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10/04/2024, 13:30 U1_DIREITO EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO

INTRODUÇÃO AO DIREITO EMPRESARIAL


161 minutos
Aula 1 - Introdução ao direito empresarial e à atividade empresária
Aula 2 - Regras gerais do direito empresarial no código civil
Aula 3 - Empresa e empresário
Aula 4 - Estabelecimento empresarial
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Aula 5 - Revisão da Unidade
Referências

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10/04/2024, 13:30 U1_DIREITO EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO


Aula 1

INTRODUÇÃO AO DIREITO EMPRESARIAL E À ATIVIDADE


EMPRESÁRIA
Para iniciarmos o estudo do Direito Empresarial e Societário, é imprescindível a análise do conceito, da
origem, da evolução e das fontes do Direito Empresarial para que em segundo plano possamos
compreender os princípios que regem a atividade empresarial e o modo como impactam na expansão e
crescimento de empresas.
30 minutos

INTRODUÇÃO

Olá estudante!

Os produtos e serviços que você consome no seu dia-a-dia são o resultado de uma atividade econômica
organizada.

Para que uma empresa possa gerar empregos, produzir bens ou prestar serviços e contribuir para a melhoria
da qualidade de vida de seus colaboradores, clientes e consumidores, há normas e princípios a serem
respeitados, assuntos que abordaremos nesta unidade.

Para iniciarmos o estudo do Direito Empresarial e Societário, é imprescindível a análise do conceito, da


origem, da evolução e das fontes do Direito Empresarial para que em segundo plano possamos compreender
os princípios que regem a atividade empresarial e o modo como impactam na expansão e crescimento de
empresas.

Após essa jornada, esperamos que você seja capaz de compreender a importância de tais institutos como
ferramentas para garantir o desenvolvimento econômico, a valorização do trabalho humano e,
principalmente, a existência digna de todos.

Vamos aos estudos!

VAMOS CONHECER O DIREITO EMPRESARIAL?

Com a evolução do comércio na Idade Média, o Estado sentiu a necessidade de regulamentar os direitos e
deveres dos comerciantes (CHAGAS, 2022, p.72).

No Brasil, inicialmente, o direito empresarial era conhecido como direito comercial por influência do Código
Francês de 1807, elaborado com base na teoria dos atos de comércio (CHAGAS, 2022, p. 85).

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A Carta Régia de 1808 abriu os portos do Brasil para o comércio exterior. Posteriormente, o Estado autorizou
o livre estabelecimento de fábricas no país e criou o Tribunal da Real Junta do Comércio, Fábrica e Navegação

(CHAGAS, 2022, p.92).

Em 1850 entrou em vigor o Código Comercial, considerado a primeira regulamentação do direito empresarial
no país.

Com a aprovação do Código Civil de 2002, a maioria dos dispositivos do Código Comercial foram revogados.

Em geral, "o direito empresarial é o ramo do direito que tem por objeto a regulamentação da atividade
econômica daqueles que atuam na circulação ou produção de bens, bem como na prestação de serviços"
(VIDO, 2022, p.32).

Agora que já compreendemos a evolução e o conceito de direito empresarial, você pode estar questionando:
quais são as fontes desse ramo do direito?

São fontes primárias do direito empresarial: a Constituição da República, o Código Civil, o Código Comercial,
os Tratados e Convenções Internacionais e as leis especiais, como por exemplo, a Lei de Falência e
Recuperação de Empresas (Lei nº 11.101/2005).

Importante destacar que embora não haja harmonia sobre o tema, alguns doutrinadores reconhecem a
jurisprudência e a doutrina como fontes do direito empresarial.

Além das fontes primárias, nosso ordenamento jurídico reconhece a existência de fontes secundárias, tais
como a analogia, os costumes, os princípios gerais de direito e os princípios especiais do direito empresarial
que serão analisados a seguir.

A Constituição da República elenca que o nosso país tem como fundamento:

a soberania, a cidadania,

a dignidade da pessoa humana,

os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e

o pluralismo político.

O princípio da livre iniciativa garante que qualquer pessoa possa empreender sem a necessidade de
aprovação do Estado.

Atenção: a livre iniciativa não flexibiliza o cumprimento de obrigações legais, como por exemplo, a inscrição na
Junta Comercial, o recolhimento de tributos e a preservação do meio ambiente.

O artigo 170 da Constituição da República elenca como base da ordem econômica a livre iniciativa e
estabelece que deve ser respeitada a livre concorrência.

A livre concorrência permite que sejam oferecidos diversos produtos e serviços no mercado, do mesmo
segmento, mas por empresas concorrentes, o que favorece o consumidor, pois tem liberdade e poder de
escolha.

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De acordo com o princípio da função social da empresa, as empresas são importantes para a economia em
geral, contribuindo para a circulação da moeda, criação de postos de emprego, produção de bens e prestação

de serviços indispensáveis. Há, portanto, utilidade social e interesse coletivo.

Diante da função social da empresa, é de interesse da coletividade a manutenção da atividade econômica


(princípio da preservação da empresa).

É importante ressaltar que tal princípio pauta o procedimento de recuperação de empresas previsto na Lei nº
11.101/2005):

Artigo 47. A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de
crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte
produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo,
assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.

VAMOS APROFUNDAR OS ESTUDOS DO DIREITO EMPRESARIAL?

Como dito, a Constituição da República, o Código Civil e a legislação especial são consideradas fontes do
direito empresarial.

Logo em seu artigo 1º, a Constituição faz referência à livre iniciativa. O legislador constituinte dedicou o título
VII, da Constituição, para os princípios gerais da atividade econômica.

Já o Código Civil, estabelece o conceito de empresário, os tipos societários, as diretrizes aplicáveis ao


estabelecimento empresarial e ao nome empresarial.

Cabe ressaltar, a Lei nº 13.874/2019, conhecida popularmente como Lei da Liberdade Econômica:

Art. 1º Fica instituída a Declaração de Direitos de Liberdade Econômica, que estabelece


normas de proteção à livre iniciativa e ao livre exercício de atividade econômica e
disposições sobre a atuação do Estado como agente normativo e regulador, nos termos
do inciso IV do caput do art. 1º, do parágrafo único do art. 170 e do caput do art. 174 da
Constituição Federal.

Como garantias da livre iniciativa, o artigo 4º-A da referida lei, estabelece que é dever da administração
pública dispensar tratamento justo, previsível e isonômico entre os agentes econômicos. Além disso, garante
que qualquer pessoa possa empreender sem a necessidade de aprovação do Estado.

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No que concerne aos princípios, o Superior Tribunal Federal editou a Súmula 646, a qual foi convertida na
Súmula Vinculante nº 49: “ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de

estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área.”

No mesmo patamar do princípio da livre iniciativa e livre concorrência, vislumbramos a função social da
empresa.

Vimos que as empresas exercem sua função social quando produzem bens e prestam serviços, empregam
cidadãos e auxiliam na circulação da moeda no mercado.

No entanto, nos dias atuais a função social também deve ser analisada com base nas ações e programas
realizados pela empresa em prol da sociedade.

Cita-se como exemplo as medidas de preservação ambiental, as obras de caráter social em comunidades, o
patrocínio de ações solidárias e campanhas de promoção dos direitos humanos.

Também podemos destacar a importância de ações inclusivas e de igualdade dentro do ambiente empresarial
como indispensáveis para efetivação da função social.

Nesse contexto, vejamos ementa de acórdão que reconheceu o interesse da coletividade:

FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA. PONDERAÇÃO DE VALORES. Cabe ao Julgador definir a


melhor forma de ponderar as situações fáticas a ele apresentadas, com todas as
consequências sociais e econômicas decorrentes de sua decisão, tais como a preservação
de empregos, mormente no contexto de crise em que vive o País. O Magistrado deve
sopesar de maneira razoável e equilibrada a situação fática, sem descurar da importância
social de que se reveste a atividade empresarial, ainda mais quando no polo passivo figura
o maior empregador no âmbito da municipalidade.
— (TRT-3- RO 0010509-80.2018.5.03.0056 MG, Relator: Flavio Vilson da Silva Barbosa, Data de Julgamento:
10/12/2020, Quarta Turma, Data de Publicação: 10/12/2020)

Por fim, dentro do contexto social, a empresa, ao inovar e criar novas tecnologias, contribui com o
desenvolvimento econômico nacional.

APLICAÇÃO DOS TEMAS EM CASOS JUDICIAIS

Segundo o verbete da Súmula Vinculante nº 49: “ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que
impede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área”.

Até a edição da súmula em comento, diversos foram os precedentes judiciais discutindo a garantia de livre
concorrência e livre iniciativa.

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A respeito, cite-se a ementa do recurso extraordinário nº 43.8485/AL, julgado pelo Supremo Tribunal Federal
no ano de 2011:

COMÉRCIO – LICENÇA – DISTÂNCIA MÍNIMA – ATO MUNICIPAL – INVIABILIDADE –


PRECEDENTE DO PLENÁRIO – RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PROVIMENTO. 1. O que
decidido pela Corte de origem conflita com precedentes do Plenário, muito embora
relativos a farmácias. Prevaleceu a conclusão sobre o caráter simplesmente indicativo para
o setor privado, tal como previsto no artigo 174 da Constituição Federal: Art. 174. Como
agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei,
as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor
público e indicativo para o setor privado. Confiram com o Recurso Extraordinário nºs
199.517-3. Assim, não cabe ao Município, sob pena de olvidar o princípio constitucional da
liberdade de iniciativa econômica, proibir a abertura de novo estabelecimento comercial
similar ao existente dentro de uma distância de quinhentos metros. O procedimento acaba
por criar uma verdadeira reserva de mercado, em desrespeito aos princípios contidos na
Carta da República, especialmente o da livre concorrência. Nesse sentido o Verbete nº 646
da súmula deste Tribunal. 2. Ante os precedentes, conheço o extraordinário e o provejo
para denegar a segurança. Custas pela impetrante.
— (STF- RE 438485/AL, Relator: Ministro Marco Aurélio, Data de Julgamento: 25/04/2011, Data de Publicação:
05/05/2021).

Atualmente, inúmeros casos chegam ao judiciário pleiteando uma exceção à aplicação da Súmula Vinculante
nº 49, do Supremo Tribunal Federal.

Em um dos casos apreciados, o Supremo Tribunal Federal reconheceu se tratar de exceção, por motivo de
segurança e de proteção à saúde e ao meio ambiente, ante o confronto da livre concorrência com bens
jurídicos tutelados pelo ordenamento jurídico.

Na Reclamação Constitucional nº 32.229/RS, o Supremo Tribunal Federal entendeu que não havia ofensa à
Súmula Vinculante nº 49, sob o fundamento de que o direito de livre concorrência não é absoluto.

Segundo o relator, o Ministro Luiz Fux, deve ser reconhecida como legítima a imposição de restrição de
instalação de postos de combustíveis em determinado local, ante a necessidade de salvaguardar a segurança,
a saúde e o meio ambiente.

No mesmo sentido, o entendimento proferido na Reclamação nº 30.986/RN:

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As razões recursais não conseguem confirmar esses fundamentos. Conforme consignado,


 a jurisprudência pacífica da corte é no sentido de que lei municipal que fixa distância
mínima para instalação de novos postos de combustíveis, por motivo de segurança, não
ofende os princípios constitucionais da livre iniciativa e da livre concorrência.

Em que pese a garantia de livre concorrência e livre iniciativa, não podemos esquecer que as empresas devem
atender à função social, de modo que a atividade econômica não pode trazer prejuízos à coletividade.

Por fim, nos termos do artigo 5º, da Constituição da República, garante-se a todos, a inviolabilidade do direito
à vida e à segurança.

Não deixe de aprofundar seus estudos!

VIDEOAULA

Estudante, repare ao seu redor: certamente há empresas instaladas na região em que você mora.
Provavelmente você e seus familiares já trabalharam ou trabalham em uma empresa.

Pode ser que você seja empreendedor ou tenha o sonho de empreender.

No vídeo, você vai conhecer a origem e a evolução do ramo do direito que estuda a atividade empresarial: o
Direito Empresarial.

Ao final da aula, você analisará as fontes e os princípios do Direito Empresarial.

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

 Saiba mais
Os autores Francisco Pedro Jucá e Horácio Monsteschio, apresentam um estudo a respeito da função
social da empresa.

JUCÁ, Francisco Pedro; MONSTESCHIO, Horácio. Empresa: função social. Revista Pensamento Jurídico,
2020. Disponível em:
http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/documentacao_e_divulgacao/doc_biblioteca/bibli_servicos_pr
odutos/bibli_ informativo/bibli_inf_2006/RPensam-Jur_v.14_n.3.19.pdf. Acesso em mai. 2023.

O artigo, escrito por Bruno Nubens Barbosa Miragem, busca apresentar a formação histórica do direito
empresarial e as tendências do direito brasileiro.

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MIRAGEM, Bruno Nubens Barbosa. Do direito comercial ao direito empresarial: formação histórica e
tendências do Direito brasileiro. Revista da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande

do Sul, 2004. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/revfacdir/article/view/73484. Acesso em mai. 2023.

Os autores Camila Pinheiro e Guilherme Prado Bohac de Haro, abordam a importância dos costumes nos
contratos empresariais.

PINHEIRO, Camila; HARO, Guilherme Prado Bohac de. A importância dos costumes nos contratos
empresariais. Revista Intertemas, 2014. Disponível em:
http://intertemas.toledoprudente.edu.br/index.php/ETIC/article/viewFile/3983/3745. Acesso em mai.
2023.

Os autores Tarcísio Teixeira e Gregory Tonin Maldonado, analisam a inconstitucionalidade das leis
municipais que vedam atividades semelhantes ao UBER, por violarem a livre iniciativa.

TEIXEIRA, Tarcísio; MALDONADO, Gregory Tonin. Uber: a livre iniciativa e a inconstitucionalidade das leis
municipais que proíbem atividades semelhantes. Superior Tribunal de Justiça, 2017. Disponível em:
https://bdjur.stj.jus.br/jspui/handle/2011/113263. Acesso em maio, 2023

Aula 2

REGRAS GERAIS DO DIREITO EMPRESARIAL NO CÓDIGO


CIVIL
Agora que você entendeu a importância do estudo do Direito Empresarial e os princípios que o regem,
conhecerá quais atividades são consideradas empresariais e não empresariais.
29 minutos

INTRODUÇÃO

Olá, estudante!

Agora que você entendeu a importância do estudo do Direito Empresarial e os princípios que o regem,
conhecerá quais atividades são consideradas empresariais e não empresariais.

Primeiramente, abordaremos a evolução da teoria dos atos de comércio para a teoria da empresa, a última
adotada pelo Código Civil de 2002.

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Com base nesses conceitos, você será capaz de distinguir empresa de empresário.

Essa distinção terá relevância para a análise dos direitos e deveres do empresário e a proteção legal da

empresa enquanto atividade econômica.

Por fim, analisaremos os princípios concorrenciais e o modo como impactam na nossa vida.

Vamos adiante!

A EMPRESA E O EMPRESÁRIO

No Brasil, em 01 de julho de 1850, foi publicada a primeira regulamentação do Direito Comercial: o Código
Comercial.

Na época, o Código Comercial adotou a teoria dos atos de comércio, baseado no Código de Napoleão, da
França.

Os ideais da Revolução Francesa (liberdade, igualdade e fraternidade) não se harmonizavam com a existência
de corporações de ofício e privilégios de uma determinada classe social, norteando a elaboração do Código de
Napoleão.

A teoria dos atos de comércio representa a fase objetiva do direito até então denominado comercial.

Segundo a teoria, o Direito Comercial era um ramo do direito aplicável a atos de mercancia, e o empresário
recebia a nomenclatura de comerciante.

A fase subjetiva do Direito Empresarial começa no ano de 1942, com a aprovação do Codice Civile na Itália,
influenciado pela teoria da empresa:

Essa teoria, cujo maior expoente é o italiano Asquini, propõe a superação da vinculação
entre sujeito e objeto do direito comercial, pois é possível que o objeto (empresa)
sobreviva independentemente do destino do sujeito (empresário). Para o autor, a proteção
do direito comercial deve recair mormente sobre a empresa, que significa atividade
empresarial, com fim lucrativo, organizada para a produção ou circulação de bens e
serviços. Nesse passo, o que deve ser preservado, como importante instrumento de
desenvolvimento de um Estado, é a empresa. Por sua vez, essa fase possui conteúdo
subjetivo, pois a legislação regula a atividade (a empresa), mas incide sobre o sujeito
(empresário) todos os direitos e deveres dela decorrente, de modo que o sujeito é a figura
central de todos os efeitos da aplicação do direito. Eis por que da denominação fase
subjetiva moderna.
— (CHAGAS, 2022, p.90)

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O Código Civil de 2002 foi elaborado com referência à teoria da empresa e revogou parcialmente as
disposições do Código Comercial até então vigentes.

Com a teoria da empresa, houve uma mudança até mesmo da nomenclatura do direito,
que, de direito comercial, passou a se chamar direito empresarial, expressão mais
abrangente que abarca outros setores da atividade econômica além do comércio.
— (CHAGAS, 2022, p.100).

Embora o Código Civil não defina o que é empresa, o artigo 966 apresenta o conceito de empresário, do qual é
possível extrair o conceito de empresa como atividade econômica organizada. Além disso, deve ser exercida
de forma profissional e habitual. O referido artigo, ainda, faz distinção entre atividades consideradas
empresariais e atividades não empresariais.

Para garantir a atividade econômica organizada e os interesses da coletividade, o artigo 170, IV, da
Constituição da República, elenca como princípio da ordem econômica: a livre concorrência.

Na mesma linha, o artigo 173, §4º, da Constituição da República prevê a repressão ao abuso do poder
econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos
lucros. Nesse sentido, o Estado atua como garantidor da livre concorrência, ao permitir que as empresas
possam concorrer entre si, e atua como diretriz, ao estabelecer limites à concorrência.

A garantia de livre concorrência fomenta o empreendedorismo e desenvolvimento nacional, além de


contribuir com a defesa do consumidor, o maior prejudicado pelo monopólio de mercado e abuso do poder
econômico.

VAMOS ENTENDER MAIS SOBRE O ASSUNTO?

A empresa pode ser analisada sob três aspectos: funcional, subjetivo e objetivo.

O aspecto funcional se relaciona à própria atividade econômica organizada. O aspecto subjetivo refere-se
ao sujeito que exerce a atividade empresarial. Já o aspecto objetivo é considerado a partir do complexo de
bens utilizados no exercício da atividade.

Como vimos, na nossa legislação empresarial não há uma definição para empresa.

O artigo 966 do Código Civil estabelece que se considera empresário aquele que exerce profissionalmente
atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.

O empresário para colocar em circulação no mercado um produto ou serviço, investe seus recursos e tempo,
valendo-se para tanto de uma estrutura organizada e de um complexo de bens.

O empresário, portanto, assume os riscos próprios da atividade.

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A atividade empresarial é exercida pelo empresário com profissionalidade e habitualidade. Nesse sentido,
toda e qualquer produção ou circulação de serviços está submetida ao conceito de empresa, desde que

exercida de forma profissional, habitual e organizada.

Por outro lado, o parágrafo único, do artigo em comento, elenca atividades não empresariais.

De acordo com o artigo 966, parágrafo único, do CC, em regra não será considerado empresário aquele
sujeito que exercer profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, mesmo com o concurso
de auxiliares ou colaboradores.

Para que tais profissionais excepcionalmente possam ser considerados empresários, o exercício da profissão
deve constituir elemento de empresa.

Em outras palavras, se o intelectual com profissionalidade e habitualidade organizar a atividade, técnica e


economicamente, inserir no mercado um produto ou prestar um serviço, será enquadrado como empresário
nos termos da lei.

Por fim, importante destacar que o Código Civil elenca outras atividades não empresariais: as atividades
desenvolvidas pelas fundações (art. 62) e associações (art. 63).

Tais atividades são realizadas para fins não econômicos, como por exemplo, fins religiosos, fins sociais, morais
ou culturais.

As atividades empresariais, ao serem empreendidas, devem observar o princípio da livre concorrência e seus
reflexos no mercado. A ideia é impedir que o poder econômico domine o mercado, de modo a não prejudicar
outros empresários do mesmo segmento e os consumidores em geral no poder de compra.

Em 1962, por meio da Lei nº 4.137, o governo brasileiro criou o Conselho Administrativo de Defesa
Econômica (CADE), uma autarquia federal com atuação em todo território nacional.

A Lei nº 12.529/2011 estrutura o Sistema Brasileiro de Defesa de Concorrência e dispõe sobre a prevenção
e repressão às infrações contra a ordem econômica.

O artigo 1º, parágrafo único, dispõe que a coletividade é a titular dos bens jurídicos protegidos.

Com efeito, os princípios constitucionais da livre concorrência e livre iniciativa, defesa do consumidor e
repressão ao abuso do poder econômico norteiam as medidas previstas na referida lei.

A lei prevê como infração da ordem econômica:

a. o domínio de mercado relevante de bens e serviços;

b. aumentar arbitrariamente os lucros;

c. exercer de forma abusiva posição dominante;

d. limitar, falsificar ou de qualquer modo prejudicar a livre concorrência ou a livre iniciativa.

A constatação de infração da ordem econômica implica na responsabilidade da empresa e na


responsabilidade pessoal de seus diretores ou administradores, de forma solidária.

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Para se aprofundar mais sobre o assunto e conhecer todas as condutas tipificadas como infração da ordem
econômica, recomenda-se a leitura detalhada do artigo 36, §3º, da Lei 12.519/2011.

REFLEXOS JURÍDICOS DOS TEMAS

Vimos que para que a profissão exercida por profissional intelectual seja considerada empresarial, deve estar
presente o elemento de empresa.

Com efeito, a caracterização da atividade como empresária ou não, reflete no enquadramento tributário e na
sujeição ou não às normas de falência e recuperação de empresa (Lei nº. 11.101/2005).

A respeito, o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais:

EMENTA: RECURSO DE APELAÇÃO. RECUPERAÇÃO JUDICIAL. ATIVIDADE INTELECTUAL.


NATUREZA JURÍDICA DE SOCIEDADE SIMPLES. AFASTAMENTO NO CASO EM APREÇO.
EXISTÊNCIA DE ORGANIZAÇÃO DE FATORES DE PRODUÇÃO. NATUREZA DE EMPRESA.
RECURSO PROVIDO - Nos termos do Código Civil, não se considera empresário quem
exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda que com o
concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir
elemento de empresa - Embora a sociedade requerente ostente atividade
preponderantemente intelectual, a existência de organização de fatores de produção tem
o condão de atrair a natureza de empresarial, eis que apartada a prestação do serviço
intelectual da pessoa do sócio - Recurso provido.
— (TJ-MG - AC: 10000170775092001 MG, Relator: Corrêa Junior, Data de Julgamento: 15/03/0020, Data de
Publicação: 17/04/2020).

Em 2018, a Comissão Europeia autuou e multou o site de buscas Google em 4,34 bilhões de euros.

Segundo a Comissão, o Google teria infringido as regras concorrenciais da União Europeia e monopolizado o
sistema de buscas da internet, abusando assim do poder econômico.

A Google teria:

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i. exigido que os fabricantes pré-instalassem o aplicativo Google Search e o


 navegador (Chrome), como condição para o licenciamento da loja de aplicativos da Google
(a Play Store);

ii. efetuado pagamentos a determinados fabricantes de grande dimensão e


operadores de redes móveis, para que pré-instalassem exclusivamente a aplicação
Pesquisa Google nos respetivos dispositivos; e,

iii. impedido que os fabricantes que desejassem pré-instalar os aplicativos da Google


vendessem dispositivos móveis inteligentes rodando em versões alternativas do Android.
— (STELZER; GONÇALVES, 2022)

Na mesma linha, existem diversos procedimentos perante o Conselho Administrativo de Defesa Econômica
(CADE), que tem como objeto a averiguação de eventual abuso do poder econômico e domínio de mercado
pelo Google.

Recentemente, o CADE apreciou o pedido de operação de compra pela Hapvida dos negócios do plano de
saúde do Grupo Smile:

Entendo que podemos analisar, de maneira objetiva, como a operação anterior afetou
concretamente as 3 (três) principais variáveis que demonstram a saúde da competitividade
de um mercado, a saber: (i) preço; (ii) qualidade e (iii) oferta de bens e serviços. Em uma
operação pró-competitiva, espera-se que o mercado responda diminuindo o preço ou
aumentando a qualidade, além de se ter uma ampliação na oferta do bem e serviço
(maiores volumes de negociação). Em uma operação anticompetitiva, os efeitos esperados
são o contrário: aumento de preço (ou diminuição de qualidade) e um menor volume de
negócios. Essas são as premissas decorrentes da doutrina do Consumer Welfare
Standard, seguida por este Tribunal. (...)Se as análises feitas com base em operações
anteriores sinalizarem para um prejuízo para o bem-estar do consumidor, isso é um
argumento forte para que novas operações sejam reprovadas.
— (CADE- Ato de Concentração nº.08700.004046/2022-36, Rel. Conselheiro Luis Henrique Bertolino Braido, Data
de Julgamento: 10/05/2023, Data de publicação: 17/05/2023).

Em que pese a garantia de livre iniciativa e livre concorrência, a exploração da atividade econômica não
pode representar ofensa aos preceitos constitucionais de repressão ao abuso do poder econômico.

Em havendo abuso de posição dominante, controle de preço e prejuízo aos consumidores, há de se


reconhecer a ilicitude de grandes fusões ou aquisições de marcas.

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VIDEOAULA

 Olá, estudante!

Hoje daremos continuidade ao estudo do Direito Empresarial, um ramo tão importante atualmente.

Em outro momento, mencionamos que o nosso país adotou a teoria dos atos de comércio, mas após o Código
Civil de 2002, passou a adotar a teoria da empresa.

Nessa aula, você conhecerá com detalhes a teoria da empresa e seus reflexos no conceito de empresário.

Você consegue imaginar o conceito jurídico de empresa e empresário?

Fique por dentro!

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

 Saiba mais
A autora Mariangela Aita Marconatto, apresenta um estudo a respeito do direito de empresa.

MARCONATTO, Mariangela Aita. O direito de empresa no novo Código Civil. Repositório Universidade
Federal de Santa Maria, 2003. Disponível em:
https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/2267/Marconatto_Mariangela_Aita.pdf?
sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: mai. 2023.

O artigo, escrito por Andressa Schneider, busca apresentar uma análise da concorrência como
instrumento de defesa do consumidor.

SCHNEIDER, Andressa. A concorrência como instrumento: uma análise em função do princípio da defesa
do consumidor. Revista de Direito do Consumidor, 2018. Disponível em:
https://revistadedireitodoconsumidor.emnuvens.com.br/rdc/article/view/779/693. Acesso em: mai. 2023

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Aula 3

EMPRESA E EMPRESÁRIO
Agora que você consegue identificar o conceito jurídico de empresa e empresário, conhecerá a figura do
empresário individual, uma das várias formas de empreender no nosso país.
32 minutos

INTRODUÇÃO

Olá estudante!

Agora que você consegue identificar o conceito jurídico de empresa e empresário, conhecerá a figura do
empresário individual, uma das várias formas de empreender no nosso país.

Em seguida, você conhecerá outras espécies de empresário e entenderá os benefícios em se inscrever como
microempreendedor individual, um enquadramento jurídico criado para garantir a livre iniciativa e reduzir a
informalidade.

O microempreendedor individual além de ter direito a diversos benefícios previdenciários, tem acesso à linhas
de crédito com instituições bancárias.

Isto possibilita ao empreendedor investir mais recursos na atividade e realizar os projetos idealizados.

Atualmente, o microempreendedor é uma figura importante na movimentação da economia e no emprego de


diversos trabalhadores brasileiros.

Ao final você será convidado a refletir a respeito das obrigações dos empresários.

Vamos para nossa jornada!

VAMOS ESTUDAR SOBRE O ASSUNTO?

O empreendedor tem duas decisões importantes a serem tomadas:

1. definir o produto ou serviço que colocará em circulação no mercado e

2. a forma como constituirá a empresa, se sozinho ou com sócios.

Caso opte em exercer individualmente a atividade econômica, a legislação prevê algumas alternativas:

a. empresário individual;

b. sociedade limitada unipessoal;

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c. microempreendedor Individual.

As formas de exercício da atividade econômica de modo coletivo serão abordadas em outra unidade, ao

estudarmos o direito societário e as espécies de sociedades.

Empresário individual é aquele que, independentemente do motivo, opta por desenvolver sua atividade
econômica isolado, sem a participação de sócios (TEIXEIRA, 2022).

Dessa forma, o empresário individual é uma pessoa física interessada por sozinha, constituir uma atividade
empresária e organizá-la com seus próprios meios.

O empresário individual não tem personalidade jurídica distinta, o que significa que as dívidas contraídas para
o exercício da atividade econômica poderão atingir o patrimônio particular que não está a ela relacionado.

Nesse sentido, "o empresário individual não goza da limitação de responsabilidade e da separação
patrimonial, princípios inerentes às sociedades empresárias e às EIRELI’S (TEIXEIRA, 2022, p. 141).

A Lei 12.441/2011, criou a EIRELI (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada), inserindo assim o artigo
980-A no Código Civil.

A extinta EIRELI tratava-se de uma nova categoria de pessoa jurídica de direito privado que é criada por uma
pessoa física para assumir os direitos e obrigações da atividade empresária.

Contudo, a EIRELI tinha como benefícios a separação patrimonial e a limitação da responsabilidade, de modo
que as dívidas da exploração da atividade econômica não atingiriam o patrimônio do empresário.

De acordo com o artigo 980-A, do Código Civil, a empresa individual de responsabilidade limitada seria
constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não
seria inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País.

Com o artigo 41, da Lei nº 14.195/21, a EIRELI deixou de existir, sendo substituída pela sociedade limitada
unipessoal.

A sociedade limitada unipessoal é constituída por único sócio e há separação patrimonial e limitação da
responsabilidade ao contrário do empresário individual.

Conforme o artigo 971, do Código Civil, o empresário cuja atividade rural constitua sua principal profissão
pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro
Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para
todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro.

O Microempreendedor Individual (MEI) é um empresário que explora a atividade sozinho e de forma


reduzida.

Como se vê, o MEI não deixa de ser um empresário individual, apenas se enquadrando na simplificação dos
procedimentos contábeis e fiscais.

O MEI foi criado pelo governo brasileiro para estimular profissionais que exerciam suas atividades na
informalidade a se inscreverem como tais.

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Com o procedimento simplificado, diversos profissionais passaram a ter acesso a inúmeros benefícios, como
aposentadoria, licença-maternidade, financiamentos etc.

Independentemente do enquadramento jurídico, o empresário deve cumprir algumas obrigações legais,
entre elas, a inscrição na Junta Comercial, a emissão de notas fiscais, o recolhimento de tributos e a
manutenção de livros e documentos.

APROFUNDANDO O TEMA

Segundo o artigo 966 do Código Civil, o empresário é aquele que exerce profissionalmente atividade
econômica para produção ou a circulação de bens ou de serviços, que pode ser de modo individual ou
coletivo.

A legislação exige dois requisitos para inscrição como empresário individual:

1. a capacidade civil e

2. a ausência de impedimentos.

Consoante os termos do artigo 972, do CC, é necessário ter a plena capacidade civil para se inscrever como
empresário individual, ou seja, ter atingido a maioridade civil (18 anos completos). No entanto, há duas
exceções em que o incapaz pode exercer atividade empresária:

1. o menor entre 16 e 17 anos que é emancipado;

2. quando por incapacidade superveniente, situação em que o incapaz, por intermédio de representante ou
devidamente assistido, continua a atividade empresarial, nos termos do artigo 974 do CC.

Determinadas pessoas em decorrência de cargo ou função que ocupam ou em virtude de circunstâncias


específicas não podem se inscrever como empresário individual, estando, portanto, impedidas.

É o caso das pessoas condenadas pela prática de crime falimentar, cuja sentença condenatória tenha vedado
o exercício de atividade empresarial. Mas e se essas pessoas exercerem atividade de empresário?

O fato de estarem impedidas e violando a lei não exclui a validade das obrigações assumidas no exercício da
atividade empresarial, tampouco o dever de recolher tributos e honrar os contratos firmados.

Segundo o art. 967, do CC, é obrigatória a inscrição do empresário antes do início de sua atividade, e se dá
mediante requerimento que contenha os seguintes dados e informações: nome; nacionalidade; domicílio;
estado civil, e se casado, o regime de bens; firma com respectiva assinatura; capital social; objeto; e sede da
empresa.

No caso do Microempreendedor Individual (MEI), o procedimento de abertura, registro, alteração e


encerramento tem trâmite especial e simplificado, consoante dispõe o artigo 968, parágrafo 4º, do CC.

Para se inscrever como MEI deverão ser observados seguintes requisitos:

1. o empresário deve optar pelo regime tributário Simples Nacional;

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2. a atividade empresarial deve se enquadrar na tabela de modalidades de serviços, comércio ou indústria


permitidas em Resolução;

3. o empresário não pode ter mais de um estabelecimento empresarial;

4. o empresário não pode ser sócio ou administrador de outra empresa;

5. pode ter até um empregado registrado no piso salarial ou salário-mínimo;

6. o limite de faturamento anual de R$ 81 mil reais.

O MEI deve pagar a guia DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), emitir um relatório mensal de
receitas para controle fiscal e notas fiscais de vendas e prestações de serviços.

No que concerne as obrigações dos empresários individuais, estas se resumem em se inscrever na Junta
Comercial antes de iniciar a atividade, emitir notas fiscais, recolher tributos e manter documentos e livros.

Conforme o artigo 1.179, do CC, o empresário é obrigado a ter sistema de contabilidade, o qual pode ser
mecanizado ou não, e tem como base os livros e documentações.

O empresário também deve fazer anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.

Nos termos do artigo 1.180, é indispensável o diário, que pode ser substituído por fichas no caso de
escrituração mecanizada ou eletrônica.

O empresário é obrigado a conservar toda a escrituração, correspondência e demais papéis correlatos à sua
atividade, enquanto não ocorrer prescrição ou decadência dos atos neles consignados, consoante prevê o
artigo 1.194, do CC.

REFLEXOS JURÍDICOS DO TEMA

Há algumas diferenças nos reflexos jurídicos da inscrição como empresário individual ou como sociedade
limitada unipessoal.

Embora o empresário individual obtenha um CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), a atividade
empresarial não adquire personalidade jurídica distinta da pessoa física do empresário. Assim, não há
autonomia patrimonial ou limitação da responsabilidade, de modo que as dívidas poderão atingir o
patrimônio particular do empresário individual, visto que a responsabilidade é ilimitada e solidária, diferente
do que ocorre com a sociedade limitada unipessoal.

A esse respeito:

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(...) 3. A jurisprudência do STJ já fixou o entendimento de que "a empresa individual é mera
 ficção jurídica que permite à pessoa natural atuar no mercado com vantagens próprias da
pessoa jurídica, sem que a titularidade implique distinção patrimonial entre o empresário
individual e a pessoa natural titular da firma individual" (...) e de que "o empresário
individual responde pelas obrigações adquiridas pela pessoa jurídica, de modo que não há
distinção entre pessoa física e jurídica, para os fins de direito, inclusive no tange ao
patrimônio de ambos" (...). 4. Sendo assim, o empresário individual responde pela dívida
da firma, sem necessidade de instauração do procedimento de desconsideração da
personalidade jurídica (art. 50 do CC/2002 e arts. 133 e 137 do CPC/2015), por ausência de
separação patrimonial que justifique esse rito. (...).
— (STJ - REsp: 1682989 RS 2017/0144466-0, Relator: Ministro HERMAN BENJAMIN, Data de Julgamento:
19/09/2017, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe 09/10/2017).

De outro lado, na sociedade limitada unipessoal, a responsabilidade é limitada, ante a autonomia e


separação patrimonial, na medida em que adquire personalidade jurídica e patrimônio próprio, os quais não
se confundem com a pessoa física.

Portanto, para que as dívidas da pessoa jurídica atinjam o patrimônio particular do empresário, há a
necessidade de instauração do procedimento de desconsideração da personalidade jurídica. Nesse sentido:

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(...) 1. A espécie societária unipessoal constituída sob a modalidade Sociedade Limitada, a


 despeito de seu quadro e capital sociais serem integrados de forma unipessoal,
encerrando sociedade limitada unipessoal, diferencia-se juridicamente das empresas
enquadradas como firmas individuais, porquanto ostenta natureza jurídica própria e
destacada, havendo nítida separação dos bens da sociedade e o patrimônio particular da
pessoa natural que a instituíra, possuindo o sócio titular exclusivo responsabilidade
limitada ao capital social registrado perante as obrigações assumidas pela sociedade
unipessoal ( CC, art. 1.052). 2. A despeito de consubstanciar sociedade unissocietária, a
sociedade unipessoal de responsabilidade limitada não é enquadrável como firma
individual, onde, cediço, os patrimônios pessoais do titular e da firma se confundem,
correspondendo a uma unidade de bens de domínio exclusivo, pertencente à pessoa física
(...). 3. Dada a existência de personalidade jurídica própria, a constrição judicial de bens da
empresa individual constituída sob a modalidade Sociedade Unipessoal Limitada pelas
dívidas contraídas pelo seu sócio exclusivo somente pode ocorrer em casos
excepcionalíssimos e diante da deflagração de incidente de desconsideração da
personalidade jurídica, sobejando inviável o redirecionamento dos atos executivos
originariamente direcionados a seu sócio exclusivo a essa espécie societária de molde a se
obter a penhora de seu faturamento, porquanto não revestida de legitimação para
responder com seus bens patrimoniais em face de obrigações pessoais contraídas pelo
sócio (...).
— (TJ-DF 07511129720208070000 - Segredo de Justiça 0751112-97.2020.8.07.0000, Relator: TEÓFILO CAETANO,
Data de Julgamento: 19/05/2021, 1ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE: 01/06/2021).

VIDEOAULA

Olá estudante!

Fico feliz que tenha avançado nessa jornada repleta de conhecimento.

Na aula de hoje, você estudará o conceito de empresário individual e os outros tipos de enquadramento como
empresário, decisão muito importante a ser tomada quando se destina empreender.

Ao final, você conhecerá as obrigações dos empresários e seus reflexos jurídicos.

Você conhece algum microempreendedor? Sabe dizer quais benefícios previstos na lei para o
microempreendedor?

Fique por dentro!

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

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10/04/2024, 13:30 U1_DIREITO EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO

 Saiba mais
 O artigo, escrito por Maria Hemília Fonseca e Raquel Moraes Barros, busca apresentar uma análise da
redução da informalidade.

FONSECA, Maria Hemília; BARROS, Raquel Moraes. A nova Lei do microempreendedor: uma alternativa
para a redução do trabalho informal e para a promoção do trabalho decente? Biblioteca Digital da Justiça
do Trabalho, 2015. Disponível em: https://juslaboris.tst.jus.br/handle/20.500.12178/93347. Acesso em:
mai. 2023.

Aula 4

ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
O conjunto de bens utilizado na produção de produtos e/ou a prestação de serviços tem proteção legal,
com vistas a garantir a exploração da atividade econômica, em atendimento à livre iniciativa, a função
social e a preservação da empresa.
27 minutos

INTRODUÇÃO

Caro estudante, a empresa pode ser vista sob três prismas:

1. funcional,

2. subjetivo e

3. objetivo.

Inicialmente, abordamos o prisma funcional, ou seja, a própria atividade econômica e os princípios que a
regem.

Em outro momento, analisamos o prisma subjetivo, com a apresentação das espécies de empresário.

Por fim, devemos explorar o prisma objetivo, isto é, o complexo de bens utilizados na exploração da atividade
econômica.

O conjunto de bens utilizado na produção de produtos e/ou a prestação de serviços tem proteção legal, com
vistas a garantir a exploração da atividade econômica, em atendimento à livre iniciativa, a função social e a
preservação da empresa.

Nesse contexto, a legislação estabelece requisitos caso o empresário decida alienar o estabelecimento
empresarial.

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10/04/2024, 13:30 U1_DIREITO EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO

Esses requisitos visam proteger eventuais credores e impedir práticas fraudulentas.

Vamos aos estudos!


O ASPECTO OBJETIVO DA EMPRESA

Estudante, o estabelecimento empresarial é o complexo organizado de bens, para exploração da atividade


empresarial pelo empresário ou por sociedade empresária (CC, art.1.142).

Nota-se, portanto, que há uma universalidade de bens, que compreende bens materiais e bens imateriais.

Os bens materiais são os bens móveis e imóveis, como veículos, mobília, instrumentos, equipamentos,
maquinários, insumos etc.

Ao passo que são bens imateriais ou intangíveis:

a marca,

o nome empresarial,

o nome fantasia,

o desenho industrial,

o ponto comercial e

a patente.

Nos dias atuais, o aviamento, a clientela e o sítio eletrônico agregam valor ao negócio, sendo considerados na
atribuição do valor ao negócio no caso de alienação do estabelecimento empresarial.

O que sempre foi chamado pela doutrina como estabelecimento e o legislador hoje regulamenta no Código
Civil é sinônimo de fundo de comércio (VIDO, 2022).

Importa destacar que a disposição contida no §1º, do artigo 1.142 do Código Civil, determina que o
estabelecimento empresarial não se confunde com o local onde se exerce a atividade.

Aliás, diante dos avanços tecnológicos e das mudanças na forma de fazer negócios, a atividade empresarial
pode ser exercida virtualmente, como no caso do e-commerce.

Nessa hipótese, o endereço informado no momento da inscrição perante a Junta Comercial pode ser o
endereço do empresário individual ou o de um dos sócios da sociedade empresarial.

Além disso, vale ressaltar que a empresa pode ser composta por matriz, considerada a sede gerencial, e por
eventuais filiais, unidades relacionadas ao estabelecimento principal.

Nesse sentido, se for o caso, a definição de qual é o principal estabelecimento determina o juízo competente
para decretar a falência e conceder a recuperação judicial (VIDO, 2022).

Em geral, o estabelecimento empresarial pode ser objeto de negócios jurídicos como o arrendamento,
usufruto e trespasse.
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O contrato de trespasse é a transferência onerosa do estabelecimento empresarial a outro empresário


individual ou sociedade empresária. Com a alienação, o estabelecimento empresarial passa a ter novo titular,

o adquirente.

Trata-se de um contrato que precisa ser averbado no Registro Público de Empresa e publicado na imprensa
oficial.

Considerando que o estabelecimento empresarial representa a garantia aos credores do adimplemento das
dívidas, o ordenamento jurídico elenca requisitos para a eficácia do contrato de trespasse.

Por fim, cumpre destacar que a legislação protege a atividade intelectual através da Lei nº 9.279/96, e a esse
respeito Elisabete Vido ressalta que:

O empresário titular desses bens – patente de invenção e modelo de utilidade ou registro


de marca e desenho industrial – tem o direito de explorar economicamente o objeto
correspondente, com exclusividade. A concessão, proteção e fiscalização da propriedade
industrial são realizadas pelo INPI - Instituto Nacional de Propriedade Industrial.
— (VIDO, 2022, p.192)

Assim, a propriedade intelectual envolve a proteção de todos os bens imateriais oriundos de uma criação
intelectual, englobando a propriedade industrial e a propriedade autoral (VIDO, 2002). No caso, a referida lei
dispõe sobre: a concessão de patentes de invenção e de modelo de utilidade, a concessão de registro de
desenho industrial e a concessão de registro de marca.

VAMOS APROFUNDAR OS ESTUDOS?

O estabelecimento empresarial serve para a exploração da atividade econômica e como garantia pelo
pagamento de eventuais dívidas aos credores.

Por essa razão, o Código Civil estabelece formalidades para a eficácia do contrato de trespasse. Assim, esse
contrato, bem como o usufruto ou arrendamento, precisam ser averbados à margem da inscrição do
empresário ou sociedade empresarial na Junta Comercial e publicados no Diário Oficial do Estado.

Além disso, no caso do trespasse, é exigível a solvabilidade do alienante, e caso ele não possua bens
suficientes para saldar as dívidas, a alienação fica sujeita ao pagamento de todos os credores ou à anuência
destes, de forma expressa ou tácita, em trinta dias contados de sua notificação.

Aliás, vale ressaltar que o adquirente pode ser responsabilizado pelo pagamento dos débitos anteriores à
alienação, desde que contabilizados. Já o alienante continua responsável solidariamente pelo prazo de um
ano, contado quanto aos créditos vencidos da publicação do trespasse no Diário Oficial do Estado, e no que
concerne aos vincendos, da data do respectivo vencimento.

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Para evitar que, após o trespasse, o alienante inicie um novo empreendimento no mesmo ramo e desvie a
clientela do adquirente, o artigo 1.147, do CC, dispõe que se não houver previsão expressa no contrato, o

alienante não pode fazer concorrência ao adquirente nos cinco anos seguintes à transferência.

Já no contrato de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, tal proibição acompanha a duração do


contrato.

Por outro lado, em relação à Lei nº 9.279/96, que regula os direitos e obrigações da propriedade industrial,
de acordo com o artigo 8º, é patenteável a invenção que atenda aos requisitos de novidade, atividade
inventiva e aplicação industrial.

Nos termos do artigo 9º, também será patenteável como modelo de utilidade o objeto de uso prático, ou parte
deste, suscetível de aplicação industrial, que apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo e
que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação.

O pedido de patente deve ser formalizado perante o INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), e uma
vez deferido será expedida a carta-patente.

A patente de inovação tem prazo de 20 anos, enquanto o modelo de utilidade é de 15 anos contados da data
do depósito. Contudo, o titular ou o depositante pode ceder o direito de patente através de contrato, desde
que averbado no INPI para que produza efeitos perante terceiros.

Além disso, os desenhos industriais e marcas também podem ser registrados.

Segundo o artigo 95, da Lei nº 9.279/96, o desenho industrial representa uma forma plástica ornamental de
um objeto ou conjunto de linhas e cores que possa ser reproduzido em um produto, causando resultado
visual novo e original na sua configuração externa e que possa ser objeto de fabricação industrial. No caso,
seu registo vigora por 10 anos contados da data do depósito do pedido no INPI, prorrogável por três períodos
sucessivos de cinco anos cada.

Já a marca é um sinal distintivo que tem como objetivo diferenciar produtos ou serviços de outros
semelhantes, de origem diversa. No caso, ao seu titular são asseguradas a cessão do registro ou pedido de
registro, bem como a licença de uso e zelar pela sua integridade ou reputação. O prazo também é de 10 anos,
contados da concessão de registro, podendo ser prorrogado por períodos iguais e sucessivos.

REFLEXOS DO TEMA

Com visto até momento, o estabelecimento empresarial representa a garantia de pagamento das dívidas
contraídas pela empresa, de modo que a penhora dos bens é admitida. Aliás, nos termos da súmula 451 do
STJ, “é legítima a penhora da sede do estabelecimento empresarial”.

Além disso, no contrato de trespasse, conforme artigo 94, III, alínea “c”, da Lei nº 11.101/2005, será decretada
a falência do devedor que transferir o estabelecimento a terceiro, sem o consentimento de todos os credores
e sem ficar com bens suficientes para saldar seu passivo.

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Ainda nessa lei, de acordo com o artigo 3º, será competente para deferir o plano de recuperação judicial ou
decretar a falência, o juízo do local do principal estabelecimento do devedor, isto é, a sede empresarial. Nesse

mesmo sentido, o Enunciado nº 466 do Conselho de Justiça Federal, aprovado na V Jornada de Direito Civil
afirma que “para fins do direito falimentar, o local do principal estabelecimento é aquele de onde partem as
decisões empresariais, e não necessariamente a sede indicada no registro público”.

Ademais, o artigo 1.147, do CC, dispõe que não havendo previsão expressa no contrato de trespasse, o
alienante não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos seguintes à transferência. Assim, o
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo já decidiu dessa forma em ação envolvendo o desvio de clientela e
concorrência desleal:

Contrato de trespasse. (...) Vedação ao alienante de fazer concorrência ao adquirente nos 5


anos subsequentes à transferência, salvo disposição negocial em sentido contrário.
Descumprimento do dever legal imposto pelo art. 1147 do Código Civil. Desvio de clientela
e concorrência desleal configurados. Vulneração da boa-fé objetiva pós-contratual.
Violação positiva do contrato de trespasse. Lucros cessantes bem fixados no montante
correspondente a 20% do valor do contrato de trespasse firmado (...).

— (TJ-SP - AC: 10041086820188260505 SP 1004108-68.2018.8.26.0505, Relator: Pereira Calças, Data de


Julgamento: 19/05/2020, 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial, Data de Publicação: 19/05/2020).

É importante ressaltar, ainda, que o Enunciado nº 490 do Conselho de Justiça Federal, aprovado na V Jornada
de Direito Civil declara que a ampliação do prazo de 5 anos de proibição de concorrência pelo alienante, ainda
que convencionada no exercício da autonomia da vontade, se abusiva, pode ser revista judicialmente.

Por fim, sobre a proteção da marca em casos de uso exclusivo, é interessante observar o seguinte julgado:

(...) 1. Além de marca e do nome empresarial deterem conceitos distintos, as marcas


possuem proteção especial dada pela Lei nº 9.279/96 e estão resguardas pela anotação do
INPI, enquanto o nome empresarial tem a proteção assegurada pela Lei nº. 8.934/94. 2. O
Superior Tribunal de Justiça assentou sobre o tema, que, diante da colidência entre a
marca e o nome empresarial, a solução deve se dar pelos critérios de anterioridade,
especificidade e territorialidade. 3. Considerando que partes atuam no mesmo segmento,
exercem atividade na mesma cidade, deve-se considerar que tais semelhanças podem
causar indesejável confusão ao consumidor e proporcionar concorrência desleal, motivo
pela qual a empresa ré deve se abster de utilizar a marca "Somar", posto que é
extremamente semelhante ao nome empresarial e à marca da empresa autora.
— (TJ-MG - AC: 10000200043123002 MG, Relator: Pedro Aleixo, Data de Julgamento: 20/05/2021, Câmaras Cíveis /
16ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 21/05/2021).

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VIDEOAULA

 Olá estudante!

É possível que, em algum momento, você tenha notado um estabelecimento empresarial com uma placa com
os seguintes dizeres: “Passa-se o ponto!”.

Esse tipo de negócio jurídico se chama contrato de trespasse e exige uma série de formalidades.

Nessa aula, você verá as regras do contrato de trespasse e a proteção jurídica do estabelecimento
empresarial.

Ao final dessa aula, você conhecerá o regime jurídico de proteção das marcas e patentes.

Vamos aos estudos!

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

 Saiba mais
O artigo, escrito por Maria Hemília Fonseca e Raquel Moraes Barros, busca apresentar uma análise da
redução da informalidade.

VIEIRA, Luciane Klein; PINTO, Samuel Saliba Moreira. A propriedade industrial no Mercosul: estado da
arte e perspectivas para o futuro, com especial referência ao sistema de patentes. Revista de Direito
Constitucional e Internacional. Disponível em: Biblioteca Digital da Justiça do Trabalho, 2015.
Disponível em: https://dspace.almg.gov.br/handle/11037/37378. Acesso em mai. 2023.

Aula 5

REVISÃO DA UNIDADE
22 minutos

CONHECENDO O DIREITO EMPRESARIAL

O direito empresarial é um ramo do direito que estuda a exploração da atividade econômica pelo empresário
ou sociedade empresarial.

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O Código Comercial de 1850, considerado a primeira regulamentação do direito empresarial, se baseou na


teoria dos atos de comércio.

Em 2002, com a aprovação do Código Civil, adotamos a teoria da empresa.

A exploração da atividade econômica tem como princípios:

a livre iniciativa,

a livre concorrência,

a função social da empresa e

a preservação da empresa.

As atividades empresariais ao serem exploradas devem respeitar primordialmente o princípio da livre


concorrência.

Para fiscalizar condutas que violem a livre concorrência, em 1962, através da Lei nº 4.137/1962, o governo
brasileiro criou o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).

Posteriormente, foi elaborada a Lei 12.529/2011, que estrutura o Sistema Brasileiro de Defesa de
Concorrência e dispõe sobre a prevenção e repressão às infrações contra a ordem econômica.

A legislação analisa a empresa sob três prismas:

a. funcional: a atividade econômica organizada;

b. subjetivo: o sujeito que prática a atividade;

c. objetivo: o complexo de bens necessários para a exploração da atividade.

O artigo 966, do Código Civil, prevê o conceito de empresário como o sujeito que explora uma atividade
econômica organizada, com habitualidade e profissionalidade.

Ao passo que o parágrafo único do artigo 966 do Código Civil estabelece que não será considerado
empresário o sujeito que exercer profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística (médico,
cientista, escritor, ator, músico, advogado, etc.), mesmo que com o concurso de auxiliares ou colaboradores.

Esses profissionais somente serão considerados empresários se o exercício da profissão intelectual constituir
elemento de empresa.

O empresário que explora sozinho a atividade econômica pode se inscrever como empresário individual ou
sociedade limitada unipessoal.

Na hipótese de inscrição como empresário individual não há personalidade jurídica distinta, de modo que as
dívidas contraídas para o exercício da atividade econômica poderão atingir o patrimônio particular do
empresário.

Ao passo que, na sociedade limitada unipessoal, há separação patrimonial e limitação da responsabilidade.

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Em se tratando de empresário individual, a lei prevê o enquadramento ao regime simplificado do


Microempreendedor Individual (MEI), desde que o empresário opte pelo regime tributário Simples Nacional; a

atividade empresarial se enquadre na tabela de modalidades de serviços, comércio ou indústria permitidas; o
empresário não pode tenha mais de um estabelecimento empresarial; o empresário não seja sócio ou
administrador de outra empresa; tenha até um empregado registrado no piso salarial ou salário mínimo; e
faturamento anual de R$ 81 mil reais.

A legislação exige dois requisitos para inscrição como empresário individual: a capacidade civil e a ausência de
impedimentos.

São obrigações dos empresários individuais: se inscrever na Junta Comercial antes de iniciar a atividade, emitir
notas fiscais, recolher tributos e manter documentos e livros.

Para o exercício da atividade empresarial, o empresário constitui o estabelecimento empresarial, isto é, o


conjunto organizado de bens materiais e imateriais.

O estabelecimento empresarial pode ser objeto de negócios jurídico: arrendamento, usufruto e trespasse
(alienação).

O contrato de trespasse precisa ser averbado no Registro Público de Empresa e publicado na imprensa oficial
para produzir efeitos.

Além da proteção legal aos bens materiais, o legislador concedeu tutela aos bens imateriais.

A Lei nº 9.279/96 regula os direitos e deveres relacionados a propriedade industrial e dispõe acerca da
concessão de patentes de invenção e de modelo de utilidade, da concessão de registro de desenho industrial
e da concessão de registro de marca.

REVISÃO DA UNIDADE

Olá estudante!

No vídeo, você terá a oportunidade de rever o conteúdo abordado durante a unidade e fixar conceitos
importantes.

Esses conceitos servirão de base para a resolução de questões práticas no dia-a-dia de sua profissão.

Analisaremos a teoria adotada pelo Direito Empresarial para explicar o que é empresa, o conceito de
empresário e os requisitos legais para inscrição.

Ao final, você irá refletir acerca da proteção legal conferida ao estabelecimento empresarial e às marcas e
patentes.

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ESTUDO DE CASO

 Afonso atua como médico ortopedista há mais de vinte anos e é um profissional renomado na área. No início
de sua carreira, Afonso atendia como médico em um consultório, com o auxílio de uma secretária,
responsável em recepcionar os pacientes e realizar agendamentos.

Embora fosse um profissional reconhecido em sua área de atuação, Afonso atendia um número limitado de
pacientes, o que vinha o frustrando.

Com a intenção de realizar uma transição em sua carreira, Afonso participou de um congresso internacional e
retornou com algumas ideias, entre elas, o propósito de se tornar empreendedor.

Na época, Afonso uniu todas as suas economias e resolveu montar a clínica médica MAIS VIDA, MAIS SAÚDE,
referência na cidade.

Para isto, investiu em torno de R$ 2.000.000,00 (dois milhões) na aquisição de um imóvel, equipamentos,
estrutura, materiais, móveis e dois veículos.

Afonso contratou recepcionista, fisioterapeuta, radiologista, manobrista, segurança, enfermeira, faxineira,


assistente administrativo, assistente financeiro e assistente de RH.

A clínica MAIS VIDA, MAIS SAÚDE, oferece no mercado: terapias ortopédicas, cirurgias, internação,
fisioterapias, exames médicos e colocação de próteses.

Com a criação da clínica, Afonso passou a atuar como diretor: define estratégias de venda, administra os
recursos financeiros, cria novos projetos e lidera a equipe de profissionais.

Após alguns anos no mercado, a clínica MAIS VIDA, MAIS SAÚDE, passou a ser reconhecida pelos serviços
diferenciados que oferece.

Afonso notou então que o valor agregado pelo ponto comercial, carteira de clientes e nome fantasia
superavam o investido inicialmente.

Além disso, buscou registrar a marca MAIS VIDA, MAIS SAÚDE.

Recentemente, Afonso passou a se sentir cansado da rotina e com o desejo de usufruir da aposentadoria.

Afonso enfrenta algumas dúvidas a respeito:

Se ele poderia vender o estabelecimento empresarial;

Quais bens poderiam integrar a venda;

A forma como a venda deveria ser realizada;

Se ele poderia ser responsável no futuro por eventuais dívidas do estabelecimento;

Como ficaria o registro da marca;

Se no futuro ele poderia abrir uma nova empresa, caso não se adaptasse à rotina de aposentado;

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Na qualidade de advogado, você é consultado por Afonso a apresentar um parecer que lhe dê respaldo
jurídico.

 Reflita
Olá estudante! Vimos que uma empresa pode ser analisada sob três prismas: funcional, subjetiva e
objetiva. No caso em questão, temos como prisma funcional: terapias ortopédicas, cirurgias, internação,
fisioterapias, exames médicos e colocação de próteses. No prisma subjetivo nos deparamos com Afonso,
o empresário que explora a atividade econômica. Também conseguimos identificar o prisma objetivo: o
estabelecimento empresarial que Afonso deseja vender para se aposentar, ciente de seu valor no
mercado.

Acredito que possa estar questionando se a atividade de Afonso não seria intelectual, de natureza
científica, e, portanto, não seria empresário.

De acordo com o artigo 966, parágrafo único, do CC, não será considerado empresário aquele sujeito que
exercer profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, mesmo que com o concurso de
auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.

Do contexto, se extrai que Afonso exerce a atividade empresarial com profissionalidade e habitualidade.
Afonso organizou a atividade, técnica e economicamente, inseriu no mercado um serviço, logo, se
enquadra como empresário nos termos da lei.

Afonso percebeu que o estabelecimento empresarial tem valor considerável no mercado, não limitado ao
valor investido inicialmente.

Lembre-se que o estabelecimento empresarial é o complexo organizado de bens, para exploração da


atividade empresarial pelo empresário ou por sociedade empresária (CC, art.1.142) e que compreende
bens materiais e bens imateriais.

Por fim, não se esqueça da proteção legal conferida pelo Código Civil ao estabelecimento empresarial,
pois representa uma garantia aos credores de adimplemento de eventuais dívidas.

RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO

Olá estudante! Agora que você refletiu sobre os aspectos envolvendo o caso de Afonso, te convidamos a
acompanhar a resolução do problema.

Afonso poderia vender o estabelecimento empresarial? Sim, de acordo com o Código Civil, Afonso pode
realizar o contrato de trespasse, desde que observe algumas formalidades. Estas formalidades dão eficácia ao
negócio jurídico e segurança à Afonso quanto a riscos.

Quanto aos bens que poderiam integrar eventual contrato de trespasse, o Código Civil define o
estabelecimento empresarial como o conjunto organizado de bens, para exploração da atividade econômica
pelo empresário.
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Nesse conjunto de bens, estão incluídos os bens materiais e os bens imateriais.

Os bens materiais seriam o imóvel em que se localiza a clínica e os bens móveis (dois veículos, mobília,

instrumentos, equipamentos, maquinários, insumos, etc.).

E os bens imateriais ou intangíveis, neste caso são a marca, o nome fantasia e o ponto comercial.

No entanto, o aviamento e a clientela também agregaram valor ao negócio, o que poderia ser considerado por
Afonso na atribuição do valor do trespasse.

Para a venda, Afonso deveria formalizar um contrato de trespasse, averbá-lo à margem da inscrição na Junta
Comercial e publicá-lo no Diário Oficial do Estado.

Além disso, caso existam dívidas do estabelecimento, Afonso deve pagar todos os credores ou notificá-los
acerca do trespasse, para que em até trinta dias, apresentassem anuência.

Sem observar tais requisitos, o trespasse não teria eficácia, ou seja, não produziria efeitos.

Afonso deveria ser alertado de que continuará responsável solidariamente pelo prazo de um ano, contado
quanto aos créditos vencidos, da publicação do trespasse no Diário Oficial do Estado, e no que concerne aos
vincendos, da data do respectivo vencimento.

A respeito do registro de marca, Afonso enquanto titular poderia ceder o seu registro ou pedido de registro ou
a licença de uso, a depender da fase do procedimento de registro perante o INPI.

No que tange a possibilidade jurídica de Afonso constituir um novo empreendimento no futuro, se for de
qualquer outro ramo, não haveria qualquer ressalva ante o princípio da livre concorrência.

Todavia, se o novo empreendimento for do mesmo ramo, seria conveniente prever no contrato de trespasse
que Afonso teria a autonomia e liberdade de constituir nova empresa, ainda que no mesmo ramo, evitando
assim, riscos e prejuízos.

Isto porque, o artigo 1.147 do Código Civil estabelece que não havendo previsão no contrato de trespasse, o
alienante não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos seguintes à alienação.

Frisa-se que sem a previsão contratual, Afonso estaria sujeito a pagar eventual multa e indenização por lucros
cessantes por concorrência desleal e desvio de clientela.

RESUMO VISUAL

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REFERÊNCIAS
21 minutos

Aula 1

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dezembro de 1973, 10.522, de 19 de julho de 2002, 8.934, de 18 de novembro 1994, o Decreto-Lei nº 9.760, de

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5 de setembro de 1946 e a Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de
maio de 1943; revoga a Lei Delegada nº 4, de 26 de setembro de 1962, a Lei nº 11.887, de 24 de dezembro de

2008, e dispositivos do Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966; e dá outras providências. Disponível
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Aula 2

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Aula 3

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proteção de acionistas minoritários, sobre a facilitação do comércio exterior, sobre o Sistema Integrado de
Recuperação de Ativos (Sira), sobre as cobranças realizadas pelos conselhos profissionais, sobre a profissão
de tradutor e intérprete público, sobre a obtenção de eletricidade, sobre a desburocratização societária e de
atos processuais e a prescrição intercorrente na Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil); altera as
Leis nºs 11.598, de 3 de dezembro de 2007, 8.934, de 18 de novembro de 1994, 6.404, de 15 de dezembro de
1976, 7.913, de 7 de dezembro de 1989, 12.546, de 14 de dezembro 2011, 9.430, de 27 de dezembro de 1996,
10.522, de 19 de julho de 2002, 12.514, de 28 de outubro de 2011, 6.015, de 31 de dezembro de 1973, 10.406,
de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), 4.886, de 9
de dezembro de 1965, 5.764, de 16 de dezembro de 1971, 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e 13.874, de 20
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