Programa:

Direito empresarial
1) CONCEITO E TIPOLOGIA DE EMPRESAS:
 Noções básicas de direito comercial e das
sociedades comerciais;
 Tipos de sociedades comerciais;
 Personalidadee capacidade jurídica das
Sociedades comerciais;
 Constituição das sociedades comerciais;
 Participações sociais;
 Órgãos Sociais
Programa:
Direito empresarial
 2) Propriedade Industrial:
 Conceito de direito Industrial;
 Patentes de Invenção;
 Marcas;
 Logotipos;
NOÇÃO DE
DIREITO
Noção de direito

É o conjunto de normas
jurídicas ( normas de conduta
obrigatórias) que se destinam a
pautar a vida dos homens em
sociedade
FINS DO DIREITO

 O objetivo máximo do Direito, ou

finalidade do mesmo, é tornar máxima a
justiça, na máxima segurança, sem
esquecer o valor equidade.
Fins do direito

 SEGURANÇA:
 A)deve ser entendida como certeza nas
relações jurídicas, devendo para o efeito,
as normas jurídicas determinar com
precisão aquilo que proíbem ou autorizam;
 B) deve ser entendida como estabilidade
nas relações jurídicas, devendo o direito
dar confiança às pessoas nas suas
relações, de modo a sentirem-se seguras.
FINS DO DIREITO

 JUSTIÇA:
Que consiste em dar a cada um o que é seu.
Os seja, o que é devido a um individuo e que
por este pode ser exigido
FINS DO DIREITO:
DIREITO/JUSTIÇA
FINS DO DIREITO

 EQUIDADE:
 Justiça igual ou seja «os iguais devem ser
tratados como iguais e os desiguais devem
ser tratados como desiguais»
 Justiça adequada ao caso concreto e
particular.
NOÇÃO DE DIREITO
COMERCIAL
DIREITO COMERCIAL:

É o conjunto de normas e
princípios jurídicos que, no
domínio do direito privado,
regem os factos e as relações
jurídicas comerciais
O que são relações jurídicas?

A vida em sociedade
pressupões uma multiplicidade
de relações sociais. Quando o
Direito intervém para regular
essas relações elas
transformam-se em relações
jurídicas.
Noção de Relação Jurídica

É toda a relação da vida social,

disciplinada pelo Direito,
mediante atribuição a um
sujeito de um direito subjetivo
e a imposição a outro de um
dever jurídico.
Sujeitos da Relação Jurídica

 Os sujeito, em termos
jurídicos, são as PESSOAS em
sentido jurídico, dotadas de
personalidade jurídica. Ou seja
com aptidão para serem
titulares de relações jurídicas.
PESSOAS JURÍDICAS

1) PESSOAS SINGULARES – Seres

humanos, a partir do seu nascimento.
2) PESSOAS COLETIVAS – São
organizações constituídas por uma
coletividade de pessoas ou por uma
massa de bens, dirigidas à realização
de interesses comuns ou coletivos, às
quais a lei atribui personalidade
jurídica.
Sujeitos da relação jurídica

 - PERSONALIDADE JURÍDICA- Apenas diz

respeito às pessoas singulares e adquire-
se com o nascimento completo e com vida
– artº66 código civil;
 - CAPACIDADE DE GOZO DE DIREITOS- É a
aptidão de um indivíduo para poder ser
titular de direitos e obrigações
resultantes de uma relação jurídica –
artº67 código civil.
Sujeitos da relação jurídica

 - CAPACIDADE DE EXERCÍCIO DE DIREITOS-

É a capacidade de agir, é a aptidão das
pessoas jurídicas para praticar atos
jurídicos, livremente por si próprio ou por
meio de representação voluntária.
 A capacidade e exercício de direitos é
reconhecida legalmente a partir dos 18
anos – artº 130 c.civil.
Sujeitos da relação jurídica

 Artº130 Código Civil:

«Aquele que perfizer dezoito anos de
idade adquire plena capacidade de
exercício de direitos, ficando habilitado a
reger a sua pessoa e a dispor dos seus
bens.»
Sujeitos da relação jurídica

OS INCAPAZES:
As incapacidades referem-se à incapacidade
de exercício de direitos.
1ª: regra geral: os menores – exceções:
artº127 Código Civil.
2ªOs interditos: São aqueles que por
anomalia psíquica, surdez, mudez ou
cegueira se mostrem incapazes de governar
a sua pessoa e bens- artº 138º
Sujeitos da relação jurídica

 III) Os inabilitados: Todos aqueles que por

anomalia psíquica, surdez, mudez,
cegueira de caráter menos grave e
também todos aqueles que pela sua
prodigalidade, abuso de bebidas
alcoólicas e estupefacientes, se mostrem
incapazes de reger os seus bens. –
artº152º-
DIREITO COMERCIAL:

O Direito Comercial, trata-se,

assim, de um ramo do direito
privado pois regula as relações
entre sujeitos colocados entre
si em pé de igualdade.
DIREITO COMERCIAL:

É um ramo de direito privado

especial pois estabelece uma
disciplina própria para as
relações jurídicas que se
constituem no campo do
comércio.
EM SUMA:

 DIREITO COMERCIAL: é o
sistema jurídico-normativo que
disciplina de modo especial os
ACTOS DE COMÉRCIO
REGRAS DOS ACTOS DE
COMÉRCIO
 1) Principio da onerosidade:
Os actos de comércio são sempre
remunerados, salvo estipulação
expressa em contrário;
(exemplo: a remuneração do
mandatário – artº232
c.comercial)
REGRAS DOS ACTOS DE
COMÉRCIO
 2) Princípio da liberdade ou
consensualidade:
É um princípio simplificador dos atos baseado
na celeridade dos atos mercantis;
- Assim, O regime comercial é menos exigente
que o regime civil em matéria de provas;
( Exemplo: artº396 quanto às provas no
empréstimo comercial)
REGRAS DOS ACTOS DE
COMÉRCIO
 3) Prescrição presuntiva:
Vigora a prescrição presuntiva no
prazo de dois anos para a
prescrição de créditos dos
comerciantes pelas suas vendas a
não comerciantes.( artº317/b
C.Civil
REGRAS DOS ACTOS DE
COMÉRCIO
 4) Juros:
Na atividade comercial vigora a regra da
existência de juros em todos os débitos
( com vista a assegurar a segurança
jurídica) artº 102 C.comercial.
EXISTEM: juros legais, juros
convencionais, juros remuneratórios,
juros moratórios
ACTOS DE COMÉRCIO

 Esta expressão é muito ampla e

abrange:
1) Factos isolados ou ocasionais
muitas vezes regulados em
simultâneo na lei comercial e na
lei civil)
2) Atividades ( atividades mercantis
e empresariais)
1)FACTOS ISOLADOS OU
OCASIONAIS
 Nomeadamente os actos regulados
simultaneamente no código comercial e no
código civil:
- a fiança,
-o mandato (artº231 c.comercial),
-o empréstimo (artº394º c.comercial),
-o penhor (artº397ºc.comercial),
-o depósito (artº403º c.comercial),
-o aluguer (artº481ºc.comercial)
2) Atividades empresariais

 São definidas como sendo sucessões

de actos com um objetivo
( finalidade) comum e mais ou menos
duradouras.
É o caso das atividades desenvolvidas
pelo comerciante no âmbito da sua
atividade (artº13º)
 Assim também nos mostra o Art. 230º
do c. comercial, com o conceito de
empresa.
Artigo 230º C. Comercial

 Este artigo mostra-nos ainda que :

1) O conceito de «matéria comercial» é um
conceito jurídico e não económico,
Pois o Direito Comercial disciplina tanto :
a) O COMÉRCIO propriamente dito;
b) Como de um modo geral, TODAS AS ATIVIDADES
que o legislador considerou deverem beneficiar
do regime jurídico do Direito Comercial.
Artigo 230º C. Comercial

 Este preceito diz-nos assim:

1- Quais das empresas são mercantis;
2- Que negócios são comerciais;
COMERCIANTE – artº13º

1) Qual a importância de saber quem é

comerciante?
a) Importa porque por um lado os actos de
comércio são actos dos comerciantes ( cuja
comerciabilidade resulta do facto de serem
praticados por um comerciante)
b) Porque os comerciantes têm direitos e
obrigações próprias.
 CATEGORIAS DE
COMERCIANTES:
O ARTº 13 C. Comercial,
DISTINGUE DUAS CATEGORIAS:
 1)
As pessoas que, tendo
capacidade para praticar actos
de comercio fazem deste
profissão;
 2) as «sociedades comerciais»
 CATEGORIAS DE
COMERCIANTES:
O artº13º, nº1, refere-se às
pessoas singulares
(comerciante em nome
individual), exigindo a estes
uma prática continuada, o
exercício por conta próprias e
um mínimo de organização.
 CATEGORIAS DE
COMERCIANTES:
 NOTE BEM: que este preceito legal não abrange na
qualidade de comerciante:
 A) as entidades de direito público,
 B)as pessoas coletivas de fim não lucrativo –
associações e fundações. Tal deve-se ao principio da
especialidade relativo as estas pessoas ( artº160 c.
civil). Estas pessoas não podem pois dedicar-se ao
exercício habitual do comércio pois se se dedicassem
então assumiriam a qualidade de sociedades comerciais
QUALIDADE DO COMERCIANTE
EM NOME INDIVIDUAL
 REQUISITOS:

1) Matrícula ( artº18, nº3 c. comercial

e artº1º C.Registo Comercial)
2) Personalidade jurídica( artº66
C.Civil)
3) 3) Capacidade comercial( artº7 C.
Comercial, remete para capacidade
de exercício civil – artº67º C.Civil)
CAPACIDADE COMERCIAL:

 Para sabermos se determinada

pessoa tem capacidade comercial,
temos de ver se:
a) Essa pessoa é civilmente capaz;
b) Se, apesar de civilmente capaz,
existe ou não no código comercial
alguma disposição que a iniba de
praticar atos de comércio.
 OBRIGAÇÕES DOS
COMERCIANTES:
 Artº18º C. Comercial:
1º - Adoptar uma firma;
2º - Ter escrituração mercantil;
3º - A fazer inscrever no registo
comercial os actos a ele sujeitos,
4º - a dar balanço, e a prestar
contas.
QUESTÃO : O QUE É O
ESTABELECIMENTO COMERCIAL?

RESPOSTA: é a empresa comercial,

enquanto acervo patrimonial do
comerciante, seja ele pessoa singular ou
coletiva.
ELEMENTOS DO
ESTABELECIMENTO COMERCIAL

1) Um titular;
2) Um património afeto a uma
determinada finalidade;
3) Pode englobar a atividade de
várias pessoas;
4) Sustenta uma atividade que se
quer lucrativa.
ELEMENTOS DO ESTABELECIMENTO
COMERCIAL:

 Deentre este elementos podemos

dividi-los entre:
 A) Elementos corpóreos
( exemplos: o imóvel onde funciona o
estabelecimento, as mercadorias, a
maquinaria)
B) Elementos incorpóreos
(exemplo: a clientela)
SOCIEDADES COMERCIAIS

 As sociedades comerciais nascem por via

contratual. Assim ,podemos definir
CONTRATO DE SOCIEDADE como sendo
«aquele em que duas ou mais pessoas se
obrigam a contribuir com bens ou serviços
para o exercício comum de certa
atividade económica que não seja de
mera fruição a fim de repartirem os lucros
resultantes dessa atividade.(Artº980
Código Civil)
ELEMENTOS COMUNS A
TODAS AS SOCIEDADES
COMERCIAIS
1) ELEMENTO PESSOAL
2) ELEMENTO PATRIMONIAL
3) ELEMENTO TELEOLÓGICO