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UNISULMA - IESMA

Curso: Direito
Disciplina: Direito Empresarial I
Prof. Esp.: Henry Guilherme F. Andrade
Acadêmico (a): Renan de Sousa Aguiar
Pontuação: 4,0

ATIVIDADE – 2º BIMESTRE

ATIVIDADE 01 (2,0 PONTOS)

Fale sobre SOCIEDADES ANÔNIMAS, abordando conceito, legislação aplicável, acionistas, tipos
de ações, controle e responsabilidade.

A Lei 6404/76, popularmente conhecida como Lei das Sociedades por Ações
ou Lei das S.A, é uma legislação especial composta por diversas normas que
regula as sociedades anônimas, que é um modelo de empresa caracterizada por
ter o seu capital financeiro dividido por ações. Desta forma, a empresa deve ter
sempre dois ou mais acionistas, que são os donos deste negócio. Desse modo,
nesse tipo de companhia, tanto os sócios quanto os acionistas
possuem responsabilidade limitada a respeito do negócio. No entanto, como o
capital social de uma SA é dividido em ações de igual valor nominal, de livre
negociabilidade, a responsabilidade dos acionistas de uma SA será limitada ao
preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas.

E geralmente, as Sociedades Anônimas são compostas por: Assembleia


Geral; Diretoria; Conselho de Administração; Conselho Fiscal. A Assembleia Geral
é o principal órgão da sociedade anônima, sendo composto pelos acionistas, ela é
responsável pelas decisões tomadas pela empresa. A Diretoria é o órgão que
administra a empresa e representa seus interesses. Pelo menos dois diretores
devem compor a diretoria, sendo acionistas ou não da companhia. Dessa forma,
quem escolhe os membros da diretoria é o Conselho de Administração (ou a
Assembleia Geral, caso a SA não tenha conselho). O Conselho de Administração é
quem aconselha a diretoria, sendo formado por três membros eleitos pela
Assembleia Geral, e possui mandato pré-estabelecido. E o Conselho Fiscal é o
braço assessor da Assembleia Geral, que cuida da prestação de contas e das
demonstrações financeiras da empresa. Em sintase, o conselho fiscal é composto
por de três a cinco membros, todos eleitos pela Assembleia Geral. Esses membros
podem ser acionistas da empresa ou não.

As Sociedades Anônimas são divididas em dois tipos: SA de Capital Aberto


e SA de Capital Fechado. Ou seja: as Sociedades Anônimas não ofertarão,
necessariamente, suas ações na bolsa, pois existem modelos diferentes desse tipo
de empresa.

A Sociedades Anônimas de Capital Aberto, disponibiliza valores mobiliários


para negociação nas bolsas de valores ou mercado de balcão para captar novos
recursos. Sendo assim, estas companhias devem ser registradas na CVM
(Comissão de Valores Mobiliários), que regulamenta esse tipo de operação.

A Sociedade Anônima de Capital Fechado, como o próprio nome sugere,


são grupos fechados, com acionistas já determinados. Dessa forma, as ações de
empresas dentro dessa classificação não estão disponíveis para comercialização.

Uma sociedade anônima poderá ter três tipos de ações: ordinárias,


preferenciais e de fruição. Essa classificação, de acordo com o Art. 14 da Lei
6404/76, considera a natureza dos direitos ou vantagens que as ações conferem
aos seus titulares.

As ações ordinárias estão abarcadas pelo Art. 16 da Lei das SAs. Elas
devem ser emitidas de forma obrigatória, de modo que tanto as SA de capital
aberto quanto as de capital fechado as possuem. É por meio de uma ação
ordinária que o seu titular (acionista) terá direito a voto nas assembleias, bem como
o direito de participar dos resultados da empresa, através do recebimento de
dividendos. De modo geral, esse tipo de ação pode ter diversas classes, de acordo
com uma série de critérios expressos no art. 16. Dentre eles, está a possibilidade
de converter ações ordinárias em preferenciais ou a exigência de nacionalidade
brasileira para os acionistas.

Já uma ação preferencial é aquela que, embora apresente uma restrição ao


acionista, também lhe confere uma preferência ou vantagem legal. Tanto as
restrições, quanto as preferências, devem ser elencadas de maneira expressa no
Estatuto Social da empresa. De acordo com o art. 17 da Lei das SA, as vantagens
conferidas por uma ação preferencial são: prioridade na distribuição de dividendo;
prioridade no reembolso do capital; ou acumulação das vantagens anteriores. Vale
destacar que, diferente das ações ordinárias, as ações preferenciais são de
emissão facultativa; entretanto, caso uma sociedade anônima opte por emiti-la,
elas não poderão ultrapassar metade (50%) do total de ações da empresa.

Por fim, uma ação de fruição é criada no momento de sua amortização, ou


seja, quando o seu titular recebe o valor que teria direito no caso de liquidação da
sociedade. Assim, podemos afirmar que as ações de fruição são aquelas que
substituem ações completamente amortizadas. Ela no texto da Lei das SA, esse
tipo de ação está disposto no art. 44, parágrafo 5º.
ATIVIDADE 02 (2,0 PONTOS)

1. Explique o que são as Sociedades de Economia Mista e apresente a legislação aplicável.

A Lei no 13.303/16, trata especificamente de empresas públicas e sociedades


de economia mista, estabelecendo regras muito claras e direcionadas, o que faz
com que elas façam sentido exatamente para esse tipo de entidade. As
Sociedades de Economia Mista, são Pessoas Jurídicas de direito privado,
integrantes da Administração Indireta do Estado, criadas por autorização legal, sob
a forma de sociedades anônimas, cujo controle acionário pertença ao Poder
Público, tendo objetivo, como regra, a exploração de atividades gerais de caráter
econômico e, em algumas ocasiões, a prestação de serviços públicos.

2. Explique as operações de transformação, incorporação, fusão e cisão das sociedades.

A transformação é a operação pela qual a legislação permite que a sociedade


passe, independentemente de dissolução e liquidação, de um tipo societário para
outro, como exemplo, de sociedade limitada, para sociedade anônima (artigo
220, da Lei nº 6.404, de 1976).

A incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas


por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações (artigo 227, da Lei
nº 6.404, de 1976). Ou seja, uma empresa absorve todo o patrimônio de outra,
trazendo seus ativos e passivos para dentro do patrimônio da incorporadora,
desaparecendo a incorporada.

A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar
uma sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações (artigo
228, da Lei nº 6.404, de 1976). Nesse caso, duas empresas se juntam, vertendo
seus ativos e passivos para a constituição de uma terceira, desaparecendo as duas
anteriores. o

A cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu


patrimônio para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim, ou já
existentes, extinguindo-se a companhia cindida, se houver versão de todo o seu
patrimônio, e dividindo-se o seu capital, se parcial a versão (artigo 229, da Lei nº
6.404, de 1976).
3. Explique o que é o Consórcio no direito empresarial.

O consórcio trata-se de uma união de empresas para determinados fins,


conservando cada uma a sua personalidade jurídica e autonomia patrimonial.
Dessa forma, as sociedades apenas se agregam umas às outras, num plano
horizontal, mantendo cada uma a sua estrutura jurídica.

4. Explique o que é holding e joint venture no direito empresarial.

Holding é o tipo de organização que permite que uma empresa e


seus diretores controlem ou exerçam influência em outras empresas
(subsidiárias). Em outras palavras, possui participação majoritária nas ações de
uma ou mais empresas, é também chamada de empresa mãe. Isso importa dizer
que é classificada como Holding, a empresa que possui a maioria das ações de
outras empresas e que detém o controle de sua administração e políticas
empresariais.

Joint venture, se trata da união de uma ou mais empresas, do mesmo ramo ou


não, a fim de que juntas coordenem e operem sob um mesmo projeto ou atividade
por um tempo específico e limitado, tendo como fim, o lucro. Sendo que, a união
destas respectivas sociedades não acarretará, de forma alguma, na perda da
identidade de cada uma delas, ou seja, não se trata de uma fusão de sociedades.
Joint venture, como a própria palavra já dá o sentido, se trata da união de uma ou
mais empresas, do mesmo ramo ou não, a fim de que juntas coordenem e operem
sob um mesmo

5. Explique o que são as cooperativas no direito empresarial.

As Sociedades Cooperativas estão reguladas pela Lei 5.764, de 16 de


dezembro de 1971, além do Código Civil Brasileiro. Cooperativa é uma associação
de pessoas com interesses comuns, economicamente organizada de forma
democrática, isto é, contando com a participação livre de todos e respeitando
direitos e deveres de cada um de seus cooperados, aos quais presta serviços, sem
fins lucrativos.
6. Explique o que são as sociedades em comandita simples e por ações.

Uma Sociedade em Comandita pode ser de dois tipos distintos: por ações ou
simples. Na Sociedade em Comandita por ações, a participação de cada um dos
sócios comanditários pode encontrar-se dividida por ações. Ela é formada por
sócios comanditários e comanditado. Já na sociedade em Comandita Simples,
o capital não está representado por ações e, no geral, são aplicadas as disposições
das sociedades em nome coletivo.

A sociedade em comandita por ações, de utilização muito restrita, é uma


sociedade de responsabilidade mista, uma vez que é atribuída, ao acionista diretor,
responsabilidade ilimitada quanto às obrigações da sociedade. Esse tipo societário
tem o capital dividido em ações e rege-se pelas normas gerais estabelecidas nos
artigos 280 a 284, da Lei nº 6.404, de 1976 (Lei das S/A) e pelas regras específicas
contidas nos artigos 1090 e 1092 do Código Civil.

A sociedade em comandita simples é caracterizada por ter duas categorias de


sócios: comanditados e comanditários. Esse tipo societário é, atualmente, regido
pelas normas dos artigos 1045 a 1051, do Código Civil, mas a ele se aplicam, no
que forem compatíveis, as normas da sociedade em nome coletivo, constantes dos
artigos 1039 a 1044 do Código Civil. Aos comanditados cabem os mesmos direitos
e obrigações dos sócios da sociedade em nome coletivo.

“Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente. Quem sobrevive é o mais
disposto à mudança” – Charles Darwin

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