fundadamente consideradas
indispensáveis pelo Carlos.
Tópicos de resolução: a primeira questão é se este atos são mercantis? Sim são, logo,
não se aplica o parágrafo 1 do 231º, artigo 233º não diz especificamente mas parece que
está presumido.
Por oposição a José Tavares, Coutinho Abreu, afirma que não são comerciantes os
sujeitos que, a título profissional, executem mandato comercial com representação.
Por fim, na minha opinião, tendo em conta, que o comerciante é uma prática habitual,
lucrativa, autónoma, tendencialmente exclusiva, por força, dos dois últimos vetores da
prática profissional comerciante, sustento que o mandatário não é comerciante, diria
somente a nível profissional, independentemente de não ser uma linha ténue.