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INCORPORAÇÃO
sociedade A + Sociedade B = Sociedade B
A incorporação ocorre quando uma ou mais sociedades são absorvidas por outra
sociedade, denominada incorporadora, que lhes sucede em direitos e obrigações (art. 1116, C.
Civil).
1- A sociedade incorporada deixa de existir, depois da incorporação;
2- A sociedade incorporadora, já existia antes da incorporação e, após continua a existir, sem
perder sua personalidade jurídica.
3- Os sócios da sociedade incorporada deverão deliberar e aprovar as bases da operação e o
projeto de reforma do ato constitutivo – art. 1117;
4- Os sócios da sociedade incorporadora deverão deliberar para nomeação de peritos para
avaliação do patrimônio líquido da sociedade que será incorporada.
5- Aprovados os atos da incorporação, a incorporadora declarará extinta a incorporada, e
promoverá a respectiva averbação no registro próprio.
6- A incorporadora sucede a incorporada em todos os direitos e obrigações,
FUSÃO
Sociedade A + Sociedade B = Sociedade C
Efeitos:
1- Extinção das sociedades fusionadas;
2- Surgimento de uma nova sociedade como resultado das anteriores;
3- A nova sociedade adquire os direitos e contrai as obrigações das sociedades extintas.
Art. 1120 – a fusão será decidida, na forma estabelecida para os respectivos tipos, pelas
sociedades que pretendam unir-se
Cada sociedade deliberará em assembleia de sócios, a fusão e o projeto do ato
constitutivo da nova sociedade, assim como o plano de distribuição do capital social e serão
nomeados peritos para avaliação do patrimônio da sociedade.
Apresentados os laudos, será convocada assembleia de sócios para deles tomar
conhecimento e decidir sobre a constituição definitiva da nova sociedade. Os sócios ficam
impedidos de votar o laudo de avaliação da respectiva sociedade.
Após a constituição da nova sociedade, será incumbência dos administradores a
inscrição, no registro próprio, dos atos relativos à fusão. Até 90 dias após a fusão, credores
prejudicados, poderão promover judicialmente a anulação de tais atos.
CISÃO
TOTAL OU PARCIAL
Total: Sociedade A = Sociedade X e Sociedade Y
Total: Sociedade A = Sociedade A e Sociedade Y
Cisão é a transferência de parcelas do patrimônio social de uma empresa para outra ou
outras, já existentes ou constituídas para esse fim.
TOTAL:
1. Há a extinção da sociedade cindida;
2. As sociedades que absorveram parcelas do patrimônio da cindida responderão solidariamente
pelas obrigações da empresa extinta.
PARCIAL:
1- A empresa cindida que subsistir e as que absorverem parcelas de seu patrimônio responderão
solidariamente pelas obrigações da primeira, anteriores a cisão.
2- O ato da cisão parcial poderá estipular que as sociedades resultantes da cindida responderão
apenas pelas obrigações que lhes forem transferidas, sem solidariedade entre si ou com a
empresa cindida. Poderá haver oposição de credores, desde que notifique a sociedade no prazo
de 90 dias contados da data da publicação dos atos da cisão.
TÍTULOS DE CRÉDITO
Origem: Criado a princípio como forma de contrato de câmbio trajetício, uma forma
segura para evitar que mercadores fossem roubados.
Representa valores – implicitamente a obrigação de realizar esses valores nos prazos
convencionados.
Legislação Aplicável
São as mais diversas, cada título, praticamente, tem sua própria legislação. Lei
Uniforme de Genebra (LUG) ou Anexo I da Convenção de Genebra de 1930;
-Reservas à LUG ou Anexo II da Convenção de Genebra de 1930
-Decreto 2044, de 31.12.1908
-Outras normas – ex. Lei do Cheque, etc.
-Código Civil
-Lei Uniforme de Genebra (LUG) ou Anexo I da Convenção de Genebra de 1930 e Reservas à
LUG ou Anexo II da foram introduzidas no direito brasileiro pelo Decreto 57663/66.
-Erros de tradução da LUG e de suas Reservas.
-Código Civil aplicado subsidiariamente à legislação especial.
Ordem:
Recuperação
judicial
Não havendo
êxito Falência
Recuperação
extrajudicial
1 ano - Créditos trabalhistas (regra geral). Poderá ser estendido até 2 anos (art. 54, §2º).
30 dias - Salários vencidos nos 3 meses anteriores ao pedido, até o limite de 5 salários
mínimos por trabalhador.
2 anos – para créditos que vencerem até esse prazo, previstas no plano.
Poderá haver créditos com prazos superiores a 2 anos, mas a recuperação judicial durará
até 2 anos.
O descumprimento de qualquer obrigação, acarretará a convolação em falência.
Cumprimento do plano de recuperação: após 2 anos, se houver descumprimento das
obrigações superiores a 2 anos, qualquer credor poderá requerer a falência. Todos os
documentos firmados pelo devedor, deverão conter a expressão “em recuperação judicial”. O
juiz determinará a “junta comercial” a anotação da recuperação judicial.
Convolação da recuperação em falência: se os requisitos necessários para o cumprimento do
plano de recuperação não forem cumpridos ou se juiz e credores entenderem que não há
possibilidade de superação dos problemas enfrentados, pode ocorrer a convolação de
recuperação judicial em falência. Conforme prevê a LRF, a convolação em falência pode ser
motivada pelas seguintes hipóteses: quando a empresa não apresenta o plano de recuperação;
por deliberação dos credores; pela rejeição do plano de recuperação judicial; por
descumprimento das obrigações assumidas no plano.
Microempresa e EPP:
LRF. Art. 71:
I - abrangerá todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos, excetuados
os decorrentes de repasse de recursos oficiais, os fiscais e os previstos nos §§ 3º e 4º do art. 49.
II - preverá parcelamento em até 36 (trinta e seis) parcelas mensais, iguais e sucessivas,
acrescidas de juros equivalentes à taxa Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC,
podendo conter ainda a proposta de abatimento do valor das dívidas.
Primeira parcela deverá ser paga em até 180 dias, contados da data da distribuição da inicial.
Após a oitiva do administrador judicial e do comitê de credores, o devedor não poderá aumentar
suas despesas ou contratar empregados sem autorização judicial.
Se as exigências legais forem atendidas, o juiz concederá a recuperação judicial (art. 72, caput,
LRF). Objeção (impedimento, oposição ou contestação) Na ocorrência, por credores de mais da
metade de qualquer classe de créditos (art. 72, parágrafo único da LRF) o juiz decretará a
falência.
Produtor Rural: Poderá apresentar Plano Especial de Recuperação nos moldes das micro e
pequenas empresas. Art. 70-A. O produtor rural de que trata o § 3º do art. 48 desta Lei poderá
apresentar plano especial de recuperação judicial, nos termos desta Seção, desde que o valor da
causa não exceda a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais).
Consolidação Processual: Trata-se da possibilidade de que sociedades ingressem,
conjuntamente, com um só pedido de recuperação judicial, desde que pertençam a um mesmo
grupo econômico. Os credores de cada devedor deliberarão em AGC independentes,
considerando que o plano de recuperação e as medidas a serem discutidas são específicas para
cada devedor, visto que cada um possui suas próprias demonstrações financeiras, créditos e
débitos, colaboradores e negócios jurídicos. Não implica na reunião de ativos e passivos das
empresas do grupo.
Consolidação substancial: Trata-se de uma medida que visa a unificação de ativos e passivos
das empresas de um grupo econômico, de modo que todas as sociedades em recuperação se
responsabilizem pelos credores, e consequente, todos os credores assumam os riscos do grupo
como um todo e não apenas da sua devedora direta.
Recuperação Extrajudicial: Denomina-se “extrajudicial”, pois as negociações são realizadas
em âmbito privado, e não em um processo judicial, mas deverá ser homologada pelo juiz.
Recuperação extrajudicial é a possibilidade de renegociação das dívidas da empresa devedora
com seus credores através do direito falimentar, sem acionar o Poder Judiciário. É uma tentativa
de solução para a crise econômica de um agente econômico. Tentativa de saneamento ou
reorganização da empresa em crise, para evitar o processo falimentar.
Quem pode requerer? O devedor empresário individual ou sociedade empresária). É a única
pessoa que pode requerer a homologação do plano de recuperação extrajudicial, após ter
negociado com seus credores os planos de recuperação.
Procedimento:
Legitimidade ativa: do devedor (sociedade empresária ou empresário). Requisitos: exercício
regular da atividade empresarial há mais de 2 (dois) anos; obter a adesão mínima dos credores
por ele escolhidos e sujeitos ao plano de recuperação extrajudicial.
Requisitos
Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do
pedido, exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda
aos seguintes requisitos, cumulativamente:
I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em
julgado, as responsabilidades daí decorrentes;
II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial;
III - não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial
com base no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo;
IV – não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador,
pessoa • condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei.
(...).
Participação no Plano: Se faz com os credores que podem ser de 2 categorias: a) aqueles que
querem aderir; b) todos os credores que representem 3/5 de todos os créditos de cada classe
atingida pelo plano. (Aqui a inclusão se faz obrigatória dos demais credores; c) O devedor deve
provar o envio de carta de convocação a todos os credores sujeitos ao plano.
Créditos Abrangidos: Regra Geral – todos os créditos conforme art. 83, II, IV, V, VI e VIII
estão sujeitos à recuperação extrajudicial. Exceção – art. 163, §1º: 1- trabalhistas e acidentários;
2- Tributários; 3- Decorrentes de arrendamento mercantil; 4- Decorrentes de importâncias
entregues ao devedor como adiantamento de contrato de câmbio para exportação.
Obs: O crédito de natureza tributária pode ser parcelado na forma da legislação fiscal/tributária.
O crédito trabalhista pode ser objeto de negociação com a assistência sindical.
Homologação: o devedor após a elaboração do plano junto a seus credores faz ao juiz o pedido
de homologação e os credores após o pedido não poderão desistir da adesão ao plano. A
homologação judicial poderá ser facultativa quando o plano for aceito pela totalidade dos
credores, ou seja, todos os credores a quem o plano teve abrangência. A homologação também
poderá ser obrigatória quando o plano for aceito pelo menos por 3/5 de todos os créditos de cada
espécie (com aderência de 60% dos credores). Recebido o pedido de homologação do plano de
recuperação extrajudicial, o juiz ordenará a publicação de edital no órgão oficial e em jornal de
grande circulação nacional ou das localidades da sede e das filiais do devedor. Tal edital tem
por objetivo a convocação de todos os credores do devedor, sujeitos ou não ao plano de
recuperação extrajudicial, para apresentarem impugnações ao plano (LRF, art. 164, caput, §2º).
Vantagens: a maior vantagem é que a negociação se dá entre devedor e credores, que reunidos
em assembleias quantas sejam necessárias resolvem por si sem a interferência do judiciário. Isto
será melhor para a empresa em termos do pagamento do passivo, e o papel do juiz é de mero
homologador da decisão por eles proferida (devedor/credores).