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Aula 1

 Desmoronamento do Império Romano


O direito romano serviu de base para o direito contemporâneo. Na altura não existia o
direito comercial, porque não se valorizava muito as trocas comerciais, sendo regulado apenas
pelo direito civil.
No seculo XII, no final da Idade Média, surge o direito comercial e, com isso, aparecem as
primeiras sociedades comerciais e as operações bancárias como profissão. Aparece, também,
os títulos de crédito, as letras de câmbio, etc.
 Nobreza
 Plebeus (Povo)
 Burgos (Burguesia)
O direito civil não cobre os comerciantes antes por serem dinâmicos e protege mais o
devedor.
O direito comercial tem mais celeridade nas transações, mais segurança jurídica e maior
proteção dos credores.
Em 1453, cai o Império Romano do Oriente, atualmente Istambul.
Queda de Constantinopla
1500 >> fim da Idade Média
Na Idade Moderna passaram a existir reis, que tinham poderes absolutos, o que faz com
que os comerciantes deixem de ter capacidades para estipular as leis que regulam. Apesar
disso, continuava a ser um direito subjetivo, porque se aplicava/ destinava a um sujeito.
Em 1889, a Revolução Francesa vem pôr em causa o absolutismo.
Vem permitir que qualquer sujeito que queira ser empresário ou comerciante
poderá ser de livre e espontânea vontade, tendo apenas de cumprir com os requisitos
necessários.
Em 1888 aparece um novo Código Comercial, fruto da Revolução Industrial ocorrida entre
1760-1840.
Acabou entre 1820-1840
Nos dias de hoje, o legislador regula os atos de comercio e, também, os comerciantes.
>> Não são comerciantes: artesãos, agricultores de substâncias e profissionais liberais.

Aula 2
O Direito comercial é o ramo do Direito que regula o regime jurídico
A pessoa singular adquire a qualidade de comerciante quando o pratica como profissão.
São atos de comércio todos aqueles especialmente regulados pelo Código Comercial. Art.
463º do Código Comercial.
Atos de comércio objetivo
Sempre que um comerciante pratica um ato que não é exclusivamente civil é, também,
considerado um ato de comércio.
Ato de comércio subjetivo (tem haver com o sujeito)
Atos de comércio autónomo>> são comerciais por si próprios, independentemente de
estarem ligados ao comércio.
Ex:. compra para revenda, títulos de crédito, livrança, ordem de crédito
Atos de comércio acessório>> só são comerciais quando ligados a um ato de comércio.
Ex.: fiança, contrato de depósito
O mandato é um ato comercial e dá-se quando alguma pessoa se encarrega de praticar um
ou mais atos de comercio por mandato de outrem.
 Art. 231º do Código Comercial
 Art. 1157º do Código Civil (outra definição)
Atos de comércio bilaterais e unilaterais
Atos de comércio bilaterais>> aqueles que são comerciais para ambos os sujeitos do
contrato
Ex.: o fabricante que vende o seu produto à grande superfície
 fabricante- produz para venda
 grande superfície- compra para revenda
Atos de comércio unilaterais>> quando só é comercial para uma das partes.
Ex.: a venda para consumo, ou seja, a venda para o consumidor final.

Aula 3
? Qual o regime jurídico a que ficam sujeitos os atos de comércio unilaterais? Art 99º Cód.
Comercial
Direito Privado:  Direito Civil (para todos os cidadãos)
 Direito Comercial (para empresários e comerciantes)
Liberdade de Forma
! Há mais liberdade de forma no Direito Comercial do que no Direito Civil. Art. 219º do
Código Civil.
Exemplos de exceções, ou seja, têm de ser escritos formalmente:
 Escritura pública
 Documento particular autenticado
Atualmente, para uma realização facilitada de um contrato utiliza-se o contrato comercial.
Código de 1888
Código Comercial Código Civil
Art. 96º diz que é possível realizar um Mantém-se a obrigatoriedade de
contrato em qualquer idioma. traduzir o contrato
Art 97º do Código Comercial diz que é possível utilizar telegramas para tratar de toda a
dinâmica ligada à atividade empresarial, tendo a validade de documento privado.
? Quando há mais do que um devedor em determinado negócio jurídico, o credor pode
exigir o cumprimento dessa obrigação a um desses devedores ou tem de exigir a cada devedor
a sua parte?
R.: Depende -se o contrato se insere no Direito Civil ou no Direito Comercial.
 Direito Civil: Regra da conjunção- cada devedor só é obrigado a pagar o que deve,
ou seja, a sua parte.
 Direito Comercial: Regra da solidariedade. Um devedor pode pagar tudo. Art. 512º
do Código Civil.
Mas fica com o direito de pedir aos devedores a sua parte
(Art. 524º do Código Civil)
O artigo 513º do Código Civil associa-se ao art.100º do Código Comercial.
Prescrição presuntiva
Art. 317,B do Código Civil
 Não comerciantes: duração 2 anos
prova de pagamento
 Comerciantes: duração 20 anos
Juros compensatórios e juros moratórios
Juros compensatórios visam compensar determinado sujeito jurídico pela utilização de
determinado capital.
Ex.: os bancos, quando fazem empréstimos, são compensados através dos juros
compensatórios
Juros moratórios visam indemnizar pelo prejuízo causado em termos de incumprimento de
uma obrigação.
Ex.: Alguém que está a pagar uma dívida, deixa de conseguir pagar; primeiro, o banco avisa
e; posteriormente, começa a cobrar juros moratórios. Art. 102 do Código Comercial.
Estes juros levam as pessoas a pagarem o que devem.
No Direito Civil, não se pode vender o bem de outra pessoa sem autorização; enquanto, no
Direito Comercial, dentro de certas circunstâncias, a venda é valida, desde que tenha o nome
do dono.
Fontes do Direito Comercial
 Direito da União Europeia- transposição das diretivas para o Código Comercial.
 “Lex Mercatoria” – contratos internacionais (contrato de crédito documentário)
 Usos do comercio- conjunto de normas oriundas de organismos internacionais de
direito privado, que tem como objeto a vida comercial.
Ex.: Art. 232º do Código Comercial >> contrato Mandato
Praticas quotidianas dos comerciantes
Art. 9º do Código Civil também se aplica no Código Comercial.
Integração de Lacunas: ocorre quando há uma situação da vida em sociedade que não está
regulada pelo Direito, ou seja, o Direito não tem resposta para aquele problema.  Caso
Omisso
Segundo o Art. 3º do Código Comercial, quando não há resposta no Direito Comercial rege-
se pelo Direito Civil.

Aula 4
>> Artigo 13º do Código Comercial:
Nº1 comerciantes em nome individual
Nº2 sociedades comerciais
4 obrigações fundamentais do comerciante
1. Ter firma  é a designação mediante a qual se identifica o comerciante no âmbito da
sua atividade económica.
! O comerciante tem de pedir ao Registo Nacional de Pessoas Coletivas (RNPC) para utilizar
aquele nome na firma, tendo de obedecer aos seguintes princípios:
 Princípio da Verdade >> não induzir em erro sobre a sua identificação, atividade e
natureza.
 Princípio da Identificação >> ser distinta e não confundir com firmas já registadas
 Princípio da Unidade >> só pode corresponder a uma única firma
2. Ter escritura mercantil
artigos 29º, 30º, 31º, 40º, 44º do Código Comercial
Os livros para atas são obrigatórios, porque é neles que se encontram todas as decisões
tomadas nas reuniões e dão segurança legal; também arquiva toda a correspondência e
guardar durante 10 anos é obrigatório.
3. Inscrever no Registo Comercial os atos a ele sujeitos (tendo dimensão duplamente
publica por se estatal e por qualquer cidadão poder recorrer às informações nele
conservadas).
4. Dar balanço e prestar contas >> Art. 62º do Código Comercial
Capacidades e Incompatibilidades
Art 130º do Código Civil
Capacidades
Quem tem capacidade comercial? Art.7º do Código Comercial
R.: De modo geral, todos podem praticar atos de comércio, exceto os menores de
idade. >> Art. 150º do Código Civil.
Incompatibilidades
Não são comerciantes:
 Associações sem fins lucrativos
 Aqueles que não podem comercializar, o que dependo do cargo ou atividade
Ex.: cargos políticos
 Gerentes de comércio >> não podem abrir um negócio no mesmo ramo de
atividade que gerem. Art. 248º e 253 do Código Comercial.
Processo de Insolvência
Os administradores e gerentes perdem a possibilidade de praticar atos de comercio e uma
sociedade fica encarregue de a gerir, podendo voltar a adquiri-la após o término do
processo.

Aula 5
Comerciante em nome individual
Para além das obrigações fundamentais, há requisitos para ser comerciante:
 Declarar inicio de atividade nas Finanças;
 Comunicar, também, à delegação da Autoridade;
 Inscrever o empresário na Segurança Social.
Como responde o comerciante pelas suas dívidas?
Responde com todo o seu património por todas as suas dívidas. Art. 601ª do Código Civil
O conjugue pode ter de pagar pelas dívidas do marido/mulher?
Depende, ou seja, podem ambos ser responsabilizados ou apenas um dos cônjuges.
Segundo o Art. 1690º do Código Civil, qualquer um dos conjugues tem liberdade para
contrair dividas, sem o consentimento do outro.
Art. 1691º, a), b), c) e d)do Código Civil.
3 regimes de bens:  Comunhão geral de bens
 Separação de bens
 Comunhão de adquiridos- frutos do trabalho  Art. 1717º do
Código Civil
Requisitos para não pagar a dívida do conjugue comerciante:
 Casar com separação de bens;
 Não ser exercício do comércio habitual do cônjuge;
 não existir proveito comum do casal, ou seja, um dos cônjuges não beneficia dos
rendimentos da empresa de forma alguma.
Ex.: cônjuges separados em união de facto em que o comerciante nada envia
para o outro.
Que bens é que respondem à dívida se for responsabilidade de ambos?
Respondem os bens comuns do casal e, na falta ou insuficiência, solidariamente, os bens
próprios de qualquer um dos cônjuges. Art.1695º do Código Civil.
um pode pagar por tudo

Aula 6

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