Caio move exceção de pré-executividade contra execução fiscal movida pela Fazenda Pública para cobrar dívidas tributárias da empresa X. Caio alega que deixou de ser sócio-gerente da empresa X em 2014, portanto não pode ser responsabilizado pelas dívidas da empresa relativas a 2015. Pede sua exclusão do polo passivo da ação e condenação do exequente em honorários.
Caio move exceção de pré-executividade contra execução fiscal movida pela Fazenda Pública para cobrar dívidas tributárias da empresa X. Caio alega que deixou de ser sócio-gerente da empresa X em 2014, portanto não pode ser responsabilizado pelas dívidas da empresa relativas a 2015. Pede sua exclusão do polo passivo da ação e condenação do exequente em honorários.
Caio move exceção de pré-executividade contra execução fiscal movida pela Fazenda Pública para cobrar dívidas tributárias da empresa X. Caio alega que deixou de ser sócio-gerente da empresa X em 2014, portanto não pode ser responsabilizado pelas dívidas da empresa relativas a 2015. Pede sua exclusão do polo passivo da ação e condenação do exequente em honorários.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA
PÚBLICA DA COMARCA DE XXXXX/XX.
Processo nº XXXXXXXXXX
Execução Fiscal
CAIO, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), inscrito no
CPF......, residente na Rua........., cidade/Estado, vem, por seu advogado (procuração em anexo), à presença de Vossa Excelência, com fulcro na Súmula 435 do STJ e art. 135, III do CTN, nos autos da EXECUÇÃO FISCAL em epígrafe, que lhe move a FAZENDA PÚBLICA NACIONAL, apresentar
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, pelos fundamentos
a seguir expostos, requerendo o que segue:
I. DO CABIMENTO DA EXCEÇÃO DA PRÉ EXECUTIVIDADE
Diante a construção doutrinária e de jurisprudências, a Pré
Executividade, pode ser requerida por simples petição, entretanto é desnecessária qualquer dilação probatória (provas documentais inequívoca, demonstrando a inviabilidade da Execução). Conforme diz José Manoel de Arruda Alvim Neto, a respeito da execução de pré executividade, in verbis: “Técnica pela qual o executado, no curso do próprio procedimento executivo, e sem a necessidade de observância dos requisitos necessários aos embargos do devedor ou da impugnação, suscita alguma questão relativa à admissibilidade ou à validade dos atos executivos, que poderia ser conhecida de ofício pelo juiz. Para tanto, exige, a jurisprudência, que a questão a ser suscitada esteja dentre aquelas que poderia ser conhecidas ex officio pelo juiz, e que, ademais, não seja necessária dilação probatória para sua solução. Caso contrário, ausente alguma dessas condições, não se admite alegação da matéria pela via da exceção de pré- executividade, cabendo, ao devedor, manejar embargos ou impugnação”
Todavia, é exatamente esses os requisitos atualmente exigidos
pela jurisprudência do STJ após a vigência do NCPC, conforme entendimento no AgRg no AREsp 835.917/SP e AgInt no AREsp 621.011/MG. Pelo que se vislumbra no caso, a presente exceção de pré- executividade é o remédio jurídico adequado, para apontar as irregularidades, às quais viciam a continuidade da marcha processual da presente execução, como se restará demonstrado adiante. II. DOS FATOS Desde logo, cumpre informar e esclarecer que o ora executado, era gestor (gerente) da sociedade limitada X, da data da criação da pessoa jurídica, em 01/08/2021 até 15/03/2014, data na qual foi efetuado a alteração de contrato social da empresa X, que previa em seu item “3” que a partir daquela data, qual seja, 15/03/2014, o cargo de sócio administrador seria exercido por outro sócio, por nome de Pedro. Em junho de 2018, a Fazenda Pública Nacional ajuizou execução fiscal visando à cobrança de Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ, em relação à falta de recolhimento de tal tributo no exercício de 2015. Após o ajuizamento da execução fiscal, foi constatado que a empresa X teria encerrado de modo irregular suas atividades no ano de 2016. Em face de tal constatação, foi requerida, pela Fazenda Pública Nacional, a inclusão de Caio no polo passivo da Execução Fiscal, sendo apontado que ele seria o sócio administrador da empresa no momento no qual teria ocorrido o encerramento irregular das atividades da sociedade X. O pedido de inclusão do Executado no polo passivo da demanda foi deferido pelo Juiz Federal responsável pelo julgamento da Execução Fiscal, com fundamento no Art. 135, III, CTN. Em 20/07/2020, o Executado veio a ser citado na Execução Fiscal para que viesse a pagar o IRPJ, do exercício de 2015, supostamente devido pela sociedade X, motivo pela qual passa a requerer as razões de fato e de direito a seguir expostas. III. DO DIREITO- DA ILEGALIDADE PASSIVA
Assim já explanado, o Executado não fazia mais parte do quadro
societário da empresa X desde 15/03/2014, o cargo de sócio administrador seria exercido por outro sócio, por nome de Pedro. Tal constatação, foi requerida, pela Fazenda Pública Nacional, a inclusão de Caio no polo passivo da Execução Fiscal, sendo apontado que ele seria o sócio administrador da empresa no momento no qual teria ocorrido o encerramento irregular das atividades da sociedade X. O pedido de inclusão de Caio no polo passivo da demanda foi deferido pelo Juiz Federal responsável pelo julgamento da Execução Fiscal, com fundamento no Art. 135, III, CTN. Em 20/07/2020, Caio veio a ser citado na Execução Fiscal para que viesse a pagar o IRPJ, do exercício de 2015, supostamente devido pela sociedade X. No entanto, após ser citado, Caio deixou de garantir o juízo até a presente data. É indevido a citação do mesmo, haja vista segundo o que preceitua o Artigo 135, inciso III do Código Tributário Nacional, são responsáveis pelos créditos oriundos das obrigações tributárias os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado, o Executado não fazia mais parte do quadro societário da empresa. Art. 135, III, CTN: Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos: (...) III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado. Conforme Súmula 435 requer-se o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente da empresa X, o devido e legítimo representante da empresa X. Súmula 435 -Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio- gerente. IV. DOS PEDIDOS Pelo exposto, requer à Vossa Excelência: A) Seja recebida e processada a presente Exceção de Pré-Executividade, bem como os documentos que acompanham como meio de prova, haja vista preencher os requisitos para sua admissibilidade, sendo ao final julgada PROCEDENTE; B) Exclusão do Executado para figurar no polo passivo da ação de execução fiscal; C) Seja condenado o Exequente ao pagamento dos honorários de sucumbência; D) Seja concedido o benefício da justiça gratuita; E) Por fim, requer que todas as publicações, intimações e notificações sejam realizadas exclusivamente em nome da advogada ...., sob pena de nulidade.
V. VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$____________.
Termos em que, Pede deferimento. Local, Data. ADVOGADO OAB