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AO JUÍZO DA __ CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO DE

JANEIRO

Associação dos Graduados em Direito e Concurseiros, inscrita no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica
(CNPJ) Nº 00.123/0001-22, com sede localizada no endereço na Rua Clovis Daudt, 43, Grajau, Rio de
Janeiro, RJ, representada por sua presidente Jandira Franco com endereço em Rua Alberto
Tanajura, 1658 – Rio de Janeiro/ Rj, endereço eletrônico: Jandira.franco@assdireito.org.br, por
meio de procuração, vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, impetrar:

MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO


contra ato do Excelentíssimo Senhor SECRETÁRIO ADMINISTRATIVO - SECRETARIA DE
ADMINISTRAÇÃO DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO, com sede administrativa Rua da Ajuda, 5 –
Rio de Janeiro/Rj , pelos fatos e fundamentos que passa a expor:

DA JUSTIÇA GRATUITA
O Requerente pleiteia os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, assegurado pelo art. 98 do Código de
Processo Civil em vigor, tendo em vista não poder arcar com as despesas processuais. Para tanto, faz
juntada do documento necessário - declaração de hipossuficiência econômica.

LEGITIMIDADE DAS PARTES: No MANDADO DE SEGURANÇA, verificar quem proferiu a decisão e


quem tem poderes legais com competência sobre o ato impugnado. Atentar aos reflexos da autoridade
coatora, tais como foro privilegiado e competência territorial. (Art. 1º, §1º da Lei 12.016/09)
ATENÇÃO AO LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO "Deve o impetrante, pois, sempre ter o cuidado de
requerer a citação, como litisconsorte necessário, daquele que sofrerá com os efeitos negativos da
segurança, visto que se assim não ocorrer se constatará o ferimento ao princípio constitucional do
contraditório, dando azo à anulação da decisão ou decisões proferidas no curso do mandamus

DOS FATOS
O Impetrante tomou conhecimento do instrumento convocatório para seleção publica de preenchimento
de vaga para um cargo na Procuradoria da Fazenda do Município do Rio de Janeiro, ficando por
responsabilidade da banca examinadora da Razão Social.
Ocorre que houveram 5 questões (questões 23, 30, 40, 47 e 51), cobrança de matéria que, claramente,
não estava no edital. Foram 5 questões de FILOSOFIA, todas fora do edital.
Com tudo, os direitos dos inscritos foram violados, depois de uma analise minuciosa entre as questões e
o edital exposto pela banca, a mesma ignorou parcialmente o que foi citado no edital.

O edital precisa informar todo o conteúdo da prova a ser cobrado, suas regras e delimitações, então ao
divulgarem as informações relevantes do processo promove assim, o princípio da vinculação ao
instrumento convocatório é corolário do princípio da legalidade e da objetividade das determinações
habilitatórias. Impõe à Administração e ao licitante a observância das normas estabelecidas no Edital de
forma objetiva, mas sempre velando pelo princípio da competitividade.

A moralidade administrativa tem três dimensões: a legal (legalidade estrita), a moral (honestidade, ética,
lealdade) e a finalidade (conveniente ao interesse público). Não basta, assim, só cumprir a lei, deve-se
também buscar o interesse público e agir com ética. Sendo assim, conclui-se que o referido ato
administrativo, deverá ao cobrar matérias ou conteúdos não previstos no edital fere à Constituição, em
especialmente, os princípios jurídicos-constitucionais.
Diante dessa clara afronta ao princípio da legalidade administrativa, deve o judiciário intervir no ato
administrativo em comento provocando a anulação da questão.

DA TUTELA URGÊNCIA

Conforme o art. 7º, III da Lei 12.016/09, ao despachar a inicial, o juiz ordenará que se suspenda o ato
que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a
ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida.

Diante do exposto, vê-se que o fundamento da presente impetração é relevante e que encontra amparo
no texto da Constituição e nos princípios gerais do direito, sinal de bom direito.

Além disso, o simples confronto entre a questão refutada e o edital apresentado pela autoridade coatora
ao recurso administrativo interposto, já é o suficiente para demonstrar a veracidade das alegações do
autor.

Impõe-se a tutela de urgência, conforme o art. 300 do NCPC, pois evidenciam a probabilidade do direito
e o perigo de dano.

O dano irreparável que o erro da autoridade coatora realizou, caracteriza ao impetrante o prejuízo de não
ter a oportunidade de aprovação do concurso citado. Sendo assim é de direito e cabível a tutela de
urgência.

DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer:

1- Em razão do exposto, e diante dos fatos e fundamentos jurídicos apresentados, bem como da
comprovação dos requisitos da relevância do fundamento e de o IMPETRANTE ser prejudicado
em sua classificação no concurdo, aliado ao fato de que, pela falta de "aptidão da Sentença, que
não produzirá os efeitos pleiteados à época em que for proferida, requer a concessão de
TUTELA DE URGÊNCIA para que seja reconhecida a ilegalidade da omissão da Autoridade
Coatora quando não anulou as questões em comento, determinando assim, a anulação das
referidas questões;

2- Requer seja dado ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica
interessada;

3- Seja deferido o benefício da Justiça Gratuita ao impetrante, conforme hipossuficiência


comprovada;

4- Seja notificada a autoridade coatora do conteúdo da petição inicial, a fim de que, no prazo de 10
(dez) dias, prestem as informações pertinentes;
5- Sejam acatadas as provas que demonstram o direito líquido e certo que acompanham a
presente ação.
6- Ao final, CONCEDA A ORDEM, para confirmar a liminar, se deferida, e declarar a
nulidade do ato administrativo que
Dá à causa o valor de R$ 1000,00 (mil reais) para fins fiscais.
Termos em que, pede deferimento.
Rio de Janeiro, .... de ......... de 2024.Advogado (a):
Assinatura OAB/RJ nº.

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