Este documento descreve a estrutura orgânica das principais formas de sociedade comercial portuguesa - sociedade em nome colectivo, sociedade em comandita, sociedade por quotas e sociedade anónima. Em todas elas existem um órgão deliberativo (assembleia geral) e um órgão de administração (gerência), variando a composição e competências de cada um de acordo com o tipo de sociedade.
Este documento descreve a estrutura orgânica das principais formas de sociedade comercial portuguesa - sociedade em nome colectivo, sociedade em comandita, sociedade por quotas e sociedade anónima. Em todas elas existem um órgão deliberativo (assembleia geral) e um órgão de administração (gerência), variando a composição e competências de cada um de acordo com o tipo de sociedade.
Este documento descreve a estrutura orgânica das principais formas de sociedade comercial portuguesa - sociedade em nome colectivo, sociedade em comandita, sociedade por quotas e sociedade anónima. Em todas elas existem um órgão deliberativo (assembleia geral) e um órgão de administração (gerência), variando a composição e competências de cada um de acordo com o tipo de sociedade.
A estrutura orgânica das sociedades em nome colectivo compreende dois
órgãos, a saber, a assembleia geral e a gerência. A assembleia é órgão supremo deste tipo social, no qual têm assento todos os sócios. A assembleia tem competência para deliberar sobre todas as matérias constantes da lei e do contrato de sociedade. À gerência cabem as tarefas de representação e de administração da sociedade, sendo esta, via de regra, integrada por todos os sócios (só por unanimidade dos sócios podem ser designados gerentes não sócios).
Os diversos gerentes têm poderes iguais e independentes, estando qualquer um
deles apto a vincular a sociedade. As sociedades em comandita têm também um órgão deliberativo (a assembleia geral) e um órgão de administração (a gerência). Nas sociedades em comandita simples, são aplicadas, por remissão, as regras respeitantes às sociedades em nome colectivo. Já nas sociedades em 11 comandita por acções são aplicadas, também por remissão, as regras respeitantes às sociedades anónimas. No que respeita à gerência, note-se que, em regra, só os sócios comanditados podem integrá-la; tal só não sucederá se diversamente tiver sido estipulado no contrato de sociedade.
Nas sociedades por quotas, a estrutura orgânica compreende sempre a
assembleia geral e a gerência, podendo ainda prever-se no contrato de sociedade a existência de um órgão de fiscalização. A assembleia geral é composta por todos os sócios, cabendo -lhe decidir sobre todas as matérias que lhe tenham sido atribuídas por lei ou pelo contrato de sociedade; este órgão tem ainda competência residual para deliberar sobre qualquer matéria não integrada na competência dos demais órgãos da sociedade. Já a gerência pode ser composta por sócios ou por não sócios e, sendo plural, ela funciona de acordo com as regras da maioria.
As sociedades anónimas têm necessariamente três órgãos: a assembleia geral, o
conselho de administração (ou o administrador único) e o conselho fiscal (ou o fiscal único). Na assembleia geral têm assento os sócios, mas não necessariamente todos os sócios (uma vez que podem existir acções que não confiram ao sócio o direito de participar na assembleia geral ou o contrato de sociedade pode exigir a detenção de um número mínimo de acções para que um sócio possa nela fazer-se presente). A competência da assembleia geral varia consoante o disposto no contrato de sociedade e é sempre subsidiária face à competência dos demais órgãos sociais.
26 Nº 9 Elzo Nivaldo Ferreira L. de Carvalho
O conselho de administração é composto por um número ímpar de membros,
sócios ou não, a quem cabe representar e administrar a sociedade. O conselho de administração só se subordina às orientações da assembleia geral quando a lei ou o contrato de sociedade assim determinarem. Caso assim o entenda, o conselho de administração pode delegar competências em administradores delegados ou numa comissão executiva. O conselho fiscal é o órgão encarregue de fiscalizar o cumprimento da lei por parte dos demais órgãos sociais, cabendo-lhe também dar parecer sobre as contas da sociedade. O conselho fiscal é composto por três a cinco membros efectivos (um dos quais deve ser necessariamente um perito contabilista) e dois suplentes. Quando o capital social da sociedade anónima for inferior ao equivalente em kwanzas a USD 50.000, pode optar-se pela figura do administrador único e do fiscal único.