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Contabilidade
Comercial
11a Edição
Manual do Mestre
Sérgio de Iudícibus
José Carlos Marion
Contabilidade
Comercial
11a Edição
Atualizador: André Diniz Filho
Manual do Mestre
1
Noções de Comércio e Instituições Comerciais
A – TESTES
B – QUESTÕES
1. Não delimite ou oriente os comentários de seus alunos, quer sejam eles favoráveis ou desfavoráveis à
existência das empresas comerciais. Deixe que expressem suas opiniões. Motive-os, isso sim, a que as
embasem, justifiquem.
2. Tal como na precedente, respeite a opinião de cada um, desde aquele que acha “louvável” a atitude da
indústria até o que a criticar pela ganância!
3. Em cada país, em cada sociedade, varia o grau de participação dos empregados nas decisões tomadas
(ou a serem tomadas) pelas empresas. A um ativo e participante sindicato de empregados de empresas
comerciais muito poderia interessar ter um “expert” em Contabilidade Comercial como “tradutor” dos
relatórios contábeis para os que neles não são iniciados (dirigentes do sindicato e seus associados).
4. Sem que aqui se deseje polemizar sobre a questão “contabilidade de custos” versus “contabilidade ge-
rencial”, mostre a importância dela na fixação do preço de venda dos produtos, na mensuração de
resultados setoriais em grandes lojas de departamentos etc.
2
Classificação de Sociedades
A – TESTES
1. (b); 2. (a); 3. (b); 4. (d); 5. (c); 6. (a); 7. (b); 8. (b); 9. (c); 10. (c); 11. (b).
B – QUESTÕES
1. Sociedades Simples
São aquelas em que os sócios exercem profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística,
desde que o exercício da profissão não constitua elemento de empresa. O essencial na Sociedade Simples
é que a atividade-fim dependa, tão somente, da atuação e do conhecimento pessoal de seus sócios. Nessas
sociedades há outras características, por exemplo, a contabilidade é simplificada, a responsabilidade limi-
tada ou ilimitada, tratamento diferenciado na falência etc. Esse modelo de sociedade deve ser registrado no
Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas.
Sociedades Empresárias
De acordo com o artigo 966 do Código Civil, as Sociedades Empresárias que vão exercer profissio-
nalmente a atividade econômica organizada para produção e circulação de bens ou de serviços. As So-
ciedades Empresárias têm por objeto a atividade própria de empresário com fins lucrativos, devem ser
registradas nos órgãos apropriados, para empresas mercantis nas Juntas Comerciais ou nos Cartórios.
O interessante é que essas sociedades estão sujeitas à Lei nº 11.101 de 9 de fevereiro de 2005 – Lei da
Falência.
Cl a s si f i c a ç ã o d e S o c i e d a d e s 7
2. Sociedade Anônima
Também conhecida como companhia ou sociedade por ações, é o nome dado a uma empresa com fins
lucrativos que tem seu capital dividido em ações e a responsabilidade de seus sócios (acionistas) limitada
ao preço da emissão das ações subscritas, lançadas para aumento de capital ou adquiridas. Os sócios são
chamados de acionistas e têm responsabilidade limitada ao preço das ações adquiridas. Esse modelo de
sociedade é regido pela Lei nº 6.404/76, atualizada pelas Leis nºs 11.638/2007 e 11.941/2009, de acordo com
os artigos 1.088 e 1.089 do Código Civil.
A sociedade anônima, de acordo com o art. 1.160, opera sob a denominação designativa do objeto
social, integrada pelas expressões “sociedade anônima” ou “companhia”, por extenso ou abreviadamente.
Sociedade Limitada
Na Sociedade Limitada, de acordo com o art. 1.052, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor
de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.
Outra característica deste modelo de sociedade é que a administração pode ser feita por uma ou mais
pessoas, sócias ou não sócias.
Assim, nos dois modelos societários está presente a limitação da responsabilidade, mas na sociedade
limitada o sócio tem responsabilidade subsidiária em relação à sociedade, e solidária em relação aos de-
mais sócios. E na sociedade anônima apenas existe a responsabilidade subsidiária do acionista.
Portanto, o sócio de uma sociedade limitada, mesmo que já tenha integralizado toda a sua parte do
capital social, pode ser responsabilizado pela parte do outro sócio. Essa situação é uma outra desvantagem
desse tipo societário, que não existe na sociedade anônima.
3. Os valores mobiliários que as sociedades anônimas podem emitir são bens com características pe-
culiares, utilizados dentro do mercado de capitais como forma de captação de recursos por parte das
companhias de capital aberto, em regra. São espécies de valores mobiliários: as ações; as partes be-
neficiárias (artigos 46 a 51 da Lei nº 6.404/76); as debêntures (artigos 52 a 54 da Lei nº 6.404/76); os
bônus de subscrição, instrumentos extremamente úteis para captação de recursos no mercado de ca-
pitais (artigos 75 a 79 da Lei nº 6.404/76); e o commercial paper criado pela Instrução Normativa CVM
nº 134/1990 com modificações dadas pelas Instruções Normativas nºs 155/1911, 292/1998 e 429/2006.
Os valores mobiliários para que possam ser distribuídos no mercado de capitais e negociados nas
bolsas de valores (ou no mercado de balcão) devem ser registrados na Comissão de Valores Mobiliários
– CVM, mesmo que a sociedade anônima seja capital fechado.
4. Conforme o artigo 20 da Lei nº 6.404/76, alterado pela Lei no 8.021/90, não existem mais ações ao por-
tador ou nominativas endossáveis. Todas as ações são nominativas.
As “espécies” que uma ação pode assumir dizem respeito à natureza dos direitos ou vantagens
que elas dão àqueles que forem seus proprietários. A lei previu que elas podem ser ordinárias ou
preferenciais.
5. Pode ser constituída, mediante escritura pública. É o caso das denominadas “subsidiárias integrais”
(artigo 251 da Lei nº 6.404/76). Ou nascem como subsidiárias integrais, ou transformam em tal pela
aquisição de todas as ações emitidas por uma sociedade brasileira. Observe que o “dono”de uma sub-
sidiária integral é uma outra sociedade (está previsto no mencionado artigo 251).
8 Cont abilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
7. Sociedades Personificadas
Consideram-se sociedades personificadas aquelas que possuem personalidade jurídica obtida,
mediante registro formal de seus atos constitutivos (contrato social ou estatuto) em juntas comerciais
ou cartórios. As sociedades personificadas estão regulamentadas nos artigos de números 997 até 1.141
do Código Civil.
8. Sociedades Cooperativas
As Sociedades Cooperativas são associações de pessoas com interesses comuns, economicamente
organizadas de forma democrática, isto é, contando com a participação livre de todos e respeitando
direitos e deveres de cada um de seus cooperados, aos quais presta serviços, sem fins lucrativos. As
Sociedades Cooperativas estão regulamentadas pela Lei nº 5.764/71, além do Código Civil.
A responsabilidade dos sócios nas sociedades cooperativas pode ser limitada ou ilimitada. É limi-
tada quando o sócio responde somente pelo valor de suas quotas e pelo prejuízo verificado nas ope-
rações sociais, guardada a proporção de sua participação nas mesmas operações. A responsabilidade é
ilimitada em que o sócio responde solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais.
Sociedades Controladas
“Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras
controladas, é titular de direitos de sócios que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância
nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores (artigo nº 243 § 2º).”
3
Esquema Básico de Escrituração Contábil –
Uma Revisão
A – TESTES
4. (b); o aumento do PL nada pode provocar! O PL é consequência do Ativo e do Passivo, tal como os filhos
são consequência dos pais!
B – EXERCÍCIOS
1. COMPANHIA SIMPLES
Caso você esteja utilizando este exercício para “sentir” seus alunos ao iniciar a disciplina, não induza a
que obrigatoriamente utilizem as contas com os nomes que a solução padrão lhes deu.
Vá com calma! Use este (e os seguintes deste Capítulo) para “aprender” o que seus alunos já sabem e
para verificar “como aprenderam aquilo que sabem”.
E sq u e m a B á s i c o d e E sc r i t u ra ç ã o Co n t á b i l – U m a Rev i s ã o 11
Obs.: Verifique quem usou a Conta “Fornecedores” ou quem reuniu as dívidas de uma só conta.
COMPANHIA SIMPLES
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO (após operação “e”)
COMPANHIA SIMPLES
BALANÇO PATRIMONIAL (após operação “e”)
Observe quem já “se animou” em introduzir os grupos e subgrupos previstos na legislação e quem
arrola as contas do ativo e do passivo em grau decrescente de, respectivamente, liquidez e exigibilidade.
2. COMPANHIA FORQUILHINHA
Fornecedores
23.000 (e)
COMPANHIA FORQUILHINHA
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO (após operação “f”)
COMPANHIA FORQUILHINHA
BALANÇO PATRIMONIAL (Após operação “f”)
3. COMPANHIA BOM-ABRIGO
COMPANHIA BOM-ABRIGO
BALANCETES DE VERIFICAÇÃO
D C D C D C D C
Se fosse preparado o Balanço Patrimonial antes das operações “a”, “b” e “c”, seus totais seriam de
$ 90.000, pois a conta Capital a Integralizar seria posicionada no lado direito, retificando-o.
14 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
(i) 9.300
11.200 (j)
Observações: Até o registro da operação “j”, a maior dificuldade, cremos, está no raciocínio físico e
financeiro para o correto lançamento das operações “e”, “g” e “h” (nesta última, o estoque estava reduzido
a 1.600 unidades, sendo necessário adquirir mais 4.800 unidades para retornar ao nível das 6.400 unidades
iniciais). Note que o custo de aquisição das novas foi modificado (por isso, nenhuma nova venda: para não
antecipar o que está no Capítulo 7).
Observe que as operações “e” e “g” foram escrituradas como se fossem duas operações em uma só:
permite observar o “lado da receita” e o “lado do custo das mercadorias vendidas”. Observe se a classe já
está ciente de que as contas “Venda de Mercadorias” e “CMV” são usadas para apuração do resultado.
E sq u e m a B á s i c o d e E sc r i t u ra ç ã o Co n t á b i l – U m a Rev i s ã o 15
Observe que a apuração do resultado foi solicitada após o balancete de verificação. Isso permite que o
ministrante possa solicitar as etapas 1 e 2 para casa (e somente elas), deixando para verificar o desempenho
de ambas em classe.
Tão logo haja concordância com o balancete de verificação mostrado, os alunos poderão ser solicitados
a executar as etapas 3 e 4 em classe.
Ou seja:
Apuração do Res.
Lucros Acumulados do Exercício Reservas de Lucros
(4) 16.000 16.000 (3) (3) 12.000 28.000 (3) 16.000 (4)
(3) 16.000
TODAVIA, se a opção do professor ministrante for a solicitação de todo o exercício como tarefa extra-
classe, poderão alguns alunos “pular” a etapa 3 e partirem do balancete direto para o Balanço. Nesse caso,
com base no balancete apresentado, o Balanço seria:
C – QUESTÕES
1. A representação gráfica do Balanço Patrimonial em que o Ativo é maior ou igual ao Passivo (capitais
de terceiros) conduz aos seguintes esboços:
P
A e A P (PL = 0)
PL
No momento em que o Passivo passa a ser maior do que o Ativo (o PL é negativo!), o “desenho” pode
conduzir a um erro, pois é “tradicional” que tal situação seja mostrada assim:
A
P
PL
EQUAÇÃO PATRIMONIAL NÃO VERDADEIRA: Tudo pelo simples fato de que o “papel” não aceita
uma “superfície negativa” (o PL, no caso).
Uma razão desse “equívoco” pode ser, além da impossibilidade gráfica, o fato de que, em termos de
saldos, quando o P > A teremos PL < 0, seu saldo global é devedor, tal como o saldo do Ativo.
A sugestão para quem gosta de representação gráfica é sempre usar o desenho-padrão:
E sq u e m a B á s i c o d e E sc r i t u ra ç ã o Co n t á b i l – U m a Rev i s ã o 17
P
A Revela existência de riqueza própria
PL
P = 80 P = 150 PL = 180
A = 120 A = 150 A = 150
PL = 40 PL = 0 PL = –30
lembrando aos alunos que não há qualquer tentativa, nos desenhos, de existir proporcionalidade do tama-
nho das “caixinhas” com os valores de A, de P e de PL!
3. Trataremos ambos como “livros”, apesar de que podem se revestir de outra forma.
O Diário é um livro obrigatório e o Razão não o é. Na prática, todavia, o Diário é menos pesqui-
sado do que a Razão.
No Razão, os registros feitos em cada uma das contas ficam aglutinados em uma folha do livro
(ou numa ficha), enquanto nas folhas do Diário as contas se sucedem umas após outras, conforme os
lançamentos são estruturados.
Os saldos das contas aparecem no Razão (após cada lançamento ou conjunto deles), o que não
ocorre no Diário (onde não existe coluna para saldo).
4. A questão é polêmica e não possui resposta-padrão, pois está fundamentada nas “teorias” de entendi-
mento do que seja o Patrimônio Líquido. Serve, pois, para “provocar discussão”, o que é salutar.
Pela “teoria do proprietário”, o PL é encarado como uma obrigação da empresa para com o(s)
dono(s), vez que ela, empresa, nada mais é do que uma extensão do(s) proprietário(s): os Ativos da
empresa são extensão dos Ativos particulares do(s) proprietários(s), o mesmo ocorrendo com as dívi-
das (obrigações) da empresa.
Pela “teoria da entidade”, a empresa “ganha vida própria”,“vida independente da do(s) dono(s)”.
Assim sendo, qualquer diferença entre Ativo e Passivo (da empresa) pertence à empresa até o
momento em que o(s) dono(s) decidam em contrário (é o caso dos dividendos, da redução do Capital
Social ou, de modo extremo, da extinção da empresa). É quando, em nosso entender, melhor se adapta
18 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
a expressão “capital próprio” (“próprio” da empresa). A expressão “obrigação não exigível” parece de-
correr de uma “mistura” das duas “teorias” citadas: “obrigação” (da teoria do proprietário) com “não
exigível” (para respaldar a “teoria da entidade”, como que para dizer que “é dela”!).
É nossa opinião particular de que é expressão conflitante:“uma obrigação que ninguém exige?”(até
legalmente já passamos pela fase do “Passivo Não Exigível”!).
Obs.: Por não se refletirem na questão, não foram mencionadas outras“teorias”sobre o Patrimônio
Líquido.
4
Plano de Contas
A – TESTES
1. (b) (não é a codificação que “evita a criação de contas desnecessárias” ou que “evita o uso de muitas
contas quando a empresa for de pequeno ou médio porte”).
2. (d) Apesar de não constarem do BP publicado, as contas de resultado são contas do Patrimônio Líqui-
do. No Exercício nº 1 deste Capítulo há exemplo de como isso poderia ocorrer.
3. (a) A justificativa da alternativa “b” é “fraca” por se tratar de padarias (e, portanto, do “mesmo ramo”).
A alternativa “d” é incorreta por causa do conectivo e ligando justificativas inconsistentes com o
enunciado.
4. (b) Nas demais alternativas encontramos “contas estranhas” ao empreendimento do enunciado, tais
como IPI a Recolher, Duplicatas a Receber (via de regra as farmácias vendem à vista), Equipamentos
de Produção e Receita de Vendas a Prazo.
5. (a).
B – EXERCÍCIOS
A solução, que não é padrão, objetiva mostrar que é viável “subjugar” as contas de resultado ao Patri-
mônio Líquido, quando da montagem e codificação do Plano de Contas.
20 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
Não houve preocupação, na solução, de evidenciar os grupos previstos na Lei das Sociedades por
Ações (Ativo Circulante, Ativo não Circulante, Passivo Circulante, Passivo não Circulante e Patrimônio
Líquido).
2 PASSIVO
3 CONTAS DE RESULTADO
Observe que as contas “3.01.01.01 Vendas de Mercadorias e de Serviços” e “3.01.03.02 Despesas Admi-
nistrativas”são“sintéticas”em relação às contas que vêm abaixo. Por sua vez, ambas são“analíticas”da conta
“3.01 Resultado de Operações Continuadas”. Consideramos como “de resultado” o grupo de contas 3.01.
Também trata-se de uma sugestão em que já se dá alguma importância aos subgrupos previstos na Lei
das Sociedades por Ações. A exigência desse pormenor fica a critério de cada ministrante.
2 PASSIVO
3 CONTAS DE RESULTADO
Não há resposta-padrão. Aconselhe, apenas, que evitem construir Planos de Contas muito extensos.
C – QUESTÕES
1. A tarefa de os alunos conhecerem in loco empresas e/ou escritórios de contabilidade que utilizam os
sistemas citados poderá ser substituída na escola caso existam meios de serem mostrados aqueles
sistemas.
Não existe a correspondência biunívoca sugerida no enunciado, pelo menos de modo a ser obri-
gatória. Existem pequenas e médias empresas que já se utilizam de processamento eletrônico de dados
para operacionalizar suas escriturações.
Pl a n o d e Co nt a s 23
2. Normalmente, quanto maior for a empresa, maior será o número de contas de seu Plano de Contas
(é uma tendência, mas não é uma regra!). O sistema contábil utilizado pode favorecer que o Plano de
Contas seja extenso, caso seja um sistema mecanizado ou eletrônico pela rapidez com que são proces-
sadas as informações.
O interesse dos usuários (o enunciado restringiu aos donos/gestores) é, no nosso entender, o ele-
mento decisivo para o “tamanho” do Plano de Contas. Quanto mais apegados aos detalhes forem tais
usuários, maior será o número de contas.
A – TESTES
5. (c) Se apenas 40% das ações forem integralizadas no ato, apenas 8.000 ações o foram (40% de 20.000).
Seja x o preço de emissão.
B – EXERCÍCIOS
Duas possibilidades se abrem: registrar a subscrição e, após, as integralizações, ou, então, num só lan-
çamento, toda a operação. Optamos, aqui, pelo primeiro modo.
Co n st i t u i ç ã o d e E m p re s a s 25
2. COMPANHIA MELEIRO
1. A primeira parte é, por certo, uma provocação para que haja um aprofundamento no texto da Lei
nº 6.404/76.
Em primeiro lugar, para terminar com o “falso” entendimento de que ações preferenciais não pos-
suem, por serem preferenciais, o direito de voto. Pelo contrário: se em troca das preferências (ou van-
tagens) a elas atribuídas (vide artigo 17) lhes for tolhido o direito de voto, aí sim o Estatuto Social deve
deixar claro o fato.
Outro ponto é a questão, já popular, da proporcionalidade, de“no máximo de 2/3 das ações emiti-
das podem ser preferenciais”. É outra“corruptela”do ditame legal (artigo 15, § 2º):“O número de ações
26 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
preferenciais sem direito a voto ou sujeitas a restrição no exercício desse direito não pode ultrapassar
2/3 (dois terços) do total de ações emitidas”.
Logo, nada há de infringência no modo como a Cia. Meleiro foi constituída.
2. Lançamentos
Similares aos do Exercício nº 1 deste capítulo. Recomendável verificar se nos históricos foram fei-
tas menções às espécies e classes de ações subscritas e integralizadas.
Ora, sendo 13.000 a quantidade de ações que “votam”, nenhum deles possui, isoladamente, o direito
de “mandar” na empresa. A possibilidade é de haver união de interesses para “mandar” tipo: A com B, A
com C ou B com C.
3. COMPANHIA GRÃO-PARÁ
1.
(14) 122.200
(3) 12.600 12.600 (13) (7) 60.000 (15) 41.300
146.790 146.790 (17)
Honorários e Salários Instalações (AI/AP)
(5) 122.200 122.200 (14) (8) 52.800 Prejuízo do Exercício
(17) 146.790
Viagens Móveis e Utensílios (AI/AP)
(6) 41.300 41.300 (15) (9) 10.500
C – QUESTÕES
1. “Subscrição de capital” é o ato pelo qual é gerado o compromisso de serem entregues os recursos (via
de regra em moeda) para a empresa para a formação ou aumento de seu capital social. O “subscrever
oriundo do “escrever embaixo”,“assinar” precede o seguinte:
Integralizar é o ato da efetiva entrega dos recursos, cujo compromisso já havia sido assumido
quando da “subscrição”.
Logo, “subscrição” e “integralização” podem ocorrer quase simultaneamente (tanto que se usa a
expressão “. . . com integralização no ato (da subscrição)”. Mas podem ocorrer em momentos distintos
no tempo, motivo da existência de saldo na conta “capital a Integralizar (um direito da empresa sobre
o(s) dono(a) que, por força da lei, é evidenciado no Patrimônio Líquido, como conta redutora).
É usada a expressão “capital a Realizar” como sinônima de “capital a Integralizar”.
2. Existiram duas falhas. Primeira: o laudo de avaliação dos peritos deveria ter sido aprovado em outra
Assembleia Geral (vide § 1º do artigo 8º da Lei nº 6.404/76). Segunda: a loja não poderia ser incorpora-
da ao Patrimônio da empresa por $ 2.500,00 se o subscritor (José da Fontoura) lhe atribuíra o valor de
$ 2.000,00 (vide § 4º do artigo 8º da Lei nº 6.404/76). Caso todos concordassem com o laudo (e, nesse
caso, também José da Fontoura), a Assembleia Geral (a que acabou faltando) poderia aceitar a loja por
$ 2.000,00 e José da Fontoura deveria integralizar os $ 500,00 restantes em moeda corrente.
Observe-se que não estamos entrando no mérito do “final” do § 2º do artigo 8º da Lei nº 6.404/76
por julgá-lo uma questão formal de segundo plano.
28 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
3. Quando a sociedade anônima não é de capital autorizado, a decisão para aumento do Capital Social
deve ser tomada por Assembleia Geral dos acionistas. E há ônus para realizar uma assembleia. Sendo
de Capital autorizado, não há necessidade da convocação da AG para deliberar sobre aumentos de
capital, desde que até o limite do Capital Autorizado: o conselho de Administração pode fazê-lo. Isso
pode representar menos a “burocracia” para a companhia e menos gastos.
Todavia, para que tal ocorra, a empresa deve possuir Conselho de Administração (vide letra “b” do
§ 1º do artigo 160 da Lei nº 6.404/76).
4. Trata-se de verificar a redução do Patrimônio Líquido por meio da conta “Prejuízo do Exercício”.
Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
Circulante Circulante
Bancos 228.410
Mercadorias 132.000 Não Circulante
360.410 Empréstimo Bancário 210.000
Não Circulante
Imóveis 60.000 Patrimônio Líquido
Instalações 52.800 Capital Social 390.000
Móveis e Utensílios 10.500 Reserva de Ágio 58.500
Veículos 28.000 Prejuízo do Exercício 146.790
151.300 301.710
A – TESTES
1. (b) A alternativa “c” deve ser descartada, pois sua justificativa á falsa; a alternativa “a” deve ser descar-
tada, pois o enunciado fala em “empresa comercial típica”.
2. (c) Se nos $ 1.584,00 está o IPI de 10%, dividindo por 1,10 chega-se ao “preço das mercadorias”, de
$ 1.440,00.
Excluindo deste último um ICMS de 18% ($ 259,20) e voltando a acrescentar o IPI (que é de $ 144
= $ 1.584,00 – $ 1.440), obtêm-se . . . $ 1.324,80, que é o valor que vai para o estoque, significando que
as novas 12 camisetas custam $ 110,40/unidade, ou seja, o mesmo custo unitário das 10 que já existiam.
A partir daí, fica fácil calcular o estoque no final de março/x1 e o CMV de março/x1.
3. (d) Saem $ 100,00. Entram $ 18 do governo (ICMS a recuperar, instantaneamente recuperado). Entram
$ 150 (da venda) e saem $ 24,00 (de ICMS para o governo, das vendas). Sobrou a quantia de $ 144,00
em caixa. E só!
4. (b)
5. (b)
B – EXERCÍCIOS
Exceto as contas cujos saldos foram informados, nas demais partimos sem saldo. Os lançamentos são:
30 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
1. A compra das mercadorias por $ 320.000, valor que se reparte no custo a ser “estocado” de $ 262.400 e
no ICMS a Recuperar de $ 57.600.
2. Venda com 12% de ICMS, ou seja, 2/6 da receita de $ 582.000, gerando uma receita de $ 194.000, que
vai gerar um ICMS s/ vendas de $ 23.280.
3. Venda com 18% de ICMS, ou seja, 4/6 da receita de $ 582.000, gerando $ 388,000 de receita e um ICMS
s/ vendas de $ 69.840.
NÃO DESCUIDE DOS QUE“TENTAREM”REGISTRAR O CMV das operações de venda = NÃO
EXISTEM INFORMAÇÕES QUE OS POSSIBILITE!
Caixa Fornecedores
(2) 97.000 320.000 (1)
(3) 194.000
2. COMPANHIA CAIBÍ
Seria uma sugestão interessante aos alunos o uso de uma ficha de razão para as contas ICMS a Recu-
perar e ICMS a Recolher que, após cada lançamento, possuísse os saldos de tais contas. Tal procedimento
facilitaria os lançamentos de final de mês quando da “apuração do ICMS”, e os de “recolhimento”. Os
razonetes, por não possuírem espaço específico para o saldo, podem prejudicar nesse particular. Apesar da
sugestão, não incluímos na solução tais fichas.
Os saldos iniciais (são quatro) foram posicionados nos razonetes com asteriscos (*).
OPERAÇÕES DE JUNHO/x3
1) Recolhimento dos $ 58 de ICMS que havia a recolher
I m p o st o s e Ta xa s s o b re Ve n da s 31
2) Compra de junho/x3:
Preço das mercadorias: $ 1.960 IPI (10%): $ 196
Total nota: $ 2.156
ICMS incluso (12%): $ 235,20
para o estoque: $ 1.960 – $ 235,20 + $ 196 = $ 1.920,80
3) Venda de junho/x3:
Preço das vendas: $ 2.400 (lçto 3.1)
ICMS s/ vendas (12%) = $ 288 (lçto 3.2)
4) Apuração do ICMS no final de junho
OPERAÇÕES DE JULHO/ x3
5) Recolhimento do ICMS devido: $ 52,80
6) Compra de julho/x3:
Preço das mercadorias: $ 2.660 IPI (10%): $ 266
Total nota: $ 2.926
ICMS incluso (12%): $ 319,20
para o estoque: $ 2.660 + $ 266 – $ 319,20 = $ 2.606,80
7) Venda de julho/x3:
Preço das vendas: $ 1.120 (lçto 7.1)
ICMS s/ vendas (12%): $ 134,40 (lçto 7.2)
8) Apuração do ICMS no final de julho/x3
OPERAÇÕES DE AGOSTO/x3:
Obs.: não haverá recolhimento de ICMS no início de agosto/x3.
9) Compra de agosto/x3:
Preço das mercadorias: $ 3.325
IPI: não há
Total nota: $ 3.325
ICMS incluso (18%): $ 598,50
para o estoque: $ 3.325 – $ 598,50 = $ 2.726,50
10) Venda de agosto/x3:
Preço das vendas: $ 6.720 (lçto 10.1)
ICMS s/ vendas (12%): $ 806,40 (lçto 10.2)
11) Apuração do ICMS no final de agosto/x3: a conta ICMS a Recuperar está com saldo devedor de
$ 783,30 que é transferido para a conta ICMS a Recolher.
32 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
OPERAÇÕES DE SETEMBRO/x3:
12) Recolhimento do ICMS devido: $ 23,10
Senhor Professor: o exercício pode ser abreviado, fazendo com que registrem operações de dois ou de
três meses, caso assim o desejado.
3. COMPANHIA CAIBÍ I
4. COMPANHIA JUPIÁ
Vendas Receitas
Alíquotas Vendas Vendas Líquidas TOTAL
ICMS s/ Devolvidas Vendas Receitas Financeiras
Meses Brutas de
Vendas pelos Líquidas Financeiras
Mercadorias
PIS Cofins Clientes PIS COFINS PIS COFINS PIS COFINS
Fev/X2 1,65% 7,6% 4.800 630 600 3.570 200 58,91 271,32 3,30 15,20 62,21 286,52
Mar/x2 1,65% 7,6% 2.240 176 480 1.584 120 26,14 120,38 1,98 9,12 28,12 129,50
Abr/X2 1,65% 7,6% 13.440 1.776 800 10.864 310 179,26 825,66 5,12 23,56 184,38 849,22
5. COMPANHIA OLDEMBURG
Solução do exercício:
1) Compra de Outubro
Preço das Mercadorias: $ 3.520,00 IPI (10%) = $ 352,00 Total NF = $ 3.872,00
ICMS incluso (12%) = $ 422,40
Para Estoque de Mercadorias: $ 3.520,00 – $ 422,40 = $ 3.097,60
2) Venda de Mercadorias:
Cálculo do valor global da Nota Fiscal:
$ 3.400,00 + IPI (10%) de $ 3.400,00 = $ 3.740,00 (lçto 2.1)
IPI: 10% de $ 3.400,00 = $ 340,00 (lçto 2.2)
ICMS incluso (18%): 18% de $ 3.400,00 = $ 612,00 (lçto 2.3)
5) PIS s/Vendas
Vendas = $ 3.400,00
PIS (1,65%) = $ 56,10
6) COFINS s/Vendas
Vendas = $ 3.400,00
COFINS (7,6%) = $ 258,40
7) Recolhimento do ICMS
Débito: ICMS a Recolher = $ 189,60 Crédito: Caixa ou Bancos = $ 189,60
8) Recolhimento do PIS
Débito: PIS a Recolher = $ 56,10 Crédito: Caixa ou Bancos = $ 56,10
36 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
9) Recolhimento da COFINS
Débito: COFINS a Recolher = $ 258,40 Crédito: Caixa ou Bancos = $ 258,40
PIS s/ Faturamento
(5) 23,80
(13) 45,08
Cofins s/ Faturamento
(6) 34,00
(14) 64,40
C – QUESTÕES
Caixa Fornecedores
XXXXX 320.000 (2)
15.220 (1)
(3) 97.000
(4) 194.000
38 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
3. Com as condições “supostas” é possível. Pelas diferenças de saldos da conta ICMS s/Vendas é obtido o
ICMS s/ Vendas de cada mês e, multiplicando tais valores por 100 e dividindo pela alíquota do ICMS,
são obtidas as vendas de cada mês. De posse das vendas (sabendo que no início nada há a receber
e conhecendo a política de faturamento), é possível estimar os “recebimentos” mensais oriundos de
clientes, de out./x5 a dez./x5.
Qual o motivo dele desejar os saldos de ICMS – Recuperar nos finais daqueles meses? Nenhum!
Apenas para que você não descubra logo como ele achou a resposta!
7
Operações com Mercadorias
Sugerimos uma leitura atenta do Livro de Exercícios e deste Manual, de forma que os senhores pro-
fessores possam aquilatar quais os testes, exercícios e questões que são mais adequados ao nível de suas
turmas. Também, para que possam planejar a aplicação dos exercícios em termos do tempo disponível em
classe e extraclasse.
Quanto aos exercícios, lembramos que o de nº 5 é uma continuação do de nº 4 e em classes mais aptas
pode ser aplicado de uma só vez.
A – TESTES
1. (b) O uso da palavra resultado desvincula de uma situação específica de “lucro” ou de “prejuízo”. O
professor ministrante deve mostrar com uso das fórmulas que a alternativa “b” é correta sempre que
ocorrer a situação proposta.
2. (b)
3. (d)
4. (d) A “média ponderada” é uma “média”. Por isso é a resposta correta. Observe-se que a existência de
Est. Inicial não invalida a questão.
6. (d) Veio desvincular da errônea afirmação de que “adotando o PEPS o resultado e o EF são maiores do
que se adotado o UEPS”. Isso só é verdade em situação de alta continuada de preços no período. E
pode ocorrer justamente o oposto, motivo pelo qual a alternativa “d” é a única correta.
40 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
B – EXERCÍCIOS
2. VERDEJANTE LTDA.
1. As quantidades disponíveis para venda são 13.600 abóboras (Estoque Inicial e Compras) e, como a
quantidade do Estoque Final é de 2.025 abóboras, foram vendidas 11.575 unidades. Adotado o PEPS,
devem-se considerar vendidas as primeiras 11.575 abóboras, na ordem em que entraram. A sobra,
após valorada, será a resposta solicitada. Logo:
2. Idem à primeira questão. Apenas que deve ser considerada a ordem inversa, pois as abóboras conside-
radas vendidas são as últimas 11.575 que entraram. Logo:
3. Qualquer dos dois métodos antes abordados (PEPS ou UEPS) são alternativas dentro do critério do
custo histórico de aquisição, e portanto enquadrados no tradicional princípio contábil do custo histó-
rico como base de valor.
A questão ora formulada visa introduzir a influência de outro princípio (ou, se desejarem os pro-
fessores, de uma convenção) – o conservadorismo – e verificar como ele(a) pode influenciar na avalia-
ção dos ativos (neste exemplo se está lidando com um item patrimonial do ativo).
O “valor de mercado” das 2.025 abóboras é de $ 22.680,00 (ou seja, 2.025 × $ 11,20). Logo. . .
a) Se a VERDEJANTE LTDA. tivesse adotado o método PEPS, o estoque final de abóboras estaria
valendo $ 24.795,00, que, por ser superior aos $ 22.680,00, seria abandonado prevalecendo
com valor do Estoque Final $ 22.680,00.
b) Se a VERDEJANTE LTDA. tivesse adotado o método UEPS, o estoque final de abóboras estaria
valendo $ 20.925,00, que, por ser inferior ao de “mercado”, não seria abandonado. Logo, o
valor do Estoque Final seria de $ 20.925,00.
Caro Professor(a). É comum que alunos “introduzam” valores relativos a receitas nas “fichas de es-
toque” quando recebem situações como a que foi enunciada. Deve ser lembrado que a ficha de estoques
visa a retratar o que está ocorrendo com um item do Ativo, avaliado pelo seu custo para a empresa que o
negocia!
a)
b) Neste caso, obtém-se pela soma das quantias registradas na coluna ENTRADAS; ou seja,
$ 7.699,00.
c) Neste caso, obtém-se pela soma das quantias registradas na coluna SAÍDAS; ou seja, $ 6.871,60.
d) A “receita das vendas” foi de $ 10.100,00 e o CMV de . . . . . . $ 6.871,60. Logo, a resposta (que
é a diferença) é $ 3.228,40.
e) Pelas “anotações” feitas no Almoxarifado (que são registros de fatos ocorridos), o estoque final
era de sete rolamentos (a ficha escriturada na letra “a” mostra isso).
42 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
Mas as “anotações” não obrigatoriamente conduzem ao que existe de fato por vários motivos,
dentre eles:
Logo, a palavra “realmente” veio apenas enfatizar que as anotações (registros) feitas conduziram a
mesma quantidade física verificada quando do inventário físico.
Este exercício introduz o ICMS tanto nas compras como nas vendas. É um só enunciado, mas se des-
dobra em quatro exercícios diferentes, podendo alguns deles serem usados para tarefas de fixação extra-
classe. O importante é que o professor explore as diferenças de contabilização.
Importante, antes de “fazer com que os alunos trabalhem”, é verificar se calcularam corretamente, nas
compras, os valores a serem considerados como “estoque”. Façamos isto:
Deve ser alertado que o lançamento 2.2 é típico do regime de inventário permanente: atualização
do saldo em estoque imediatamente após cada venda. Com isso, no final do período, o CVM já está
automaticamente registrado. (Obs.: não estamos propondo o abandono do inventário físico como ne-
cessário para a confirmação, ou não, do saldo físico das mercadorias em estoque).
Mostrar aos alunos que logo após o registro da receita das vendas não houve o correspondente
registro do CMV.
Mostrar que os registros (5), (5.1) e (5.2), são feitos apenas no final do período em que se deseja
conhecer o CV. O valor de $ 2.124,00 usado para o lançamento (5.2) foi obtido da “ficha de estoques”.
Isso não significa que se dispense o inventário físico para a confirmação das unidades em estoque.
A – TESTES
1. (d) As contas de resultados são aquelas utilizadas para apuração do resultado (lucro ou prejuízo) do
exercício social. O resultado, Lucro ou Prejuízo, será incorporado ao Patrimônio Líquido por meio da
conta Prejuízos Acumulados (quando o resultado for negativo), ou Reservas de Lucros (quando o re-
sultado for positivo).
2. (a)
3. (b)
4. (c)
5. (c)
6. (b)
7. (c) Quando no encerramento do exercício se transfere para a conta ARE os saldos de todas as contas
analíticas que interferem na obtenção do valor do resultado operacional bruto (lucro bruto), tais como
vendas brutas, devoluções, impostos s/ venda, estoque inicial, compras, devolução de compras etc.,
NÃO há necessidade de qualquer conta prévia, tal como CMV, Vendas Líquidas ou mesmo da conta
Resultado Operacional Bruto.
8. (a) São inaceitáveis atualmente lançamentos diferentes do apontado na letra “a”.“Apuração do resul-
tado” é uma coisa!; “Destinação do resultado” é outra!
9. (a)
A p u ra ç ã o Co n t á b i l d o Re su l t ad o 47
B – EXERCÍCIOS
Senhor Professor: Além do ICMS já introduzido no Exercício nº 4, este Exercício apresenta o PIS e a
Cofins, calculados sobre a receita operacional bruta (no caso, $ 6.300,00). Cabe aos senhores os comen-
tários adicionais sobre ambos (PIS e Cofins) para adequar o exercício a eventuais modificações legais no
momento em que ele estiver sendo proposto aos alunos.
Antes de apresentar a solução proposta, convém lembrar que o enunciado deixa, propositalmente, mar-
gem para alternativas quanto ao valor recebido dos clientes. Nossa solução supôs que ao saldo inicial de
Clientes ($ 1.100,00) se agregaram os $ 6.300,00 de vendas para, após, ocorrer o recebimento dos $ 7.300,00
mencionado no enunciado.
Uma vez que o enunciado não afirma que a venda foi a prazo, os alunos podem apresentar alternativas
diferentes, desde que lógicas. A numeração dos lançamentos procurou acompanhar a cronologia e os de
número 5 a 13 ocorreriam no final de jan./x1 (no último dia).
Lucros Acumulados
280,00 Si
1.219,05 (13)
Observe que a ordem dos lançamentos, a partir do 6º, pode sofrer algumas alterações.
Como existem outras alternativas de encerramento das contas de resultado, para a apuração do resul-
tado do exercício apresentamos a seguir uma delas (denominada transferência integral) pela qual inexis-
tem saldamentos prévios de receitas com despesas/custos: cabe exclusivamente à conta ARE esse papel. É
uma técnica alternativa que pode ser alcançada aos alunos. Alerta-se que sua adoção não implica perda de
informações (vendas líquidas, CMV, resultado operacional bruto etc.), pois tais valores aparecerão quando
da estruturação da DRE.
Observe-se:
Capital Social
4.000,00 Si
A p u ra ç ã o Co n t á b i l d o Re su l t ad o 49
* Os lançamentos contidos neste tracejado (8 a 11) correspondem ao valor das Vendas Líquidas.
** Os lançamentos contidos neste tracejado (12 a 14) correspondem ao valor do CMV.
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
Caixa 7.500,00 Fornecedores 3.300,00
Cliente 100,00 ICMS a Recolher 758,00
Mercadoria 2.124,00 PIS e Cofins a Receber 166,95
Patrimônio Líquido
Capital Social 4.000,00
Reserva de Lucros 1.499,05
Total 9.724 Total 9.724,00
50 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
Alertar os alunos de que é uma simplificação da vida real, pois não apareceram quaisquer outras des-
pesas (com vendas, financeiras, administrativas).
2. COMPANHIA PERMANENTE
Observe que os balancetes foram preparados (“levantados”) imediatamente antes dos lçtos. de apura-
ção e de destinação do resultado de cada exercício social. Uma vez que NÃO ESTÁ SENDO SOLICITADO
o uso de razonetes antes da elaboração das demonstrações requeridas, este Exercício é um “teste de força”
no sentido de solidificar a mecânica de apuração e destinação do resultado. Se a classe necessitar dos ra-
zonetes para que entendam, SUGERE-SE que todos eles sejam abertos (a partir dos saldos dos balancetes)
de forma que a noção de equilíbrio (débitos e créditos) não se perca. Nesse caso, é oportuno deixar bem
claro a distinção entre os lançamentos de:
• apuração do resultado, e os de
• destinação do resultado.
Os primeiros guardam íntima relação com a DRE, e os segundos (neste Exercício apenas dividendos)
com a DLPA e/ou DMPL. Ou seja, a operação apurar o resultado termina no momento em que a conta ARE
(que recebeu os saldos de TODAS as contas de receitas e de despesas) entrega o seu próprio saldo (que é
o resultado do período) para a conta Lucros Acumulados ou Prejuízos Acumulados. É inadmissível, hoje,
efetuar qualquer destinação do resultado diretamente a partir da conta ARE.
Os “dividendos” sugeridos neste Exercício devem ser calculados sobre o lucro líquido, sem nenhum
ajuste prévio. Dependendo do nível da classe e de seu interesse, o ministrante pode tecer comentários
sobre a questão “dividendos e seu cálculo”.
Recomenda-se bastante exigência na apresentação das demonstrações contábeis por parte dos alunos.
Eles devem ser alertados de que elas serão, na vida real, exibição pública do seu trabalho nas empresas.
A solicitação da DMPL já neste Capítulo visa aproveitar a oportunidade dos dados. Dependendo da
classe, pode ser postergada a sua elaboração.
Convém alertar aos ministrantes que os dados deste Exercício são utilizados como“matéria-prima”em
Exercícios de Capítulos posteriores.
A bateria da“V ou F”visa consolidar o entendimento da função das contas de resultado (receitas e des-
pesas) como acumuladoras de valores ao longo de um período contábil (neste Exercício, de um exercício
social).
Informações Complementares:
Como dito no enunciado, podem ou não ser usadas neste Exercício nº 2. Serão, certamente, em outros
Capítulos. Após as respostas dos quesitos solicitados, são dadas algumas sugestões de perguntas que po-
dem ser formuladas pelos ministrantes.
2.
COMPANHIA PERMANENTE
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO DOS EXERCÍCIOS DE . . .
3.
COMPANHIA PERMANENTE
BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE . . .
ATIVO
CIRCULANTE
Caixa e Bancos 4.820 2.515 12.585
Duplicatas a Receber 2.200 3.000 9.700
Mercadorias 2.000 9.020 1.400 6.915 2.500 24.785
NÃO CIRCULANTE
INVESTIMENTOS
Terrenos 1.500 1.500 1.500
TOTAL ATIVO 10.520 8.415 26.285
PASSIVO
CIRCULANTE
Fornecedores 1.400 1.780 8.000
Salários a Pagar 20 40 310
ICMS a Recolher 100 160 240
Dividendos a Pagar 400 1.920 –0– 1.980 1.100 9.650
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social 5.000 6.700 7.000
Reserva de Lucros 3.600 –0– 9.635
Prejuízos Acumulados –0– 8.600 (265) 6.435 –0– 16.635
TOTAL PASSIVO 10.520 8.415 26.285
52 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
4.
COMPANHIA PERMANENTE
DEMONSTRAÇÕES DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS
Destinação Proposta
5.
COMPANHIA PERMANENTE
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LíQUIDO (20x1)
COMPANHIA PERMANENTE
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (20x2)
COMPANHIA PERMANENTE
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LíQUIDO (20x3)
QUESTÕES ADICIONAIS
A seguir são oferecidas sugestões de Questões Adicionais que podem ser formuladas a partir dos da-
dos fornecidos, bem como das informações adicionais. Logo após cada uma delas é dada a solução.
Questão Adicional nº 1
Com o auxílio de razonetes para as Contas Caixa e Bancos, Fornecedores, Mercadorias, ICMS s/ Ven-
das, ICMS a Recolher e CMV, mostre a movimentação das contas Mercadorias e ICMS a Recolher de forma
a chegar nos saldos constantes nos Balancetes de Verificação de 31/12/x1 e 31/12/x2.
Solução e Comentários:
ICMS a Recolher
2.380 (3)
(5) 954
(6) 1.326
100
2.465 (9)
(11) 1.500
(12) 905
160
Questão Adicional nº 2
Simule, nos razonetes que forem absolutamente necessários para tal, as operações que permitam che-
gar nos saldos de 31/dez./x1 e 31/dez./x2 das contas ICMS s/ Vendas e Duplicatas a Receber, supondo que
todas as vendas foram a prazo e que a alíquota do ICMS nas vendas foi de 17%.
Solução:
Duplicatas a Receber Vendas Brutas de Mercadorias
(1) 15.000 15.000 (1)
1.000 (2)
11.800 (8) Devoluções de Vendas
2.200 (2) 1.000
ICMS a Recolher
2.550 (1.1)
(2.2) 170
A p u ra ç ã o Co n t á b i l d o Re su l t ad o 55
Questão Adicional nº 3
Questão Adicional nº 4
Considerando que“valor da compra”é o total da Nota Fiscal emitida pelo fornecedor, diga qual o valor
mínimo de compras a prazo efetuadas pela Companhia Permanente:
a) em seu primeiro exercício social?
b) em 20x2?
Solução:
a) Se em 31/12/x1 (final do 1º exercício social) a Companhia Permanente ficou devendo $ 1.400 a
seus Fornecedores, o valor mínimo de compras a prazo que efetuou foi de $ 1.400.
b) Como no final de 20x2 ela ficou devendo $ 1.780 aos Fornecedores e devia $ 1.400 em 31/12/
x1, o valor mínimo de compras a prazo que efetuou durante 20x2 foi de $ 380.
3. COMPANHIA PERIÓDICA
Senhor(a) ministrante: Todos os comentários iniciais da solução do Exercício nº 3 são válidos para este
Exercício.
Uma diferença fundamental é a de que os dados dos Balancetes de Verificação, por si só, não permitem
a apuração do resultado dos exercícios sociais.
A inclusão de algumas remissões à Lei das Sociedades por Ações visa “obrigar” que os alunos se fami-
liarizem com o manuseio e interpretação de textos legais.
A solicitação de DREs na forma mais detalhada possível virá mostrar o papel utilitário da Contabilida-
de como instrumento de gestão (uso interno).
Se este Exercício for usado como tarefa extraclasse, DEVEM SER solucionados os “V” e “F” em classe,
antes de qualquer providência. A classificação das “duplicatas a receber” em CIRCULANTE e REALIZÁ-
VEL a LONGO PRAZO deve merecer apreciação prévia em classe.
1. a) F) Pela leitura dos valores contidos nos balancetes de verificação só é possível conhecer o
valor do estoque final do 1º exercício social (lendo a conta Mercadorias no 2º balancete) e no
final do 2º exercício social (lendo a conta Mercadorias do 3º balancete). O último estoque final
(31/12/x3) não aparece nos Balancetes Verificação!
b) (F) Como os Balancetes foram preparados (“levantados”) imediatamente antes dos lançamen-
tos de apuração e de destinação do resultado, é impossível conhecer tais resultados pela falta
56 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
do último estoque final. Mesmo que fosse possível, nos balancetes não há a informação sobre
a destinação do resultado (dividendos), o que não permite conhecer com exatidão os saldos
da conta Lucros Acumulados. Se isso ocorrer é impossível saber como o Capital Social foi
aumentado.
c) (V) Basta somar, para cada exercício, o valor da conta Mercadorias com o valor da conta Com-
pras de Mercadorias e se obtém o que, em cada exercício social, esteve disponível para venda,
em termos de seu custo.
2.
COMPANHIA PERIÓDICA
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO DOS EXERCÍCIOS DE . . .
Lembrar aos alunos que o número de ações permaneceu sempre igual a 6.000 ações nos três exercícios
sociais.
A p u ra ç ã o Co n t á b i l d o Re su l t ad o 57
3.
COMPANHIA PERIÓDICA
BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31/DEZ. DE . . .
ATIVO
CIRCULANTE
Caixa e Bancos –0– 10.305 28.132
Duplicatas a Receber 5.000 5.000 11.000
Mercadorias 1.600 6.600 1.140 16.445 3.200 42.332
NÃO CIRCULANTE
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
Duplicatas a Receber 6.000 11.000 10.000
INVESTIMENTOS
Terrenos 5.860 5.860 5.860
TOTAL ATIVO 18.460 33.305 58.192
PASSIVO
CIRCULANTE
Fornecedores 25 1.025 1.252
Salários e Enc. Sociais a Pagar 200 310 500
Aluguel a Pagar 20 30 40
ICMS a Recolher 15 140 200
Dividendos a Pagar 3.200 3.460 2.600 4.105 4.000 5.992
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social 6.000 10.000 20.000
Capital a Integralizar (3.800) –0– –0–
Reserva de Lucros 12.800 15.000 19.200 29.200 32.200 52.200
TOTAL PASSIVO 18.460 33.305 58.192
4.
COMPANHIA PERIÓDICA
DEMONSTRAÇÕES DOS LUCROS (OU PREJUÍZOS) ACUMULADOS
5.
COMPANHIA PERIÓDICA
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (20x1)
Lucros (Prejuízos)
Movimentação Capital Social a Integralizar Totais
Acumulados
COMPANHIA PERIÓDICA
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (20x2)
Lucros (Prejuízos)
Movimentação Capital Social a Integralizar Totais
Acumulados
COMPANHIA PERIÓDICA
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (20x3)
6. Professor: após a elaboração das DMPLs e das DL (P). As mostrar aos alunos que uma das colunas
daquelas é a DL (P) A. Ou seja, que a DMPL é muito mais informativa (por ser mais abrangente) que
a DLPA. (Lastimável que na Lei das Sociedades por Ações a DMPL não foi tornada obrigatória!)
C – QUESTÕES
1. A adoção do “inventário permanente” implicaria que a contabilidade estivesse com sua conta Merca-
dorias (do Ativo) espelhando sempre, e de forma atualizada, o valor dos estoque e, por consequência,
a conta CMV espelhando o custo das mercadorias vendidas até a data em que estivessem registradas.
Isso, teoricamente, dispensaria qualquer levantamento físico (e posterior avaliação) das mercado-
rias estocadas caso desejado, em qualquer momento, preparar demonstrações contábeis.
O uso do inventário permanente permite detectar divergências de saldos entre o registrado na
Contabilidade e os registros a nível de almoxarifado, caso estes também contivessem informações mo-
netárias sobre os estoques. Tais divergências poderiam ser detectadas tão logo ocorressem, permitindo
a busca de suas razões.
3. Para saber se houve lucro ou prejuízo em um período, mesmo efetuando registros contábeis, não se-
riam necessárias as contas de receitas/despesas. Bastaria uma conta – a própria ARE, por exemplo –,
60 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
na qual se registrariam todas as receitas e despesas. A razão da existência destas últimas é a geração de
informações mais completas sobre o resultado. Basicamente, sobre sua formação.
4. Sim. A expressão se relaciona com o princípio da competência dos exercícios (o regime de competên-
cia), à medida que preconiza que receitas e/ou despesas de um período não devem ser reconhecidas
ou registradas em outro(s) período(s).
9
Operações Financeiras
Alertamos os senhores(as) ministrantes que alguns dos exercícios propostos neste capítulo pressu-
põem terem sido resolvidos outros de capítulo(s) anterior(es).
A – TESTES
1. (a)
2. (d)
4. (c)
5. (d)
6. (a)
B – EXERCÍCIOS
1. COMPANHIA OPORTUNISTA I
1. e 2.
62 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
Reserva de Lucros
6.160 (8)
3.
COMPANHIA OPORTUNISTA I
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (31/10/x0 a 31/12/x0)
COMPANHIA OPORTUNISTA II
BALANÇO PATRIMONIAL (31/12/x0)
ATIVO PASSIVO
NÃO CIRCULANTE
IMOBILIZADO
Edificações 8.000 _______
Total 26.160 Total 26.160
2. COMPANHIA OPORTUNISTA II
2. A palavra “mínimo” foi usada, pois não se sabe, a priori, se em 20x1 a Companhia Oportunista vai au-
ferir outras receitas financeiras, além das decorrentes da aplicação já feita.
Como é suposto o resgate em 15/2/x1, teremos um mês e meio de receitas, o que equivale a
$ 1.080,00.
3. Contabilização:
4.
COMPANHIA OPORTUNISTA
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (31/10/x0 a 31/12/x0)
COMPANHIA OPORTUNISTA
BALANÇO PATRIMONIAL (31/12/x0)
ATIVO PASSIVO
Obs.: Deve ser lembrado aos alunos que se a Companhia Oportunista desejasse respeitar o regime de com-
petência mensal, os lançamentos 6) e 7) seriam feitos no final de novembro e no final de dezembro, pelos
valores correspondentes àqueles meses.
O p e ra ç õ e s F i n a n c e i ra s 65
1 e 2. O rendimento global será de 90% de $ 12.000,00 = $ 10.800,00 a ser auferido ao longo dos 5 meses,
ou seja, $ 2.160,00 por mês.
Duas parcelas de receitas financeiras de $ 2.160,00 competem a 20x0, ou seja, $ 4.320,00. O restante,
$ 6.480,00, compete a 20x1.
Nos lançamentos a seguir, os registros de nos 1 a 4 pertencem a 20x0 e os de 5 a 8 pertencem a 20x1.
São usadas duas contas de RECEITAS FINANCEIRAS para alertar sobre a independência de exercícios
sociais (regime de competência).
Lançamentos de 20x0:
(1) aplicação em 1o/11/x0
(2) registro da “receita financeira” a ser auferida (1o/11/x0)
(3) e (3.1) receita financeira de nov./x0 e o “imposto de renda” (30/11/x0)
(4) e (4.1) receita financeira de dez./x0 e o “imposto de renda” (31/12/x0)
Lançamentos de 20x1:
(5) e (5.1) receita financeira de jan./x1 e o “imposto de renda” (31/1/x1)
(6) e (6.1) receita financeira de fev./x1 e o “imposto de renda” (28/2/x1)
(7) e (7.1) receita financeira de mar./x1 e o “imposto de renda” (31/3/x1)
(8) resgate final em 31/3/x1.
66 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
4. COMPANHIA DIVIDOSA
Obs.: Mesmas do caso anterior; muda apenas o nome da conta para “variações cambiais”.
5. COMPANHIA DESCONTADA
O exercício obriga que os alunos sintam a apropriação da despesa com juros ao longo dos quatro meses, tudo
inserido numa situação criada para terminar em uma DRE e um BP.
Deve ser alertado aos alunos que não existem “anjos da guarda” indicando ao Contador a necessidade de
efetuar certos lançamentos, tais como os de números 3, 6, 9 e 12 do enunciado. Na vida real, o profissional
deve “agendar” tais “compromissos” com o regime de competência.
Outro aspecto a discutir é o da materialidade no que diz respeito ao regime de competência mensal (e em
certos casos anual). Não há regra para definir quando devem e quando não devem ser feitas apropriações.
Contas de Compensação: Apesar de usadas na solução que se segue, não são obrigatórias. Fica a critério
de cada profissional e das características da empresa a utilização de uma ou mais delas. Apesar de legalmente
(Lei das Sociedades por Ações) não mais exigidas, as contas de compensação podem ser úteis em alguns casos.
Não estamos descartando o controle da posição física das duplicatas que emitiu e que ainda não foram qui-
tadas pelos clientes! Mas esse controle não obrigatoriamente deve ser feito através de lançamentos formais
nos livros contábeis.
Cada professor, com sua experiência, transmite a seus alunos como as empresas resolvem esta questão.
Clientes Valor Dupl. Juro Mensal Mês Vencto. Set./x0 Out./x0 Nov./x0 Dez./x0 Jan./x1
2. Lançamentos
3.
COMPANHIA DESCONTADA
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (5/mar./x0 a 31/dez./x0)
Obs.: A DRE acima, rica em detalhes, é útil internamente. Para fins de publicação poderia ser apresentada
outra, ou seja:
COMPANHIA DESCONTADA
COMPANHIA DESCONTADA
BALANÇO PATRIMONIAL (31/dez./x0)
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE
Caixa 2.200 Duplicatas Descontadas 3.200
Banco c/ Mov. – Yoko 3.300 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Banco c/ Mov. Lenon 900 Capital Social 8.000
Duplicatas a Receber 3.200 Reserva de Lucro 3.111
Material Expediente 302
Enc. Fin. a Apropriar 320
NÃO CIRCULANTE
IMOBILIZADO
Equip. de Som 4.089
Total 14.311 Total 14.311
6. COMPANHIA PERMANENTE
Há várias maneiras de apresentar a solução deste exercício e elas estão relacionadas com a forma de
entendimento da classe.
Com poucas exceções, as “entradas” e “saídas” relativas ao 1º exercício social (20x1) não apresentam
dificuldades maiores. Todavia, nos dois outros (20x2 e 20x3), pelo fato de restarem saldos de direitos e obri-
gações oriundos de 20x1, o entendimento exige maior atenção.
A“formatação”do fluxo de caixa apresentado a seguir tenta facilitar o entendimento e a tarefa didática.
Superada essa fase, pode ser ele recomposto de forma que se torne mais sintético.
72 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
COMPANHIA PERMANENTE
FLUXOS DE CAIXA DOS EXERCÍCIOS DE . . .
}
Salários do ano anterior –0– 20 40
ICMS do ano anterior (2) –0– 100 160
Dividendos do ano anterior –0– 400 –0–
Pagto. de Fornecedores (3) 6.554 12.120 13.098
Pagto. de Desp. c/ Vendas
Pagto. de Desp. Financeiras } (4)
510
190
910
100
2.320
7.190
Pagto. de Desp. Administrativas (5) 1.900 3.150 7.190
Pagto. do ICMS do ano (6) 1.326 805 5.500
Compra de Terreno 1.500 –0– –0–
Subtotal 11.980 17.605 29.330
4. SALDO FINAL (1 + 2 – 3) 4.820 2.515 12.585
EI + COlíquidas – EF = CMV
– 0 – + COlíquidas – 2.000 = 5.000
Logo: COlíquidas = 7.000
CObrutas = 7.954
Tal como no caso do recebimento dos clientes, esse mecanismo é entendido se as relações de fun-
cionamento das contas forem aprendidas “de fato”. Caso contrário, volta a ser um processo baseado em
“decorar”.
Observe-se que, por facilidade, tanto no caso dos recebimentos de clientes, como no de pagamento a
fornecedores, usou-se a suposição de que todas as operações foram a prazo.
A forma sintética de apresentar os fluxos de caixa antes mencionada pode ser a seguinte:
74 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
COMPANHIA PERMANENTE
FLUXOS DE CAIXA DOS EXERCÍCIOS DE . . .
7. COMPANHIA PERIÓDICA
A solução deste Exercício pode seguir a mesma linha de raciocínio da que foi dada ao Exercício nº 6
deste Capítulo.
No que respeita aos pagamentos aos Fornecedores, a obtenção das compras brutas torna-se simplifi-
cada, pois a empresa adota uma conta específica para as compras do período (Compras de Mercadorias),
bastando adicionar ao seu saldo o valor do ICMS o qual a empresa se creditou. Após, basta seguir o meca-
nismo já mostrado no Exercício no 3.
O p e ra ç õ e s F i n a n c e i ra s 75
COMPANHIA PERIÓDICA
FLUXOS DE CAIXA E BANCOS DOS EXERCÍCIOS DE . . .
(1) Alerta-se de que está deduzido o montante de “Aluguel a Pagar” do total da “Desposa c/ Aluguel”.
(2) Foram reunidos os salários e os encargos sociais e deles deduzidos os valores relativos a Salários e
Encargos Sociais a Pagar.
Deixamos de apresentar os fluxos de forma sintética.
8. COMPANHIA PIRACICABA
A “formatação” do fluxo de caixa que permita melhor compreensão por parte dos alunos vai depender
de cada ministrante. A que está reproduzida a seguir é tão somente uma sugestão.
76 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
COMPANHIA PIRACICABA
ORÇAMENTO DE CAIXA PARA O 1º TRIMESTRE DE 20x1
O valor do financiamento ($ 50.100) obtido no final de jan./x1 será pago no final de mar./x11 (2º mês
subsequente), acrescido dos juros simples de 131 ao mês, calculados para dois meses ($ 13.026).
Na coluna referente ao TRIMESTRE, deve ser alertado que as linhas (1) (4) e (6) não resultam das so-
mas dos valores contidos nas três colunas dos meses, por se tratarem de saldos.
9. COMPANHIA PINHAL
A solução deste Exercício é similar a do Exercício no 8 e a“formatação”do fluxo a seguir mostrado como
solução é apenas uma das possíveis.
COMPANHIA PINHAL
ORÇAMENTO DE CAIXA PARA O 2º TRIMESTRE DE 20x1
Os valores da linha 5 são os que a empresa “espera” aplicar no final de cada mês.
O p e ra ç õ e s F i n a n c e i ra s 77
Apesar de a atenção central do Exercício ser a estruturação do fluxo de caixa previsto para 19x2, ele
deve ser utilizado para, mais uma vez, reforçar o princípio da competência, mostrando que despesa e de-
sembolso nem sempre ocorrem concomitantemente, o mesmo acontecendo com receita e recebimento.
Isso se torna bem marcante no caso do seguro, que, no Exercício, não vai afetar o fluxo de caixa.
A dificuldade maior reside em “descobrir” os recebimentos que ocorrerão em jan./x2 e fev./x2 oriundos
das vendas efetuadas em nov./x1 e dez./x1.
Como as vendas de nov./x1 foram de $ 3.750, 40% delas será recebida em jan./x2, ou seja, $ 1.500. Do
saldo de Duplicatas a Receber em 31/12/x1 ($ 4.540) retira-se os $ 1.500 e o restante, $ 3.040, representa o
que será recebido em jan./x2 e fev./x2, em partes iguais, ou seja, $ 1.520 em cada um desses meses.
Feito isso, tais informações podem ser transpostas para uma planilha como a mostrada a seguir. O
restante da planilha “Recebimentos em 19x2 oriundos de vendas” é facilmente preenchido com as demais
informações.
Raciocínio similar é aplicado para apurar os valores de desembolsos decorrentes das compras e preen-
cher a planilha correspondente.
O passo seguinte é a determinação dos desembolsos decorrentes das “despesas com aluguel” e das
“despesas com salários e encargos”que foram reunidos em uma só planilha (o professor poderá separá-las
em duas, se necessário, para maior compreensão). Cuidado deve haver com relação ao desembolso de ja-
neiro/x2 relativo aos salários e encargos de dez./x1. O valor informado no enunciado é o que a Cia. Taubaté
pagou ($ 1.160) e que representa 80% da despesa. Logo, os 20% serão pagos em jan./x2.
Feito isso, resta a montagem da planilha final, que é o solicitado como resposta do exercício. A suges-
tão da apresentação é dada a seguir.
Vendas do
Jan./x2 Fev./x2 Mar./x2 Abr./x2 Maio./x2 Jun./x2 Jul./x2 Ago./x2 Set.x2 Out./x2 Nov./x2 Dez/.x2
mês de
Nov./x1 500 – – – – – – – – – – –
Dez./x1 1.520 1.520 – – – – – – – – – –
Jan./x2 2.000 4.000 4.000 – – – – – – – – –
Fev./x2 – 2.400 4.800 4.800 – – – – – – – –
Mar./x2 – – 2.000 4.000 4.000 – – – – – – –
Abr./x2 – – – 1.800 3.600 3.600 – – – – – –
Maio/x2 – – – – 2.400 4.800 4.800 – – – – –
Jun./x2 – – – – – 2.000 4.000 4.000 – – – –
Jul./x2 – – – – – – 3.000 6.000 6.000 – – –
Ago./x2 – – – – – – – 5.600 11.200 11.200 – –
Set./x2 – – – – – – – – 5.000 10.000 10.000 –
Out./x2 – – – – – – – – – 5.800 11.600 11.600
Nov./x2 – – – – – – – – – – 6.200 12.400
Dez./x2 – – – – – – – – – – – 8.000
Totais 5.020 7.920 10.800 10.600 10.000 10.400 11.800 15.600 22.200 27.000 27.800 32.000
78 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
Vendas do
Jan./x2 Fev./x2 Mar./x2 Abr./x2 Maio./x2 Jun./x2 Jul./x2 Ago./x2 Set.x2 Out./x2 Nov./x2 Dez/ x2
mês de
Dez./x1 a 1.800 – – – – – – – – – – –
Dez./x1 s 290 – – – – – – – – – – –
Jan./x2 a – 2.000 – – – – – – – – – –
Jan./x2 s 1.200 300 – – – – – – – – – –
Fev./x2 a – – 2.000 – – – – – – – – –
Fev./x2 s – 1.200 300 – – – – – – – – –
Mar./x2 a – – – 2.000 – – – – – – – –
Mar./x2 s – – 1.200 300 – – – – – – – –
Abr./x2 a – – – – 2.000 – – – – – – –
Abr./x2 s – – – 1.280 320 – – – – – – –
Maio/x2 a – – – – – 2.300 – – – – – –
Maio/x2 s – – – – 1.360 340 – – – – – –
Jun./x2 a – – – – – – 2.300 – – – – –
Jun./x2 s – – – – – 1.360 340 – – – – –
Jul./x2 a – – – – – – – 2.300 – – – –
Jul./x2 s – – – – – – 1.440 360 – – – –
Ago./x2 a – – – – – – – – 2.800 – – –
Ago./x2 s – – – – – – – 1.600 400 – – –
Set./x2 a – – – – – – – – – 2.800 – –
Set./x2 s – – – – – – – – 1.600 400 – –
Out./x2 a – – – – – – – – – – 2.800 –
Out./x2 s – – – – – – – – – 1.760 440 –
Nov./x2 a – – – – – – – – – – – 2.800
Nov./x2 s – – – – – – – – – – 1.760 440
Dez./x2 a – – – – – – – – – – – –
Dez./x2 s – – – – – – – – – – – 1.920
Totais 3.290 3.500 3.580 3.680 4.000 4.080 4.100 4.260 4.800 4.960 5.000 5.160
a – aluguel
s – salários e encargos
80 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
1. SALDO INICIAL 120 –0– –0– 1.960 3.880 3.280 1.400 –0– –0– 1.800 6.840 11.140
2. RECEBIMENTOS
Oriundos de Vendas 5.020 7.920 10.800 10.600 10.000 10.400 11.800 15.600 22.200 27.000 27.800 32.000
3. PAGAMENTOS
Decorrentes de Compras 2.910 4.890 5.260 5.000 6.600 8.200 10.300 13.500 15.600 17.000 18.500 17.500
Decorrentes de Alugueis e Salários 3.920 3.500 3.580 3.680 4.000 4.080 4.100 4.260 4.800 4.960 5.000 5.160
Subtotal dos Pagamentos 6.830 8.390 8.840 8.680 10.600 12.280 14.400 17.760 20.400 21.960 23.500 22.660
4. SALDO FINAL PROVISÓRIO (1+2–3) (1.690) (470) 1.960 3.880 3.280 1.400 (1.200) (2.160) 1.800 6.840 11.140 20.248
5. SUPRIMENTOS (Empréstimo) 1.690 470 –0– –0– –0– –0– 1.200 2.160 –0– –0– –0– –0–
6. SALDO FINAL (4+5) –0– –0– 1.960 3.880 3.280 1.400 –0– –0– 1.800 6.840 11.140 20.480
1.
Deve ser observado que o enunciado deixou o aluno livre para, a partir da linha 4 do quadro for-
necido, criar as linhas necessárias para resolver o exercício. Se de um lado se “dificulta” o trabalho do
professor, de outro não “conduz” o aluno a uma forma padrão de apresentação. Cada um deles tem
uma “forma própria” de encarar o problema e de apresentar a solução.
Logo, o quadro a seguir é apenas uma das soluções possíveis de formatação da solução.
O p e ra ç õ e s F i n a n c e i ra s 81
1) É o último valor a ser determinado na coluna do 1o trimestre de forma que o saldo final fique em
$ 100.
2) É o último valor a ser determinado na coluna do 2º trimestre. Observe-se que os valores de $ 6.500
(linha 9) e de $ 1.300 (linha 10) são consequências do financiamento obtido no final do 1º trimestre.
3) É o último valor a ser determinado na coluna do 3º trimestre.
4) É o último valor a ser determinado na coluna do 4º trimestre.
82 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
2. Lançamentos em razonetes
Os lançamentos E1, E2, E3 e E4 e os lançamentos S1, S2, S3 e S4 não foram mostrados com suas con-
trapartidas (referem-se aos quatro trimestres).
Observe-se que houve, para fins didáticos, o registro da despesa financeira (ou da receita financeira)
para, após, ser mostrado o pagamento (ou o recebimento, conforme o caso).
O p e ra ç õ e s F i n a n c e i ra s 83
Alternativas
Balanço Patrimonial Real em 31/12/x0
A B C D
O professor pode explorar as situações acima para verificar a adequação de cada alternativa, trabalhan-
do em termos de suposições de cada uma delas.
C – QUESTÕES
1. Mostrar, para tal período, o saldo inicial de caixa, as entradas e as saídas de caixa ocorridas no período,
bem como o saldo final de caixa.
A palavra caixa pode ter um sentido mais amplo do que somente dinheiro (numerário em poder
da empresa). Na maioria das vezes, apesar daquela denominação, engloba a movimentação ocorrida
nos depósitos bancários de livre movimentação.
2. Não há resposta padrão. O importante na correção das respostas obtidas dos alunos é verificar se as
operações solicitadas foram enunciadas com clareza.
3. Uma aplicação financeira com rendimento prefixado é aquela em que o aplicador já sabe, no ato de
efetuá-la, quanto receberá no futuro.
Se desejado registrar o valor do rendimento já no ato da aplicação, este não pode ser feito dire-
tamente numa conta de receita, tendo em vista que esta receita só vai sendo auferida à medida que
passa o tempo (regime de competência). Logo, o valor que será receita é creditado numa conta Receitas
84 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
Financeiras a Apropriar (redutora/retificadora da conta de Ativo que registrar o valor aplicado). Ao lon-
go do tempo, este valor vai sendo transferido para uma efetiva conta de Receita Financeira.
Obs.: O professor deve estar alerta para colocações feitas no sentido de que a “correção monetária
prefixada” não é obrigatoriamente uma receita, mas uma “restauração” do poder aquisitivo (ou uma
expectativa de restauração, já que prefixada) do valor aplicado. Teoricamente, só os juros é que são
rendimento efetivo. Tal explicação deve, se necessária, ser dada com cautela, pois a contabilidade nos
moldes da lei societária atual trata as variações monetárias como receitas financeiras.
4. Não. A empresa não pode se despreocupar “para sempre” relativamente ao valor daquela duplicata. O
motivo é o seguinte: Se o cliente não pagar ao banco, este se reserva o direito de solicitar da empresa
o valor que o cliente deveria pagar. E os bancos procedem assim! Caso contrário, seria muito cômodo
para as empresas!
5. Tal tipo de desconto recebe o nome de “desconto financeiro” e também é conhecido como “desconto
condicional”, pois está vinculado a um fato que pode ou não ocorrer: “se o cliente pagar até o dia ...”.
Ele tem relação com juros, uma vez que envolve “dinheiro no tempo”. No exemplo, os $ 20 nada
mais são do que juros com os quais a empresa está arcando para possuir uma quantia antes da data em
que fora combinado que iria recebê-la (note-se que se está supondo inexistir inflação).
10
Provisão para Perdas Estimadas para Créditos
de Liquidação Duvidosa
A – TESTES
1. (b)
2. (b) Observe-se que “foi totalmente afastado o aspecto fiscal”
3. (c) Observe-se que o aspecto fiscal é a ênfase
4. (a)
B – EXERCÍCIOS
1. COMPANHIA LUSÍADAS
Há duas respostas “esperadas” dos alunos. A que julgamos “mais correta” é a seguinte:
Durante 20x3, a empresa perdeu $ 2.600 e o saldo de “duplicatas a receber” em 31/12/x2 era de $ 50.000.
Durante 20x2, a empresa perdeu $ 3.000 e o saldo de“duplicatas a receber”em 31/12/x1 era de $ 20.000. Du-
rante 20x1, a empresa perdeu $ 1.600 e o saldo, de“duplicatas a receber” em 31/12/x0 era de $ ....... 10.000.
Logo:
1.600 + 3.000 + 2.600 7.200
= = 0,09 = 9%
10.000 + 20.000 + 50.000 80.000
86 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
Obs.: Se observada a ótica fiscal (ressalta-se que não é o caso neste Exercício). A 1ª alternativa é corre-
ta, pois usa a informação mais recente. Só poderia ser descartada se as perdas de 20x3 fossem consideradas
“atípicas” para entrar na média.
2. COMPANHIA ROMANA
Obs.: Se para o cálculo do percentual os alunos usarem como numerador $ 19.800 (3.690 + 6.872 +
9.238), o percentual seria de 5,5% e a provisão de $ 20.900 (errada!).
3. COMPANHIA REAL
4. COMPANHIA ILUSÃO
1. O primeiro passo é o cálculo das vendas a prazo de cada ano (20x5 e 20x6). Se as vendas a vista repre-
sentam 30% das vendas totais, as vendas a prazo representam 70% destas.
Agora, trata-se de refazer as ocorrências em ambas as contas de acordo com as informações possuídas:
* Saldos em 31/12/x4
88 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
Lançamentos de 20x5:
Lançamentos de 20x6:
COMPANHIA ILUSÃO
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (20x5)
1.
2.
3.
4.
5. ––––––––––––––––––––––––––––––––– ............ xxx
6. Despesa com Devedores Duvidosos ............ 126
7. Reversão de Ajustes com Perda de Créditos ............ 30
8. ––––––––––––––––––––––––––––––––– ............ xxx
9. Total das Despesas com Vendas (5 + 6 – 7 + 8) ............ xxx
10.
11.
P rovis ã o p a ra Pe rd a s E st i m a d a s p a ra Cr é d i t o s d e L i q u i d a ç ã o D u v i d os a 89
COMPANHIA ILUSÃO
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (20x6)
1.
2.
3.
4.
*5. ––––––––––––––––––––––––––––––––– ............ xxx
6. Despesa com Devedores Duvidosos ............ 111
7. Despesa com Devedores Incobráveis ............ 74
*8. ––––––––––––––––––––––––––––––––– ............ xxx
9. Total das Despesas com Vendas (5 + 6 + 7 + 8) ............ xxx
10.
11.
* Os itens 5 e 8 das DREs simbolizam outras contas que eventualmente são pertencentes ao grupo das
“Despesas com Vendas”.
5. COMPANHIA AGAR
Duplicatas a Receber
Saldo em 31/12/x5 =x
Vendas a Prazo
Durante 19x6 =y
Resolvendo:
r – 18.700 + 1,5 r – r – 23.900 = 64.050 ou
r = 71.100 (recebimentos oriundos de vendas a prazo de x6)
C – QUESTÕES
1. Ao ser constituída a “provisão” ainda não são conhecidos quais os clientes que não liquidarão suas
dívidas (se é que tal vai ocorrer). Por isso o nome “provisão”. Não se poderia – até por uma questão
ética – creditar diretamente a conta analítica deste ou daquele cliente, Daí o uso de uma conta auxiliar
(redutora/retificadora) denominada “provisão para devedores duvidosos”.
2. “CLIENTE” é todo aquele que compra de uma empresa, quer à vista, quer a prazo. No enunciado, a
expressão “recebimentos oriundos de vendas a prazo” teve como único objetivo precisão de termos.
As outras expressões sugeridas, se usadas, poderiam levar a interpretações erradas, pois não seriam
precisas.
3. Caso o cliente que teve sua “duplicata”“descontada” não pague o banco no dia do vencimento, este
“reembolsa” a duplicata e cobra o valor da empresa.
(Não fosse essa segurança, os bancos não fariam tais operações). Por esse motivo é que a empresa
calcula a provisão considerando, também, o valor das duplicatas descontadas.
4. O princípio contábil relacionado com o“leva em conta o passado”é o da confrontação da despesa (que
está embutido no “regime de competência”). Ou seja, se ao serem reconhecidas as receitas devem ser
confrontadas de imediato todas as despesas a elas relativas, já se deve (mesmo que por antecipação;
por previsão; por estimativas) registrar as perdas que decorrem(rão) de tais receitas: as vendas a prazo
que originaram as duplicatas a receber.
Quando o valor efetivamente considerado incobrável for menor do que a provisão antes constituí-
da o saldo (não utilizado) desta reverte para o resultado, como uma receita.
Quando ocorrer de ser“maior”, esgotada a provisão, lança-se mão de outra conta de despesa (po-
deria-se denominar “Devedores Incobráveis”) para registrar aquele “a mais”.
11
Folha de Pagamento
A – TESTES
1. (b)
2. (d)
3. (b)
4. (c)
5. (d)
B – EXERCÍCIOS
1. Cálculos relativos ao lNSS – Conforme tabela do livro-texto. Caro mestre: Os exercícios foram resol-
vidos com base na tabela de 2018. O importante aqui é ensinar ao aluno os cálculos corretos, e não as
alíquotas vigentes, já que todo ano a tabela sofre atualização.
92 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
Empregados A B C
No dependentes admitidos 2 5 3
Salário Total 2.200,00 3.500,00 10.000,00
(–) redução por dependente ($ 189,59) 379,18 947,95 568,77
(–) redução INSS 198,00 385,00 608,44
Base de Cálculo para IR 1.622,82 2.167,05 8.822,79
Alíquota da Tabela IR isento 7,5% 27,5%
Alíquota s/ Base Cálculo Valor – 162,53 2.426,27
Parcela a deduzir (extraída da tabela) – 142,80 869,36
IR R Fonte – 19,73 1.556,91
Cálculo do FGTS:
8% sobre total salário: 8% sobre 15.700 = $ 1.256,00
2.
Descontos
Nomes Salário Líquido a Pagar
INSS IRRF
3.
A B C
Cálculo do IRRF
A B C
1. No dependentes dedutíveis 3 4 3
2. Dedução pelos dependentes (1 × $ 189,59) 568,77 758,36 568,77
3. Seguros Saúde 260,00 200,00 3.605,50
4. 5% do salário total do mês 138,86 221,59 542,90
5. Excedente dedutível (3 – 4, se positivo) 121,14 – 3.062,60
6. Salário Total do mês 2.777,27 4.431,82 10.857,95
7. INSS 305,50 487,50 608,44
8. Dedução pelos dependentes (= 2) 568,77 758,36 568,77
9. Dedução por assist. médica (= 5) 121,14 – 3.062,60
10. Base de Cálculo (7 – 8 – 9) 1.781,86 3.185,96 6.618,14
11. Alíquota aplicável cf. Tabela isento 15% 27,5%
12. Alíquota sobre base de cálculo (10 × 11) – 477,89 1.819,99
13. Parcela a deduzir (conforme tabela) – 354,80 869,36
14. IRRF sem centavos (12 – 13) – 123,09 950,44
15. Salário Líquido (6 – 7 – 9 – 14) 2.350,63 3.821,23 6.236,28
Cálculo do FGTS:
Salários Descontos
Total Líquido a
Nomes
salários Desp. Médicas Pagar
Normal Extraord. INSS IRRF
(seguro saúde)
3. JOAÇABA S.A.
1.
A B C
A B C
Cálculo do IRRF
A B C
1. Dependentes Dedutíveis 2 3 4
2. Salário Total p/ fins de IRRF (= 4 acima) 2.888,36 1.477,27 5.030,45
3. Dedução por dependentes (2 × $ 189,59) 379,18 568,77 758,36
4. INSS 317,72 118,18 553,35
5. Base de cálculo (2 – 3 – 4) 2.191,46 790,32 3.718,74
6. Alíquota aplicável conforme tabela 7,5% isento 15%
7. Alíquota sobre base de cálculo (5 × 6) 164,36 – 557,81
8. Parcela a deduzir conforme tabela 142,80 – 354,80
9. IRRF (7 – 8), sem centavos 21,56 – 203,01
Cálculo do FGTS
8% sobre o “salário total p/ fins de INSS” = 8% de $ 9.396,08 = $ 751,69
2.
3.
Obs.: Deve ser alertado aos alunos o motivo do débito de $ 14,00 do salário-família na conta INSS a
Recolher:
4. COMPANHIA NATALINA
Empregado A: o valor bruto da segunda parcela será de $ 880,00 (salário contratual de dez./x4).
98 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
Empregado B: será de 9/12 aplicado sobre o salário contratual de dez./x4, o que resulta no valor bruto
de $ 615,00.
Empregado A Empregado B
Meses
de x4
Sal. Real Sal. Cont. Excedente Sal. Real Sal. Cont. Excedente
Jan. 90 90 – – – –
Fev. 90 90 – – – –
Mar. 90 90 – – – –
Abr. 90 90 – 290 290 –
Maio 90 90 – 350 350 –
Jun. 350 350 – 350 350 –
Jul. 350 350 – 350 350 –
Ago. 350 350 – 350 350 –
Set. 350 350 – 420 420 –
Out. 880 800 800 420 420 –
Nov. 880 800 800 600 600 –
Dez. 880 800 800 820 820 20
Totais 4.490 4.250 4.250 3.950 3.930 20
Observe-se que interessa o verdadeiro salário percebido para dele verificar o “salário de contribuição”.
No exercício que se está solucionando, apenas o 1º salário do empregado B (o de abril/x4) foi diferente
do salário contratual. Logo, a Cia. Natalina descontará os seguintes valores:
6. COMPANHIA SOLIDÁRIA
A B C
Cálculo do IRRF
A B C
1. Nº dependentes dedutíveis 1 1 3
2. Dedução por dependente (1 × $ 189,59) 189,59 189,59 568,77
3. Despesas assistências médicas efetivas do mês 432,25 378,15 587,20
4. 5% do salário total do mês 191,70 214,26 288,84
5. Excedente dedutível (3 – 4, se positivo) 240,55 163,89 298,36
6. Salário total do mês 3.834,09 4.285,27 5.776,73
7. Dedução pelos dependentes (= 2) 189,59 189,59 568,77
8. Dedução por assistência médica (= 5) 240,55 163,89 298,36
9. INSS 421,75 471,38 608,44
10. Base de cálculo (6 – 7 – 8 – 9) 2.982,20 3.460,41 4.301,16
11. Alíquota aplicável 15% 15% 22,5%
12. Alíquota sobre a base de cálculo 447,33
13. Parcela a deduzir (conforme tabela) 354,80 354,80 636,13
14. IRRF, sem centavos (11 – 12) 92,53 164,26 331,63
Cálculo do FGTS
2.
Salários Descontos
Nome Subtotal Líquido a Pagar
Normal Extra Maternid. INSS IRRF
O professor ministrante deve explicar que os $ 2.762,67 do salário-maternidade não são registrados
como despesa, pois já o é mês a mês quando a empresa registra seus encargos para com o INSS. Ao efeti-
vamente pagar para a empregada o salário-maternidade, este não é novamente considerado despesa.
C – QUESTÕES
1. Trata-se de verificar o poder de mobilização dos alunos em termos de busca de legislação. Existem
diversas publicações periódicas na área trabalhista das quais eles podem lançar mão.
Cabe a cada ministrante mostrar o elenco dessas publicações e a forma como cada uma aborda a
matéria. Mais do que “estudar” em aula cada uma delas, cabe ao professor dizer como cada uma delas
deve ser utilizada.
Obs.: A questão l pode ser usada como “estopim” para outras de cunho prático real, tais como
“elaborar, de fato, a folha de pagamento de uma pequena empresa comercial local” (ou acompanhar a
elaboração feita pelo profissional encarregado). Essa gama de atividades depende de como cada curso
102 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
está estruturado, da disponibilidade de tempo dentro da disciplina e do interesse de cada aluno pela
questão “folha de pagamento”.
A – TESTES
1. (b)
2. (c)
3. (d)
4. (b)
5. (c)
6. (d)
7. (e)
B – EXERCÍCIOS
1. COMPANHIA GUABIROBA
DRE (histórica)
1. Receitas 108,00
2. Despesas c/ Depreciação 48,00
3. Lucro Líquido (1 – 2) 60,00
Caixa 348,00
Máquinas 5.760,00 Capital Social 6.000,00
Deprec. Acum. (48,00) Lucros Acumulados 60,00
6.060,00 6.060,00
2. COMPANHIA GUARAMIRIM
Atenção professor: O Capital Social igual a ZERO não ocorre na prática, mas numa situação teórica
pode ser utilizado com objetivos didáticos. É o presente caso, pois em tudo este exercício é igual ao anterior (da
Companhia Guabiroba). Porém, a fonte de recursos única e inicial provém de terceiros. E, para salientar mais
ainda, obtida sem qualquer ônus.
As demonstrações em termos históricos conduzirão ao seguinte:
DRE (Histórica)
1. Receitas 108,00
2. Despesa c/ Depreciação 48,00
3. Lucro líquido 60,00
1) A depreciação acumulada no valor de $ 288,00 representa 3 (três) meses de depreciação. São três
doze avos de $ 1.152,00.
Portanto, o veículo foi adquirido em 1o/10/x4.
2) O valor da Despesa de Depreciação de veículos no período é de $ 288,00.
3. COMPANHIA EMBOABA
1. A depreciação acumulada de $ 288,00 representa 3 (três) meses de depreciação. São 3/12 de $ 1.152,00
($ 5.760 × 20% = $ 1.152,00). Portanto, o veículo foi adquirido em 1o/10/x4.
A t i v o N ã o Ci rc u l a n t e – I m o b i l i z a d o e D e p re c i a ç ão 105
4. COMPANHIA EMBOABA I
Circulante Circulante
Caixa 348 1.016
DRE de 20x5
Receita 5.188
Desp. Depreciação (2.688)
Lucro Exerc. 2.500
Não há uma sequência “padrão” para os lançamentos nos razonetes, pois as operações de compra e venda
de mercadorias, bem como as relativas às despesas (administrativas e com vendas) não foram posicionadas “no
tempo” através do enunciado. Por isso, SUGERIMOS que os alunos sejam convidados, antes de mais nada, a
pensar na forma como “atacariam” a solução. Passado esse período, o professor autorizaria que realmente efe-
tuassem o exercício.
A única ORDEM CRONOLÓGICA indispensável a ser seguida à risca é a que se relaciona com as aqui-
sições (loja e veículo) e respectivas depreciações mensais.
Uma forma que pode ser aconselhada à classe é o registro (após o da constituição/integral) de todas as
operações. Feito assim, seriam efetuados aqueles lançamentos. É o que faremos na solução.
Observem que fomos a detalhes de contas aos quais, na prática, os alunos não obrigatoriamente chega-
rão. Outrossim, certos lançamentos, como os de nos 7 e 8, os alunos poderão efetuar em duas etapas (primeiro
usando a conta de despesa e de passivo e, posteriormente, efetuando o pagamento). POR ISSO, NÃO HÁ
ANDAMENTO PADRÃO. Apenas o resultado final é padrão.
106 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
LANÇAMENTOS E COMENTÁRIOS
1) Caixa......................................................................... 19.000,00
Capital a Integralizar................................................. 1.000,00
a Capital Social..................................................................... 20.000,00
2) Mercadorias............................................................. 18.000,00
a Fornecedores..................................................................... 18.000,00
3) Fornecedores........................................................... 12.000,00
a Caixa................................................................................... 12.000,00
O lançamento no 3 já deixa resolvido o saldo de“Fornecedores”.
4) Duplicatas a............................................................. 38.790,00
a Vendas Brutas..................................................................... 38.790,00
5) Devoluções de Vendas.................................................. 280,00
a Duplicatas a Receber.............................................................. 280,00
6) Caixa........................................................................ 35.100,00
a Duplicatas a Receber.......................................................... 35.100,00
O valor do lançamento no 6 foi obtido, pois é fornecido o saldo final de “Duplicatas a Receber”.
Lembramos que os alunos podem efetuar outras modalidades de registro que conduzam à mesma situação.
7) Despesas Administrativas...........................................1.527,89
a Caixa..................................................................................... 1.315,00
a Desp. Adm. a........................................................................... 212,89
8) Despesas com vendas............................................... 2.313,61
a Caixa.................................................................................... 2.193,36
a Desp. c/ Vendas a Pagar........................................................... 120,25
9) Custo Merc. Vendidas.............................................. 15.289,00
a Mercadoria......................................................................... 15.289,00
A rigor, este lançamento deveria ser feito em 31/12/x1, após o inventário final e sua avaliação.
Apenas por simplificação foi efetuado neste momento.
ATENÇÃO: Os $ 120,00 que são o valor de custo das mercadorias devolvidas pelos clientes NÃO SÃO
REGISTRADOS, pois a empresa adota o regime de inventário periódico. Foi uma “peninha” do enunciado para
obrigar que a classe “pense no assunto”.
Agora, os lançamentos que devem seguir uma ordem cronológica:
10) Imóveis....................................................................... 5.184,00
a Caixa.................................................................................... 2.073,60
a Títulos a Pagar.......................................................................3.110,40
A t i v o N ã o Ci rc u l a n t e – I m o b i l i z a d o e D e p re c i a ç ão 107
A Cia. Dona Emma vai depreciar o veículo em 4 anos. Logo, 25% ao ano. Então,
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE
Caixa 33.818,04 Fornecedores 6.000,00
Duplicatas a Receber 3.410,00 Títulos a Pagar (loja) 3.110,40
Mercadorias 2.711,00 Desp. Adm. a Pagar 212,89
39.939,04 Desp. c/ Vendas a Pagar 120,25
NÃO CIRCULANTE
IMOBILIZADO
Imóveis 5.184,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
(–) Depr. Acum. Imóveis 51,84 Capital Social 20.000,00
Veículos 2.700,00 (–) Capital a Integralizar (1.000,00)
(–) Depr. Acum.Veículos 112,50 Reserva de Lucros 19.215,16
7.719,66
Total 47.658,70 Total 47.658,70
6. COMPANHIA MODELO
Apuração do Resultado do
Exercício – ARE
(9) 3.000 14.000 (8)
(10) 1.000
(11) 12,5
(12) 5.000
(13) 4.987,5 4.987,5
COMPANHIA MODELO
BALANÇOS PATRIMONIAIS
Circulante Circulante
Caixa 5.000 17.000 Fornecedores 2.000 2.000
Duplicatas a Receber 3.500 1.500 Salários a Pagar – 3.000
Mercadorias 7.000 2.000 Contas a Pagar 3.000 –
15.500 20.500 Impostos a Recolher 2.300 2.300
7.300 7.300
Não Circulante Patrimônio Líquido
Imobilizado Capital 10.000 10.000
Terrenos 4.150 4.150 Reserva de Juros 3.700 8.687,5
Instalações 1.500 1.500 13.700 18.687,5
(–) Depreciação Acum. (150) (162,5)
5.500 5.487,5
Total 21.000 25.987,5 Total 21.000 25.987,5
COMPANHIA MODELO
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO DOS EXERCÍCIOS
20x4
1. Vendas 14.000,00
2. CMV 5.000,00
3. Lucro bruto (1 – 2) 9.000,00
4. Despesas c/ Vendas 1.000,00
5. Despesas de Salários 3.000,00
6. Despesas de Depreciação 12,50
7. Lucro Líquido 4.987,50
110 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
C – QUESTÕES
1. Não se trata de julgar como foram fixados os 20% pelos donos (e talvez gestores).
Trata-se, isso sim, de alertar os CONTABILISTAS para o grave erro contido na resposta.
Quando o fisco estabelece taxas de depreciação, valem elas PARA FINS FISCAIS, ou seja, como
limites para a despesa a ser considerada quando do cálculo do imposto de renda da empresa.
NADA IMPEDE que taxas diferentes sejam utilizadas, desde que, quando do cálculo do imposto,
haja o recálculo pelas taxas legalmente admissíveis. A conciliação se faz através do LALUR, embasado
em papéis de trabalho.
Por vezes é bom lembrar que o fisco é apenas um dos usuários da Contabilidade e que, por isso, a
escrituração não deveria ser feita tendo o RIR como “guia-mestre”.
2. A MP 449/08, depois Lei no 11.941/09, criou o grupo contábil Ativo não Circulante, que foi a união dos
grupos Ativo Realizável a Longo Prazo e o Ativo Permanente.
As modificações ocorreram para tornar-se compatível a Contabilidade Brasileira com as Normas
Internacionais (IAS/IFRS).
13
Balanço Patrimonial
A – TESTES
1. (d)
2. (c)
3. (c)
4. (b)
5. (d) As três outras alternativas não são válidas como complemento da sentença, pois adotam o verbo
no imperativo (. . . será . . .). E tal não obrigatoriamente ocorre, uma vez que as informações dadas não
permitem concluir que “será”.
6. (a)
7. (d)
8. (e)
9. (c)
B – QUESTÕES
1. Só os títulos e os saldos das três contas mencionadas NÃO PERMITIRIAM imaginá-las corretamente
posicionadas no BP.
As duas primeiras (Duplicatas a Receber e Títulos a Pagar), por uma questão de prazo previsto
para recebimento/pagamento. NADA HÁ, nos nomes, que indique pertencerem obrigatoriamente ao
Ativo Circulante ou Passivo Circulante (como se é naturalmente induzido a pensar!).
Quanto à conta TERRENOS, poderia estar ela ajustada a qualquer dos dois grupos do Ativo (Ativo
Circulante e Ativo não Circulante)!
Insistimos que a “roupa não faz o santo”; se a nomenclatura da conta não fala por si própria,
é inútil insistir com argumentos que começam por: “Presume-se ...”, “Normalmente ...”, “Quase
sempre ...”.
2. O assunto é tratado no Art. 178 § 2o III da Lei das Sociedades por Ações. A divisão legal das contas
pertencentes ao Patrimônio Líquido é a seguinte:
• Capital Social
• Reserva de Capital
• Ajuste de Avaliação Patrimonial
• Reservas de Lucros
• Ações em Tesouraria
• Prejuízos Acumulados (incluindo pela Lei de no 11.941/09)
Nota-se que houve alteração na estrutura do Patrimônio Líquido a partir de 2008. As principais
alterações foram o surgimento do subgrupo “Ajustes de Avaliação Patrimonial”, supressão do subgru-
po “Reserva de Reavaliação” e supressão dos “Lucros Acumulados”.
3. A resposta mais simples e direta seria: “Não se avalia o que não existe”!
O PL é fruto, a qualquer momento (e nas atuais circunstâncias em que a Contabilidade é prati-
cada), da diferença entre o Ativo e o Passivo (este último com a conotação de obrigações para com
terceiros). Ele surge, portanto, de uma operação algébrica e é registrado na Contabilidade.
Seu crescimento ou sua redução (do PL) se deve a oscilações nos valores totais do Ativo e do
Passivo. Logo, ele, por si próprio, não cresce nem diminui. Ele é consequência do Ativo e do Passivo.
Logo, não houve “esquecimento” do legislador. Ao estabelecer “critérios de avaliação do ativo” e
estabelecer “critérios de avaliação do passivo” (obrigações com 3os) SE ESTÁ, indiretamente, estabele-
cendo “critérios de avaliação para o PL”!
14
Demonstração do Resultado do Exercício e
Demonstração do Resultado Abrangente
A – TESTES
1. (c)
2. (a)
3. (c)
4. (c)
5. (d)
6. (b)
7. (b)
8. (d)
9. (b)
10. (b)
114 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
B – QUESTÕES
1. As finalidades básicas da DRE são: evidenciar o resultado (lucro ou prejuízo) líquido de um período e
apresentar, de modo conveniente, todas as receitas, despesas e custos que interferem na formação de
tal resultado.
A DRE deve ser elaborada, em princípio, uma só vez ao término do exercício social. Todavia, casos
há em que, por força de legislação específica, ela é elaborada no final de cada semestre civil (caso das
instituições financeiras). O fato de essas instituições apurarem seus resultados semestralmente não
significa que seus exercícios sociais sejam de seis meses! São de 12 meses.
Por fim, para finalidades gerenciais (internas), podem ser elaboradas DREs abrangendo períodos
mais curtos da vida da empresa.
2. As Receitas e as Despesas são contas de Resultado do período, que devem ser encerradas no final do
exercício, para que se apure o resultado do exercício. Esse resultado, lucro ou prejuízo, será obtido com
a confrontação das Receitas e das Despesas. Uma vez apurado, o resultado será incorporado ao Patri-
mônio Líquido, por meio das contas Prejuízo Acumulado, quando o resultado for negativo, ou Reserva
de Lucros, quando o resultado for positivo.
As contas de resultado, Receitas e Despesas, modificam a Situação Líquida da empresa e repre-
sentam variações no Patrimônio da entidade. Essas contas não fazem parte do Balanço Patrimonial,
mas permitem que o resultado do exercício seja apurado.
Portanto, se houvesse a possibilidade de classificar as contas de resultados no Balanço Patrimonial,
seriam classificadas no Patrimônio Líquido.
3. Porque o BP que é publicado diz respeito a um momento que, via de regra, data do término do exercí-
cio social. Em tal ocorrendo, nessa mesma data ocorreram dois fenômenos: a “apuração do resultado
do exercício” e a “destinação do resultado”.
O primeiro deles é responsável por tornar as contas de receitas e de despesas com saldo nulo,
motivo pelo qual não aparecem no BP.
Raciocínio idêntico pode ser feito, por exemplo, no caso dos BPs semestrais de instituições finan-
ceiras, com o cuidado “de não se falar em apuração do resultado do exercício”, mas “do semestre”.
4. A DRE não explica “toda e qualquer” variação quantitativa do Patrimônio Líquido, uma vez que este
pode variar sem que em decorrência de receitas auferidas ou de despesas/custos incorridos. Exemplos
disso seriam os aumentos de Capital com recursos novos (dinheiro ou bens), as distribuições de lucros
(dividendos) aos proprietários, só para exemplificar dois casos. Há casos, também, dos reflexos das
reavaliações de ativos e de redução do capital social.
Obs.: Há quem defenda a substituição dos dois princípios citados pelo que se denomina“princípio
da competência”, o que, de forma alguma, colide com a resposta sugerida.
6. A explicação que poderia ser dada, sem invocar a tese do “esquecimento do contador”, é a seguinte: a
relevância das informações que seriam obtidas se criadas aquelas contas para apenas dois funcionários
não era tal que compensasse o custo de gerar tais informações (elaboração de folhas de pagamento
separadas, slipamentos separados, registros separados etc.). Assim, a empresa deve ter optado registrar
os salários e os encargos daqueles dois funcionários juntamente com os da área administrativa.
Obs.: A discussão em torno do assunto “relevância” (“materialidade”) não deve, jamais, tentar
estabelecer regras imutáveis. Na vida prática inexistem regras que resolvem todos os casos.
7. A Lei das Sociedades por Ações estabeleceu o “mínimo” que deve ser divulgado numa DRE. Nada
impede que as empresas elaborem e divulguem DREs mais analíticas (detalhadas).
Para fins gerenciais (internos) ou para atender solicitações especiais (dos acionistas, de órgãos
governamentais), pode ser interessante (e, às vezes, obrigatório) “abrir” certos itens da DRE.
15
Demonstração de Lucros ou
Prejuízos Acumulados
A – TESTES
1. (c) Observe-se que no momento em que elaborada e publicada a DMPL, está, “a reboque”, sendo
elaborada e publicada a DLPA.
2. (b) Cabe ao ministrante mostrar claramente aos alunos os valores que aparecem simultaneamente nos
BPs e na DRE, mostrando a mencionada integração.
3. (b) Da “competência” para não “misturar” receitas/despesas de um período com as de outro. Da “con-
sistência” para que as comparações das demonstrações ao longo do tempo não sejam prejudicadas.
4. (d) A palavra reversão aqui utilizada é no sentido de“voltar às origens”, ou seja, à conta Lucros Acumu-
lados, de onde saíram aquelas reservas.
7. (b)
8. (a)
D e m o n st ra ç ã o d e L u c ro s o u P re j u í z o s A c u m u l a d os 117
B – EXERCÍCIOS
1. COMPANHIA ARMAÇÃO
COMPANHIA ARMAÇÃO
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DOS EXERCÍCIOS
20x3 20x4
COMPANHIA ARMAÇÃO
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (20x3)
COMPANHIA ARMAÇÃO
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (20x4)
COMPANHIA ARMAÇÃO
BALANÇOS PATRIMONIAIS EM
CIRCULANTE
Caixa 23.100 1.162
Duplicatas a Receber 5.200 22.592
Títulos a Receber 100 –0–
Mercadorias 4.850 530
NÃO CIRCULANTE
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
Títulos a Receber –0– 325
IMOBILIZADO
Terrenos –0– 1.000
Edificações 3.900 5.700
Deprec. Acumul. Edificações (533) (701)
Veículos 1.560 900
Deprec. Acumul. Veículos (614) (255)
TOTAIS 37.563 31.253
D e m o n st ra ç ã o d e L u c ro s o u P re j u í z o s A c u m u l a d os 119
CIRCULANTE
Fornecedores 8.482 1.282
Dividendos a Pagar 2.090 2.205
Imposto de Renda a Pagar 7.000 2.100
Empréstimos Bancários a Pagar 405 3.285
NÃO CIRCULANTE
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
Empréstimos Bancários 4.200 4.400
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social 6.100 10.500
Reserva Legal 750 945
Reserva de Lucros 8.536 6.536
TOTAIS 37.563 31.253
2. COMPANHIA URUSSANGA
1., 2. e 3.
4.
COMPANHIA URUSSANGA
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (20x6)
COMPANHIA URUSSANGA
BALANÇO PATRIMONIAL (31/12/x6)
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE
Caixas e Bancos 300,00 Fornecedores 500,00
Duplicatas a Receber 400,00 Salários a Pagar 850,00
Estoques 2.800,00 Outras Contas a Pagar 600,00
NÃO CIRCULANTE Imposto de Renda a Pagar 360,00
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Dividendos a Pagar 342,00
Títulos a Receber 380,00 NÃO CIRCULANTE
INVESTIMENTOS Empréstimos Bancários 4.000,00
Participações Societárias 2.700,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Terrenos 21.600,00 Capital Social 14.966,00
Reserva Legal 1.236,00
Reserva Estatutária 4.072,00
Reserva de Lucros 1.254,00
TOTAL 28.180,00 TOTAL 28.180,00
COMPANHIA URUSSANGA
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (20x6)
RESERVAS Lucros
Capital Social (Prejuízos) Totais
Legal Estatutárias Acumulados
1.
20x1 20x2
2.
3.
CIRCULANTE CIRCULANTE
Caixas e Bancos – 6.220 Fornecedores 3.000 53.000
Duplicatas a Receber 1.000 62.409 Imposto de Renda a Pagar 420 15.750
Estoques 8.000 37.900 Outras Contas a Pagar 2.963 1.270
Títulos a Receber 50 600 Dividendos a Pagar 6.220
NÃO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE
REAL. A LONGO PRAZO Empréstimos Bancários 3.150 7.350
Títulos a Receber 630 30
IMOBILIZADO
Terrenos 1.050 2.450
Edificações 12.600 29.400 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
(-) Depr. Acumul. Edificações (1.512) (4.704) Capital Social 11.550 26.950
Lucros Acumulados 735 23.765
1.
CIRCULANTE CIRCULANTE
Caixa e Bancos 5.344 87.720 Fornecedores 6.000 16.000
Duplicatas a Receber 32.776 25.500
Mercadorias 18.000 28.000 NÃO CIRCULANTE
Títulos a Receber 5.000 52.000 Empréstimos Bancários 8.000 8.000
NÃO CIRCULANTE
REAL. LONGO PRAZO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Títulos a Receber 15.000 23.000 Capital Social 8.100 8.100
INVESTIMENTOS Lucros Acumulados 57.520 184.120
Terrenos 3.500 –0–
A conta Títulos a Receber deve aparecer tanto no A. Circulante como no A. Realizável a Longo Prazo. Parece
não haver dúvida de que os Terrenos devem figurar no subgrupo Investimentos.
2.
Observe que a 1a linha das DMPLs (estão as duas em um só quadro!) é obtida por diferença, visto que seus
valores não foram fornecidos diretamente.
D e m o n st ra ç ã o d e L u c ro s o u P re j u í z o s A c u m u l a d os 125
CIRCULANTE CIRCULANTE
Caixa 500 652 Despesas a Pagar –0– 1.125
Duplicatas a Receber –0– 2.000
NÃO CIRCULANTE
INVESTIMENTO
Partic. Societárias 500 1.750 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
IMOBILIZADO Capital Social 2.000 7.000
Terrenos 1.000 3.500 Prejuízos Acumulados –0– (250)
Totais 2.000 7.875 Totais 2.000 7.875
6. COMPANHIA ALEX
1.
COMPANHIA ALEX
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (20x3)
Reserva
Reserva de Lucros
Capital
Lucros
Capital
(Prej.) Totais
Realizado Ágio
Lucros Acuml.
Emis. Legal Estat. Conting. Orçam.
a Real.
Ações
Saldo em 31/12/x2 200.000 2.000 10.000 20.000 10.000 30.000 8.000 100.000 380.000
Aumento capital c/ Reservas (ago.) 12.000 (2.000) – (10.000) – – – – –
Integralização Capital (abr./x3) 50.000 – – – – – – – 50.000
Aumento Capital (jul./x3) 240.000 80.000 – – – – – – 320.000
Reversão da Res. para Contingências – – – – (10.000) – – 10.000 –
Reversão da Res. do Lucro Realizar – – – – – – (8.000) 8.000 –
Lucro Líquido de 20x3 – – – – – – 780.000 780.000
Destinação Proposta – –
Reserva Legal – – 39.000 – – – – (39.000) –
Reserva Estatutária – – – 78.000 – – – (78.000) –
Reserva Orçamentária – – – – – 63.000 – (63.000) –
Reserva p/ Contingências – – – – – – – (60.000) –
Reserva Lucros a Realizar – – – – – – 90.000 (90.000) –
Dividendos – – – – – – – (198.000) (198.000)
Saldo em 31/12/x3 502.000 80.000 49.000 88.000 40.000 93.000 86.000 394.000 1.332.000
2. Não apresentaremos a DLPA, mas ela deve ser montada pelos alunos, de modo que observem a dife-
rença entre ela e a DMPL.
Ao calcular a Reserva de Lucros a Realizar ($ 90.000) deve ser lido textualmente o artigo 197 da Lei
das S.A. e mostrado por que apenas $ 90.000 ($ 330.000 – $ 39.000 – $ 78.000 – $ 60.000 – $ 63.000).
Mostrar que o parágrafo único do artigo 197 define o que sejam “lucros a realizar”.
O cálculo do dividendo (30% sobre o Lucro Líquido ajustado na forma do artigo 202 da Lei
no 6.404/76) é:
D e m o n st ra ç ã o d e L u c ro s o u P re j u í z o s A c u m u l a d os 127
C – QUESTÕES
1. A resposta sincera seria: NENHUMA UTILIDADE! O saldo da conta Lucros (Prejuízos) Acumulados
nada informa se observado isoladamente. Convém alertar os senhores ministrantes que a Comissão de
Valores Mobiliários – CVM tem adotado postura bastante enérgica com relação à conta Lucros (Prejuí-
zos) Acumulados. Para tal, vide Pareceres de Orientação CVM nos 15/87 e 17/89.
2. Não! O saldo da conta Lucros (Prejuízos) Acumulados não permite conhecer o resultado de um exer-
cício. A exceção existe, mas é um caso extremamente particular.
3. A relação existe no momento em que ocorre a constituição das “reservas de lucros” (tal fato aparece na
DLPA) e nos casos em que “reservas de lucros” anteriormente constituídas são revertidas à conta de
Lucros (Prejuízos) Acumulados (tais reversões também aparecem na DLPA).
4. Mesmo antes de ser legalmente exigida por lei, muitas empresas já elaboravam e publicavam a DLPA.
E fazê-lo conduz a um comportamento, quando dos registros, condizente com as demonstrações
geradas.
Como o nome indica, a conta ARE cumpre sua finalidade ao auxiliar na apuração do resultado.
Portanto, a ARE deve ser utilizada apenas para tal. A destinação do resultado (atualmente mostrada
na DLPA, ou na DMPL) deve, portanto, ser feita na conta Lucros (Prejuízos) Acumulados. O “atalho”
proposto não deve ser usado!
5. O próprio texto já responde ao questionamento feito. O contador errou, uma vez que o objetivo era
“melhor informar”. Deveria ter optado pela DMLP.
6. Que a decisão não provocará o ingresso de recursos novos de forma a incrementar os investimentos da
Cia. Progresso como pensam os diretores. Para tal, seria necessário, isso sim, aumentos de Capital So-
cial com a integralização em moeda e/ou bens. A decisão pode, no máximo, surtir o efeito psicológico
de“evitar o desejo de os acionistas receberem dividendos”com base nos saldos de Lucros Acumulados,
por exemplo.
7. São duas coisas distintas existir “lucros a realizar”, assim definidos no Parágrafo único do artigo 197
da Lei no 6.404/76, e constituir a Reserva de Lucros a Realizar prevista no caput no mesmo artigo 197.
128 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
Mesmo supondo que existiram “lucros a realizar” no exercício, a formação da “reserva de lucros a
realizar” só será concretizada se:
• a assembleia geral aprovar;
• se os órgãos da administração (Diretoria e/ou Conselho de Administração) tiverem proposto
a formação da reserva;
• a proposição antes mencionada só poderia ter sido feita se o valor dos “lucros a realizar” fosse
maior que o somatório do que já tivesse sido destinado para as reservas previstas nos artigos
193 a 196 e, assim mesmo, pelo excesso.
16
Demonstração dos Fluxos de Caixa
A – TESTES
1. (d)
2. (b) A palavra “parte” tem sua razão de ser, pois nem todos os ajustes visam eliminar do resultado os
itens de receitas/despesas que não afetaram o CCL, Exemplo: vide Teste no 4.
4. (c)
5. (c)
6. (d)
B – EXERCÍCIOS
1. A gestão de caixa é a atividade da administração financeira que objetiva a otimização dos recursos
financeiros, integrada às demais atividades da empresa.
Uma boa administração do caixa depende da harmonia entre as saídas e as entradas de recursos
financeiros, sendo que pode haver sobra ou falta de dinheiro, que obrigará o administrador financeiro
a buscar soluções para resolver situações dessa natureza.
130 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
3.
1. Atividades Operacionais
Recebimentos de Clientes 330.000
Pagamento de Fornecedores (189.000)
Pagamento de Despesas (50.000)
Imposto de Renda Pago (5.000)
Caixa Líquido das Atividades Operacionais 86.000
2. Atividades de Investimentos
Pagamento de Imobilizado (30.000)
Pagamento de Investimentos (3.000)
Caixa Líquido das Atividades de Investimentos (33.000)
3. Atividades de Financiamentos
Aumento de Capital 20.000
Pagamentos de Dividendos (3.000)
Pagamentos de Financiamentos (70.000)
Caixa Líquido das Atividades de Financiamentos (53.000)
Caixa Gerado no Período (1 + 2 + 3) 0
Caixa e Equivalente de Caixa no Início do Período 10.000
Caixa e Equivalente de Caixa no Final do Período 10.000
132 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
Atividades Operacionais
Lucro Líquido 35.000
Ajustes por:
+ Depreciação 10.000
Lucro que afeta o Caixa 45.000
Variações no Circulante
Redução de Clientes 32.000
Aumento de Estoques (49.000)
Aumento de Fornecedores 60.000
Caixa Gerado nas Atividades Operacionais 88.000
Atividades de Investimentos
Aquisição de Imobilizado (30.000)
Aquisição de Investimentos (3.000)
Caixa Consumido pelas Atividades de Investimentos (33.000)
Atividades de Financiamentos
Aumento de Capital 20.000
Pagamentos de Dividendos (5.000)
Pagamentos de Financiamentos (70.000)
Caixa das Atividades de Financiamentos (55.000)
Caixa Gerado no Período (1+2+3) 0
Caixa e Equivalente de Caixa no Início do Período 10.000
Caixa e Equivalente de Caixa no Final do Período 10.000
Sugiro que o professor acompanhe os alunos passo a passo, durante o desenvolvimento da resposta.
D e m o n st ra ç ã o d o s F l u xo s d e Ca i x a 133
4.
Modelo Direto
a) Atividades Operacionais
Recebimento de Vendas 9.500
(–) Pagamentos de Compras (5.000)
Caixa Bruto obtido nas Operações 4.500
Modelo Indireto
ATIVIDADES OPERACIONAIS
Lucro Líquido apurado no Exercício 1.950
+ Depreciação 120
Lucro que afeta o Caixa 2.070
Variações no Circulante (Capital de Giro)
Ativo – Aumento de Duplicatas a Receber (reduz o Caixa) (500)
– Aumento de Estoques (reduz o Caixa) (500)
Passivo – Aumento de Fornecedores (melhora o Caixa) 1.000
– Aumento de Impostos a Pagar (melhora o Caixa) 1.050 1.050
Caixa Gerado nos Negócios 3.120
ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS
Aquisições de Ativo Não Circulante
– Móveis e Utensílios (300)
– Terrenos (1.000)
– Ações de outras Cias. (2.140) (3.440)
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS
– Integralização do Capital 1.500
– Novos Empréstimos Bancários 470
– Dividendos Pagos (850) 1.120
RESULTADO FINAL DO CAIXA 800
+ Saldo existente em 31-12-x1 1.500
Saldo existente em 31-12-x2 2.300
C – QUESTÕES
1. O modelo direto dá mais clareza, principalmente para o leigo em Contabilidade. É mais revelador e
fácil de ser analisado.
O modelo indireto (obrigatório nos EUA) é de difícil compreensão pelo leigo, porém é mais pro-
fundo, proporcionando melhores análises.
O fato de o modelo direto ser demasiadamente explícito inibe as empresas para divulgação ao
usuário externo. Todavia, para fins internos o modelo direto é mais usado.
A Lei no 11.638/07, que alterou a Lei das Sociedades por Ações, substituiu a Demonstração das
Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) pela Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC). A obriga-
toriedade será para as sociedades abertas. Além das sociedades de capital aberto, deverão seguir as
disposições da Lei, no que diz respeito à escrituração e à elaboração das demonstrações, as sociedades
de grande porte. Não ficou definido o modelo da DFC, se direto ou indireto.
D e m o n st ra ç ã o d o s F l u xo s d e Ca i x a 135
A explicação da substituição é que a DOAR é uma demonstração difícil de ser entendida pelo
leigo. Porém, a DFC modelo indireto é igualmente difícil. Assim, o ideal seria, sim, a DFC no lugar da
DOAR, mas DFC modelo direto.
2. Este modelo mostra as variações do Capital de Giro Próprio que afetam o Caixa. Por exemplo, acrésci-
mos sem Duplicatas a Receber (adia recebimento) e Estoque (provoca mais saída do Caixa) são fatos,
do ponto de vista puramente financeiro, ruins para o Caixa.
Conclusões como esta levam a empresa a trabalhar com Estoque Mínimo (adequar melhor a política
de estoque), trabalhar com uma política mais realista de Vendas a Prazo no sentido de enxugar Duplica-
tas a Receber (política de crédito, de cobrança, prazo de financiamento de vendas etc.).
Por outro lado, ampliar dívidas não onerosas (fornecedores, salários a pagar...) favorece o Caixa,
adiando pagamento. Isso leva a uma adequação do perfil do endividamento (qualidade, quantidade,
prazo da dívida).
Em outras palavras, a Análise da DFC Modelo Indireto evidencia objetivamente quais são as ope-
rações que prejudicam (ou melhoram) o Caixa e induz políticas gerenciais a corrigir ou aperfeiçoar os
resultados financeiros.
3. O lucro contábil apurado na DRE nem sempre se transforma em Caixa imediatamente (por exemplo,
Receita a Prazo). Outras parcelas puramente econômicas não se tornarão Caixa por algum tempo.
Na maioria das vezes, o Caixa gerado pelo lucro é imobilizado (aumenta Ativo), sacrificando o Ca-
pital de Giro. Outras vezes, o Caixa é destinado à amortização de financiamentos, diminuindo o Passivo.
São exemplos de operações que reduzem o Caixa (diminuindo o resultado financeiro), mas não são
tratadas como parcelas subtrativas na DRE (não diminuindo o lucro contábil).
Outras situações de Vendas e Compras desordenadas em termos de cronogramas financeiros, pra-
zos, ciclos operacional e financeiro etc. podem inicialmente evidenciar lucro contábil sem a geração de
caixa suficiente. Claro que compromissos com captação de dinheiro no mercado financeiro poderão
trazer ônus financeiro (juros...) que comprometerá o lucro contábil no futuro.
Um bom remédio é, no planejamento da empresa, harmonizar o orçamento operacional (DRE) com
o orçamento financeiro (DFC).
17
Demonstração do Valor Agregado, Notas
Explicativas e outras Evidenciações
A – TESTES
1. (d) (é a única relação que contam dois informes que não são considerados evidenciações às demonstrações
financeiras: o BP e a DRE!)
2. (c)
3. (b) o inciso III do artigo 133 da Lei no 6.404/76 é explícito quanto ao “parecer dos auditores indepen-
dentes, se houver”. E os §§ 3o e 4o do mesmo artigo exigem que seja ele publicado. Logo, mesmo não
havendo obrigatoriedade legal de possuir auditores externos, a sociedade anônima que os tiver NÃO
PODE DEIXAR de publicar o “parecer”.
4. (a)
6. (d)
7. (c)
8. (b)
9. (c)
Dem o ns traç ã o d o Va l o r A g re g a d o , N o t a s E xp l i c a t i va s e o u t ra s E v i d e n c i a ç õ es 137
1. Pela análise da Demonstração do Valor Adicionado (DVA), consta-se que essa empresa gerará de sa-
lários o valor de 15,00 anuais, a prefeitura terá gastos anuais de 18,00 e propõe isenção dos impostos
municipais por 10 anos.
Os únicos valores que certamente ficarão no município são os correspondentes aos salários, pois
o pró-labore e dividendos serão pagos aos proprietários da empresa que poderão ter outros interesses
que não estejam localizados no município.
Sendo assim, para que a prefeitura municipal dê os benefícios solicitados, é necessário barganhar
algo mais, como, por exemplo, que todo o lucro seja realmente reaplicado no município, caso contrário
a instalação daquela empresa não trará benefícios para ele.
2. Pela observação da Demonstração do Valor Adicionado constata-se que, enquanto a empresa alemã
tem uma tendência mais“social”de distribuição dos resultados, a empresa francesa privilegia de forma
acentuada os donos do capital, seja através do pagamento de dividendos ou então pela reaplicação dos
resultados obtidos diretamente na empresa.
Para tanto, vejamos os seguintes comparativos:
a) Enquanto a empresa alemã distribuiu 79,3% aos empregados, a empresa francesa distribuiu
60,3%;
b) A empresa alemã pagou de impostos 14,5% e a francesa 6,1%;
c) A empresa alemã pagou aos acionistas 0,7% e a francesa 5,6%.
Portanto, o foco da empresa francesa são os donos do capital, já para a alemã há uma tendência
maior de contemplar o social.
3. Um fator que pode ser percebido na demonstração do valor adicionado é que nada foi reaplicado na
empresa, pois todo o valor agregado teve uma destinação, seja na condição de remuneração do traba-
lho, impostos, custo da mercadoria ou distribuição de dividendos.
Para tanto, basta ir diminuindo das receitas o valor das despesas, chegando-se ao final a um resul-
tado “zero”, ou seja, tudo o que foi produzido foi distribuído, não sobrando nada para ser reinvestido
na própria empresa.
C – QUESTÕES
2. Julgamos que houve um “preciosismo” exagerado por parte do Diretor Econômico-Financeiro, pois a
informação era irrelevante qualitativa e quantitativamente. Qualitativamente, pois se tratava de equi-
pamentos de escritório em uma empresa comercial.
138 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
3. As demonstrações financeiras previstas na Lei das Sociedades por Ações são cinco (BP, DRE, DOAR,
DMPL, DLPA). O primeiro trecho do parecer leva a crer que a Companhia Bombinhas preparou as
cinco, o que provavelmente não ocorreu (o enunciado diz que ela preparou as que lhe eram exigidas
por lei, mas também não disse que ela elaborou as que não eram exigidas). Logo, já no primeiro trecho,
os auditores foram imprecisos.
No segundo trecho, na parte final (... e são compatíveis com as de outras...), os auditores fugiram
da área de auditoria“tradicional”e adentraram no campo da“análise de balanços”, o que não é próprio
quando se trata de “parecer de auditoria” relativo às demonstrações e notas para fins de publicação.
No último trecho citado os auditores falam em “... de acordo com todos os princípios de contabi-
lidade explicitados na Lei das ...”. A Lei das Sociedades Anônimas não explicitou tais princípios. Ainda
no último trecho, os auditores falam em “aplicados de maneira consistente em relação ao exercício
anterior”. A Cia. Bombinhas estava encerrando seu primeiro exercício social.
4. Quanto à nota sobre as mercadorias para revenda nada foi dito além de que foi cumprido o inciso II
do artigo 183 da Lei das Sociedades por Ações (o fato de falar em custo de aquisição faz, pelo menos,
entender que não houve “provisão para ajuste ao valor de mercado”). Mencionar que foram avaliadas
de acordo com a legislação fiscal, ser dizer se foi adotado o “custo médio” ou o “PEPS”, nada esclarece
ao leitor.
A nota sobre os imobilizados é apenas uma “bonita” montagem do inciso V do artigo 183 da lei
com a letra “d” do § 2º do mesmo artigo. Não esclarece qual o mecanismo adotado para a(s) deprecia-
ção(ões). Supor que foi usado o da “linha reta” (taxa constante), tal como preconizado pela legislação
fiscal, é impossível, pois sequer foi mencionada, em tal nota, a legislação fiscal.
Criticando: a Cia. Aterrado Torto está de parabéns por publicar o trecho anterior de acordo com a
lei das Sociedades por Ações, da forma mais minuciosa possível (não é obrigada a detalhar a formação
do CMV).
Às vezes é bom lembrar que “criticar” também significa evidenciar os pontos positivos!
6. Nem o Contador da Cia. Jaraguá acertou nem a pretendida “elegância” de seu amigo está de acordo
com o texto da lei das Sociedades por Ações que DETERMINA (artigo 187) que sejam mostradas se-
paradamente as “receitas não operacionais” e as “despesas não operacionais”. O certo seria mostrar os
$ 10.500 e os $ 688 e não apenas os $ 7.112. Parece que ambos esqueceram a lei das Sociedades por
Ações e aceitaram uma “sugestão” da legislação do imposto de renda.
7. O sistema atual é desestimulador para os donos do capital, porque, do total do valor adicionado pro-
duzido pelo ente empresarial, a menor parcela tem ficado com quem é detentor dos bens de produção,
incluindo-se neste aqueles que possuem seu capital aplicado em atividades que gerem empregos e
receitas, o que exclui os aplicadores financeiros que têm apenas o objetivo de lucro fácil e imediato.
Além do que, os entes tributantes das três esferas têm, invariavelmente, levado a maior parcela do
valor agregado, a exemplo do que mostra a pesquisa realizada pelo professor Ariovaldo dos Santos,
40,3% em 1998, 37,7% em 1997 e 40,4% em 1996.
8. Os donos do capital participam de duas formas da arrecadação do valor agregado: recebendo os juros
sobre o capital próprio ou os dividendos. No estudo realizado pelo professor Ariovaldo dos Santos, os
donos das empresas fizeram jus à menor parte da divisão do valor agregado, recebendo menos que o
governo e menos que o valor pago a título de salários.
9. O valor adicionado pode ser utilizado como indicador de produtividade quando for feita uma relação
como o número de empregados da empresa, pois representaria o quanto cada funcionário participou
na geração do valor adicionado individualmente.
18
Consolidação de Balanços
A – TESTES
1. (b)
2. (c)
3. (b)
4. (c)
5. (b)
B – EXERCÍCIOS
1. COMPANHIAS X, Y e Z
Para facilidade de apresentação, as respostas das quatro alternativas são mostradas tabuladas mais
adiante. Todavia, as explicações são dadas a seguir:
a) Como nenhuma operação ocorreu, não há motivos para ajustes nas contas fornecidas (obser-
ve-se que foram apresentadas apenas algumas contas).
Logo, teremos como resposta a soma dos saldos.
Co n s o l i d a ç ã o d e B a l a n ç os 141
b) Como ainda restam mercadorias transacionadas entre X e Y nos estoques de X (no caso “to-
das”), há que se fazer, antes, o seguinte cálculo:
Logo:
• nos estoques de X existem $ 600 de lucro obtido por Y, mas não auferido em termos consoli-
dados (deve ser expurgado!)
• nas Vendas de Mercadorias (receita) de Y existem $ 3.000 que foram vendas para X e, portanto,
devem ser expurgadas, pois não foram vendas para fora do grupo.
• no CMV (despesa/custo) de Y existem $ 2.400 de “mercadorias vendidas” para X e que devem
ser expurgados, pois aquele “custo” transformou-se em “estoque” da outra empresa do grupo.
Observe-se que não existem outros ajustes a fazer (no caso), pois X já pagou para Y.
Observe, também, que a explicação dos ajustes é necessária para que os alunos os entendam
quando feitos no “papel de Trabalho” (omitimos este!).
Feitos esses “ajustes”, os saldos serão os mostrados abaixo.
c) Como ainda restam mercadorias transacionadas entre z e x nos estoques de z, há que se fazer,
antes, o seguinte cálculo:
Logo:
• nos estoques de Z existem $ 450 de prejuízo registrado em X, mas não incorrido em termos
consolidados. Há que ser expurgado. Mas esse expurgo é feito AUMENTANDO os estoques
de Z em $ 450 para que eles reflitam o que valiam em X antes de serem “vendidos” para z.
• nas Vendas de Mercadorias (receita) de X existem $ 3.000 que foram vendidos para Z e que,
portanto, devem ser expurgados.
• no CMV (custo/despesa) de X existem $ 3.450 de “mercadorias vendidas” e que devem ser ex-
purgados, pois esse “custo” se transformou em “estoque” de Z (não foi um CMV decorrente de
operações com terceiros).
• em X há um direito de $ 3.000 sobre Z e nesta há uma obrigação para com X que devem ser,
ambas, expurgadas.
Feitos esses ajustes (que podem e devem ser mostrados no papel de trabalho, tal como no livro-
texto), obtêm-se os saldos a seguir fornecidos.
d) Professor: Sugerimos esta etapa como tarefa extraclasse, com correção posterior em classe!
142 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
Como não restam, no grupo, as mercadorias transacionadas entre Y e Z, não há por que fazer ajus-
tes nesses estoques (eles não mais existem). Relativamente a tais estoques, o grupo, como um todo,
já o “realizou” com terceiros. Os lucros/prejuízos intermediários não mais interessam. Todavia, existem
ajustes, quais sejam:
• nas Vendas de Mercadorias (receita) de Z existem $ 3.000 que foram vendidos para Y e que,
portanto, devem ser expurgados.
• no CMV (custo/despesa) de Z existem $ 2.400 de “mercadorias vendidas” para Y e que devem
ser expurgados, mas no CMV (custo/despesa) de Y existem os outros $ 600 (que completam
os $ 3.000) que é o “lucro” de Z, lucro fictício, pois fruto de uma operação entre elas e que, por-
tanto, deve ser expurgado no CMV (“fictício” para a consolidação!).
• por fim, lembrar dos $ 1.500 registrados como direitos de Z (direitos sobre Y) e dos mesmos
$ 1.500 registrados como obrigações de Y (obrigações para com Z); ambos devem ser expurgados.
Obs.: Pode haver dificuldade de aceitação, pelos alunos, da forma de expurgar os $ 3.000 do CMV. Sugere-
se, pois, voltar ao caso “b” e verificar que os $ 600, complemento dos $ 2.400 expurgados no CMV da ven-
dedora, foram buscados nos estoques da adquirente, pois tais estoques ainda não haviam sido vendidos.
No caso presente, pelo fato de os estoques já terem sido vendidos, transformaram-se em CMV da
adquirente, resultando, daí, a necessidade dos expurgos nos dois CMVs. O problema maior é a folha de
trabalho, que, via de regra, obscurece esse particular.
Em resumo:
2. COMPANHIAS COMPARADAS
É importante que as respostas das quatro alternativas sejam cotejadas pelos alunos. Por isso, no enunciado
sugerimos que construíssem uma tabela idêntica a que fornecemos aos professores na conclusão do Exercício
no 1.
Com o enunciado do Exercício no 1 e com a tabela de respostas, há possibilidade, portanto, de interessantes
conclusões sobre os valores consolidados obtidos.
3. COMPANHIAS RATONES
Não tente ver, no BP da Controladora, qualquer indício de equivalência patrimonial, Lembre-se de que,
em tese, equivalência ainda não foi explicada aos alunos. Outrossim, na prática universal, nem sempre a “equi-
valência patrimonial” precede a “consolidação”.
Co n s o l i d a ç ã o d e B a l a n ç os 143
ATIVO
Caixa 45.000 29.000 74.000 – – 74.000
Duplicatas a Receber 150.000 35.000 185.000 – – 185.000
Contas a Receber 100.000 15.000 115.000 – – 115.000
Estoques 180.000 320.000 500.000 – – 500.000
Investimento na Ratones II 160.000 –0– 160.000 – (1) 160.000 –
635.000 399.000 1.034.000 – – 874.000
PASSIVO
Fornecedores 140.000 90.000 230.000 – – 230.000
Contas a Pagar 10.000 100.000 110.000 – – 110.000
Participações Minoritárias –0– –0– –0– – (2) 41.800 41.800
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Observe-se que o único ajuste na DRE foram os $ 1.400, resultantes de 20% sobre o lucro da
controlada, uma vez que tal lucro pertence a terceiros. Na DRE consolidada ele aparece reduzindo
os $ 37.000, “como se fosse uma despesa”! Logo, dos dois lucros (de $ 30.000 e de $ 7.000) apenas
$ 35.600 pertence ao grupo consolidado.
Uma forma de observar a questão é a seguinte. Se ambos os lucros individuais ficaram retidos nos
respectivos PLs, já existiam Lucros Acumulados, tanto na controladora ($ 10.000) como na controlada
($ 2.000), oriundos do passado.
Em termos consolidados, esses Lucros Acumulados seriam de $ 11.600, ou seja, $ 10.000 + $ 1.600
(80% de $ 2.000). Acrescendo a esses $ 11.600 os $ 35.600 obtidos na DRE consolidada se chega aos
$ 47.200 de Lucros Acumulados do BP consolidado!
b) Neste caso, além dos ajustes já mencionados no caso anterior, há que fazer ajustes para as
Vendas de Mercadorias, para o CMV, e para os Estoques (pelo lucro neles contido). Iniciamos
pela DRE:
Resta, para a DRE, o ajuste no 3, que é o “lucro dos minoritários” calculado SOBRE TODO O LU-
CRO DA CONTROLADA, ou seja, 20% de $ 7.000; $ 1.400. Observe-se que dos $ 7.000 de lucros da
controlada eles, MINORITÁRIOS, se sentem“donos”de $ 1.400, não interessando a operação não rea-
lizada dela, controlada, com a controladora. Não interessa, de fato, pois eles participam na controlada!
Logo, surge um lucro líquido consolidado de apenas $ 32.600 (compare, professor, com o Lucro
Líquido consolidado do caso a).
Vamos ao BP consolidado:
ATIVO
Caixa 45.000 29.000 74.000 – – 74.000
Duplicatas a Receber 150.000 35.000 185.000 – 7.500 177.500
Contas a Receber 100.000 15.000 115.000 – – 115.000
Estoques 180.000 320.000 500.000 – (5) 3.000 497.000
Investimento na Ratones II 160.000 –0– 160.000 – (6) 160.000 –0–
635.000 399.000 1.034.000 – – 863.500
PASSIVO
Fornecedores 140.000 90.000 230.000 – – 222.500
Contas a Pagar 10.000 100.000 110.000 7.500 (4) – 110.000
Part. Minor. –0– –0– –0– –
(7)
{ 40.000
1.800
41.800
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Lucros Acumulados
40.000 9.000 49.000
{ 3.000 (5)
1.800 (7)
– 44.200
Observe-se, agora, que no BP (ao contrário de na DRE) os ajustes são feitos de forma absoluta-
mente compensada.
Ajuste no 4: elimina tanto da controladora (a dívida) como da controlada (o direito) os $ 7.500 que
restam entre elas.
Ajuste no 5: elimina os $ 3.000 de lucros existentes nos estoques que estão em poder da contro-
ladora, pois, para o consolidado, o custo de aquisição não incluía aqueles $ 3.000. A contrapartida é
feita na conta Lucros Acumulados (da controlada), pois é lá que se refletiu aquele lucro que, voltamos
a insistir, para o consolidado é um “lucro fictício”.
Ajuste no 6: elimina a“Participação em Ratones II”(da controladora) com a conta Capital Social da
controlada.
146 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
Ajuste no 7: traz para a conta Participação Minoritária tanto o remanescente do Capital Social da
controlada ($ 40.000) como os 20% dos Lucros Acumulados da controlada, ou seja, $ 1.800 (20% de
$ 2.000).
O mesmo “teste” de verificar a composição da conta Lucros Acumulados do BP consolidado, feito
no caso anterior, se ajusta nesse exemplo.
c) Neste terceiro caso, vamos isolar a“parte mais difícil”e entendê-la por pedaços. Julgamos mais
didático!
Quando a controlada vendeu para a controladora ocorreu o seguinte:
Controladora Controladora
Estoques 10.000 Vendas: xxxxx (não interessa: foi para terceiros
2.000 CMV: 8.000
L. Bruto xxxxx
Antes da controladora ter vendido parte dos estoques, todo o “lucro”, indevido em termos con-
solidados (de $ 3.000), estava nos estoques de $ 10.000. Mas esses estoques se repartiram: uma parte
($ 2.000) continuou no ativo da controladora e outra ($ 8.000) transformou-se em CMV. Logo, há que
se fazer o expurgo dos $ 3.000 proporcionalmente:
Essa explicação deve ser dada ANTES de que se adentre nas folhas de trabalho propriamente ditas, sob
pena de não ficarem claros os ajustes lá feitos.
Co n s o l i d a ç ã o d e B a l a n ç os 147
A aparência dos ajustes na DRE é a mesma dos feitos no caso “b”. Todavia, o ajuste no 2 visou alterar o CMV
da controlada (em $ 7.000) e o CMV da controladora (em $ 2.400), pois é neste último que está uma parte do
lucro gerado entre ambas, já que o estoque foi parcialmente vendido.
ATIVO
Caixa 45.000 29.000 74.000 – – 74.000
Duplicatas a Receber 150.000 35.000 185.000 – (4) 120 184.800
Contas a Receber 100.000 15.000 115.000 – – 115.000
Estoques 180.000 320.000 500.000 – (5) 600 499.400
Invimento na Rat II 160.000 –0– 160.000 – (6) 160.000 –0–
635.000 399.000 1.034.000 – – 873.200
PASSIVO
Fornecedores 140.000 90.000 230.000 – – 229.800
Contas a Pagar 10.000 100.000 110.000 120 (4) – 110.000
Part. Minor.
(7)
{ 40.000
1.800
41.800
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Os ajustes de nos 4 a 7 feitos nos BPs são similares aos ocorridos no caso“b”.
148 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
4. COMPANHIA TAIÓ
Convém alertar que a Lei das Sociedades Anônimas não estipulou percentual de participação como ele-
mento para caracterizar o controle de uma empresa sobre outra. Portanto, o fato de a Cia. Taió I deter 25% do
Capital da Cia. Taió II não é restrição da situação de controladora-controlada que foi afirmado existir, através
do enunciado:
Merece considerar, apenas, a formação dos $ 2.800. Se nos estoques de $ 1.000 existem $ 200 de lucro, no
total vendido ($ 3.000) existiam $ 600 de lucro. Mas 2/3 dos estoques já saíram da controladora (para tercei-
ros); logo, no CMV desta última existem 2/3 do total do lucro, ou seja, $ 400. O ajuste no 2, portanto, reflete o
expurgo de $ 2.400 do CMV da controlada (Taió II) e de $ 400 do CMV da controladora (Taió I) na parte dos
lucros que eles continham.
O ajuste no 3 é fruto de 75% sobre o lucro da Taió II que “pertence” aos “acionistas minoritários”!
ATIVO
Caixa 13.000 8.000 21.000 – – 21.000
Clientes Rec. – 700 700 – (4) 700 –0–
Clientes Terc. 13.000 6.300 19.300 – – 19.300
Estoques Rec. 1.000 – 1.000 – (5) 200 800
Estoques Terc. 17.000 15.000 32.000 – – 32.000
Móveis 63.000 20.000 83.000 – – 83.000
Part. Taió II 5.000 – 5.000 – (6) 5.000 –0–
112.000 50.000 162.000 156.100
Co n s o l i d a ç ã o d e B a l a n ç os 149
PASSIVO
Fornec. recip. 700 – 700 – –0–
Forn. Terc. 11.300 16.000 27.300 – 27.300
Títulos Pagar 26.000 3.000 29.000 – 29.000
Part. Minor. – – –
(7)
{ 15.000
8.250
23.250
PAT. LÍQUIDO
C – QUESTÕES
1. Mesmo ao sócio/acionista de uma das empresas do conjunto interessa o todo, pois as empresas inter-
ligadas podem auxiliar-se mutuamente (se uma delas não está bem, a(s) outra(s) pode(m) auxiliá-la).
Saber se o todo “vai bem” interessa! A recíproca também é verdadeira: uma delas pode estar “muito
bem”, mas a(s) outra(s) pode(m) estar em situação ruim. Outras informações sobre o “conjunto” ao
qual pertence determinada empresa pode interessar o sócio/acionista desta última.
2. A estrutura do BP da controladora“X”mostra que a participação na Cia. Jota está registrada por $ 1.185
no Ativo da Cia. X enquanto a das três controladas (A, B e C) por apenas $ 665.
Pelo artigo 249 da Lei das Sociedades por Ações, devem ser consolidadas as demonstrações das
empresas X, A, B e C.
A Cia. Jota não entra na consolidação, pois não é controlada da Cia. X.
3. A evolução da legislação ocorre em função do nível de maturidade do povo! Casos como o citado po-
dem ocorrer (infelizmente), e a legislação não obriga que a população fique sabendo quem acumula
lucros em troca de devastação e poluição do meio ambiente.
Qual seria o papel dos contadores desse tipo de empresas se estivéssemos num país com menos
favoritismos, menos perseguições e mais coesão/maturidade da classe contábil?
E a “Lei das Sociedades Anônimas” foi colocada em discussão em TODOS os níveis antes de ser
aprovada!
19
Avaliação de Investimentos
A – TESTES
1. (b)
2. (c) A alternativa “d” é incorreta em virtude da condicionante que inclui: “... na dependência de onde
estiverem classificados”.
3. (b)
4. (b)
5. (b)
B – EXERCÍCIOS
1. COMPANHIA PEREQUÊ
Isoladamente Conjunto
$ 32.000
Cia. A = 7,62% → 7,62%
$ 420.000
$ 35.000
Cia. B = 8,33% → 8,33%
$ 420.000
$ 45.000 10,71%
Cia. C = 10,71% →
$ 420.000 26,66%
O teste indicou isoladamente que somente a Cia. C é “relevante”, mas, no conjunto, as três passam a
ser “relevantes” (26,66% > 15%).
Quais devem ser avaliadas pelo “mep”? Somente os investimentos nas Cias. A e C, pois no caso de
investimentos relevantes em coligadas há que existir uma das seguintes condições: ou influência na admi-
nistração → 20% ou mais do Capital Social (que é o caso da Cia. A e da Cia. C).
2. COMPANHIA MONDAÍ
a) O PL da Cia. Alfa, para fins de publicação, valerá $ 500.000,00 assim obtido: $ 400.000 + $ 150.000
– $ 50.000. No Passivo Circulante da Cia. Alfa constará $ 50.000 de Dividendos a Pagar, sendo que
$ 10.000 deles referem-se aos dividendos para a Cia Mondaí.
O cálculo da equivalência patrimonial levará ao que segue:
20% do PL da Cia. Alfa: 20% de $ 500.000 = $ 100.000
(–) Valor contabilizado na Cia. Mondaí = $ 80.000
= subtotal $ 20.000
(+) Dividendos (parte da Cia. Mondaí) = $ 10.000
= valor a registrar como receita $ 30.000
152 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
(2) 30.000
10.000 (3)
3. COMPANHIA DAKOTA
a) Teste para verificar a situação de coligadas e controladas:
Logo, os investimentos nas Cias. B, C e D devem ser avaliados pela equivalência patrimonial (lembrar
que no caso das coligadas C e D há influência na administração).
b)
c) Registros Contábeis
4. COMPANHIA ARARANGUÁ
a) Testes e cálculos de equivalência:
$ 23.400
Cia. Beta: 13% (coligada)
$ 181.000
$ 3.000
Cia. Gama: 10% (coligada)
$ 30.000
Relevância:
$ 7.500
Cia. Beta: 9,49%
$ 79.000
$ 6.000
Cia. Gama: 7,59%
$ 79.000
17,08%
São relevantes apenas após o teste conjunto. Como em ambas as coligadas foi explicitado haver in-
fluência na administração, a Cia. Araranguá deve avaliá-los pelo “mep”.
b) Registros Contábeis
5. COMPANHIA CAROLINA
a) Em 15/9/x0 têm-se:
Pelo enunciado, sabe-se que antes do aumento de Capital do dia 20/9/x0 existiam 2.000 ações em cir-
culação das quais 400 em mãos da Cia. Carolina (20%).
Das novas 2.000 ações, a Cia. Carolina adquiriu 1.200 ações (60%). Logo após o aumento, a Cia. Ca-
rolina passou a deter 1.600 ações de um total de 4.000 ações, significando que houve um aumento de seu
percentual de participação de 20% para 40% (1.600 de 4.000 ações).
O PL da Cia. DOSUL antes do aumento valia $ 525.000 e a Cia. Carolina detinha 20% dele, ou seja,
$ 105.000, que é o valor por ela registrado em seu Ativo, na conta de “equivalência” em 15/9/x0.
Com as 2.000 novas ações colocadas a $ 210 cada uma ($ 420.000), o PL da Cia. DOSUL passou para
$ 945.000. E a Cia. Carolina detém 40% dela, ou seja, $ 378.000. Mas ela pagou apenas $ 252.000 (1.200
ações × $ 210). Logo, a diferença se deve ao “ganho por variação de percentual de participação”. Ou seja:
Logo, antes da equivalência de 31/12/x0, o saldo da conta que registra o investimento avaliado pelo
“mep” vale $ 378.000. O cálculo do ajuste final será, então:
Valor da equivalência patrimonial (40% de $ 1.200.000) $ 480.000
(–) Valor contabilizado $ 378.000
= Subtotal $ 102.000
+ Dividendos da Cia. Carolina ($ 72.000 ÷ 4.000 × 1.600) $ 28.800
= Valor a registrar $ 130.800
Ava l i a ç ã o d e I nv e s t i m e n t os 155
b) Os registros serão:
(4) 130.800
28.800 (5)
6. COMPANHIA DO PERI
a) O saldo inicial já está corrigido. Resta, então, calcular o valor do Patrimônio Líquido para verificar
o lançamento a ser feito:
Até 2/7/x1, a Cia. do Peri possuía 200 ações ON da Cia. da Lagoa. Após, comprou 600 novas ON das
1.000 novas emitidas. Logo, seu Percentual de Participação se deslocou dos 20% para os 40% (800 ações
de 2.000 ações). O PL da Cia. da Lagoa era $ 197.120 antes do aumento e se tornou $ 376.320, do qual $
150.528 (40%) “pertence” à Cia. do Peri.
Na contabilidade da Cia. do Peri ocorrerá o seguinte:
C – QUESTÃO
1. Sim, poderá. A regra do artigo 247 é genérica para “taxar” um investimento de ”relevante”. Para as fi-
nalidades do artigo 249, no cálculo da relevância devem ser levados em conta os eventuais créditos que a
investidora tenha sobre a investida. Assim, mesmo não sendo puramente relevante para fins do artigo
247, poderá sê-lo para fins do artigo 249, que trata justamente do dever de avaliar pelo mep.
20
Imposto de Renda e Contribuição Social
A – TESTES
1. (c)
2. (a) observe que a palavra “lucro” da alternativa “c”a elimina como correta, pois o lucro real pode se originar de
lucro contábil ou de prejuízo contábil.
3. (b)
B – EXERCÍCIOS
1. COMPANHIA PERMANENTE
Neste momento, caso a classe não provoque, deve o ministrante provocar a questão: “Que tal calcular
30% desse prejuízo fiscal e contabilizar como um direito no Ativo e como receita de 20x2?” Isso não é feito
basicamente porque há a “convenção do conservadorismo” e, ALÉM DO MAIS, o fato de não existir suporte
para garantir que esse direito existe perante o governo. Por isso não é registrado.
No BP de 31/12/x2 há que se levar em conta as alterações no Caixa ocorridas a partir de 31/12/x1, quais se-
jam, pagamos $ 1.260 de imposto e pagamos $ 274,00 de dividendos, não tendo ocorrido o desembolso dos
$ 400,00 de dividendos.
Em 20x3 teremos:
Lucro Líquido antes do Imposto de Renda = $ 11.000
+ despesas indedutíveis (adições) = $ 3.500
– compensação de prejuízo fiscal = $ (1.700)
lucro real de 20x3 (base de cálculo IR) = $ 12.800
Obs.: Se julgado interessante para fixação do aprendizado, solicitar montagem das DLPAs e se das DMPLs.
Obs.: Na dependência da maturidade da classe é conveniente, após os cálculos, refazer os balancetes de
verificação e novamente “apurar” e “destinar” o resultado.
COMPANHIA PERMANENTE
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO DOS EXERCÍCIOS DE. . .
COMPANHIA PERMANENTE
BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE. . .
ATIVO
CIRCULANTE
NÃO CIRCULANTE
INVESTIMENTOS
PASSIVO
CIRCULANTE
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social 5.000 6.700 7.000
2. COMPANHIA PERIÓDICA
Em 20x1 teremos como contribuição social um valor obtido a partir dos $ 16.000 do Lucro Líquido já cal-
culado, ou seja:
($ 16.000 × 0,08) ÷ (1 + 0,08) = 1.185,19 ou, desprezando os centavos, o valor de $ 1.185,00. Logo, o
Lucro Líquido antes do imposto de renda passará a $ 14.815,00. O cálculo do imposto de renda será:
A DRE e o BP de 20x1 estão apresentados no final. Não se esquecer dos ajustes, para os BPs seguintes,
do saldo da conta Caixa.
Em 20x2 a contribuição social será de $ 962,00 obtida pelo cálculo: (13.000,00 × 0,08) ÷ (1 + 0,08) =
962,96 (os centavos são desprezados). O imposto de renda, por sua vez, será:
Os Balanços Patrimoniais serão iguais nos seus Ativos, exceto os saldos da conta Caixa que passarão a
ser de $ 28.757,00 e de $ 49.884,00 em 31/12/x2 e 31/12x3, respectivamente. Apresentamos, pois, apenas os
Passivos.
I m p o st o d e Re n d a e Co n t r i b u i ç ã o S o c i al 161
COMPANHIA PERIÓDICA
BALANÇOS PATRIMONIAIS (31/dezembro/...)
ATIVO
CIRCULANTE
Caixa –0– 5.757 19.824
etc.
etc.
TOTAL ATIVO 18.460 28.757 49.884
PASSIVO
CIRCULANTE
Fornecedores 25 1.025 1.252
Salários e Encargos a Pagar 200 310 500
Aluguel a Pagar 20 30 40
ICMS a Recolher 15 140 200
Dividendos a Pagar 2.063 1.660 2.498
Contribuição Social a Pagar 1.185 962 1.481
Imp. de Renda a Pagar 4.500 8.008 3.738 7.685 6.029 12.000
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social 6.000 10.000 20.000
Capital a Integralizar (3.800) –0– –0–
Lucros Acumulados 8.252 10.452 10.892 20.892 17.884 37.884
TOTAL PASSIVO 18.460 28.757 49.884
Obs.: Se realmente julgado necessário, peçam que sejam refeitas as DLPAs e DMPLs.
Obs.: NÃO SE ESQUEÇA de comentar que o controle do prejuízo fiscal de 20x1 teria ocorrido NO LALUR. Mostre
aos alunos!
4. OURO LTDA.
Todas as informações que “insinuam” cálculo com base no “lucro real” são “complicômetros” do enun-
ciado, pois em seu início é dito que a Ouro Ltda. reúne as condições e deverá calcular seja Imposto de Renda
com base no “lucro presumido”. Um teste de atenção!
A soma das receitas ditas operacionais (para fins de lucro presumido) é de $ 120.000,00, e a “receita da
venda de terrenos” ($ 14.400,00) mais o custo do terreno vendido ($ 12.000,00) é igual ao ganho de capital
($ 2.400,00).
CSLL IRPJ
Logo, o imposto de renda será de 15% sobre $ 26.400,00, ou seja, de $ 3.960,00. E a Contribuição Social
sobre Lucro Líquido será 9% sobre $ 28.800,00, ou seja, de $ 2.592,00.
5. CAPINZAL LTDA.
CSLL IRPJ
Descrição
Valor $ % Base de Cálculo Valor $ % Base de Cálculo
C – QUESTÕES
1. O Lucro Presumido é um regime tributário simplificado que pode ser bastante interessante para pe-
quenas e médias empresas. Esse regime é um dos que contam com o maior número de enquadramen-
to depois do Simples Nacional.
Vantagens
A principal vantagem para as empresas que adotam o Lucro Presumido com regime tributário é a
facilidade na hora de calcular os impostos e gerir a parte financeira. Como as alíquotas já são prefixa-
das não são necessários muitos cálculos na elaboração e recolhimento dos impostos.
Desvantagens
A principal desvantagem de quem opta por este regime é o risco que a empresa assume de
pagar mais impostos do que efetivamente deve, caso as margens de lucro efetivas sejam menores do
que aquelas estabelecidas pela legislação. Por isso vale a pena comparar os resultados dos regimes
tributários disponíveis.
Lucro Presumido:
CSLL IRPJ
Descrição
Valor $ % Base de Cálculo Valor $ % Base de Cálculo
Lucro Presumido:
CSLL: $ 2.608,56
IRPJ: $ 3.969,60
Lucro Real:
Lucro antes do Imposto: $ 7.380,00
(+) Despesas fiscalmente indedutíveis: $ 120,00
$ 7.500,00 × 15% = $ 1.125,00
A opção pelo lucro real está correta.
21
Provisões versus Reservas
A – TESTES
1. (d)
2. (c)
3. (c)
B – EXERCÍCIOS
1. PALMITOS LTDA.
O item (3) foi dado. Pelo percentual de 60% se obtém os itens (1) e (2). O item (5) é 68% do item (3) e,
por diferença, se obtém o item (4). Com a informação sobre as “despesas administrativas e com vendas” se
obtém os itens (6) e (7). A “despesa com o imposto de renda” é de 30% sobre o lucro real. Este é de $ 1.050,
ou seja, os $ 1.000 mais $ 50 de “despesas fiscalmente indedutíveis”. Feito isso, é obtida a “despesa com o
imposto de renda” (30% de $ 1.050) e, finalmente, o lucro líquido.
O Balanço Patrimonial sintético será:
ATIVO PASSIVO
Para o novo BP há que se ter cuidado de alterar o Passivo (obrigações com terceiros) dele retirando os
$ 315 da “velha provisão p/ Imp. Renda” e colocando a nova de $ 285, bem como os $ 100 da “provisão para
férias”, o que resultará em $ 582. No PL, a alteração será na conta Lucros Acumulados, que passará a $ 640.
Sugerimos que o “novo BP” seja construído pelos alunos em classe.
2. COMPANHIA URUBICI
Deve ser alertado que tenham ou não ocorrido as situações climáticas desfavoráveis em 20x8, A RE-
SERVA PARA CONTINGÊNCIAS DEVERÁ SER “REVERTIDA” PARA LUCROS ACUMULADOS NO FI-
NAL DE 20x8 Ou seja, os “pedidos” nos 1 e 2 do enunciado se equivalem em termos de solução.
166 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
Obs.: A alegação de que as situações climáticas desfavoráveis poderão vir a ocorrer em 20x9 ou após NÃO
AUTORIZA manter a reserva. Deve ser revertida e, se for o caso, proposta outra (o enunciado não mencio-
na que tenha ocorrido essa “nova” proposta).
Mesmo assim, ainda foi reservado um pormenor neste exercício que será adiante alertado.
Do Lucro Líquido ($ 120.000) teremos de destinar $ 6.000 para a Reserva Legal (5%) e $ 12.000 para a
Reserva Estatutária (10%). O cálculo do dividendo com base nsa leis será:
COMPANHIA URUBICI
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (20x8)
Capital Social Reserva Legal Reserva Estat. Reserva p/ Cont. Lucros Acum. Totais
Já em 31/12/x7, a Reserva Legal era 20% do Capital Social. Em 31/12/x8, com a destinação proposta, ela
passou a ser de aproximadamente 27% do Capital Social, o que agride o artigo 193 da Lei das Sociedades
Anônimas (ela pode ser no máximo 20% do Capital Social).
Logo, a Reserva Legal poderá ser de no máximo $ 10.800 em 31/12/x8, o que implica REFAZER OS
CÁLCULOS, INCLUSIVE DOS DIVIDENDOS, bem como a DMPL mencionada!
As “vendas a longo prazo” ocorreram no Exercício nº 4 do Capítulo 15 e não foram “exploradas” para
formação de “reserva de lucros a realizar”. Apesar de os valores serem outros, associe este exercício àquele.
P rev i s õ e s v er s u s Re se rva s 167
Durante 20x3 ocorreu a venda mencionada com a geração do lucro de $ 43.400,00. A receita será rece-
bida em 21 parcelas, e esse “lucro” será a elas associado:
Logo, apenas $ 31.000 serão “lucros a realizar” no final de 20x3, pois a letra c do parágrafo único do
artigo 197 da Lei das sociedades por Ações fala em: “o lucro em vendas a prazo realizável após o término do
exercício seguinte” (o grifo é nosso).
A Reserva de Lucros a Realizar é constituída após verificação do montante máximo possível, con-
forme regra do artigo 197 da lei (no caso apenas temos as reservas previstas nos artigos 193, 194 e 195).
Não basta saber que $ 7.500 serão destinados para a Reserva de Lucros a Realizar. Vejamos o que
fazer dela no futuro. Os $ 7.500 passam a ser associados com os 15 meses (20x5 e parte de 20x6) em
que será recebida a receita da venda a longo prazo efetuada em 20x3. Logo, através de regra de três,
chega-se a que $ 6.000,00 da Reserva será revertida para a conta Lucros Acumulados no final de 20x4.
Os restantes $ 1.500 serão revertidos no final da 20x5.
Resta o cálculo dos dividendos de 20x3. De acordo com o artigo 202 da lei, teremos:
168 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
Da mesma forma que antes, vejamos quanto e quando esses $ 14.000 serão revertidos para a conta
Lucros Acumulados. Os $ 14.000 estão relacionados aos 16 meses (12 meses de 20x6 e 4 meses de 20x7).
Logo, através de regra de três, sabe-se que $ 10.500 serão revertidos no final de 20x6 e $ 3.500 no final
de 20x7.
Os dividendos de 20x4 serão obtidos:
3.
Reservas de Lucros
Capital Social Lucros
Totais
Integral De Lucros a Acumulados
Legal Estat. P/ Contingências
Realiz.
C – QUESTÕES
1. A posição correta é a seguinte: formar uma provisão para devedores duvidosos (ou complementar a
já constituída), o que, por si só, já produz a devida redução do resultado em respeito ao princípio da
competência (ou da confrontação, caso adotado este), já que as receitas a que dizem respeito às perdas
prováveis já foram reconhecidas.
Alerta-se que a Reserva para Contingências não foi criada com a finalidade de servir de respaldo
para perdas prováveis cujo fato gerador da receita já tenha ocorrido.
170 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
2. O comentário contém uma incorreção, pois o ativo vai se alterar (para menos). Foi visto, no livro-texto,
que as “provisões redutoras” são as que retificam (para menos) valores de contas do Ativo.
3. Vamos por partes! Quer o imposto de renda seja calculado com base no lucro real, quer seja calculado
com base no lucro presumido, A NÃO CONTABILIZAÇÃO DE DESPESAS pertencentes a um exer-
cício social é um desrespeito ao princípio da competência (ou, se quiserem, ao princípio da realização
da receita e confrontação das despesas).
Portanto, mesmo que “mais vantajoso” para a empresa calcular seu imposto com base no lucro
presumido, nada impedia que registrasse as provisões. Aliás, era uma obrigação perante as normas da
Contabilidade.
Fiscalmente dedutíveis ou não, elas (provisões) deveriam ser registradas.
4. Reserva Legal (artigo 193): está no início do caput onde se lê: “Do lucro líquido do exercício...”
Reserva Estatutária (art. 194): está no final do inciso II do artigo, onde se lê: “II – . . . . . . . . . . . . .,
a parcela anual dos lucros líquidos que serão destinados à sua constituição” (o legislador deveria ter
usado no singular; só há um lucro líquido!).
Reservas para Contingências (art. 195): está no caput do artigo, onde se lê: “ . . . . . . . . . . . . . . ., des-
tinar parte do lucro líquido . . . . . . . . .”.
Reservas orçamentárias (Retenção de Lucros) (artigo 196): está no próprio caput do artigo, onde se
lê: “. . . . . . . ., deliberar reter parcela do lucro líquido do exercício . . . . . . . . .”.
Reserva de Lucros a Realizar (art. 197): não há menção explícita como nos casos anteriores!
5. A primeira condição é que haja limite para a formação de reserva, conforme o caput do artigo 197.
(Observe que no Exercício no 3 deste capítulo, tanto em 20x3 como em 20x4, o valor das Reservas de
Lucros a Realizar foram menores que os respectivos valores dos “lucros a realizar” por causa do limite
mencionado).
A segunda condição é ocorrer a aprovação da constituição da reserva por parte dos acionistas,
quando da AGO.
Obs.: Se for questionado que existem três condições, não polemize! A terceira (que poderia ser
alegada) é haver determinação, pelos órgãos de administração, para que seja calculada e registrada a
reserva a qual, posteriormente, será aprovada (ou não) pela AGO.
22
Exportação e Importação
A – TESTES
1. (d) Apesar de “habitual”, o texto não afirma que deva obrigatoriamente ocorrer ACC/ACE ou “trava de
câmbio” após a contratação de câmbio.
3. (b)
4. (b)
B – EXERCÍCIOS
(6) 30/11/x2: atualização da dívida registrada em ACE (cálculo idêntico ao do lançamento no 5).
(7) 10/12/x2: idem ao lançamento no 5
US$ 9.800 × ($ 5,28 – $ 4,98) = $ 2.940,00.
(8) 10/12/x2: idem ao lançamento no 6 (cálculo idêntico ao lançamento no 7).
(9) 10/12/x2: registro da liquidação da operação.
Obs.: Poderia ter ocorrido (e não é errado) a atualização da “Comissões a Pagar – Exportação” em 30/11/x2
pela cotação daquela data!
RLVEI 45.200
LDEI = × LE × 27.000 = 9.000,00
RLTV 135.600
E xp o r t a ç ã o e I m p o r t a ç ão 175
5. COMPANHIA PANTANAL
1a Etapa
A informação da letra “a”, se registrada, exigiria algum lançamento que eliminasse (compensasse),
em 31/12/x2, seus efeitos, TENDO EM VISTA que até tal data as mercadorias não embarcaram. Ou seja,
o saldo de “Vendas no Mercado Externo” de 31/12/x2 deverá ser o que já consta no balancete fornecido, o
mesmo ocorrendo com os saldos de Mercadorias, CMV e outras correlatas. Em 31/12/x2, mesmo no porto
de embarque (ou a caminho dele), o lote ainda pertence à Cia. Pantanal.
Observe que só em janeiro de 20x3 é que ocorreram fatos que efetivamente vão modificar algumas
contas. Mas o solicitado se limita aos fatos até 31/12/x2.
A informação “b” merece ser refletida nos saldos das contas “Clientes no Exterior” e “Adiantamentos
sobre Cambiais Entregues”. Os saldos de 30/11/x2 são de $ 7.470 e expressam os US$ 1.500 na cotação de
$ 4,98 dólar. Como a liquidação da operação ocorreu em 3/12/x2, haveria algum tipo de ajuste a fazer, SE A
COTAÇÃO DO DÓLAR TIVESSE SE ALTERADO entre 30/nov. e 3/dez., O QUE NÃO OCORREU! Logo,
tais saldos passam a inexistir a partir de então e não mais aparecem no final de dezembro/x2.
Balancete de verificação: não está apresentado aqui. Se fosse construído, os totais seriam de $ 659.196,
pois estariam eliminados os $ 7.470 em ambas as colunas.
2a Etapa
Para o cálculo dos “impostos de renda”, comecemos por “esboçar” uma DRE provisória com o que se
possui:
Para o cálculo do Imposto de Renda sobre exportação incentivadas, comecemos pelo cálculo do “lucro
da exploração” (LE).
Cálculo do Lucro da Exportação:
176 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
Cálculo da Receita Líquida Total de Vendas (RLTV): pode ser obtido da DRE provisória e seu valor é de
$ 328.000.
Como a Receita Líquida proveniente das Exportações Incentivadas (RLVEI) são os próprios $ 82.000,
saldo da conta Vendas no Mercado Externo, é fácil calcular o “lucro decorrente das exportações incentiva-
das” (LDEI), que será:
RLVEI 82.000
× LE × 87.000 = $ 21.750,00
RLTV 328.000
Logo, o “Imposto de Renda sobre o lucro decorrente das exportações incentivadas será (usando a alí-
quota hipotética fornecida)”
10% $ 21.750 = $ 2.175
O “outro” Imposto de Renda será calculado sobre o lucro antes do imposto de renda ($ 75.600), dele
excluídos os $ 21.750 que já sofreram tributação. Como não existem “adições” ou “exclusões”, teremos:
30% sobre ($ 75.500 – $ 21.750) = $ 16.155
COMPANHIA PANTANAL
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (20x2)
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE
Caixa e Bancos 17.416 Fornecedores 9.376
Clientes no País 50.220 Imposto Renda a Pagar 18.330
Mercadorias 73.250 27.706
140.886
NÃO CIRCULANTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO
IMOBILIZADO
Móveis e Utensílios 66.000 Capital 125.000
(–) Deprec. Acum. Mov. Ut. (11.960) Reserva de Lucros 62.470
Veículos 27.000 187.470
(–) Depr. Acum. Veículos (6.750)
74.290
Total 215.176 Total 215.176
23
Matriz e Filial
A – TESTES
1. (d)
2. (b)
3. (c)
4. (a)
B – EXERCÍCIOS
4. Lançamentos na matriz: (4), (4.1) e (4.2) (provavelmente diferente do livro-texto, mas, creio, mais
direto).
Lançamento na filial: (4)
5. Lançamento na filial: (5)
6. Lançamentos na filial: (6) e (6.1)
7. Lançamentos na matriz: (7) e (7.1)
8. Lançamento na matriz: (8)
9. Lançamento na matriz: (9)
10. Lançamento na matriz: (10)
11. Lançamentos na matriz: (11) e (11.1) Lançamentos na filial: (11) e (11.1)
12. Lançamento na filial: (12)
13. Lançamento na matriz: (13) Lançamento na filial: (13)
14. Lançamento na matriz: (14) Lançamento na filial: (14)
15. Lançamento na matriz: (15) Lançamento na filial: (15)
16. Lançamento na matriz: (16)
Lançamento na filial: (16) (observar que os Móveis e Utensílios da filial foram comprados em de-
zembro/x6 e, portanto, são depreciados apenas 1 mês)
APURAÇÃO DO RESULTADO DA FILIAL (e reflexo na matriz): a “novidade” está em não ter sido
usada a conta CMV nem a conta Lucro Operacional Bruto (Resultado com Mercadorias). Houve a trans-
ferência integral dos saldos intervenientes no resultado diretamente para a conta ARE. Todavia, dentro do
tracejado estão os valores que formam o CMV. Não se esquecer de explorar o fato de a filial ter apresentado
prejuízo.
APURAÇÃO DO RESULTADO DA MATRIZ: similar ao da filial; apenas que no lucro de $ 47.113 está
incorporado o prejuízo de $ 417 da filial.
180 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
DEMONSTRAÇÕES COMBINADAS
Eliminações
Matriz Filial Combinados
Débito Crédito
ATIVO
CIRCULANTE
Caixa e Bancos 21.481 5.150 26.631
ICMS a Recuperar 215 – 215 –
Mercadorias 4.610 170 4.780
NÃO CIRCULANTE
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
Filial Conta-Corrente 7.863 – 7.863 –
IMOBILIZADO
Móveis e Utensílios 36.820 8.160 44.980
Depreciação Acum. Mov. e Utens. (2.266) (68) (2.334)
TOTAL ATIVO 68.723 13.412 74.057
PASSIVO
CIRCULANTE
Fornecedores 1.700 1.800 3.500
Credores Diversos – 2.760 2.760
ICMS a Recolher – 579 215 364
Encargos Sociais a Recolher 1.710 410 2.120
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social 20.000 – 20.000
Reserva de Lucros 45.313 – 45.313
Matriz Conta-Corrente – 7.863 7.863
TOTAL PASSIVO 68.723 13.412 74.057
Ma t r i z e F i l i al 181
RAZONETES DA MATRIZ
RAZONETES DA FILIAL
Deprec. Acum. Móveis e Utens. Mercadorias Recebidas da Matriz Vendas Brutas de Mercadoria
68 (16) (4) 1.445 6.600 (6)
1.445 (20) (20) 6.600
1a Etapa
Antes de qualquer iniciativa de registro convém que os alunos COMPLETEM o balancete de verifica-
ção. CORRETAMENTE, o que se constitui numa “revisão” de capítulos anteriores. Para tal, vejamos:
Lote no 1:
O valor original foi fornecido ($ 1.800) e como está na empresa há mais de 13 anos, se encontra com-
pletamente depreciado (contabilmente), significando que a depreciação acumulada desse lote é de $ 1.800.
Atente-se para que o lote não seja “esquecido”, pois será posteriormente utilizado.
Lote no 2:
Se em 30/04/x4 (data do“último”balanço) a depreciação acumulada valia $ 1,125 e o lote estava 37,5%
depreciado, por regra de três se obtém seu valor original, que é de $ 3.000. No “balancete” que estamos
completando, a depreciação acumulada desse lote ainda está registrada por $ 1.125, pois a empresa só re-
gistra a despesa no final do exercício social, que ocorrerá em 30/4/x5.
Lote no 3:
O custo de aquisição foi fornecido ($ 1.910), significando uma depreciação mensal de $ 16. Como foi
adquirido em 1o/02/x2, já se passam 27 meses até o último balanço (30/04/x4), ou seja, $ 432 de depreciação
acumulada até lá.
Lote no 4:
Foi adquirido por $ 2.400 no curso do exercício social em que se encontra a Cia. Rancho Queimado.
Logo, nada há de depreciação acumulada registrada com relação a esse lote.
Feitos os cálculos, chega-se a $ 9.120 como saldo da conta Móveis e Utensílios e a $ 3.357 de saldo para
a conta Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios. Logo, é possível obter os totais dos saldos (deve-
dor e credor), que é de $ 688.507 e, finalmente, o saldo da conta Lucros Acumulados, que é de $ 12.350!
2a Etapa
4. Lançamentos na matriz com os números (4) e (4.1) (é discutível a “ponte” utilizada, qual seja, a
conta Móveis e Utensílios, vez que o controle do imobilizado é descentralizado).
Lançamentos na filial: com o número (4).
5. Lançamento apenas na filial: número (5).
6. Lançamentos na matriz com números (6) e (6.1). Observe-se que o inventário é “permanente” e a
conta Mercadorias deve refletir, a cada momento, o saldo físico (pode ser alegado, também aqui, a
“ponte” utilizada).
7. Lançamento na filial: com número (6).
8. Lançamento na matriz; com número (7) Lançamento na filial: com número (7).
9. Lançamentos apenas na filial: com números (8.1) e (8.2).
10. Lançamento na filial: com número (9) Lançamento na matriz: com número (9).
SR. PROFESSOR: faça-os observar que neste instante a conta FILIAL CONTA-CORRENTE (da
matriz) tem um saldo CREDOR de $ 690. E que a conta MATRIZ CONTA-CORRENTE (da filial), um
saldo devedor de $ 690.
Como se a matriz estivesse“devendo”para a filial! Tal situação deve ser alertada, pois pode ocorrer.
11. Lançamento apenas na matriz: com número (10).
12. Lançamentos apenas na matriz: com números (11. 1) e (11.2).
13. Lançamentos apenas na filial: com números (12.1) e (12.2).
14. Trata-se da despesa com depreciação. Cálculos da matriz:
Cálculos na filial:
5a Etapa: Lançamentos de apuração do resultado na filial (com número 20) e seu consequente reflexo na
matriz (também com número 20).
6a Etapa: Lançamentos de apuração do resultado da matriz (com número 30). ALERTE-SE de que está
sendo apurado o resultado de toda a Cia. Rancho Queimado, uma vez que a Conta “Resultado da Filial”
está sendo incluída.
7a Etapa: O BP e a DRE da filial não estão apresentados, pois não apresentam dificuldades. No Patrimônio
Líquido do DB da filial aparecerá como única conta a “Matriz conta-corrente” com saldo credor de $ 7.064.
RAZONETES DA MATRIZ
RAZONETES DA FILIAL
Eliminações
Matriz Filial Combinados
Débito Crédito
ATIVO
CIRCULANTE
Caixa e Bancos 74.638 13.360 87.998
Duplicatas a Receber – 1.510 1.510
Mercadorias 2.277 1.900 4.177
NÃO CIRCULANTE
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
Filial Conta-Corrente 7.064 – 7.064 –0–
IMOBILIZADO
Móveis e Utensílios 7.320 7.320 14.640
Depreciação Acum. Mov. e Utens. (2.229) (1.846) (4.075)
TOTAL DO ATIVO 89.070 22.244 104.250
PASSIVO
CIRCULANTE
Fornecedores – 12.300 12.300
Credores Diversos – 2.880 2.880
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social 4.000 – 40.000
Reserva de Lucros 49.070 – 49.070
Matriz Conta-Corrente – 7.064 7.064
TOTAL DO PASSIVO 89.070 22.244 104.250
Ma t r i z e F i l i al 189
A – TESTES
2. (b) (todas as demais usam terminologia inadequada e a alternativa “c” um conceito errado). O autor
citado existe. É Eldon S. Hendriksen em sua Accounting Theory, 4a edição (1988), nota de rodapé da
página 6.
3. (d) (nenhuma “contabilidade” assegura inevitavelmente a continuidade de uma empresa, como afirma
a alternativa “a”).
B – EXERCÍCIOS
1. COMPANHIA ENSEADA
ATENÇÃO: observe que ardilosamente o custo específico, tanto quanto o PEPS e o UEPS, conduzirão
ao MESMO “CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS”, pois a Cia. Enseada sempre vende (tudo) para,
logo após, comprar. E foi solicitado o regime de inventário permanente. Foi de propósito!
Não havendo como escapar disso pela redação dada no enunciado, o CMV de março/x2 será:
E st o q u e s – Pro b l e m a s G e re n c i a i s : Cu s t o s d e Re p o s i ç ão 191
Como as vendas foram efetuadas pelo preço de $ 20,00/unidade, a receita total foi de $ 600,00 (30
unidades × $ 20,00).
Logo, a resposta ÚNICA para as três primeiras alternativas será:
Vendas = $ 600,00
CMV = $ 230,00
Lucro de março/x2 = $ 370,00
PELO CUSTO (CORRENTE) DE REPOSIÇÃO das datas em que ocorreram as vendas, teríamos:
Logo:
Vendas = $ 600,00
Custo (Corrente) de Reposição das Vendas = $ 340,00
Lucro de março/x2 = $ 260,00
A diferença entre os dois “lucros” está na diferença de CMV, pois para o “custo de reposição” tudo deve
estar avaliado a preços de reposição.
1. O termo corrente utilizado é uma tradução do current da língua inglesa e uma de suas significações
seria (já traduzindo):“ocorrendo no ou pertencendo ao presente”. Outra seria (também já traduzindo):
“comumente aceito ou praticado”.
No Novo Dicionário da Língua Portuguesa (Aurélio B. H. Ferreira, 2a edição, 1986), há dois sentidos que
se aproximem daqueles: “4. vulgar, comum, usual;” e “5. aceito por todos; geralmente admitido”.
Sem aqui julgar se a tradução de current por “corrente” é adequada ou não, o fato é que se refere aos
preços praticados naqueles momentos (no caso do Exercício no 1, “nos momentos em que as operações
ocorriam”). Há casos em que se omite a palavra corrente mantendo apenas “reposição”. O fato de manter-
se ambas na “demonstração gerencial” foi realçar que o CMV estava expressando o custo de reposição das
datas em que as mercadorias deixavam a empresa por motivo das vendas, pois as três unidades vendidas
poderiam, para fins de CMV, serem cotadas a $ 16,00 cada uma (seria um CMV a custo de reposição do
final de período).
192 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n
2. O termo realizadas e o termo realizado se originam do verbo realizar. Em inglês to realize pode signifi-
car: “tornar realidade,“alcançar”,“obter”,“ganhar” (um lucro),“converter em moeda” (converter ativos
em moeda).
No mesmo Novo Dicionário da Língua Portuguesa antes citado, das várias conotações do verbo
realizar, algumas são: “transformar em dinheiro ou valor monetário”, “criar”, “acumular”, “ocorrer”,
“acontecer”.
Quando usada para adjetivar receitas, despesas e resultados (lucros/prejuízos), não deve ter a co-
notação de “transformar em dinheiro”. Melhor no sentido de “obter”, “ganhar” (no caso de receitas e
lucros) e de “ocorrer”,“sacrificar” (no caso de despesas e prejuízos).
Começando, então, pela expressão lucro líquido realizado, o realizado está a significar que o lucro
líquido já está validado por operações que já se efetivaram: a Cia. Enseada dos Britos já efetivou a
transferência das mercadorias ao mercado (comprador) e este já aceitou o preço por elas cobrado.
Mais difícil é explicar aos Britos as “economias de custo realizadas”. Que tal assim: as primeiras
10 unidades que estavam inicialmente estocadas por $ 50, em 10/março, “valiam” $ 70,00, mas esse
“valor” que era uma “economia de custo” (talvez melhor seria dizer a eles “uma economia embutida
no custo das 10 unidades”) “não realizada” até o momento em que, pela venda, ela “se realizou”, “se
materializou”.
Idêntico raciocínio vale para as 10 outras (entre 10 e 20/março) e para as 10 últimas (entre 20 e 31/
março).
3. A explicação tem relação, em parte, com o item anterior. Supondo que em 10/mar. eles não tivessem as
10 unidades que venderam. Teriam comprado por $ 70 e vendido pelos $ 200 (um lucro de $ 130). Se
em 20/março não tivessem as outras 10 unidades que venderam? Comprariam por $ 110,00 e as ven-
deriam por $ 200,00 (um lucro de $ 90,00). Se eles não tivessem as últimas 10 unidades que venderam
em 31/mar? Teriam comprado por $ 160,00 e vendido por $ 200 (um lucro de $ 40,00)?
Ora, são esses três lucros (que somados dão os $ 260) que representam o lucro derivado do “es-
forço de vender” propriamente dito, ou seja,“o talento de vendedores do qual se orgulham os Brito”.
Mas vejamos os $ 110, que também são lucro! Pelo “simples fato” de as primeiras 10 unidades
adquiridas no finalzinho de fev./x2 “terem dormido” no estoque até 10/março, ganharam uma “mais-
valia” som que os Brito tivessem feito esforço para vendê-las. Idêntico raciocínio pode ser feito com os
outros dois lotes de 10 unidades. Todavia, esses três “ganhos” acabaram-se revertendo com lucro para
a Cia. Enseada dos Britos.
Será que os Britos ficaram satisfeitos com a explicação?
Poderão até admitir que os $ 110 não decorre do “esforço de venda”, mas alegarão: “Os $ 110
decorrem de nossa SÁBIA decisão de ter comprado cada lote no momento em que os compramos”.
E agora, como sair dessa? A questão se aprofundaria em “verificar mesmo” se eles pensaram na
questão “estocar” aqueles lotes ou se fizeram sem pensar no que aquilo significaria. Ou seja, se aden-
traria na questão do “custo de oportunidade” associado a cada ativo possuído por uma empresa, o que
não era o objetivo do questionamento.
E st o q u e s – Pro b l e m a s G e re n c i a i s : Cu s t o s d e Re p o s i ç ão 193
3. COMPANHIA GUARDA
1. Vendas 120,00
2. CMV 70,00
3. Lucro Líquido (realizado) (1 – 2) 50,00
2. A “CUSTOS DE REPOSIÇÃO”
1. Vendas 120,00
2. CMV a valores de reposição (10 × $ 12,00) 120,00
3. Lucro bruto operacional corrente (1 – 2) –0–
4. Economias do Custo Realizadas: (10 × $ 12,00) – (10 × $ 7,00) 50,00
5. Lucro Líquido Realizado (3 + 4) 50,00
25
Bases para a Formação do Custo Mercantil
e outras Considerações
A – TESTES
1. (c) A alternativa “c” elimina a alternativa “a”; a alternativa “b” é incorreta: a ordem seria inversa; o mes-
mo ocorre na alternativa “d”. O trecho “de forma ampla” foi usado para dar cobertura às despesas que,
na DRE, levam o nome de “custo das mercadorias vendidas”, “custo dos produtos vendidos” etc. Na
verdade, são despesas.
2. (b)
3. (a) (Os autores caracterizaram as várias configurações de sistemas de custo e apresentaram 4 níveis
distintos. No nível “segundo”, eles colocaram: “II Empresas sem um sistema avantajado de custo, mas
que se preocupam com as considerações anteriores”. No texto relativo a esse subtítulo, associaram a
“departamentalização” a um sistema COMPLETO de apuração de custos. Apenas isso.)
4. (d)
5. (b) (“Todos os seus gastos” acabam por chegar nas mercadorias; logo, se nada vendeu, todos os gastos
estão ativados sob a forma de “estoques de mercadorias”. Claro que a resposta está baseada nas SU-
POSIÇÕES feitas.)
6. (c) (Apenas esta alternativa é correta! Ninguém pode, a priori, dizer o que é racional e o que é irracional.
Trata-se de um “julgamento de valor” que só cada empresa pode fazer e que varia com o tempo!)
Bas e s p a ra a Fo r m a ç ã o d o Cu s t o Me rc a n t i l e o u t ra s Co n s i d e ra ç õ e s 195
B – QUESTÕES
2. NÃO (não vale invocar a figura de linguagem de que a “lei não raciocina”, e sim o legislador). A pista
que pode ser dada é o inciso II do artigo 183 e o próprio artigo 187 que trata da DRE. Não passou nem
perto de “raciocinar” em alocar as despesas com vendas, administrativas e financeiras às mercadorias,
tornando-as verdadeiros “custos” enquanto no ativo estivessem, agregadas aos bens aos quais foram
atribuídas.
3. O erro do “chefe” reside em que o “critério de rateio” não fora alterado: continuou sendo a área física
ocupada!