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Sérgio de Iudícibus

José Carlos Marion

Contabilidade
Comercial
11a Edição

Manual do Mestre
Sérgio de Iudícibus
José Carlos Marion

Contabilidade
Comercial
11a Edição
Atualizador: André Diniz Filho

Manual do Mestre
1
Noções de Comércio e Instituições Comerciais

A – TESTES

1. (c); 2. (d); 3. (b); 4. (c); 5. (d); 6. (c).

B – QUESTÕES

1. Não delimite ou oriente os comentários de seus alunos, quer sejam eles favoráveis ou desfavoráveis à
existência das empresas comerciais. Deixe que expressem suas opiniões. Motive-os, isso sim, a que as
embasem, justifiquem.

2. Tal como na precedente, respeite a opinião de cada um, desde aquele que acha “louvável” a atitude da
indústria até o que a criticar pela ganância!

3. Em cada país, em cada sociedade, varia o grau de participação dos empregados nas decisões tomadas
(ou a serem tomadas) pelas empresas. A um ativo e participante sindicato de empregados de empresas
comerciais muito poderia interessar ter um “expert” em Contabilidade Comercial como “tradutor” dos
relatórios contábeis para os que neles não são iniciados (dirigentes do sindicato e seus associados).

4. Sem que aqui se deseje polemizar sobre a questão “contabilidade de custos” versus “contabilidade ge-
rencial”, mostre a importância dela na fixação do preço de venda dos produtos, na mensuração de
resultados setoriais em grandes lojas de departamentos etc.
2
Classificação de Sociedades

A – TESTES

1. (b); 2. (a); 3. (b); 4. (d); 5. (c); 6. (a); 7. (b); 8. (b); 9. (c); 10. (c); 11. (b).

B – QUESTÕES

1. Sociedades Simples
São aquelas em que os sócios exercem profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística,
desde que o exercício da profissão não constitua elemento de empresa. O essencial na Sociedade Simples
é que a atividade-fim dependa, tão somente, da atuação e do conhecimento pessoal de seus sócios. Nessas
sociedades há outras características, por exemplo, a contabilidade é simplificada, a responsabilidade limi-
tada ou ilimitada, tratamento diferenciado na falência etc. Esse modelo de sociedade deve ser registrado no
Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas.

Sociedades Empresárias
De acordo com o artigo 966 do Código Civil, as Sociedades Empresárias que vão exercer profissio-
nalmente a atividade econômica organizada para produção e circulação de bens ou de serviços. As So-
ciedades Empresárias têm por objeto a atividade própria de empresário com fins lucrativos, devem ser
registradas nos órgãos apropriados, para empresas mercantis nas Juntas Comerciais ou nos Cartórios.
O interessante é que essas sociedades estão sujeitas à Lei nº 11.101 de 9 de fevereiro de 2005 – Lei da
Falência.
Cl a s si f i c a ç ã o d e S o c i e d a d e s 7

2. Sociedade Anônima
Também conhecida como companhia ou sociedade por ações, é o nome dado a uma empresa com fins
lucrativos que tem seu capital dividido em ações e a responsabilidade de seus sócios (acionistas) limitada
ao preço da emissão das ações subscritas, lançadas para aumento de capital ou adquiridas. Os sócios são
chamados de acionistas e têm responsabilidade limitada ao preço das ações adquiridas. Esse modelo de
sociedade é regido pela Lei nº 6.404/76, atualizada pelas Leis nºs 11.638/2007 e 11.941/2009, de acordo com
os artigos 1.088 e 1.089 do Código Civil.
A sociedade anônima, de acordo com o art. 1.160, opera sob a denominação designativa do objeto
social, integrada pelas expressões “sociedade anônima” ou “companhia”, por extenso ou abreviadamente.

Sociedade Limitada
Na Sociedade Limitada, de acordo com o art. 1.052, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor
de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.
Outra característica deste modelo de sociedade é que a administração pode ser feita por uma ou mais
pessoas, sócias ou não sócias.
Assim, nos dois modelos societários está presente a limitação da responsabilidade, mas na sociedade
limitada o sócio tem responsabilidade subsidiária em relação à sociedade, e solidária em relação aos de-
mais sócios. E na sociedade anônima apenas existe a responsabilidade subsidiária do acionista.
Portanto, o sócio de uma sociedade limitada, mesmo que já tenha integralizado toda a sua parte do
capital social, pode ser responsabilizado pela parte do outro sócio. Essa situação é uma outra desvantagem
desse tipo societário, que não existe na sociedade anônima.

3. Os valores mobiliários que as sociedades anônimas podem emitir são bens com características pe-
culiares, utilizados dentro do mercado de capitais como forma de captação de recursos por parte das
companhias de capital aberto, em regra. São espécies de valores mobiliários: as ações; as partes be-
neficiárias (artigos 46 a 51 da Lei nº 6.404/76); as debêntures (artigos 52 a 54 da Lei nº 6.404/76); os
bônus de subscrição, instrumentos extremamente úteis para captação de recursos no mercado de ca-
pitais (artigos 75 a 79 da Lei nº 6.404/76); e o commercial paper criado pela Instrução Normativa CVM
nº 134/1990 com modificações dadas pelas Instruções Normativas nºs 155/1911, 292/1998 e 429/2006.
Os valores mobiliários para que possam ser distribuídos no mercado de capitais e negociados nas
bolsas de valores (ou no mercado de balcão) devem ser registrados na Comissão de Valores Mobiliários
– CVM, mesmo que a sociedade anônima seja capital fechado.

4. Conforme o artigo 20 da Lei nº 6.404/76, alterado pela Lei no 8.021/90, não existem mais ações ao por-
tador ou nominativas endossáveis. Todas as ações são nominativas.
As “espécies” que uma ação pode assumir dizem respeito à natureza dos direitos ou vantagens
que elas dão àqueles que forem seus proprietários. A lei previu que elas podem ser ordinárias ou
preferenciais.

5. Pode ser constituída, mediante escritura pública. É o caso das denominadas “subsidiárias integrais”
(artigo 251 da Lei nº 6.404/76). Ou nascem como subsidiárias integrais, ou transformam em tal pela
aquisição de todas as ações emitidas por uma sociedade brasileira. Observe que o “dono”de uma sub-
sidiária integral é uma outra sociedade (está previsto no mencionado artigo 251).
8 Cont abilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

6. As formas de reestruturação das sociedades são denominadas cisão, fusão e incorporação.


A cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu patrimônio para uma ou
mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a companhia cindida, se
houver versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se parcial a cisão (artigo 229 da
Lei nº 6.404/76).
A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova, que
lhes sucederá em todos os direitos e obrigações (artigo 228 da Lei nº 6.404/76). Nesse caso, as socieda-
des que se uniram desaparecem, para dar lugar à formação de uma nova sociedade com personalidade
jurídica diferente daquelas.
A incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que lhes
sucede em todos os direitos e obrigações (artigo 227 da Lei nº 6.404/76). Ou seja, na incorporação a
sociedade incorporada deixa de existir, mas a empresa incorporadora continuará com a sua persona-
lidade jurídica.

7. Sociedades Personificadas
Consideram-se sociedades personificadas aquelas que possuem personalidade jurídica obtida,
mediante registro formal de seus atos constitutivos (contrato social ou estatuto) em juntas comerciais
ou cartórios. As sociedades personificadas estão regulamentadas nos artigos de números 997 até 1.141
do Código Civil.

Sociedades Não Personificadas


São aquelas em que seus atos constitutivos não estão devidamente formalizados, ou seja, não fo-
ram registrados nos órgãos competentes. As sociedades não personificadas estão regulamentadas nos
artigos de números 986 até 996 do Código Civil.

8. Sociedades Cooperativas
As Sociedades Cooperativas são associações de pessoas com interesses comuns, economicamente
organizadas de forma democrática, isto é, contando com a participação livre de todos e respeitando
direitos e deveres de cada um de seus cooperados, aos quais presta serviços, sem fins lucrativos. As
Sociedades Cooperativas estão regulamentadas pela Lei nº 5.764/71, além do Código Civil.
A responsabilidade dos sócios nas sociedades cooperativas pode ser limitada ou ilimitada. É limi-
tada quando o sócio responde somente pelo valor de suas quotas e pelo prejuízo verificado nas ope-
rações sociais, guardada a proporção de sua participação nas mesmas operações. A responsabilidade é
ilimitada em que o sócio responde solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais.

9. Tipos de Sociedades Anônimas


Há duas modalidades de capital presentes nas sociedades por ações, são as sociedades de capital
fechado e as sociedades de capital aberto.

Sociedades Anônimas de Capital Fechado


São aquelas sociedades em que seus valores mobiliários não são admitidos à negociação nos mer-
cados de títulos mobiliários, como bolsa de valores. Isso não quer dizer que suas ações não são nego-
ciáveis. Suas ações não são oferecidas ao grande público, somente em negociação entre particulares.
Cl a s si f i c a ç ã o d e S o c i e d a d e s 9

Sociedades Anônimas de Capital Aberto


São tipos de sociedades que buscam novos sócios nos mercados de títulos mobiliários, por meio
das bolsas de valores ou do mercado de balcão.
A constituição de companhia por subscrição pública depende do prévio registro da emissão na
Comissão de Valores Mobiliários – CVM, e a subscrição somente poderá ocorrer com a intermediação
de uma instituição financeira.

10. Sociedades Coligadas e Sociedades Controladas


Sociedades Coligadas
A Lei das Sociedades por Ações define sociedades coligadas como “as sociedades nas quais a in-
vestidora tenha influência significativa”(artigo nº 243, § 1º) e considera que existe tal influência quando
“a investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacio-
nal da investida, sem controlá-la” (artigo nº 243, § 4º). A Lei dispõe ainda que a influência significativa
é presumida “quando a investidora for titular de 20% ou mais do capital votante da investida, sem
controlá-la”.

Sociedades Controladas
“Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras
controladas, é titular de direitos de sócios que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância
nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores (artigo nº 243 § 2º).”
3
Esquema Básico de Escrituração Contábil –
Uma Revisão

A – TESTES

1. (c); 2. (a); 3. (d); 4. (b); 5. (d).

4. (b); o aumento do PL nada pode provocar! O PL é consequência do Ativo e do Passivo, tal como os filhos
são consequência dos pais!

B – EXERCÍCIOS

1. COMPANHIA SIMPLES

Caso você esteja utilizando este exercício para “sentir” seus alunos ao iniciar a disciplina, não induza a
que obrigatoriamente utilizem as contas com os nomes que a solução padrão lhes deu.
Vá com calma! Use este (e os seguintes deste Capítulo) para “aprender” o que seus alunos já sabem e
para verificar “como aprenderam aquilo que sabem”.
E sq u e m a B á s i c o d e E sc r i t u ra ç ã o Co n t á b i l – U m a Rev i s ã o 11

Caixa (ou Bancos) Automóveis (Veículos) Capital Social

(a) 90.000 (a) 10.000 100.000 (a)


30.000 (b)
3.000 (c)
8.000 (d) Loja (Edificações) Móveis e Utensílios

1.300 (e) (b) 30.000 (c) 5.000

Mercadorias Contas a Pagar

(d) 17.000 2.000 (c)


9.000 (d)
(e) 1.300

Obs.: Verifique quem usou a Conta “Fornecedores” ou quem reuniu as dívidas de uma só conta.

COMPANHIA SIMPLES
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO (após operação “e”)

Contas Saldos Devedores Saldos Credores

Caixa (ou Bancos) 47.700


Automóveis (Veículos) 10.000
Capital Social 100.000
Loja (Edificações) 30.000
Móveis e Utensílios 5.000
Mercadorias 17.000
Contas a Pagar 9.700
Totais 109.700 109.700

COMPANHIA SIMPLES
BALANÇO PATRIMONIAL (após operação “e”)

Ativo Passivo e Patrimônio Líquido

Caixa (ou Bancos) 47.000 Contas a Pagar 9.700


Mercadorias 17.000
Loja (Edificações) 30.000 Capital Social 100.000
Automóveis (Veículos) 10.000
Móveis e Utensílios 5.000
Total 109.700 Total 109.700
12 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

Observe quem já “se animou” em introduzir os grupos e subgrupos previstos na legislação e quem
arrola as contas do ativo e do passivo em grau decrescente de, respectivamente, liquidez e exigibilidade.

2. COMPANHIA FORQUILHINHA

Banco Alfa c/ movim. Edificações Capital Social

(b) 45.000 (b) 37.000 100.000 (a)


4.000 (c)
(d) 6.000
7.000 (f) Móveis e Utensílios Capital a Integralizar

(c) 16.000 (a) 100.000 82.000 (b)

Mercadorias Contas a Pagar Empréstimos Bancários

(e) 23.000 12.000 (c) 6.000 (d)


(f) 7.000

Fornecedores
23.000 (e)

COMPANHIA FORQUILHINHA
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO (após operação “f”)

Contas Saldos Devedores Saldos Credores

Banco Alfa com movimento 40.000


Edificações 37.000
Capital Social 100.000
Capital a Integralizar 18.000
Móveis e Utensílios 16.000
Mercadorias 23.000
Contas a Pagar 5.000
Empréstimos Bancários 6.000
Fornecedores 23.000
Totais 134.000 134.000
E sq u e m a B á s i c o d e E sc r i t u ra ç ã o Co n t á b i l – U m a Rev i s ã o 13

COMPANHIA FORQUILHINHA
BALANÇO PATRIMONIAL (Após operação “f”)

Ativo Passivo + Patrimônio Líquido

Banco Alfa c/ movimento 40.000 Fornecedores 23.000


Mercadorias 23.000 Contas a Pagar 5.000
Empréstimos Bancários 6.000
Edificações 37.000
Móveis e Utensílios 16.000 Capital Social 100.000
Capital a Integralizar (18.000)
Total 116.000 Total 116.000

3. COMPANHIA BOM-ABRIGO

COMPANHIA BOM-ABRIGO
BALANCETES DE VERIFICAÇÃO

Inicial Após “a” Após “b” Após “c”

D C D C D C D C

Caixa 20.000 13.000 16.000 16.000


Capital Social 85.000 85.000 85.000 85.000
Fornecedores 12.000 5.000 5.000 9.000
Mercadorias 23.000 23.000 23.000 27.000
Imóveis 47.000 47.000 52.000 52.000
Empréstimos Bancários 8.000 8.000 8.000 8.000
Capital a Integralizar 15.000 15.000 7.000 7.000
Totais 105.000 105.000 98.000 98.000 98.000 98.000 102.000 102.000

Se fosse preparado o Balanço Patrimonial antes das operações “a”, “b” e “c”, seus totais seriam de
$ 90.000, pois a conta Capital a Integralizar seria posicionada no lado direito, retificando-o.
14 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

4. COMPANHIA NÃO REALIZADA

Caixas (ou Bancos) Edificações (loja) Capital Social


(a) 100.000 (a) 50.000 190.000 (a)
20.000 (b)
16.000 (c)
5.000 (d) Contas a Pagar Capital a Integralizar
(f) 15.000 10.000 (b) (a) 40.000

(g.1) 6.500 (d) 5.000 15.000 (f)

(i) 9.300

11.200 (j)

Clientes Mercadorias Móveis e Utensílios


(e.1) 15.000 (c) 16.000 (b) 30.000
(g.1) 6.500 8.000 (e.2)
9.300 (i) 4.000 (g.2)
(h) 15.360

Fornecedores Custo Mercadorias Vendidas Venda de Mercadorias


15.360 (h) (e.2) 8.000 15.000 (e.1)
(j) 11.200 (g.2) 4.000 13.000 (g.1)
12.000 (3) (3) 28.000

Observações: Até o registro da operação “j”, a maior dificuldade, cremos, está no raciocínio físico e
financeiro para o correto lançamento das operações “e”, “g” e “h” (nesta última, o estoque estava reduzido
a 1.600 unidades, sendo necessário adquirir mais 4.800 unidades para retornar ao nível das 6.400 unidades
iniciais). Note que o custo de aquisição das novas foi modificado (por isso, nenhuma nova venda: para não
antecipar o que está no Capítulo 7).
Observe que as operações “e” e “g” foram escrituradas como se fossem duas operações em uma só:
permite observar o “lado da receita” e o “lado do custo das mercadorias vendidas”. Observe se a classe já
está ciente de que as contas “Venda de Mercadorias” e “CMV” são usadas para apuração do resultado.
E sq u e m a B á s i c o d e E sc r i t u ra ç ã o Co n t á b i l – U m a Rev i s ã o 15

COMPANHIA NÃO REALIZADA


BALANCETE DE VERIFICAÇÃO (após operação “j”)

Contas Saldos Devedores Saldos Credores

Caixa (ou Bancos) 78.600


Edificações 50.000
Capital Social 190.000
Contas a Pagar 5.000
Capital a Integralizar 25.000
Clientes 12.200
Mercadorias 19.360
Móveis e Utensílios 30.000
Fornecedores 4.160
Custo das Mercadorias Vendidas 12.000
Venda de Mercadorias 28.000
Totais 227.160 227.160

Observe que a apuração do resultado foi solicitada após o balancete de verificação. Isso permite que o
ministrante possa solicitar as etapas 1 e 2 para casa (e somente elas), deixando para verificar o desempenho
de ambas em classe.
Tão logo haja concordância com o balancete de verificação mostrado, os alunos poderão ser solicitados
a executar as etapas 3 e 4 em classe.
Ou seja:

Apuração do Res.
Lucros Acumulados do Exercício Reservas de Lucros
(4) 16.000 16.000 (3) (3) 12.000 28.000 (3) 16.000 (4)
(3) 16.000

BALANÇO PATRIMONIAL (após a apuração do resultado)

Ativo Passivo + Patrimônio Líquido

Caixa (ou Bancos) 78.600 Fornecedores 4.160


Clientes 12.200 Contas a Pagar 5.000
Mercadorias 19.360
Capital Social 190.000
Edificações 50.000 Capital a Integralizar (25.000)
Móveis e Utensílios 30.000 Reservas de Lucro 16.000
Total 190.160 Total 190.160
16 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

TODAVIA, se a opção do professor ministrante for a solicitação de todo o exercício como tarefa extra-
classe, poderão alguns alunos “pular” a etapa 3 e partirem do balancete direto para o Balanço. Nesse caso,
com base no balancete apresentado, o Balanço seria:

COMPANHIA NÃO REALIZADA


BALANÇO PATRIMONIAL (após a operação “j”)

Ativo Passivo + Patrimônio Líquido

Caixa (ou Bancos) 78.600 Fornecedores 4.160


Clientes 12.200 Contas a Pagar 5.000
Mercadorias 19.360
Capital Social 190.000
Edificações 50.000 Capital a Integralizar (25.000)
Móveis e Utensílios 30.000 Venda de Mercadorias 28.000
Custo Merc. Vendidas (12.000)
Total 190.160 Total 190.160

C – QUESTÕES

1. A representação gráfica do Balanço Patrimonial em que o Ativo é maior ou igual ao Passivo (capitais
de terceiros) conduz aos seguintes esboços:

P
A e A P (PL = 0)
PL

No momento em que o Passivo passa a ser maior do que o Ativo (o PL é negativo!), o “desenho” pode
conduzir a um erro, pois é “tradicional” que tal situação seja mostrada assim:

A
P
PL

o que provoca a inferência de que A + PL = P. Revela má situação, existência de “Passivo a Descoberto”.

EQUAÇÃO PATRIMONIAL NÃO VERDADEIRA: Tudo pelo simples fato de que o “papel” não aceita
uma “superfície negativa” (o PL, no caso).
Uma razão desse “equívoco” pode ser, além da impossibilidade gráfica, o fato de que, em termos de
saldos, quando o P > A teremos PL < 0, seu saldo global é devedor, tal como o saldo do Ativo.
A sugestão para quem gosta de representação gráfica é sempre usar o desenho-padrão:
E sq u e m a B á s i c o d e E sc r i t u ra ç ã o Co n t á b i l – U m a Rev i s ã o 17

P
A Revela existência de riqueza própria
PL

devidamente acompanhado por valores; por exemplo:

P = 80 P = 150 PL = 180
A = 120 A = 150 A = 150
PL = 40 PL = 0 PL = –30

lembrando aos alunos que não há qualquer tentativa, nos desenhos, de existir proporcionalidade do tama-
nho das “caixinhas” com os valores de A, de P e de PL!

2. Tanto as receitas como os ganhos acarretam aumento no PL da empresa em decorrência de modifi-


cações no Ativo, no Passivo ou em ambos (Ativo e Passivo) simultaneamente. Enquanto as receitas se
derivam de operações usuais da empresa e de operações acessórias derivadas das usuais, os ganhos se
derivam de operações esporádicas da empresa e/ou fatos ocorridos independentemente da ação dos
gestores (doações recebidas, perdão de uma dívida etc.).
Tanto as despesas como as perdas acarretam redução no PL da empresa, também em decorrência
de modificações no Ativo, no Passivo, ou em ambos (Ativo e Passivo) simultaneamente. Enquanto as
despesas decorrerem do esforço em obter as receitas e manter a empresa operando, as perdas se de-
rivam de operações esporádicas e/ou fatos ocorridos independentemente da ação dos gestores (roubo
de ativos, incêndios, inundações).
Obs.: Na literatura, o termo despesa é suficientemente amplo para abranger o que, no dia a dia,
denominamos “custo das mercadorias vendidas”, “custo dos produtos vendidos”, “custo dos serviços
prestados”!

3. Trataremos ambos como “livros”, apesar de que podem se revestir de outra forma.
O Diário é um livro obrigatório e o Razão não o é. Na prática, todavia, o Diário é menos pesqui-
sado do que a Razão.
No Razão, os registros feitos em cada uma das contas ficam aglutinados em uma folha do livro
(ou numa ficha), enquanto nas folhas do Diário as contas se sucedem umas após outras, conforme os
lançamentos são estruturados.
Os saldos das contas aparecem no Razão (após cada lançamento ou conjunto deles), o que não
ocorre no Diário (onde não existe coluna para saldo).

4. A questão é polêmica e não possui resposta-padrão, pois está fundamentada nas “teorias” de entendi-
mento do que seja o Patrimônio Líquido. Serve, pois, para “provocar discussão”, o que é salutar.
Pela “teoria do proprietário”, o PL é encarado como uma obrigação da empresa para com o(s)
dono(s), vez que ela, empresa, nada mais é do que uma extensão do(s) proprietário(s): os Ativos da
empresa são extensão dos Ativos particulares do(s) proprietários(s), o mesmo ocorrendo com as dívi-
das (obrigações) da empresa.
Pela “teoria da entidade”, a empresa “ganha vida própria”,“vida independente da do(s) dono(s)”.
Assim sendo, qualquer diferença entre Ativo e Passivo (da empresa) pertence à empresa até o
momento em que o(s) dono(s) decidam em contrário (é o caso dos dividendos, da redução do Capital
Social ou, de modo extremo, da extinção da empresa). É quando, em nosso entender, melhor se adapta
18 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

a expressão “capital próprio” (“próprio” da empresa). A expressão “obrigação não exigível” parece de-
correr de uma “mistura” das duas “teorias” citadas: “obrigação” (da teoria do proprietário) com “não
exigível” (para respaldar a “teoria da entidade”, como que para dizer que “é dela”!).
É nossa opinião particular de que é expressão conflitante:“uma obrigação que ninguém exige?”(até
legalmente já passamos pela fase do “Passivo Não Exigível”!).
Obs.: Por não se refletirem na questão, não foram mencionadas outras“teorias”sobre o Patrimônio
Líquido.
4
Plano de Contas

A – TESTES

1. (b) (não é a codificação que “evita a criação de contas desnecessárias” ou que “evita o uso de muitas
contas quando a empresa for de pequeno ou médio porte”).
2. (d) Apesar de não constarem do BP publicado, as contas de resultado são contas do Patrimônio Líqui-
do. No Exercício nº 1 deste Capítulo há exemplo de como isso poderia ocorrer.
3. (a) A justificativa da alternativa “b” é “fraca” por se tratar de padarias (e, portanto, do “mesmo ramo”).
A alternativa “d” é incorreta por causa do conectivo e ligando justificativas inconsistentes com o
enunciado.
4. (b) Nas demais alternativas encontramos “contas estranhas” ao empreendimento do enunciado, tais
como IPI a Recolher, Duplicatas a Receber (via de regra as farmácias vendem à vista), Equipamentos
de Produção e Receita de Vendas a Prazo.
5. (a).

B – EXERCÍCIOS

1. BOATE FAMÍLIA UNIDA

A solução, que não é padrão, objetiva mostrar que é viável “subjugar” as contas de resultado ao Patri-
mônio Líquido, quando da montagem e codificação do Plano de Contas.
20 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

Não houve preocupação, na solução, de evidenciar os grupos previstos na Lei das Sociedades por
Ações (Ativo Circulante, Ativo não Circulante, Passivo Circulante, Passivo não Circulante e Patrimônio
Líquido).

BOATE FAMÍLIA UNIDA


PLANO DE CONTAS
1 ATIVO

1.01 Ativo Circulante


1.01.01 Disponível
1.01.01.01 Caixa Geral
1.01.01.02 Banco Conta Movimento
1.01.04.01 Estoque de Bebidas

1.02 Ativo não Circulante


1.02.03 Imobilizado
1.02.03.02.02 Instalações
1.02.03.01.04 Equipamentos de Sonorização
1.02.03.01.06 Móveis e Utensílios

2 PASSIVO

2.01 Passivo Circulante


2.01.01 Fornecedores
2.01.03.01 Salários a Pagar
2.01.04.01 Impostos a Recolher
2.01.05.01 Aluguel a Pagar

2.03 Patrimônio Líquido


2.03.01 Capital Social
2.03.05.01 Prejuízos Acumulados

3 CONTAS DE RESULTADO

3.01 Resultado de Operações Continuadas


3.01.01 Receita Líquida de Vendas
3.01.01.01 Vendas de Mercadorias e de Serviços
3.01.01.01.01 Receita de Vendas de Bebidas
3.01.01.01.02 Receita de Vendas de Ingressos
3.01.02.01 Custos de Mercadorias Vendidas e dos Serviços Prestados
3.01.02.01.01 Custo das Bebidas Vendidas
3.01.03 Despesas Operacionais
3.01.03.02 Despesas Administrativas
3.01.03.02.01.01 Despesas c/Salários
3.01.03.02.02.01 Despesas de Aluguel
3.01.03.02.03.01 Despesas com Energia Elétrica
3.01.03.02.05.00 Despesas Gerais
3.01.03.02.07.01 Despesas com Impostos
Pl a n o d e Co nt a s 21

Observe que as contas “3.01.01.01 Vendas de Mercadorias e de Serviços” e “3.01.03.02 Despesas Admi-
nistrativas”são“sintéticas”em relação às contas que vêm abaixo. Por sua vez, ambas são“analíticas”da conta
“3.01 Resultado de Operações Continuadas”. Consideramos como “de resultado” o grupo de contas 3.01.

2. COMPANHIA TRÊS RIACHOS

Também trata-se de uma sugestão em que já se dá alguma importância aos subgrupos previstos na Lei
das Sociedades por Ações. A exigência desse pormenor fica a critério de cada ministrante.

COMPANHIA TRES RIACHOS


PLANO DE CONTAS
1 ATIVO

1.01 Ativo Circulante


1.01.01 Disponível
1.01.01.01.01 Caixa
1.01.01.02.01 Banco Conta Movimento
1.01.02 Créditos
1.01.02.01 Duplicatas a Receber
1.01.04 Estoques
1.01.04.01 Estoque de Mercadorias

1.02 Ativo não Circulante


1.02.03 Imobilizado
1.02.03.01.02 Imóveis
1.02.03.01.06 Móveis e Utensílios
1.02.03.02.01 (–) Depreciação Acumulada de Imóveis
1.02.03.02.02 (–) Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios

2 PASSIVO

2.01 Passivo Circulante


2.01.03.01 Salários a Pagar
2.01.03.04 Encargos Sociais a Recolher
2.01.03.07 Comissões a Pagar
2.01.07.01 Adiantamentos Recebidos de Clientes

2.02 Passivo não Circulante


2.02.01 Empréstimos e Financiamentos
2.02.01.01 Financiamentos a Pagar Longo Prazo

2.03 Patrimônio Líquido


2.03.01 Capital Social
2.03.01.01 Capital Subscrito
2.03.04 Reservas
2.03.04.01 Reservas de Lucros
2.03.04.01.01 Reserva Legal
22 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

2.03.04.01.02 Reserva de Lucros a Realizar


2.03.05 Resultado Acumulado
2.03.05.01 Lucro/Prejuízo Acumulado
2.03.05.01.01 Lucro ou Prejuízo Acumulado
2.03.05.01.02 Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício

3 CONTAS DE RESULTADO

3.01 Resultado de Operações Continuadas


3.01.01 Receita Líquida de Vendas
3.01.01.01 Vendas de Mercadorias e de Serviços
3.01.01.01.01 Receita de Vendas de Mercadorias
3.01.01.02 Impostos s/Vendas
3.01.01.02.01 ICMS s/Vendas
3.01.02 Lucro Bruto Operacional
3.01.02.01 Custos
3.01.02.01.01 Custo das Mercadorias Vendidas
3.01.03 Despesas e Receitas Operacionais
3.01.03.01 Despesas com Vendas
3.01.03.01.01 Despesas de Comissões s/Vendas
3.01.03.01.02 Despesas com Propaganda
3.01.03.02 Despesas Administrativas
3.01.03.02.01 Despesas c/Salários
3.01.03.02.02 Despesas com Encargos Sociais
3.01.03.02.03 Despesas com Depreciação de Imóveis
3.01.03.02.04 Despesas com Depreciação de Móveis e Utensílios
3.01.04 Resultado Financeiro Líquido
3.01.04.01 Despesas Financeiras
3.01.04.01.01 Despesas com Juros

Consideramos “contas de resultado” as que receberam código iniciado pelo número 3.

3. CEMITÉRIO BOM REPOUSO

Não há resposta-padrão. Aconselhe, apenas, que evitem construir Planos de Contas muito extensos.

C – QUESTÕES

1. A tarefa de os alunos conhecerem in loco empresas e/ou escritórios de contabilidade que utilizam os
sistemas citados poderá ser substituída na escola caso existam meios de serem mostrados aqueles
sistemas.
Não existe a correspondência biunívoca sugerida no enunciado, pelo menos de modo a ser obri-
gatória. Existem pequenas e médias empresas que já se utilizam de processamento eletrônico de dados
para operacionalizar suas escriturações.
Pl a n o d e Co nt a s 23

2. Normalmente, quanto maior for a empresa, maior será o número de contas de seu Plano de Contas
(é uma tendência, mas não é uma regra!). O sistema contábil utilizado pode favorecer que o Plano de
Contas seja extenso, caso seja um sistema mecanizado ou eletrônico pela rapidez com que são proces-
sadas as informações.
O interesse dos usuários (o enunciado restringiu aos donos/gestores) é, no nosso entender, o ele-
mento decisivo para o “tamanho” do Plano de Contas. Quanto mais apegados aos detalhes forem tais
usuários, maior será o número de contas.

3. Os passos a seguir são apenas “uma” das possíveis estratégias:


a) “negociar” com os donos o “mínimo” de informações que desejam;
b) motivar o corpo funcional no sentido de que evoluam contabilmente (estarão fazendo um investi-
mento em si próprios e para a empresa);
c) analisar o sistema contábil usado e, se possível, substituí-lo por outro mais ágil (liberando pessoal
para outras tarefas);
d) treinar o corpo funcional;
e) mostrar aos donos, após algum tempo, os reflexos das medidas tomadas e se tudo correu bem;
f) “pedir aumento” para si e seus empregados!

4. Elogiável que nosso“recém-formado”possua uma sólida bagagem de conhecimentos de Contabilidade.


Mas nos parece que seus mestres se esqueceram de “trabalhar” atitudes comportamentais do nos-
so Contador! Se ele “topou” aderir à empresa é porque viu perspectivas de continuidade. Logo, a em-
presa vivia sem um sofisticado Plano de Contas e, decerto, a Contabilidade não era a sua “tábua de
salvação” (e não o é na maioria das médias e pequenas empresas brasileiras!).
Atitudes como“ouvir”a opinião dos Diretores e subalternos,“captar”e tentar interpretar a“cultura
da empresa”, fazer propostas a partir de um trabalho participativo poderiam ajudar nosso “novo Con-
tador” a evitar que “quebre as pernas” e seja “isolado no seu saber”, o que pode ocorrer.
5
Constituição de Empresas

A – TESTES

1. (a); 2. (c); 3. (c); 4. (d).

5. (c) Se apenas 40% das ações forem integralizadas no ato, apenas 8.000 ações o foram (40% de 20.000).
Seja x o preço de emissão.

Logo: 8.000 x = $ 19.200 e


x = $ 2,40
Como “você” alcançou $ 480, esse valor corresponde a 200 ações integralizadas. As integralizadas re-
presentam 40% das subscritas. Logo, “você” subscreveu 500 ações. Essas 500 ações representam, por sua
vez, 2,50% das 20.000 ações.
Mas dos $ 2,40 de cada ação, 1/6 não vai para o capital, e sim para a Reserva de Ágio na Emissão de
Ações. Logo, de cada $ 2,40, apenas $ 2,00 vão para o Capital Social.
Pode haver discussão sobre o alcance da expressão “preço de emissão”! Inclui ou não o ágio?
Vide o parágrafo único do artigo 14 da Lei nº 6.404/76.

B – EXERCÍCIOS

1. COMERCIAL RIO DO SUL LTDA.

Duas possibilidades se abrem: registrar a subscrição e, após, as integralizações, ou, então, num só lan-
çamento, toda a operação. Optamos, aqui, pelo primeiro modo.
Co n st i t u i ç ã o d e E m p re s a s 25

1º Lançamento: Débito Crédito


Capital a Integralizar 60.000.000
a Capital Social 60.000.000
Subscrição para constituição da Comercial Rio do Sul Ltda., nesta
Data, conforme Contrato Social, a saber:
Carlos . . . , 15.000 cotas de valor nominal de $ 2.000 cada uma
(total: $ 30.000.000)
Alcides . . . , 15.000 cotas de valor nominal de $ 2.000 cada uma
(total: 30.000.000)
60.000.000 60.000.000

2º Lançamento: Débito Crédito


Diversos
a Capital a Integralizar
Caixa 10.000.000
Cheque nº . . . do Banco . . ., como parte da integralização do Capital
pelo sócio Alcides . . ., correspondendo a 5.000 cotas
Imóveis 20.000.000
Loja de . . . m² . . . ,(descrição) . . . ., transferida à sociedade pelo
sócio Alcides . . ., para integralização do capital, correspondendo
a 10.000 cotas
30.000.000 30.000.000

3º Lançamento: Débito Crédito


Caixa 30.000.000
a Capital a Integralizar 30.000.000
Cheque nº . . ., do Banco . . ., como integralização de 15.000 cotas
do Capital subscritos pelo sócio Carlos . . .
30.000.000 30.000.000

2. COMPANHIA MELEIRO

1. A primeira parte é, por certo, uma provocação para que haja um aprofundamento no texto da Lei
nº 6.404/76.
Em primeiro lugar, para terminar com o “falso” entendimento de que ações preferenciais não pos-
suem, por serem preferenciais, o direito de voto. Pelo contrário: se em troca das preferências (ou van-
tagens) a elas atribuídas (vide artigo 17) lhes for tolhido o direito de voto, aí sim o Estatuto Social deve
deixar claro o fato.
Outro ponto é a questão, já popular, da proporcionalidade, de“no máximo de 2/3 das ações emiti-
das podem ser preferenciais”. É outra“corruptela”do ditame legal (artigo 15, § 2º):“O número de ações
26 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

preferenciais sem direito a voto ou sujeitas a restrição no exercício desse direito não pode ultrapassar
2/3 (dois terços) do total de ações emitidas”.
Logo, nada há de infringência no modo como a Cia. Meleiro foi constituída.

2. Lançamentos
Similares aos do Exercício nº 1 deste capítulo. Recomendável verificar se nos históricos foram fei-
tas menções às espécies e classes de ações subscritas e integralizadas.

3. A posição acionária de cada um é a seguinte

Sócios SEM VOTO COM VOTO


Pref. Nom. A Ord. Nom. Pref. Nom. B Total
A 6.500 – 6.380 6.380
B 7.800 400 3.300 3.700
C 11.700 1.600 1.320 2.920
Totais 26.000 2.000 11.000 13.000

Ora, sendo 13.000 a quantidade de ações que “votam”, nenhum deles possui, isoladamente, o direito
de “mandar” na empresa. A possibilidade é de haver união de interesses para “mandar” tipo: A com B, A
com C ou B com C.

3. COMPANHIA GRÃO-PARÁ

1.

Bancos c/ Movimento Capital Social


(1) 448.500 8.200 (2) 390.000 (1)
12.600 (3)
(4) 210.000
122.200 (5) Reserva de Ágio na Emissão de Ações
41.300 (6) 58.500 (1)
60.000 (7)
52.800 (8)
10.500 (9)
28.000 (10) Empréstimos Bancários
132.000 (11) 210.000 (4)
(12) 37.510
Co n st i t u i ç ã o d e E m p re s a s 27

Constituição da Empresa Mercadorias (AC) Apuração do Resultado


(2) 8.200 8.200 (12) (11) 132.000 (12) 8.200 35.510 (16)
(13) 12.600
Serviços de Terceiros Imóveis (AI/AP)
Despesas e Receitas do Exercício

(14) 122.200
(3) 12.600 12.600 (13) (7) 60.000 (15) 41.300
146.790 146.790 (17)
Honorários e Salários Instalações (AI/AP)
(5) 122.200 122.200 (14) (8) 52.800 Prejuízo do Exercício
(17) 146.790
Viagens Móveis e Utensílios (AI/AP)
(6) 41.300 41.300 (15) (9) 10.500

Ganhos Financeiros Veículos (AI/AP)


(16) 37.510 37.510 (12) (10) 28.000

2. Sugerimos, na dependência do nível de motivação dos alunos, a montagem do Balanço Patrimonial


para que observem a conta Prejuízo do Exercício, no valor líquido de $ 146.790.

C – QUESTÕES

1. “Subscrição de capital” é o ato pelo qual é gerado o compromisso de serem entregues os recursos (via
de regra em moeda) para a empresa para a formação ou aumento de seu capital social. O “subscrever
oriundo do “escrever embaixo”,“assinar” precede o seguinte:
Integralizar é o ato da efetiva entrega dos recursos, cujo compromisso já havia sido assumido
quando da “subscrição”.
Logo, “subscrição” e “integralização” podem ocorrer quase simultaneamente (tanto que se usa a
expressão “. . . com integralização no ato (da subscrição)”. Mas podem ocorrer em momentos distintos
no tempo, motivo da existência de saldo na conta “capital a Integralizar (um direito da empresa sobre
o(s) dono(a) que, por força da lei, é evidenciado no Patrimônio Líquido, como conta redutora).
É usada a expressão “capital a Realizar” como sinônima de “capital a Integralizar”.

2. Existiram duas falhas. Primeira: o laudo de avaliação dos peritos deveria ter sido aprovado em outra
Assembleia Geral (vide § 1º do artigo 8º da Lei nº 6.404/76). Segunda: a loja não poderia ser incorpora-
da ao Patrimônio da empresa por $ 2.500,00 se o subscritor (José da Fontoura) lhe atribuíra o valor de
$ 2.000,00 (vide § 4º do artigo 8º da Lei nº 6.404/76). Caso todos concordassem com o laudo (e, nesse
caso, também José da Fontoura), a Assembleia Geral (a que acabou faltando) poderia aceitar a loja por
$ 2.000,00 e José da Fontoura deveria integralizar os $ 500,00 restantes em moeda corrente.
Observe-se que não estamos entrando no mérito do “final” do § 2º do artigo 8º da Lei nº 6.404/76
por julgá-lo uma questão formal de segundo plano.
28 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

3. Quando a sociedade anônima não é de capital autorizado, a decisão para aumento do Capital Social
deve ser tomada por Assembleia Geral dos acionistas. E há ônus para realizar uma assembleia. Sendo
de Capital autorizado, não há necessidade da convocação da AG para deliberar sobre aumentos de
capital, desde que até o limite do Capital Autorizado: o conselho de Administração pode fazê-lo. Isso
pode representar menos a “burocracia” para a companhia e menos gastos.
Todavia, para que tal ocorra, a empresa deve possuir Conselho de Administração (vide letra “b” do
§ 1º do artigo 160 da Lei nº 6.404/76).

4. Trata-se de verificar a redução do Patrimônio Líquido por meio da conta “Prejuízo do Exercício”.

Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
Circulante Circulante
Bancos 228.410
Mercadorias 132.000 Não Circulante
360.410 Empréstimo Bancário 210.000
Não Circulante
Imóveis 60.000 Patrimônio Líquido
Instalações 52.800 Capital Social 390.000
Móveis e Utensílios 10.500 Reserva de Ágio 58.500
Veículos 28.000 Prejuízo do Exercício 146.790
151.300 301.710

Total Ativo 511.710 Total Passivo 511.710


6
Impostos e Taxas sobre Vendas

A – TESTES

1. (b) A alternativa “c” deve ser descartada, pois sua justificativa á falsa; a alternativa “a” deve ser descar-
tada, pois o enunciado fala em “empresa comercial típica”.
2. (c) Se nos $ 1.584,00 está o IPI de 10%, dividindo por 1,10 chega-se ao “preço das mercadorias”, de
$ 1.440,00.
Excluindo deste último um ICMS de 18% ($ 259,20) e voltando a acrescentar o IPI (que é de $ 144
= $ 1.584,00 – $ 1.440), obtêm-se . . . $ 1.324,80, que é o valor que vai para o estoque, significando que
as novas 12 camisetas custam $ 110,40/unidade, ou seja, o mesmo custo unitário das 10 que já existiam.
A partir daí, fica fácil calcular o estoque no final de março/x1 e o CMV de março/x1.

3. (d) Saem $ 100,00. Entram $ 18 do governo (ICMS a recuperar, instantaneamente recuperado). Entram
$ 150 (da venda) e saem $ 24,00 (de ICMS para o governo, das vendas). Sobrou a quantia de $ 144,00
em caixa. E só!
4. (b)
5. (b)

B – EXERCÍCIOS

1. CACUPÊ DE LISBOA LTDA.

Exceto as contas cujos saldos foram informados, nas demais partimos sem saldo. Os lançamentos são:
30 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

1. A compra das mercadorias por $ 320.000, valor que se reparte no custo a ser “estocado” de $ 262.400 e
no ICMS a Recuperar de $ 57.600.

2. Venda com 12% de ICMS, ou seja, 2/6 da receita de $ 582.000, gerando uma receita de $ 194.000, que
vai gerar um ICMS s/ vendas de $ 23.280.

3. Venda com 18% de ICMS, ou seja, 4/6 da receita de $ 582.000, gerando $ 388,000 de receita e um ICMS
s/ vendas de $ 69.840.
NÃO DESCUIDE DOS QUE“TENTAREM”REGISTRAR O CMV das operações de venda = NÃO
EXISTEM INFORMAÇÕES QUE OS POSSIBILITE!

4. Lançamento de apuração do ICMS no final de agosto.

Caixa Fornecedores
(2) 97.000 320.000 (1)
(3) 194.000

Clientes ICMS a Recolher


(2) 97.000 23.280 (2.1)
(3) 194.000 69.840 (3.1)
(4) 69.700

ICMS a Recuperar Receita Bruta (Vendas Brutas)


*12.100 69.700 (4) 194.000 (2)
(1) 57.600 388.000 (3)

Mercadorias ICMS s/ Vendas


(1) 262.400 * 282.000
(2.1) 23.280
(3.1) 69.840

2. COMPANHIA CAIBÍ

Seria uma sugestão interessante aos alunos o uso de uma ficha de razão para as contas ICMS a Recu-
perar e ICMS a Recolher que, após cada lançamento, possuísse os saldos de tais contas. Tal procedimento
facilitaria os lançamentos de final de mês quando da “apuração do ICMS”, e os de “recolhimento”. Os
razonetes, por não possuírem espaço específico para o saldo, podem prejudicar nesse particular. Apesar da
sugestão, não incluímos na solução tais fichas.
Os saldos iniciais (são quatro) foram posicionados nos razonetes com asteriscos (*).

OPERAÇÕES DE JUNHO/x3
1) Recolhimento dos $ 58 de ICMS que havia a recolher
I m p o st o s e Ta xa s s o b re Ve n da s 31

2) Compra de junho/x3:
Preço das mercadorias: $ 1.960 IPI (10%): $ 196
Total nota: $ 2.156
ICMS incluso (12%): $ 235,20
para o estoque: $ 1.960 – $ 235,20 + $ 196 = $ 1.920,80
3) Venda de junho/x3:
Preço das vendas: $ 2.400 (lçto 3.1)
ICMS s/ vendas (12%) = $ 288 (lçto 3.2)
4) Apuração do ICMS no final de junho

OPERAÇÕES DE JULHO/ x3
5) Recolhimento do ICMS devido: $ 52,80

6) Compra de julho/x3:
Preço das mercadorias: $ 2.660 IPI (10%): $ 266
Total nota: $ 2.926
ICMS incluso (12%): $ 319,20
para o estoque: $ 2.660 + $ 266 – $ 319,20 = $ 2.606,80
7) Venda de julho/x3:
Preço das vendas: $ 1.120 (lçto 7.1)
ICMS s/ vendas (12%): $ 134,40 (lçto 7.2)
8) Apuração do ICMS no final de julho/x3

OPERAÇÕES DE AGOSTO/x3:
Obs.: não haverá recolhimento de ICMS no início de agosto/x3.
9) Compra de agosto/x3:
Preço das mercadorias: $ 3.325
IPI: não há
Total nota: $ 3.325
ICMS incluso (18%): $ 598,50
para o estoque: $ 3.325 – $ 598,50 = $ 2.726,50
10) Venda de agosto/x3:
Preço das vendas: $ 6.720 (lçto 10.1)
ICMS s/ vendas (12%): $ 806,40 (lçto 10.2)
11) Apuração do ICMS no final de agosto/x3: a conta ICMS a Recuperar está com saldo devedor de
$ 783,30 que é transferido para a conta ICMS a Recolher.
32 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

OPERAÇÕES DE SETEMBRO/x3:
12) Recolhimento do ICMS devido: $ 23,10

13) Compras de setembro/x3:

Preço das mercadorias: $ 2.380 IPI (10%): $ 238


Total nota: $ 2.618
ICMS incluso (12%): $ 285,60
Para o estoque: $ 2.380 – $ 285,60 + $ 238 = $ 2.332,40
14) Venda de setembro/x3:

Preço das vendas: $ 2.340 (lçto 14.1)


ICMS s/ vendas (12%): $ 280,80 (lçto 14.2)
15) Apuração do ICMS no final de setembro/x3.

Senhor Professor: o exercício pode ser abreviado, fazendo com que registrem operações de dois ou de
três meses, caso assim o desejado.

Caixa e Bancos Fornecedores


* 1.725 2.156 (2)
58 (1) 3.325 (9)
(3.1) 2.400
52,80 (5)
2.926 (6)
(10.1) 6.720
23,10 (12)
2.618 (13)

Clientes ICMS a Recolher


(7.1) 1.120 58*
(14.1) 2.340 (1) 58
288 (3.2)
(4) 235,20
(5) 52,80
134,40 (7.2)
(8) 134,40
806,4 (10.1)
(11) 783,30
(12) 23,10
280,8 (14.2)
(15) 280,80
I m p o st o s e Ta xa s s o b re Ve n da s 33

Mercadorias Vendas Brutas


* 2.660 2.400 (3.1)
(2) 1.920,80 1.120 (7.1)
(6) 2.606,80 6.720 (10.1)
(9) 2.726,50 2.340 (14.1)
(13) 2.332,40

ICMS a Recuperar ICMS s/ Vendas


(2) 235,20 * 1.309
(6) 319,20 235,20 (4) (3.2) 288
(9) 598,50 134,40 (8) (7.2) 134,40
(13) 285,60 783,30 (11) (10.1) 806,40
280,80 (15) (14.2) 280,80

3. COMPANHIA CAIBÍ I

Cálculo do PIS s/ Faturamento:


Junho 1,65% de $ 2.400,00 = $ 39,60 (lçto nº 1)
Julho 1,65% de $ 1.120,00 = $ 18,48 (lçto nº 6)
Agosto 1,65% de $ 6.720,00 = $ 110,88 (lçto nº 11)
Setembro 1,65% de $ 2.340,00 = $ 38,61 (lçto nº 16)

Cálculo do PIS s/ outras Receitas


Junho 1,65% de $ 200,00 = $ 3,30 (lçto nº 2)
Julho 1,65% de $ 310,00 = $ 5,12 (lçto nº 7)
Agosto 1,65% de $ 320,00 = $ 5,28 (lçto nº 12)
Setembro 1,65% de $ 450,00 = $ 7,43 (lçto nº 17)
(os “dividendos” não foram considerados: vide livro-texto)

Cálculos da Cofins s/ Faturamento:


Junho 7,6% de $ 2.400,00 = $ 182,40 (lçto nº 3)
Julho 7,6% de $ 1.120,00 = $ 85,12 (lçto nº 8)
Agosto 7,6% de $ 6.720,00 = $ 510,72 (lçto nº 13)
Setembro 7,6% de $ 2.340,00 = $ 177,84 (lçto nº 18)
34 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

Caixa PIS s/ Faturamento


* 1.500 (1) 39,60
42,90 (4) (6) 18,48
182,40 (5) (11) 110,88
23,60 (9) (16) 38,61
85,12 (10)
116,16 (14)
510,72 (15)

PIS a Recolher PIS s/ Outra Receita


39,60 (1) (2) 3,30
3,30 (2) (7) 5,12
(4) 42,90 (12) 5,28
18,48 (6) (17) 7,43
5,12 (7)
(9) 23,60
110,88 (11)
5,28 (12)
(14) 116,16
38,61 (16)
7,43 (17)

Cofins a Recolher Cofins s/ Faturamento


182,40 (3) (3) 182,40
(5) 182,40 (8) 85,12
85,12 (8) (13) 510,72
(18) 177,84
(10) 85,12
510,72 (13)
(15) 510,72
177,84 (18)
I m p o st o s e Ta xa s s o b re Ve n da s 35

4. COMPANHIA JUPIÁ

Vendas Receitas
Alíquotas Vendas Vendas Líquidas TOTAL
ICMS s/ Devolvidas Vendas Receitas Financeiras
Meses Brutas de
Vendas pelos Líquidas Financeiras
Mercadorias
PIS Cofins Clientes PIS COFINS PIS COFINS PIS COFINS

Fev/X2 1,65% 7,6% 4.800 630 600 3.570 200 58,91 271,32 3,30 15,20 62,21 286,52
Mar/x2 1,65% 7,6% 2.240 176 480 1.584 120 26,14 120,38 1,98 9,12 28,12 129,50
Abr/X2 1,65% 7,6% 13.440 1.776 800 10.864 310 179,26 825,66 5,12 23,56 184,38 849,22

5. COMPANHIA OLDEMBURG

Solução do exercício:

1) Compra de Outubro
Preço das Mercadorias: $ 3.520,00 IPI (10%) = $ 352,00 Total NF = $ 3.872,00
ICMS incluso (12%) = $ 422,40
Para Estoque de Mercadorias: $ 3.520,00 – $ 422,40 = $ 3.097,60

2) Venda de Mercadorias:
Cálculo do valor global da Nota Fiscal:
$ 3.400,00 + IPI (10%) de $ 3.400,00 = $ 3.740,00 (lçto 2.1)
IPI: 10% de $ 3.400,00 = $ 340,00 (lçto 2.2)
ICMS incluso (18%): 18% de $ 3.400,00 = $ 612,00 (lçto 2.3)

3) Apuração do ICMS no final de Outubro


Débito: ICMS a Recolher = $ 422,40 Crédito: ICMS a Recuperar = $ 422,40

4) Débito: IPI a Recolher = $ 340,00 Crédito: IPI a Recuperar = $ 340,00

5) PIS s/Vendas
Vendas = $ 3.400,00
PIS (1,65%) = $ 56,10

6) COFINS s/Vendas
Vendas = $ 3.400,00
COFINS (7,6%) = $ 258,40

7) Recolhimento do ICMS
Débito: ICMS a Recolher = $ 189,60 Crédito: Caixa ou Bancos = $ 189,60

8) Recolhimento do PIS
Débito: PIS a Recolher = $ 56,10 Crédito: Caixa ou Bancos = $ 56,10
36 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

9) Recolhimento da COFINS
Débito: COFINS a Recolher = $ 258,40 Crédito: Caixa ou Bancos = $ 258,40

10) Compra de Novembro


Preço das Mercadorias: $ 4.000,00 IPI (–) = $ Zero Total NF = $ 4.000,00
ICMS incluso (12%) = $ 480,00
Para Estoque de Mercadorias: $ 4.000,00 – $ 480,00 = $ 3.520,00

11) Venda à Vista de Mercadorias:


Cálculo do valor global da Nota Fiscal:
$ 6.440,00 + IPI (10%) de $ 6.440,00 = $ 7.084,00 (lçto 11.1)
IPI: 10% de $ 6.440,00 = $ 644,00 (lçto 11.2)
ICMS incluso (18%): 18% de $ 6.440,00 = $ 1.159,20 (lçto 11.3)

12) Apuração do ICMS no final de Novembro


Débito: ICMS a Recolher = $ 480,00 Crédito: ICMS a Recuperar = $ 480,00
Obs.: Apuração do IPI no final de Novembro é o próprio saldo da conta IPI a Recolher.

13) Apuração do PIS no final de Novembro:


1,65% de ($ 7.084 – $ 644) = 1,65% de $ 6.440 = $ 106,26

14) Apuração da COFINS no final de Novembro


7,6% de ($ 7.084 – $ 644) = 7,6% de $ 6.440 = $ 489,44

15) Recolhimento do ICMS


Débito: ICMS a Recolher = $ 679,20 Crédito: Caixa ou Bancos = $ 679,20

16) Recolhimento do PIS


Débito: PIS a Recolher = $ 106,26 Crédito: Caixa ou Bancos = $ 106,26

17) Recolhimento da COFINS


Débito: COFINS a Recolher = $ 489,44 Crédito: Caixa ou Bancos = $ 489,44

18) Recolhimento do IPI


Débito: IPI a Recolher = $ 632,00 Crédito: Caixa ou Bancos = $ 632,00

Caixa e Bancos Fornecedores Cofins a Recolher


(2.1) 3.740,00 3.872,00 (1) 34,00 (6)
50,00 (7) 4.000,00 (10) (9) 34,00
23,80 (8) 64,40 (14)
34,00 (9)
(11.1) 7.084,00
I m p o st o s e Ta xa s s o b re Ve n da s 37

Mercadoria IPI a Recolher Vendas Brutas


(1) 2.992,00 (4) 340,00 3.740,00 (2.1)
(10) 3.400,00 340,00 (2.2) 7.084,00 (11.1)
644,00 (11,2)

IPI a Recuperar ICMS a Recolher IPI s/ Vendas


(1) 352,00 578,00 (2.3) (2.3) 340,00
340,00 (4) (3) 528,00 (11.2) 644,00
(7) 50,00
966,00 (11.3)
(12) 600,00

ICMS a Recuperar PIS a Recolher ICMS s/ Vendas


(1) 528,00 23,80 (5) (2.3) 578,00
528,00 (3) (8) 23,80 (11.3) 966,00
(10) 600,00 45,08 (13)
600,00 (12)

PIS s/ Faturamento
(5) 23,80
(13) 45,08

Cofins s/ Faturamento
(6) 34,00
(14) 64,40

C – QUESTÕES

1. Partindo do novo saldo teríamos:

Caixa Fornecedores
XXXXX 320.000 (2)
15.220 (1)
(3) 97.000
(4) 194.000
38 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

Cliente ICMS a Recolher


(3) 97.000 15.220 *
(4) 194.000 (1) 15.220
17.460 (3.1)
73.720 (4.1)
(5) 60.800

ICMS a Recuperar ICMS s/ Vendas


(2) 60.800 * 282.000
60.800 (5) (3.1) 17.460
(4.1) 73.720

Saldo no final de agosto/x1 de:


ICMS a Recolher: $ 30.380
ICMS s/ Vendas: $ 373.180
ICMS a Recuperar: $ zero

Reembolso com ICMS: em agosto: $ 15.200 (lçto 1)


em setembro: $ 30.380
2. O fato de haver saldo na conta ICMS s/ vendas é o suficiente para que o exercício social da Cacupé de
Lisboa não finde em 31/julho. Caso contrário, ele deveria ser nulo.

3. Com as condições “supostas” é possível. Pelas diferenças de saldos da conta ICMS s/Vendas é obtido o
ICMS s/ Vendas de cada mês e, multiplicando tais valores por 100 e dividindo pela alíquota do ICMS,
são obtidas as vendas de cada mês. De posse das vendas (sabendo que no início nada há a receber
e conhecendo a política de faturamento), é possível estimar os “recebimentos” mensais oriundos de
clientes, de out./x5 a dez./x5.
Qual o motivo dele desejar os saldos de ICMS – Recuperar nos finais daqueles meses? Nenhum!
Apenas para que você não descubra logo como ele achou a resposta!
7
Operações com Mercadorias

Sugerimos uma leitura atenta do Livro de Exercícios e deste Manual, de forma que os senhores pro-
fessores possam aquilatar quais os testes, exercícios e questões que são mais adequados ao nível de suas
turmas. Também, para que possam planejar a aplicação dos exercícios em termos do tempo disponível em
classe e extraclasse.
Quanto aos exercícios, lembramos que o de nº 5 é uma continuação do de nº 4 e em classes mais aptas
pode ser aplicado de uma só vez.

A – TESTES

1. (b) O uso da palavra resultado desvincula de uma situação específica de “lucro” ou de “prejuízo”. O
professor ministrante deve mostrar com uso das fórmulas que a alternativa “b” é correta sempre que
ocorrer a situação proposta.

2. (b)

3. (d)

4. (d) A “média ponderada” é uma “média”. Por isso é a resposta correta. Observe-se que a existência de
Est. Inicial não invalida a questão.

5. (d) Não foram usadas as palavras“princípios”ou“convenções”, pois não há uniformidade na literatura.


Para as finalidades do teste, não é o aspecto importante.

6. (d) Veio desvincular da errônea afirmação de que “adotando o PEPS o resultado e o EF são maiores do
que se adotado o UEPS”. Isso só é verdade em situação de alta continuada de preços no período. E
pode ocorrer justamente o oposto, motivo pelo qual a alternativa “d” é a única correta.
40 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

B – EXERCÍCIOS

1. COMPANHIA COMERCIAL TAVARES

Localizar os alunos nas fórmulas, quais sejam:


Vendas Líquidas – CMV = Lucro Bruto
e CMV = EI + Compras – EF

Explorando a primeira delas tem-se que:


3.200 – CMV = 0,25 × 3.200
donde, resolvendo, CMV = 2.400

Utilizando a segunda fórmula tem-se que:


2.400 = 1.200 + 3.000 – EF
donde, resolvendo, Estoque Final (30/abr./x2) = 1.800

2. VERDEJANTE LTDA.

1. As quantidades disponíveis para venda são 13.600 abóboras (Estoque Inicial e Compras) e, como a
quantidade do Estoque Final é de 2.025 abóboras, foram vendidas 11.575 unidades. Adotado o PEPS,
devem-se considerar vendidas as primeiras 11.575 abóboras, na ordem em que entraram. A sobra,
após valorada, será a resposta solicitada. Logo:

Quantidade Para o CMV Restaram em Estoque

1.350 1.350 –0–


5.400 5.400 –0–
2.700 2.700 –0–
2.700 2.125 575 × $ 11,60 = 6.670,00
1.450 –0– 1.450 × $ 12,50 = 18.125,00
13.600 11.575 2.025 $ 24.795,00

2. Idem à primeira questão. Apenas que deve ser considerada a ordem inversa, pois as abóboras conside-
radas vendidas são as últimas 11.575 que entraram. Logo:

Quantidade Para o CMV Restaram em Estoque

1.350 –0– 1.350 × 10,00 = $ 13.500,00


5.400 4.725 675 × 11,00 = $ 7.425,00
2.700 2.700 –0–
2.700 2.700 –0–
1.450 1.450 –0–
13.600 11.575 2.025 $ 20.925,00
O p e ra ç õ e s c o m Me rc a d o ria s 41

3. Qualquer dos dois métodos antes abordados (PEPS ou UEPS) são alternativas dentro do critério do
custo histórico de aquisição, e portanto enquadrados no tradicional princípio contábil do custo histó-
rico como base de valor.
A questão ora formulada visa introduzir a influência de outro princípio (ou, se desejarem os pro-
fessores, de uma convenção) – o conservadorismo – e verificar como ele(a) pode influenciar na avalia-
ção dos ativos (neste exemplo se está lidando com um item patrimonial do ativo).
O “valor de mercado” das 2.025 abóboras é de $ 22.680,00 (ou seja, 2.025 × $ 11,20). Logo. . .
a) Se a VERDEJANTE LTDA. tivesse adotado o método PEPS, o estoque final de abóboras estaria
valendo $ 24.795,00, que, por ser superior aos $ 22.680,00, seria abandonado prevalecendo
com valor do Estoque Final $ 22.680,00.
b) Se a VERDEJANTE LTDA. tivesse adotado o método UEPS, o estoque final de abóboras estaria
valendo $ 20.925,00, que, por ser inferior ao de “mercado”, não seria abandonado. Logo, o
valor do Estoque Final seria de $ 20.925,00.

3. COMPANHIA DE PEÇAS GERAIS

Caro Professor(a). É comum que alunos “introduzam” valores relativos a receitas nas “fichas de es-
toque” quando recebem situações como a que foi enunciada. Deve ser lembrado que a ficha de estoques
visa a retratar o que está ocorrendo com um item do Ativo, avaliado pelo seu custo para a empresa que o
negocia!

a)

ENTRADAS SAÍDAS SALDOS


Data Histórico
Quant. Custo Unit. Valor Quant. Custo Unit. Valor Quant. Custo Unit. Valor

1/1 EI – – – – – – 6 420,00 2.520,00


6/1 Compra 4 460,00 1.840,00 – – – 10 436,00 4.360,00
9/1 Venda – – – 7 436,00 3.052,00 3 436,00 1.308,00
15/1 Compra 6 500,50 3.003,00 – – – 9 479,00 4.311,00
16/1 Compra 2 468,00 936,00 – – – 11 477,00 5.247,00
20/1 Venda – – – 5 477,00 2.385,00 6 477,00 2.862,00
26/1 Compra 4 480,00 1.920,00 – – – 10 478,20 4.787,00
31/1 Venda – – – 3 478,20 1.434,60 7 478,20 3.347,40

b) Neste caso, obtém-se pela soma das quantias registradas na coluna ENTRADAS; ou seja,
$ 7.699,00.
c) Neste caso, obtém-se pela soma das quantias registradas na coluna SAÍDAS; ou seja, $ 6.871,60.
d) A “receita das vendas” foi de $ 10.100,00 e o CMV de . . . . . . $ 6.871,60. Logo, a resposta (que
é a diferença) é $ 3.228,40.
e) Pelas “anotações” feitas no Almoxarifado (que são registros de fatos ocorridos), o estoque final
era de sete rolamentos (a ficha escriturada na letra “a” mostra isso).
42 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

Mas as “anotações” não obrigatoriamente conduzem ao que existe de fato por vários motivos,
dentre eles:

• as anotações podem ter sido mal feitas (feitas com erros);


• podem ter ocorrido saídas físicas de rolamentos sem que tenham sido anotadas (registradas):
descuido do almoxarifado, roubo etc.;
• podem ter ocorrido entradas físicas de rolamentos sem que tenham sido anotadas (registradas).

Logo, a palavra “realmente” veio apenas enfatizar que as anotações (registros) feitas conduziram a
mesma quantidade física verificada quando do inventário físico.

4. COMPANHIA COMERCIAL TAVARES E GLAUCOS

Este exercício introduz o ICMS tanto nas compras como nas vendas. É um só enunciado, mas se des-
dobra em quatro exercícios diferentes, podendo alguns deles serem usados para tarefas de fixação extra-
classe. O importante é que o professor explore as diferenças de contabilização.
Importante, antes de “fazer com que os alunos trabalhem”, é verificar se calcularam corretamente, nas
compras, os valores a serem considerados como “estoque”. Façamos isto:

Compra do dia 5/jan./x1:


Valor total da Nota Fiscal: $ 1.500,00 com ICMS de 12% incluso. Logo, somente 88% será custo, ou seja,
$ 1.320,00 (88% de $ 1.500,00) o custo unitário será de $ 132,00 por máquina. Os $ 180,00 restantes são
ICMS a Recuperar:
Compra do dia 27/jan./x1:
Valor total da Nota Fiscal: $ 1.800,00 com ICMS de 12% incluso. Logo, somente 88% será custo, ou seja,
$ 1.584,00. A diferença, . . . . . . $ 216,00, será ICMS a Recuperar.

1. Solução com inventário permanente e PEPS

FICHA DE ESTOQUE ITEM: “MÁQUINAS” MÉTODO: PEPS

ENTRADAS SAÍDAS SALDOS


Data Histórico
Quant. Custo Unit. Valor Quant. Custo Unit. Valor Quant. Custo Unit. Valor

1º/jan. Saldo – – – – – – 30 100,00 3.000,00


30 100,00 3.000,00
5/jan. Compra (1) 10 132,00 1.320,00 – – – 10 132,00 1.320,00
40 4.320,00
30 100,00 3.000,00
12/ jan. Venda (2) – – – 5 132,00 660,00 5 132,00 660,00
35 3.660,00
5 132,00 660,00
27/ jan. Compra (3) 15 105,60 1.584,60 – – – 15 105,60 1.584,00
20 2.244,00
O p e ra ç õ e s c o m Me rc a d o ria s 43

Caixa/Fornecedores Mercadorias Vendas Brutas


1.500,00 (1) Si 3.000,00 3.300,00 (2)
1.800,00 (3) (1) 1.320,00
3.660,00 (2,2)
(3) 1.584,00

Caixa/Cliente ICMS a Recuperar ICMS s/ Vendas


(2) 6.300,00 (1) 180,00 (2.1) 1.134,00
(3) 216,00
396,00 (4)

Custo Mercadorias Vendidas ICMS a Recolher


(2.2) 3.660,00 20,00 si
1.134,00 (2.1)
(4) 396,00

Deve ser alertado que o lançamento 2.2 é típico do regime de inventário permanente: atualização
do saldo em estoque imediatamente após cada venda. Com isso, no final do período, o CVM já está
automaticamente registrado. (Obs.: não estamos propondo o abandono do inventário físico como ne-
cessário para a confirmação, ou não, do saldo físico das mercadorias em estoque).

2. Solução com inventário periódico e custo médio ponderado variável

FICHA DE ESTOQUE ITEM: “MÁQUINAS” MÉTODO: Custo médio ponderado variável

ENTRADAS SAÍDAS SALDOS


Data Histórico
Quant. Custo Unit. Valor Quant. Custo Unit. Valor Quant. Custo Unit. Valor

1º/jan. Saldo – – – – – – 30 100,00 3.000,00


5/jan. Compra (1) 10 132,00 1.320,00 – – – 40 100,00 4.320,00
12/jan. Venda (2) – – – 35 108,00 3.780,00 5 108,00 540,00
27/jan. Compra (3) 15 105,60 1.584,00 – – – 20 106,20 2.124,00

Caixa/Fornecedores Mercadorias Vendas Brutas


1.500,00 (1) Si 3.000,00 6.300,00 (2)
1.800,00 (3) 3.000,00 (5)
(5.2) 2.124,00
44 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

Caixa/Cliente Compras de Mercadorias ICMS s/ Vendas


(2) 6.300,00 (1) 1.320,00 (2.1) 1.134,00
(2) 1.584,00
2.904,00 (5.1)

Custo Mercadorias Vendidas ICMS a Recuperar ICMS a Recolher


(5) 3.000,00 (1) 180,00 20,00 si
(5.1) 2.904,00 (3) 216,00 1.134,00 (2.1)
2.124,00 (5.2) 396,00 (4) (4) 396,00

Mostrar aos alunos que logo após o registro da receita das vendas não houve o correspondente
registro do CMV.
Mostrar que os registros (5), (5.1) e (5.2), são feitos apenas no final do período em que se deseja
conhecer o CV. O valor de $ 2.124,00 usado para o lançamento (5.2) foi obtido da “ficha de estoques”.
Isso não significa que se dispense o inventário físico para a confirmação das unidades em estoque.

3. Solução com inventário Permanente a custo médio ponderado variável


Obs.: deixamos de reproduzir a “ficha de estoques” por ser idêntica à do item nº 2.

Caixa/Fornecedores Mercadorias Vendas Brutas


1.500,00 (1) Si 3.000,00 6.300,00 (2)
1.800,00 (3) (1) 1.320,00
3.780,00 (2.2)
(3) 1.584,00

Caixa/Cliente ICMS a Recuperar ICMS s/ Vendas


(2) 6.300,00 (1) 180,00 (2.1) 1.134,00
(3) 216,00
396,00 (4)

Custo Mercadorias Vendidas ICMS a Recolher


(2.2) 3.780,00 20,00 si
1.134,00 (2.1)
(4) 396,00

4. Solução com inventário periódico e PEPS


Obs.: deixamos de reproduzir a “ficha de estoques” por ser idêntica à do item nº 1.

Caixa/Fornecedores Mercadorias Vendas Brutas


1.500,00 (1) Si 3.000,00 3.000,00 (5) 6.300,00 (2)
1.800,00 (3) (5.2) 2.124,00
O p e ra ç õ e s c o m Me rc a d o ria s 45

Caixa/Cliente Compras de Mercadorias ICMS s/ Vendas


(2) 6.300,00 (1) 1.320,00 (2.1) 1.134,00
(2) 1.584,00
2.904,00 (5.1)

Custo Mercadorias Vendidas ICMS a Recuperar ICMS a Recolher


(5) 3.000,00 (1) 180,00 20,00 si
(5.1) 2.904,00 (3) 216,00 1.134,00 (2.1)
2.224,00 (5.2) 396,00 (4) (4) 396,00
8
Apuração Contábil do Resultado

A – TESTES

1. (d) As contas de resultados são aquelas utilizadas para apuração do resultado (lucro ou prejuízo) do
exercício social. O resultado, Lucro ou Prejuízo, será incorporado ao Patrimônio Líquido por meio da
conta Prejuízos Acumulados (quando o resultado for negativo), ou Reservas de Lucros (quando o re-
sultado for positivo).

2. (a)

3. (b)

4. (c)

5. (c)

6. (b)

7. (c) Quando no encerramento do exercício se transfere para a conta ARE os saldos de todas as contas
analíticas que interferem na obtenção do valor do resultado operacional bruto (lucro bruto), tais como
vendas brutas, devoluções, impostos s/ venda, estoque inicial, compras, devolução de compras etc.,
NÃO há necessidade de qualquer conta prévia, tal como CMV, Vendas Líquidas ou mesmo da conta
Resultado Operacional Bruto.

8. (a) São inaceitáveis atualmente lançamentos diferentes do apontado na letra “a”.“Apuração do resul-
tado” é uma coisa!; “Destinação do resultado” é outra!

9. (a)
A p u ra ç ã o Co n t á b i l d o Re su l t ad o 47

B – EXERCÍCIOS

1. COMPANHIA T & G EXPANDIDA

Senhor Professor: Além do ICMS já introduzido no Exercício nº 4, este Exercício apresenta o PIS e a
Cofins, calculados sobre a receita operacional bruta (no caso, $ 6.300,00). Cabe aos senhores os comen-
tários adicionais sobre ambos (PIS e Cofins) para adequar o exercício a eventuais modificações legais no
momento em que ele estiver sendo proposto aos alunos.
Antes de apresentar a solução proposta, convém lembrar que o enunciado deixa, propositalmente, mar-
gem para alternativas quanto ao valor recebido dos clientes. Nossa solução supôs que ao saldo inicial de
Clientes ($ 1.100,00) se agregaram os $ 6.300,00 de vendas para, após, ocorrer o recebimento dos $ 7.300,00
mencionado no enunciado.
Uma vez que o enunciado não afirma que a venda foi a prazo, os alunos podem apresentar alternativas
diferentes, desde que lógicas. A numeração dos lançamentos procurou acompanhar a cronologia e os de
número 5 a 13 ocorreriam no final de jan./x1 (no último dia).

Caixa Compras de Mercadorias Vendas Brutas


Si 200,00 (1) 1.320,00 6.300,00 (2)
(4) 7.300,00 (3) 1.584,00 (8) 6.300,00
2.904,00 (9.1)

Clientes ICMS a Recuperar ICMS s/ Vendas


Si 1.100,00 (1) 180,00 (2.1) 1.134,00
(2) 6.300,00 (3) 216,00 1.134,00 (8.1)
7.300,00 (4) 396,00 (5)

Mercadorias ICMS a Recolher PIS s/ Vendas


Si 3.000,00 20,00 Si (6) 40,95
3.000,00 (9) 1.134,00 (2.1) 40,95 (8.2)
(9.2) 2.124,00 (5) 396,00

Fornecedores Cofins s/ Venda


1.500,00 (1) (7) 126,00
1.800,00 (3) 126,00 (8.3)

Capital Social PIS e Cofins a Recolher Vendas Líquidas


4.000,00 Si 40,95 (6) 6.300,00 (8)
126,00 (7) (8.1) 1.134,00
(8.2) 40,95
(8.3) 126,00
(10) 4.999,05
48 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

Lucros Acumulados
280,00 Si
1.219,05 (13)

ARE Resultado Operacional Bruto Custo Mercadorias Vendidas


1.219,05 (12) 4.999,05 (10) (9) 3.000,00
(13) 1.219,05 (11) 3.780,00 (9.1) 2.904,00
(12) 1.219,05 2.124,00 (9.2)
3.780,00 (11)

Observe que a ordem dos lançamentos, a partir do 6º, pode sofrer algumas alterações.
Como existem outras alternativas de encerramento das contas de resultado, para a apuração do resul-
tado do exercício apresentamos a seguir uma delas (denominada transferência integral) pela qual inexis-
tem saldamentos prévios de receitas com despesas/custos: cabe exclusivamente à conta ARE esse papel. É
uma técnica alternativa que pode ser alcançada aos alunos. Alerta-se que sua adoção não implica perda de
informações (vendas líquidas, CMV, resultado operacional bruto etc.), pois tais valores aparecerão quando
da estruturação da DRE.

Observe-se:

Caixa Compras de Mercadorias Vendas Brutas


Si 200,00 (1) 1.320,00 6.300,00 (2)
(4) 7.300,00 (3) 1.584,00 (8) 6.300,00
2.904,00 (9.1)

Clientes ICMS a Recuperar ICMS s/ Vendas


Si 1.100,00 (1) 180,00 (2.1) 1.134,00
(2) 6.300,00 (3) 216,00 1.134,00 (9)
7.300,00 (4) 396,00 (5)

Mercadorias ICMS a Recolher PIS s/ Vendas


Si 3.000,00 20,00 Si (6) 40,95
3.000,00 (12) 1.134,00 (2.1) 40,95 (10)
(14) 2.124,00 (5) 396,00

PIS e Cofins a Recolher Fornecedores Cofins s/ Vendas


40,95 (6) 1.500,00 (1) (7) 126,00
126,00 (7) 1.800,00 (3) 126,00 (8.3)

Capital Social
4.000,00 Si
A p u ra ç ã o Co n t á b i l d o Re su l t ad o 49

Lucros Acumulados Apuração do Resultado do Exercício


280,00 Si
(16) 1.499,05 1.219,05 (15) * (9) 1.134,00 6.300,00 (8)
(10) 40,95
(11) 126,00
Reservas de Lucros
1.499,05 (16) ** (12) 3.000,00
(13) 2.904,00
2.124,00 (14)
(15) 1.219,05

* Os lançamentos contidos neste tracejado (8 a 11) correspondem ao valor das Vendas Líquidas.
** Os lançamentos contidos neste tracejado (12 a 14) correspondem ao valor do CMV.

Agora, as demonstrações solicitadas.

COMPANHIA T & G EXPANDIDA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DE JAN./20x1

1. Vendas Brutas de Mercadorias 6.300,00


2. ICMS s/ Vendas 1.134,00
3. PIS s/ Vendas 40,95
4. COFINS s/ Vendas 126,00
5. Vendas Líquidas (1 – 2 – 3 – 4) 4.999,05
6. Estoque Inicial de Mercadorias 3.000,00
7. Compras de Mercadorias 2.904,00
8. Estoque Final de Mercadorias 2.124,00
9. Custo das Mercadorias Vendidas (6 + 7 – 8) 3.780,00
10. Lucro Operac. Bruto (Lucro líquido) do Mês (5 – 9) 1.219,05

COMPANHIA T & G EXPANDIDA


BALANÇO PATRIMONIAL (31/JAN./20x1)

ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
Caixa 7.500,00 Fornecedores 3.300,00
Cliente 100,00 ICMS a Recolher 758,00
Mercadoria 2.124,00 PIS e Cofins a Receber 166,95
Patrimônio Líquido
Capital Social 4.000,00
Reserva de Lucros 1.499,05
Total 9.724 Total 9.724,00
50 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

Alertar os alunos de que é uma simplificação da vida real, pois não apareceram quaisquer outras des-
pesas (com vendas, financeiras, administrativas).

2. COMPANHIA PERMANENTE

Observe que os balancetes foram preparados (“levantados”) imediatamente antes dos lçtos. de apura-
ção e de destinação do resultado de cada exercício social. Uma vez que NÃO ESTÁ SENDO SOLICITADO
o uso de razonetes antes da elaboração das demonstrações requeridas, este Exercício é um “teste de força”
no sentido de solidificar a mecânica de apuração e destinação do resultado. Se a classe necessitar dos ra-
zonetes para que entendam, SUGERE-SE que todos eles sejam abertos (a partir dos saldos dos balancetes)
de forma que a noção de equilíbrio (débitos e créditos) não se perca. Nesse caso, é oportuno deixar bem
claro a distinção entre os lançamentos de:

• apuração do resultado, e os de
• destinação do resultado.

Os primeiros guardam íntima relação com a DRE, e os segundos (neste Exercício apenas dividendos)
com a DLPA e/ou DMPL. Ou seja, a operação apurar o resultado termina no momento em que a conta ARE
(que recebeu os saldos de TODAS as contas de receitas e de despesas) entrega o seu próprio saldo (que é
o resultado do período) para a conta Lucros Acumulados ou Prejuízos Acumulados. É inadmissível, hoje,
efetuar qualquer destinação do resultado diretamente a partir da conta ARE.
Os “dividendos” sugeridos neste Exercício devem ser calculados sobre o lucro líquido, sem nenhum
ajuste prévio. Dependendo do nível da classe e de seu interesse, o ministrante pode tecer comentários
sobre a questão “dividendos e seu cálculo”.
Recomenda-se bastante exigência na apresentação das demonstrações contábeis por parte dos alunos.
Eles devem ser alertados de que elas serão, na vida real, exibição pública do seu trabalho nas empresas.
A solicitação da DMPL já neste Capítulo visa aproveitar a oportunidade dos dados. Dependendo da
classe, pode ser postergada a sua elaboração.
Convém alertar aos ministrantes que os dados deste Exercício são utilizados como“matéria-prima”em
Exercícios de Capítulos posteriores.
A bateria da“V ou F”visa consolidar o entendimento da função das contas de resultado (receitas e des-
pesas) como acumuladoras de valores ao longo de um período contábil (neste Exercício, de um exercício
social).

Informações Complementares:
Como dito no enunciado, podem ou não ser usadas neste Exercício nº 2. Serão, certamente, em outros
Capítulos. Após as respostas dos quesitos solicitados, são dadas algumas sugestões de perguntas que po-
dem ser formuladas pelos ministrantes.

1. a (V) b (F) c (V) d (F) e (F)


f (V) g (V) h (V) i (F) j (V)
A p u ra ç ã o Co n t á b i l d o Re su l t ad o 51

2.

COMPANHIA PERMANENTE
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO DOS EXERCÍCIOS DE . . .

20x1 20x2 20x3

1. Vendas Brutas das Mercadorias 15.000 16.000 50.000


2. Devolução de Vendas 1.000 1.500 2.600
3. ICMS s/ Vendas 2.380 2.465 8.058
4. Vendas Líquidas (1-2-3) 11.620 12.035 39.342
5. Custo Mercadorias Verificadas 5.000 10.000 17.500
6. Lucro Oper. Bruto (4-5) 6.620 2.035 21.842
7. Despesas com Vendas 510 910 2.320
8. Despesas Financeiras 190 100 1.022
9. Despesas Administrativas 1.920 3.190 7.500
10. Total Despesas Operacionais (7+8+9) 2.620 4.200 10.842
11. Lucro (Prej.) Líq. Exerc. (6-10) 4.000 (2.165) 11.000

3.

COMPANHIA PERMANENTE
BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE . . .

20x1 20x2 20x3

ATIVO
CIRCULANTE
Caixa e Bancos 4.820 2.515 12.585
Duplicatas a Receber 2.200 3.000 9.700
Mercadorias 2.000 9.020 1.400 6.915 2.500 24.785
NÃO CIRCULANTE
INVESTIMENTOS
Terrenos 1.500 1.500 1.500
TOTAL ATIVO 10.520 8.415 26.285
PASSIVO
CIRCULANTE
Fornecedores 1.400 1.780 8.000
Salários a Pagar 20 40 310
ICMS a Recolher 100 160 240
Dividendos a Pagar 400 1.920 –0– 1.980 1.100 9.650
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social 5.000 6.700 7.000
Reserva de Lucros 3.600 –0– 9.635
Prejuízos Acumulados –0– 8.600 (265) 6.435 –0– 16.635
TOTAL PASSIVO 10.520 8.415 26.285
52 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

4.

COMPANHIA PERMANENTE
DEMONSTRAÇÕES DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS

Discriminação 20x1 20x2 20x3

1. Saldo Inicial de Lucros (Prejuízos) Acumulados –0– 3.600 (265)


2. Lucros Acumulados utilizados p/ aumento Capital –0– 1.700 –0–

3. Lucro (Prejuízo) líquido do exercício 4.000 (2.165) 11.000

4. Saldo disponível (1 – 2 + 3) 4.000 (265) 10.735

Destinação Proposta

5. Dividendos Distribuídos 400 –0– 1.100

6. Saldo Final de Lucros (Prejuízos) Acumulados (4 – 5) 3.600 (265) 9.635

5.

COMPANHIA PERMANENTE
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LíQUIDO (20x1)

Movimentação Capital Social Integralizado Lucros Prejuízos Acumulados Totais

Saldos em 5/jan./x1 3.500 –0– 3.500


Integralização em dinheiro 1.500 –0– 1.500
Lucro em exercício –0– 4.000 4.000
Destinação Proposta:
Dividendos –0– (400) (400)
Saldos em 31/dez./x1 5.000 3.600 8.600

COMPANHIA PERMANENTE
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (20x2)

Movimentação Capital Social Integralizado Lucros Prejuízos Acumulados Totais

Saldos em 1o/jan./x2 (31/dez./x1) 5.000 3.600 8.600


Aumento Capital com Lucros Acumulados 1.700 (1.700) –0–
Prejuízo do Exercício –0– (2.165) (2.165)
Saldos em 31/dez./x2 6.700 (265) 6.435
A p u ra ç ã o Co n t á b i l d o Re su l t ad o 53

COMPANHIA PERMANENTE
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LíQUIDO (20x3)

Movimentação Capital Social Integralizado Lucros Prejuízos Acumulados Totais

Saldos em 19/jan./x3 (31/dez./x2) 6.700 (265) 6.435


Aumento Capital com Lucros Acumulados 300 –0– 300
Lucro em exercício –0– 11.000 11.000
Destinação Proposta:
Dividendos –0– (1.100) (1.100)
Saldos em 31/dez./x3 7.000 9.635 16.635

QUESTÕES ADICIONAIS

A seguir são oferecidas sugestões de Questões Adicionais que podem ser formuladas a partir dos da-
dos fornecidos, bem como das informações adicionais. Logo após cada uma delas é dada a solução.

Questão Adicional nº 1

Com o auxílio de razonetes para as Contas Caixa e Bancos, Fornecedores, Mercadorias, ICMS s/ Ven-
das, ICMS a Recolher e CMV, mostre a movimentação das contas Mercadorias e ICMS a Recolher de forma
a chegar nos saldos constantes nos Balancetes de Verificação de 31/12/x1 e 31/12/x2.

Solução e Comentários:

Caixa e Bancos Mercadorias CMV


xxxx (1) 7.000 (4) 5.000
6.554 (2) 5.000 (4) 5.000 ARE
1.326 (6) 2.000 zero
não apurado (7) 11.000 (10) 10.000
12.120 (8) 10.000 (10) 10.000 ARE
905 (12) 3.000 zero

Fornecedores ICMS a Recuperar ICMS s/ Vendas


7.954 (1) (1) 954 954 (5) (3) 2.380
(2) 6.554 2.380 ARE
1.400 zero zero
12.500 (7) (7) 1.500 (9) 2.465 2.465 ARE
(8) 12.120 1.500 (11)
1.780 zero zero
54 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

ICMS a Recolher
2.380 (3)
(5) 954
(6) 1.326
100
2.465 (9)
(11) 1.500
(12) 905
160

Os lançamentos de nos 1 a 6 ocorrem em 20x1 e os de nos 7 a 12 em 20x2. Em apenas alguns deles a


ordem não afeta o que solicitado. Em outros a ordem é extremamente importante para guardar relação
com a “vida real”. A sigla ARE significa que a(s) conta(s) se encerra(m) quando da apuração do resultado
de cada ano.
O mecanismo de funcionamento das contas ICMS a Recuperar e ICMS a Recolher é de fundamental
importância ser compreendido pelos alunos, mesmo que através de lançamentos globais, como é o caso.
É absolutamente desaconselhável ensinar a questão com o uso apenas da conta ICMS a Recolher. Se
julgado oportuno, esta questão pode ser formulada após a Questão adicional nº 2.

Questão Adicional nº 2

Simule, nos razonetes que forem absolutamente necessários para tal, as operações que permitam che-
gar nos saldos de 31/dez./x1 e 31/dez./x2 das contas ICMS s/ Vendas e Duplicatas a Receber, supondo que
todas as vendas foram a prazo e que a alíquota do ICMS nas vendas foi de 17%.

Solução:
Duplicatas a Receber Vendas Brutas de Mercadorias
(1) 15.000 15.000 (1)
1.000 (2)
11.800 (8) Devoluções de Vendas
2.200 (2) 1.000

Caixa e Bancos ICMS s/ Vendas


xxxxx (1.1) 2.550
(3) 11.800 170 (2.1)
2.380

ICMS a Recolher
2.550 (1.1)
(2.2) 170
A p u ra ç ã o Co n t á b i l d o Re su l t ad o 55

Os valores entre as linhas tracejadas são os saldos solicitados na Questão.


Atenção: Se julgado oportuno para melhor entendimento por parte dos alunos, esta Questão Adicio-
nal pode ser aplicada antes da Questão Adicional nº 1.

Questão Adicional nº 3

O enunciado do Exercício nº 2 dá a entender que todas as compras efetuadas pela Companhia


Permanente foram feitas a prazo?
Solução: Não! Nada impede, pelo enunciado, que parte das compras tenha sido efetuada à vista.

Questão Adicional nº 4

Considerando que“valor da compra”é o total da Nota Fiscal emitida pelo fornecedor, diga qual o valor
mínimo de compras a prazo efetuadas pela Companhia Permanente:
a) em seu primeiro exercício social?
b) em 20x2?

Solução:
a) Se em 31/12/x1 (final do 1º exercício social) a Companhia Permanente ficou devendo $ 1.400 a
seus Fornecedores, o valor mínimo de compras a prazo que efetuou foi de $ 1.400.
b) Como no final de 20x2 ela ficou devendo $ 1.780 aos Fornecedores e devia $ 1.400 em 31/12/
x1, o valor mínimo de compras a prazo que efetuou durante 20x2 foi de $ 380.

3. COMPANHIA PERIÓDICA

Senhor(a) ministrante: Todos os comentários iniciais da solução do Exercício nº 3 são válidos para este
Exercício.
Uma diferença fundamental é a de que os dados dos Balancetes de Verificação, por si só, não permitem
a apuração do resultado dos exercícios sociais.
A inclusão de algumas remissões à Lei das Sociedades por Ações visa “obrigar” que os alunos se fami-
liarizem com o manuseio e interpretação de textos legais.
A solicitação de DREs na forma mais detalhada possível virá mostrar o papel utilitário da Contabilida-
de como instrumento de gestão (uso interno).
Se este Exercício for usado como tarefa extraclasse, DEVEM SER solucionados os “V” e “F” em classe,
antes de qualquer providência. A classificação das “duplicatas a receber” em CIRCULANTE e REALIZÁ-
VEL a LONGO PRAZO deve merecer apreciação prévia em classe.
1. a) F) Pela leitura dos valores contidos nos balancetes de verificação só é possível conhecer o
valor do estoque final do 1º exercício social (lendo a conta Mercadorias no 2º balancete) e no
final do 2º exercício social (lendo a conta Mercadorias do 3º balancete). O último estoque final
(31/12/x3) não aparece nos Balancetes Verificação!
b) (F) Como os Balancetes foram preparados (“levantados”) imediatamente antes dos lançamen-
tos de apuração e de destinação do resultado, é impossível conhecer tais resultados pela falta
56 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

do último estoque final. Mesmo que fosse possível, nos balancetes não há a informação sobre
a destinação do resultado (dividendos), o que não permite conhecer com exatidão os saldos
da conta Lucros Acumulados. Se isso ocorrer é impossível saber como o Capital Social foi
aumentado.
c) (V) Basta somar, para cada exercício, o valor da conta Mercadorias com o valor da conta Com-
pras de Mercadorias e se obtém o que, em cada exercício social, esteve disponível para venda,
em termos de seu custo.

2.

COMPANHIA PERIÓDICA
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO DOS EXERCÍCIOS DE . . .

Discriminação 20x1 20x2 20x3

1. Vendas Brutas de Mercadorias 32.000 41.000 58.500


2. Devolução de Vendas 2.000 3.000 1.500
3. ICMS s/ Vendas 5.100 6.460 9.690
4. Vendas Líquidas (1 – 2 – 3) 24.900 31.540 47.310
5. Est. Inicial de Mercadorias –0– 1.600 1.140
6. Compras de Mercadorias 7.000 14.080 22.200
7. Est. Final de Mercadorias 1.600 1.140 3.200
8. Custo Merc. Vendidas (5 + 6 – 7) 5.400 14.540 20.140
9. Lucro (Prej.) Oper. Bruto (4 – 8) 19.500 17.000 27.170
10. Despesas com Propaganda 310 420 580
11. Desp. c/ Comissão de Vendas 690 188 1.190
12. Total Desp. c/ Vendas (10 + 11) 1.000 608 1.770
13. Despesas c/ Aluguel 220 320 450
14. Despesas c/ Salários 1.200 1.600 2.600
15. Despesas c/ Encargos Sociais 1.080 1.472 2.350
16. Total Desp. Adm. (13 + 14 + 15) 2.500 3.392 5.400
17. Lucro (Prej.) Líquido Exercício (9 – 12 – 16) 16.000 13.000 20.000
18. Lucro (Prejuízo) por Ação do Capital 2,67 2,17 3,33

Lembrar aos alunos que o número de ações permaneceu sempre igual a 6.000 ações nos três exercícios
sociais.
A p u ra ç ã o Co n t á b i l d o Re su l t ad o 57

3.

COMPANHIA PERIÓDICA
BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31/DEZ. DE . . .

20x1 20x2 20x3

ATIVO
CIRCULANTE
Caixa e Bancos –0– 10.305 28.132
Duplicatas a Receber 5.000 5.000 11.000
Mercadorias 1.600 6.600 1.140 16.445 3.200 42.332
NÃO CIRCULANTE
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
Duplicatas a Receber 6.000 11.000 10.000
INVESTIMENTOS
Terrenos 5.860 5.860 5.860
TOTAL ATIVO 18.460 33.305 58.192
PASSIVO
CIRCULANTE
Fornecedores 25 1.025 1.252
Salários e Enc. Sociais a Pagar 200 310 500
Aluguel a Pagar 20 30 40
ICMS a Recolher 15 140 200
Dividendos a Pagar 3.200 3.460 2.600 4.105 4.000 5.992
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social 6.000 10.000 20.000
Capital a Integralizar (3.800) –0– –0–
Reserva de Lucros 12.800 15.000 19.200 29.200 32.200 52.200
TOTAL PASSIVO 18.460 33.305 58.192

No BP de 31/12/x1, os valores de $ 2.000 e de $ 4.000, a serem recebidos, respectivamente, em nov./x3


e nov./x4, são classificados no Realizável a Longo Prazo.
No BP de 31/12/x2 restam $ 4.000 para o Realizável a Longo Prazo, aos quais se somam os $ 7.000
(vendidos em x2, mas a serem recebidos em dez./x4 ($ 3.500) e dez./x5 ($ 3.500). Total do Realizável a Lon-
go Prazo: $ 11.000.
No BP de 31/12/x3 restam para o Realizável a Longo Prazo os $ 3.500 que se somam aos $ 6.500 (ven-
didos em x3, mas a serem recebidos em nov./x5 ($ 2.300) e dez./x6 ($ 4.200).
58 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

4.

COMPANHIA PERIÓDICA
DEMONSTRAÇÕES DOS LUCROS (OU PREJUÍZOS) ACUMULADOS

Discriminação 20x1 20x2 20x3

1. Saldo Inicial de Lucros (Prejuízos) Acumulados –0– 12.800 19.200


2. Lucros Acumulados incorporados ao Capital Social –0– 4.000 3.000
3. Lucro (Prejuízo) Líquido do Exercício 16.000 13.000 20.000
4. Saldo Disponível (1 – 2 + 3) 16.000 21.800 36.200
Destinação Proposta:
5. Dividendos 3.200 2.600 4.000
6. Saldo Final de Lucros (Prejuízos) Acumulados (4 – 5) 12.800 19.200 32.200
7. Dividendo por ação do Capital Social 0,53 0,43 0,67

5.

COMPANHIA PERIÓDICA
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (20x1)

Lucros (Prejuízos)
Movimentação Capital Social a Integralizar Totais
Acumulados

Saldos em 5/4/x1 6.000 (3.800) –0– 2.200


Lucro do Exercício – – 16.000 16.000
Destinação Proposta: –
Dividendos ($ 0,53 por ação) – (3.800) (3.200) (3.200)
Saldos em (31/12/x1) 6.000 12.800 15.000

COMPANHIA PERIÓDICA
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (20x2)

Lucros (Prejuízos)
Movimentação Capital Social a Integralizar Totais
Acumulados

Saldos em 1o/1/x2 (31/12/x1) 6.000 (3.800) 12.800 15.000

Integralização de Capital – 3.800 – 3.800


Aumento Capital com Lucros Acumulados 4.000 (4.000) –
Lucro do Exercício – – 13.000 13.000
Destinação Proposta: – – 13.000 13.000
Dividendos ($ 0,43 por ação) – – (2.600) (2.600)
Saldos em 31/12/x2 10.000 – 19.200 29.200
A p u ra ç ã o Co n t á b i l d o Re su l t ad o 59

COMPANHIA PERIÓDICA
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (20x3)

Capital a Lucros (Prejuízos)


Movimentação Capital Social Totais
Integralizar Acumulados

Saldos em 1o/1/x3 (31/12/x2) 10.000 – 19.200 29.200

Aumento Capital em moeda corrente 7.000 – – 7.000


Aumento Capital com Lucros Acumulados 3.000 – (3.000) –
Lucro do exercício – – 20.000
Destinação Proposta: 20.000 – 32.200 52.200
Dividendos ($ 0,67 por ação) – – (4.000) (4.000)
Saldos em 31/12/x3 20.000 – 32.200 52.200

Professor: é mais informativo apresentar os aumentos separadamente!

6. Professor: após a elaboração das DMPLs e das DL (P). As mostrar aos alunos que uma das colunas
daquelas é a DL (P) A. Ou seja, que a DMPL é muito mais informativa (por ser mais abrangente) que
a DLPA. (Lastimável que na Lei das Sociedades por Ações a DMPL não foi tornada obrigatória!)

C – QUESTÕES

1. A adoção do “inventário permanente” implicaria que a contabilidade estivesse com sua conta Merca-
dorias (do Ativo) espelhando sempre, e de forma atualizada, o valor dos estoque e, por consequência,
a conta CMV espelhando o custo das mercadorias vendidas até a data em que estivessem registradas.
Isso, teoricamente, dispensaria qualquer levantamento físico (e posterior avaliação) das mercado-
rias estocadas caso desejado, em qualquer momento, preparar demonstrações contábeis.
O uso do inventário permanente permite detectar divergências de saldos entre o registrado na
Contabilidade e os registros a nível de almoxarifado, caso estes também contivessem informações mo-
netárias sobre os estoques. Tais divergências poderiam ser detectadas tão logo ocorressem, permitindo
a busca de suas razões.

2. No BP aparece apenas uma data. E não há outra alternativa.


Na DRE, ou se ousa o período de tempo explicitado pelos seus extremos (inicial e final) ou se usa
o ano a que diz respeito (ou o mês a que diz respeito; nesse caso, por exemplo, jan./x5, ou mar./x5).
Jamais se utiliza, na DRE, somente a data do término do período a que diz respeito, salvo da seguinte
forma: Demonstração do Resultado do Exercício (findo em 31/12/x5). Supõe-se ter sido um Exercício
social normal que se iniciou, portanto, em 1º/01/x5.

3. Para saber se houve lucro ou prejuízo em um período, mesmo efetuando registros contábeis, não se-
riam necessárias as contas de receitas/despesas. Bastaria uma conta – a própria ARE, por exemplo –,
60 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

na qual se registrariam todas as receitas e despesas. A razão da existência destas últimas é a geração de
informações mais completas sobre o resultado. Basicamente, sobre sua formação.

4. Sim. A expressão se relaciona com o princípio da competência dos exercícios (o regime de competên-
cia), à medida que preconiza que receitas e/ou despesas de um período não devem ser reconhecidas
ou registradas em outro(s) período(s).
9
Operações Financeiras

Alertamos os senhores(as) ministrantes que alguns dos exercícios propostos neste capítulo pressu-
põem terem sido resolvidos outros de capítulo(s) anterior(es).

A – TESTES

1. (a)

2. (d)

3. (c) Explicar aos alunos a expressão recursos financeiros líquidos

4. (c)

5. (d)

6. (a)

B – EXERCÍCIOS

1. COMPANHIA OPORTUNISTA I

1. e 2.
62 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

Caixa Receita de Serviços Capital Social


(1) 20.000 9.000 (4) 20.000 (1)
8.000 (2) (7) 9.000
6.000 (3)
(4) 9.000
5.000 (5)
(6) 8.160

Aplicação no Merc. Aberto Custo dos Serviços Prestados Lucros Acumulados


(3) 6.000 (5) 5.000 (8) 6.160 6.160 (7)
6.000 (6) 5.000 (7)

Edificações Receitas Financeiras Apuração do Resultado


(2) 8.000 2.160 (6) (7) 5.000 9.000 (7)
(7) 2.160 (8) 6.160 2.160 (7)

Reserva de Lucros
6.160 (8)

(1) Constituição em 31/10/x0


(2) Compra da sala em 31/10/x0
(3) Aplicação no “open” em 31/10/x0
(4) e (5) Receitas e custo dos serviços prestados do período
(6) Resgate da aplicação em 31/12/x0
(7) Apuração do resultado do 1º exercício social (em 31/12/x0)

3.

COMPANHIA OPORTUNISTA I
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (31/10/x0 a 31/12/x0)

1. Receita de Serviços. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9.000


2. Custo dos Serviços Prestados. . . . . . . . . . . . . 5.000
3. Lucro Operacional Bruto (1 – 2) 4.000
4. Receitas Financeiras 2.160
5. Lucro Líquido do Período (3 + 4) 6.160
O p e ra ç õ e s F i n a n c e i ra s 63

COMPANHIA OPORTUNISTA II
BALANÇO PATRIMONIAL (31/12/x0)

ATIVO PASSIVO

CIRCULANTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO


Caixa 18.160 Capital Social 20.000
Reservas de Lucros 6.160

NÃO CIRCULANTE
IMOBILIZADO
Edificações 8.000 _______
Total 26.160 Total 26.160

2. COMPANHIA OPORTUNISTA II

1. De 31/10/x0 a 31/12/x0 teremos a aplicação por dois meses (novembro e dezembro).


Logo: 12% de $ 6.000,00 = $ 720,00 em um mês.
No 1o exercício social teremos $ 1.440,00 de receitas financeiras. Nesse mesmo exercício social
teremos
$ 144,00 de “imposto de renda na fonte a compensar” relativo a tais receitas financeiras.

2. A palavra “mínimo” foi usada, pois não se sabe, a priori, se em 20x1 a Companhia Oportunista vai au-
ferir outras receitas financeiras, além das decorrentes da aplicação já feita.
Como é suposto o resgate em 15/2/x1, teremos um mês e meio de receitas, o que equivale a
$ 1.080,00.

3. Contabilização:

Caixa Receitas de Serviços Capital Social


(1) 15.000 11.380 (4) 15.000 (1)
5.000 (2) (8) 11.380
6.000 (3) Custos dos Serviços Prestados Lucros Acumulados
(4) 11.380 (5) 4.820 (9) 8.000 8.000 (8)
4.820 (5) 4.820 (8)

Aplicações no Merc. Aberto Receitas Financeiras Apuração do Resultado


(3) 6.000 1.440 (6) 11.380 (8)
(6) 1.440 (8) 1.440 (8) 4.820
144 (7) 1.440 (8)
(8) 8.000
64 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

IR Fonte a Compensar Edificações Reservas de Lucros


(7) 144 (2) 5.000 8.000 (9)

(1), (2), (3), Constituição, compra da sala e aplicação no“open”.


(4), (5) “receitas” e “custo dos serviços prestados” do ano.
(6) reconhecimento (pelo regime de competência) da receita financeira correspondente ao 1o exercí-
cio social poderia ser usada outra conta para o débito, tal como “Receitas Financeiras a Receber”.
(7) Registro do “imposto de renda na fonte a compensar” relativo à receita financeira reconhecida.
(8) Apuração do resultado do 1o exercício social.

4.

COMPANHIA OPORTUNISTA
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (31/10/x0 a 31/12/x0)

1. Receita de Serviços 11.380


2. Custo dos Serviços Prestados 4.820
3. Lucro Operacional Bruto (1 – 2) 6.560
4. Receitas Financeiras 1.440
5. Lucro Líquido do Período (3 + 4) 8.000

COMPANHIA OPORTUNISTA
BALANÇO PATRIMONIAL (31/12/x0)

ATIVO PASSIVO

CIRCULANTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO


Caixa 10.560 Capital Social 15.000
Aplicações no Merc. Aberto 7.296 Reserva de Lucros 8.000
IR Fonte a Compensar 144
NÃO CIRCULANTE
IMOBILIZADO
Edificações 5.000 _______
Total 23.000 Total 23.000

Obs.: Deve ser lembrado aos alunos que se a Companhia Oportunista desejasse respeitar o regime de com-
petência mensal, os lançamentos 6) e 7) seriam feitos no final de novembro e no final de dezembro, pelos
valores correspondentes àqueles meses.
O p e ra ç õ e s F i n a n c e i ra s 65

3. COMPANHIA OPORTUNISTA III

1 e 2. O rendimento global será de 90% de $ 12.000,00 = $ 10.800,00 a ser auferido ao longo dos 5 meses,
ou seja, $ 2.160,00 por mês.
Duas parcelas de receitas financeiras de $ 2.160,00 competem a 20x0, ou seja, $ 4.320,00. O restante,
$ 6.480,00, compete a 20x1.
Nos lançamentos a seguir, os registros de nos 1 a 4 pertencem a 20x0 e os de 5 a 8 pertencem a 20x1.
São usadas duas contas de RECEITAS FINANCEIRAS para alertar sobre a independência de exercícios
sociais (regime de competência).

Caixa/Banco Aplicações Financeiras Receitas Financeiras 20x0


12.000 (1) (1) 12.000 2.160 (3)
(8) 21.720 (2) 10.800 2.160 (4)

IR Fonte a Compensar Receitas Financeiras 20x1


(3.1) 216 216 (3.1) 2.160 (5)
(4.1) 216 216 (4.1) 2.160 (6)
(5.1) 216 216 (5.1) 2.160 (7)
(6.1) 216 216 (6.1)
(7.1) 216 216 (7.1)
21.720 (8)

Aplic. Financeiras a Aprimorar


10.800 (1)
(3) 2.160
(4) 2.160
(5) 2.160
(6) 2.160
(7) 2.160

Lançamentos de 20x0:
(1) aplicação em 1o/11/x0
(2) registro da “receita financeira” a ser auferida (1o/11/x0)
(3) e (3.1) receita financeira de nov./x0 e o “imposto de renda” (30/11/x0)
(4) e (4.1) receita financeira de dez./x0 e o “imposto de renda” (31/12/x0)

Lançamentos de 20x1:
(5) e (5.1) receita financeira de jan./x1 e o “imposto de renda” (31/1/x1)
(6) e (6.1) receita financeira de fev./x1 e o “imposto de renda” (28/2/x1)
(7) e (7.1) receita financeira de mar./x1 e o “imposto de renda” (31/3/x1)
(8) resgate final em 31/3/x1.
66 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

4. COMPANHIA DIVIDOSA

1. Cálculo dos Encargos


a) Empréstimo obtido no Banco Polpudo
Os $ 35.000,00 dizem respeito a cinco meses. Logo, são $ 7.000,00/mês. Os encargos financeiros
relativos a 20x5 serão de $ 21.000,00 e os encargos financeiros relativos a 19x6 serão de $ 14.000,00.

b) Empréstimo obtido no Banco Avarento


O valor de $ 50.000,00, obtido em 1o/10/x5, corresponde a 100 IGIs ($ 50.000 ÷ $ 500,00 = 100).
No final de out./x5, o “principal” devido será de $ 60.000,00 (100 IGIs × $ 600,00) ocorrendo uma
“variação monetária”de $ 10.000,00 (R$ 60.000,00 – (menos) $ 50.000,00). Os juros de out./x5 serão de
$ 600,00 (1% de $ 60.000,00).
No final de nov./x5, o “principal” devido será de $ 72.000,00 (100 IGIs × $ 720,00), ocorrendo uma
“variação monetária” de $ 12.000,00 ($ 72.000,00 – (menos) $ 60.000,00). Os juros de nov./x5 serão de
$ 720,00 (1% de $ 72.000,00).
Com o mesmo raciocínio, obteríamos os valores para os demais meses, ou seja:

Variação Monetária Juros

Dez./x5 $ 14.000 $ 860,00


Jan./x6 $ 17.000 $ 1.030,00
Fev./x6 $ 21.000 $ 1.240,00

Resumindo, competirá a 20x5 $ 38.180,00 de encargos financeiros ($ 36.000,00 de “variações mo-


netárias” e $ 2.180,00 de juros). Competirá a 20x6 $ 40.270,00 de encargos financeiros ($ 38.000,00 de
“variações monetárias” e $ 2.270,00 de juros).

c) Empréstimo obtido no Banco USamigo


O raciocínio de cálculo é o mesmo que o do empréstimo obtido no Banco Avarento, com a dife-
rença de que a cotação do dólar é o marco de referência para o cálculo. Assim, mês a mês, teremos:

Variação Cambial Juros


Out./x5 $ 10.000,00 $ 600,00
Nov./x5 $ 9.000,00 $ 690,00
Dez./x5 $ 17.200,00 $ 862,00
Jan./x6 $ 16.300,00 $ 1.025,00
Fev./x6 $ 24.500,00 $ 1.270,00

Em resumo, os encargos financeiros de 20x5 serão de $ 38.352,00 e os de 20x6 de $ 43.095,00.

2. Contabilização até 31/12/x5


a) do empréstimo obtido no Banco Polpudo:
O p e ra ç õ e s F i n a n c e i ra s 67

Caixa/Banco Empréstimo Bancário


(1) 50.000 50.000 (1)
35.000 (2)

Encargos Financeiros a Apropriar Cor. Monet. Pré-Fixada


(2) 35.000
7.000 (3) (3) 7.000
7.000 (4) (4) 7.000
7.000 (5) (5) 7.000

(1) liberação do empréstimo pelo Banco (1o/10/x5).


(2) registro do total dos encargos prefixados (em 1o/10/x5), o Passivo não se altera, pois a conta Encargos
Financeiros a Apropriar funciona retificando (para menos) o valor da dívida.
(3), (4) e (5) registro, no final de cada mês (out., nov., dez.), dos encargos que competem ao mês.
Obs.: O lançamento (2) poderia ser omitido. Nesse caso, os lançamentos (3), (4) e (5) teriam seus cré-
ditos efetuados diretamente na conta Empréstimos Bancários.

b) do empréstimo obtido no Banco Avarento:


Caixa/Banco Empréstimo Bancário Variação Monetária
(1) 50.000 50.000 (1) (2) 10.000
10.000 (2) (3) 12.000
600 (2.1) (4) 14.000
12.000 (3) Despesas c/ Juros
720 (3.1) (2.1) 600
14.000 (4) (3.1) 720
860 (4.1) (4.1) 860

(1) liberação do empréstimo pelo Banco (em 1o/10/x5).


(2) e (2.1) no final de out./x5, o registro da variação monetária e dos juros do mês de out./x5.
(3) e (3.1) idem para nov./x5.
(4) e (4.1) idem para dez./x5.
Obs.: Todos os encargos financeiros (variação monetária ou juros), enquanto não pagos, representam dí-
vida da empresa com o banco. Por isso, o uso de uma só conta de Passivo. Nada impede de, no Passivo, trabalhar
com conta específica para os juros, tal como “Juros a Pagar”.
68 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

c) do empréstimo obtido no Banco USamigo:


Caixa/Banco Empréstimo Bancário Variação Monetária
(1) 50.000 50.000 (1) (2) 10.000
10.000 (2) (3) 9.000
600 (2.1) (4) 17.200
9.000 (3) Despesas c/ Juros
690 (3.1) (2.1) 600
17.200 (4) (3.1) 690
862 (4.1) (4.1) 862

Obs.: Mesmas do caso anterior; muda apenas o nome da conta para “variações cambiais”.

5. COMPANHIA DESCONTADA

O exercício obriga que os alunos sintam a apropriação da despesa com juros ao longo dos quatro meses, tudo
inserido numa situação criada para terminar em uma DRE e um BP.
Deve ser alertado aos alunos que não existem “anjos da guarda” indicando ao Contador a necessidade de
efetuar certos lançamentos, tais como os de números 3, 6, 9 e 12 do enunciado. Na vida real, o profissional
deve “agendar” tais “compromissos” com o regime de competência.
Outro aspecto a discutir é o da materialidade no que diz respeito ao regime de competência mensal (e em
certos casos anual). Não há regra para definir quando devem e quando não devem ser feitas apropriações.
Contas de Compensação: Apesar de usadas na solução que se segue, não são obrigatórias. Fica a critério
de cada profissional e das características da empresa a utilização de uma ou mais delas. Apesar de legalmente
(Lei das Sociedades por Ações) não mais exigidas, as contas de compensação podem ser úteis em alguns casos.
Não estamos descartando o controle da posição física das duplicatas que emitiu e que ainda não foram qui-
tadas pelos clientes! Mas esse controle não obrigatoriamente deve ser feito através de lançamentos formais
nos livros contábeis.
Cada professor, com sua experiência, transmite a seus alunos como as empresas resolvem esta questão.

1. Cálculo dos juros

Clientes Valor Dupl. Juro Mensal Mês Vencto. Set./x0 Out./x0 Nov./x0 Dez./x0 Jan./x1

A 3.200 320 Jan./x1 320 320 320 320 320


B 2.800 280 Out./x0 280 280 – – –
D 1.200 120 Nov./x0 120 120 120 – –
Totais 720 720 440 320 320
O p e ra ç õ e s F i n a n c e i ra s 69

2. Lançamentos

Caixa Bancos c/ Mov. – Bco. Yoko Capital Social


* 32 * 20 8.000 *
(10) 896 (1) 4.480
(11) 1.272 1.200 (8) Lucros Acumulados
(14) 3.111 3.111 (13)

Bancos c/ Mov. – Bco. Lenon Duplicatas a Receber Apuração do Resultado


* 50 * 9.000 25.863 (13)
(4) 850 1.000 (4) (13) 15.832
2.800 (5) (13) 4.538
Material de Expediente 800 (10) (13) 2.200
* 302 1.200 (11) (13) 150
(13) 200 168 (13)
(13) 3.111

Equipamento de Som Duplicatas Descontadas Reserva de Lucros


*4.089 (5) 2.800 7.200 (1) 3.111 (14)
(8) 1.200

Encargos Fin. a Apropriar Despesa c/ Juros Receita de Serviços


(1) 2.520 (3) 720 25.863 *
720 (3) (6) 720 (13) 25.863
720 (6) (9) 440 Custos Serviços Prestados
440 (9) (12) 320 * 15.832
320 (12) 2.200 (13) 15.832 (13)

Receita c/ Juros Descontos Financeiros Concedidos Despesas Administrativas


96 (10) (4) 150 * 4.538
72 (11) 150 (13) 4.538 (13)
(13) 168

Comissão e Despesas Bancárias


(1) 200
200 (13)
70 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

“Contas de Compensação” (opcionais)


Duplicatas em Cobrança Endossos para Cobrança
(2) 1.800 1.800 (2)
1.000 (4.1) (4.1) 1.000
800 (7) (7) 800

Duplicatas em Desconto Endossos por Desconto


(1.1) 7.200 1.200 (1.1)
2.800 (5.1) (5.1) 2.800
1.200 (8.1) (8.1) 1.200

3.

COMPANHIA DESCONTADA
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (5/mar./x0 a 31/dez./x0)

1. Receita de Serviços 25.863


2. Custo dos Serviços Prestados 15.832
3. Lucro Operacional Bruto (1 – 2) 10.031
4. Despesas com Juros 2.200
5. Comissões e Despesas Bancárias 200
6. Descontos Financeiros Concedidos 150
7. Total Despesas Financeiras (4 + 5 + 6) 2.550
8. Receitas c/ Juros (Receitas Financeiras) 168
9. Encargos Financeiros Líquidos (7 – 8) 2.382
10. Despesas Administrativas 4.538
11. Total Despesas Administrativas (9 + 10) 6.920
12. Lucro Líquido do Exercício (3 – 11) 3.111

Obs.: A DRE acima, rica em detalhes, é útil internamente. Para fins de publicação poderia ser apresentada
outra, ou seja:

COMPANHIA DESCONTADA

1. Receitas de Serviços 25.863


2. Custo dos Serviços Prestados 15.832
3. Lucro Operacional Bruto (1 – 2) 10.031
4. Despesas Financeiras 2.550
5. Receitas Financeiras 168
6. Encargos Financeiros Líquidos (4 – 5) 2.382
7. Despesas Administrativas 4.538
8. Total Despesas Operacionais (6 + 7) 6.920
9. Lucro Líquido do Exercício (3 – 8) 3.111
O p e ra ç õ e s F i n a n c e i ra s 71

COMPANHIA DESCONTADA
BALANÇO PATRIMONIAL (31/dez./x0)

ATIVO PASSIVO

CIRCULANTE CIRCULANTE
Caixa 2.200 Duplicatas Descontadas 3.200
Banco c/ Mov. – Yoko 3.300 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Banco c/ Mov. Lenon 900 Capital Social 8.000
Duplicatas a Receber 3.200 Reserva de Lucro 3.111
Material Expediente 302
Enc. Fin. a Apropriar 320
NÃO CIRCULANTE
IMOBILIZADO
Equip. de Som 4.089
Total 14.311 Total 14.311

6. COMPANHIA PERMANENTE

Há várias maneiras de apresentar a solução deste exercício e elas estão relacionadas com a forma de
entendimento da classe.
Com poucas exceções, as “entradas” e “saídas” relativas ao 1º exercício social (20x1) não apresentam
dificuldades maiores. Todavia, nos dois outros (20x2 e 20x3), pelo fato de restarem saldos de direitos e obri-
gações oriundos de 20x1, o entendimento exige maior atenção.
A“formatação”do fluxo de caixa apresentado a seguir tenta facilitar o entendimento e a tarefa didática.
Superada essa fase, pode ser ele recomposto de forma que se torne mais sintético.
72 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

COMPANHIA PERMANENTE
FLUXOS DE CAIXA DOS EXERCÍCIOS DE . . .

20x1 20x2 20x3

1. SALDO INICIAL –0– 4.820 2.515


2. RECEBIMENTOS (ENTRADAS)
Integralização de Capital 5.000 –0– 300
Recebimentos de Clientes (1) 11.800 15.300 39.100
Subtotal 16.800 15.300 39.400
3. PAGAMENTOS (SAÍDAS)

}
Salários do ano anterior –0– 20 40
ICMS do ano anterior (2) –0– 100 160
Dividendos do ano anterior –0– 400 –0–
Pagto. de Fornecedores (3) 6.554 12.120 13.098
Pagto. de Desp. c/ Vendas
Pagto. de Desp. Financeiras } (4)
510
190
910
100
2.320
7.190
Pagto. de Desp. Administrativas (5) 1.900 3.150 7.190
Pagto. do ICMS do ano (6) 1.326 805 5.500
Compra de Terreno 1.500 –0– –0–
Subtotal 11.980 17.605 29.330
4. SALDO FINAL (1 + 2 – 3) 4.820 2.515 12.585

(1) Recebimentos de Clientes


Decorre do exame da conta Duplicatas a Receber em cada exercício social (seja DR a sigla para o saldo
desta conta).
DRinício + Vendas – Devoluções de Vendas – DRfinal = Recebimentos
O uso desse mecanismo DEVE SER FEITO associando cada registro ocorrido na conta Duplicatas a
Receber com sua contrapartida para evitar que o processo de aprendizagem não passe de um “processo de
decorar”.

(2) Pagamento de Dívidas contraídas no passado


Talvez seja mais inteligível (para a classe simular), antes de mais nada, os pagamentos do que se ficou
devendo nessas rubricas para depois adentrar no que diz respeito ao próprio ano.

(3) Pagamento a Fornecedores


Talvez seja o item que mais exige dos alunos. É necessário “descobrir” quanto foi comprado no exercí-
cio, através das contas Mercadorias e CMV. Mas essa “descoberta” conduzirá ao valor das compras líquidas
(sem ICMS).
Ao valor assim obtido agrega-se o valor do ICMS, o qual a empresa se creditou no ano para obter as
“compras brutas”.
Só então se busca auxílio dos saldos (inicial e final) da conta Fornecedores (utilizar-se-á, a seguir, a
letra F).
O p e ra ç õ e s F i n a n c e i ra s 73

Exemplificando apenas para o 1o exercício social, tem-se:

EI + COlíquidas – EF = CMV
– 0 – + COlíquidas – 2.000 = 5.000
Logo: COlíquidas = 7.000

CObrutas = 7.000 + 954 (valor do ICMS nas compras)

CObrutas = 7.954

Finalmente: Finício + COlíquidas – Pagtos. – Ffinal


zero + 7.954 – Pagtos. = 1.400
Pagtos. = 6.554

Tal como no caso do recebimento dos clientes, esse mecanismo é entendido se as relações de fun-
cionamento das contas forem aprendidas “de fato”. Caso contrário, volta a ser um processo baseado em
“decorar”.
Observe-se que, por facilidade, tanto no caso dos recebimentos de clientes, como no de pagamento a
fornecedores, usou-se a suposição de que todas as operações foram a prazo.

(4) Pagamento de Despesas com Vendas e Despesas Financeiras


Os valores do “fluxo de caixa” coincidem com os valores registrados como despesas nas respectivas
rubricas.

(5) Pagamento de Despesas Administrativas


Do modo caro está sendo solucionado, trata-se do valor da despesa administrativa de cada exercício,
dele excluído o valor da conta Salários a Pagar.

(6) Pagamento de ICMS do ano


Do modo caro está sendo solucionado o Exercício, este item será obtido, para cada ano, da seguinte
forma:
ICMS s/Vendas (Saldo) – ICM creditado – ICMS a Recolher (saldo)
ou seja, serão obtidos os valores de $ 1.326, $ 805 e $ 5.500 para cada um dos três anos. Isso porque já
houve uma rubrica (anteriormente) que acobertou apenas o saldo que ficara devido de um ano para outro.

A forma sintética de apresentar os fluxos de caixa antes mencionada pode ser a seguinte:
74 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

COMPANHIA PERMANENTE
FLUXOS DE CAIXA DOS EXERCÍCIOS DE . . .

20x1 20x2 20x3

1. SALDO INICIAL –0– 4.820 2.515


2. RECEBIMENTOS (ENTRADAS)
Integralização de Capital 5.000 –0– 300
Recebimento de Clientes 11.800 15.300 39.100
Subtotal 16.800 15.300 39.400
3. PAGAMENTOS (SAÍDAS)
Dividendo –0– 400 –0–
ICMS 1.326 905 5.660
Fornecedores 6.554 12.120 13.098
Pagto. Desp. c/ Vendas 510 910 2.320
Pagto. Desp. Financeiras 190 100 1.022
Pagto. Desp. Administrativas 1.900 3.170 7.230
Compra de Terreno 1.500 –0– –0–
Subtotal 11.980 17.605 29.330
4. SALDO FINAL (1 + 2 – 3) 4.820 2.515 12.585

7. COMPANHIA PERIÓDICA

A solução deste Exercício pode seguir a mesma linha de raciocínio da que foi dada ao Exercício nº 6
deste Capítulo.
No que respeita aos pagamentos aos Fornecedores, a obtenção das compras brutas torna-se simplifi-
cada, pois a empresa adota uma conta específica para as compras do período (Compras de Mercadorias),
bastando adicionar ao seu saldo o valor do ICMS o qual a empresa se creditou. Após, basta seguir o meca-
nismo já mostrado no Exercício no 3.
O p e ra ç õ e s F i n a n c e i ra s 75

COMPANHIA PERIÓDICA
FLUXOS DE CAIXA E BANCOS DOS EXERCÍCIOS DE . . .

20x1 20x2 20x3

1. SALDO INICIAL –0– 4.820 2.515


2. RECEBIMENTOS (ENTRADAS)
Integralização de Capital 5.000 –0– 300
Recebimento de Clientes 11.800 15.300 39.100
Subtotal 16.800 15.300 39.400
3. PAGAMENTOS (SAÍDAS)
Dividendo –0– 400 –0–
ICMS 1.326 905 5.660
Fornecedores 6.554 12.120 13.098
Pagto. Desp. c/ Vendas 510 910 2.320
Pagto. Desp. Financeiras 190 100 1.022
Pagto. Desp. Administrativas 1.900 3.170 7.230
Compra de Terreno 1.500 –0– –0–
Subtotal 11.980 17.605 29.330
4. SALDO FINAL (1 + 2 – 3) 4.820 2.515 12.585

(1) Alerta-se de que está deduzido o montante de “Aluguel a Pagar” do total da “Desposa c/ Aluguel”.

(2) Foram reunidos os salários e os encargos sociais e deles deduzidos os valores relativos a Salários e
Encargos Sociais a Pagar.
Deixamos de apresentar os fluxos de forma sintética.

8. COMPANHIA PIRACICABA

A “formatação” do fluxo de caixa que permita melhor compreensão por parte dos alunos vai depender
de cada ministrante. A que está reproduzida a seguir é tão somente uma sugestão.
76 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

COMPANHIA PIRACICABA
ORÇAMENTO DE CAIXA PARA O 1º TRIMESTRE DE 20x1

JAN. FEV. MAR. TRIM.

1. Saldo Inicial 50.000 100.000 100.000 50.000


2. Entradas (sem financiamentos) 2.000 2.400 2.880 7.280
3. Saídas
normais projetadas 2.100 2.800 2.500 7.400
pagto. de financiamentos –0– –0– 50.100 50.100
pagto. juros de financiamentos –0– –0– 13.026 13.026
subtotal de saídas 2.100 2.800 65.626 70.526
4. Saldo Final Provisório (1 + 2 – 3) 49.900 99.600 37.254 (12.976)
5. Obtenção de Financiamentos 50.100 400 62.746 113.246
6. Saldo Final Desejado (4 + 5) 100.000 100.000 100.000 100.000

O valor do financiamento ($ 50.100) obtido no final de jan./x1 será pago no final de mar./x11 (2º mês
subsequente), acrescido dos juros simples de 131 ao mês, calculados para dois meses ($ 13.026).
Na coluna referente ao TRIMESTRE, deve ser alertado que as linhas (1) (4) e (6) não resultam das so-
mas dos valores contidos nas três colunas dos meses, por se tratarem de saldos.

9. COMPANHIA PINHAL

A solução deste Exercício é similar a do Exercício no 8 e a“formatação”do fluxo a seguir mostrado como
solução é apenas uma das possíveis.

COMPANHIA PINHAL
ORÇAMENTO DE CAIXA PARA O 2º TRIMESTRE DE 20x1

ABR. MAIO JUN.

1. Saldo Inicial 600.000 500.000 500.000


2. Entradas
normais projetadas 5.000 6.500 6.500
resgate das aplicações –0– 108.070 115.988
Subtotal entradas 5.000 114.570 124.438
3. Saídas (normais) 4.000 6.170 9.000
4. Saldo Final Provisório (1 + 2 – 3) 601.000 608.400 615.438
5. Aplicações no Open Market 101.000 108.400 115.438
6. Saldo Final Desejado (4 – 5) 500.000 500.000 500.000

Os valores da linha 5 são os que a empresa “espera” aplicar no final de cada mês.
O p e ra ç õ e s F i n a n c e i ra s 77

10. COMPANHIA TAUBATÉ

Apesar de a atenção central do Exercício ser a estruturação do fluxo de caixa previsto para 19x2, ele
deve ser utilizado para, mais uma vez, reforçar o princípio da competência, mostrando que despesa e de-
sembolso nem sempre ocorrem concomitantemente, o mesmo acontecendo com receita e recebimento.
Isso se torna bem marcante no caso do seguro, que, no Exercício, não vai afetar o fluxo de caixa.
A dificuldade maior reside em “descobrir” os recebimentos que ocorrerão em jan./x2 e fev./x2 oriundos
das vendas efetuadas em nov./x1 e dez./x1.
Como as vendas de nov./x1 foram de $ 3.750, 40% delas será recebida em jan./x2, ou seja, $ 1.500. Do
saldo de Duplicatas a Receber em 31/12/x1 ($ 4.540) retira-se os $ 1.500 e o restante, $ 3.040, representa o
que será recebido em jan./x2 e fev./x2, em partes iguais, ou seja, $ 1.520 em cada um desses meses.
Feito isso, tais informações podem ser transpostas para uma planilha como a mostrada a seguir. O
restante da planilha “Recebimentos em 19x2 oriundos de vendas” é facilmente preenchido com as demais
informações.
Raciocínio similar é aplicado para apurar os valores de desembolsos decorrentes das compras e preen-
cher a planilha correspondente.
O passo seguinte é a determinação dos desembolsos decorrentes das “despesas com aluguel” e das
“despesas com salários e encargos”que foram reunidos em uma só planilha (o professor poderá separá-las
em duas, se necessário, para maior compreensão). Cuidado deve haver com relação ao desembolso de ja-
neiro/x2 relativo aos salários e encargos de dez./x1. O valor informado no enunciado é o que a Cia. Taubaté
pagou ($ 1.160) e que representa 80% da despesa. Logo, os 20% serão pagos em jan./x2.
Feito isso, resta a montagem da planilha final, que é o solicitado como resposta do exercício. A suges-
tão da apresentação é dada a seguir.

RECEBIMENTOS EM 20X2 ORIUNDOS DE VENDAS

Vendas do
Jan./x2 Fev./x2 Mar./x2 Abr./x2 Maio./x2 Jun./x2 Jul./x2 Ago./x2 Set.x2 Out./x2 Nov./x2 Dez/.x2
mês de

Nov./x1 500 – – – – – – – – – – –
Dez./x1 1.520 1.520 – – – – – – – – – –
Jan./x2 2.000 4.000 4.000 – – – – – – – – –
Fev./x2 – 2.400 4.800 4.800 – – – – – – – –
Mar./x2 – – 2.000 4.000 4.000 – – – – – – –
Abr./x2 – – – 1.800 3.600 3.600 – – – – – –
Maio/x2 – – – – 2.400 4.800 4.800 – – – – –
Jun./x2 – – – – – 2.000 4.000 4.000 – – – –
Jul./x2 – – – – – – 3.000 6.000 6.000 – – –
Ago./x2 – – – – – – – 5.600 11.200 11.200 – –
Set./x2 – – – – – – – – 5.000 10.000 10.000 –
Out./x2 – – – – – – – – – 5.800 11.600 11.600
Nov./x2 – – – – – – – – – – 6.200 12.400
Dez./x2 – – – – – – – – – – – 8.000
Totais 5.020 7.920 10.800 10.600 10.000 10.400 11.800 15.600 22.200 27.000 27.800 32.000
78 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

PAGAMENTOS EM 20X2 DECORRENTES DE COMPRAS

Vendas do
Jan./x2 Fev./x2 Mar./x2 Abr./x2 Maio./x2 Jun./x2 Jul./x2 Ago./x2 Set.x2 Out./x2 Nov./x2 Dez/ x2
mês de

Nov./x1 1.440 1.920 – – – – – – – – – –


Dez./x1 1.470 1.470 1.960 – – – – – – – – –
Jan./x2 – 1.500 1.500 2.000 – – – – – – – –
Fev./x2 – – 1.800 1.800 2.400 – – – – – – –
Mar./x2 – – – 1.200 1.200 1.600 – – – – – –
Abr./x2 – – – – 3.000 3.000 4.000 – – – – –
Maio/x2 – – – – – 3.600 3.600 4.800 – – – –
Jun./x2 – – – – – – 2.700 2.700 3.600 – – –
Jul./x2 – – – – – – – 6.000 6.000 8.000 – –
Ago./x2 – – – – – – – – 6.000 6.000 8.000 –
Set./x2 – – – – – – – – – 3.000 3.000 4.000
Out./x2 – – – – – – – – – – 7.500 7.500
Nov./x2 – – – – – – – – – – – 6.000
Dez./x2 – – – – – – – – – – – –
Totais 2.910 4.890 5.260 5.000 6.600 8.200 10.300 13.500 15.600 17.000 18.500 17.500
O p e ra ç õ e s F i n a n c e i ra s 79

PAGAMENTOS (SAÍDAS) EM 20X2 RELATIVOS A “ALUGUEL” E “SALÁRIOS E ENCARGOS”

T MESES DE 20X2 EM QUE OCORRERAM OS PAGAMENTOS


Meses em que as
I
despesas foram
P Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
incorridas
O

Dez./x1 a 1.800 – – – – – – – – – – –
Dez./x1 s 290 – – – – – – – – – – –
Jan./x2 a – 2.000 – – – – – – – – – –
Jan./x2 s 1.200 300 – – – – – – – – – –
Fev./x2 a – – 2.000 – – – – – – – – –
Fev./x2 s – 1.200 300 – – – – – – – – –
Mar./x2 a – – – 2.000 – – – – – – – –
Mar./x2 s – – 1.200 300 – – – – – – – –
Abr./x2 a – – – – 2.000 – – – – – – –
Abr./x2 s – – – 1.280 320 – – – – – – –
Maio/x2 a – – – – – 2.300 – – – – – –
Maio/x2 s – – – – 1.360 340 – – – – – –
Jun./x2 a – – – – – – 2.300 – – – – –
Jun./x2 s – – – – – 1.360 340 – – – – –
Jul./x2 a – – – – – – – 2.300 – – – –
Jul./x2 s – – – – – – 1.440 360 – – – –
Ago./x2 a – – – – – – – – 2.800 – – –
Ago./x2 s – – – – – – – 1.600 400 – – –
Set./x2 a – – – – – – – – – 2.800 – –
Set./x2 s – – – – – – – – 1.600 400 – –
Out./x2 a – – – – – – – – – – 2.800 –
Out./x2 s – – – – – – – – – 1.760 440 –
Nov./x2 a – – – – – – – – – – – 2.800
Nov./x2 s – – – – – – – – – – 1.760 440
Dez./x2 a – – – – – – – – – – – –
Dez./x2 s – – – – – – – – – – – 1.920
Totais 3.290 3.500 3.580 3.680 4.000 4.080 4.100 4.260 4.800 4.960 5.000 5.160

a – aluguel

s – salários e encargos
80 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

FLUXO DE CAIXA PROJETADO PARA 20x2

Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.

1. SALDO INICIAL 120 –0– –0– 1.960 3.880 3.280 1.400 –0– –0– 1.800 6.840 11.140
2. RECEBIMENTOS
Oriundos de Vendas 5.020 7.920 10.800 10.600 10.000 10.400 11.800 15.600 22.200 27.000 27.800 32.000
3. PAGAMENTOS
Decorrentes de Compras 2.910 4.890 5.260 5.000 6.600 8.200 10.300 13.500 15.600 17.000 18.500 17.500
Decorrentes de Alugueis e Salários 3.920 3.500 3.580 3.680 4.000 4.080 4.100 4.260 4.800 4.960 5.000 5.160
Subtotal dos Pagamentos 6.830 8.390 8.840 8.680 10.600 12.280 14.400 17.760 20.400 21.960 23.500 22.660
4. SALDO FINAL PROVISÓRIO (1+2–3) (1.690) (470) 1.960 3.880 3.280 1.400 (1.200) (2.160) 1.800 6.840 11.140 20.248
5. SUPRIMENTOS (Empréstimo) 1.690 470 –0– –0– –0– –0– 1.200 2.160 –0– –0– –0– –0–
6. SALDO FINAL (4+5) –0– –0– 1.960 3.880 3.280 1.400 –0– –0– 1.800 6.840 11.140 20.480

11. COMPANHIA JUNDIAÍ

1.
Deve ser observado que o enunciado deixou o aluno livre para, a partir da linha 4 do quadro for-
necido, criar as linhas necessárias para resolver o exercício. Se de um lado se “dificulta” o trabalho do
professor, de outro não “conduz” o aluno a uma forma padrão de apresentação. Cada um deles tem
uma “forma própria” de encarar o problema e de apresentar a solução.
Logo, o quadro a seguir é apenas uma das soluções possíveis de formatação da solução.
O p e ra ç õ e s F i n a n c e i ra s 81

PROJEÇÃO DO FLUXO DE CAIXA PARA 20x1

1o Trim. 2 o Trim. 3o Trim. 4o Trim. Ano

1. SALDO INICIAL 1.000 100 100 100 1.000


2. RECEBIMENTO
De vendas 17.000 40.000 43.900 49.850 150.750
Outros –0– 2.400 200 150 2.750
Subtotal 17.000 42.400 44.100 50.000 153.500
3. PAGAMENTO
De Compras 11.400 17.750 23.000 27.000 79.150
De Salários/Encargos 12.500 11.250 13.000 34.820 71.650
Outros 500 –0– 120 8.180 8.800
Subtotal 24.500 29.000 36.200 70.000 159.600
4. SALDO FINAL PROVISÓRIO (1+2–3) (6.400) 13.500 8.000 (19.900) (5.100)
5. Financiamentos Obtidos (1) 6.500 –0– –0– (4) 1.375 7.875
6. Resgate de Aplicação Principal –0– –0– 5.600 14.900 20.500
7. Juros de Aplicações –0– –0– 1.400 3.725 5.125
8. SALDO FINAL PROVISÓRIO II (4+5+7 e 7) 100 13.500 15.000 100 28.400
9. Pagamento de Financiamentos –0– 6.500 –0– –0– 6.500
10. Pagto. de Juros de Financiamentos –0– 1.300 –0– –0– 1.300
11. Aplicações Financeiras –0– (2) 5.600 (3) 14.900 –0– 20.500
12. SALDO FINAL (– 8 – 9 – 10 – 11) –0– 100 100 100 100

1) É o último valor a ser determinado na coluna do 1o trimestre de forma que o saldo final fique em
$ 100.
2) É o último valor a ser determinado na coluna do 2º trimestre. Observe-se que os valores de $ 6.500
(linha 9) e de $ 1.300 (linha 10) são consequências do financiamento obtido no final do 1º trimestre.
3) É o último valor a ser determinado na coluna do 3º trimestre.
4) É o último valor a ser determinado na coluna do 4º trimestre.
82 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

2. Lançamentos em razonetes

Caixa Aplicações Financeiras Empréstimos Bancários


Si 1.000 (4) 5.600 6.500 (1)
E1 17.000 (5) 1.400 1.300 (2)
24.400 S1 7.000 (6) (3) 7.800
(1) 6.500 (7) 14.900 1.325 (10)
100 (8) 3.725
E2 42.400 18.625 (9)
29.000 S2
6.500 (3) Receitas Financeiras Despesas Financeiras
1.300 (3) 1.400 (5) (2) 1.300
5.600 (4) 3.725 (8)
100
E3 44.100
36.200
(6) 7.000
17.900 (7)
100
E4 50.000
70.000
(9) 18.625
(10) 1.375
100

Os lançamentos E1, E2, E3 e E4 e os lançamentos S1, S2, S3 e S4 não foram mostrados com suas con-
trapartidas (referem-se aos quatro trimestres).
Observe-se que houve, para fins didáticos, o registro da despesa financeira (ou da receita financeira)
para, após, ser mostrado o pagamento (ou o recebimento, conforme o caso).
O p e ra ç õ e s F i n a n c e i ra s 83

12. COMPANHIA FINANCIADA

1. e 2. A solução de dois quesitos do enunciado pode ser reunida num só quadro.

Alternativas
Balanço Patrimonial Real em 31/12/x0
A B C D

Ativo Circulante 22.925 22.925 22.925 23.225 23.075


Realizável – Longo Prazo 1.833 1.833 2.133 1.833 1.833
Permanente 9.281 8.481 9.281 9.281 9.281
Total Ativo 34.039 34.239 34.339 34.339 34.189

Passivo Circulante 11.145 11.345 11.145 11.445 11.145


Exigível a Longo Prazo 5.840 5.840 6.140 5.840 5.990
Resultado Exerc. Futuros 977 977 977 977 977
Patrimônio Líquido 16.077 16.077 16.077 16.077 16.077
Total Passivo 34.039 34.239 34.339 34.339 34.184
CGL = Capital de Giro Líquido (em $) 11.780 11.580 11.780 11.780 11.930
QLG = Quociente de Liquidez Geral 1,46 1,44 1,45 1,45 1,45
QLC = Quociente de Liquidez Corrente 2,06 2,02 2,06 2,03 2,07
QLS = Quociente de Liquidez Seca 1,94 1,91 1,94 1,92 1,95

O professor pode explorar as situações acima para verificar a adequação de cada alternativa, trabalhan-
do em termos de suposições de cada uma delas.

C – QUESTÕES

1. Mostrar, para tal período, o saldo inicial de caixa, as entradas e as saídas de caixa ocorridas no período,
bem como o saldo final de caixa.
A palavra caixa pode ter um sentido mais amplo do que somente dinheiro (numerário em poder
da empresa). Na maioria das vezes, apesar daquela denominação, engloba a movimentação ocorrida
nos depósitos bancários de livre movimentação.

2. Não há resposta padrão. O importante na correção das respostas obtidas dos alunos é verificar se as
operações solicitadas foram enunciadas com clareza.

3. Uma aplicação financeira com rendimento prefixado é aquela em que o aplicador já sabe, no ato de
efetuá-la, quanto receberá no futuro.
Se desejado registrar o valor do rendimento já no ato da aplicação, este não pode ser feito dire-
tamente numa conta de receita, tendo em vista que esta receita só vai sendo auferida à medida que
passa o tempo (regime de competência). Logo, o valor que será receita é creditado numa conta Receitas
84 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

Financeiras a Apropriar (redutora/retificadora da conta de Ativo que registrar o valor aplicado). Ao lon-
go do tempo, este valor vai sendo transferido para uma efetiva conta de Receita Financeira.
Obs.: O professor deve estar alerta para colocações feitas no sentido de que a “correção monetária
prefixada” não é obrigatoriamente uma receita, mas uma “restauração” do poder aquisitivo (ou uma
expectativa de restauração, já que prefixada) do valor aplicado. Teoricamente, só os juros é que são
rendimento efetivo. Tal explicação deve, se necessária, ser dada com cautela, pois a contabilidade nos
moldes da lei societária atual trata as variações monetárias como receitas financeiras.

4. Não. A empresa não pode se despreocupar “para sempre” relativamente ao valor daquela duplicata. O
motivo é o seguinte: Se o cliente não pagar ao banco, este se reserva o direito de solicitar da empresa
o valor que o cliente deveria pagar. E os bancos procedem assim! Caso contrário, seria muito cômodo
para as empresas!

5. Tal tipo de desconto recebe o nome de “desconto financeiro” e também é conhecido como “desconto
condicional”, pois está vinculado a um fato que pode ou não ocorrer: “se o cliente pagar até o dia ...”.
Ele tem relação com juros, uma vez que envolve “dinheiro no tempo”. No exemplo, os $ 20 nada
mais são do que juros com os quais a empresa está arcando para possuir uma quantia antes da data em
que fora combinado que iria recebê-la (note-se que se está supondo inexistir inflação).
10
Provisão para Perdas Estimadas para Créditos
de Liquidação Duvidosa

A – TESTES

1. (b)
2. (b) Observe-se que “foi totalmente afastado o aspecto fiscal”
3. (c) Observe-se que o aspecto fiscal é a ênfase
4. (a)

B – EXERCÍCIOS

1. COMPANHIA LUSÍADAS

Há duas respostas “esperadas” dos alunos. A que julgamos “mais correta” é a seguinte:
Durante 20x3, a empresa perdeu $ 2.600 e o saldo de “duplicatas a receber” em 31/12/x2 era de $ 50.000.
Durante 20x2, a empresa perdeu $ 3.000 e o saldo de“duplicatas a receber”em 31/12/x1 era de $ 20.000. Du-
rante 20x1, a empresa perdeu $ 1.600 e o saldo, de“duplicatas a receber” em 31/12/x0 era de $ ....... 10.000.
Logo:
1.600 + 3.000 + 2.600 7.200
= = 0,09 = 9%
10.000 + 20.000 + 50.000 80.000
86 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

A provisão a ser constituída em 31/12/x3 seria de $ 9.000 (9% sobre $ 100.000).


A outra resposta seria obtida sem levar em conta a informação mais recente somas “perdas”, qual seja,
as perdas de $ 2.600 verificadas durante 20x3. Isso conduziria a

1.000 + 1.600 + 3.000


= 0,07 = 7%
10.000 + 20.000 + 50.000

e a provisão seria de $ 7.000 (7% de $ 100.000).

Obs.: Se observada a ótica fiscal (ressalta-se que não é o caso neste Exercício). A 1ª alternativa é corre-
ta, pois usa a informação mais recente. Só poderia ser descartada se as perdas de 20x3 fossem consideradas
“atípicas” para entrar na média.

2. COMPANHIA ROMANA

Efetuando o cálculo pela “suposta” regra fiscal tem-se que:

6.872 + 9.238 + 14.138*


= 0,084 = 8,4%
70.000 + 160.000 + 130.000

* A coincidência do valor da “perda” de 20x9 com o da provisão constituída em 31/12/x8 é proposital:


não dá margem a questionamento sobre o novo valor a ser constituído em razão do saldo de provisão que
poderia existir.
Logo, 8,4% sobre $ 380.000 = $ 31.920 é a “nova provisão”.

Obs.: Se para o cálculo do percentual os alunos usarem como numerador $ 19.800 (3.690 + 6.872 +
9.238), o percentual seria de 5,5% e a provisão de $ 20.900 (errada!).

3. COMPANHIA REAL

1. Cálculo de “provisão” tal como permitido fiscalmente:


Total de duplicatas a receber.............................................................................................................$ 12.800
(–) Duplicatas com garantias reais.................................................................................................. ($ 1.600)
(–) 50% dos créditos sobre clientes em falência............................................................................... ($ 700)
(–) Parte do crédito que concordatário não propôs pagar, ou seja, 30% de $ 2.000....................... ($ 600)
Valor dos créditos sobre os quais incidir os 9%................................................................................$ 9.900

Cálculo da “provisão” propriamente dita:

9% sobre $ 9.900..................................................................................................................................$ 891


+ 50% do crédito sobre clientes em falência ....................................................................................$ 700
+ Parte do crédito que concordatário não propôs pagar..................................................................$ 600
Valor da provisão a ser formada em 31/12/x6 ..................................................................................$ 2.191
P rovis ã o p a ra Pe rd a s E st i m a d a s p a ra Cr é d i t o s d e L i q u i d a ç ã o D u v i d os a 87

2. Cálculo da provisão sem uso do “benefício fiscal”:


Antes, explicar aos alunos o motivo da expressão coloquial “benefício fiscal”; o cálculo a seguir
conduzirá a uma provisão menor (o resultado, relativo à 20x6, seria maior e ela pagaria mais imposto
de renda).

No presente caso, a Companhia Real calcularia os 9% sobre:

o total das Duplicatas a Receber................................... $ 12.800


(–) duplicatas com garantias reais ................................ ($ 1.600)
......................................................................................... $ 11.200

Logo: 9% sobre $ 11.200 = $ 1.008 de provisão.

4. COMPANHIA ILUSÃO

1. O primeiro passo é o cálculo das vendas a prazo de cada ano (20x5 e 20x6). Se as vendas a vista repre-
sentam 30% das vendas totais, as vendas a prazo representam 70% destas.

Logo, 30% 2.400 3.300


70% VPx5 VPx6

Ou seja: Vendas Prazo de 20x5 = VPx5 = 5.600


Vendas Prazo de 20x6 = VPx6 = 7.700

Agora, trata-se de refazer as ocorrências em ambas as contas de acordo com as informações possuídas:

Vendas a Prazo (x5) Duplicatas a Receber Ajustes para Perdas de Créditos


5.600 (1) * 4.000 120 *
(6) 5.600 (1) 5.600 (3) 90
5.310 (2) (4) 90
Vendas a Prazo (x6) 90 (3) 126 (5)
7.700 (7) 4.200 126
(11) 7.700 (7) 7.700 (9) 126
8.000 (8) 111 (10)
Caixas/Bancos 200 (9) 111
* xxxxx 3.700
(2) 5.310 Despesa com Devedores
Duvidosos (5x)
(8) 8.000 Reversão de Ajustes com Perdas (5) 126
de Créditos (x5)
30 (4) 126 (6)
(6) 30

* Saldos em 31/12/x4
88 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

Despesas com Devedores Despesas com devedores


Incobráveis (x6) Duvidosos (6x)
(9) 74 (10) 111
74 (11) 111 (11)

Lançamentos de 20x5:

1) Vendas a prazo durante 20x5


2) Recebimentos durante 20x5 oriundos de vendas a prazo
3) Devedores considerados incobráveis durante 20x5
4) Reversão para conta de receita do saldo não usado da “provisão”
5) Constituição da provisão no final de 20x5
6) Contas que se encerram em 31/12/x5 para apuração do resultado (a conta ARE não foi exibida)

Lançamentos de 20x6:

7) Vendas a prazo durante 20x6


8) Recebimentos durante 19x6 oriundos de vendas a prazo
9) Devedores considerados incobráveis durante 20x6 (como a provisão existente foi insuficiente, foi
usada a conta Despesa com Devedores Incobráveis)
10) Constituição da provisão no final de 20x6
11) Contas que se encerram em 31/12/x6 para a apuração do resultado (a conta ARE não foi exibida)

2. “Trechos” das DREs.

COMPANHIA ILUSÃO
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (20x5)

1.
2.
3.
4.
5. ––––––––––––––––––––––––––––––––– ............ xxx
6. Despesa com Devedores Duvidosos ............ 126
7. Reversão de Ajustes com Perda de Créditos ............ 30
8. ––––––––––––––––––––––––––––––––– ............ xxx
9. Total das Despesas com Vendas (5 + 6 – 7 + 8) ............ xxx
10.
11.
P rovis ã o p a ra Pe rd a s E st i m a d a s p a ra Cr é d i t o s d e L i q u i d a ç ã o D u v i d os a 89

COMPANHIA ILUSÃO
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (20x6)

1.
2.
3.
4.
*5. ––––––––––––––––––––––––––––––––– ............ xxx
6. Despesa com Devedores Duvidosos ............ 111
7. Despesa com Devedores Incobráveis ............ 74
*8. ––––––––––––––––––––––––––––––––– ............ xxx
9. Total das Despesas com Vendas (5 + 6 + 7 + 8) ............ xxx
10.
11.

* Os itens 5 e 8 das DREs simbolizam outras contas que eventualmente são pertencentes ao grupo das
“Despesas com Vendas”.

5. COMPANHIA AGAR

1. Uma vez que os valores são fornecidos tem-se que:


• a nova “provisão” será de 8% sobre $ 64.050, ou seja, de $ 5.124;
• se o saldo da provisão em 1º/01/x6 (31/12/x5) era de $ 28.900 e durante 20x6 foram considerados
incobráveis $ 23.900, houve um saldo de $ 5.000 não utilizado e que será revertido em receita em
31/12/x6.

2. Para resolver a segunda parte pode-se fazer o seguinte raciocínio:

Duplicatas a Receber

Saldo em 31/12/x5 =x

Vendas a Prazo

Durante 19x6 =y

Recebimentos durante 20x6 = r

Créditos considerados incobráveis


durante 19x6 = $ 23.900

Saldo em 31/12/x6 = $ 64.050

Sabe-se que: x + y – r – 23.900 = 64.050 (1)


Mas sabe-se, também, que y = 1,5 r, (2)
e que x + 42.600 = r + 23.900 (3)
90 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

A equação (3) pode ser escrita:


x = r – 18.700 (4)

Substituindo (2) e (4) na equação (1) tem-se:

Resolvendo:
r – 18.700 + 1,5 r – r – 23.900 = 64.050 ou
r = 71.100 (recebimentos oriundos de vendas a prazo de x6)

Agora, retorna-se à equação (2):


y = 1,5r = 1,5 × 71.100 = 106.650 (vendas a prazo em x6).

Finalmente, usando a equação (4):


x = 71.100 – 18.700 = 52.400 (saldo de Duplicatas a Receber em 31/12/x5)

C – QUESTÕES

1. Ao ser constituída a “provisão” ainda não são conhecidos quais os clientes que não liquidarão suas
dívidas (se é que tal vai ocorrer). Por isso o nome “provisão”. Não se poderia – até por uma questão
ética – creditar diretamente a conta analítica deste ou daquele cliente, Daí o uso de uma conta auxiliar
(redutora/retificadora) denominada “provisão para devedores duvidosos”.

2. “CLIENTE” é todo aquele que compra de uma empresa, quer à vista, quer a prazo. No enunciado, a
expressão “recebimentos oriundos de vendas a prazo” teve como único objetivo precisão de termos.
As outras expressões sugeridas, se usadas, poderiam levar a interpretações erradas, pois não seriam
precisas.

3. Caso o cliente que teve sua “duplicata”“descontada” não pague o banco no dia do vencimento, este
“reembolsa” a duplicata e cobra o valor da empresa.
(Não fosse essa segurança, os bancos não fariam tais operações). Por esse motivo é que a empresa
calcula a provisão considerando, também, o valor das duplicatas descontadas.

4. O princípio contábil relacionado com o“leva em conta o passado”é o da confrontação da despesa (que
está embutido no “regime de competência”). Ou seja, se ao serem reconhecidas as receitas devem ser
confrontadas de imediato todas as despesas a elas relativas, já se deve (mesmo que por antecipação;
por previsão; por estimativas) registrar as perdas que decorrem(rão) de tais receitas: as vendas a prazo
que originaram as duplicatas a receber.
Quando o valor efetivamente considerado incobrável for menor do que a provisão antes constituí-
da o saldo (não utilizado) desta reverte para o resultado, como uma receita.
Quando ocorrer de ser“maior”, esgotada a provisão, lança-se mão de outra conta de despesa (po-
deria-se denominar “Devedores Incobráveis”) para registrar aquele “a mais”.
11
Folha de Pagamento

A – TESTES

1. (b)

2. (d)

3. (b)

4. (c)

5. (d)

B – EXERCÍCIOS

1. COMERCIAL SIMPLES LTDA.

1. Cálculos relativos ao lNSS – Conforme tabela do livro-texto. Caro mestre: Os exercícios foram resol-
vidos com base na tabela de 2018. O importante aqui é ensinar ao aluno os cálculos corretos, e não as
alíquotas vigentes, já que todo ano a tabela sofre atualização.
92 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

Desdobramento Salário Cálculo Desconto


Empregados Salário Total
De Contribuição Excedente1 Alíquota Valor

A 2.200,00 2.200,00 – 9% 198,00


B 3.500,00 3.500,00 – 11% 385,00
C 10.000,00 5.531,31 4.468,69 11% 608,44
11.231,31 4.468,69
Totais 15.700,00 / 1.191,44
15.700,00

Recolhimentos da empresa ao INSS:


27,8% sobre total = 27,8% de $ 15.700,00 = $ 4.364,60

Cálculos relativos ao IRRF:

Empregados A B C

No dependentes admitidos 2 5 3
Salário Total 2.200,00 3.500,00 10.000,00
(–) redução por dependente ($ 189,59) 379,18 947,95 568,77
(–) redução INSS 198,00 385,00 608,44
Base de Cálculo para IR 1.622,82 2.167,05 8.822,79
Alíquota da Tabela IR isento 7,5% 27,5%
Alíquota s/ Base Cálculo Valor – 162,53 2.426,27
Parcela a deduzir (extraída da tabela) – 142,80 869,36
IR R Fonte – 19,73 1.556,91

Cálculo do FGTS:
8% sobre total salário: 8% sobre 15.700 = $ 1.256,00

2.

Folha de Pagamento Maio/x1

Descontos
Nomes Salário Líquido a Pagar
INSS IRRF

A 2.200,00 198,00 – 2.002,00


B 3.500,00 385,00 19,73 3.095,27
C 10.000,00 608,44 1.556,91 7.834,65
Totais 15.700,00 1.191,44 1.576,64 12.931,92
Fo l h a d e Pa g a m e nt o 93

3.

Despesa c/ Salário Despesas c/ INSS INSS a Recolher


(a) 15.700,00 (b) 4.364,60 1.191,44 (a)
4.364,60 (b)

Salário a Pagar IRRF a Recolher


12.931,92 (a) 1.576,64 (a)

Despesas c/ FGTS FGTS a Recolher


(c) 1.256,00 1.256,00 (c)

2. COMERCIAL CAMPO ERÊ LTDA.

Cálculo do Salário Total do Mês

A B C

1. Salário mensal normal 2.600,00 3.900,00 10.500,00


2. Salário hora normal (1 ÷ 220 h) 11,82 17,73 47,73
3. Salário extraordinário horário (2 × 1,50) 17,73 26,59 71,59
4. Total horas extras no mês 10 20 5
5. Salário extra do mês (3 × 4) 177,27 531,82 357,95
6. Salário total do mês (1 + 5) 2.777,27 4.431,82 10.857,95

Cálculos Relativos ao INSS dos Empregados

Desdobramento do Salário Cálculos Desconto


Empregados Salário Total
Salário Contrib. Excedente Alíquota Valor

A 2.777,27 2.777,27 – 11% 305,50


B 4.431,82 4.431,82 – 11% 487,50
C 10.857,95 5.531,31 5.326,64 11% 608,44
12.740,40 5.326,64
Totais 18.067,04 / 1.401,44
18.067,04
94 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

Cálculo do IRRF

A B C

1. No dependentes dedutíveis 3 4 3
2. Dedução pelos dependentes (1 × $ 189,59) 568,77 758,36 568,77
3. Seguros Saúde 260,00 200,00 3.605,50
4. 5% do salário total do mês 138,86 221,59 542,90
5. Excedente dedutível (3 – 4, se positivo) 121,14 – 3.062,60
6. Salário Total do mês 2.777,27 4.431,82 10.857,95
7. INSS 305,50 487,50 608,44
8. Dedução pelos dependentes (= 2) 568,77 758,36 568,77
9. Dedução por assist. médica (= 5) 121,14 – 3.062,60
10. Base de Cálculo (7 – 8 – 9) 1.781,86 3.185,96 6.618,14
11. Alíquota aplicável cf. Tabela isento 15% 27,5%
12. Alíquota sobre base de cálculo (10 × 11) – 477,89 1.819,99
13. Parcela a deduzir (conforme tabela) – 354,80 869,36
14. IRRF sem centavos (12 – 13) – 123,09 950,44
15. Salário Líquido (6 – 7 – 9 – 14) 2.350,63 3.821,23 6.236,28

Cálculo do INSS do Empregador:

27,8% sobre o “total salários” = 27,8% × 18.067,04 = 5.022,64

Cálculo do FGTS:

8% sobre o salário total = 8% sobre 18.067,04 = 1.445,36

Folha de Pagamento Maio/x2

Salários Descontos
Total Líquido a
Nomes
salários Desp. Médicas Pagar
Normal Extraord. INSS IRRF
(seguro saúde)

A 2.600,00 177,27 2.777,27 305,50 – 121,14 2.350,63


B 3.900,00 531,82 4.431,82 487,50 123,09 – 3.821,23
C 10.500,00 357,95 10.857,95 608,44 950,63 3.062,60 6.236,28
Totais 17.000,00 1.067,04 18.067,04 1.401,44 1.073,72 3.183,74 12.408,14

Desp. c/ Salários Normais Despesas c/ INSS INSS a Recolher


(A) 17.000,00 (B) 5.022,64 1.404,44 (A)
5.022,64 (B)
Fo l h a d e Pa g a m e nt o 95

Desp. c/ Salários Extraord. Salários a Pagar IRRF a Recolher


(A) 1.067,04 12.408,14 (A) 1.073,72 (A)

Despesas Médicas (Seguro Saúde) Despesas c/ FGTS FGTS a Recolher


(D) 881,76 (C) 1.445,36 1.445,36 (C)

Seguros de Saúde a Pagar


3.183,74 (A)
881,76 (D)

Obs.: A mesma feita no final da solução do Exercício no 1.

3. JOAÇABA S.A.

1.

Cálculo do Salário Total do mês para fins de INSS

A B C

1. Salário mensal normal 2.704,00 1.300,00 4.650,00


2. Salário-hora normal (1 ÷ 220 h) 12,29 5,91 21,14
3. Salário Extraordinário p/h (2 × 1,50) 18,44 8,86 31,70
4. Nº horas extraordinárias no mês 10 20 12
5. Salário extraordinário no mês (3 × 4) 184,36 177,27 380,45
6. Salário Total do mês (1 + 5) 2.888,36 1.477,27 5.030,45

Cálculo do Salário Total para fins de IRRF

A B C

1. Número dependente p/ fins salário-família 1 2 4


2. Valor do salário-família (1 × $ 31,71) – 63,42
3. Salário Total mês p/fins INSS e IRRF (= 6 acima) 2.888,36 1.477,27 5.030,45
4. Salário Total (2 + 3) 2.888,36 1.540,69 5.030,45
96 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

Cálculo do IRRF

A B C

1. Dependentes Dedutíveis 2 3 4
2. Salário Total p/ fins de IRRF (= 4 acima) 2.888,36 1.477,27 5.030,45
3. Dedução por dependentes (2 × $ 189,59) 379,18 568,77 758,36
4. INSS 317,72 118,18 553,35
5. Base de cálculo (2 – 3 – 4) 2.191,46 790,32 3.718,74
6. Alíquota aplicável conforme tabela 7,5% isento 15%
7. Alíquota sobre base de cálculo (5 × 6) 164,36 – 557,81
8. Parcela a deduzir conforme tabela 142,80 – 354,80
9. IRRF (7 – 8), sem centavos 21,56 – 203,01

Cálculo do INSS a ser Descontado dos Empregados

Salário Total Desdobramento do Salário Cálculos Desconto


Empregados
(INSS) Salário Contrib. Excedente Alíquota Valor

A 2.888,36 2.888,36 – 11% 317,72


B 1.477,27 1.477,27 – 8% 118,18
C 5.030,45 5.030,45 – 11% 553,35
Totais 9.396,08 9.396,08 – / 989,25

Cálculo do INSS do Empregador


27,8% sobre o “salário total p/ fins INSS” = 27,8% de $ 9.396,08 = $ 2.612,11

Cálculo do FGTS
8% sobre o “salário total p/ fins de INSS” = 8% de $ 9.396,08 = $ 751,69

2.

Folha de Pagamento Junho/x3

Salários Descontos Salário-


Total Líquido a
Nome Subtotal
Salários -família Pagar
Normal Extra INSS IRRF Adiant.

A 2.704,00 184,36 2.888,36 317,72 21,56 135,20 2.413,88 – 2.413,88


B 1.300,00 177,27 1.477,27 118,18 – 78,70 1.280,39 63,42 1.343,81
C 4.650,00 380,45 5.030,45 553,35 203,01 372,00 3.902,09 – 3.902,09
Totais 8.650,00 742,08 9.396,08 989,25 224,57 585,90 7.596,36 63,42 7.659,78
Fo l h a d e Pa g a m e nt o 97

3.

Adiant. a Empregados Despesas c/ INSS INSS a Recolher


SI 585,90 (B) 2.612,11 (A) 63,42 989,25 (A)
585,90 (A) 2.612,11 (B)

Desp. c/ Salários Normais Salário a Pagar IRRF a Recolher


(A) 8.654,00 7.659,78 (A) 224,57 (A)

Desp. c/ Salário – Extraord. Despesa c/ FGTS FGTS a Recolher


(A) 742,08 (C) 751,69 751,69

SI – Representa o saldo da conta no final de junho/x3 e antes dos lançamentos da “folha”.

Tal saldo foi assim obtido:


Saldo oriundo de mês anterior (empregado B) $ 13,70
registros em 15/junho/x3 por ocasião do adiantamento:

• ao empregado A = 5% de 2.704,00 = 135,20


• ao empregado B = 5% de 1.300,00 = 65,00
• ao empregado C = 8% de 4.650,00 = 372,00 $ 572,20
$ 585,90

Obs.: Deve ser alertado aos alunos o motivo do débito de $ 14,00 do salário-família na conta INSS a
Recolher:

4. COMPANHIA NATALINA

1. Cálculo da Primeira Parcela (verificação se o pagamento foi correto):


Empregado A: Como foi admitido antes de 17/01/x4, a 1a parcela do 13o salário será a metade do seu
salário contratual vigente em novembro/x4, ou seja, a metade de $ 880, que é $ 440,00. Logo, a Cia. Nata-
lina calculou e pagou corretamente.
Empregado B: Como foi admitido após 17/01/x4, o cálculo da 1a parcela do 13o salário é diferente. São
7/12 (de abr./x4 até out./x4) aplicados sobre o salário contratual de nov./x4 e, após, dividir por dois. Isso conduz
a uma primeira parcela de $ 175,00. A Cia. Natalina pagou $ 200,00. O erro se deve, provavelmente, a ela
ter computado 8/12 em vez de 7/12. Mas isso será compensado quando do pagamento da 2a parcela.

Cálculo da segunda parcela (o valor bruto antes dos descontos).

Empregado A: o valor bruto da segunda parcela será de $ 880,00 (salário contratual de dez./x4).
98 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

Empregado B: será de 9/12 aplicado sobre o salário contratual de dez./x4, o que resulta no valor bruto
de $ 615,00.

Empregado A Empregado B
Meses
de x4
Sal. Real Sal. Cont. Excedente Sal. Real Sal. Cont. Excedente

Jan. 90 90 – – – –
Fev. 90 90 – – – –
Mar. 90 90 – – – –
Abr. 90 90 – 290 290 –
Maio 90 90 – 350 350 –
Jun. 350 350 – 350 350 –
Jul. 350 350 – 350 350 –
Ago. 350 350 – 350 350 –
Set. 350 350 – 420 420 –
Out. 880 800 800 420 420 –
Nov. 880 800 800 600 600 –
Dez. 880 800 800 820 820 20
Totais 4.490 4.250 4.250 3.950 3.930 20

Observe-se que interessa o verdadeiro salário percebido para dele verificar o “salário de contribuição”.
No exercício que se está solucionando, apenas o 1º salário do empregado B (o de abril/x4) foi diferente
do salário contratual. Logo, a Cia. Natalina descontará os seguintes valores:

de A: 1% sobre $ 4.250,00 = $ 42,50


de B: 1% sobre $ 3.930,00 = $ 39,30

Folha de Pagamento do 13º salário Dez./x4

Nomes Valor Bruto 1ª Parcela INSS Líquido a Pagar

A 880,00 440,00 42,50 397,50


B 615,00 200,00 39,30 375,70
Totais 1.495,00 640,00 81,80 773,20

5. COMERCIAL NOELITA LTDA.

CONTRIBUIÇÕES DOS EMPREGADOS AO INSS 2º/trim./x4


(a serem descontadas pelos empregadores)

Salário de Contribuição Alíquota Única


De $ 0,00 até $ 120,00 8%
De mais de $ 120,00 até $ 480,00 9%
De mais de $ 400,00 até $ 960,00 10%
Fo l h a d e Pa g a m e nt o 99

CONTRIBUIÇÕES DOS EMPREGADOS AO INSS 3º/trim./x4


(a serem descontadas pelos empregadores)

Salário de Contribuição Alíquota Única


De $ 0,00 até $ 160,00 8%
De mais de $ 140,00 até $ 560,00 9%
De mais de $ 560,00 até $ 1.120,00 10%

CONTRIBUIÇÕES DOS EMPREGADOS AO INSS 4º/trim./x4


(a serem descontadas pelos empregadores)

Salário de Contribuição Alíquota Única


De $ 0,00 até $ 160,00 8%
De mais de $ 160,00 até $ 640,00 9%
De mais de $ 640,00 até $ 1.024,00 10%

6. COMPANHIA SOLIDÁRIA

1. Cálculo dos Salários Totais do Mês

A B C

1. Salário mensal normal 3.374,00 4.144,00 5.408,00


2. Salário-hora normal (1 / 220) 15,34 18,84 24,58
3. Salário extraordinário horário (2 × 1,50) 23,00 28,25 36,87
4. Total horas extras no mês 20 h 5h 10 h
5. Salário extra do mês (3 × 4) 460,09 141,27 368,73
6. Salário total do mês (1 + 5) 3.834,09 4.285,27 5.776,73
100 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

Cálculo do IRRF

A B C

1. Nº dependentes dedutíveis 1 1 3
2. Dedução por dependente (1 × $ 189,59) 189,59 189,59 568,77
3. Despesas assistências médicas efetivas do mês 432,25 378,15 587,20
4. 5% do salário total do mês 191,70 214,26 288,84
5. Excedente dedutível (3 – 4, se positivo) 240,55 163,89 298,36
6. Salário total do mês 3.834,09 4.285,27 5.776,73
7. Dedução pelos dependentes (= 2) 189,59 189,59 568,77
8. Dedução por assistência médica (= 5) 240,55 163,89 298,36
9. INSS 421,75 471,38 608,44
10. Base de cálculo (6 – 7 – 8 – 9) 2.982,20 3.460,41 4.301,16
11. Alíquota aplicável 15% 15% 22,5%
12. Alíquota sobre a base de cálculo 447,33
13. Parcela a deduzir (conforme tabela) 354,80 354,80 636,13
14. IRRF, sem centavos (11 – 12) 92,53 164,26 331,63

Cálculos Relativos ao INSS dos Empregados

Desdobramento do Salário Cálculos Desconto


Salário Total
Empregados
(INSS) Salário Contrib. Excedente Alíquota Valor

A 3.834,09 3.834,09 – 11% 421,75


B 4.285,27 4.285,27 – 11% 471,38
C 5.776,73 5.531,31 245,42 11% 608,44
Totais 13.896,09 13.650,67 245,42 / 1.501,57

Cálculo do INSS do Empregador

27,8% sobre o total salários = 27,8% de $ 13.896,09 = $ 3.863,11

Cálculo do FGTS

8% sobre o salário total: 8% sobre $ 13.896,09 = $ 1.111,69


Fo l h a d e Pa g a m e n t o 101

2.

Folha de Pagamento Set./x6

Salários Descontos
Nome Subtotal Líquido a Pagar
Normal Extra Maternid. INSS IRRF

A 3.374,00 460,09 – 3.834,09 421,75 92,53 3.319,81


B 1.381,33 141,27 2.762,67 4.285,27 471,38 164,26 3.649,63
C 5.408,00 368,73 – 5.776,73 608,44 331,63 4.836,66
Totais 10.163,33 970,09 2.762,67 13.896,09 1.501,57 588,42 11.806,10

Desp. c/ Salários – Normais Despesa c/ INSS INSS a Recolher


(A) 10.963,33 (B) 2.762,67 (A) 2.762,67 1.501,57 (A)
3.863,11 (B)

Desp. c/ Salários Extraord. Salários a Pagar IRRF a Recolher


(A) 970,09 11.806,10 (A) 588,42 (A)

Desp. c/ FGTS FGTS a Recolher


(C) 1.111,69 1.111,69 (C)

O professor ministrante deve explicar que os $ 2.762,67 do salário-maternidade não são registrados
como despesa, pois já o é mês a mês quando a empresa registra seus encargos para com o INSS. Ao efeti-
vamente pagar para a empregada o salário-maternidade, este não é novamente considerado despesa.

C – QUESTÕES

1. Trata-se de verificar o poder de mobilização dos alunos em termos de busca de legislação. Existem
diversas publicações periódicas na área trabalhista das quais eles podem lançar mão.
Cabe a cada ministrante mostrar o elenco dessas publicações e a forma como cada uma aborda a
matéria. Mais do que “estudar” em aula cada uma delas, cabe ao professor dizer como cada uma delas
deve ser utilizada.
Obs.: A questão l pode ser usada como “estopim” para outras de cunho prático real, tais como
“elaborar, de fato, a folha de pagamento de uma pequena empresa comercial local” (ou acompanhar a
elaboração feita pelo profissional encarregado). Essa gama de atividades depende de como cada curso
102 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

está estruturado, da disponibilidade de tempo dentro da disciplina e do interesse de cada aluno pela
questão “folha de pagamento”.

2. Não há resposta única. O importante é verificar a sequência de lançamentos, a lógica de cada um e o


resultado final do conjunto deles.
12
Ativo Não Circulante – Imobilizado e
Depreciação

A – TESTES

1. (b)

2. (c)

3. (d)

4. (b)

5. (c)

6. (d)

7. (e)

B – EXERCÍCIOS

1. COMPANHIA GUABIROBA

As demonstrações em termos históricos são as seguintes:


104 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

DRE (histórica)

1. Receitas 108,00
2. Despesas c/ Depreciação 48,00
3. Lucro Líquido (1 – 2) 60,00

BALANÇO PATRIMONIAL (histórico)

Caixa 348,00
Máquinas 5.760,00 Capital Social 6.000,00
Deprec. Acum. (48,00) Lucros Acumulados 60,00
6.060,00 6.060,00

2. COMPANHIA GUARAMIRIM

Atenção professor: O Capital Social igual a ZERO não ocorre na prática, mas numa situação teórica
pode ser utilizado com objetivos didáticos. É o presente caso, pois em tudo este exercício é igual ao anterior (da
Companhia Guabiroba). Porém, a fonte de recursos única e inicial provém de terceiros. E, para salientar mais
ainda, obtida sem qualquer ônus.
As demonstrações em termos históricos conduzirão ao seguinte:

DRE (Histórica)

1. Receitas 108,00
2. Despesa c/ Depreciação 48,00
3. Lucro líquido 60,00

BALANÇO PATRIMONIAL (histórico)

Caixa 348,00 Empréstimos Bancários 6.000,00


Máquinas 5.760,00 Capital Social zero
Depr. Acum. (48,00) Lucros Acumulados 60,00
6.060,00 6.060,00

1) A depreciação acumulada no valor de $ 288,00 representa 3 (três) meses de depreciação. São três
doze avos de $ 1.152,00.
Portanto, o veículo foi adquirido em 1o/10/x4.
2) O valor da Despesa de Depreciação de veículos no período é de $ 288,00.

3. COMPANHIA EMBOABA

1. A depreciação acumulada de $ 288,00 representa 3 (três) meses de depreciação. São 3/12 de $ 1.152,00
($ 5.760 × 20% = $ 1.152,00). Portanto, o veículo foi adquirido em 1o/10/x4.
A t i v o N ã o Ci rc u l a n t e – I m o b i l i z a d o e D e p re c i a ç ão 105

2. O valor da Despesa de Depreciação de Veículos no período é de $ 288,00.

4. COMPANHIA EMBOABA I

Ativo 20x4 20x5 Passivo 20x4 20x5

Circulante Circulante
Caixa 348 1.016

Não Circulante Patrimônio Líquido


Imobilizado Capital 3.548 10.548
Veículos 5.760 17.280 Reserva de Lucros 2.272 2.272
(–) Depreciação Acum. (288) (2.976) Lucro do Exercício – 2.500
5.472 14.304 5.820 15.320
Total 5.820 15.320 Total 5.820 15.320

DRE de 20x5

Receita 5.188
Desp. Depreciação (2.688)
Lucro Exerc. 2.500

5. COMPANHIA DONA EMMA

Não há uma sequência “padrão” para os lançamentos nos razonetes, pois as operações de compra e venda
de mercadorias, bem como as relativas às despesas (administrativas e com vendas) não foram posicionadas “no
tempo” através do enunciado. Por isso, SUGERIMOS que os alunos sejam convidados, antes de mais nada, a
pensar na forma como “atacariam” a solução. Passado esse período, o professor autorizaria que realmente efe-
tuassem o exercício.
A única ORDEM CRONOLÓGICA indispensável a ser seguida à risca é a que se relaciona com as aqui-
sições (loja e veículo) e respectivas depreciações mensais.
Uma forma que pode ser aconselhada à classe é o registro (após o da constituição/integral) de todas as
operações. Feito assim, seriam efetuados aqueles lançamentos. É o que faremos na solução.
Observem que fomos a detalhes de contas aos quais, na prática, os alunos não obrigatoriamente chega-
rão. Outrossim, certos lançamentos, como os de nos 7 e 8, os alunos poderão efetuar em duas etapas (primeiro
usando a conta de despesa e de passivo e, posteriormente, efetuando o pagamento). POR ISSO, NÃO HÁ
ANDAMENTO PADRÃO. Apenas o resultado final é padrão.
106 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

LANÇAMENTOS E COMENTÁRIOS

1) Caixa......................................................................... 19.000,00
Capital a Integralizar................................................. 1.000,00
  a Capital Social..................................................................... 20.000,00
2) Mercadorias............................................................. 18.000,00
  a Fornecedores..................................................................... 18.000,00
3) Fornecedores........................................................... 12.000,00
  a Caixa................................................................................... 12.000,00
O lançamento no 3 já deixa resolvido o saldo de“Fornecedores”.
4) Duplicatas a............................................................. 38.790,00
  a Vendas Brutas..................................................................... 38.790,00
5) Devoluções de Vendas.................................................. 280,00
  a Duplicatas a Receber.............................................................. 280,00
6) Caixa........................................................................ 35.100,00
 a Duplicatas a Receber.......................................................... 35.100,00
O valor do lançamento no 6 foi obtido, pois é fornecido o saldo final de “Duplicatas a Receber”.
Lembramos que os alunos podem efetuar outras modalidades de registro que conduzam à mesma situação.
7) Despesas Administrativas...........................................1.527,89
  a Caixa..................................................................................... 1.315,00
  a Desp. Adm. a........................................................................... 212,89
8) Despesas com vendas............................................... 2.313,61
  a Caixa.................................................................................... 2.193,36
  a Desp. c/ Vendas a Pagar........................................................... 120,25
9) Custo Merc. Vendidas.............................................. 15.289,00
  a Mercadoria......................................................................... 15.289,00
A rigor, este lançamento deveria ser feito em 31/12/x1, após o inventário final e sua avaliação.
Apenas por simplificação foi efetuado neste momento.
ATENÇÃO: Os $ 120,00 que são o valor de custo das mercadorias devolvidas pelos clientes NÃO SÃO
REGISTRADOS, pois a empresa adota o regime de inventário periódico. Foi uma “peninha” do enunciado para
obrigar que a classe “pense no assunto”.
Agora, os lançamentos que devem seguir uma ordem cronológica:
10) Imóveis....................................................................... 5.184,00
  a Caixa.................................................................................... 2.073,60
 a Títulos a Pagar.......................................................................3.110,40
A t i v o N ã o Ci rc u l a n t e – I m o b i l i z a d o e D e p re c i a ç ão 107

A taxa anual da depreciação da loja é de 4%.


Logo:

4% × 5.184,00 ÷ 12 = 17,28/mês × 3 = 51,84

11) Despesa com Depreciação de Imóveis........................... 51,84


 a Depreciação Acumulada de Imóveis ......................................... 51,84

12) Veículos...................................................................... 2.700,00


  a Caixa.................................................................................... 2.700,00

A Cia. Dona Emma vai depreciar o veículo em 4 anos. Logo, 25% ao ano. Então,

25% × 2.700,00 ÷ 12 = 56,25/mês × 2 = 112,50

13) Despesa com Depreciação de Veículos..........................112,50


 a Depreciação Acumulada de Veículos........................................112,50

As demonstrações contábeis (excessivamente detalhadas, repetimos) são:

COMPANHIA DONA EMMA


DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (15/9/x1 a 31/12/x1)

1. Vendas Brutas 38.790,00


2. Devolução de Vendas 280,00
3. Vendas Líquidas (1 – 2) 38.510,00
4. Custo das Mercadorias Vendidas 15.289,00
5. Lucro Operacional Bruto (3 – 4) 23.221,00
6. Despesas com Vendas 2.313,61
7. Despesas Administrativas 1.527,89
8. Despesa c/ Depreciação (loja) 51,84
9. Despesa c/ Depreciação (veículo) 112,50

10. Lucro Operacional Líquido (5 – 6 – 7 – 8 – 9) 19.215,16


108 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

COMPANHIA DONA EMMA


BALANÇO PATRIMONIAL (em 31/12/x1)

ATIVO PASSIVO

CIRCULANTE CIRCULANTE
Caixa 33.818,04 Fornecedores 6.000,00
Duplicatas a Receber 3.410,00 Títulos a Pagar (loja) 3.110,40
Mercadorias 2.711,00 Desp. Adm. a Pagar 212,89
39.939,04 Desp. c/ Vendas a Pagar 120,25
NÃO CIRCULANTE
IMOBILIZADO
Imóveis 5.184,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
(–) Depr. Acum. Imóveis 51,84 Capital Social 20.000,00
Veículos 2.700,00 (–) Capital a Integralizar (1.000,00)
(–) Depr. Acum.Veículos 112,50 Reserva de Lucros 19.215,16
7.719,66
Total 47.658,70 Total 47.658,70

6. COMPANHIA MODELO

Disponível Dupl. a Receber Estoque


5.000 3.000 (4) 3.500 2.000 (3) 7.000 5.000 (1)
(2) 14.000 1.000 (5) 1.500 2.000
(3) 2.000
17.000 Instalações Fornecedores
1.500 2.000

Terrenos Impostos a Recolher Capital


4.150 2.300 10.000

Contas a Pagar CMV Vendas Brutas


(4) 3.000 3.000 (1) 5.000 5.000 (12) (8) 14.000 14.000 (2)

Reserva de Lucros Desp. Deprec. Depreciação Acum.


3.700 (7) 12,5 12,5 (11) 150
4.987,5 (13) 12,5 (7)
8.687,5
A t i v o N ã o Ci rc u l a n t e – I m o b i l i z a d o e D e p re c i a ç ão 109

Salários a Pagar Despesas com Vendas Despesas de Salários


3.000 (6) (5) 1.000 1.000 (10) (6) 3.000 3.000 (9)

Apuração do Resultado do
Exercício – ARE
(9) 3.000 14.000 (8)
(10) 1.000
(11) 12,5
(12) 5.000
(13) 4.987,5 4.987,5

COMPANHIA MODELO
BALANÇOS PATRIMONIAIS

Ativo 20x3 1-20x4 Passivo 20x3 1-20x4

Circulante Circulante
Caixa 5.000 17.000 Fornecedores 2.000 2.000
Duplicatas a Receber 3.500 1.500 Salários a Pagar – 3.000
Mercadorias 7.000 2.000 Contas a Pagar 3.000 –
15.500 20.500 Impostos a Recolher 2.300 2.300
7.300 7.300
Não Circulante Patrimônio Líquido
Imobilizado Capital 10.000 10.000
Terrenos 4.150 4.150 Reserva de Juros 3.700 8.687,5
Instalações 1.500 1.500 13.700 18.687,5
(–) Depreciação Acum. (150) (162,5)
5.500 5.487,5
Total 21.000 25.987,5 Total 21.000 25.987,5

COMPANHIA MODELO
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO DOS EXERCÍCIOS

20x4

1. Vendas 14.000,00
2. CMV 5.000,00
3. Lucro bruto (1 – 2) 9.000,00
4. Despesas c/ Vendas 1.000,00
5. Despesas de Salários 3.000,00
6. Despesas de Depreciação 12,50
7. Lucro Líquido 4.987,50
110 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

C – QUESTÕES

1. Não se trata de julgar como foram fixados os 20% pelos donos (e talvez gestores).
Trata-se, isso sim, de alertar os CONTABILISTAS para o grave erro contido na resposta.
Quando o fisco estabelece taxas de depreciação, valem elas PARA FINS FISCAIS, ou seja, como
limites para a despesa a ser considerada quando do cálculo do imposto de renda da empresa.
NADA IMPEDE que taxas diferentes sejam utilizadas, desde que, quando do cálculo do imposto,
haja o recálculo pelas taxas legalmente admissíveis. A conciliação se faz através do LALUR, embasado
em papéis de trabalho.
Por vezes é bom lembrar que o fisco é apenas um dos usuários da Contabilidade e que, por isso, a
escrituração não deveria ser feita tendo o RIR como “guia-mestre”.

2. A MP 449/08, depois Lei no 11.941/09, criou o grupo contábil Ativo não Circulante, que foi a união dos
grupos Ativo Realizável a Longo Prazo e o Ativo Permanente.
As modificações ocorreram para tornar-se compatível a Contabilidade Brasileira com as Normas
Internacionais (IAS/IFRS).
13
Balanço Patrimonial

A – TESTES

1. (d)

2. (c)

3. (c)

4. (b)

5. (d) As três outras alternativas não são válidas como complemento da sentença, pois adotam o verbo
no imperativo (. . . será . . .). E tal não obrigatoriamente ocorre, uma vez que as informações dadas não
permitem concluir que “será”.

6. (a)

7. (d)

8. (e)

9. (c)

10. (b) Com relação ao Ativo, isso se encontra no § 1o do artigo 178.


Com relação ao Passivo, a lei não foi explícita: depreende-se isso pela ordem estabelecida para os
grupos, contidas no § 2o do mesmo artigo 178.
112 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

B – QUESTÕES

1. Só os títulos e os saldos das três contas mencionadas NÃO PERMITIRIAM imaginá-las corretamente
posicionadas no BP.
As duas primeiras (Duplicatas a Receber e Títulos a Pagar), por uma questão de prazo previsto
para recebimento/pagamento. NADA HÁ, nos nomes, que indique pertencerem obrigatoriamente ao
Ativo Circulante ou Passivo Circulante (como se é naturalmente induzido a pensar!).
Quanto à conta TERRENOS, poderia estar ela ajustada a qualquer dos dois grupos do Ativo (Ativo
Circulante e Ativo não Circulante)!
Insistimos que a “roupa não faz o santo”; se a nomenclatura da conta não fala por si própria,
é inútil insistir com argumentos que começam por: “Presume-se ...”, “Normalmente ...”, “Quase
sempre ...”.

2. O assunto é tratado no Art. 178 § 2o III da Lei das Sociedades por Ações. A divisão legal das contas
pertencentes ao Patrimônio Líquido é a seguinte:

• Capital Social
• Reserva de Capital
• Ajuste de Avaliação Patrimonial
• Reservas de Lucros
• Ações em Tesouraria
• Prejuízos Acumulados (incluindo pela Lei de no 11.941/09)
Nota-se que houve alteração na estrutura do Patrimônio Líquido a partir de 2008. As principais
alterações foram o surgimento do subgrupo “Ajustes de Avaliação Patrimonial”, supressão do subgru-
po “Reserva de Reavaliação” e supressão dos “Lucros Acumulados”.

3. A resposta mais simples e direta seria: “Não se avalia o que não existe”!
O PL é fruto, a qualquer momento (e nas atuais circunstâncias em que a Contabilidade é prati-
cada), da diferença entre o Ativo e o Passivo (este último com a conotação de obrigações para com
terceiros). Ele surge, portanto, de uma operação algébrica e é registrado na Contabilidade.
Seu crescimento ou sua redução (do PL) se deve a oscilações nos valores totais do Ativo e do
Passivo. Logo, ele, por si próprio, não cresce nem diminui. Ele é consequência do Ativo e do Passivo.
Logo, não houve “esquecimento” do legislador. Ao estabelecer “critérios de avaliação do ativo” e
estabelecer “critérios de avaliação do passivo” (obrigações com 3os) SE ESTÁ, indiretamente, estabele-
cendo “critérios de avaliação para o PL”!
14
Demonstração do Resultado do Exercício e
Demonstração do Resultado Abrangente

A – TESTES

1. (c)

2. (a)

3. (c)

4. (c)

5. (d)

6. (b)

7. (b)

8. (d)

9. (b)

10. (b)
114 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

B – QUESTÕES

1. As finalidades básicas da DRE são: evidenciar o resultado (lucro ou prejuízo) líquido de um período e
apresentar, de modo conveniente, todas as receitas, despesas e custos que interferem na formação de
tal resultado.
A DRE deve ser elaborada, em princípio, uma só vez ao término do exercício social. Todavia, casos
há em que, por força de legislação específica, ela é elaborada no final de cada semestre civil (caso das
instituições financeiras). O fato de essas instituições apurarem seus resultados semestralmente não
significa que seus exercícios sociais sejam de seis meses! São de 12 meses.
Por fim, para finalidades gerenciais (internas), podem ser elaboradas DREs abrangendo períodos
mais curtos da vida da empresa.

2. As Receitas e as Despesas são contas de Resultado do período, que devem ser encerradas no final do
exercício, para que se apure o resultado do exercício. Esse resultado, lucro ou prejuízo, será obtido com
a confrontação das Receitas e das Despesas. Uma vez apurado, o resultado será incorporado ao Patri-
mônio Líquido, por meio das contas Prejuízo Acumulado, quando o resultado for negativo, ou Reserva
de Lucros, quando o resultado for positivo.
As contas de resultado, Receitas e Despesas, modificam a Situação Líquida da empresa e repre-
sentam variações no Patrimônio da entidade. Essas contas não fazem parte do Balanço Patrimonial,
mas permitem que o resultado do exercício seja apurado.
Portanto, se houvesse a possibilidade de classificar as contas de resultados no Balanço Patrimonial,
seriam classificadas no Patrimônio Líquido.

3. Porque o BP que é publicado diz respeito a um momento que, via de regra, data do término do exercí-
cio social. Em tal ocorrendo, nessa mesma data ocorreram dois fenômenos: a “apuração do resultado
do exercício” e a “destinação do resultado”.
O primeiro deles é responsável por tornar as contas de receitas e de despesas com saldo nulo,
motivo pelo qual não aparecem no BP.
Raciocínio idêntico pode ser feito, por exemplo, no caso dos BPs semestrais de instituições finan-
ceiras, com o cuidado “de não se falar em apuração do resultado do exercício”, mas “do semestre”.

4. A DRE não explica “toda e qualquer” variação quantitativa do Patrimônio Líquido, uma vez que este
pode variar sem que em decorrência de receitas auferidas ou de despesas/custos incorridos. Exemplos
disso seriam os aumentos de Capital com recursos novos (dinheiro ou bens), as distribuições de lucros
(dividendos) aos proprietários, só para exemplificar dois casos. Há casos, também, dos reflexos das
reavaliações de ativos e de redução do capital social.

5. O princípio da realização da receita recomenda que a empresa reconheça contabilmente as receitas no


momento em que a empresa fizer jus a elas, independentemente de estarem sendo recebidas naquele
momento. Já o princípio da confrontação das despesas determina que, tão logo se reconheçam recei-
tas, as despesas a elas referentes devem também ser passíveis de registro contábil.
Ora, por ser a DRE uma demonstração que congrega receitas e despesas de um período de tempo
(via de regra, um exercício social), nela devem-se espelhar, nas suas últimas consequências, os dois
princípios citados se, naturalmente, foi bem elaborada.
Dem o ns traç ão do R e s u l t a d o d o E xe rc í c i o e D e m o n s t ra ç ã o d o Re su l t a d o A b ra n g e n te 115

Obs.: Há quem defenda a substituição dos dois princípios citados pelo que se denomina“princípio
da competência”, o que, de forma alguma, colide com a resposta sugerida.

6. A explicação que poderia ser dada, sem invocar a tese do “esquecimento do contador”, é a seguinte: a
relevância das informações que seriam obtidas se criadas aquelas contas para apenas dois funcionários
não era tal que compensasse o custo de gerar tais informações (elaboração de folhas de pagamento
separadas, slipamentos separados, registros separados etc.). Assim, a empresa deve ter optado registrar
os salários e os encargos daqueles dois funcionários juntamente com os da área administrativa.
Obs.: A discussão em torno do assunto “relevância” (“materialidade”) não deve, jamais, tentar
estabelecer regras imutáveis. Na vida prática inexistem regras que resolvem todos os casos.

7. A Lei das Sociedades por Ações estabeleceu o “mínimo” que deve ser divulgado numa DRE. Nada
impede que as empresas elaborem e divulguem DREs mais analíticas (detalhadas).
Para fins gerenciais (internos) ou para atender solicitações especiais (dos acionistas, de órgãos
governamentais), pode ser interessante (e, às vezes, obrigatório) “abrir” certos itens da DRE.
15
Demonstração de Lucros ou
Prejuízos Acumulados

A – TESTES

1. (c) Observe-se que no momento em que elaborada e publicada a DMPL, está, “a reboque”, sendo
elaborada e publicada a DLPA.

2. (b) Cabe ao ministrante mostrar claramente aos alunos os valores que aparecem simultaneamente nos
BPs e na DRE, mostrando a mencionada integração.

3. (b) Da “competência” para não “misturar” receitas/despesas de um período com as de outro. Da “con-
sistência” para que as comparações das demonstrações ao longo do tempo não sejam prejudicadas.

4. (d) A palavra reversão aqui utilizada é no sentido de“voltar às origens”, ou seja, à conta Lucros Acumu-
lados, de onde saíram aquelas reservas.

5. (e) É o texto do artigo 202, I, § 2o, da Lei no 6.404/76.

6. (a) É o texto do § 2o do artigo 186 da Lei no 6.404/76.

7. (b)

8. (a)
D e m o n st ra ç ã o d e L u c ro s o u P re j u í z o s A c u m u l a d os 117

B – EXERCÍCIOS

1. COMPANHIA ARMAÇÃO

COMPANHIA ARMAÇÃO
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DOS EXERCÍCIOS

20x3 20x4

1. Venda de Mercadorias 92.500 119.392


2. Custo das Mercadorias Vendidas 68.650 102.320
3. Lucro Op. Bruto (1 – 2) 28.850 17.072
4. Despesas c/ Vendas 1.350 3.840
5. Despesas Financeiras 650 1.880
6. Despesas Administrativas 3.850 5.600
7. Lucro Operacional Líquido (3 – 4 – 5 – 6) 18.000 5.752
8. Receita Venda Ativos Permanentes –0– 325
9. Custo Ativo Perm. Baixados –0– 77
10. Lucro Não Operacional (8 – 9) –0– 248
11. Lucro antes do Imp. Renda (7 + 10) 18.000 6.000
12. Desp. com Imp. Renda 7.000 2.100
13. Lucro Líquido Exercício (11 – l2) 11.000 3.900
14. Lucro por Ação do Capital 2,95 0,37

COMPANHIA ARMAÇÃO
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (20x3)

Capital Social Reserva Legal Lucros Acuml. Totais

Saldos em 31/12/x2 5.000 200 176 5.376


Aumento de Capital em moeda 1.100 – – 1.100
Lucro Líquido de 20x3 – – 11.000 11.000
Destinação Proposta:
Reserva Legal – 550 (550) –0–
Dividendos – – (2.090) (2.090)
Saldos em 31/12/x3 6.100 750 8.536 15.386
118 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

COMPANHIA ARMAÇÃO
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (20x4)

Capital Social Reserva Legal Lucros Acuml. Totais

Saldo em 31/12/x3 6.100 750 8.536 15.386


Aumento de Capital em moeda 900 – – 900
Aumento de Capital com Lucros Acumulados 3.500 (3.500) –0–
Lucro Líquido de 20x4 – – 3.900 3.900
Destinação Proposta:
Reserva Legal – 195 (195) –0–
Dividendos – – (2.205) (2.205)
Saldos em 31/12/x4 10.500 945 6.536 17.981

COMPANHIA ARMAÇÃO
BALANÇOS PATRIMONIAIS EM

ATIVO 31/12/x3 31/12/x4

CIRCULANTE
Caixa 23.100 1.162
Duplicatas a Receber 5.200 22.592
Títulos a Receber 100 –0–
Mercadorias 4.850 530
NÃO CIRCULANTE
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
Títulos a Receber –0– 325
IMOBILIZADO
Terrenos –0– 1.000
Edificações 3.900 5.700
Deprec. Acumul. Edificações (533) (701)
Veículos 1.560 900
Deprec. Acumul. Veículos (614) (255)
TOTAIS 37.563 31.253
D e m o n st ra ç ã o d e L u c ro s o u P re j u í z o s A c u m u l a d os 119

PASSIVO 31/12/x3 31/12/x4

CIRCULANTE
Fornecedores 8.482 1.282
Dividendos a Pagar 2.090 2.205
Imposto de Renda a Pagar 7.000 2.100
Empréstimos Bancários a Pagar 405 3.285
NÃO CIRCULANTE
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
Empréstimos Bancários 4.200 4.400
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social 6.100 10.500
Reserva Legal 750 945
Reserva de Lucros 8.536 6.536
TOTAIS 37.563 31.253

2. COMPANHIA URUSSANGA

1., 2. e 3.

Caixa e Bancos Duplicatas a Receber Estoques


300 400 2.800

Títulos a Receber LP Participações Societárias Terrenos


380 2.700 21.600

Fornecedores Salários a Pagar Outras Contas a Pagar


500 850 600

Empréstimos Bancários Capital Reserva Legal


4.000 14.966 1.200
36 (8)
1.236
120 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

Reserva Estatutária Lucros Acumulados Vendas de Mercadorias


4.000 984 (1) 21.000 21.000
72 (9) 720 (7)
4.072 (8) 36
(9) 72
(10) 342
1.254

CMV Despesas Administrativas Despesas de Vendas


16.600 16.600 (2) 1.400 1.400 (3) 500 500 (4)

Despesas Financeiras Imposto de Renda a Pagar Dividendos a Pagar


1.420 1.420 (5) 360 (6) 342 (10)

Apuração do Res. Exercício – ARE


(2) 16.600 21.000 (1)
(3) 1.400
(4) 500
(5) 1.420
(6) 360
(7) 720 720

4.

COMPANHIA URUSSANGA
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (20x6)

1. Venda de Mercadoria 21.000,00


2. Custo de Mercadorias 16.600,00
3. Lucro Operacional Bruto 4.400,00
4. Despesas com Vendas 500,00
5. Despesas Administrativas 1.400,00
6. Despesas Financeiras 1.420,00
7. Total das Despesas Operacionais 3.320,00
8. Lucro antes do Imposto de Renda 1.080,00
9. Despesa com Imposto de Renda 360,00
10. Lucro Líquido do Exercício 720,00
D e m o n st ra ç ã o d e L u c ro s o u P re j u í z o s A c u m u l a d os 121

COMPANHIA URUSSANGA
BALANÇO PATRIMONIAL (31/12/x6)

ATIVO PASSIVO

CIRCULANTE CIRCULANTE
Caixas e Bancos 300,00 Fornecedores 500,00
Duplicatas a Receber 400,00 Salários a Pagar 850,00
Estoques 2.800,00 Outras Contas a Pagar 600,00
NÃO CIRCULANTE Imposto de Renda a Pagar 360,00
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Dividendos a Pagar 342,00
Títulos a Receber 380,00 NÃO CIRCULANTE
INVESTIMENTOS Empréstimos Bancários 4.000,00
Participações Societárias 2.700,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Terrenos 21.600,00 Capital Social 14.966,00
Reserva Legal 1.236,00
Reserva Estatutária 4.072,00
Reserva de Lucros 1.254,00
TOTAL 28.180,00 TOTAL 28.180,00

COMPANHIA URUSSANGA
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (20x6)

RESERVAS Lucros
Capital Social (Prejuízos) Totais
Legal Estatutárias Acumulados

Saldos em 31/01/X5 936 1.200 4.000 984 7.120


Aumento Capital c/Reserva
Aumento Capital em Moeda 14.030 14.030
Lucro Líquido 20x6 720 720
Destinação:
Reserva Legal 36 (36)
Reserva Estatutária 72 (72)
Dividendos (342) (342)
Saldos em 31/12/x6 14.966 1.236 4.072 1.254 21.528
122 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

3. COMPANHIA DOS LIMÕES

1.

COMPANHIA DOS LIMÕES


DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO DOS EXERCÍCIOS

20x1 20x2

1. Vendas de Mercadorias 218.710 349.432


2. Custo das Mercadorias Vendidas 210.000 290.100
3. Lucro Operacional Bruto (1 – 2) 8.710 59.332
4. Despesas com Vendas 1.400 2.900
5. Despesas Financeiras 2.400 5.532
6. Despesas Administrativas 4.200 6.100
7. Receita Financeira 490 –
8. Lucro Antes do Imposto de Renda 1.200 45.000
9. Despesas com Imposto de Renda 420 15.750
10. Lucro Líquido do Exercício (9 – 10) 780 29.250
11. Lucro por Ação do Capital 0,07 1,09

2.

COMPANHIA DOS LIMÕES


DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (20x1)

Capital Social Lucros Acum. Totais

Saldos em 31/12/x0 3.500 35 3.535


Aumento Capital com Moeda 8.050 – 8.050
Lucro Líquido de 20x1 – 780 780
Dividendos propostos (e pagos) – (80) (80)
Saldo em 31/12/x1 11.550 735 12.285
D e m o n st ra ç ã o d e L u c ro s o u P re j u í z o s A c u m u l a d os 123

COMPANHIA DOS LIMÕES


DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (20x2)

Capital Social Lucros Acum. Totais

Saldo em 31/12/x1 11.550 735 12.285


Aumento Capital em Moeda 15.400 – 15.400
Lucro Líquido de 20x2 – 29.250 29.250
Dividendos Propostos – (6.220) (6.220)
Saldos em 31/12/x2 26.950 23.765 50.715

3.

COMPANHIA DOS LIMÕES


BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO 20x1 20x2 PASSIVO 20x1 20x2

CIRCULANTE CIRCULANTE
Caixas e Bancos – 6.220 Fornecedores 3.000 53.000
Duplicatas a Receber 1.000 62.409 Imposto de Renda a Pagar 420 15.750
Estoques 8.000 37.900 Outras Contas a Pagar 2.963 1.270
Títulos a Receber 50 600 Dividendos a Pagar 6.220
NÃO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE
REAL. A LONGO PRAZO Empréstimos Bancários 3.150 7.350
Títulos a Receber 630 30
IMOBILIZADO
Terrenos 1.050 2.450
Edificações 12.600 29.400 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
(-) Depr. Acumul. Edificações (1.512) (4.704) Capital Social 11.550 26.950
Lucros Acumulados 735 23.765

TOTAL 21.818 134.305 TOTAL 21.818 134.305


124 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

4. VILA TOROPI S.A.

1.

VILA TOROPI S.A.


BALANÇOS PATRIMONIAIS (históricos)

ATIVO 31/12/x4 31/12/x5 PASSIVO 31/12/x4 31/12/x5

CIRCULANTE CIRCULANTE
Caixa e Bancos 5.344 87.720 Fornecedores 6.000 16.000
Duplicatas a Receber 32.776 25.500
Mercadorias 18.000 28.000 NÃO CIRCULANTE
Títulos a Receber 5.000 52.000 Empréstimos Bancários 8.000 8.000
NÃO CIRCULANTE
REAL. LONGO PRAZO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Títulos a Receber 15.000 23.000 Capital Social 8.100 8.100
INVESTIMENTOS Lucros Acumulados 57.520 184.120
Terrenos 3.500 –0–

TOTAIS 79.620 216.220 TOTAIS 79.620 216.220

A conta Títulos a Receber deve aparecer tanto no A. Circulante como no A. Realizável a Longo Prazo. Parece
não haver dúvida de que os Terrenos devem figurar no subgrupo Investimentos.
2.

VILA TOROPI S.A.


DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (20x4 e 20x5)

Capital Social Lucros Acum. Totais

Saldos em 31/12/x3 (vide observação) 3.780 8.176 11.956


Aumento de Capital (22/4/x4) 4.320 4.320
Lucro líquido em 20x4 – 53.000 53.000
Destinação: (3.656)
Dividendos (pagos em 31/12/x4) – (3.656)
Saldos em 31/dez./x4 8.100 57.520 65.620
Lucro líquido de 20x5 – 126.600 126.600
Saldos em 31/12/x5 8.100 184.120 192.220

Observe que a 1a linha das DMPLs (estão as duas em um só quadro!) é obtida por diferença, visto que seus
valores não foram fornecidos diretamente.
D e m o n st ra ç ã o d e L u c ro s o u P re j u í z o s A c u m u l a d os 125

5. COMPANHIA VILIAM WAGNER

COMPANHIA VILIAM WAGNER DEMONSTRAÇÃO


DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (20x9)

1. Receita de Serviços 10.000


2. Custo dos Serviços Prestados 8.000
3. Lucro Operacional Bruto (1 – 2) 2.000

4. Despesas com Vendas 400


5. Despesas Administrativas 1.850
6. Total Desp. Operacionais (4 + 5) 2.250
7. Prejuízo Líquido do Exercício (3 – 6) (250)

COMPANHIA VILIAM WAGNER


BALANÇOS PATRIMONIAIS (em 31/dezembro)

ATIVO 31/12/x8 31/12/x9 PASSIVO 31/12/x8 31/12/x9

CIRCULANTE CIRCULANTE
Caixa 500 652 Despesas a Pagar –0– 1.125
Duplicatas a Receber –0– 2.000
NÃO CIRCULANTE
INVESTIMENTO
Partic. Societárias 500 1.750 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
IMOBILIZADO Capital Social 2.000 7.000
Terrenos 1.000 3.500 Prejuízos Acumulados –0– (250)
Totais 2.000 7.875 Totais 2.000 7.875

COMPANHIA VILIAM WAGNER


DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS (20x9)

1. Saldo Inicial (31/12/x8) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . – 0 –


2. Prejuízo do exercício de 20x9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (250)
3. Saldo final em 31/12/x9 (1 – 2) . . . . . . . . . . . . . . . . . (250)
126 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

6. COMPANHIA ALEX

1.

COMPANHIA ALEX
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (20x3)

Reserva
Reserva de Lucros
Capital
Lucros
Capital
(Prej.) Totais
Realizado Ágio
Lucros Acuml.
Emis. Legal Estat. Conting. Orçam.
a Real.
Ações

Saldo em 31/12/x2 200.000 2.000 10.000 20.000 10.000 30.000 8.000 100.000 380.000
Aumento capital c/ Reservas (ago.) 12.000 (2.000) – (10.000) – – – – –
Integralização Capital (abr./x3) 50.000 – – – – – – – 50.000
Aumento Capital (jul./x3) 240.000 80.000 – – – – – – 320.000
Reversão da Res. para Contingências – – – – (10.000) – – 10.000 –
Reversão da Res. do Lucro Realizar – – – – – – (8.000) 8.000 –
Lucro Líquido de 20x3 – – – – – – 780.000 780.000
Destinação Proposta – –
Reserva Legal – – 39.000 – – – – (39.000) –
Reserva Estatutária – – – 78.000 – – – (78.000) –
Reserva Orçamentária – – – – – 63.000 – (63.000) –
Reserva p/ Contingências – – – – – – – (60.000) –
Reserva Lucros a Realizar – – – – – – 90.000 (90.000) –
Dividendos – – – – – – – (198.000) (198.000)
Saldo em 31/12/x3 502.000 80.000 49.000 88.000 40.000 93.000 86.000 394.000 1.332.000

2. Não apresentaremos a DLPA, mas ela deve ser montada pelos alunos, de modo que observem a dife-
rença entre ela e a DMPL.
Ao calcular a Reserva de Lucros a Realizar ($ 90.000) deve ser lido textualmente o artigo 197 da Lei
das S.A. e mostrado por que apenas $ 90.000 ($ 330.000 – $ 39.000 – $ 78.000 – $ 60.000 – $ 63.000).
Mostrar que o parágrafo único do artigo 197 define o que sejam “lucros a realizar”.
O cálculo do dividendo (30% sobre o Lucro Líquido ajustado na forma do artigo 202 da Lei
no 6.404/76) é:
D e m o n st ra ç ã o d e L u c ro s o u P re j u í z o s A c u m u l a d os 127

Lucro Líquido 780.000


– Reserva Legal – 39.000
– Reserva para Contingências – 60.000
– Reserva Lucros a Realizar – 63.000
+ Reversão Reserva p/ Contingências – 63.000
+ Reversão Reserva Lucros a Realizar + 30.000
Base de cálculo dos dividendos 660.000
Logo: 30% de $ 660.000 = 198.000

C – QUESTÕES

1. A resposta sincera seria: NENHUMA UTILIDADE! O saldo da conta Lucros (Prejuízos) Acumulados
nada informa se observado isoladamente. Convém alertar os senhores ministrantes que a Comissão de
Valores Mobiliários – CVM tem adotado postura bastante enérgica com relação à conta Lucros (Prejuí-
zos) Acumulados. Para tal, vide Pareceres de Orientação CVM nos 15/87 e 17/89.

2. Não! O saldo da conta Lucros (Prejuízos) Acumulados não permite conhecer o resultado de um exer-
cício. A exceção existe, mas é um caso extremamente particular.

3. A relação existe no momento em que ocorre a constituição das “reservas de lucros” (tal fato aparece na
DLPA) e nos casos em que “reservas de lucros” anteriormente constituídas são revertidas à conta de
Lucros (Prejuízos) Acumulados (tais reversões também aparecem na DLPA).

4. Mesmo antes de ser legalmente exigida por lei, muitas empresas já elaboravam e publicavam a DLPA.
E fazê-lo conduz a um comportamento, quando dos registros, condizente com as demonstrações
geradas.
Como o nome indica, a conta ARE cumpre sua finalidade ao auxiliar na apuração do resultado.
Portanto, a ARE deve ser utilizada apenas para tal. A destinação do resultado (atualmente mostrada
na DLPA, ou na DMPL) deve, portanto, ser feita na conta Lucros (Prejuízos) Acumulados. O “atalho”
proposto não deve ser usado!

5. O próprio texto já responde ao questionamento feito. O contador errou, uma vez que o objetivo era
“melhor informar”. Deveria ter optado pela DMLP.

6. Que a decisão não provocará o ingresso de recursos novos de forma a incrementar os investimentos da
Cia. Progresso como pensam os diretores. Para tal, seria necessário, isso sim, aumentos de Capital So-
cial com a integralização em moeda e/ou bens. A decisão pode, no máximo, surtir o efeito psicológico
de“evitar o desejo de os acionistas receberem dividendos”com base nos saldos de Lucros Acumulados,
por exemplo.

7. São duas coisas distintas existir “lucros a realizar”, assim definidos no Parágrafo único do artigo 197
da Lei no 6.404/76, e constituir a Reserva de Lucros a Realizar prevista no caput no mesmo artigo 197.
128 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

Mesmo supondo que existiram “lucros a realizar” no exercício, a formação da “reserva de lucros a
realizar” só será concretizada se:
• a assembleia geral aprovar;
• se os órgãos da administração (Diretoria e/ou Conselho de Administração) tiverem proposto
a formação da reserva;
• a proposição antes mencionada só poderia ter sido feita se o valor dos “lucros a realizar” fosse
maior que o somatório do que já tivesse sido destinado para as reservas previstas nos artigos
193 a 196 e, assim mesmo, pelo excesso.
16
Demonstração dos Fluxos de Caixa

A – TESTES

1. (d)

2. (b) A palavra “parte” tem sua razão de ser, pois nem todos os ajustes visam eliminar do resultado os
itens de receitas/despesas que não afetaram o CCL, Exemplo: vide Teste no 4.

3. (d) Foi a recomendação dada no livro-texto.

4. (c)

5. (c)

6. (d)

B – EXERCÍCIOS

1. A gestão de caixa é a atividade da administração financeira que objetiva a otimização dos recursos
financeiros, integrada às demais atividades da empresa.
Uma boa administração do caixa depende da harmonia entre as saídas e as entradas de recursos
financeiros, sendo que pode haver sobra ou falta de dinheiro, que obrigará o administrador financeiro
a buscar soluções para resolver situações dessa natureza.
130 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

A análise e o planejamento do Fluxo de Caixa são ferramentas básicas para a administração da


empresa. Portanto, o Fluxo de Caixa assume importante papel no planejamento financeiro.
Para uma perfeita análise das informações do Fluxo de Caixa de uma organização, deve ser apre-
sentada uma estrutura com determinado grau de detalhamento, para que o administrador possa ana-
lisar, entender e decidir adequadamente sobre sua liquidez.

2. Comparação entre o Método Direto e o Método Indireto


A única diferença que existe entre os dois métodos está na apresentação das atividades operacio-
nais. O método direto apresenta uma transação (recebimento de clientes pela venda de mercadorias
e pela prestação de serviços, pagamentos de caixa a fornecedores, pagamento de caixa a empregados
etc.), enquanto o método indireto apresenta a conciliação entre o lucro líquido e o fluxo de caixa das
atividades operacionais.
Em relação às vantagens e às desvantagens entre os dois métodos, podemos observar que:

Método Indireto – Vantagens


1. Representa baixo custo. Basta utilizar dois balanços patrimoniais (o do início e o do final do pe-
ríodo), a demonstração de resultados e algumas informações adicionais obtidas na contabilidade.
2. Concilia lucro contábil com fluxo de caixa operacional líquido, mostrando como se compõe a
diferença.

Método Indireto – Desvantagens


1. O tempo necessário para gerar as informações pelo regime de competência e para depois con-
vertê-las para regime de caixa é um tempo longo. Se isso for feito uma vez por ano, por exemplo,
podemos ter surpresas desagradáveis e tardiamente.
2. Se há interferência da legislação fiscal na contabilidade oficial, e geralmente há, o método indireto
irá eliminar somente parte dessas distorções.

Método Direto – Vantagens


1. Cria condições favoráveis para que a classificação dos recebimentos e pagamentos siga critérios
técnicos, e não fiscais.
2. Permite que a cultura de administrar pelo caixa seja introduzida mais rapidamente nas empresas.
3. As informações de caixa podem estar disponíveis diariamente.

Método Direto – Desvantagens


1. O custo adicional para classificar os recebimentos e pagamentos.
2. A falta de experiência dos profissionais da área financeira em usar as partidas dobradas para clas-
sificar os recebimentos e pagamentos.
D e m o n st ra ç ã o d o s F l u xo s d e Ca i x a 131

3.

Demonstração dos Fluxos de Caixa – Método Direto

1. Atividades Operacionais
Recebimentos de Clientes 330.000
Pagamento de Fornecedores (189.000)
Pagamento de Despesas (50.000)
Imposto de Renda Pago (5.000)
Caixa Líquido das Atividades Operacionais 86.000
2. Atividades de Investimentos
Pagamento de Imobilizado (30.000)
Pagamento de Investimentos (3.000)
Caixa Líquido das Atividades de Investimentos (33.000)
3. Atividades de Financiamentos
Aumento de Capital 20.000
Pagamentos de Dividendos (3.000)
Pagamentos de Financiamentos (70.000)
Caixa Líquido das Atividades de Financiamentos (53.000)
Caixa Gerado no Período (1 + 2 + 3) 0
Caixa e Equivalente de Caixa no Início do Período 10.000
Caixa e Equivalente de Caixa no Final do Período 10.000
132 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

Demonstração dos Fluxos de Caixa – Método Indireto

Atividades Operacionais
Lucro Líquido 35.000
Ajustes por:
+ Depreciação 10.000
Lucro que afeta o Caixa 45.000
Variações no Circulante
Redução de Clientes 32.000
Aumento de Estoques (49.000)
Aumento de Fornecedores 60.000
Caixa Gerado nas Atividades Operacionais 88.000
Atividades de Investimentos
Aquisição de Imobilizado (30.000)
Aquisição de Investimentos (3.000)
Caixa Consumido pelas Atividades de Investimentos (33.000)
Atividades de Financiamentos
Aumento de Capital 20.000
Pagamentos de Dividendos (5.000)
Pagamentos de Financiamentos (70.000)
Caixa das Atividades de Financiamentos (55.000)
Caixa Gerado no Período (1+2+3) 0
Caixa e Equivalente de Caixa no Início do Período 10.000
Caixa e Equivalente de Caixa no Final do Período 10.000

Sugiro que o professor acompanhe os alunos passo a passo, durante o desenvolvimento da resposta.
D e m o n st ra ç ã o d o s F l u xo s d e Ca i x a 133

4.

Modelo Direto

Período de 20x2 Em $ mil

a) Atividades Operacionais
Recebimento de Vendas 9.500
(–) Pagamentos de Compras (5.000)
Caixa Bruto obtido nas Operações 4.500

(–) Despesas Operacionais Pagas de Vendas Administrativas (500)


Caixa Gerado no Negócio (380)
(–) Despesas Financeiras Pagas 3.620
Caixa Gerado após as Operações Financeiras (500)
3.120
b) Atividades de Investimentos
(–) Aquisições de Imobilizados e Investimentos
Móveis e Utensílios (300)
Terrenos (1.000)
Ações de Outras Cias. (2.140) (3.440)
c) Atividades de Financiamentos
Integralização de Capital 1.500
Empréstimos Bancários 470
(–) Dividendos Pagos (850) 1.120
Resultado Final de Caixa 800
+ Saldo Existente em 31-12-x1 1.500
Saldo Existente em 31-12-x2 2.300
134 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

Modelo Indireto

PERÍODO DE 20x2 Em $ mil

ATIVIDADES OPERACIONAIS
Lucro Líquido apurado no Exercício 1.950
+ Depreciação 120
Lucro que afeta o Caixa 2.070
Variações no Circulante (Capital de Giro)
Ativo – Aumento de Duplicatas a Receber (reduz o Caixa) (500)
– Aumento de Estoques (reduz o Caixa) (500)
Passivo – Aumento de Fornecedores (melhora o Caixa) 1.000
– Aumento de Impostos a Pagar (melhora o Caixa) 1.050 1.050
Caixa Gerado nos Negócios 3.120
ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS
Aquisições de Ativo Não Circulante
– Móveis e Utensílios (300)
– Terrenos (1.000)
– Ações de outras Cias. (2.140) (3.440)
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS
– Integralização do Capital 1.500
– Novos Empréstimos Bancários 470
– Dividendos Pagos (850) 1.120
RESULTADO FINAL DO CAIXA 800
+ Saldo existente em 31-12-x1 1.500
Saldo existente em 31-12-x2 2.300

C – QUESTÕES

1. O modelo direto dá mais clareza, principalmente para o leigo em Contabilidade. É mais revelador e
fácil de ser analisado.
O modelo indireto (obrigatório nos EUA) é de difícil compreensão pelo leigo, porém é mais pro-
fundo, proporcionando melhores análises.
O fato de o modelo direto ser demasiadamente explícito inibe as empresas para divulgação ao
usuário externo. Todavia, para fins internos o modelo direto é mais usado.
A Lei no 11.638/07, que alterou a Lei das Sociedades por Ações, substituiu a Demonstração das
Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) pela Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC). A obriga-
toriedade será para as sociedades abertas. Além das sociedades de capital aberto, deverão seguir as
disposições da Lei, no que diz respeito à escrituração e à elaboração das demonstrações, as sociedades
de grande porte. Não ficou definido o modelo da DFC, se direto ou indireto.
D e m o n st ra ç ã o d o s F l u xo s d e Ca i x a 135

A explicação da substituição é que a DOAR é uma demonstração difícil de ser entendida pelo
leigo. Porém, a DFC modelo indireto é igualmente difícil. Assim, o ideal seria, sim, a DFC no lugar da
DOAR, mas DFC modelo direto.

2. Este modelo mostra as variações do Capital de Giro Próprio que afetam o Caixa. Por exemplo, acrésci-
mos sem Duplicatas a Receber (adia recebimento) e Estoque (provoca mais saída do Caixa) são fatos,
do ponto de vista puramente financeiro, ruins para o Caixa.
Conclusões como esta levam a empresa a trabalhar com Estoque Mínimo (adequar melhor a política
de estoque), trabalhar com uma política mais realista de Vendas a Prazo no sentido de enxugar Duplica-
tas a Receber (política de crédito, de cobrança, prazo de financiamento de vendas etc.).
Por outro lado, ampliar dívidas não onerosas (fornecedores, salários a pagar...) favorece o Caixa,
adiando pagamento. Isso leva a uma adequação do perfil do endividamento (qualidade, quantidade,
prazo da dívida).
Em outras palavras, a Análise da DFC Modelo Indireto evidencia objetivamente quais são as ope-
rações que prejudicam (ou melhoram) o Caixa e induz políticas gerenciais a corrigir ou aperfeiçoar os
resultados financeiros.

3. O lucro contábil apurado na DRE nem sempre se transforma em Caixa imediatamente (por exemplo,
Receita a Prazo). Outras parcelas puramente econômicas não se tornarão Caixa por algum tempo.
Na maioria das vezes, o Caixa gerado pelo lucro é imobilizado (aumenta Ativo), sacrificando o Ca-
pital de Giro. Outras vezes, o Caixa é destinado à amortização de financiamentos, diminuindo o Passivo.
São exemplos de operações que reduzem o Caixa (diminuindo o resultado financeiro), mas não são
tratadas como parcelas subtrativas na DRE (não diminuindo o lucro contábil).
Outras situações de Vendas e Compras desordenadas em termos de cronogramas financeiros, pra-
zos, ciclos operacional e financeiro etc. podem inicialmente evidenciar lucro contábil sem a geração de
caixa suficiente. Claro que compromissos com captação de dinheiro no mercado financeiro poderão
trazer ônus financeiro (juros...) que comprometerá o lucro contábil no futuro.
Um bom remédio é, no planejamento da empresa, harmonizar o orçamento operacional (DRE) com
o orçamento financeiro (DFC).
17
Demonstração do Valor Agregado, Notas
Explicativas e outras Evidenciações

A – TESTES

1. (d) (é a única relação que contam dois informes que não são considerados evidenciações às demonstrações
financeiras: o BP e a DRE!)

2. (c)

3. (b) o inciso III do artigo 133 da Lei no 6.404/76 é explícito quanto ao “parecer dos auditores indepen-
dentes, se houver”. E os §§ 3o e 4o do mesmo artigo exigem que seja ele publicado. Logo, mesmo não
havendo obrigatoriedade legal de possuir auditores externos, a sociedade anônima que os tiver NÃO
PODE DEIXAR de publicar o “parecer”.

4. (a)

5. (c) (vide letra i do § 5o do artigo 176 da Lei no 6.404/76).

6. (d)

7. (c)

8. (b)

9. (c)
Dem o ns traç ã o d o Va l o r A g re g a d o , N o t a s E xp l i c a t i va s e o u t ra s E v i d e n c i a ç õ es 137

B – EXERCÍCIOS SOBRE DVA

1. Pela análise da Demonstração do Valor Adicionado (DVA), consta-se que essa empresa gerará de sa-
lários o valor de 15,00 anuais, a prefeitura terá gastos anuais de 18,00 e propõe isenção dos impostos
municipais por 10 anos.
Os únicos valores que certamente ficarão no município são os correspondentes aos salários, pois
o pró-labore e dividendos serão pagos aos proprietários da empresa que poderão ter outros interesses
que não estejam localizados no município.
Sendo assim, para que a prefeitura municipal dê os benefícios solicitados, é necessário barganhar
algo mais, como, por exemplo, que todo o lucro seja realmente reaplicado no município, caso contrário
a instalação daquela empresa não trará benefícios para ele.

2. Pela observação da Demonstração do Valor Adicionado constata-se que, enquanto a empresa alemã
tem uma tendência mais“social”de distribuição dos resultados, a empresa francesa privilegia de forma
acentuada os donos do capital, seja através do pagamento de dividendos ou então pela reaplicação dos
resultados obtidos diretamente na empresa.
Para tanto, vejamos os seguintes comparativos:
a) Enquanto a empresa alemã distribuiu 79,3% aos empregados, a empresa francesa distribuiu
60,3%;
b) A empresa alemã pagou de impostos 14,5% e a francesa 6,1%;
c) A empresa alemã pagou aos acionistas 0,7% e a francesa 5,6%.
Portanto, o foco da empresa francesa são os donos do capital, já para a alemã há uma tendência
maior de contemplar o social.

3. Um fator que pode ser percebido na demonstração do valor adicionado é que nada foi reaplicado na
empresa, pois todo o valor agregado teve uma destinação, seja na condição de remuneração do traba-
lho, impostos, custo da mercadoria ou distribuição de dividendos.
Para tanto, basta ir diminuindo das receitas o valor das despesas, chegando-se ao final a um resul-
tado “zero”, ou seja, tudo o que foi produzido foi distribuído, não sobrando nada para ser reinvestido
na própria empresa.

C – QUESTÕES

1. Sem dúvida, publicaria. Também o Parecer do Conselho Fiscal é uma “evidenciação”.

2. Julgamos que houve um “preciosismo” exagerado por parte do Diretor Econômico-Financeiro, pois a
informação era irrelevante qualitativa e quantitativamente. Qualitativamente, pois se tratava de equi-
pamentos de escritório em uma empresa comercial.
138 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

Quantitativamente, os percentuais do enunciado já o evidenciam. Além do mais, o Diretor não


levou as demonstrações e as notas a uma importante reunião de negócios. Nem se tratava, pois, de
estar descumprindo qualquer exigência legal.
Senhor professor: a questão permite discutir que a questão relevância quantitativa/qualitativa é
assunto polêmico e sobre o qual não existem regras fixas.

3. As demonstrações financeiras previstas na Lei das Sociedades por Ações são cinco (BP, DRE, DOAR,
DMPL, DLPA). O primeiro trecho do parecer leva a crer que a Companhia Bombinhas preparou as
cinco, o que provavelmente não ocorreu (o enunciado diz que ela preparou as que lhe eram exigidas
por lei, mas também não disse que ela elaborou as que não eram exigidas). Logo, já no primeiro trecho,
os auditores foram imprecisos.
No segundo trecho, na parte final (... e são compatíveis com as de outras...), os auditores fugiram
da área de auditoria“tradicional”e adentraram no campo da“análise de balanços”, o que não é próprio
quando se trata de “parecer de auditoria” relativo às demonstrações e notas para fins de publicação.
No último trecho citado os auditores falam em “... de acordo com todos os princípios de contabi-
lidade explicitados na Lei das ...”. A Lei das Sociedades Anônimas não explicitou tais princípios. Ainda
no último trecho, os auditores falam em “aplicados de maneira consistente em relação ao exercício
anterior”. A Cia. Bombinhas estava encerrando seu primeiro exercício social.

4. Quanto à nota sobre as mercadorias para revenda nada foi dito além de que foi cumprido o inciso II
do artigo 183 da Lei das Sociedades por Ações (o fato de falar em custo de aquisição faz, pelo menos,
entender que não houve “provisão para ajuste ao valor de mercado”). Mencionar que foram avaliadas
de acordo com a legislação fiscal, ser dizer se foi adotado o “custo médio” ou o “PEPS”, nada esclarece
ao leitor.
A nota sobre os imobilizados é apenas uma “bonita” montagem do inciso V do artigo 183 da lei
com a letra “d” do § 2º do mesmo artigo. Não esclarece qual o mecanismo adotado para a(s) deprecia-
ção(ões). Supor que foi usado o da “linha reta” (taxa constante), tal como preconizado pela legislação
fiscal, é impossível, pois sequer foi mencionada, em tal nota, a legislação fiscal.

5. As devoluções de vendas foram de $ 5.040 (40% de $ 12.600) e os descontos (abatimentos) incondicio-


nais formam de $ 1.512, assim obtido: 20% de ($ 12.600 – (menos) $ 5.040). Logo, o “começo” da DRE
da Cia. Aterrado Torto foi:

COMPANHIA ATERRADO TORTO


DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (20x5)

1. Vendas Brutas 12.600


2. Devoluções de Vendas 5.040
3. Descontos/Abatimentos Incondicionais 1.512
4. Vendas Líquidas (1 – 2 – 3) 6.048
5. Custo das Mercadorias Vendidas 3.248
6. Lucro Operacional Bruto (4 – 5) 2.800
Dem o ns traç ã o d o Va l o r A g re g a d o , N o t a s E xp l i c a t i va s e o u t ra s E v i d e n c i a ç õ es 139

Criticando: a Cia. Aterrado Torto está de parabéns por publicar o trecho anterior de acordo com a
lei das Sociedades por Ações, da forma mais minuciosa possível (não é obrigada a detalhar a formação
do CMV).
Às vezes é bom lembrar que “criticar” também significa evidenciar os pontos positivos!

6. Nem o Contador da Cia. Jaraguá acertou nem a pretendida “elegância” de seu amigo está de acordo
com o texto da lei das Sociedades por Ações que DETERMINA (artigo 187) que sejam mostradas se-
paradamente as “receitas não operacionais” e as “despesas não operacionais”. O certo seria mostrar os
$ 10.500 e os $ 688 e não apenas os $ 7.112. Parece que ambos esqueceram a lei das Sociedades por
Ações e aceitaram uma “sugestão” da legislação do imposto de renda.

7. O sistema atual é desestimulador para os donos do capital, porque, do total do valor adicionado pro-
duzido pelo ente empresarial, a menor parcela tem ficado com quem é detentor dos bens de produção,
incluindo-se neste aqueles que possuem seu capital aplicado em atividades que gerem empregos e
receitas, o que exclui os aplicadores financeiros que têm apenas o objetivo de lucro fácil e imediato.
Além do que, os entes tributantes das três esferas têm, invariavelmente, levado a maior parcela do
valor agregado, a exemplo do que mostra a pesquisa realizada pelo professor Ariovaldo dos Santos,
40,3% em 1998, 37,7% em 1997 e 40,4% em 1996.

8. Os donos do capital participam de duas formas da arrecadação do valor agregado: recebendo os juros
sobre o capital próprio ou os dividendos. No estudo realizado pelo professor Ariovaldo dos Santos, os
donos das empresas fizeram jus à menor parte da divisão do valor agregado, recebendo menos que o
governo e menos que o valor pago a título de salários.

9. O valor adicionado pode ser utilizado como indicador de produtividade quando for feita uma relação
como o número de empregados da empresa, pois representaria o quanto cada funcionário participou
na geração do valor adicionado individualmente.
18
Consolidação de Balanços

A – TESTES

1. (b)

2. (c)

3. (b)

4. (c)

5. (b)

B – EXERCÍCIOS

1. COMPANHIAS X, Y e Z

Para facilidade de apresentação, as respostas das quatro alternativas são mostradas tabuladas mais
adiante. Todavia, as explicações são dadas a seguir:
a) Como nenhuma operação ocorreu, não há motivos para ajustes nas contas fornecidas (obser-
ve-se que foram apresentadas apenas algumas contas).
Logo, teremos como resposta a soma dos saldos.
Co n s o l i d a ç ã o d e B a l a n ç os 141

b) Como ainda restam mercadorias transacionadas entre X e Y nos estoques de X (no caso “to-
das”), há que se fazer, antes, o seguinte cálculo:

Vendas 100% $ 3.000


CMV 80% $ 2.400
L. Bruto 20% $ 600

Logo:
• nos estoques de X existem $ 600 de lucro obtido por Y, mas não auferido em termos consoli-
dados (deve ser expurgado!)
• nas Vendas de Mercadorias (receita) de Y existem $ 3.000 que foram vendas para X e, portanto,
devem ser expurgadas, pois não foram vendas para fora do grupo.
• no CMV (despesa/custo) de Y existem $ 2.400 de “mercadorias vendidas” para X e que devem
ser expurgados, pois aquele “custo” transformou-se em “estoque” da outra empresa do grupo.

Observe-se que não existem outros ajustes a fazer (no caso), pois X já pagou para Y.
Observe, também, que a explicação dos ajustes é necessária para que os alunos os entendam
quando feitos no “papel de Trabalho” (omitimos este!).
Feitos esses “ajustes”, os saldos serão os mostrados abaixo.

c) Como ainda restam mercadorias transacionadas entre z e x nos estoques de z, há que se fazer,
antes, o seguinte cálculo:

Vendas 100% $ 3.000


CMV 115% $ 3.450
Prejuízo Bruto (15%) ($ 450)

Logo:
• nos estoques de Z existem $ 450 de prejuízo registrado em X, mas não incorrido em termos
consolidados. Há que ser expurgado. Mas esse expurgo é feito AUMENTANDO os estoques
de Z em $ 450 para que eles reflitam o que valiam em X antes de serem “vendidos” para z.
• nas Vendas de Mercadorias (receita) de X existem $ 3.000 que foram vendidos para Z e que,
portanto, devem ser expurgados.
• no CMV (custo/despesa) de X existem $ 3.450 de “mercadorias vendidas” e que devem ser ex-
purgados, pois esse “custo” se transformou em “estoque” de Z (não foi um CMV decorrente de
operações com terceiros).
• em X há um direito de $ 3.000 sobre Z e nesta há uma obrigação para com X que devem ser,
ambas, expurgadas.

Feitos esses ajustes (que podem e devem ser mostrados no papel de trabalho, tal como no livro-
texto), obtêm-se os saldos a seguir fornecidos.
d) Professor: Sugerimos esta etapa como tarefa extraclasse, com correção posterior em classe!
142 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

Como não restam, no grupo, as mercadorias transacionadas entre Y e Z, não há por que fazer ajus-
tes nesses estoques (eles não mais existem). Relativamente a tais estoques, o grupo, como um todo,
já o “realizou” com terceiros. Os lucros/prejuízos intermediários não mais interessam. Todavia, existem
ajustes, quais sejam:
• nas Vendas de Mercadorias (receita) de Z existem $ 3.000 que foram vendidos para Y e que,
portanto, devem ser expurgados.
• no CMV (custo/despesa) de Z existem $ 2.400 de “mercadorias vendidas” para Y e que devem
ser expurgados, mas no CMV (custo/despesa) de Y existem os outros $ 600 (que completam
os $ 3.000) que é o “lucro” de Z, lucro fictício, pois fruto de uma operação entre elas e que, por-
tanto, deve ser expurgado no CMV (“fictício” para a consolidação!).
• por fim, lembrar dos $ 1.500 registrados como direitos de Z (direitos sobre Y) e dos mesmos
$ 1.500 registrados como obrigações de Y (obrigações para com Z); ambos devem ser expurgados.

Obs.: Pode haver dificuldade de aceitação, pelos alunos, da forma de expurgar os $ 3.000 do CMV. Sugere-
se, pois, voltar ao caso “b” e verificar que os $ 600, complemento dos $ 2.400 expurgados no CMV da ven-
dedora, foram buscados nos estoques da adquirente, pois tais estoques ainda não haviam sido vendidos.

No caso presente, pelo fato de os estoques já terem sido vendidos, transformaram-se em CMV da
adquirente, resultando, daí, a necessidade dos expurgos nos dois CMVs. O problema maior é a folha de
trabalho, que, via de regra, obscurece esse particular.

Em resumo:

Caso a Caso b Caso c Caso d

Caixa e Bancos 8.500 8.500 8.500 8.500


Venda Mercadorias 122.000 119.000 119.000 119.000
Duplicatas a Receber 12.000 12.000 9.000 10.500
Estoques Mercadorias 10.000 9.400 10.450 10.000
Custo Merc. Vendidas 61.000 58.600 57.550 58.000
Fornecedores 17.000 17.000 14.000 15.500

2. COMPANHIAS COMPARADAS

É importante que as respostas das quatro alternativas sejam cotejadas pelos alunos. Por isso, no enunciado
sugerimos que construíssem uma tabela idêntica a que fornecemos aos professores na conclusão do Exercício
no 1.
Com o enunciado do Exercício no 1 e com a tabela de respostas, há possibilidade, portanto, de interessantes
conclusões sobre os valores consolidados obtidos.

3. COMPANHIAS RATONES

Não tente ver, no BP da Controladora, qualquer indício de equivalência patrimonial, Lembre-se de que,
em tese, equivalência ainda não foi explicada aos alunos. Outrossim, na prática universal, nem sempre a “equi-
valência patrimonial” precede a “consolidação”.
Co n s o l i d a ç ã o d e B a l a n ç os 143

a) Na situação apresentada há ajustes a fazer tanto no BP como na DRE, relativamente, apenas,


à participação minoritária.

Balanços Individuais Ajustes


Balanço
Contas
Consolidado
Ratones I Ratones II Soma Débitos Créditos

ATIVO
Caixa 45.000 29.000 74.000 – – 74.000
Duplicatas a Receber 150.000 35.000 185.000 – – 185.000
Contas a Receber 100.000 15.000 115.000 – – 115.000
Estoques 180.000 320.000 500.000 – – 500.000
Investimento na Ratones II 160.000 –0– 160.000 – (1) 160.000 –
635.000 399.000 1.034.000 – – 874.000

PASSIVO
Fornecedores 140.000 90.000 230.000 – – 230.000
Contas a Pagar 10.000 100.000 110.000 – – 110.000
Participações Minoritárias –0– –0– –0– – (2) 41.800 41.800

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital 445.000 200.000 645.000


{ (1) 160.000
(2) 40.000 –
– 445.000

Lucros Acumulados 40.000 9.000 49.000 (2) 1.800 – 47.200


635.000 399.000 1.034.000 201.800 201.800 874.000

O lançamento 1) elimina os $ 160.000 de Participação da investidora na investida (ativo) ao mesmo


tempo em que reduz tal valor no Capital Social da investida.
Como a controladora (investidora) detém 80% do Capital Social da controlada (investida), ela é dona
de 80% do P. Líquido desta última, Logo, os outros 20% pertencem a terceiros, vulgarmente conhecido
como “participação dos minoritários”. Essa participação dos minoritários será 20% do Capital Social e 20%
do restante do P. Líquido, que, no caso, está representado pela conta Lucros Acumulados. Surge uma conta
nova no Passivo do BP consolidado denominada Participação dos Minoritários que vai receber, a crédito, a
soma dos valores de $ 40.000 (20% do Capital Social) e $ 1.800 (20% dos Lucros Acumulados). O débito,
em contrapartida, será nessas duas últimas contas citadas.
A consolidação da DRE, apesar de simples, deve ser mostrada com cuidado por causa da “participação
dos minoritários” (dos terceiros) no lucro líquido.
144 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

DREs Individuais Ajustes


Contas DRE Consol.
Ratones I Ratones II Soma Débitos Créditos

Vendas 168.000 50.000 218.000 – – 218.000


CMV 120.000 40.000 160.000 – – 160.000
Lucro Bruto 48.000 10.000 58.000 – – 58.000
Desp. Oper. 18.000 3.000 21.000 – – 21.000
Lucro Líquido 30.000 7.000 37.000 –0– –0– 37.000
Particip. Minor. 1.400 – 1.400
Lucro Líquido Consol. 35.600

Observe-se que o único ajuste na DRE foram os $ 1.400, resultantes de 20% sobre o lucro da
controlada, uma vez que tal lucro pertence a terceiros. Na DRE consolidada ele aparece reduzindo
os $ 37.000, “como se fosse uma despesa”! Logo, dos dois lucros (de $ 30.000 e de $ 7.000) apenas
$ 35.600 pertence ao grupo consolidado.
Uma forma de observar a questão é a seguinte. Se ambos os lucros individuais ficaram retidos nos
respectivos PLs, já existiam Lucros Acumulados, tanto na controladora ($ 10.000) como na controlada
($ 2.000), oriundos do passado.
Em termos consolidados, esses Lucros Acumulados seriam de $ 11.600, ou seja, $ 10.000 + $ 1.600
(80% de $ 2.000). Acrescendo a esses $ 11.600 os $ 35.600 obtidos na DRE consolidada se chega aos
$ 47.200 de Lucros Acumulados do BP consolidado!

b) Neste caso, além dos ajustes já mencionados no caso anterior, há que fazer ajustes para as
Vendas de Mercadorias, para o CMV, e para os Estoques (pelo lucro neles contido). Iniciamos
pela DRE:

DREs Individuais Ajustes


Contas DRE Consol.
Ratones I Ratones II Soma Débitos Créditos

Vendas 168.000 50.000 218.000 10.000 (1) – 208.000


CMV 120.000 40.000 160.000 – (2) 7.000 153.000
Lucro Bruto 48.000 10.000 58.000 – – 55.000
Despesas Operacionais 18.000 3.000 21.000 – – 21.000
Lucro Líquido 30.000 7.000 37.000 10.000 7.000 34.000
Participações Minoritárias (3) 1.400 – 1.400
Lucro Líquido Consolidado 32.600

O ajuste no 1 visa eliminar das receitas da controlada os $ 10.000 que“vendeu”para a controladora.


O ajuste no 2 visa eliminar do CMV da controlada os $ 7.000 que são “custo de mercadorias vendidas”
para a controladora. Sabemos que há $ 3.000 de descompasso (até aqui!). Mas esses $ 3.000 AINDA
estão nos estoques e os estoques estão no BP. Logo, os ajustes de operações entre empresas ficam os
nos 1 e 2.
Co n s o l i d a ç ã o d e B a l a n ç os 145

Resta, para a DRE, o ajuste no 3, que é o “lucro dos minoritários” calculado SOBRE TODO O LU-
CRO DA CONTROLADA, ou seja, 20% de $ 7.000; $ 1.400. Observe-se que dos $ 7.000 de lucros da
controlada eles, MINORITÁRIOS, se sentem“donos”de $ 1.400, não interessando a operação não rea-
lizada dela, controlada, com a controladora. Não interessa, de fato, pois eles participam na controlada!
Logo, surge um lucro líquido consolidado de apenas $ 32.600 (compare, professor, com o Lucro
Líquido consolidado do caso a).
Vamos ao BP consolidado:

Balanços Individuais Ajustes


Balanço
Contas
Consolidado
Ratones I Ratones II Soma Débitos Créditos

ATIVO
Caixa 45.000 29.000 74.000 – – 74.000
Duplicatas a Receber 150.000 35.000 185.000 – 7.500 177.500
Contas a Receber 100.000 15.000 115.000 – – 115.000
Estoques 180.000 320.000 500.000 – (5) 3.000 497.000
Investimento na Ratones II 160.000 –0– 160.000 – (6) 160.000 –0–
635.000 399.000 1.034.000 – – 863.500

PASSIVO
Fornecedores 140.000 90.000 230.000 – – 222.500
Contas a Pagar 10.000 100.000 110.000 7.500 (4) – 110.000
Part. Minor. –0– –0– –0– –
(7)
{ 40.000
1.800
41.800

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital 445.000 200.000 645.000


{ 160.000 (6)
40.000 (7)
445.000

Lucros Acumulados
40.000 9.000 49.000
{ 3.000 (5)
1.800 (7)
– 44.200

635.000 399.000 1.034.000 212.300 212.300 863.500

Observe-se, agora, que no BP (ao contrário de na DRE) os ajustes são feitos de forma absoluta-
mente compensada.
Ajuste no 4: elimina tanto da controladora (a dívida) como da controlada (o direito) os $ 7.500 que
restam entre elas.
Ajuste no 5: elimina os $ 3.000 de lucros existentes nos estoques que estão em poder da contro-
ladora, pois, para o consolidado, o custo de aquisição não incluía aqueles $ 3.000. A contrapartida é
feita na conta Lucros Acumulados (da controlada), pois é lá que se refletiu aquele lucro que, voltamos
a insistir, para o consolidado é um “lucro fictício”.
Ajuste no 6: elimina a“Participação em Ratones II”(da controladora) com a conta Capital Social da
controlada.
146 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

Ajuste no 7: traz para a conta Participação Minoritária tanto o remanescente do Capital Social da
controlada ($ 40.000) como os 20% dos Lucros Acumulados da controlada, ou seja, $ 1.800 (20% de
$ 2.000).
O mesmo “teste” de verificar a composição da conta Lucros Acumulados do BP consolidado, feito
no caso anterior, se ajusta nesse exemplo.

c) Neste terceiro caso, vamos isolar a“parte mais difícil”e entendê-la por pedaços. Julgamos mais
didático!
Quando a controlada vendeu para a controladora ocorreu o seguinte:

Controlada Controlada Controladora


Estoques 7.000 Vendas: 10.000 Estoques $ 10.000
CMV: 7.000
L. Bruto 3.000

As mercadorias estavam no ativo da controlada por $ 7.000 e se transformaram em CMV da con-


trolada. Fisicamente foram “surgir” dentro da controladora, mas valendo $ 10.000. Esquecendo-se dos
“direitos” e das “obrigações” recíprocas, se nada mais ocorresse, ao consolidar teríamos de expurgar
os $ 10.000 (receita da controlada), expurgar os $ 7.000 (CMV da controlada) e expurgar os $ 3.000 de
lucro, contidos nos estoques agora em poder da controladora.
Mas ocorreram mais operações: a controladora vendeu para terceiros quatro quintos do que com-
prou da controlada. Continuemos a verificar o fluxo físico de onde havíamos parado:

Controladora Controladora
Estoques 10.000 Vendas: xxxxx (não interessa: foi para terceiros
2.000 CMV: 8.000
L. Bruto xxxxx

Antes da controladora ter vendido parte dos estoques, todo o “lucro”, indevido em termos con-
solidados (de $ 3.000), estava nos estoques de $ 10.000. Mas esses estoques se repartiram: uma parte
($ 2.000) continuou no ativo da controladora e outra ($ 8.000) transformou-se em CMV. Logo, há que
se fazer o expurgo dos $ 3.000 proporcionalmente:

$ 3.000 de lucros a serem expurgados estavam nos $ 10.000 dos estoques


quanto (x) está ainda nos estoques de $ 2.000 ?
quanto (y) está no CMV de $ 8.000 ?

Ora, é simples: x= 600


y = 2.400

Essa explicação deve ser dada ANTES de que se adentre nas folhas de trabalho propriamente ditas, sob
pena de não ficarem claros os ajustes lá feitos.
Co n s o l i d a ç ã o d e B a l a n ç os 147

DREs Individuais Ajustes


Contas DRE Consol.
Ratones I Ratones II Soma Débitos Créditos

Vendas 168.000 50.000 218.000 10.000 (1) – 208.000


CMV 120.000 40.000 160.000 – (2) 9.400 150.600
Lucro Bruto 48.000 10.000 58.000 – – 57.400
Desp. Oper. 18.000 3.000 21.000 – – 21.000
Lucro Líquido 31.000 7.000 37.000 10.000 9.400 36.400
Particip. Minor. (3) 1.400 – 1.400
Lucro Líquido Consol. 35.000

A aparência dos ajustes na DRE é a mesma dos feitos no caso “b”. Todavia, o ajuste no 2 visou alterar o CMV
da controlada (em $ 7.000) e o CMV da controladora (em $ 2.400), pois é neste último que está uma parte do
lucro gerado entre ambas, já que o estoque foi parcialmente vendido.

BPs Individuais Ajustes


Balanço
Contas
Consolidado
Ratones I Ratones II Soma Débitos Créditos

ATIVO
Caixa 45.000 29.000 74.000 – – 74.000
Duplicatas a Receber 150.000 35.000 185.000 – (4) 120 184.800
Contas a Receber 100.000 15.000 115.000 – – 115.000
Estoques 180.000 320.000 500.000 – (5) 600 499.400
Invimento na Rat II 160.000 –0– 160.000 – (6) 160.000 –0–
635.000 399.000 1.034.000 – – 873.200

PASSIVO
Fornecedores 140.000 90.000 230.000 – – 229.800
Contas a Pagar 10.000 100.000 110.000 120 (4) – 110.000
Part. Minor.
(7)
{ 40.000
1.800
41.800

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital 445.000 200.000 645.000 160.000 (6) 445.000


40.000 (7)
Lucros Acumulados 40.000 9.000 49.000 600 (5) – 46.600
1.800 (7)
635.000 399.000 1.034.000 202.520 202.520 873.200

Os ajustes de nos 4 a 7 feitos nos BPs são similares aos ocorridos no caso“b”.
148 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

4. COMPANHIA TAIÓ

Convém alertar que a Lei das Sociedades Anônimas não estipulou percentual de participação como ele-
mento para caracterizar o controle de uma empresa sobre outra. Portanto, o fato de a Cia. Taió I deter 25% do
Capital da Cia. Taió II não é restrição da situação de controladora-controlada que foi afirmado existir, através
do enunciado:

DREs Individuais Ajustes


Contas DRE Consol.
Taió I Taió II Soma Débitos Créditos

Vendas Merc. 120.000 42.000 162.000 3.000 (1) 159.000


CMV 75.000 25.000 100.000 (2) 2.800 97.200
Lucro Bruto 45.000 17.000 62.000 61.800
Desp. Oper. 35.000 11.000 46.000 46.000
Lucro Líquido 10.000 6.000 16.000 3.000 2.800 15.800
Part. Mín. – – – 4.500 (3) 4.500
L. Líq. Cons. – – – 11.300

Merece considerar, apenas, a formação dos $ 2.800. Se nos estoques de $ 1.000 existem $ 200 de lucro, no
total vendido ($ 3.000) existiam $ 600 de lucro. Mas 2/3 dos estoques já saíram da controladora (para tercei-
ros); logo, no CMV desta última existem 2/3 do total do lucro, ou seja, $ 400. O ajuste no 2, portanto, reflete o
expurgo de $ 2.400 do CMV da controlada (Taió II) e de $ 400 do CMV da controladora (Taió I) na parte dos
lucros que eles continham.
O ajuste no 3 é fruto de 75% sobre o lucro da Taió II que “pertence” aos “acionistas minoritários”!

BPs Individuais Ajustes


Contas BP Consol.
Taió I Taió II Soma Débitos Créditos

ATIVO
Caixa 13.000 8.000 21.000 – – 21.000
Clientes Rec. – 700 700 – (4) 700 –0–
Clientes Terc. 13.000 6.300 19.300 – – 19.300
Estoques Rec. 1.000 – 1.000 – (5) 200 800
Estoques Terc. 17.000 15.000 32.000 – – 32.000
Móveis 63.000 20.000 83.000 – – 83.000
Part. Taió II 5.000 – 5.000 – (6) 5.000 –0–
112.000 50.000 162.000 156.100
Co n s o l i d a ç ã o d e B a l a n ç os 149

BPs Individuais Ajustes


Contas BP Consol.
Taió I Taió II Soma Débitos Créditos

PASSIVO
Fornec. recip. 700 – 700 – –0–
Forn. Terc. 11.300 16.000 27.300 – 27.300
Títulos Pagar 26.000 3.000 29.000 – 29.000

Part. Minor. – – –
(7)
{ 15.000
8.250
23.250

PAT. LÍQUIDO

Capital 50.000 20.000 70.000


{ 5.000 (6)
15.000 (7)


50.000

Lucro Acum. 24.000 11.000 35.000


{ 200 (5)
8.250 (7)

– 26.550

112.000 50.000 162.000 29.150 29.150 156.100

C – QUESTÕES

1. Mesmo ao sócio/acionista de uma das empresas do conjunto interessa o todo, pois as empresas inter-
ligadas podem auxiliar-se mutuamente (se uma delas não está bem, a(s) outra(s) pode(m) auxiliá-la).
Saber se o todo “vai bem” interessa! A recíproca também é verdadeira: uma delas pode estar “muito
bem”, mas a(s) outra(s) pode(m) estar em situação ruim. Outras informações sobre o “conjunto” ao
qual pertence determinada empresa pode interessar o sócio/acionista desta última.

2. A estrutura do BP da controladora“X”mostra que a participação na Cia. Jota está registrada por $ 1.185
no Ativo da Cia. X enquanto a das três controladas (A, B e C) por apenas $ 665.
Pelo artigo 249 da Lei das Sociedades por Ações, devem ser consolidadas as demonstrações das
empresas X, A, B e C.
A Cia. Jota não entra na consolidação, pois não é controlada da Cia. X.

3. A evolução da legislação ocorre em função do nível de maturidade do povo! Casos como o citado po-
dem ocorrer (infelizmente), e a legislação não obriga que a população fique sabendo quem acumula
lucros em troca de devastação e poluição do meio ambiente.
Qual seria o papel dos contadores desse tipo de empresas se estivéssemos num país com menos
favoritismos, menos perseguições e mais coesão/maturidade da classe contábil?
E a “Lei das Sociedades Anônimas” foi colocada em discussão em TODOS os níveis antes de ser
aprovada!
19
Avaliação de Investimentos

A – TESTES

1. (b)

2. (c) A alternativa “d” é incorreta em virtude da condicionante que inclui: “... na dependência de onde
estiverem classificados”.

3. (b)

4. (b)

5. (b)

B – EXERCÍCIOS

1. COMPANHIA PEREQUÊ

Efetuar o teste para verificação sobre a existência de coligadas e controladas.


Ava l i a ç ã o d e I nv e s t i m e n t os 151

Cia. A Cia. B Cia. C

20 ord 0 ord 10 ord


Teste de “controle” = 40% NÃO = 0% NÃO = 33% NÃO
50 ord 80 ord 30 ord
30 ações 20 ações 30 ações
Teste de “coligação” = 30% SIM = 16,67% SIM = 33,33% SIM
100 ações 120 ações 90 ações

Nenhuma é controlada, mas todas são coligadas.


Efetuando o teste para verificar se os investimentos são relevantes (ou isoladamente ou em conjunto):

Isoladamente Conjunto
$ 32.000
Cia. A = 7,62% → 7,62%
$ 420.000
$ 35.000
Cia. B = 8,33% → 8,33%
$ 420.000
$ 45.000 10,71%
Cia. C = 10,71% →
$ 420.000 26,66%

O teste indicou isoladamente que somente a Cia. C é “relevante”, mas, no conjunto, as três passam a
ser “relevantes” (26,66% > 15%).
Quais devem ser avaliadas pelo “mep”? Somente os investimentos nas Cias. A e C, pois no caso de
investimentos relevantes em coligadas há que existir uma das seguintes condições: ou influência na admi-
nistração → 20% ou mais do Capital Social (que é o caso da Cia. A e da Cia. C).

2. COMPANHIA MONDAÍ
a) O PL da Cia. Alfa, para fins de publicação, valerá $ 500.000,00 assim obtido: $ 400.000 + $ 150.000

– $ 50.000. No Passivo Circulante da Cia. Alfa constará $ 50.000 de Dividendos a Pagar, sendo que
$ 10.000 deles referem-se aos dividendos para a Cia Mondaí.
O cálculo da equivalência patrimonial levará ao que segue:
20% do PL da Cia. Alfa: 20% de $ 500.000 = $ 100.000
(–) Valor contabilizado na Cia. Mondaí = $ 80.000
= subtotal $ 20.000
(+) Dividendos (parte da Cia. Mondaí) = $ 10.000
= valor a registrar como receita $ 30.000
152 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

b) Na Cia. Mondaí, os registros contábeis serão:

Partic. na Cia. Alfa – mep Dividendos a Receber


* 80.000 (3) 10.000

(2) 30.000
10.000 (3)

Ágio na Partic. na Cia. Alfa Receita Equiv. Patrimonial


* 10.000 30.000 (2)

3. COMPANHIA DAKOTA
a) Teste para verificar a situação de coligadas e controladas:

Cia. A: 900/10.000 = 9% (nem coligada, nem controlada)


Cia. B: 1.200/2.000 = 60% (controlada)
Cia. C: 10.500/70.000 = 15% (coligada)
Cia. D: 480/4.000 = 12% (coligada)

Afastada a Cia. A, resta examinar a situação de relevância nas demais:

Cia. B: $ 6.100/$ 80.000 = 7,625%


Cia. C: $ 5.000/$ 80.000 = 6,250% A relevância dos três investimentos ocorreu
Cia. D: $ 1.400/$ 80.000 = 1,750% no teste conjunto, pois 15,625% > 15,00%
15,625%

Logo, os investimentos nas Cias. B, C e D devem ser avaliados pela equivalência patrimonial (lembrar
que no caso das coligadas C e D há influência na administração).

b)

Cálculo dos valores a contabilizar Cia. B Cia. C Cia. D

1. Patrimônios Líquidos das investidas (em $) 9.800 35.000 10.900


2. % participação da Cia. Dakota 60% 15% 12%
3. Equivalência (1 × 2) 5.880 5.250 1.308
4. Valor contabilizado na cia. Dakota 6.100 5.000 1.400
5. Subtotal (3 – 4) (220) 250 (92)
6. Dividendos propostos (parte da Dakota) 30 10 5
7. Valor a contabilizar (5 + 6) (190) 260 (87)
Ava l i a ç ã o d e I nv e s t i m e n t os 153

c) Registros Contábeis

Partic. na Cia. B – mep Dividendos a Receber Partic. na Cia. C – mep


6.100 190 (1) (2) 30 5.000 10 (4)
30 (2) (4) 10 (3) 260
(6) 5

Receita de Equiv. Patrim. Partic. na Cia. D – mep Despesa de Equiv. Patrim.


260 (3) 1.400 87 (5) (1) 190
5 (6) (5) 87

4. COMPANHIA ARARANGUÁ
a) Testes e cálculos de equivalência:

$ 23.400
Cia. Beta: 13% (coligada)
$ 181.000

$ 3.000
Cia. Gama: 10% (coligada)
$ 30.000

Relevância:
$ 7.500
Cia. Beta: 9,49%
$ 79.000

$ 6.000
Cia. Gama: 7,59%
$ 79.000
17,08%

São relevantes apenas após o teste conjunto. Como em ambas as coligadas foi explicitado haver in-
fluência na administração, a Cia. Araranguá deve avaliá-los pelo “mep”.

Cia. Beta Cia. Gama

1. Patrimônios Líquidos das investidas $ 63,000 $ 53.000


2. Percentual de participação 13% 10%
3. Equivalência (1 × 2) $ 8.190 $ 5.300
4. Valor contabilizado na Cia. Araranguá $ 7.500 $ 6.000
5. Subtotal (3 – 4) $ 690 $ (700)
6. Dividendos propostos (para a Araranguá) $ 560 $ –0–
7. Valor a contabilizar (5 + 6) $ 1.250 $ (700)
154 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

b) Registros Contábeis

Particip. na Cia. Beta – mep Dividendos a Receber Despesa c/ Equiv. Patrim.


* 7.500 (2) 560 700 )3(
(1) 1.250
560 (2)

Partic. na Cia. Gama – mep Receita c/ Equiv. Patrim.


* 600 1.250 (1)
700 (3)

5. COMPANHIA CAROLINA
a) Em 15/9/x0 têm-se:

Valor pago pela Cia. Carolina $ 111.300


20% do PL da Cia. DOSUL = 20% de $ 525.000 $ 105.000
Ágio (aquisição do dia 15/9/x0) $ 6.300

Pelo enunciado, sabe-se que antes do aumento de Capital do dia 20/9/x0 existiam 2.000 ações em cir-
culação das quais 400 em mãos da Cia. Carolina (20%).
Das novas 2.000 ações, a Cia. Carolina adquiriu 1.200 ações (60%). Logo após o aumento, a Cia. Ca-
rolina passou a deter 1.600 ações de um total de 4.000 ações, significando que houve um aumento de seu
percentual de participação de 20% para 40% (1.600 de 4.000 ações).
O PL da Cia. DOSUL antes do aumento valia $ 525.000 e a Cia. Carolina detinha 20% dele, ou seja,
$ 105.000, que é o valor por ela registrado em seu Ativo, na conta de “equivalência” em 15/9/x0.
Com as 2.000 novas ações colocadas a $ 210 cada uma ($ 420.000), o PL da Cia. DOSUL passou para
$ 945.000. E a Cia. Carolina detém 40% dela, ou seja, $ 378.000. Mas ela pagou apenas $ 252.000 (1.200
ações × $ 210). Logo, a diferença se deve ao “ganho por variação de percentual de participação”. Ou seja:

Valor registrado na conta de equivalência antes do aumento $ 105.000


Valor pago pelas 1.200 ações subscritas/integralizadas $ 252.000
Saldo “provisório” da conta $ 357.000
Saldo que deve ficar na conta (40% de $ 945.000) $ 378.000
Ganho de capital a ser registrado $ 21.000

Logo, antes da equivalência de 31/12/x0, o saldo da conta que registra o investimento avaliado pelo
“mep” vale $ 378.000. O cálculo do ajuste final será, então:
Valor da equivalência patrimonial (40% de $ 1.200.000) $ 480.000
(–) Valor contabilizado $ 378.000
= Subtotal $ 102.000
+ Dividendos da Cia. Carolina ($ 72.000 ÷ 4.000 × 1.600) $ 28.800
= Valor a registrar $ 130.800
Ava l i a ç ã o d e I nv e s t i m e n t os 155

b) Os registros serão:

Part. na Cia. DOSUL – mep Caixa Ganho de Capital – Eq. Patrim.


(1) 105.000 111.300 (1) 21.000 (3)
(2) 252.000 252.000 (2)
(3) 21.000

(4) 130.800
28.800 (5)

Ágio na Partic. na Cia. DOSUL Dividendos a Receber


(1) 6.300 (5) 28.800

Receita de Equival. Patrim.


130.800 (4)

6. COMPANHIA DO PERI

Sugerimos trabalhar cada investida separadamente, facilitando o desenvolvimento.

INVESTIMENTO NA CIA. DA LAGOA

a) O saldo inicial já está corrigido. Resta, então, calcular o valor do Patrimônio Líquido para verificar
o lançamento a ser feito:

20% de $ 56.000 = $ 11.200


valor contabilizado pelo “custo corrigido” = $ 11.032
deságio que surgirá pela mudança de critério = $ 168

Até 2/7/x1, a Cia. do Peri possuía 200 ações ON da Cia. da Lagoa. Após, comprou 600 novas ON das
1.000 novas emitidas. Logo, seu Percentual de Participação se deslocou dos 20% para os 40% (800 ações
de 2.000 ações). O PL da Cia. da Lagoa era $ 197.120 antes do aumento e se tornou $ 376.320, do qual $
150.528 (40%) “pertence” à Cia. do Peri.
Na contabilidade da Cia. do Peri ocorrerá o seguinte:

Valor registrado até 2/7/x1 $ 11.200


(+) valor pago pelas 600 novas ações $ 107.520
Subtotal $ 118.720
40% sobre novo PL da Cia. da Lagoa $ 150.528
Valor a contabilizar como “ganho de capital” $ 31.808
156 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

Part. na Cia. da Lagoa – Custo Ganho na participação na Cia. da Lagoa Caixa


11.032 31.808 (c.2) xxxxxxx
11.032 (a) 107.520 (c.1)
45.792 (d)

Resultado Positivo Equiv. na


Partic. Cia. da Lagoa – mep Cia. da Lagoa Part. Cia. da Capivari – Custo
(a) 11.200 176.000 (f.1) 32.480
(c.1) 107.520 32.480 (b)
(c.2) 31.808
(f.1) 176.000
60.000 (f.2)

Part. Cia. da Lagoa – Deságio Part. Cia. Capivari – mep


168 (a) (a) 32.256
(d) 45.792
(g.1) 15.600
30.000 (g.2)

Resultado Positivo Equiv. na


Cia. Capivari Dividendos a Receber Cia. Capivari Dividendos a Receber – Cia. da Lagoa
15.600 (g.1) (g.2) 30.000 (f.2) 60.000

Part. Cia. Capivari – Ágio


(a) 224

C – QUESTÃO

1. Sim, poderá. A regra do artigo 247 é genérica para “taxar” um investimento de ”relevante”. Para as fi-
nalidades do artigo 249, no cálculo da relevância devem ser levados em conta os eventuais créditos que a
investidora tenha sobre a investida. Assim, mesmo não sendo puramente relevante para fins do artigo
247, poderá sê-lo para fins do artigo 249, que trata justamente do dever de avaliar pelo mep.
20
Imposto de Renda e Contribuição Social

A – TESTES

1. (c)

2. (a) observe que a palavra “lucro” da alternativa “c”a elimina como correta, pois o lucro real pode se originar de
lucro contábil ou de prejuízo contábil.

3. (b)

B – EXERCÍCIOS

1. COMPANHIA PERMANENTE

O lucro real e a despesa com o imposto de renda de 19x1 serão:

Lucro líquido antes do Imposto de Renda = $ 4.000,00


+ despesas indedutíveis (adições) = $ 200,00
lucro real de 20x1 (base cálculo I. Renda) = $ 4.200,00

Imposto de Renda: 30% de $ 4.200,00 = $ 1.260,00


Logo, o Lucro Líquido de 20x1 será de $ 2.740,00 e os dividendos serão de $ 274,00 (vide DRE e DP no final
da solução).
Em 20x2 teremos:
158 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

prejuízo contábil antes do Imposto de Renda = $ (2.165)


+ despesas indedutíveis (adição) = $ 465
Prejuízo fiscal a compensar = $ (1.700)

Neste momento, caso a classe não provoque, deve o ministrante provocar a questão: “Que tal calcular
30% desse prejuízo fiscal e contabilizar como um direito no Ativo e como receita de 20x2?” Isso não é feito
basicamente porque há a “convenção do conservadorismo” e, ALÉM DO MAIS, o fato de não existir suporte
para garantir que esse direito existe perante o governo. Por isso não é registrado.
No BP de 31/12/x2 há que se levar em conta as alterações no Caixa ocorridas a partir de 31/12/x1, quais se-
jam, pagamos $ 1.260 de imposto e pagamos $ 274,00 de dividendos, não tendo ocorrido o desembolso dos
$ 400,00 de dividendos.
Em 20x3 teremos:
Lucro Líquido antes do Imposto de Renda = $ 11.000
+ despesas indedutíveis (adições) = $ 3.500
– compensação de prejuízo fiscal = $ (1.700)
lucro real de 20x3 (base de cálculo IR) = $ 12.800

Imposto de Renda: 30% de $ 12.800 = $ 3.840,00


No refazer o BP de 31/12/x3 não se pode esquecer de “arrumar” o saldo da conta caixa, pois a alteração
sofrida em 31/12/x2 vai-se refletir em 31/12/x3.

Obs.: Se julgado interessante para fixação do aprendizado, solicitar montagem das DLPAs e se das DMPLs.
Obs.: Na dependência da maturidade da classe é conveniente, após os cálculos, refazer os balancetes de
verificação e novamente “apurar” e “destinar” o resultado.

COMPANHIA PERMANENTE
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO DOS EXERCÍCIOS DE. . .

20x1 20x2 20x3

1. Vendas Brutas de Mercadorias 15.000 16.000 50.000


2. Devolução de Vendas 1.000 1.500 2.600
3. ICMS s/ Vendas 2.380 2.465 8.058
4. Vendas Líquidas (1 – 2 – 3) 11.620 10.035 38.342
5. Custo Mercadorias Vendidas 5.000 10.000 17.500
6. LUCRO OPER. BRUTO (4 – 5) 6.620 2.035 21.842
7. Despesas com Vendas 510 910 2.320
8. Despesas Financeiras 190 100 1.022
9. Despesas Administrativas 1.920 3.190 7.500
10. Total Desp. Operacion. (7 + 8 + 9) 2.620 4.200 10.842
11. Lucro (Prej.) antes IR (6 – 10) 4.000 (2.165) 11.000
12. Despesa com Imp. Renda 1.260 –0– 3.840
13. LUCRO (PREJ.) LÍQUIDO (11 – 12) 2.740 (2.165) 7.160
I m p o st o d e Re n d a e Co n t r i b u i ç ã o S o c i al 159

COMPANHIA PERMANENTE
BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE. . .

20x1 20x2 20x3

ATIVO

CIRCULANTE

Caixa e Bancos 4.820 1.381 11.451

Duplicatas a Receber 2.200 3.000 9.700

Mercadorias 2.000 9.020 1.400 5.781 2.500 23.651

NÃO CIRCULANTE

INVESTIMENTOS

Terreno 1.500 1.500 1.500


TOTAL ATIVO 10.520 7.281 25.151

PASSIVO

CIRCULANTE

Fornecedores 1.400 1.780 8.000

Salários a Pagar 20 40 310

ICMS a Recolher 100 160 240

Dividendos a Pagar 274 –0– 716

Imp. Renda a Pagar 1.260 –0– 1.980 3.840 13.106

PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social 5.000 6.700 7.000

Lucros Acumulados 2.466 –0–

Prejuízos Acumulados –0– 7.466 (1.399) 5.301 5.045 12.045


TOTAL PASSIVO 10.520 7.281 25.151

2. COMPANHIA PERIÓDICA

Em 20x1 teremos como contribuição social um valor obtido a partir dos $ 16.000 do Lucro Líquido já cal-
culado, ou seja:
($ 16.000 × 0,08) ÷ (1 + 0,08) = 1.185,19 ou, desprezando os centavos, o valor de $ 1.185,00. Logo, o
Lucro Líquido antes do imposto de renda passará a $ 14.815,00. O cálculo do imposto de renda será:

Lucro líquido antes do Imp. de Renda = $ 14.815,00


+ despesas indedutíveis (adições) = $ 185,00
“lucro real” de 20x1 = $ 15.000,00

Imposto de Renda: 30% de $ 15.000,00 = $ 4.500,00.


160 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

A DRE e o BP de 20x1 estão apresentados no final. Não se esquecer dos ajustes, para os BPs seguintes,
do saldo da conta Caixa.
Em 20x2 a contribuição social será de $ 962,00 obtida pelo cálculo: (13.000,00 × 0,08) ÷ (1 + 0,08) =
962,96 (os centavos são desprezados). O imposto de renda, por sua vez, será:

Lucro líquido antes do Imp. de Renda (após contrib. social) = $ 12.038,00


+ despesas indedutíveis (adições) = $ 422,00
“lucro real” de 20x2 = $ 12.460,00

Imposto de Renda: 30% de $ 12.460,00 = $ 3.738,00


Em 20x3, a contribuição social será de $ 1.481,00, assim calculada: (20.000 × 0,08) : (1 + 0,08) – $ 1.481,48
(os centavos são desprezados). O Imposto de Renda, por sua vez, será:

Lucro líquido antes imp. renda (após contrib. social) = $ 18.519


+ despesas indedutíveis (adições) = $ 1.578
“lucro real” de 20x3 = $ 20.097

Imposto de Renda: 30% de $ 20.097 = $ 6.029,10 ($ 6.029,00)


Apresentamos apenas os finais das DREs, pois a “antiga” linha 17 muda de nome.

COMPANHIA PERIÓDICA DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO DOS EXERCÍCIOS DE...

20x1 20x2 20x3

1. Vendas Brutas de Mercadorias etc. etc. etc. etc. etc. etc.


17. Lucro (Prejuízo) antes C. Social e Imp. Renda (9 – 12 – 16) 16.000 13.000 20.000
18. Desp. com Contribuição Social 1.185 962 1.481
19. Desp. com Imposto de Renda 4.500 3.738 6.029
20. LUCRO (PREJ.) LÍQUIDO EXERCÍCIO (17 – 18 – 19) 10.315 8.300 12.490
21. Lucro por Ação do Capital 1,72 1,38 2,08

Os Balanços Patrimoniais serão iguais nos seus Ativos, exceto os saldos da conta Caixa que passarão a
ser de $ 28.757,00 e de $ 49.884,00 em 31/12/x2 e 31/12x3, respectivamente. Apresentamos, pois, apenas os
Passivos.
I m p o st o d e Re n d a e Co n t r i b u i ç ã o S o c i al 161

COMPANHIA PERIÓDICA
BALANÇOS PATRIMONIAIS (31/dezembro/...)

20x1 20x2 20x3

ATIVO
CIRCULANTE
Caixa –0– 5.757 19.824
etc.
etc.
TOTAL ATIVO 18.460 28.757 49.884
PASSIVO
CIRCULANTE
Fornecedores 25 1.025 1.252
Salários e Encargos a Pagar 200 310 500
Aluguel a Pagar 20 30 40
ICMS a Recolher 15 140 200
Dividendos a Pagar 2.063 1.660 2.498
Contribuição Social a Pagar 1.185 962 1.481
Imp. de Renda a Pagar 4.500 8.008 3.738 7.685 6.029 12.000
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social 6.000 10.000 20.000
Capital a Integralizar (3.800) –0– –0–
Lucros Acumulados 8.252 10.452 10.892 20.892 17.884 37.884
TOTAL PASSIVO 18.460 28.757 49.884

Obs.: Se realmente julgado necessário, peçam que sejam refeitas as DLPAs e DMPLs.

3. COMPANHIA DONA EMMA

Existem $ 7.294,00 de despesas indedutíveis da 20x2. Logo:

Lucro Líquido de 20x2 antes do Imp. de Renda = $ 32.747,30


+ Despesas indedutíveis de 20x2 = $ 7.294.00
Subtotal = $ 40.041,30
Lucro real de 20x2 = $ 17.680,00
Imposto de Renda: 30% de $ 40.041,30 = $ 12.012,39

Obs.: NÃO SE ESQUEÇA de comentar que o controle do prejuízo fiscal de 20x1 teria ocorrido NO LALUR. Mostre
aos alunos!

Finalmente, o trecho final da DRE relativa a 20x2:


162 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

Lucro antes do Imposto de Renda = $ 32.747,30


Despesa com Imposto de Renda = $ (12.012,39)
PREJUÍZO LÍQUIDO DE 20x2 = $ (20.734,91)

4. OURO LTDA.

Todas as informações que “insinuam” cálculo com base no “lucro real” são “complicômetros” do enun-
ciado, pois em seu início é dito que a Ouro Ltda. reúne as condições e deverá calcular seja Imposto de Renda
com base no “lucro presumido”. Um teste de atenção!
A soma das receitas ditas operacionais (para fins de lucro presumido) é de $ 120.000,00, e a “receita da
venda de terrenos” ($ 14.400,00) mais o custo do terreno vendido ($ 12.000,00) é igual ao ganho de capital
($ 2.400,00).

Somas e aplicações dos percentuais:

CSLL IRPJ

Receitas Originais % Bases de Cálculos % Base de Cálculo

Vendas produtos fabricados 60.000 12% 7.200 8% 4.800


Industrialização p/ terceiros 40.000 32% 12.800 32% 12.800
Serviços 20.000 32% 6.400 32% 6.400
Ganho de capital 2.400 100% 2.400 100% 2.400
122.400 28.800 26.400

Logo, o imposto de renda será de 15% sobre $ 26.400,00, ou seja, de $ 3.960,00. E a Contribuição Social
sobre Lucro Líquido será 9% sobre $ 28.800,00, ou seja, de $ 2.592,00.

5. CAPINZAL LTDA.

CSLL IRPJ
Descrição
Valor $ % Base de Cálculo Valor $ % Base de Cálculo

Venda Mercadorias 60.000,00 12% 7.200,00 60.000,00 8% 4.800,00


Indust. p/ Terceiros 40.000,00 32% 12.800,00 40.000,00 32% 12.800,00
Serviços 20.000,00 32% 6.400,00 20.000,00 32% 6.400,00
Ganho Capital 72.400,00 100% 72.400,00 72.400,00 100% 72.400,00
Base de Cálculo 98.800,00 96.400,00
Alíquota 9% 8.892,00 15% 14.460,00
AIR% 10% 3.640,00
ESLL e IRPJ Devidos 8.892,00 18.100,00
I m p o st o d e Re n d a e Co n t r i b u i ç ã o S o c i al 163

C – QUESTÕES

1. O Lucro Presumido é um regime tributário simplificado que pode ser bastante interessante para pe-
quenas e médias empresas. Esse regime é um dos que contam com o maior número de enquadramen-
to depois do Simples Nacional.

Vantagens
A principal vantagem para as empresas que adotam o Lucro Presumido com regime tributário é a
facilidade na hora de calcular os impostos e gerir a parte financeira. Como as alíquotas já são prefixa-
das não são necessários muitos cálculos na elaboração e recolhimento dos impostos.

Desvantagens
A principal desvantagem de quem opta por este regime é o risco que a empresa assume de
pagar mais impostos do que efetivamente deve, caso as margens de lucro efetivas sejam menores do
que aquelas estabelecidas pela legislação. Por isso vale a pena comparar os resultados dos regimes
tributários disponíveis.

2. Cálculos de acordo com os regimes tributários:

Lucro Presumido:

CSLL IRPJ
Descrição
Valor $ % Base de Cálculo Valor $ % Base de Cálculo

Venda Mercadorias 63.000,00 12,0% 7.560,00 63.000,00 8,0% 5.040,00


Venda de Serviços 66.950,00 32,0% 21.424,00 66.950,00 32,0% 21.424,00
Base de Cálculo ////////////// //////////// 28.984,00 /////////////// //////////// 26.464,00
Alíquota ////////////// 9% 2.608,56 /////////////// 15% 3.969,60

Lucro Presumido:
CSLL: $ 2.608,56
IRPJ: $ 3.969,60

Lucro Real:
Lucro antes do Imposto: $ 7.380,00
(+) Despesas fiscalmente indedutíveis: $ 120,00
$ 7.500,00 × 15% = $ 1.125,00
A opção pelo lucro real está correta.
21
Provisões versus Reservas

A – TESTES

1. (d)

2. (c)

3. (c)

B – EXERCÍCIOS

1. PALMITOS LTDA.

a) Sem a “PROVISÃO PARA FÉRIAS”

1. Venda de Mercadorias 1.000


2. Venda de Serviços 1.500
3. Receita Bruta = Receita Líquida (1 + 2) 2.500
4. Custo Merc. Vendidas e Serviços Prestados 800
5. Lucro Oper. Bruto (3 – 4) 1.700
6. Desp. Administrativas e com Vendas 700
7. Lucro Operacional Líquido (5 – 6) 1.000
8. Despesa com Imp. Renda 315
9. Lucro Líquido do Exercício (7 – 8) 685
P rev i s õ e s v er s u s Re se rva s 165

O item (3) foi dado. Pelo percentual de 60% se obtém os itens (1) e (2). O item (5) é 68% do item (3) e,
por diferença, se obtém o item (4). Com a informação sobre as “despesas administrativas e com vendas” se
obtém os itens (6) e (7). A “despesa com o imposto de renda” é de 30% sobre o lucro real. Este é de $ 1.050,
ou seja, os $ 1.000 mais $ 50 de “despesas fiscalmente indedutíveis”. Feito isso, é obtida a “despesa com o
imposto de renda” (30% de $ 1.050) e, finalmente, o lucro líquido.
O Balanço Patrimonial sintético será:

ATIVO PASSIVO

___________________________________ Obrigações c/ terceiros 512


___________________________________ Patrimônio Líquido
___________________________________ Capital Social 1.800
___________________________________ Reserva Legal 30
___________________________________ Reserva de Lucros 710
Total 3.052 Total 3.052

b) Com a “PROVISÃO PARA FÉRIAS”


Considerando a “provisão para férias” a DRE será:

1. Venda de Mercadorias 1.000


2. Venda de Serviços 1.500
3. Receita Bruta = Receita Líquida (1 + 2) 2.500
4. Custo das Mercadorias Vendidas e Serviços Prestados 800
5. Lucro Operacional Bruto (3 – 4) 1.700
6. Despesas Administ. e com Vendas 700
7. Despesa com Férias (provisão) 100
8. Lucro Operacional (5 – 6 – 7) 900
9. Despesa com Imp. Renda (recalculado) 285
10. Lucro Líquido do Exercício (8 – 9) 615

Para o novo BP há que se ter cuidado de alterar o Passivo (obrigações com terceiros) dele retirando os
$ 315 da “velha provisão p/ Imp. Renda” e colocando a nova de $ 285, bem como os $ 100 da “provisão para
férias”, o que resultará em $ 582. No PL, a alteração será na conta Lucros Acumulados, que passará a $ 640.
Sugerimos que o “novo BP” seja construído pelos alunos em classe.

2. COMPANHIA URUBICI

Deve ser alertado que tenham ou não ocorrido as situações climáticas desfavoráveis em 20x8, A RE-
SERVA PARA CONTINGÊNCIAS DEVERÁ SER “REVERTIDA” PARA LUCROS ACUMULADOS NO FI-
NAL DE 20x8 Ou seja, os “pedidos” nos 1 e 2 do enunciado se equivalem em termos de solução.
166 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

Obs.: A alegação de que as situações climáticas desfavoráveis poderão vir a ocorrer em 20x9 ou após NÃO
AUTORIZA manter a reserva. Deve ser revertida e, se for o caso, proposta outra (o enunciado não mencio-
na que tenha ocorrido essa “nova” proposta).

Mesmo assim, ainda foi reservado um pormenor neste exercício que será adiante alertado.
Do Lucro Líquido ($ 120.000) teremos de destinar $ 6.000 para a Reserva Legal (5%) e $ 12.000 para a
Reserva Estatutária (10%). O cálculo do dividendo com base nsa leis será:

Lucro Líquido de 20x8 120.000


(–) parcela destinada p/ Reserva Legal 6.000
(–) parcela destinada p/ Reserva Contingência –0–
(–) parcela destinada p/ Reserva de Lucros a Realizar –0–
(+) reversão da Reserva p/ Contingências 510
(+) reversão da Reserva de Lucros a Realizar –0–
Base de cálculo dos dividendos 114.510

Dividendos: 30% sobre $ 114.510 = $ 34.353,00

COMPANHIA URUBICI
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (20x8)

Capital Social Reserva Legal Reserva Estat. Reserva p/ Cont. Lucros Acum. Totais

Saldos em 31/12/x7 42.500 8.500 2.550 510 –0– 54.060


Aumento de Capital 11.500 – – – – 11.500
Lucro Líquido de 20x8 – – – – 120.000 120.000
Reversão Reserva p/ Conting. – – – (510) 510 –
Destinação:
Reserva Legal – 6.000 – – (6.000) –
Reserva Estatutária – – 12.000 – (12.000) –
Dividendos – – – – (34.353) (34.353)
Saldo em 31/12/x8 54.000 14.500 – – 68.157 151.207

Já em 31/12/x7, a Reserva Legal era 20% do Capital Social. Em 31/12/x8, com a destinação proposta, ela
passou a ser de aproximadamente 27% do Capital Social, o que agride o artigo 193 da Lei das Sociedades
Anônimas (ela pode ser no máximo 20% do Capital Social).
Logo, a Reserva Legal poderá ser de no máximo $ 10.800 em 31/12/x8, o que implica REFAZER OS
CÁLCULOS, INCLUSIVE DOS DIVIDENDOS, bem como a DMPL mencionada!

3. VILA TOROPI S.A.

As “vendas a longo prazo” ocorreram no Exercício nº 4 do Capítulo 15 e não foram “exploradas” para
formação de “reserva de lucros a realizar”. Apesar de os valores serem outros, associe este exercício àquele.
P rev i s õ e s v er s u s Re se rva s 167

1. CÁLCULO DOS LUCROS A REALIZAR DE 20x3:

Durante 20x3 ocorreu a venda mencionada com a geração do lucro de $ 43.400,00. A receita será rece-
bida em 21 parcelas, e esse “lucro” será a elas associado:

6 parcelas em 20x4 correspondendo a $ 12.400,00


2 parcelas em 20x5 correspondendo a $ 24.800,00
3 parcelas em 20x6 correspondendo a $ 6.200,00
21 $ 43.400,00

Logo, apenas $ 31.000 serão “lucros a realizar” no final de 20x3, pois a letra c do parágrafo único do
artigo 197 da Lei das sociedades por Ações fala em: “o lucro em vendas a prazo realizável após o término do
exercício seguinte” (o grifo é nosso).

CÁLCULO DOS LUCROS A REALIZAR DE 20x4:


Durante 20x4 ocorreu a venda mencionada no enunciado gerando um lucro de $ 38.000,00. A receita
será recebida em 20 meses e esse “lucro” será associado às parcelas:

3 parcelas em 20x5 correspondendo a $ 6.000,00


12 parcelas em 20x6 correspondendo a $ 24.000,00
4 parcelas em 20x7 correspondendo a $ 8.000,00
19 $ 38.000,00

Logo, apenas $ 32.000,00 serão “lucros a realizar” de 20x4.

2. DEMONSTRAÇÃO DA DESTINAÇÃO DO RESULTADO DE 20x3:


Do lucro de $ 110.000,00, teremos $ 5.500,00 para Reserva Legal, $ 16.500,00 para Reserva Estatu-
tária e $ 1.500,00 para Reserva para Contingências (prevista no enunciado).

A Reserva de Lucros a Realizar é constituída após verificação do montante máximo possível, con-
forme regra do artigo 197 da lei (no caso apenas temos as reservas previstas nos artigos 193, 194 e 195).

Logo: $ 31.000 – ($ 5.500 + $ 16.500 + $ 1.500) = $ 7.500,00

Não basta saber que $ 7.500 serão destinados para a Reserva de Lucros a Realizar. Vejamos o que
fazer dela no futuro. Os $ 7.500 passam a ser associados com os 15 meses (20x5 e parte de 20x6) em
que será recebida a receita da venda a longo prazo efetuada em 20x3. Logo, através de regra de três,
chega-se a que $ 6.000,00 da Reserva será revertida para a conta Lucros Acumulados no final de 20x4.
Os restantes $ 1.500 serão revertidos no final da 20x5.

Resta o cálculo dos dividendos de 20x3. De acordo com o artigo 202 da lei, teremos:
168 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

Lucro líquido de 20x3 $ 110.000


(–) parcela destinada para Reserva Legal $ 5.500
(–) parcela destinada para Reserva p/ Contingências $ 1.500
(–) parcela destinada para Res. de Lucros a Realizar $ 7.500
(+) reversão da Reserva para Contingências $ –0–
(+) reversão da Reserva de Lucros a Realizar $ –0–
Base de cálculo para dividendos $ 95.500

Logo, os dividendos serão de $ 28.650 (30% de $ 95.500).

DEMONSTRAÇÃO DA DESTINAÇÃO DO RESULTADO DE 20x4:


Do lucro de $ 90.000, teremos $ 4.500 para Reserva Legal e $ 13.500 para a Reserva Estatutária. O enun-
ciado não fala em nova Reserva para Contingências.
A Reserva de Lucros a Realizar terá seu valor assim obtido:
$ 32.000 – ($ 4.500 + $ 13.500) = $ 14.000

Da mesma forma que antes, vejamos quanto e quando esses $ 14.000 serão revertidos para a conta
Lucros Acumulados. Os $ 14.000 estão relacionados aos 16 meses (12 meses de 20x6 e 4 meses de 20x7).
Logo, através de regra de três, sabe-se que $ 10.500 serão revertidos no final de 20x6 e $ 3.500 no final
de 20x7.
Os dividendos de 20x4 serão obtidos:

Lucro líquido de 20x4 $ 90.000


(–) parcela destinada para Reserva Legal $ 4.500
(–) parcela destinada para Reserva p/ Contingências $ –0–
(–) parcela destinada para Reserva de Lucros a Realizar $ 14.000
(+) reversão da Reserva para contingências $ 1.500
(+) reversão da Reserva de Lucros a Realizar $ 6.000
Base de cálculo dos dividendos $ 79.000

Logo, os dividendos de 20x4 serão de $ 23.700 (30% de $ 79.000).


Mostrar aos alunos que as Reservas (“p/ Contingências”e“de Lucros a Realizar”) REDUZEM o valor do
dividendo quando constituídas, mas que o acionista não perde o dividendo calculado sobre elas, pois elas
AUMENTAM a base de cálculo quando revertidas. Logo, elas devem ser revertidas após sua constituição.
Mostrar que, se houvesse inflação, a reversão seria feita após a correção monetária.
P rev i s õ e s v er s u s Re se rva s 169

3.

VILA TOROPI S.A.


DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (20x3 e 20x4)

Reservas de Lucros
Capital Social Lucros
Totais
Integral De Lucros a Acumulados
Legal Estat. P/ Contingências
Realiz.

SALDOS em 31/12/x2 75.000 2.000 5.000 –0– –0– 1.000 83.000


Lucro de 20x3 – – – – – 110.000 110.000
Destinação:
Reserva Legal – 5.500 – – – (5.500) –
Reserva Estatutária – – 16.500 – – (16.500) –
Res. p/ Contingências – – – 1.500 – (1.500) –
Res. de Lucros Realizar – – – – 7.500 (7.500) –
Dividendos – – – – – (28.650) (28.650)
SALDOS em 31/12/x3 75.000 7.500 21.500 1.500 7.500 51.350 164.350
Integralização Capital 3.000 – – – – – 3.000
Aumento Capital 10.750 – (10.750) – – – –
Lucro de 20x4 – – – – – 90.000 90.000
Reversão Res. Contingência – – – (1.500) – 1.500 –
Reversão Res. L. Realiz. – – – – (6.000) 6.000 –
Destinação:
Reserva Legal – 4.500 – – – (4.500) –
Reserva Estatutária – – 13.500 – – (13.500) –
Reserva Lucros Realiz. – – – – 14.000 (14.000) –
Dividendos – – – – – (23.700) (23.700)
SALDOS em 31/12/x4 88.750 12.000 24.250 –0– 15.500 93.150 233.650

Observe que a DMPL poderia ser repartida em duas!

C – QUESTÕES

1. A posição correta é a seguinte: formar uma provisão para devedores duvidosos (ou complementar a
já constituída), o que, por si só, já produz a devida redução do resultado em respeito ao princípio da
competência (ou da confrontação, caso adotado este), já que as receitas a que dizem respeito às perdas
prováveis já foram reconhecidas.
Alerta-se que a Reserva para Contingências não foi criada com a finalidade de servir de respaldo
para perdas prováveis cujo fato gerador da receita já tenha ocorrido.
170 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

2. O comentário contém uma incorreção, pois o ativo vai se alterar (para menos). Foi visto, no livro-texto,
que as “provisões redutoras” são as que retificam (para menos) valores de contas do Ativo.

3. Vamos por partes! Quer o imposto de renda seja calculado com base no lucro real, quer seja calculado
com base no lucro presumido, A NÃO CONTABILIZAÇÃO DE DESPESAS pertencentes a um exer-
cício social é um desrespeito ao princípio da competência (ou, se quiserem, ao princípio da realização
da receita e confrontação das despesas).
Portanto, mesmo que “mais vantajoso” para a empresa calcular seu imposto com base no lucro
presumido, nada impedia que registrasse as provisões. Aliás, era uma obrigação perante as normas da
Contabilidade.
Fiscalmente dedutíveis ou não, elas (provisões) deveriam ser registradas.

4. Reserva Legal (artigo 193): está no início do caput onde se lê: “Do lucro líquido do exercício...”
Reserva Estatutária (art. 194): está no final do inciso II do artigo, onde se lê: “II – . . . . . . . . . . . . .,
a parcela anual dos lucros líquidos que serão destinados à sua constituição” (o legislador deveria ter
usado no singular; só há um lucro líquido!).
Reservas para Contingências (art. 195): está no caput do artigo, onde se lê: “ . . . . . . . . . . . . . . ., des-
tinar parte do lucro líquido . . . . . . . . .”.
Reservas orçamentárias (Retenção de Lucros) (artigo 196): está no próprio caput do artigo, onde se
lê: “. . . . . . . ., deliberar reter parcela do lucro líquido do exercício . . . . . . . . .”.
Reserva de Lucros a Realizar (art. 197): não há menção explícita como nos casos anteriores!

5. A primeira condição é que haja limite para a formação de reserva, conforme o caput do artigo 197.
(Observe que no Exercício no 3 deste capítulo, tanto em 20x3 como em 20x4, o valor das Reservas de
Lucros a Realizar foram menores que os respectivos valores dos “lucros a realizar” por causa do limite
mencionado).
A segunda condição é ocorrer a aprovação da constituição da reserva por parte dos acionistas,
quando da AGO.
Obs.: Se for questionado que existem três condições, não polemize! A terceira (que poderia ser
alegada) é haver determinação, pelos órgãos de administração, para que seja calculada e registrada a
reserva a qual, posteriormente, será aprovada (ou não) pela AGO.
22
Exportação e Importação

A – TESTES

1. (d) Apesar de “habitual”, o texto não afirma que deva obrigatoriamente ocorrer ACC/ACE ou “trava de
câmbio” após a contratação de câmbio.

2. (b) (Razões similares às do Teste no 1)

3. (b)

4. (b)

B – EXERCÍCIOS

1. COMPANHIA MIRIM DOCE

(1) 20/10/x2: registro inicial US$ 10.000 × $ 4,00 = $ 40.000.


(2) 25/10/x2; registro do ACC US$ 40.000 × $ 4,30 = $ 43.000.
(3) 25/10/x2; atualização da receita = US$ 10.000 × ($ 4,20 – $ 4,00) = $ 3.000.
(4) 10/11/x2: atualização da receita até data do embarque
US$ 10.000 × ($ 4,52 – $ 4,30) = $ 2.200.
(5) 10/11/x2: atualização da dívida registrada como ACC (cálculo idêntico ao lançamento no 4).
172 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

(6) 16/11/x2: reclassificação do saldo de ACC para ACE.


(7) 30/11/x2: atualização de “clientes no Exterior” contra “Receita Financeira – Clientes no Exterior”.
US$ 10.000 × ($ 4,98 – $ 4,52) = $ 4.600.
(8) 30/11/x2: idem com relação à dívida registrada em ACE:
(9) 10/12/x2: atualização de “Clientes no Exterior” contra “Receita Financeira – Clientes no Exterior”.
US$ 10.000 × ($ 5,28 – $ 4,98) = $ 3.000.
(10) 10/12/x2: idem com relação à dívida registrada em ACE.
(11) 10/12/x2: baixa de “Clientes no Exterior” contra “ACE”.

Clientes no Exterior Bancos c/ Movimento Vendas – Exportação


(1) 40.000 (2) 43.000 40.000 (1)
(3) 3.000 3.000 (3)
(4) 2.200 2.200 (4)
(7) 4.600
(9) 3.000
52.800 (11)

Adiant. s/ Contrato Câmbio Adiant. s/ Cambiais Entregues Despesa Financeira Exportação – V.


M. Portaria 356
43.000 (2) 45.200 (6) (5) 2.200
2.200 (5) 4.600 (8)
(6) 45.200 3.000 (10)
(11) 52.800

Despesa de Variação Monetária Receita Financeira s/ Clientes


de ACE no Exterior
(8) 4.600 4.600 (7)
(10) 3.000 3.000 (9)

2. COMPANHIA DOS CONVENTOS

(1) 9/11/x2: registro inicial US$ 9.800 × $ 4,50 = $ 44.100,00.


(2) 20/11/x2: embarque, gerando atualização da receita de vendas US$ 9.800 × ($ 4,65 – $ 4,50) =
$ 1.470,00
(3) 23/11/x2: atualização de Clientes no Exterior contra “Receitas Financeiras Exportação – variação
Monetária Portaria 356”.
US$ 9.800 × ($ 4,67 – $ 4,65) = $ 196,00.
(4) 23/11/x2: registro do ACE
US$ 9.800 × $ 4,67 = $ 45.766.
(5) 30/11/x2: atualização de“Clientes no Exterior”contra“Receitas Financeiras s/ Clientes no Exterior”.
US$ 9.800 × ($ 4,98 – $ 4,67) = $ 3.038,00.
E xp o r t a ç ã o e I m p o r t a ç ão 173

(6) 30/11/x2: atualização da dívida registrada em ACE (cálculo idêntico ao do lançamento no 5).
(7) 10/12/x2: idem ao lançamento no 5
US$ 9.800 × ($ 5,28 – $ 4,98) = $ 2.940,00.
(8) 10/12/x2: idem ao lançamento no 6 (cálculo idêntico ao lançamento no 7).
(9) 10/12/x2: registro da liquidação da operação.

Clientes no Exterior Bancos c/ Movimento Vendas – Exportação


(1) 44.100 (4) 45.766 44.100 (1)
(2) 1.470 1.470 (2)
(3) 196
(5) 3.038
(7) 2.940
51.744 (9)

Receitas Financeiras Exportação – Despesa de Variação Monetária de


Adiant. s/ Cambiais Entregues V. M. Portaria 356 ACE
45.766 (4) 196 (3) (6) 3.038
3.038 (6) (8) 2.940
2.940 (8)
(9) 51.744

Receita Financeira s/ Clientes


no Exterior
3.038 (5)
2.940 (7)

3. COMPANHIA MIRIM DOCE I

Clientes no Exterior Bancos c/ Movimento Vendas – Exportação


(1) 40.000 (2) 43.000 40.000 (1)
(3) 3.000 211,20 (10.1) 3.000 (3)
(4) 2.200 2.200 (4)
(7) 4.600
(9) 3.000
52.800 (11)

Despesa Financeira Exportação –


Adiant. s/ Contrato Câmbio Adiant. s/ Câmbio Entregues V. M. Portaria 356
43.000 (2) 45.200 (6) (5) 2.200
2.200 (5) 4.600 (8)
(6) 45.200 3.000 (10)
(11) 52.800
174 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

Despesa Variação Monetária de Receita Financeira s/ Clientes no Despesas de Exportação –


ACE Exterior Comissões do Agente
(8) 4.600 4.600 (7) (3.1) 172
(10) 3.000 3.000 (9)

Despesa com Variação Monetária


Comissões Comissões a Pagar – Exportação
(10.1) 39,20 172 (3.1)
(10.1) 172

(3.1) 25/10/x2: US$ 40 × $ 4,30 = $ 172.


(10.1) 10/12/x2: atualização da comissão a pagar ao agente ($ 39,20) e pagamento do total devido
($ 211,10).

Obs.: Poderia ter ocorrido (e não é errado) a atualização da “Comissões a Pagar – Exportação” em 30/11/x2
pela cotação daquela data!

4. COMPANHIA MIRIM DOCE II

1o Passo: Cálculo do “lucro da exportação”

Lucro líquido de 20x2 antes do Imposto de Renda $ 27.550


+ despesas não operacionais +$ 7.000
– receitas não operacionais –$ 8.250
+ despesas financeiras +$ 12.000
– receitas financeiras –$ 10.100
– receitas de equivalência patrimonial –$ 1.200
LUCRO DA EXPORTAÇÃO (LE) $ 27.000

2o Passo: Cálculo da Receita Líquida Total de Vendas (RLTV)

Vendas Brutas Mercado Interno $ 120.500


(–) Imposto s/ Vendas Mercado Interno $ (30.100)
Vendas – Exportação (do Exercício n 1) o
$ 45.200
Receita Líquida Total de Vendas (RLTV) $ 135.600

Cálculo da Receita Líquida proveniente de Venda de Exportação Incentivada (RLVEI)


São os $ 45.200 obtidos do Exercício no 1.

Cálculo do Lucro Decorrente das Exportações Incentivadas (LDEI)

RLVEI 45.200
LDEI = × LE × 27.000 = 9.000,00
RLTV 135.600
E xp o r t a ç ã o e I m p o r t a ç ão 175

3o Passo: Cálculo do imposto de renda diferenciado:


10% de $ 9.000,00 = $ 900,00

5. COMPANHIA PANTANAL

1a Etapa

A informação da letra “a”, se registrada, exigiria algum lançamento que eliminasse (compensasse),
em 31/12/x2, seus efeitos, TENDO EM VISTA que até tal data as mercadorias não embarcaram. Ou seja,
o saldo de “Vendas no Mercado Externo” de 31/12/x2 deverá ser o que já consta no balancete fornecido, o
mesmo ocorrendo com os saldos de Mercadorias, CMV e outras correlatas. Em 31/12/x2, mesmo no porto
de embarque (ou a caminho dele), o lote ainda pertence à Cia. Pantanal.
Observe que só em janeiro de 20x3 é que ocorreram fatos que efetivamente vão modificar algumas
contas. Mas o solicitado se limita aos fatos até 31/12/x2.
A informação “b” merece ser refletida nos saldos das contas “Clientes no Exterior” e “Adiantamentos
sobre Cambiais Entregues”. Os saldos de 30/11/x2 são de $ 7.470 e expressam os US$ 1.500 na cotação de
$ 4,98 dólar. Como a liquidação da operação ocorreu em 3/12/x2, haveria algum tipo de ajuste a fazer, SE A
COTAÇÃO DO DÓLAR TIVESSE SE ALTERADO entre 30/nov. e 3/dez., O QUE NÃO OCORREU! Logo,
tais saldos passam a inexistir a partir de então e não mais aparecem no final de dezembro/x2.
Balancete de verificação: não está apresentado aqui. Se fosse construído, os totais seriam de $ 659.196,
pois estariam eliminados os $ 7.470 em ambas as colunas.

2a Etapa

Para o cálculo dos “impostos de renda”, comecemos por “esboçar” uma DRE provisória com o que se
possui:

Vendas no Mercado Externo 410.000


Vendas no Mercado Interno 82.000
(–) Impostos sobre Vendas no Mercado Interno (164.000)
Receita Líquida “total” 328.000
(–) Custo Mercadorias Vendidas (183.200)
Lucro operacional líquido 144.800
(–) Despesas com Vendas (18.300)
(–) Despesas Administrativas (39.500)
(–) Despesas Financeiras (20.310)
(+) Receitas Financeiras 8.910
Lucro antes dos “Impostos de Renda” 75.600

Para o cálculo do Imposto de Renda sobre exportação incentivadas, comecemos pelo cálculo do “lucro
da exploração” (LE).
Cálculo do Lucro da Exportação:
176 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

Lucro de 20x2 antes do Imposto de Renda $ 75.600


+ despesas financeiras +$ 20.310
– receitas financeiras –$ 8.910
Lucro da exportação $ 87.000

Cálculo da Receita Líquida Total de Vendas (RLTV): pode ser obtido da DRE provisória e seu valor é de
$ 328.000.
Como a Receita Líquida proveniente das Exportações Incentivadas (RLVEI) são os próprios $ 82.000,
saldo da conta Vendas no Mercado Externo, é fácil calcular o “lucro decorrente das exportações incentiva-
das” (LDEI), que será:
RLVEI 82.000
× LE × 87.000 = $ 21.750,00
RLTV 328.000

Logo, o “Imposto de Renda sobre o lucro decorrente das exportações incentivadas será (usando a alí-
quota hipotética fornecida)”
10% $ 21.750 = $ 2.175

O “outro” Imposto de Renda será calculado sobre o lucro antes do imposto de renda ($ 75.600), dele
excluídos os $ 21.750 que já sofreram tributação. Como não existem “adições” ou “exclusões”, teremos:
30% sobre ($ 75.500 – $ 21.750) = $ 16.155

Com isso se podem estruturar as demonstrações solicitadas no exercício, que é a 3a Etapa.

COMPANHIA PANTANAL
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (20x2)

1. Vendas no Mercado Interno 410.000


2. Vendas no Mercado Externo 82.000
3. Imposto s/ Vendas no Mercado Interno 164.000
4. Receita Operacional Líquida (1 + 2 – 3) 328.000
5. Custo das Mercadorias Vendidas 183.200
6. Lucro Operacional Bruto (4 – 5) 144.800
7. Despesas com Vendas 18.300
8. Despesas Administrativas 39.500
9. Despesas Financeiras 20.310
10. Receitas Financeiras 8.910
11. Total das Despesas Operacionais (7 – 8 – 9 – 10) 69.200
12. Lucro Antes do Imposto de Renda (6 – 11) 75.600
13. Despesa com Imposto de Renda* 18.330
14. Lucro Líquido (12 – 13) 57.270

* Estão somados os “dois” impostos de renda.


E xp o r t a ç ã o e I m p o r t a ç ão 177

COMPANHIA PANTANAL BALANÇO PATRIMONIAL (31/12/x2)

ATIVO PASSIVO

CIRCULANTE CIRCULANTE
Caixa e Bancos 17.416 Fornecedores 9.376
Clientes no País 50.220 Imposto Renda a Pagar 18.330
Mercadorias 73.250 27.706
140.886
NÃO CIRCULANTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO
IMOBILIZADO
Móveis e Utensílios 66.000 Capital 125.000
(–) Deprec. Acum. Mov. Ut. (11.960) Reserva de Lucros 62.470
Veículos 27.000 187.470
(–) Depr. Acum. Veículos (6.750)
74.290
Total 215.176 Total 215.176
23
Matriz e Filial

A – TESTES

1. (d)

2. (b)

3. (c)

4. (a)

B – EXERCÍCIOS

1. COMPANHIA RIBEIRÃO DA PENCA

A seguir são comentados os lançamentos no que julgamos necessário.


1. Nada de especial, lançamento apenas na matriz.
2. Lançamentos na matriz: (2) e (2.1) (é discutível a “ponte” usada na conta Móveis e Utensílios, vez
que o controle do permanente é descentralizado).
Lançamento na filial: (2)
3. Lançamento na filial: (3)
Ma t r i z e F i l i al 179

4. Lançamentos na matriz: (4), (4.1) e (4.2) (provavelmente diferente do livro-texto, mas, creio, mais
direto).
Lançamento na filial: (4)
5. Lançamento na filial: (5)
6. Lançamentos na filial: (6) e (6.1)
7. Lançamentos na matriz: (7) e (7.1)
8. Lançamento na matriz: (8)
9. Lançamento na matriz: (9)
10. Lançamento na matriz: (10)
11. Lançamentos na matriz: (11) e (11.1) Lançamentos na filial: (11) e (11.1)
12. Lançamento na filial: (12)
13. Lançamento na matriz: (13) Lançamento na filial: (13)
14. Lançamento na matriz: (14) Lançamento na filial: (14)
15. Lançamento na matriz: (15) Lançamento na filial: (15)
16. Lançamento na matriz: (16)
Lançamento na filial: (16) (observar que os Móveis e Utensílios da filial foram comprados em de-
zembro/x6 e, portanto, são depreciados apenas 1 mês)

BALANCETES DE VERIFICAÇÃO: (não estão aqui apresentados)

APURAÇÃO DO RESULTADO DA FILIAL (e reflexo na matriz): a “novidade” está em não ter sido
usada a conta CMV nem a conta Lucro Operacional Bruto (Resultado com Mercadorias). Houve a trans-
ferência integral dos saldos intervenientes no resultado diretamente para a conta ARE. Todavia, dentro do
tracejado estão os valores que formam o CMV. Não se esquecer de explorar o fato de a filial ter apresentado
prejuízo.
APURAÇÃO DO RESULTADO DA MATRIZ: similar ao da filial; apenas que no lucro de $ 47.113 está
incorporado o prejuízo de $ 417 da filial.
180 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

DEMONSTRAÇÕES COMBINADAS

COMPANHIA RIBEIRÃO DA PENCA


BALANÇOS PATRIMONIAIS (em 31/12/x6)
MATRIZ, FILIAL E COMBINADOS

Eliminações
Matriz Filial Combinados
Débito Crédito

ATIVO
CIRCULANTE
Caixa e Bancos 21.481 5.150 26.631
ICMS a Recuperar 215 – 215 –
Mercadorias 4.610 170 4.780
NÃO CIRCULANTE
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
Filial Conta-Corrente 7.863 – 7.863 –
IMOBILIZADO
Móveis e Utensílios 36.820 8.160 44.980
Depreciação Acum. Mov. e Utens. (2.266) (68) (2.334)
TOTAL ATIVO 68.723 13.412 74.057

PASSIVO
CIRCULANTE
Fornecedores 1.700 1.800 3.500
Credores Diversos – 2.760 2.760
ICMS a Recolher – 579 215 364
Encargos Sociais a Recolher 1.710 410 2.120

PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social 20.000 – 20.000
Reserva de Lucros 45.313 – 45.313
Matriz Conta-Corrente – 7.863 7.863
TOTAL PASSIVO 68.723 13.412 74.057
Ma t r i z e F i l i al 181

COMPANHIA RIBEIRÃO DA PENCA


DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (20x6)
MATRIZ, FILIAL E COMBINADO

Matriz Filial Eliminação Combinados

1. Vendas Brutas de Mercadorias 194.800 6.600 201.480


2. ICMS s/ Vendas 36.304 1.122 37.426
3. Vendas Líquidas de Mercadorias (1 – 2) 158.576 5.478 164.054
4. Estoque Inicial 2.310 –0– 2.310
5. Compras Mercadorias 63.695 1.512 65.207
6. Mercad. Recebidas da Matriz – 1.445 1.445 –
7. Mercad. Transferidas p/ Filial 1.445 – 1.445 –
8. Estoque Final 4.610 170 4.780
9. Custo Merc. Vendidas (4 + 5 + 6 – 7 – 8) 59.950 2.787 62.737
10. Lucro Operacional Bruto (3 – 9) 98.626 2.691 101.317
11. Despesas com Vendas 15.000 830 15.830
12. Despesas Administrativas 39.096 2.278 41.374
13. Resultado Oper. Líquido (10 – 11 – 12) 44.530 (417) 44.113
14. Resultado com Filiais (417) (417)
15. Lucro (prejuízo) Líquido (13 ± 14) 44.113 (417) (417) 44.113

RAZONETES DA MATRIZ

Caixa e Bancos Filial Conta-Corrente Capital Social


* 37.886 (2.1) 5.400 20.000 *
1.165 (1) (4.1) 1.700
5.400 (2) (13) 200 Lucros Acumulados
(7) 5.300 (14) 980 1.200 *
1.520 (8) 417 (20) 44.113 (30)
7.500 (9)
2.320 (10) Reserva de Lucros
3.800 (11) 44.113 (31)
182 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

Mercadorias ICMS a Recolher Apuração do Resultado


* 2.310 245 * 194.880 (30)
2.310 (30) (1) 245 (30) 36.304
(30) 4.610 1.060 (7.1)
(15) 1.060 (30) 2.310
(30) 63.695
1.445 (30)
4.610 (30)
(30) 39.096
(30) 15.000
(30) 417
(30) 44.113

ICMS a Recuperar Fornecedores Móveis e Utensílios


(4) 255 1.700 (4) * 36.820
255 (4.2) (2) 5.400 5.400 (2.1)
(9) 1.275
1.060 (15)

Encargos Sociais a Recolher Deprec. Acum. Mov. e Utens. Compra de Mercadorias


920 * 1.840 * * 56.025
(1) 920 426 (16) (4) 1.445
1.710 (11.1) (9) 6.225
63.695 (30)

Vendas Brutas de Mercad. Merc. Transferidas p/ Filial ICMS s/ Vendas


189.580 * (4.2) 255 1.700 (4.1) * 35.244
5.300 (7) (30) 1.445 (7.1) 1.060
(30) 194.880 36.304 (30)

Resultado da Filial Despesas Administrativas Despesas com Vendas


(20) 417 * 31.820 * 13.680
417 (30) (10) 2.320 (8) 1.520
(11) 3.800 200 (13)
(11.1) 1.710 15.000 (30)
980 (14)
(16) 426
39.096 (30)
Ma t r i z e F i l i al 183

RAZONETES DA FILIAL

Caixa e Bancos Fornecedores Matriz Conta-Corrente


(6) 6.600 1.800 (5) 5.400 (2)
820 (11) 1.700 (4)
630 (12) 200 (13)
980 (14)
(20) 417

Mercadorias Credores Diversos ICMS a Recolher


(20) 170 2.760 (3) 1.122 (6.1)
(15) 543

ICMS a Recuperar Encargos Sociais a Recolher Apuração do Resultado


(4) 255 410 (11.1) 6.600 (20)
(3) 288 (20) 1.122
543 (15) (20) 1.512
(20) 1.445
170 (20)
(20) 830
(20) 2.278
417 (20)

Móveis e Utensílios Compras de Mercadorias


(2) 5.400 (5) 1.512
(3) 2.760 1.512 (20)

Deprec. Acum. Móveis e Utens. Mercadorias Recebidas da Matriz Vendas Brutas de Mercadoria
68 (16) (4) 1.445 6.600 (6)
1.445 (20) (20) 6.600

Despesas Administrativas ICMS s/ Vendas Despesas com Vendas


(11) 820 (6.1) 630 (12) 630
(11.1) 410 (13) 200 (13) 200
(14) 980 830 (20) 830 (20)
(16) 68
2.278 (20)
184 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

2. COMPANHIA RANCHO QUEIMADO

1a Etapa

Antes de qualquer iniciativa de registro convém que os alunos COMPLETEM o balancete de verifica-
ção. CORRETAMENTE, o que se constitui numa “revisão” de capítulos anteriores. Para tal, vejamos:

Lote no 1:
O valor original foi fornecido ($ 1.800) e como está na empresa há mais de 13 anos, se encontra com-
pletamente depreciado (contabilmente), significando que a depreciação acumulada desse lote é de $ 1.800.
Atente-se para que o lote não seja “esquecido”, pois será posteriormente utilizado.

Lote no 2:
Se em 30/04/x4 (data do“último”balanço) a depreciação acumulada valia $ 1,125 e o lote estava 37,5%
depreciado, por regra de três se obtém seu valor original, que é de $ 3.000. No “balancete” que estamos
completando, a depreciação acumulada desse lote ainda está registrada por $ 1.125, pois a empresa só re-
gistra a despesa no final do exercício social, que ocorrerá em 30/4/x5.

Lote no 3:
O custo de aquisição foi fornecido ($ 1.910), significando uma depreciação mensal de $ 16. Como foi
adquirido em 1o/02/x2, já se passam 27 meses até o último balanço (30/04/x4), ou seja, $ 432 de depreciação
acumulada até lá.

Lote no 4:
Foi adquirido por $ 2.400 no curso do exercício social em que se encontra a Cia. Rancho Queimado.
Logo, nada há de depreciação acumulada registrada com relação a esse lote.
Feitos os cálculos, chega-se a $ 9.120 como saldo da conta Móveis e Utensílios e a $ 3.357 de saldo para
a conta Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios. Logo, é possível obter os totais dos saldos (deve-
dor e credor), que é de $ 688.507 e, finalmente, o saldo da conta Lucros Acumulados, que é de $ 12.350!

2a Etapa

Posicionar os saldos nos razonetes da matriz, sem problemas (com asteriscos).


Lembre-se de que a matriz adota o regime de INVENTÁRIO PERMANENTE, o que, de certo modo,
reduz a quantidade de contas utilizadas.

3a Etapa – Lançamentos das operações de abril/x5


1. Não gera lançamento algum. A operação ficou no plano jurídico.
2. Lançamento apenas na filial.
3. Lançamentos na matriz com (3) e (3.1) que apenas “dão baixa” do lote no 1 da matriz. Se ainda
existisse valor a depreciar, (3.1) seria menor do que (3) e a matriz ficaria, neste instante, com saldo
devedor na conta “Filial Conta-Corrente”.
Lançamentos na filial: com os números (3) e (3,1), simétricos aos da matriz.
Ma t r i z e F i l i al 185

4. Lançamentos na matriz com os números (4) e (4.1) (é discutível a “ponte” utilizada, qual seja, a
conta Móveis e Utensílios, vez que o controle do imobilizado é descentralizado).
Lançamentos na filial: com o número (4).
5. Lançamento apenas na filial: número (5).
6. Lançamentos na matriz com números (6) e (6.1). Observe-se que o inventário é “permanente” e a
conta Mercadorias deve refletir, a cada momento, o saldo físico (pode ser alegado, também aqui, a
“ponte” utilizada).
7. Lançamento na filial: com número (6).
8. Lançamento na matriz; com número (7) Lançamento na filial: com número (7).
9. Lançamentos apenas na filial: com números (8.1) e (8.2).
10. Lançamento na filial: com número (9) Lançamento na matriz: com número (9).
SR. PROFESSOR: faça-os observar que neste instante a conta FILIAL CONTA-CORRENTE (da
matriz) tem um saldo CREDOR de $ 690. E que a conta MATRIZ CONTA-CORRENTE (da filial), um
saldo devedor de $ 690.
Como se a matriz estivesse“devendo”para a filial! Tal situação deve ser alertada, pois pode ocorrer.
11. Lançamento apenas na matriz: com número (10).
12. Lançamentos apenas na matriz: com números (11. 1) e (11.2).
13. Lançamentos apenas na filial: com números (12.1) e (12.2).
14. Trata-se da despesa com depreciação. Cálculos da matriz:

lote no 2 = 12/12 × 10% × $ 3.000 = $ 300


lote n 3 = 12/12 × 10% × $ 1.920 =
o
$ 192
lote n 4 = 9/12 × 10% × $ 2.400 =
o
$ 180
Valor do lote (13) na matriz = $ 672

Cálculos na filial:

lote no 1 recebido da matriz = não mais deprecia.


Compra direta em 1o/4/x5 = 1/12 × 10% × $ 2.880 = $ 24
Compra via matriz em 1 /4/x5 = 1/12 × 10% × $ 2.640 =
o
$ 22
lançamento n (13) na filial =
o
$ 46

1. Lançamento apenas na matriz: com número (14)


2. Lançamento na matriz: com número (15) Lançamento na filial: com número (15)
3. Lançamento na matriz: com número (16) Lançamento na filial: com número (16)
4. Lançamento na matriz: com número (17)
Lançamento na filial: com número (17)
186 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

4a Etapa: Balancetes em 30/04/x5 (deixamos de apresentá-los).

5a Etapa: Lançamentos de apuração do resultado na filial (com número 20) e seu consequente reflexo na
matriz (também com número 20).

6a Etapa: Lançamentos de apuração do resultado da matriz (com número 30). ALERTE-SE de que está
sendo apurado o resultado de toda a Cia. Rancho Queimado, uma vez que a Conta “Resultado da Filial”
está sendo incluída.

7a Etapa: O BP e a DRE da filial não estão apresentados, pois não apresentam dificuldades. No Patrimônio
Líquido do DB da filial aparecerá como única conta a “Matriz conta-corrente” com saldo credor de $ 7.064.

8a Etapa: Após os razonetes!

RAZONETES DA MATRIZ

Caixa e Bancos Mercadorias Capital Social


* 13.490 * 58.097 40.000 *
2.640 (4) (6) 10.850 10.850 (6.1)
10.850 (6) 5.820 (7)
(9) 20.000 50.000 (11.2) Lucros Acumulados
3.230 (10) 12.350 *
(11.1) 70.300 36.720 (30)
4.374 (14)
8.058 (15)

Móveis e Utensílios Filial Conta-Corrente Apuração Result. Exerc.


* 9.120 (3) 1.800 1.800 (3.1) 703.100 (30)
1.800 (3) (4.1) 2.640 (30) 550.200
(4) 2.640 (6.1) 10.850 (30) 104.170
2.640 (4.1) (7) 5.820 (30) 17.530
20.000 (9) 5.520 (30)
(16) 1.000 (30) 36.720
(17) 1.234
(20) 5.520

Depreciação Acum. Móv. Utens. Despesas com Vendas Vendas de Mercadorias


3.357 * * 15.300 623.800 *
(3.1) 1.800 (10) 3.230 70.300 (11.1)
672 (13) 1.000 (16) (30) 703.100
17.530 (30)
Ma t r i z e F i l i al 187

Resultado da Filial Custo Mercadorias Vendidas Despesas Administrativas


5.520 (20) * 500.200 * 92.300
(30) 5.520 (11.2) 50.000 (13) 672
550.200 (30) (14) 4.374
(15) 8.058
1.234 (17)
104.170 (30)

RAZONETES DA FILIAL

Caixas e Bancos Mercadorias Matriz Conta-Corrente


(8.1) 35.780 (5) 12.300 (3.1) 1.800 1.800 (3)
20.000 (9) (6) 10.850 2.640 (4)
2.420 (15) (7) 5.820 10.850 (6)
23.000 (8.2) 5.820 (7)
4.070 (12.2) (9) 20.000
1.000 (16)
1.234 (17)
5.520 (20)

Duplicatas a Receber Fornecedores


(12.1) 1.510 12.300 (5)

Móveis e Utensílios Credores Diversos Apuração Result. Exerc.


(2) 2.880 2.880 (2) (20) 27.070
(3) 1.800 (20) 3.700
(4) 2.640 (20) 1.000
(20) 5.520
37.290 (20)

Deprec. Acum. Móv. Utens. Despesas Administrativas Despesas com Vendas


1.800 (3.1) (13) 46 (16) 1.000
46 (13) (15) 2.420 1.000 (20)
(17) 1.234
3.700 (20)

Vendas de Mercadorias Custo Mercadorias Vendidas


35.780 (8.1) (8.2) 23.000
1.510 (12.2) (12.2) 4.070
(20) 37.290 27.070 (20)
188 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

COMPANHIA RANCHO QUEIMADO


BALANÇOS PATRIMONIAIS (EM 30/4/x5)

MATRIZ, FILIAL E COMBINADOS

Eliminações
Matriz Filial Combinados
Débito Crédito

ATIVO
CIRCULANTE
Caixa e Bancos 74.638 13.360 87.998
Duplicatas a Receber – 1.510 1.510
Mercadorias 2.277 1.900 4.177
NÃO CIRCULANTE
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
Filial Conta-Corrente 7.064 – 7.064 –0–
IMOBILIZADO
Móveis e Utensílios 7.320 7.320 14.640
Depreciação Acum. Mov. e Utens. (2.229) (1.846) (4.075)
TOTAL DO ATIVO 89.070 22.244 104.250

PASSIVO
CIRCULANTE
Fornecedores – 12.300 12.300
Credores Diversos – 2.880 2.880

PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social 4.000 – 40.000
Reserva de Lucros 49.070 – 49.070
Matriz Conta-Corrente – 7.064 7.064
TOTAL DO PASSIVO 89.070 22.244 104.250
Ma t r i z e F i l i al 189

COMPANHIA RANCHO QUEIMADO


DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
(1o/05/x4 a 30/04/x5)
MATRIZ, FILIAL E COMBINADA

Matriz Filial* Eliminações Combinada

1. Vendas de Mercadorias 703.100 37.290 740.390


2. Custo Mercadorias Vendidas 550.200 27.070 577.270
3. Lucro Op. Bruto (1 – 2) 152.900 10.220 163.120
4. Despesas com Vendas 17.530 1.000 18.530
5. Despesas Administrativas 104.170 3.700 107.870
6. Lucro Operac. Líquido (3 – 4 – 5) 31.200 5.520 36.720
7. Resultado c/ Filiais 5.520 –0– 5.520 –0–
8. Lucro Líquido (6 + 7) 36.720 5.520 5.520 36.720

* A filial iniciou suas atividades em 1o/04/X5.


24
Estoques – Problemas Gerenciais:
Custos de Reposição

A – TESTES

1. (c) (a alternativa “b” não se adapta ao enunciado, que foi específico).

2. (b) (todas as demais usam terminologia inadequada e a alternativa “c” um conceito errado). O autor
citado existe. É Eldon S. Hendriksen em sua Accounting Theory, 4a edição (1988), nota de rodapé da
página 6.

3. (d) (nenhuma “contabilidade” assegura inevitavelmente a continuidade de uma empresa, como afirma
a alternativa “a”).

4. (c) (o CMV estará mais próximo do CMV do custo de reposição).

B – EXERCÍCIOS

1. COMPANHIA ENSEADA

ATENÇÃO: observe que ardilosamente o custo específico, tanto quanto o PEPS e o UEPS, conduzirão
ao MESMO “CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS”, pois a Cia. Enseada sempre vende (tudo) para,
logo após, comprar. E foi solicitado o regime de inventário permanente. Foi de propósito!
Não havendo como escapar disso pela redação dada no enunciado, o CMV de março/x2 será:
E st o q u e s – Pro b l e m a s G e re n c i a i s : Cu s t o s d e Re p o s i ç ão 191

10 unidades × $ 5,00 = $ 50,00


10 unidades × $ 7,00 = $ 70,00
10 unidades × $ 11,00 = $ 110,00
CMV de março/x2 = $ 230,00

Como as vendas foram efetuadas pelo preço de $ 20,00/unidade, a receita total foi de $ 600,00 (30
unidades × $ 20,00).
Logo, a resposta ÚNICA para as três primeiras alternativas será:

Vendas = $ 600,00
CMV = $ 230,00
Lucro de março/x2 = $ 370,00

PELO CUSTO (CORRENTE) DE REPOSIÇÃO das datas em que ocorreram as vendas, teríamos:

a venda de 10/março teria um CMV de 10 × $ 7,00 = $ 70,00


a venda de 20/março teria um CMV de 10 × $ 11,00 = $ 110,00
a venda de 31/março teria um CMV de 10 × $ 16,00 = $ 160,00
$ 340,00

Logo:
Vendas = $ 600,00
Custo (Corrente) de Reposição das Vendas = $ 340,00
Lucro de março/x2 = $ 260,00

A diferença entre os dois “lucros” está na diferença de CMV, pois para o “custo de reposição” tudo deve
estar avaliado a preços de reposição.

2. COMPANHIA ENSEADA DOS BRITOS

1. O termo corrente utilizado é uma tradução do current da língua inglesa e uma de suas significações
seria (já traduzindo):“ocorrendo no ou pertencendo ao presente”. Outra seria (também já traduzindo):
“comumente aceito ou praticado”.
No Novo Dicionário da Língua Portuguesa (Aurélio B. H. Ferreira, 2a edição, 1986), há dois sentidos que
se aproximem daqueles: “4. vulgar, comum, usual;” e “5. aceito por todos; geralmente admitido”.
Sem aqui julgar se a tradução de current por “corrente” é adequada ou não, o fato é que se refere aos
preços praticados naqueles momentos (no caso do Exercício no 1, “nos momentos em que as operações
ocorriam”). Há casos em que se omite a palavra corrente mantendo apenas “reposição”. O fato de manter-
se ambas na “demonstração gerencial” foi realçar que o CMV estava expressando o custo de reposição das
datas em que as mercadorias deixavam a empresa por motivo das vendas, pois as três unidades vendidas
poderiam, para fins de CMV, serem cotadas a $ 16,00 cada uma (seria um CMV a custo de reposição do
final de período).
192 Contabilid ade C o m erc i al - M anual do M es tre • I u d í c i b u s e Ma r i o n

2. O termo realizadas e o termo realizado se originam do verbo realizar. Em inglês to realize pode signifi-
car: “tornar realidade,“alcançar”,“obter”,“ganhar” (um lucro),“converter em moeda” (converter ativos
em moeda).
No mesmo Novo Dicionário da Língua Portuguesa antes citado, das várias conotações do verbo
realizar, algumas são: “transformar em dinheiro ou valor monetário”, “criar”, “acumular”, “ocorrer”,
“acontecer”.
Quando usada para adjetivar receitas, despesas e resultados (lucros/prejuízos), não deve ter a co-
notação de “transformar em dinheiro”. Melhor no sentido de “obter”, “ganhar” (no caso de receitas e
lucros) e de “ocorrer”,“sacrificar” (no caso de despesas e prejuízos).
Começando, então, pela expressão lucro líquido realizado, o realizado está a significar que o lucro
líquido já está validado por operações que já se efetivaram: a Cia. Enseada dos Britos já efetivou a
transferência das mercadorias ao mercado (comprador) e este já aceitou o preço por elas cobrado.
Mais difícil é explicar aos Britos as “economias de custo realizadas”. Que tal assim: as primeiras
10 unidades que estavam inicialmente estocadas por $ 50, em 10/março, “valiam” $ 70,00, mas esse
“valor” que era uma “economia de custo” (talvez melhor seria dizer a eles “uma economia embutida
no custo das 10 unidades”) “não realizada” até o momento em que, pela venda, ela “se realizou”, “se
materializou”.
Idêntico raciocínio vale para as 10 outras (entre 10 e 20/março) e para as 10 últimas (entre 20 e 31/
março).

3. A explicação tem relação, em parte, com o item anterior. Supondo que em 10/mar. eles não tivessem as
10 unidades que venderam. Teriam comprado por $ 70 e vendido pelos $ 200 (um lucro de $ 130). Se
em 20/março não tivessem as outras 10 unidades que venderam? Comprariam por $ 110,00 e as ven-
deriam por $ 200,00 (um lucro de $ 90,00). Se eles não tivessem as últimas 10 unidades que venderam
em 31/mar? Teriam comprado por $ 160,00 e vendido por $ 200 (um lucro de $ 40,00)?
Ora, são esses três lucros (que somados dão os $ 260) que representam o lucro derivado do “es-
forço de vender” propriamente dito, ou seja,“o talento de vendedores do qual se orgulham os Brito”.
Mas vejamos os $ 110, que também são lucro! Pelo “simples fato” de as primeiras 10 unidades
adquiridas no finalzinho de fev./x2 “terem dormido” no estoque até 10/março, ganharam uma “mais-
valia” som que os Brito tivessem feito esforço para vendê-las. Idêntico raciocínio pode ser feito com os
outros dois lotes de 10 unidades. Todavia, esses três “ganhos” acabaram-se revertendo com lucro para
a Cia. Enseada dos Britos.
Será que os Britos ficaram satisfeitos com a explicação?
Poderão até admitir que os $ 110 não decorre do “esforço de venda”, mas alegarão: “Os $ 110
decorrem de nossa SÁBIA decisão de ter comprado cada lote no momento em que os compramos”.
E agora, como sair dessa? A questão se aprofundaria em “verificar mesmo” se eles pensaram na
questão “estocar” aqueles lotes ou se fizeram sem pensar no que aquilo significaria. Ou seja, se aden-
traria na questão do “custo de oportunidade” associado a cada ativo possuído por uma empresa, o que
não era o objetivo do questionamento.
E st o q u e s – Pro b l e m a s G e re n c i a i s : Cu s t o s d e Re p o s i ç ão 193

3. COMPANHIA GUARDA

SEM CONSIDERAR A INFLAÇÃO


1. A “VALORES HISTÓRICOS”

1. Vendas 120,00
2. CMV 70,00
3. Lucro Líquido (realizado) (1 – 2) 50,00

2. A “CUSTOS DE REPOSIÇÃO”

1. Vendas 120,00
2. CMV a valores de reposição (10 × $ 12,00) 120,00
3. Lucro bruto operacional corrente (1 – 2) –0–
4. Economias do Custo Realizadas: (10 × $ 12,00) – (10 × $ 7,00) 50,00
5. Lucro Líquido Realizado (3 + 4) 50,00
25
Bases para a Formação do Custo Mercantil
e outras Considerações

A – TESTES

1. (c) A alternativa “c” elimina a alternativa “a”; a alternativa “b” é incorreta: a ordem seria inversa; o mes-
mo ocorre na alternativa “d”. O trecho “de forma ampla” foi usado para dar cobertura às despesas que,
na DRE, levam o nome de “custo das mercadorias vendidas”, “custo dos produtos vendidos” etc. Na
verdade, são despesas.

2. (b)

3. (a) (Os autores caracterizaram as várias configurações de sistemas de custo e apresentaram 4 níveis
distintos. No nível “segundo”, eles colocaram: “II Empresas sem um sistema avantajado de custo, mas
que se preocupam com as considerações anteriores”. No texto relativo a esse subtítulo, associaram a
“departamentalização” a um sistema COMPLETO de apuração de custos. Apenas isso.)

4. (d)

5. (b) (“Todos os seus gastos” acabam por chegar nas mercadorias; logo, se nada vendeu, todos os gastos
estão ativados sob a forma de “estoques de mercadorias”. Claro que a resposta está baseada nas SU-
POSIÇÕES feitas.)

6. (c) (Apenas esta alternativa é correta! Ninguém pode, a priori, dizer o que é racional e o que é irracional.
Trata-se de um “julgamento de valor” que só cada empresa pode fazer e que varia com o tempo!)
Bas e s p a ra a Fo r m a ç ã o d o Cu s t o Me rc a n t i l e o u t ra s Co n s i d e ra ç õ e s 195

B – QUESTÕES

1. Sabemos que o frete/seguro de um lote de mercadorias adquiridas é DIRETO em relação ao lote (o é


no mais das vezes!)
Mas ao “abrir” o lote nos deparamos com mercadorias diversas em que são diversos seus pesos,
seus volumes e seus preços. Como frete/seguro variam em função dessas características, a prática de-
monstra que existem“regras de bolso”para atribuir o frete/seguro a cada sublote de mercadorias, o que
é evidente ter-se utilizado de algum critério de rateio, para alocar tal frete/seguro a cada sublote. Daí
em diante é que eles seriam diretos, pois dentro do sublote as mercadorias são idênticas.
Logo, a classificação radical e priorística em “diretos” é, a nosso ver, precipitada.

2. NÃO (não vale invocar a figura de linguagem de que a “lei não raciocina”, e sim o legislador). A pista
que pode ser dada é o inciso II do artigo 183 e o próprio artigo 187 que trata da DRE. Não passou nem
perto de “raciocinar” em alocar as despesas com vendas, administrativas e financeiras às mercadorias,
tornando-as verdadeiros “custos” enquanto no ativo estivessem, agregadas aos bens aos quais foram
atribuídas.

3. O erro do “chefe” reside em que o “critério de rateio” não fora alterado: continuou sendo a área física
ocupada!

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