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ILUSTRÍSSIMO (A) SENHOR (A) CHEFE DA UNIDADE REGIONAL DE

MULTAS E RECURSOS VINCULADA À SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL


DO TRABALHO DO ESTADO DE GOIAS

AUTO DE INFRAÇÃO Nº 22.341.651-7.

PROCESSO nº 14152.086594/2022-22

HJ BARROS JUNIOR – CENTRO EDUCACIONAL VALORIZART., pessoa


jurídica de direito privado, inscrita nº CNPJ:05.508.484/0001-06, com endereço a Rua
C 235 , nº 1486, ,Quadra 594 Lote 01E, Bairro Nova Suiça – Cidade Goiânia, CEP:
74280-130, vem através desta, apresentar a sua DEFESA, do Auto de Infração em
epígrafe, lavrado pela Auditora Fiscal do Trabalho em 07/06 do corrente ano, pelos
fatos e fundamentos que passa a expor:

Preliminarmente

Nulidade do Auto de Infração

1. Descreveu a Auditora Fiscal do Trabalho na ementa que a empresa


notificada incorreu na seguinte infração: “manter empregado em microempresa
ou empresa de pequeno porte sem o respectivo registro em livro, ficha ou sistema
eletrônico competente..”

2. Já no histórico justifica o auto de infração apontando as supostas


irregularidades e indicando:

“Admitir ou manter empregado em microempresa ou empresa de pequeno


porte sem o respectivo registro em livro, ficha ou sistema eletrônico
competente.” GRIFAMOS.

3. Tal suposta infração, foi capitulada pela AFT como sendo infração do Art. 41,
caput, c/c art. 47, §1º da Consolidação das Leis do Trabalho, com redação
conferida pela Lei 13.467/17.
.

4. Com base nas previsões legais acima transcritas entendeu a Senhora AFT ao
confeccionar o presente auto de infração contra a empresa de forma rigorosa,
deixando de considerar situações particulares dos contratos de estágios,
firmados por intermédio de empresa terceirizada especializada em
intermediação e as dificuldades que afetaram o estabelecimento devido a
pandemia do COVID.

5. Isso porque como restará demonstrado as situações pontuais trazidas pela


AFT não geraram qualquer prejuízo aos empregados indicados capazes de
ensejar as supostas multas, até mesmo porque passível de parcelamento e
regularização a qualquer tempo.

6. Desse modo, evidente a caracterização de irregularidade já sanadas.


Princípio da Boa-fé e verdade real

7. Considerando tais princípios e o prazo de defesa dispostos que vem a


autuada requerer a análise dos documentos juntados e comprobatórios que
demonstram a boa fé em regularizar os contratos grifados no Auto de Infração.

8. Ademais por força dos princípios administrativos e do próprio caput do


art. 37 da CF deve ser realizado dentro do mais estrito respeito às garantias
individuais (art. 5º CF) respeitando-se, ainda, o direito à ampla defesa e ao
contraditório que se inicia com a chegada do fiscal nas dependências da
empresa o que não ocorreu.

9. Em contrapartida, a ausência dos documentos requeridos na verdade não


geram nenhum embaraço fiscal, pois se a finalidade era apenas verificar os
contratos de trabalho e as condições dos trabalhadores foi atingida e eventual
insurgência já resta regularizada, além disto, a empresa auditada é obrigada a
entrega do e-Social, o que possibilita a consulta da Ilustre Sra. Auditora a todos
os contratos existentes.

10. Oportuno ainda frisar que embora o dever de comparecimento do Auditor


Fiscal para inspeção e esclarecimentos, antes de lavrar o auto de infração
deveria ter diligenciado ao local e observado o previsto na NR 28, que prevê e
determina o critério da dupla visita, antes de ser lavrado o Auto de Infração.

11. A Norma Regulamentadora nº 28, no item 28.1.3, dispõe que o agente da


fiscalização deverá lavrar o auto de infração, sempre considerando o critério da
dupla visita:

“28.1.3. O agente da inspeção do trabalho deverá lavrar o respectivo auto de


infração à vista de descumprimento dos preceitos legais e/ou regulamentares
contidos nas Normas Regulamentadoras urbanas e rurais, considerando o
critério da dupla visita, elencados no Decreto n.º 55.841, de 15/03/65, no Título
VII da CLT e no § 3º do art. 6º da Lei n.º 7.855, de 24/10/89”.

12. Além disso, Ilustre Superintendente, o item 28.1.4, da NR 28 dispõe que “O


agente da inspeção do trabalho, com base em critérios técnicos, poderá
notificar os empregadores concedendo prazos para a correção das
irregularidades encontradas”, o que foi observado pela Sra. Auditora, porém
não sendo prazo hábil para juntada de determinados documentos de estágio
que dependemos de terceiros.

13. Resta frisar, que Brenda Pereira da Silva, não fazia parte do corpo de
funcionários da instituição na data da visita da Ilustre Sra. Auditora, estava lá
meramente para conhecer o serviço e a demanda da empresa e para receber a
proposta de emprego, vínculo este que se efetivou posteriormente com a
contratação da mesma. A HOJE funcionária da empresa, declara que não fez a
alegação de ter iniciado os trabalhos em 01/03/2022.
13. Dito isso, pugna-se pela nulidade deste AI, mas se assim não entender que
sejam consideradas a apresentação dos documentos neste momento, pois
servem como meio efetivo de prova nesta oportunidade.

No Mérito

16. Acaso desconsideradas as preliminares arguidas, mera suposição, requer


sejam considerados os documentos juntados que comprovam a regularidade
dos trabalhadores elencados no Auto de Infração.

17. As supostas infrações aduzidas já foram sanadas.

18. Assim, requer seja a presente defesa recebida face a tempestividade, com
o acolhimento das preliminares arguidas de nulidade, assim requer a
consequente declaração de insubsistência do Auto de Infração nº 22.341.651-7
e respectivo arquivamento pelas razões acima expostas, bem como lhe
seja concedido prazo maior para eventuais regularizações.

Nestes termos

Pede deferimento

Henrique Junqueira Barros Junior

Goiânia-GO, 25 de agosto de 2022

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