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Conselho de Administração
O Conselho de Administração é um órgão colegiado encarregado do processo de
decisão de uma empresa em relação ao seu direcionamento estratégico. É o
principal órgão do sistema de Governança.
Sua função é ser o elo entre os sócios e a diretoria, para orientar e supervisionar
continuamente a relação da gestão com as demais partes interessadas, de modo
que cada parte receba benefício apropriado e proporcional ao vínculo que possui
com a sociedade. É, também, o guardião do cumprimento da missão desta última,
valorizando-a e buscando o equilíbrio no interesse não só de seus sócios, mas da
própria sociedade.
Forma
A forma de composição depende de aspectos específicos da cada organização,
mas é indicado manter no mínimo 5 e no máximo 11 conselheiros, sempre um
número ímpar, com participação de até 2 anos cada um. É sempre recomendado
ter a participação de profissionais com experiências e qualificações diversificadas
para que as discussões possam contar com um maior número de pontos de vista,
tais como aspectos financeiros, jurídicos e de controle de risco, por exemplo.
BLB Brasil - Auditoria, Consultoria e Educação 2 de 4
Vale ressaltar que sociedades anônimas, companhias de capital aberto,
instituições financeiras e seguradoras são obrigadas por lei a manterem um
Conselho de Administração.
Aspectos legais
Como já mencionado, o Conselho de Administração foi instituído a princípio e
exclusivamente para as sociedades anônimas. Assim, sua regulamentação está
prevista na respectiva Lei n.º 6.404/76, de 15 de dezembro de 1976, e que é
analógica e extensivamente aplicada aos demais tipos societários que deliberam
por ter um Conselho de Administração.
Conforme se infere da Lei das S.A.’s, o Conselho de Administração será eleito
pelos acionistas, em assembleia geral. Analogamente, se estivermos diante de
uma sociedade limitada, por exemplo, será eleito em reunião de sócios.
Embora recomendável que o mandato não exceda o período de 2 anos, a lei
confere o prazo máximo de 3 anos de mandato a cada um dos conselheiros,
sendo permitida também a reeleição. Vale destacar que os conselheiros não
precisam ser, necessariamente, sócios, havendo, em linhas gerais, uma divisão
entre conselheiros internos, externos e independentes:
Dito isso, para que não haja concentração de cargos, tampouco um prejuízo ao
dever de supervisão do conselho em relação à diretoria, recomenda-se que o
diretor da sociedade (CEO) e o presidente do Conselho de Administração sejam
pessoas distintas.
Ademais, vale ressaltar que a própria lei faz certa limitação, estabelecendo que os
membros do Conselho de Administração, até o máximo um terço, poderão ser
eleitos para cargos de diretores.
Suponhamos que, apesar de ser acionista sem direito a voto, ele seja um membro
do Conselho de Administração, o que é perfeitamente viável, afinal, preenchendo
os requisitos para ser um conselheiro estaria elegível ao cargo, não havendo
qualquer vedação pelo fato de ser sócio/acionista da sociedade.