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16/03/2023, 09:53 Direito das Empresas Aplicado
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16/03/2023, 09:53 Direito das Empresas Aplicado
Introdução
Nesta unidade, você verá que a sociedade limitada tem foco principal na responsabilidade patrimonial do
só cio nos tipos diferentes de sociedades regulamentadas no Có digo Civil. E para compreender adequadamente
a sistemática da responsabilidade limitada, ilimitada, solidária ou subsidiária, os conceitos de sociedades
simples e empresária serão revisitados de forma mais profunda e exemplificada a partir do estudo da
estrutura das cooperativas.
Na sequência, as sociedades em nome coletivo, em comandita simples e em comandita por açõ es serão,
igualmente, revisitadas para demonstrar que a legislação permite que tipos societários menores podem ser
instituídos para o desenvolvimento de atividades simples e empresária com só cios que assumem
responsabilidades ilimitada e subsidiária.
Compreendendo essas formas de celebrar contratos sociais e realizar negó cios jurídicos, a partir de estruturas
societárias, vamos estudar as sociedades limitadas, antigas sociedades por quotas de responsabilidade
limitada, conhecendo seu histó rico legislativo, suas características principais, que a tornam atrativa a
empreendedores de variados níveis, e sua estrutura funcional.
Conhecendo juridicamente a sociedade limitada, vamos compreender a razão da estipulação da
responsabilidade patrimonial dos só cios quotistas tal como a lei a define, bem como conhecer e compreender
os atos normativos orbitais determinados pelo Departamento de Registro de Empresa e Integração (DREI) que
devem ser observados por aqueles que almejarem instituir uma sociedade e pelas Juntas Comerciais,
enquanto ó rgãos de registro das sociedades empresárias.
Vale ressalvar sempre que, à exceção das cooperativas e das sociedades por açõ es, os demais tipos societários
podem ser instituídos para fins empresariais e não empresariais, consoante se estudou no art. 1.150 do
Có digo Civil, restando às cooperativas apenas para fins não empresariais e as sociedades por açõ es apenas
para fins empresariais, por força, respectivamente, da Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971 e Lei nº 6.404,
de 15 de dezembro de 1976.
Acompanhe com atenção e bons estudos!
Na condição de sociedades simples, possuem regulamentação jurídica específica e livre instituição, na forma
da lei, independente de autorização, vedada a interferência estatal em seu funcionamento. Não confunda,
contudo, a independência de autorização com desnecessidade de registro. Muito embora o Estado não possa
intervir de forma a proibir sua constituição, seus atos constitutivos devem ser levados a registro na Junta
Comercial, nos termos do art. 18 da Lei nº 5.764/71 e art. 32 da Lei nº 8.934/94.
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Dessa forma, vê-se que, excepcionalmente, apesar de serem sociedades simples, as cooperativas devem ser
registradas na Junta Comercial do Estado de sua sede, representando exceção ao disposto no art. 1.150 do
Có digo Civil. Aqui, vale um destaque: sempre que houver conflito entre normas gerais e especiais, prevalecem
estas ú ltimas, conforme se depreende da leitura da lei de introdução às normas do Direito brasileiro.
Mas, apesar de serem sociedades simples, não se pode negar a necessidade de as cooperativas desenvolverem
atividade econô mica de forma eficiente a lhes permitir efetiva sustentabilidade.
A sociedade cooperativa oscila entre fins ideias e especulativos, pois, conquanto seu objetivo, a
rigor, não seja o lucro, nisso se assemelhando à associação, este não está de todo afastado, já que
dificilmente se sustentará uma cooperativa deficitária (ALMEIDA, 2005, p. 363-364).
Compreendida a sistemática que decorre do conceito das sociedades cooperativas, passa-se a interpretar e
assimilar a disciplina jurídica regulató ria dessa espécie societária.
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Os cooperativados são impossibilitados de transferirem suas quotas a terceiros estranhos à sociedade, ainda
que por herança, também terão limitação do valor da soma de quotas do capital social que cada só cio poderá
possuir.
Nas assembleias gerais realizadas na cooperativa, o quó rum de instalação será de dois terços do nú mero total
de associados, em primeira convocação, e de metade mais 1 dos associados em segunda convocação e de, no
mínimo, de 10 cooperativados em eventual terceira convocação, ressalvado o caso de cooperativas centrais e
federaçõ es e confederaçõ es de cooperativas, que se instalarão com qualquer nú mero, consoante o art. 40 da
citada lei. Observe que para a assembleia geral funcionar e deliberar, exige-se um nú mero de só cios presentes
à reunião, e não uma parcela de detentores do capital social, como é comum no caso das sociedades
empresárias.
A cada só cio caberá o direito a um só voto nas deliberaçõ es, a despeito de ter ou não capital a sociedade, e
qualquer que seja o valor de sua participação. Os resultados auferidos serão distribuídos proporcionalmente
ao valor das operaçõ es efetuadas pelo só cio com a cooperativa.
Por ser sociedade simples, o fundo de reserva será indivisível entre os só cios, mesmo que em caso de
dissolução da cooperativa.
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Figura 1 - A proposta do cooperativismo é que os cooperados venham a colaborar mutuamente uns com os
outros, de forma que a cooperativa atenda aos interesses e demandas comuns deles conjuntamente, assim,
um coopera com o outro mú tua e reciprocamente.
Fonte: Jelica Videnovic, Shutterstock, 2019.
Em regra, será limitada a responsabilidade na cooperativa em que o só cio responda somente pelo valor de
suas quotas e pelo prejuízo verificado nas operaçõ es sociais, guardada a proporção de sua participação nas
mesmas operaçõ es, e ilimitada quando o só cio responder solidária e ilimitadamente pelas obrigaçõ es sociais.
3.1.4 Estrutura
Durante muito tempo, as cooperativas tinham sua estrutura fundamentada sobre cláusula de exclusividade,
também conhecida como unimilitância, que vedava a vinculação dos cooperativados em instituiçõ es
congêneres. Contudo, o Conselho Administrativo de Defesa Econô mica (CADE) emitiu o enunciado 7 da
Sú mula da Jurisprudência, reconhecendo o rigor excessivo da referida cláusula, segundo que a manutenção de
cláusulas proibitivas configuraria prática anticompetitivas (BRASIL, 2009).
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VAMOS PRATICAR?
Consulte o enunciado 7 da Sú mula da Jurisprudê ncia do CADE e bus
jurisprudê ncias relacionadas à clá usula de exclusividade ou unim
constante nos estatutos sociais de cooperativas e redija um parecer ac
tema, evidenciando os parâ metros que norteiam a discussã o e ressal
posicionamento que prevalece e os fundamentos que os sustentam.
Apó s a discussão, retornou ao Superior Tribunal de Justiça que reviu o entendimento e alinhou-se com o
precedente antitruste do CADE (STJ, 2010).
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VAMOS PRATICAR?
Considere uma sociedade hipoté tica, composta por quatro sócios sen
detentor de responsabilidade patrimonial ilimitada e trê s detento
responsabilidade patrimonial limitada, chamamo-los respectivamente de
B, C e D. Considere que a sociedade se encontra em déficit finan
patrimonial e com sé rias dificuldades econômicas que a levam a ser ré e
de cobrança e ações de execuçã o, razã o pela qual os sócios buscam info
sobre as possíveis consequê ncias jurídicas que os patrimônios pessoais
sofrer em caso de condenaçã o da sociedade em tela. Dessa forma, re
parecer elucidativo e fundamentado tendo como tema o benefício de
aplicável nas sociedades compostas por sócios com responsabilidade pat
ilimitada.
Dessa feita, sendo intuito dos só cios desenvolverem uma atividade econô mica, empresarial ou não, por meio
de uma sociedade regularmente constituída, em que o registro dos atos constitutivos da sociedade permite
que se verifique nela uma pessoa distinta da pessoa dos seus só cios, a alternativa mais interessante será a
sociedade limitada, como você irá verificar no tó pico a seguir.
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empresário (definido no art. 966 Có digo Civil) do antigo comerciante (conceituado pelo derrogado Có digo
Comercial brasileiro.
Mas, a despeito das transformaçõ es e evoluçõ es legislativas, a característica da limitação da responsabilidade
patrimonial dos só cios ao montante investido em quotas destinado à integralização do capital social subsiste.
Assim, nas sociedades limitadas, o montante investido serve de parâmetro para a limitação da
responsabilidade patrimonial dos só cios perante os compromissos financeiros e patrimoniais assumidos em
nome desta.
Serve também como parâmetro para o exercício do direito de voto. Nas limitadas, ao contrário do que se
estudou sobre as cooperativas, o direito de voto do só cio nas deliberaçõ es sociais é proporcional ao quantum
que ele investiu para a formação da sociedade.
Ou seja, o legislador regulamentou que os só cios respondem perante a sociedade pelo valor das quotas que
subscrevem, de forma limitada, mas devem, concomitantemente, responder solidariamente pela obrigação do
só cio que subscrever e não integralizar tempestivamente, nos moldes com os quais se comprometem quando
assinam o contrato social.
Naturalmente, o só cio que for levado a integralizar a quota do outro remisso passará a ser detentor de direito
de regresso, ou seja, um só cio pode ser levado a honrar a dívida de outro inadimplente, mas poderá exigir dele
a compensação pelo valor que pagou por ele em razão da determinação legal.
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Não havendo compensação financeira regular, pode o só cio no exercício do direito de regresso exigir a
adjudicação das quotas do então remisso, aumentando, dessa forma, sua porcentagem de participação no
capital social.
Assim, na sociedade limitada, a responsabilidade de cada só cio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos
respondem solidariamente pela integralização do capital social.
A lei nº 13.8747/19 alterou o Có digo Civil, incluindo parágrafo ú nico ao art. 1.052, com a seguinte redação: “a
sociedade limitada pode ser constituída por uma ou mais pessoas, hipó tese em que se aplicarão ao
documento de constituição do só cio ú nico, no que couber, as disposiçõ es sobre o contrato social” (BRASIL,
2019, on-line). Sobre a presente proposta, há que se considerar que (clique para ler):
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VOCÊ O CONHECE?
André Luiz Santa Cruz Ramos, doutor em Direito Comercial pela PUC-SP, é Procurador
Federal da Advocacia Geral da Uniã o (AGU) desde 2004, diretor do Departamento
Nacional de Registro Empresarial e Integraçã o (DREI), da Secretaria de Governo
Digital, da Secretaria Especial de Desburocratizaçã o, Gestã o e Governo do Ministé rio da
Economia.
Na sociedade limitada, o capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a
cada só cio, devendo o contrato social estipular os seus valores e o prazo e forma para integralização.
Pela exata estimação de bens conferidos ao capital social, devem os só cios responder solidariamente, até o
prazo de cinco anos da data do registro da sociedade no respectivo ó rgão competente, Junta Comercial, se
empresária, e Registro Civil de Pessoas Jurídicas, se simples, art. 1.150 do Có digo Civil, ressalvando a vedação
legal de que a contribuição consista em prestação de serviços por parte dos só cios.
Em relação à sociedade, a quota é indivisível, salvo para efeito de transferência, caso em que, na omissão do
contrato, o só cio poderá ceder sua quota, total ou parcialmente, a quem seja só cio, independentemente da
anuência ou mesmo oitiva dos outros, ou mesmo a estranhos, se não houver oposição de só cios titulares de
mais 25% do capital social.
Observe que a cessão terá eficácia quanto à sociedade e terceiros apenas a partir da averbação do instrumento
de alteração do contrato social devidamente subscrito pelos só cios que com a cessão concordarem.
A quota pode ser um bem em condomínio, nesse caso, os direitos a ela inerentes só poderão ser exercidos
pelo condô mino representante, ou pelo inventariante do espó lio de só cio falecido; respondendo todos os
condô minos solidariamente pelas prestaçõ es necessárias à sua integralização, a despeito do disposto no art.
1.052 do Có digo Civil.
O só cio remisso, isto é, aquele que subscreveu mas não integralizou sua quota, poderá perdê-la em favor dos
demais só cios que com ele respondem solidariamente; poderá também perdê-la em favor de terceiros que
venham a compor o prejuízo mediante anuência dos demais só cios, excluindo, assim, o primeiro titular da
relação societária, devolvendo-lhe o que houver pago, deduzidos os juros da mora, as prestaçõ es
estabelecidas no contrato mais as despesas.
Se acaso o contrato social prever a aplicação subsidiária da lei das sociedades por açõ es, poderá a sociedade
em si quitar a dívida com valores constantes na conta lucros ou reservas e manter as quotas depositadas na
tesouraria da sociedade (arts. 106 e 107 da Lei nº 6.404/76), evitando a redução indesejada do capital social.
Perceba que a sociedade limitada é um tipo societário representativo de uma estrutura jurídica mais
compacta, se comparada a estrutura jurídica das sociedades por açõ es, mas representativa de uma
engrenagem destinada ao bom desenvolvimento de negó cios, especialmente os de natureza empresarial, com
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dinamismo e diminuta burocracia, voltado à sociedades compostas com poucos só cios, mas não
necessariamente baixo investimento.
Não há ó bice que impeça sociedades limitadas serem empresas de grande porte, até porque o parâmetro para
definir pequenas empresas é o montante auferido como faturamento bruto anual. De igual forma, nada impede
que as sociedades limitadas sejam instituídas para fins não empresariais, considerando os termos do art.
1.150 do Có digo Civil e a ausência de proibição regulamentar direta nesse sentido.
Figura 3 - As sociedades limitadas, especialmente as instituídas para fins empresariais, em regra, possuem
poucos só cios que, naturalmente, participam ativamente do desenvolvimento regular da atividade
empresária, por isso é comum verificar uma confusão da figura do só cio com a do empresário, contudo, tais
conceitos jurídicos são distintos.
Fonte: ESB Professional, Shutterstock, 2019.
No tó pico a seguir, vamos estudar a responsabilidade do só cio quotista, muito semelhante à do acionista
(só cio da companhia) e você irá perceber a distinção jurídica e prática em relação à responsabilidade da
sociedade empresária em si, consoante se verificará nos limites postos pela disciplina normativa.
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instituir o patrimô nio da sociedade a partir da consolidação do capital social, patrimô nio este
que será responsável pelas obrigaçõ es assumidas pela sociedade enquanto pessoa jurídica
presentada por seus administradores (só cios ou não).
Perceba que o objetivo do contrato social celebrado nesses termos não é prejudicar os credores da sociedade,
mas assegurar que os só cios, na qualidade de investidores, consigam assegurar que uma parte dos bens que
compõ em o seu patrimô nio pessoal fique assegurado dos resultados alcançados pela atividade econô mica
desenvolvida pela pessoa jurídica representativa da sociedade empresária (ou não).
Dessa forma, o legislador atribui efetividade ao princípio da livre iniciativa conhecido por ser corolário de um
dos princípios fundamentais do Estado Democrático de Direito e também da ordem econô mica do Estado, o
princípio da livre iniciativa (art. 1º, inciso IV e art. 170 da Constituição Federal), como asseveram Souza Neto
e Mendonça (2009, p. 519): “a livre iniciativa está funcionalizada aos objetivos constitucionais de sabor
‘social’”.
Figura 4 - O contrato social instituidor da sociedade limitada, devidamente subscrito pelos só cios,
representa instrumento de alta relevância para estes, como ato jurídico protetor e delimitador do
patrimô nio. Tão logo o contrato social seja registrado passa a ser oponível a terceiros de boa-fé.
Fonte: ASDF_MEDIA, Shutterstock, 2019.
A limitação da responsabilidade patrimonial dos só cios em uma sociedade limitada é fator preponderante
para a efetiva realização de empreendimentos, pode-se dizer que a regulamentação desse tipo de sociedade é
essencial para a operacionalização de incontáveis empreendimentos empresariais, é a concretização do
espírito liberal de forma socialmente isonô mica.
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Não se pode, porém, confundir a responsabilidade limitada do só cio para com o montante por ele investido na
integralização das quotas com a responsabilidade da sociedade limitada perante os compromissos que
assumir.
A responsabilidade da sociedade limitada, regularmente constituída em pessoa jurídica, será sempre
ilimitada, ou seja, se por um lado os só cios, em regra, respondem apenas pelo valor de suas quotas, por outro,
a sociedade responderá com tudo o que possui pelos compromissos que assumir perante terceiros, credores
de boa-fé.
Se acaso os bens que compõ em o patrimô nio da sociedade não forem suficientes para honrar os
compromissos por ela assumidos, os só cios, em regra, não serão obrigados a dispor de mais do que já
dispuseram para regular integralização das quotas sociais.
Diz-se em regra porque há situaçõ es que justificam a desconsideração da personalidade jurídica.
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VAMOS PRATICAR?
Uma sociedade limitada constituída por cinco sócios que dividem entre si
social de forma igualitá ria, na ordem de 20% para cada sócio, tem
contrato social, na clá usula capital social, a determinaçã o de que o
integralizaçã o o capital social da seguinte forma: o sócio A integraliza
quotas à vista, no ato da assinatura do contrato social, e em espé cie; o
integralizará suas quotas em trê s parcelas iguais e sucessivas, v
respectivamente, em 30, 60 e 90 dias a contar da assinatura do contrat
por meio de transferê ncia para conta bancá ria da sociedade; o
integralizará suas quotas por meio de transferê ncia de um veículo au
discriminado e avaliado nos termos anexo ao contrato social; o
integralizará suas quotas por meio de transferê ncia de títulos a recebe
quais responderá solidariamente em caso de inadimplê ncia dos
indicados; o sócio E integralizará suas quotas por meio de serviços pres
sociedade durante os seis meses subsequentes à assinatura do contrat
devendo comparecer e trabalhar na sociedade diariamente por até 10 ho
dia.
Apresentado o contrato social à Junta Comercial do Estado onde se localiz
da sociedade, o registro foi negado pelo vogal que procedeu à aná lise
justificativa de que os termos entabulados no referido documento es
desacordo com a norma vigente.
Como profissional especializado em Direito Empresarial Societá rio, re
parecer que esclareça fundamentadamente como se poderia justificar o
negativa da Junta Comercial em registrar o contrato social nos termos infor
Da mesma forma, se por um lado o contrato social representa instrumento limitativo da responsabilidade dos
só cios ao montante destinado a regular integralização das quotas sociais, por outro, havendo malversação dos
fins aos quais se destina a sociedade, uso inapropriado da pessoa jurídica pelos seus só cios ou
administradores e confusão patrimonial, isto é, dificuldade de verificar o que representa patrimô nio dos
só cios e administradores e o que é patrimô nio da sociedade, restará verificada condiçõ es que justifiquem a
desconsideração da personalidade jurídica.
Percebe-se que a desconsideração da personalidade jurídica representa instrumento jurídico destinado a
proteger a sociedade em si, enquanto pessoa jurídica, da má fé de seus só cios ou administradores, uma vez
que comprovados abusos por partes destes no uso da pessoa jurídica, de forma que venham se valer dela para
se locupletarem ilicitamente, a desconsideração da personalidade jurídica permite que se suspenda o manto
da personalidade jurídica a fim de resgatar no patrimô nio pessoal dos só cios ou administradores os bens que
lá se encontram de forma indevida, irregular ou ilícita, em razão do desvio de bens da pessoa jurídica em si.
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Síntese
Concluímos esta unidade compreendendo a sistemática das sociedades cooperativas, a funcionalidade prática
das responsabilidades patrimoniais de só cios que possuem responsabilidade patrimonial ilimitada e
limitada.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
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Bibliografia
ALMEIDA, A. P. de. Manual das sociedades comerciais: Direito de empresa. 15. ed. rev., atual e ampl. de
acordo com o novo Có digo Civil e a Lei nº 10.303/2001 (S/A). São Paulo: Saraiva, 2005.
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publicada-no-d-o-u-de-09-12-2009/view (http://www.cade.gov.br/assuntos/normas-e-legislacao/sumulas-
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BRASIL. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015. Có digo de Processo Civil. Brasília, DF, 2015. Disponível
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Empresa Individual de Responsabilidade Limitada –EIRELI, Cooperativa e Sociedade Anô nima. Brasília, DF,
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