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145.º n.º 4 e 5 CC
Alcino e bento – não são comerciantes pk não exercem comercio em nome próprio
INFORLIS, Lda, TINTEX, S.A. – são comerciantes artigo 13.º n.º 2 CCCom e 1.º n.º 2 da CSC
Carlos
Artesas – os artesãos não devem ser considerados comerciantes, considerando que a atividade
de artesanato não é considerado uma atividade mercantil por forca das disposições legais
artigo 330.º p.1, 2.ª parte e artigo 464.º n.º 3
Amigo que transporta os tapetes – transporte – o amigo que transportou os tapestes, nada
mais resultando do enunciado, quanto a atividade que ele desenvolve, não pode ser
considerado comerciante. No caso de transporte tem natureza civil porque a comercialidade
imponha que o condutor tivesse constituído a empresa para o efeito 366 do CCom
Paula representante legal não comerciante porque não exercem comercio em nome próprio,
falhando portanto um dos requisitos da qualidade de comerciante, ela exerce o comercio em
nome de Carlos
1) A compra de tapetes por uma sociedade comercial para decorar o escritório – não é
um ato de comercio objetivo porque não pode ser a hipótese reconduzida ao artigo
463..º CCom
Ato de comercio subjetivo art.º 2.º 2.ª parte CCom
- Ato seja praticado pelo comerciante (quem é que adquire os tapetes? Sociedade
comercial – é comerciante, certo
- não pode o ato ter natureza exclusivamente civil – sap atos que não podem ser
conexionáveis – não tem natureza exclusivamente civil
Venda dos tapetes feita pelas artesas – art.º 464.º n.º 3, 2.ª parte corresponde a uma
venda civil.
Compra dos panfletos – ato subjetivo comercio subjetivo pelas razoes enunciadas
anteriormente 2.º 2.ª parte
Não é aplicável o regime da responsabilidade solidaria art.º 100 p.º único, mas antes o regime
regra do direito civil da conjunção (art.º 513.º CC), isto significa que cada um dos devedores
(artesas) apenas se encontra obrigada a respetiva parte na prestação total, o quer dizer que,
ter-se-ia de apurar no caso concreto aquilo a que cada artesã se comprometerá executar e
cada uma so responderia por essa parte que se obrigará a realizar
Alertar para a dificuldade da prova de que a divida não é para proveito comum do
casal – separação de facto não afasta, por si so, a presunção, simplesmente poderá facilitar a
prova
Funcionaria da lavandaria – não comerciante porque não exercem atividade mercantil ou, pelo
menos, não o farão em nome próprio
Bruno – estudante – não comerciante porque não exerce uma atividade mercantil
BelaVida – Organização de eventos, Lda (Sociedade por cotas) – A BelaVida deverá ser
considera comerciante uma vez que respeita os requisitos do art.º 13.º n.º 2 CCCom e 1.º n.º 2
da CSC
Elisa, socia gerente da sociedade comercial – não é comerciante porque não exerce o comercio
em nome próprio, mas antes em nome da sociedade comercial
Atos:
Em base geral diremos que alguém adquire a qualidade de comerciante a partir do momento
em que pratica ato/atos que revelem a intenção de exercer o comercio como profissão. No
caso pratico, os atos praticados pelo Xavier revelam essa sua intenção, antes mesmo da
abertura da lavandaria.
Para que uma pessoa (singular) seja considerada comerciante é necessário que reúna as
condições impostas pelo art. 13.º, n.º 1, do CCom., a saber: i) a capacidade para praticar actos
de comércio (cfr. também o art. 7.º do CCom.), e; ii) o exercício do comércio como profissão,
isto é, de modo habitual ou sistemático (não é comerciante quem pratique esporadicamente
actos mercantis). Não se exige, no entanto, que a profissão comercial seja a única exercida
pelo sujeito, nem que seja a principal (é comerciante quem exerça uma profissão não
mercantil a título principal e uma outra a título secundário, mas autónomo, que seja
mercantil). Nem se exige, para que haja profissão comercial, que a respetiva atividade seja
exercida de modo contínuo ou ininterrupto (v.g., é comerciante quem explora um parque de
campismo somente nos períodos de veraneio). Deve acrescentar-se ainda que as pessoas que
exercem profissionalmente uma atividade comercial só são comerciantes quando a exerçam
em nome próprio.
Por todo o exposto, Xavier, reunidas as condições acima mencionadas, deveria ser considerado
comerciante, pois que ele explora uma empresa (de prestação) de serviços (in casu, uma
lavandaria), que, recorde-se, deve ser considerada comercial, com base no recurso à analogia
juris, nos termos do art. 230.º, n.º 2, do CCom.
É também comerciante a sociedade “BelaVida – Organização de Eventos, Lda.” (art. 13.º, n.º 2,
do CCom.).
Por não reunirem as condições acima mencionadas, não devem ser considerados
comerciantes: Carla (profissional liberal); Bruno (estudante), e; Elisa (um sócio-gerente de uma
sociedade comercial não exerce, note-se bem, a atividade comercial em nome próprio).
Todos os atos praticados por Xavier são mercantis (cfr. também o art. 2.º, 2.ª parte do CCom.).
No respeitante a Bruno, a contratualização da organização da festa comemorativa do seu
ingresso no curso é civil.
2) Responsabilidade por dividas comerciais contraídas por cônjuge comerciante – art.º 15.º
CCom; 1691.º n.º1 al. d) – respondem, em principio, ambos, salvo se Xavier e/ou Carla
afastarem a presunção de que a divida foi contraída para proveito comum do casal; dificuldade
de provar de prova, é verdade que, no caso, a separação de facto vem facilitar a prova de que
a divida não é contraída para proveito comum do casal mas não afasta, so por si a
responsabilidade de ambos, art.º 1695.º n.º 1 do CC
Art.º 100 §único – afasta a regra da solidariedade nas obrigações comerciais relativamente aos
não comerciantes
Por tais dívidas “respondem os bens comuns do casal, e, na falta ou insuficiência deles,
solidariamente, os bens próprios de qualquer dos cônjuges” (art. 1695.º, n.º 1, do CCiv.).
Reforçando a tutela dos credores dos comerciantes (e do comércio), diz o art. 15.º do CCom.:
“As dívidas comerciais do cônjuge comerciante presumem-se contraídas no exercício do seu
comércio”.
A prova de que as dívidas não foram contraídas em proveito comum do casal raramente será
produzida. Com efeito, o normal é que com o exercício do comércio (incluindo a contracção de
dívidas) se vise o proveito da família. Não obstante, poder-se-á fazer tal prova, por exemplo,
quando um comerciante esteja separado de facto e, sem o dever de assistência (cfr. art. 1675.º
do CCiv.), não contribua para a sustentação do cônjuge. Mas, repare-se, a separação de facto
apenas vem facilitar a prova de que as dívidas não foram contraídas em proveito comum, pois,
em qualquer caso, compete ao cônjuge do comerciante, a este ou a ambos ilidir (ou tentar
ilidir) a presunção do art. 15.º do CCom.; afastada ela, afastada ficará a aplicação do art.
1691.º, n.º 1, al. d), do CCiv.
Por todo o exposto, Xavier e, em princípio, também Carla, seriam responsáveis pelos 20.000
euros devidos pela aquisição da carrinha. A segunda só não responderia caso se lograsse ilidir a
presunção do art. 15.º do CCom. e, com ela, a aplicação do art. 1691.º, n.º 1, al. d), do CCiv.,
nos termos acima descritos.
Sucede que Felisberto, para alem de artesanato, exerce uma atividade de natureza mercantil,
concretamente compra coisas moveis (peças de artesanato) para revenda (art.º 463.º n.º 1.
Fazer do comercio profissão (art.º 13.º n.º1). não significa que o ato mercantil não seja a única
ou principal atividade exercida pelo sujeito
Pese embora o CCom., nos arts. 230.º, § 1.º (2.ª parte), e 464.º, n.º 3, excluir do comércio a
actividade artesanal industrial-transformadora exercida “directamente” pelos artesãos
(oleiros, ferreiros, latoeiros, sapateiros, alfaiates, costureiras, cesteiros, etc.), nada obsta à
qualificação de Felisberto como comerciante, pois que o mesmo se dedica, com
profissionalidade, à compra de coisas móveis para revenda, concretamente de peças de
artesanato (cf. art. 463.º, n.º 1, do CCom.) – somente parte delas, recorde-se, são feitas pelo
próprio.
Para que se conclua no sentido do exercício do comércio como profissão não se exige que a
profissão comercial seja a única exercida pelo sujeito, nem que seja a principal.