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09/03/2023, 17:56 Ead.br
introdução
Introdução
No Direito Registral, encontramos a importância da proteção da propriedade, uma vez
que ela é tida como um dos direitos fundamentais. O Registro Imobiliário é de extrema
importância para a proteção do patrimônio, pois está envolto em segurança jurídica.
Para compreender esse processo, é importante conhecer todas as características dos
bens imóveis. Assim, é possível verificar a que tipo de registro ele estará sujeito no
Registro de Imóveis. Contudo, a atividade que é responsável pelo exercício deste
Direito está condicionada a algumas regras vigentes e que estão previstos no
ordenamento jurídico.
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Procedimento de Dúvida
Como sabemos, o Oficial de Registro tem a obrigação legal de examinar os títulos que
a ele são apresentados. Sua atividade comporta exclusivamente à análise do título sob
o ponto de vista da autenticidade e legalidade; não se deve transcender sua
competência, que é administrativa, nem questionar a eficácia do negócio jurídico.
Para melhor entender, o Oficial precisa indicar todos os motivos que podem obstruir o
título ao fólio registral, deixando claras as exigências que precisam ser completas, não
sendo permitida a apresentação gradativa, pois o serviço público deve atender aos
propósitos da eficiência e da comodidade aos seus usuários.
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O interessado pode não concordar, no todo ou em parte, com as exigências que foram
feitas pelo Oficial e, não conseguindo cumpri-las, poderá solicitar a suscitação de
dúvida. Havendo ausência de impedimento de fato ou de direito, o Oficial não pode
negar a prática do ato requerido. O registrador só pode se eximir ao exercício do seu
ofício quando tiver motivo, de fato ou de direito, devendo emitir nota de exigência.
Não são admitidas que suposições feitas pelo Oficial sirvam para interromper o
processo de aquisição ou de declaração de direitos através do uso do sistema
registral. Para Diniz (2014, p. 78),
O oficial, como se pode ver, apenas analisará o título sob o ponto de vista
de sua autenticidade, procedendo ao exame estritamente formal dos
requisitos de legalidade, não podendo extravasar a esfera de sua
competência exclusivamente administrativa para contestar a sua validade,
opondo-se à sua eficácia.
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Sendo assim, o registrador tem por obrigação saber analisar todos os documentos que
precisa examinar, no que tange ao conhecimento do Direito Registral. Além disso,
munido dessa compreensão, poderá acatar ou informar a parte interessada, bem
como complementar ou corrigir.
É preciso atentar-se que não é uma simples dúvida que o registrador tem e que
precisa ser esclarecida pelo Judiciário através de uma consulta. É um procedimento
administrativo que requer que o Judiciário se manifeste sobre o entendimento oficial
perante a existência de uma não conformidade por parte do interessado.
Existem conflitos ímpares de registro, mas, para solucionar essa situação, a Lei de
Registros Públicos (Lei nº 6.015, de 1973), nos artigos 189 a 207, instrui
detalhadamente sobre o procedimento da dúvida.
Sobre o tema, também destacamos o que Paiva (2014, p. 49) nos apresenta:
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Retificações
Os atos registrais são praticados somente pelo Registrador, salvo algumas exceções
que são previstas em lei. Esses atos são praticados através de um requerimento da
parte interessada. Esse é um dos princípios que norteiam a atividade do registrador,
que é chamado de princípio da instância ou da rogação. Sendo assim, entende-se que
essa iniciativa exige a prática de um ato registrário específico, que deve sempre partir
da parte interessada ou por alguma autoridade. Vale ressaltar que o registrador não
deve praticar nenhum ato que possa vir a prejudicar a parte interessada, de acordo
com o que estabelece o art. 13 da Lei de Registros Públicos.
Conforme vimos, o proprietário quem deve requerer a retificação do seu imóvel, mas
podem surgir outras pessoas interessadas em requerer o processo. Essas pessoas
podem ser, por exemplo, um credor ou ainda um terceiro que esteja interessado no
imóvel. A Lei de Registros Públicos apresenta em seu art. 213, I e II que o oficial
retificará o registro ou averbação em alguns casos (você pode acessar a Lei nº 6.015,
de 1973, e verificar na íntegra o art. 213).
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§ 1o Recebido o requerimento
I – erros que não exijam qualquer
instruído com os documentos que
indagação para a constatação
comprovem o erro, o oficial submetê-
imediata de necessidade de sua
lo-á ao órgão do Ministério Público
correção;
que o despachou em 5 (cinco) dias.
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É importante deixar claro que a previsão do art. 110, da Lei nº 6.015/73, equivale a
uma opção do interessado que, se for conveniente, pode optar por requerer a tutela
jurisdicional. Nesse sentido, trata-se do princípio da inafastabilidade da jurisdição,
conhecido também como direito de ação ou princípio do livre acesso ao judiciário.
praticar
Vamos Praticar
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A atividade registral, através do princípio da legalidade, impede que atos ilegais ou com vícios
estejam presentes nos registros. Porém, há casos em que o Oficial Registrador, com alguma
incerteza em relação às formalidades exigidas para registro, pode escusar-se em realizar o
procedimento, submetendo ao Poder Judiciário a decisão de aprovar ou não exigência
formulada pelo oficial. Em relação a esse procedimento, assinale a alternativa correta:
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Prescrição Aquisitiva e
Extintiva
A prescrição aquisitiva é aquela onde não existe a perda, mas, sim, a aquisição de um
direito real sobre um bem no curso do prazo. Está relacionado diretamente aos
direitos reais, sejam elas imóveis ou móveis. Esse modelo de prescrição ocorre por
meio de usucapião, que é uma forma de aquisição da propriedade, onde a pessoa
exerce a posse durante um tempo determinado e pode possuir a propriedade da
coisa, sempre observados os requisitos legais de cada caso.
A posse pacífica por vinte anos sana todos os vícios dos títulos e até
prescinde dos mesmos, gerando um domínio por modo próprio e
autônomo, tranquilizando os proprietários e, com eles, suas respectivas
famílias e toda a sociedade. Por isso, o usucapião contribuiu para a paz
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Nesse sentido, não seria possível a segurança dos titulares de direitos reais, caso fosse
investigada a legitimidade dos títulos de propriedade, através dos séculos. O princípio
da filiação dos domínios prevê que, um só título que seja ineficaz, compromete todos
os títulos posteriores, podendo causar ação reivindicatória e ameaçar os atuais
proprietários.
Existe uma grande semelhança entre usucapião e prescrição aquisitiva. Para isso,
precisamos nos atentar para os pressupostos lógicos que foram citados acima. Em
consequência disso, pode-se ocorrer a perda do crédito ou do direito pessoal ou
obrigacional. Existe aqui, um fenômeno aquisitivo, ou seja, o devedor se enriquece, ao
liberar-se da dívida; assim como, o fenômeno extintivo do usucapião, ou seja, o titular
do direito real perde o bem para o possuidor. Então, existe uma similaridade entre o
usucapião e a prescrição extintiva.
Como efeitos temos a consequência do decurso do prazo legal da posse, assim como
outros requisitos, entre eles, a aquisição do direito real por usucapião como uma
forma autônoma que joga por terra o direito anterior, mesmo o registro imobiliário do
imóvel.
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saiba mais
Saiba mais
Veja no artigo intitulado A Usucapião Especial
Urbana Como Instrumento De Regularização
Fundiária Plena: Desafios Para Um Giro
Hermenêutico Rumo À Nova Ordem Jurídico-
urbanística , do autor Hoshino (2017, p. 972-1001),
uma visão diferenciada de usucapião não tão usual
que é feita nos centros urbanos e que acarreta em
um novo perfil urbanístico, inclusive das grandes
cidades, a importância que o tema traz para o
estudo do Direito Imobiliário.
Cancelamento e Nulidade
A nulidade trata-se do cancelamento do registro e não do título. Conforme art. 124 da
LRP (Lei nº 6015/73), as nulidades de pleno direito do registro, uma vez provadas,
invalidam-no, independentemente de ação direta. Também está previsto em seus
parágrafos:
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Esses cuidados que devem ser tomados pelo Oficial de Registro lhe dão poder e
competência para examinar, sob o aspecto formal, do mandado judicial que lhe for
apresentado, sem tomar parte no mérito da sentença judicial, transitada em julgado.
O cancelamento será feito através de averbação, que deve ser assinada pelo oficial,
pelo seu substituto legal ou escrevente autorizado, e declarará o motivo que o
determinou, bem como o título em virtude do qual foi feito (art. 248 da LRP),
(PEDROSO, 2015).
O art. 249 da LRP prevê que o cancelamento poderá ser total ou parcial e podem se
referir a qualquer ato do registro. O cancelamento será feito (art. 250):
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praticar
Vamos Praticar
É o modo autônomo de aquisição da propriedade móvel e imóvel mediante a posse
qualificada da coisa pelo prazo legal. Provém de usos (posse) e capio, capere (tomar, adquirir),
ou seja, adquirir pela posse”. Esse excerto versa sobre:
a) Usucapião
b) Cancelamento
c) Averbação
d) Nulidade
e) Proibição de dispor
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Proibição de Dispor
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interpretada de forma restritiva e não pode ser presumida, pois contraria o estado
natural da propriedade. Sobre isso, o art. 1.231 do Código Civil deixa claro quanto a
essa assertiva, quando dispõe que a propriedade se presume plena e exclusiva, até
prova em contrário.
A proibição de dispor classifica-se em: sua origem imediata; em razão de sua duração;
em decorrência de seu alcance. Quanto à origem de restrição, a faculdade de
disposição do proprietário pode ser: legais, judiciais, administrativas, voluntárias ou
convencionais. A origem da proibição de dispor sempre é a lei, pois se trata da
restrição de um direito fundamental da pessoa humana.
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O proprietário perde a posse de seu bem quando deixa de exercer sobre a coisa, os
poderes inerentes ao seu domínio. O Código Civil, de 1916, trazia em seu art. 520 uma
lista pequena dos meios pelos quais o proprietário pode perder a posse. Ao verificar
tal artigo, observamos:
Já o Código Civil, de 2002, traz em seu art. 1.223: perde-se a posse quando cessa,
embora contra a vontade do possuidor, o poder sobre o bem, ao qual se refere o art.
1.196. Exemplificando, perde-se a posse das coisas: pelo abandono, pela tradição, pela
perda propriamente da coisa, pela destruição da coisa, pela colocação da coisa fora do
comércio, pela posse de outrem.
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primeiro dono, ocorre se o bem não foi mantido ou reintegrado em tempo oportuno,
determinado pela legislação.
praticar
Vamos Praticar
A proibição de dispor classifica-se em: sua origem imediata; em razão de sua duração; em
decorrência de seu alcance. Quanto à origem de restrição, a faculdade de disposição do
proprietário pode ser:
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Bem de Família
Como sabemos, a família vem passando por intensas transformações ao longo dos
últimos anos e isso fez com que ela adquirisse um caráter muito mais afetivo do que
biológico, alterando sua composição. Isso muito se deve à nova redação da
Constituição Federal de 1988, pois ela preza pela dignidade da pessoa, sendo isso um
princípio que acabou norteando várias normas jurídicas.
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reflita
Reflita
O Bem de Família é aquele imóvel destinado à residência e moradia
de uma família. Esse imóvel recebe o benefício da impenhorabilidade.
Sendo assim, não pode ser penhorado nem sofrer nenhum tipo de
apreensão.
A forma convencional é aquela na qual a família escolhe para ser seu bem protegido.
Para que isso ocorra, os interessados precisam procurar um cartório de imóveis e
declarar a situação do bem em escritura pública, para que, dessa maneira, possa ser
gerada a inalienabilidade e impenhorabilidade. É bom se lembrar que, em alguns
casos, existe a possibilidade de penhora, como o não pagamento de tributos.
Outro item importante, e que não podemos deixar de citar, é a questão da pensão
alimentícia. Nesse caso, o bem de família pode ser penhorado, pois entra nas
exceções que são previstas no art. 3º, III da Lei nº 8.009, de 1990, que diz: “pelo credor
da pensão alimentícia, resguardados os direitos, sobre o bem, do seu coproprietário
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O bem de família pode ser considerado como um imóvel que foi destinado à
residência de uma entidade familiar. Essa entidade familiar pode ser decorrente do
casamento, de uma união estável, entidade monoparental ou, ainda, entidade de
outra origem, que é protegido por previsão legal.
praticar
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Como está inserida na ideia de dignidade da pessoa, surgiu o que chamamos de “direito ao
mínimo existencial”. Sendo assim, é imprescindível pensar sobre quais bens são
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indispensáveis às necessidades básicas das pessoas. É nesse sentido que surgiu o que
conhecemos como:
a) Propriedade da família
b) Bem privado
c) Propriedade pública
d) Bem de família
e) Bem público
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indicações
Material
Complementar
LIVRO
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FILME
CHÃO.
Direção: Camila Freitas. Brasil, 10 de fevereiro de 2019.
Documentário (112 min).
Comentário: O filme mostra disputas de terras e discute
sobre a função social da propriedade. Neste filme, são
tratadas algumas formas de adquirir a propriedade de bens
imóveis ou como ela pode ser transmitida em algumas
situações dramatizadas no filme.
Para conhecer mais sobre o filme, acesse o trailer disponível
em:
TRAILER
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conclusão
Conclusão
O Direito Registral muitas vezes se defronta com vícios, erros ou dúvidas decorrentes
de procedimentos registrais anteriores ou até mesmo dúvidas suscitadas no momento
do registro de determinado ato, demandando a provocação do Poder Judiciário.
Nessas hipóteses, estão previstas retificações, cancelamentos e até mesmo nulidade
do ato. O procedimento de dúvida será um dos poucos atos em que o Judiciário será
provocado a atuar em razão da atuação dos Registros Públicos, já que possuem
autonomia, delegada pelo Poder Público. A atuação judicial visa culminar em ato
jurídico perfeito, justamente para que não seja passível de posterior correção ou até
mesmo nulidade.
referências
Referências
Bibliográficas
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BRASIL. Lei nº 8.009 de 29 de março de 1990. Diário Oficial da União . Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8009.htm . Acesso em: 03 fev. 2020.
DINIZ, M. H. Sistemas de registros de imóveis . 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
LOUREIRO, L. G. Registros Públicos: teoria e prática . 8. ed. São Paulo: Método, 2017.
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