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Livro: a corporação - a busca patológica por lucro e poder

Lei 6.404/76

Caracterização das sociedades anônimas

- As corporações são sociedades anônimas sem controlador. A Lei de SA


define acionista controlador como sendo aquele que é titular de ações que
lhe confere maioria de votos permanente nas assembleias gerais das
sociedades anônimas e por conta disso dá a ele a prerrogativa de nomear os
acionistas;

- Aquele que tem ações suficientes para obter a maioria de votos e a


prerrogativa para ter a maioria de seus acionistas;

- Quem tem ações que lhe confere a maioria na assembleia é o controlador;

- Sociedade anônima sem controlador → é chamada de corporação. Ex.: lojas


americanas; acionistas de referência a americanas possui;

- A sociedade anônima de capital aberto - sem controlador

- Sociedade anônima de capital fechado - maioria das sociedades anônimas


registradas no Brasil

- Com o CC/2002, a sociedade anônima ficou muito próxima da sociedade


limitada;

- A sociedade é um feixe de contratos; é uma instituição que realiza contratos


permanentemente, de modo contínuo

- Sociedade —> terceiros. A personalidade jurídica é um atributo conferido


pela lei às pessoas jurídicas;

- Pessoas jurídicas. Arts. 40 e 44 do CC;

- Eireli extinta → art. 1.052, §2º → a sociedade limitada pode ser unipessoal;

- Art. 45 do CC; nasce a pessoa jurídica;

- Art. 47 do CC;

- O administrador é órgão executivo da sociedade, os atos que realizar,


qualquer negócio jurídico que a sociedade irá fazer acontece por intermédio
deste órgão. Quem obrigada a sociedade são os seus administradores;
- Art. 985 → confere a personalidade jurídica → atributo conferido a pessoa
jurídica no ato de seu registro; quem confere é a lei; conforme artigo 45 e
985;

- A sociedade é uma ficção legal. A lei criou a pessoa jurídica da sociedade;

- Efeitos da personalidade jurídica → capacidade jurídica (autonomia);


separação patrimonial é consequência da autonomia;

- Efeitos da personalidade jurídica de acordo com o professor → 1) autonomia


patrimonial e autonomia obrigacional; 2) limitar a responsabilidade dos sócios
nas relações de obrigações da sociedade assumidas com terceiros;

- A responsabilidade dos sócios na sociedade anônima é limitada com as


obrigações da sociedade com terceiros;

- Para que haja empresa são necessários dois fatores de produção: trabalho e
capital;

- Não há sociedade sem capital e sem trabalho;

- Subscrição de capital → prometer integralizar o capital;

- Integralização de capital → “pagar” o capital; pode ocorrer a prazo

- Principal obrigação do sócio → integralizar o capital social

- O sócio só tem a responsabilidade de pagar se houver abuso da


personalidade jurídica → desvio de finalidade ou confusão patrimonial; Art. 50
do CC;

- Praticar atos fora dos poderes que a sociedade lhe conferiu;

- Obrigação do sócio - votar no interesse da sociedade;

08/08

1) Características (S/A)

- Responsabilidade limitada

- Cia Capital → aberto (os valores mobiliários de sua emissão são


admitidos à negociação no mercado de ações/capital) / fechado (não
pode negociar valores mobiliários) - Art. 4º da Lei 6404/76
S/A será aberta quando tiver autorização para negociar seus valores
mobiliários no mercado de capitais, e fechada quando não tiver
autorização para tanto.

- Essa autorização para abertura do capital, com a possibilidade


de negociação dos valores mobiliários no mercado de capitais,
é concedida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM),
autarquia federal ligada ao Ministério da Economia que atua,
junto ao Banco Central, no controle e fiscalização das
operações realizadas no mercado de capitais.

Valores mobiliários: trata-se de um título. A lei de S/A regula 4 títulos


mobiliários. Lei de valores mobiliários - 6385/76. É um título previsto e
regulamentado na Lei 6485/76 e apenas as companhias de capital
aberto podem utilizar esse mercado. Fonte de financiamento privada.
Espécies: ações, débito e outros

Mercado de capitais:

- É o “local” onde se efetuam as diversas operações envolvendo


os valores mobiliários emitidos pelas companhias abertas.
Mercado no qual essas operações de compra e venda são
desenvolvidas.

- Há uma negociação direta entre a companhia que precisa de


recursos e o investidor que os possui, já que ele adquire os
títulos da empresa diretamente dela.

- Está inserido no sistema financeiro brasileiro. O mercado de


capitais serve para possibilitar à companhia de capital aberto
uma alternativa de captação de recursos para financiar suas
atividades. A função social é servir de alternativa de
financiamento da atividade econômica, mediante a negociação
de valores mobiliários. Entidades que estruturam o mercado de
capitais:

- C.V.M (autarquia federal e seus representantes são nomeados


pelo Presidente da República com mandato fixo → art. 5º da lei
6385, é responsável pela regulamentação, fiscalização,
funcionamento e fiscalização do mercado de capitais e com
poderes largos para organizar esse mercado. Arts. 8º e 9º da
Lei 6385/76

- Bolsa de valores (B3) → a venda das ações é regulada pelas


regras da bolsa de valores. Possui função executiva. Trata-se
de associação privada formada por sociedades corretoras que,
por meio de autorização da CVM, presta serviço de interesse
público inegável, consistente na manutenção de local adequado
à realização das operações de compra e venda dos diversos
valores mobiliários emitidos pelas companhias.

- A grande finalidade da bolsa de valores é dinamizar as


operações do mercado de capitais, ampliando o volume de
negócios por meio da realização de pregão diário em que os
agentes das diversas corretoras que a compõem, obedecendo
às regras do mercado mobiliário, se encontram e mantêm
relações constantemente.

- Arts. 27-C e 27-D da Lei 6.385/76

- A sociedade anônima não se constitui por meio de um contrato


social, mas de um ato institucional ou estuário (estatuto social)

09/08

- A base para o mercado é a sua confiabilidade, de modo que proporcione o


investimento de dinheiro

- A credibilidade do mercado é de suma importância

- Novo mercado → é um segmento de mercado. Foi estruturado sob um


conceito de governança corporativa, que se insere num ambiente como um
movimento social. Esse movimento foi liderado pelos investidores
institucionais, ou seja, os maiores investidores americanos/institucionais,
pessoas jurídicas que efetivamente podem mexer com o mercado. Ambiente
que permite as companhias melhorarem seus níveis de governança

- Governança corporativa é o movimento, nascido nos EUA e no Reino Unido,


em meados dos anos 1990, com o objetivo de identificar e sistematizar as
melhores práticas de gestão da empresa e relacionamento com os acionistas.
Este movimento repercute no Brasil ao inspirar a formação do Novo Mercado
e a reforma da LSA

- Quatro princípios da governança corporativa:

1) transparência → não se deve apenas cumprir o dever de informação


previsto em lei, mas disponibilizar às partes interessadas toda e
qualquer informação do seu interesse

2) prestação de contas → deve seguir critérios de contabilidade seguros,


eficientes e internacionalmente aceitos
3) equidade → no tratamento entre os acionistas

4) responsabilidade corporativa → os administradores/colaboradores


devem zelar pela sustentabilidade das empresas, visando à
longevidade delas

- O novo mercado foi criado em 3 níveis. Para a companhia entrar no nível 1,


deve cumprir os requisitos deste nível, e assim sucessivamente para os
demais níveis

- IBGC → difundir práticas objetivas de governança (boas práticas)

- Código Brasil de Governança Corporativa (não é uma lei; é um conjunto de


boas práticas de governança corporativa sugerido às companhias para a
inscrição nesses determinados níveis. Passa exigir maior contabilidade das
companhias, relatórios mais específicos e com menor periodicidade do que
os exigidos pela lei da S/A

- A corporação só vai observar determinados níveis de governança, se aqueles


níveis de governança forem benéficos para ela. Se não forem objetivos, não
será feito, porque a lei não obriga

- A lógica corporativa é: as decisões devem se pautar na dualidade custo x


benefício. E a análise é feita permanentemente nas suas decisões, no
interesse da companhia

- Crítica: na atualidade, todo e qualquer obstáculo que a corporação adquire, a


corporação entende como uma externalidade (consequência) decorrente de
sua atividade. Ex.: a poluição de um rio é uma externalidade; a morte de um
funcionário é uma externalidade. A ideia de um novo mercado é estabelecer
critérios para que uma companhia tenha maior transparência (não significa
somente se abrir a verdade, significa se abrir e dizer a verdade),
regularidade, mas o capitalismo é amoral, a dimensão é técnica.

- Para implementar a boa governança os sócios precisam ter a cultura da boa


governança e não ficar no discurso. Se não houver lei que dê os contornos
de uma obrigação corporativa a companhia não vai fazer isso porque ela não
tem obrigação/preocupações morais. Os seus interesses estão sempre em
primeiro lugar.

Principais características da sociedade anônima:

a) sua natureza capitalista; é sociedade de capital em sua maioria. No Brasil,


não é incomum que sociedades anônimas – sobretudo companhias fechadas
familiares – assumam uma feição personalista, por meio de regras
estatutárias, como as que impõem a limitação de circulação de ações
nominativas (art. 36 da LSA) ou por meio de acordos de acionistas (art. 118

da LSA).

b) sua essência empresarial;

c) sua identificação exclusiva por denominação;

d) a responsabilidade limitada dos seus sócios. Cada sócio responde apenas


pela sua parte no capital social, não assumindo, senão em situações
excepcionalíssimas – como a desconsideração da personalidade jurídica ou a
imputação direta de responsabilidade pela prática de atos ilícitos –, qualquer
responsabilidade pelas dívidas da sociedade.

- Nas sociedades anônimas o estatuto fixa o número de ações, mas não


identifica a pessoa do acionista;

- A transferência de uma ação para outra pessoa é feita sem alteração


do ato constitutivo;

- A participação societária é chamada de ação → é livremente


negociável e pode ser penhorada para a garantia de dívidas pessoais
de seus titulares;

- Ainda que uma determinada S/A não explore atividade econômica de


forma organizada ela será empresária e se submeterá, pois, às regras
do regime jurídico empresarial;

- Os acionistas, respondem tão somente pela integralização de suas


ações, não havendo, para eles, a previsão de responsabilidade
solidária quanto à integralização de todo o capital social;
- O Mercado de Balcão, por sua vez, compreende toda e qualquer operação do
mercado de capitais realizada fora da bolsa de valores. Quem atua no
mercado de balcão, portanto, são as sociedades corretoras e instituições
financeiras autorizadas pela CVM.

16/08

- O mercado é autorregulável - a CVM e a bolsa nada mais são do que


instrumentos para essa regulamentação;

- A bolsa de valores é uma sociedade anônima de capital aberto;

- A bolsa de valores é mais operacional, sua legislação reflete essa


operacionalidade;

- A governança corporativa surge nos EUA na década de 1970, e no Brasil em


2001; Trouxe para o Brasil a autorregulação;

- Preocupação do novo mercado → cobrar das companhias uma melhor


governança;

- Governança corporativa representa moralidade no campo econômico;

23/08

- Mecanismos de governança corporativa


1. Externos:

Ambiente institucional → “custo Brasil”, impostos, cálculo de custo de


operação em determinado lugar, custo de mão de obra e outros.
Arcabouço jurídico legal do país que cerca o próprio mercado. Serve
para evitar fraude, por exemplo.

Fiscalização dos próprios agentes econômicos do mercado → cobram


do mercado em geral a observação de suas regras

Ativismo jurídico dos investidores → no Brasil o ativismo é pequeno


por parte dos investidores. Em países desenvolvidos se vê essa
situação mais nitidamente. Os principais agentes do mercado que
começaram a cobrar boas práticas de governança.

2. Internos → órgão na estrutura de governança

Assembleia geral de sócios, conselho de administração e diretoria


(hierarquia)
Competências do conselho de administração → art. 147. A principal
competência é pensar a companhia estrategicamente. É o principal
órgão de desenvolvimento da governança.

Ouvidoria → canal aberto da sociedade para as partes relacionadas,


sejam empregados, fornecedores, o próprio Estado, todas as partes
que de alguma maneira estão comprometidas com a atividade
econômica encontram na ouvidoria um canal direto para se fazer ouvir.

Uma boa governança tem que impedir malfeitos na corporação.

As próprias empresas desenvolvem seus mecanismos internos.

Ações

- Principal título negociado no mercado de capitais.


- As companhias emitem valores mobiliários → existem no Brasil 30 valores
mobiliários regulamentados. As ações e as debêntures constituem os títulos
de melhor valor.
- Principais direitos das ações → art. 109 da Lei de SA

SÃO DIREITOS DE SÓCIO. QUEM COMPRA UMA AÇÃO TEM NO MÍNIMO


ESSES DIREITOS, NÃO PODEM SER EXCLUÍDOS. O ESTATUTO PODE PREVER
MAIS DIREITOS.

Art. 109. Nem o estatuto social nem a assembléia-geral poderão privar o acionista dos
direitos de:

I - participar dos lucros sociais;

II - participar do acervo da companhia, em caso de liquidação;

III - fiscalizar, na forma prevista nesta Lei, a gestão dos negócios sociais;

IV - preferência para a subscrição de ações, partes beneficiárias conversíveis em ações,


debêntures conversíveis em ações e bônus de subscrição, observado o disposto nos
artigos 171 e 172; (Vide Lei nº 12.838, de 2013)

V - retirar-se da sociedade nos casos previstos nesta Lei. (DIREITO DE RECESSO)

§ 1º As ações de cada classe conferirão iguais direitos aos seus titulares.

§ 2º Os meios, processos ou ações que a lei confere ao acionista para assegurar os seus
direitos não podem ser elididos pelo estatuto ou pela assembleia-geral.

§ 3o O estatuto da sociedade pode estabelecer que as divergências entre os acionistas e a


companhia, ou entre os acionistas controladores e os acionistas minoritários, poderão ser
solucionadas mediante arbitragem, nos termos em que especificar. (Incluído pela Lei nº
10.303, de 2001)

EMPRESA (ATIVIDADE ECONÔMICA ORGANIZADA)


SEM CAPITAL (VAI MUITO ALÉM DO DINHEIRO) E TRABALHO, NÃO HÁ DE SE FALAR
EM EMPRESA.

CAPITAL SOCIAL → É A CONTRIBUIÇÃO DOS SÓCIOS PARA A VIABILIDADE DA


ATIVIDADE ECONÔMICA.

A FORMAÇÃO DO CAPITAL PODE SER POR DINHEIRO OU QUALQkUER ESPÉCIE DE


BENS AVALIÁVEIS EM DINHEIRO.

A SOCIEDADE É UMA PESSOA JURÍDICA QUE VAI SER ADMINISTRADA POR SEUS
ÓRGÃOS: ASSEMBLEIA, CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E DIRETORIA

DIFERENÇA ENTRE CAPITAL SOCIAL E PATRIMÔNIO →

Função do capital social: servir de referência para a medição dos resultados da sociedade
em um determinado espaço de tempo. Também tem a função/referência para o exercício de
direitos dos sócios.

Patrimônio líquido = ativo - passivo

- Lei 6.835/76 → Dispõe sobre o mercado de valores mobiliários e cria a Comissão


de Valores Mobiliários.

- A circulação de ações (sentido amplo, não só no mercado de valores


mobiliários), no sentido de cessão. Nas companhias de capital aberto a
circulação das ações é ampla e irrestrita
- Nas companhias fechadas não há um mercado em que as ações circulam
livremente
- Certificados de ação (arts. 24 e seguintes) → prova documental da ação
- A ação é um elemento imaterial
- A propriedade das ações das companhias fechadas é comprovada mediante
o livro de registros de ações nominativas que toda companhia deve ter
- valoração de ações é diferente de preço. Preço de emissão é o preço que a
companhia coloca na ação para negociá-la. Valor da ação depende, qual tipo
de valor? De mercado? Valor patrimonial não se confunde com valor de
mercado
- Preço de emissão → valor nominal - perdeu razão de ser assim como as
ações certificadas. A partir do momento que parou de emitir certificados, não
tem mais necessidade de nominar as ações, deixou de ser relevante
- Objeto de negócios jurídicos → ações são bens imateriais e como tais podem
ser objeto de diversos negócios jurídicos, compra e venda, doação, objeto de
garantia
- Debêntures: é um título representativo de uma dívida
- O contrato de empréstimo é gênero, do qual são espécies o mútuo e o
comodato. O mútuo é o empréstimo oneroso, e comodato empréstimo
gratuito
- Debênture constitui um empréstimo oneroso do qual a companhia emissora é
a mutuária, ou seja, a devedora do mútuo e o investidor é o mutuante, ou
seja, o credor, aquele que empresta o dinheiro para a companhia
- Debênture é a representação formal do empréstimo. A sociedade que emitiu,
a sociedade cria a debênture. A debênture é sempre precedida de escritura,
é uma escritura particular de emissão de debêntures, que cumpre todas as
regras da emissão e uma cláusula básica da estrutura de emissão é a
cláusula da remuneração. A debênture é um documento físico. Tem data de
vencimento de longo prazo, quando chegar a data do vencimento a
companhia devolve o valor. É um título de dívida, a sociedade agora é
devedora dos credores. Art. 784 do CPC
- Debênture o direito é de credor. Ação é direito de sócio.

Ações

- Preferenciais (Art. 17 LSA)

Conferem vantagens patrimoniais, econômicas e financeiras aos seus


titulares

Art. 17. As preferências ou vantagens das ações preferenciais podem consistir:

I - em prioridade na distribuição de dividendo, fixo ou mínimo;

II - em prioridade no reembolso do capital, com prêmio ou sem ele; ou

- o capital é reembolsado ao sócio somente em caso de dissolução da sociedade

III - na acumulação das preferências e vantagens de que tratam os incisos I e II.

§ 1o Independentemente do direito de receber ou não o valor de reembolso do capital


com prêmio ou sem ele, as ações preferenciais sem direito de voto ou com restrição ao
exercício deste direito, somente serão admitidas à negociação no mercado de valores
mobiliários se a elas for atribuída pelo menos uma das seguintes preferências ou
vantagens: exigir das companhias que querem negociar as ações no mercado,
que essas ações ofereçam pelo menos uma dessas vantagens:

I - direito de participar do dividendo a ser distribuído, correspondente a, pelo menos,


25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido do exercício, calculado na forma do art. 202,
de acordo com o seguinte critério: as preferenciais recebem duas vezes, nas ações
preferenciais e nas ordinárias

a) prioridade no recebimento dos dividendos mencionados neste inciso


correspondente a, no mínimo, 3% (três por cento) do valor do patrimônio líquido da ação; e

b) direito de participar dos lucros distribuídos em igualdade de condições com as


ordinárias, depois de a estas assegurado dividendo igual ao mínimo prioritário estabelecido
em conformidade com a alínea a; ou
II - direito ao recebimento de dividendo, por ação preferencial, pelo menos 10% (dez
por cento) maior do que o atribuído a cada ação ordinária; ou

III - direito de serem incluídas na oferta pública de alienação de controle, nas


condições previstas no art. 254-A, assegurado o dividendo pelo menos igual ao das ações
ordinárias.

Art. 254-A. A alienação, direta ou indireta, do controle de companhia aberta somente


poderá ser contratada sob a condição, suspensiva ou resolutiva, de que o adquirente se
obrigue a fazer oferta pública de aquisição das ações com direito a voto de propriedade dos
demais acionistas da companhia, de modo a lhes assegurar o preço no mínimo igual a 80%
(oitenta por cento) do valor pago por ação com direito a voto, integrante do bloco de
controle. “TAG ALONG” - UMA DAS VANTAGENS QUE PODE SER CONCEDIDA -
QUANDO O CONTROLE DA COMPANHIA ESTÁ SENDO ALIENADO, A LEI EXIGE QUE
O COMPRADOR OFEREÇA OU FAÇA UMA OFERTA PÚBLICA AOS DEMAIS DONOS DE
AÇÕES ORDINÁRIAS; E PROMETER COMPRAR DOS DEMAIS SÓCIOS AO PREÇO
MÍNIMO DE 80% DO VALOR QUE PAGOU.

QUAL SERIA A RAZÃO PARA UMA SOCIEDADE DE CAPITAL FECHADO EMITIR


AÇÕES PREFERENCIAIS? NÃO EXISTE, SE A COMPANHIA DE CAPITAL FECHADO
QUISER TEM QUE ABRIR O CAPITAL. A COMPANHIA DE CAPITAL FECHADO NÃO TEM
MOTIVAÇÃO ECONÔMICA PARA EMITIR AÇÕES PREFERENCIAIS, EMBORA POSSA
EMITIR.

AÇÕES PREFERENCIAIS SÃO VISTAS NAS COMPANHIAS DE CAPITAL ABERTO.

- Ordinárias (Voto plural - art. 110-A, LSA)

As ordinárias além do conferido pelas ações preferenciais, conferem direito


de voto

Art. 110. A cada ação ordinária corresponde 1 (um) voto nas deliberações da
assembleia-geral.

§ 1º O estatuto pode estabelecer limitação ao número de votos de cada acionista.

Art. 110-A. É admitida a criação de uma ou mais classes de ações ordinárias com
atribuição de voto plural, não superior a 10 (dez) votos por ação ordinária: A IDEIA DE
CADA AÇÃO CORRESPONDER A 1 VOTO ERA UMA PRÁTICA DE BOA GOVERNANÇA.

A ASSEMBLEIA GERAL NAS COMPANHIAS DELIBERA POR MAIORIA SIMPLES.

VOTO PLURAL → RETROCESSO DO PONTO DE VISTA DA DEMOCRACIA DO


CAPITAL.

O ACIONISTA INVESTE MENOS, PORQUE METADE DO CAPITAL É ORDINÁRIA, E


ELE SÓ PRECISA TER METADE + 1 DAS AÇÕES PREFERENCIAIS.

AS AÇÕES PREFERENCIAIS PERMITEM QUE O CONTROLADOR PRECISE DE


MENOS AÇÕES.
VOTO PLURAL → PERMITE QUE A COMPANHIA CRIE UMA CLASSE DE AÇÕES
ORDINÁRIAS QUE PERMITE VOTO ORDINÁRIO, 10 POR AÇÃO.

VOTO PLURAL DILAPIDA O PATRIMÔNIO DOS SÓCIOS MINORITÁRIOS

I - na companhia fechada; e PODE TER AÇÃO POR VOTO PLURAL

II - na companhia aberta, desde que a criação da classe ocorra previamente à


negociação de quaisquer ações ou valores mobiliários conversíveis em ações de sua
emissão em mercados organizados de valores mobiliários. UMA SOCIEDADE PARA
EMITIR AÇÕES COM VOTO PLURAL, A COMPANHIA QUE VAI CRIAR CLASSE
ESPECIAL COM VOTO PLURAL, NÃO PODE TER TIDO NEGOCIAÇÃO DE AÇÃO NO
MERCADO ANTES

§ 1º A criação de classe de ações ordinárias com atribuição do voto plural depende do


voto favorável de acionistas que representem:

I - metade, no mínimo, do total de votos conferidos pelas ações com direito a voto; e

II - metade, no mínimo, das ações preferenciais sem direito a voto ou com voto
restrito, se emitidas, reunidas em assembleia especial convocada e instalada com as
formalidades desta Lei. A AÇÃO PREFERENCIAL PODE CONFERIR VOTO? SIM, NA
HIPÓTESE DO §1º, II, DO ART. 110-A; NO CASO DE VOTO PREFERENCIAL OS
TITULARES DE AÇÃO PREFERENCIAL PODEM VOTAR EM ASSEMBLEIA ESPECIAL.

§ 2º Nas deliberações de que trata o § 1º deste artigo, será assegurado aos acionistas
dissidentes o direito de se retirarem da companhia mediante reembolso do valor de suas
ações nos termos do art. 45 desta Lei, salvo se a criação da classe de ações ordinárias com
atribuição de voto plural já estiver prevista ou autorizada pelo estatuto.

[...]

Debêntures

- Definição

Art. 52. A companhia poderá emitir debêntures que conferirão aos seus titulares
direito de crédito contra ela, nas condições constantes da escritura de emissão e, se
houver, do certificado.

Ser a representação de um contrato de empréstimo; a escritura de emissão da


debênture é o contrato deste empréstimo.

Empréstimo oneroso → a companhia remunera o debenturista

A debênture pode ser vinculada a investimentos futuros.

- Escritura de emissão

Conter todas as condições e cláusulas da emissão deste valor mobiliário;


Certificado → documento físico das debêntures, as condições podem estar presente
no certificado ou as principais cláusulas

A escritura de emissão é arquivada na junta comercial, o mercado tem acesso,


documento público

Espécie, agente fiduciário, assembleia de debenturista, remuneração, vencimento e


conversibilidade são previstos na escritura de emissão

- Espécies

Estão relacionadas às garantias que oferecem

Art. 58. A debênture poderá, conforme dispuser a escritura de emissão, ter garantia
real ou garantia flutuante, não gozar de preferência ou ser subordinada aos demais
credores da companhia.

4 espécies de debêntures:

garantia real → hipoteca, penhor, anticrese

flutuante → a companhia não onera nenhum bem específico, mas todos os ativos da
companhia ficam disponíveis

sem preferência → crédito quirografário - sem garantia, credor comum

subordinada → em tese, o debenturista, só irá receber no caso de crise econômica


da companhia emissora, último da fila para pagamento. O crédito não tem
preferência alguma em relação ao patrimônio do devedor.

- Agente fiduciário

Vai existir se a debênture for para o mercado, a sociedade nomeia. ELE FAZ A
INTERFACE ENTRE A COMPANHIA E OS CREDORES.

Art. 68. O agente fiduciário representa, nos termos desta Lei e da escritura de
emissão, a comunhão dos debenturistas perante a companhia emissora.

§ 1º São deveres do agente fiduciário:

a) proteger os direitos e interesses dos debenturistas, empregando no exercício da


função o cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na
administração de seus próprios bens;

b) elaborar relatório e colocá-lo anualmente a disposição dos debenturistas, dentro de


4 (quatro) meses do encerramento do exercício social da companhia, informando os fatos
relevantes ocorridos durante o exercício, relativos à execução das obrigações assumidas
pela companhia, aos bens garantidores das debêntures e à constituição e aplicação do
fundo de amortização, se houver, do relatório constará, ainda, declaração do agente sobre
sua aptidão para continuar no exercício da função;
- Assembleia debenturista: sempre que a companhia tiver alguma dificuldade*

Art. 71. Os titulares de debêntures da mesma emissão ou série podem, a qualquer


tempo, reunir-se em assembléia a fim de deliberar sobre matéria de interesse da
comunhão dos debenturistas.

§ 1º A assembléia de debenturistas pode ser convocada pelo agente fiduciário, pela


companhia emissora, por debenturistas que representem 10% (dez por cento), no
mínimo, dos títulos em circulação, e pela Comissão de Valores Mobiliários.

§ 2º Aplica-se à assembléia de debenturistas, no que couber, o disposto nesta Lei


sobre a assembléia-geral de acionistas.

§ 3º A assembléia se instalará, em primeira convocação, com a presença de


debenturistas que representem metade, no mínimo, das debêntures em circulação, e, em
segunda convocação, com qualquer número.

§ 4º O agente fiduciário deverá comparecer à assembléia e prestar aos debenturistas


as informações que lhe forem solicitadas.

§ 5º A escritura de emissão estabelecerá a maioria necessária, que não será inferior à


metade das debêntures em circulação, para aprovar modificação nas condições das
debêntures.

§ 6º Nas deliberações da assembléia, a cada debênture caberá um voto.

- Remuneração (Juros, participação nos lucros e prêmio de reembolso; art. 56)

prêmio de reembolso é um adicional/bônus

possibilidade de juros fixos ou variáveis

é o único título que pode ser vinculado ao dólar

Art. 56. A debênture poderá assegurar ao seu titular juros, fixos ou variáveis,
participação no lucro da companhia e prêmio de reembolso.

- Vencimento
- Conversibilidade

Art. 57. A debênture poderá ser conversível em ações nas condições constantes da
escritura de emissão, que especificará:

I - as bases da conversão, seja em número de ações em que poderá ser convertida


cada debênture, seja como relação entre o valor nominal da debênture e o preço de
emissão das ações;

II - a espécie e a classe das ações em que poderá ser convertida;

III - o prazo ou época para o exercício do direito à conversão;


IV - as demais condições a que a conversão acaso fique sujeita.

Art. 55 - § 4o A companhia poderá emitir debêntures cujo vencimento somente ocorra nos
casos de inadimplência da obrigação de pagar juros e dissolução da companhia, ou de
outras condições previstas no título.

Pode ser emitida uma debênture sem vencimento, que só vence nos termos do §4º. A
companhia não tem previsão para devolver o dinheiro, mas é obrigada a remunerar com
base na performance.

Debênture perpétua → sem vencimento

Partes Beneficiárias

Características

Art. 46. A companhia pode criar, a qualquer tempo, títulos negociáveis, sem valor
nominal e estranhos ao capital social, denominados "partes beneficiárias".

§ 1º As partes beneficiárias conferirão aos seus titulares direito de crédito eventual


contra a companhia, consistente na participação nos lucros anuais (artigo 190).

§ 2º A participação atribuída às partes beneficiárias, inclusive para formação de


reserva para resgate, se houver, não ultrapassará 0,1 (um décimo) dos lucros.

§ 3º É vedado conferir às partes beneficiárias qualquer direito privativo de acionista,


salvo o de fiscalizar, nos termos desta Lei, os atos dos administradores.

§ 4º É proibida a criação de mais de uma classe ou série de partes beneficiárias.

→ Partes beneficiárias são títulos que não estão vinculados ao capital social

→ É um título de participação restrita, limite de até 10% do lucro da companhia.


Compromete a própria intenção da companhia em captar recursos com o valor mobiliário

o salário é a remuneração paga ao empregado (a parte da relação de emprego). Relação


de emprego que justifica o direito do trabalho pressupõe a prestação de serviços por uma
pessoa natural com subordinação hierárquica. Retribuição do trabalho é o salário.

O diretor da companhia não é empregado da companhia. Não há relação de emprego. A


relação do direito com a companhia é institucional, é órgão da companhia. A remuneração
consistirá em pagar um pacote de remuneração, composto por valores mobiliários de
emissão da companhia e os bônus de subscrição.

O eventual aumento de capital deve ser precedido de assembleia dos sócios que vão
discutir o evento. Para evitar custos, os sócios fazem constar do estatuto que existe um
capital social autorizado de 1.000.000.000,00, sendo 400.000,00 integralizados. A
sociedade poderá aumentar o capital sem a necessidade de assembleia. Os próprios
administradores decidirão sobre a necessidade de integralizar.

Art. 75 da Lei de SA

Art. 170

A constituição da companhia pode se dar por subscrição pública ou particular

Art. 82. A constituição de companhia por subscrição pública depende do prévio registro da
emissão na Comissão de Valores Mobiliários, e a subscrição somente poderá ser efetuada
com a intermediação de instituição financeira. (...)

Companhia Constituída por Assembléia

Art. 95. Se a companhia houver sido constituída por deliberação em assembléia-geral,


deverão ser arquivados no registro do comércio do lugar da sede:

I - um exemplar do estatuto social, assinado por todos os subscritores (artigo 88, § 1º)
ou, se a subscrição houver sido pública, os originais do estatuto e do prospecto, assinados
pelos fundadores, bem como do jornal em que tiverem sido publicados;

II - a relação completa, autenticada pelos fundadores ou pelo presidente da


assembléia, dos subscritores do capital social, com a qualificação, número das ações e o
total da entrada de cada subscritor (artigo 85);

III - o recibo do depósito a que se refere o número III do artigo 80;

IV - duplicata das atas das assembléias realizadas para a avaliação de bens quando
for o caso (artigo 8º);

V - duplicata da ata da assembléia-geral dos subscritores que houver deliberado a


constituição da companhia (artigo 87).

Livros Sociais

Art. 100. A companhia deve ter, além dos livros obrigatórios para qualquer
comerciante, os seguintes, revestidos das mesmas formalidades legais:

I - o livro de Registro de Ações Nominativas, para inscrição, anotação ou averbação:


(Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)

II - o livro de "Transferência de Ações Nominativas", para lançamento dos termos de


transferência, que deverão ser assinados pelo cedente e pelo cessionário ou seus legítimos
representantes;

III - o livro de "Registro de Partes Beneficiárias Nominativas" e o de "Transferência de Partes


Beneficiárias Nominativas", se tiverem sido emitidas, observando-se, em ambos, no que couber, o
disposto nos números I e II deste artigo;

IV - o livro de Atas das Assembléias Gerais; (Redação dada pela Lei nº 9.457,
de 1997)
V - o livro de Presença dos Acionistas; (Redação dada pela Lei nº 9.457,
de 1997)

VI - os livros de Atas das Reuniões do Conselho de Administração, se houver, e de Atas das


Reuniões de Diretoria; (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)

VII - o livro de Atas e Pareceres do Conselho Fiscal.

Art. 102. A instituição financeira depositária de ações escriturais deverá fornecer à


companhia, ao menos uma vez por ano, cópia dos extratos das contas de depósito das
ações e a lista dos acionistas com a quantidade das respectivas ações, que serão
encadernadas em livros autenticados no registro do comércio e arquivados na instituição
financeira.

Art. 104.A companhia é responsável pelos prejuízos que causar aos interessados por
vícios ou irregularidades verificadas nos livros de que tratam os incisos I a III do art. 100.
(Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)

Parágrafo único. A companhia deverá diligenciar para que os atos de emissão e substituição de
certificados, e de transferências e averbações nos livros sociais, sejam praticados no menor prazo
possível, não excedente do fixado pela Comissão de Valores Mobiliários, respondendo perante
acionistas e terceiros pelos prejuízos decorrentes de atrasos culposos.

Art. 105. A exibição por inteiro dos livros da companhia pode ser ordenada judicialmente
sempre que, a requerimento de acionistas que representem, pelo menos, 5% (cinco por
cento) do capital social, sejam apontados atos violadores da lei ou do estatuto, ou haja
fundada suspeita de graves irregularidades praticadas por qualquer dos órgãos da
companhia.

a escrituração contábil de uma companhia tem os mesmos direitos que as pessoas naturais
possuem em relação a nossa atividade econômica

ACIONISTAS

- A pessoa, natural ou jurídica, que adquire ações, torna-se acionista, adquirindo


direitos e deveres para com a sociedade.
- Existem duas espécies de acionistas:
1) Investidor: aquele que prefere adquirir ações preferenciais, para obter
resultados em primeiro lugar;
2) Gestor: aquele que adquire ações ordinárias, as quais irão conferir a ele
direito de votação em assembleia
- Direitos: participar dos lucros; participar da liquidação da sociedade; fiscalizar a
sociedade; retirada. A retirada da SA não é livre, devendo ocorrer alguns dos
motivos previstos no art. 136, da LSA: fusão, cisão, incorporação, mudança no
objeto social; diminuição dos dividendos obrigatórios; criação e aumento de ações
preferenciais sem guardar proporção com as demais.
- Deveres: lealdade para com a sociedade e demais acionistas e o de integralização
das ações subscritas, sob pena de ser considerado remisso.
- Acionista controlador: segundo o art. 116, da LSA, é a pessoa, natural ou jurídica,
ou grupo de pessoas vinculadas por acordo de voto, ou sob controle comum que:
a) é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, a
maioria de votos nas deliberações da assembleia-geral e o poder de eleger a
maioria dos administradores da companhia;
b) usa efetivamente seu poder para dirigir as atividades sociais e orientar o
funcionamento dos órgãos da companhia.

O acionista controlador responde pelos danos causados quando agir com


abuso de poder, art. 117, §1º, da LSA.
é um contrato celebrado pelos acionistas, que estabelece obrigações e, nos termos do art.
- Acordo de acionistas: art. 118 da LSA, poderá recair sobre a preferência na
compra e venda de aquisição de ações, formação de grupos de sociedade, ou com relação ao exercício
ações de direito de voto, de modo que a companhia deverá obedecê-los quando
arquivados em sua sede. Todavia, para serem oponíveis perante terceiros, deverão
ser arquivados nos livros de registro e nos certificados de ações, quando emitidos.

Estes acordos, caso recaiam sobre o exercício de voto, não têm o condão de
eximir qualquer acionista de sua responsabilidade e caso algum acionista o
descumpra, os demais poderão promover execução específica para forçar seu
cumprimento.

AS AÇÕES AVERBADAS COM ACORDO, NÃO PODERÃO SER NEGOCIADAS


EM AMBIENTE DE BOLSA OU DE MERCADO DE BALCÃO.

Modificação do capital social

- O capital social poderá ser majorado ou diminuído, conforme o caso, desde que em
atendimento às regras do art. 168 da LSA. Poderá ser majorado com a emissão de
novas ações, desde que o capital esteja integralizado pelo menos. Nesse caso,
deverá haver assembleia geral extraordinária para aprovação com a consequente
alteração do estatuto social.

- Sociedade de Capital Autorizado, aquela que no momento da elaboração do estatuto


já estava previsto um limite de aumento aprovado pela CVM, a majoração ocorrerá
de maneira mais simplificada, tendo em vista que poderá emitir ações que
correspondem até o limite do capital autorizado, não necessitando de alteração no
estatuto social. A companhia poderá prever no próprio estatuto a majoração do
capital independente de alteração estatutária, devendo esta autorização especificar
o limite de aumento, em valor do capital ou em número de ações, e as espécies e
classes das ações que poderão ser emitidas; o órgão competente para deliberar
sobre as emissões, que poderá ser assembleia-geral ou conselho de administração;
etc (art. 172, LSA)

- A sociedade de capital autorizado gera uma expectativa no mercado de emissão de


novas ações, quando da efetiva majoração do seu capital, que já está autorizado,
deverão emitir novas ações. Quando emitirem as novas ações, o direito de
preferência para comprá-las será daqueles possuem o bônus de subscrição. Bônus
de subscrição → é título emitido pela companhia de capital autorizado (art. 168 da
LSA) que confere ao seu proprietário o direito de subscrever novas ações no
momento de sua emissão. O titular do bônus de subscrição não é credor, nem sócio,
somente possui um direito de preferência na aquisição das novas ações.

- Por fim, o capital poderá ser aumentado no caso de conversão de outros valores
mobiliários em ações, tais como: conversibilidade de Partes Beneficiárias e
Debêntures em Ações ou, também, no caso da conversão do patrimônio social em
capital social.

PARTES BENEFICIÁRIAS É A PARTICIPAÇÃO DE NÃO ACIONISTA NOS


LUCROS ANUAIS (LIMITE DE 10%) QUE DEPENDE DO RESULTADO POSITIVO
DA SA, AO PASSO QUE TAL TÍTULO SÓ PODE SER EMITIDO PELAS
COMPANHIAS FECHADAS (ART. 47, P.Ú.)

- Com relação à diminuição, poderá ocorrer havendo perdas irreparáveis ou se o


capital se tornar excessivo para a consecução do objeto social.

ÓRGÃOS DA SOCIEDADE ANÔNIMA

- Assembleia geral: órgão de deliberação máximo, pois nela os sócios irão deliberar
sobre assuntos de maior importância e também aqueles relacionados ao estatuto
social (art. 122, da LSA)

● Colhe a deliberação dos sócios

● Acionista preferencial sem direito a voto, não poderá votar, mas poderá
participar da deliberação e palpitar

● Espécies de assembleia geral:

1) ordinária: ocorrerá de forma obrigatória e periódica. Deve ser


convocada e instaurada nos 4 meses seguintes ao término do
exercício social. Só pode deliberar as matérias do art. 132: tomar as
contas dos administradores, decidir a destinação dos lucros e
dividendos, eleger os administradores e fiscais.

2) extraordinária: competência residual, decide todas as matérias que


não são de competência da assembleia geral ordinária, de modo que
sua realização é facultativa. Assuntos como: fusão, incorporação,
cisão, emissão de debêntures e partes beneficiárias; mudança no
objeto da companhia; pedido de autofalência ou plano de
recuperação judicial.

● Convocação da assembleia e quórum de instalação: convocada mediante


publicação de três anúncios no diário oficial e em jornal de grande circulação

S.A FECHADA

1ª convocação: 3 publicações no diário oficial e em jornal de grande


circulação;
1ª publicação com antecedência de 8 dias.

Instala-se com a presença do capital social votante.

2ª convocação: 3 publicações no diário oficial e em jornal de grande


circulação;

1ª publicação com antecedência de 5 dias.

Instala-se com qualquer quórum.

S.A ABERTA:

1ª convocação: 3 publicações no diário oficial e em jornal de grande


circulação;

1ª publicação com antecedência mínima de 15 dias.

Instala-se com a presença do capital social votante.

2ª convocação: três publicações no diário oficial e em jornal de grande


circulação.

1ª publicação com antecedência de 8 dias.

Instala-se com qualquer quórum.

QUEM CONVOCA? Conselho de Administração, se existir ou a Diretoria.


Caso os órgãos não convoquem, qualquer sócio poderá convocá-la caso
haja retardo de 60 dias. Pode ser convocada por acionistas que
representem 5% do capital social, caso os administradores não
convoquem assembleia após oito dias de pedido formulado por eles com a
devida fundamentação.

QUÓRUM DE DELIBERAÇÃO: as matérias serão aprovadas pelo quorum


de 50% mais um dos votos presentes na assembleia. As matérias
previstas no art. 136 possuem quorum qualificado, ou seja, para sua
aprovação será necessária a concordância de 50% dos votos mais um de
todas as ações com direito a voto.

QUEM PARTICIPA: todos os acionistas podem participar, ou ser


representado por outro acionista ou advogado.

- Conselho de administração: pode deliberar sobre todos os assuntos que não são
de competência da Assembleia Geral, tais como análise de contrato, eleição de
diretores, convocação de assembleia geral, fiscalização dos administradores, entre
outros previstos no art. 142, da LSA. Atua também na criação de estratégias e
planos de negócios.

● Existência obrigatória na S.A aberta e de capital autorizado; facultativa na


S.A fechada
● Composição do Conselho de Administração: no mínimo 3 membros,
acionistas ou não. O mandato não pode ser superior a 3 anos, sendo
permitida a recondução e eleitos pela assembleia geral ordinária.

● A fim de garantir a representatividade dos acionistas no Conselho de


Administração, o legislador instituiu a figura do “voto múltiplo”, que consiste
em atribuir a cada ação com direito a voto, tantos votos quantos forem os
membros do conselho. Assim, se o conselho possuir sete conselheiros, cada
ação terá direito a sete votos, de modo que o acionista poderá cumular todos
eles em apenas uma pessoa. Para utilizarem o “voto múltiplo”, acionistas
que representem pelo menos 10% do capital social com direito a voto
deverão requerer esse benefício até 48h antes da assembleia.

- Diretoria: órgão de representação da sociedade, que conduzirá a companhia para


alcançar o que for traçado pela Assembleia e pelo Conselho de Administração.
Trata-se de órgão com existência obrigatória, composto por no mínimo 1
membro. Mandato não superior a 3 anos, sendo permitida a recondução.

- Conselho fiscal: órgão de fiscalização, composto por no mínimo 3 membros e no


máximo 5, os quais são eleitos pela Assembleia Geral. É um órgão de existência
obrigatória, mas seu funcionamento é facultativo. Competência no art. 163, da LSA.

Capital social pode ser bens e dinheiro.

Na sociedade anônima não pode integralizar com serviço.

Responsabilidade do administrador prevista no artigo 158 o adm não se


responsabiliza por nenhum ato, salvo no âmbito dos seus poderes ele age
com culpa (negligência, imprudência e imperícia) ou dolo ou quando age de
forma contrária a lei e ao estatuto (mesma coisa nas limitadas)

Governança corporativa

Valores mobiliários (bônus de subscrição e partes beneficiárias)

Acordo de acionistas

Acionista controlador
Assembleia

Conselho de administração tá acima da diretoria e acima da assembleia, um


órgão estratégico

As formas de exercício de poder na companhia (minoritário/ majoritário)

O conselheiro de administração fiscaliza a diretoria, diretamente os


conselheiros e indiretamente os diretores. MONISTA

O acionista controlador tem 70% das ações ( o controle é exercido de


maneira majoritário

O controlador não tem maioria, dada a dispersão do capital possibilita o


poder (minoritários)

Os acordos de acionista documento importante a sua natureza jurídica


contratual as obrigações que são assumidas como podem ser executadas

O ACORDO DE ACIONISTA É O acionista controlador (PN/ PJ ou grupo) . O


controle da companhia X é exercido pelo acordo de acionista. Os signatários
passa a ter controle

Objetos:

Preferência de compra e venda de ações aos signatários de voto - TODO


ACORDO TEM

Direito de voto - se comprometem em votar em bloco (votarão na mesma


direção

Holding participar de uma outra.


Não é possível o sócio sair do acordo. O acordo vai ser vinculante até o fim
do mesmo (se tiver).

Art. 1.029

Att. 118 parágrafo 3 - execução específica e ainda tem a possibilidade de o


presidente da assembleia não computar o voto de quem votou em
desacordo. (Parágrafo 9)

O acordo de acionistas é imbatível a segurança jurídica

Capital autorizado INDEPENDENTEMENTE DA REFORMA DO ESTATUTO.


PRECISA NEM FAZER ASSEMBLEIA NÃO PRECISA DE NENHUMA
FORMALIDADE.

CAPITAL AUTORIZADA VALOR IMOBILIÁRIO CONVERSÍVEL faz com que


os acionistas tem direito de integralizar

Exceções do direito de retirada (parágrafos do artigo 137)

Alta liquidez e dispersão não tem direito de retirada e consequentemente não


tem direito de ser reembolsado

SEUS ÓRGÃOS QUE PODE CONVOCAR A ASSEMBLEIA

UMA VEZ CONVOCADA E PRECISA SER INSTALADA E O QUÓRUM


EXIGIDO É 25% das ações com direito a voto. 1/4

Quórum normal maioria dos votos presentes na assembleia computando em


branco (maioria simples)

Quorum qualificado - maioria absoluta (metade mais 1)

AGO TEM O OBJETO PREVISTOS NO ART 132

- aprovação de contas
- Decidir sobre a distribuição do lucro

- Nomeação de administradores se for o caso

MAIORIA SIMPLES NA AGO E NA AGE

Voto múltiplo no conselho de adm é possível deliberar quando um dos


conselheiros requer.

Confere ao membro do conselho nos casos de eleição dos diretores conferir


a cada conselheiro tantos votos quantos forem os cargos da adm
disponíveis.

Eleição dos conselheiros é na assembleia

A utilização dos voto múltiplos aumenta a chance dos minoritários elegerem


um membro do conselho

● Instalação

Art. 125 (quorum de instalação)

● Legitimação {*representação

Art. 126

inciso III → não tem validade, não existe ações ao portador

§1º, art. 126 → trata da representação

A legitimação se dá provando a titularidade (art. 31 c/c art. 126)

● Livro de presença

● Mesa

art. 128

● Deliberação

● Ata

● Espécie

● Você, na condição de estagiário, o que sugeriria ao Dr. José Alencar? Resposta: §


1º, inciso I, art. 124. Não realizar a assembleia por já ter um vício e publicar no
mesmo dia a segunda convocação e realizar segunda assembleia em 8 dias.

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