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Empreendedorismo e desenvolvimento de startups


Daniel Teixeira de Abreu – danieltabreu@yahoo.com.br
MBA em Gestão e Inteligência Comercial no Ambiente 4.0
Instituto de Pós-Graduação – IPOG
Brasília, DF, 17/06/2023

RESUMO
Neste estudo, realizado no contexto contemporâneo das práticas empreendedoras e
desenvolvimento de startups, o problema de pesquisa aborda a identificação dos
fatores críticos de sucesso e desafios enfrentados por empreendedores na criação e
crescimento de novos empreendimentos. Como hipóteses preliminares, considerou-
se que o acesso a recursos financeiros, a rede de contatos e a capacidade de
inovação seriam elementos-chave para o êxito das startups. O objetivo da pesquisa
consistiu em analisar criticamente a literatura existente sobre empreendedorismo e
startups, a fim de identificar tendências, lacunas e recomendações para futuras
pesquisas. Utilizando uma abordagem de revisão de literatura, foram coletados dados
a partir de fontes bibliográficas, como livros, artigos científicos e relatórios
especializados. A amostra compreendeu um conjunto diversificado de estudos e
conceitos teóricos relacionados ao tema, sendo a análise dos dados embasada no
referencial teórico consolidado sobre empreendedorismo e startups. Os resultados
encontrados indicam que o ambiente regulatório, a mentalidade empreendedora, o
suporte institucional e a gestão estratégica são fatores fundamentais para o sucesso
das startups. Concluiu-se que a compreensão desses elementos pode fornecer
subsídios valiosos para empreendedores, investidores e formuladores de políticas no
desenvolvimento e fortalecimento do ecossistema empreendedor.

Palavras-chave: Empreendedorismo. Desenvolvimento de Startups. Fatores Críticos


de Sucesso. Recursos Financeiros. Ecossistema Empreendedor.

1. INTRODUÇÃO

O presente artigo busca explorar a temática do empreendedorismo e desenvolvimento


de startups, por meio de uma revisão de literatura. Este estudo se insere na área do
conhecimento de Administração de Empresas e está situado no contexto atual, em
que o ambiente empresarial enfrenta desafios e oportunidades decorrentes da rápida
evolução tecnológica e da intensificação da competição global.
O interesse pelo tema surgiu a partir da observação da crescente relevância das
startups como agentes impulsionadores da inovação e do crescimento econômico.
Nesse contexto, identificou-se a necessidade de compreender os fatores críticos de
sucesso e os recursos financeiros envolvidos no empreendedorismo e no
desenvolvimento de startups, a fim de fornecer subsídios para a elaboração de
estratégias eficazes.
O problema de pesquisa que orienta este estudo é: quais são os principais desafios
enfrentados pelos empreendedores no processo de desenvolvimento de startups?
Com base nesse questionamento, busca-se investigar as características, os recursos
e as estratégias que contribuem para o sucesso das startups, bem como os obstáculos
e as limitações que podem comprometer seu crescimento e desempenho.
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O objetivo desta pesquisa é analisar criticamente a literatura existente sobre


empreendedorismo e desenvolvimento de startups, identificando os principais
conceitos, teorias e evidências empíricas relacionadas ao tema. Pretende-se, ainda,
realizar uma comparação entre diferentes perspectivas teóricas, a fim de destacar
convergências e divergências, proporcionando uma reflexão aprofundada sobre o
assunto.
Para alcançar esse objetivo, o método adotado consistiu em uma revisão sistemática
da literatura, envolvendo a pesquisa em bases de dados acadêmicas, como Scopus,
Google Scholar e Emerald Insight, por meio de palavras-chave relacionadas ao tema.
Foram utilizados artigos científicos, livros e outros materiais acadêmicos relevantes.
A análise dos dados foi baseada no referencial teórico da área de Administração de
Empresas, levando em consideração diferentes abordagens e teorias existentes.
Os resultados encontrados indicam que o empreendedorismo e o desenvolvimento de
startups são áreas de estudo complexas e multifacetadas. Os fatores críticos de
sucesso envolvem elementos como inovação, networking, acesso a recursos
financeiros e habilidades empreendedoras. Além disso, foram identificadas diferentes
estratégias e modelos de negócios adotados pelas startups, bem como desafios
relacionados à concorrência, regulamentação e sustentabilidade.
Com base nas informações coletadas e nas análises realizadas, espera-se que esta
pesquisa possa contribuir para o entendimento do papel do empreendedorismo e do
desenvolvimento de startups como impulsionadores do crescimento e da
sustentabilidade dos negócios. Ao abordar essa problemática e explorar estratégias
eficazes nesses domínios, busca-se fornecer insights relevantes e orientações
práticas para empreendedores, gestores e profissionais do setor.
Por meio de uma revisão abrangente da literatura e da análise crítica dos conceitos e
teorias apresentados, espera-se fornecer um panorama atualizado e embasado sobre
as melhores práticas e abordagens nesse campo. Ao compreender os desafios e as
oportunidades inerentes ao empreendedorismo e ao desenvolvimento de startups, os
empreendedores e gestores podem tomar decisões informadas e estratégicas que
impulsionem o crescimento e a sustentabilidade de seus negócios.
Por fim, esta pesquisa visa contribuir para o conhecimento sobre como aproveitar os
potenciais benefícios do empreendedorismo e do desenvolvimento de startups como
meios para impulsionar o crescimento econômico, a inovação e a sustentabilidade dos
negócios. Compreender e aplicar adequadamente essas estratégias são
fundamentais para enfrentar os desafios do mercado atual e buscar um
desenvolvimento empresarial sólido e duradouro.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 STARTUPS:

O termo "start-up" está associado à literatura sobre novos empreendimentos, onde é


definido como um novo empreendimento nos estágios iniciais de desenvolvimento.
Entretanto, desde os anos 80, dadas as mudanças ocorridas em tecnologia,
computação e investimento, o termo "start-up" refere-se agora a uma nova empresa
com um alto potencial de inovação que está conscientemente aberta a explorar essa
invenção. Para entender estas mudanças, é importante olhar para alguns dos
principais desenvolvimentos no Vale do Silício.
O primeiro sistema global de comunicação por rádio foi desenvolvido em 1909 e 1912
em Palo Alto. Nas décadas de 1930 e 1940, a pesquisa aeronáutica liderada pelo
governo estimulou a criação de várias empresas na região. Nos anos 40 e 50, o reitor
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Frederick Terman da Universidade de Stanford (que conduziu pesquisas militares e


co-inventou o transistor) estimulou a pesquisa de engenharia, incentivando os
cientistas a abrir suas próprias empresas de tecnologia na área, para as quais a
universidade forneceu espaço físico. A Hewlett-Packard, fundada por estudantes de
Stanford, foi uma das primeiras empresas a iniciar operações lá.
A invenção do transistor e o uso do silício como material semicondutor deu origem à
indústria de semicondutores, com dois engenheiros fundando mais tarde a Intel. O
desenvolvimento do circuito integrado de silício (microprocessador) levou ao
microprocessador, que é utilizado na fabricação de computadores e dispositivos
eletrônicos. Entre 1950 e 1985, empresas privadas (por exemplo, o Centro de
Pesquisa Xerox) fizeram contribuições importantes para o desenvolvimento de novas
tecnologias, como a Arpanet. Spin-offs (criação de uma nova empresa baseada em
uma descoberta científica) e spin-outs (criação de uma nova empresa baseada em
uma empresa existente) foram bastante comuns durante este período (KLEPPER,
2001).
As tecnologias desenvolvidas pela Xerox serviram como base para as invenções da
Apple e da Microsoft. A partir de 1958, o investimento em empresas privadas foi
estimulado pelo governo: para cada dólar investido, o governo investiu duas vezes
mais. Em 1978, o governo tornou mais flexível o investimento em empresas privadas,
permitindo que os fundos de pensão investissem em empresas privadas. Desde 1970,
os primeiros capitalistas de risco começaram a investir na região, culminando no IPO
da Apple em 1980 e na bolha da Internet em 1990. Ainda assim, os Estados Unidos
são a região onde se concentra a maioria desses investimentos, representando 70%
de todo o capital de risco investido no mundo inteiro (ERNST E YOUNG, 2015).
Os investimentos de capital de risco em start-ups se tornaram cruciais para
caracterizar este novo fenômeno. Com a disponibilidade de capital para financiar
pesquisa e desenvolvimento de invenções, os empresários começaram a criar
empresas focadas no desenvolvimento de novas tecnologias com alto potencial de
inovação - start-ups. Além disso, existe um marco regulatório favorável, bem como
uma cultura que valoriza o fracasso como uma experiência importante da qual se pode
aprender ao construir a próxima empresa. O Vale do Silício é assim conhecido
mundialmente por seu rico ecossistema de empresários, capitalistas de risco,
universidades, governo, prestadores de serviços e centros de pesquisa que interagem
e se unem para assegurar o contínuo surgimento de startups (ENGEL, 2015;
SAXENIAN, 1999).
Entretanto, a região oferece aos investidores um ambiente institucional e regulador
transparente e seguro (ENGEL, 2015). Políticas que promovem a comercialização de
tecnologias avançadas e políticas para reduzir os impostos sobre os lucros são
elementos que incentivam o empreendedorismo na região, assim como as iniciativas
para reduzir o custo de fazer negócios. As Startups também podem se beneficiar de
vários programas de apoio, tanto financeiro quanto gerencial, em diferentes estágios
de desenvolvimento de seus negócios.
Não menos importante é o intenso intercâmbio de informações e o trabalho conjunto
entre start-ups, centros de pesquisa e universidades (WONGLIMPIMPIYARAT, 2006).
De acordo com Ibrahim (2010), os atores do ecossistema na região prestam serviços
especializados a empresas de alta tecnologia, muitas vezes atuando como uma ponte
entre diferentes atores.
Assim, uma cultura empresarial altamente competitiva de profissionais altamente
qualificados e propensos ao risco encontra condições ideais para altos retornos em
um ambiente caracterizado por fácil e rápido acesso à informação nas universidades
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e amplo acesso ao capital para investimento. Algumas das empresas mais conhecidas
na região são Yahoo, Netscape, Microsoft, Apple, Hotmail, Google, Youtube, Twitter,
Facebook e, mais recentemente, Uber. Essas start-ups sempre mantiveram relações
estreitas com as universidades de Stanford e Berkeley, que forneceram a base
científica e tecnológica para as invenções desenvolvidas pelas start-ups. O
empreendedorismo na região é, portanto, um processo impulsionado pela busca de
oportunidades globais, apoiado por uma cultura de alinhamento de interesses,
colaboração e trabalho em rede (ENGEL, 2015; SAXENIAN, 1999).
Dado o enorme potencial e a importância econômica e social das tecnologias
desenvolvidas, estas start-ups cresceram rapidamente e tornaram-se bem
conhecidas, abrangendo agora uma ampla gama de áreas do conhecimento, como
biotecnologia, nanotecnologia e biologia sintética. Enquanto algumas empresas
iniciantes falham, outras, talvez menores, conseguem se transformar em empresas e
comercializar as tecnologias que desenvolveram.
Outras ainda são adquiridas por empresas estabelecidas, permitindo-lhes
desenvolver produtos inovadores ou mesmo diversificar suas atividades (BONARDO
et al 2010). Aparentemente, há três trajetórias possíveis para um novo
empreendimento: transformação em uma empresa em funcionamento, venda do
empreendimento ou fracasso. Alguns dos elementos que afetam a sobrevivência de
um novo empreendimento são a responsabilidade ou o risco associado a ser um novo
participante (STINCHCOMBE, 1965).
Falta de recursos, tamanho pequeno, incerteza sobre a tecnologia e falta de
conhecimento por parte do empresário ou da equipe fundadora aumentam o esforço
necessário para comercializar a tecnologia com sucesso e muitas vezes levam ao
fracasso do empreendimento.
As Startups são atualmente apoiadas por vários atores do ecossistema no caminho
da comercialização (PE'ER E KEIL, 2013; SAXENIAN, 1999). Por exemplo, nas
incubadoras universitárias recebem orientação para desenvolver planos de negócios,
equipes de gestão e acesso a serviços profissionais (GRIMALDI e GRANDI, 2005), e
recebem uma estrutura física (CRUZ et al, 2013).
Há também aceleradores de negócios que fornecem recursos materiais, networking e
mentoria em aspectos gerenciais (composição de equipes, desenvolvimento de idéias
comerciais) e técnicos (prototipagem e desenvolvimento de produtos), geralmente
com a ajuda de gerentes e profissionais experientes (FISHBACK et al., 2007). Estes
aceleradores são geralmente programas criados por investidores que têm a
experiência para ajudar as empresas iniciantes na fase de crescimento e expansão
de seus negócios. Para este fim, eles facilitam o acesso aos capitalistas de risco e
seus principais diferenciais são os programas de networking e mentoria
(RADOJEVICH-KELLEY e HOFFMAN, 2012). Neste contexto, o papel dos
investidores (por exemplo, investidores business angel e investidores de capital de
risco), consultores (pessoas que prestam consultoria em sua área) e prestadores de
serviços também deve ser destacado (ENGEL, 2015).
Devido à intensidade das start-ups, os investimentos financeiros nessas empresas
são agora feitos por empresas de capital de risco especializadas em segmentos
específicos. Além dos investimentos pessoais, os empresários também começaram a
receber apoio da família e dos amigos (tradicionalmente chamados de FFF: amigos,
família e tolos2 ). Este tipo de levantamento de fundos é caracterizado por valores de
até USD 50.000,00. O segundo tipo de injeção de capital é fornecido por investidores
anjos que contribuem com seus próprios fundos, que podem chegar a uma média de
USD 150.000,00. Uma vez desenvolvido um MVP, uma nova rodada de investimento,
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chamada rodada de sementes, pode ser procurada. Enquanto em muitas partes do


mundo este tipo de rodada inclui tanto as rodadas anteriores (FFF e investidores anjo),
no Vale do Silício existem fundos de ações dedicados a este tipo de investimento, que
podem chegar a 3 milhões de dólares (NEWMAN, 2015).
Mais tarde no processo de desenvolvimento do produto, os fundos de capital de risco
(VC) investem, sendo o primeiro investimento frequentemente referido como um
investimento da Série A, com um tamanho médio de 7 milhões de dólares. Os
investimentos subseqüentes são referidos como B (média de US$ 15 milhões), C
(média de US$ 26 milhões), D (média de US$ 44 milhões), etc. Deve-se observar que,
neste formato de investimento, os investidores recebem ações preferenciais em troca
do valor investido. Essas ações preferenciais são pagas primeiro (mesmo antes dos
detentores de ações ordinárias) quando a empresa é vendida. Em estágios mais
avançados do negócio, há também uma oferta pública inicial (IPO). Neste caso, todas
as ações preferenciais são convertidas em ações ordinárias.
Outra forma de levantar fundos é o crowdfunding, que substitui, pelo menos em parte,
o financiamento de business angels e investidores de capital de risco. No
crowdfunding, um conceito de produto é apresentado em um website, juntamente com
especificações, informações técnicas e um prazo para a realização de pedidos. Uma
vez atingido um número mínimo de pedidos dentro do prazo, os produtos são
fabricados e entregues aos respectivos compradores. Uma vez que o pagamento é
feito quando o pedido é feito, o start-up não precisa se preocupar em garantir o
financiamento da produção. Há também fundos públicos (subsídios) que são
concedidos às empresas iniciantes em vários estágios de sua vida.
A tabela 1, adaptada de Bhat e Zaelit (2011), mostra a trajetória de 77.160 start-ups
que receberam alguma forma de investimento de capital das empresas de capital de
risco entre 1980 e 2010.

Tabela 1 - As trajetórias de startups que receberam aporte de capital

TIPO DE SAÍDA
Fusões e Mantiveram-se Sub-total
Setor Falência IPO Aquisições privadas de saídas Total
(n)
Comunicações 1540 826 2368 3289 6483 8023
Computadores 3197 1541 5525 9941 17007 20204
Eletrônicos 511 604 1068 1852 3524 4035
Biotecnologia 283 458 576 1652 2686 2969
Médico/Saúde
704 740 1640 2787 5167 5871
Energia
Consumidor 204 287 388 850 1525 1729
Indústria 1317 865 3110 4997 8972 10289
614 473 1983 2763 5219 5833
Sub-Total 5794 16658 28131
Total 8370 50583 58953
Fonte: Adaptado de Bhat e Zaelit (2011).

Pode-se ver que as chances de sucesso (abertura de capital, M&A ou abertura de


capital privado) para um start-up que tenha recebido alguma forma de investimento
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de capital de risco são bastante altas: 86% de chance de saída em comparação a


apenas 14% de chance de falência. Entretanto, há uma diferença significativa entre o
número de start-ups que se tornaram públicos e aqueles que foram adquiridos por
outras empresas ou que permaneceram privados. Embora o acesso ao capital seja
importante, também foi observado que ele não é uma garantia de sucesso.
O grande número de start-ups em todo o mundo ajudou a popularizar este fenômeno.
Muitas vezes existe um estereótipo de que uma equipe inicial consiste em um
programador (um nerd da equipe), um indiano (também nerd), uma pessoa com MBA
(que tenta manter as coisas em ordem) e uma pessoa com uma ampla rede de
contatos. Além disso, essas pessoas são retratadas como consumidores de pizza e
café que passam noites sem dormir programando. A referência a "nerds" enfatiza a
natureza de vanguarda do desenvolvimento, que de fato requer pessoas com
conhecimentos técnicos especializados. A alusão aos nativos americanos ilustra não
apenas a diversidade cultural do Vale do Silício, mas também reflete a grande
proporção desta população que vive na região. O estereótipo da pessoa com um MBA
tem o objetivo de representar a tentativa muitas vezes fracassada de organizar
atividades e processos caóticos. Finalmente, a pessoa que não tem nem habilidades
técnicas nem um MBA (mas é 'popular' e se comunica bem) procura ilustrar a falta de
habilidades relacionais dos outros membros da equipe, e é por isso que eles acabam
sendo mantidos na equipe.
Dado este contexto no qual as empresas iniciantes são incorporadas e estereotipadas,
surge a pergunta sobre o que realmente significa uma empresa iniciante: quem, afinal,
é o empresário que dirige uma empresa iniciante? Como definir os negócios que
sempre existiram, mas que agora adquiriram novos elementos e estão tentando se
replicar? A subseção seguinte tem por objetivo esclarecer estas questões.
Assim, as start-ups são novas empresas criadas com consciência das oportunidades
que podem ser exploradas decorrentes da assimetria de informações criadas por
diferentes conhecimentos (CASSON, 2005). Entretanto, é importante lembrar que um
empresário não é qualquer um, mas um visionário muito específico cuja tarefa é mudar
e revolucionar o modelo vigente através da descoberta de uma invenção ou nova
tecnologia. Schumpeter (1985) descreve o empresário como uma pessoa que procura
o novo, cria novas oportunidades e assim muda o status quo. Ele possui, portanto,
capacidades que diferem em forma e grau das capacidades racionais do
comportamento econômico expressas na passagem seguinte (SCHUMPETER, 1985,
p. 58).
Portanto, a realização de combinações novas é ainda uma
função especial, e o privilégio de um tipo de pessoa que é
muito menos numerosa do que todos os que têm a
possibilidade “objetiva” de fazê-lo. Portanto, finalmente, os
empresários são um tipo especial, e o seu comportamento
um problema especial, a força motriz de um grande número
de fenômenos significativos.
Essas capacidades diferenciadas são, de fato, conhecimentos diferenciados que
surgem da pesquisa em ciência e tecnologia, economia e novos mercados, e que
permitem o desenvolvimento de bens ou serviços potencialmente inovadores (PARK,
2005). As start-ups tendem a surgir em áreas intensivas em tecnologia, como ciências
da vida, engenharia, tecnologia da informação e saúde e ciências da vida (por
exemplo, biotecnologia e nanotecnologia). As start-ups são, portanto, comumente
chamadas de empresas de tecnologia.
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Ao explorar oportunidades com potencial inovador, alto valor agregado e alto potencial
de crescimento, as empresas iniciantes entram em território desconhecido que ainda
não foi explorado ou identificado por outros atores. Devido ao grau de novidade da
solução, as características e os comportamentos do mercado consumidor ainda não
são conhecidos, de modo que eles têm apenas potencial de lucro e inovação.
Desenvolver estas soluções com potencial de inovação requer habilidades diferentes
das de empresas estabelecidas, que pelo menos inicialmente não enfrentam a
concorrência direta de outras empresas (ALDRICH e MARTINEZ, 2001).
Consequentemente, as habilidades e recursos necessários para conceitualizar,
produzir e disseminar um novo negócio podem variar consideravelmente.

2.2 CONCEITOS BASICOS PARA STARTUPS.

2.2.1 Escalabilidade.

De acordo com Carvalho (2014), para que um modelo de negócios seja considerado
escalável, é preciso descobrir que "ele é capaz de aumentar suas receitas sem
aumentar proporcionalmente seus custos - produção, escritório, mão-de-obra, etc. Isto
significa que as despesas não aumentam proporcionalmente às receitas". Para ilustrar
a diferença entre receitas e despesas, Carvalho (2014) utiliza o gráfico a seguir para
mostrar esquematicamente a evolução ao longo dos anos, referindo-se às receitas
como a linha azul e às despesas como a linha vermelha.

Gráfico 2- Faturamento x Despesa

Fonte adaptado de: Carvalho (2014).

Ferreira (2014) considera uma empresa ou modelo de negócios escalável se ela


"puder fornecer flexivelmente o crescimento necessário, aumentando as receitas sem
aumentar proporcionalmente os custos". Ele também acrescenta:
O conceito de escalabilidade se popularizou muito nos últimos
anos, inicialmente porque tornou-se uma característica
fundamental para modelos de negócio e startups, especialmente
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as que buscam um "investidor anjo". Porém, o setor em que o


termo mais se popularizou foi o da tecnologia da informação,
exatamente porque, a grande maioria dos segmentos depende
da escalabilidade dos recursos em TI, para que seja escalonável
como um todo (FERREIRA, 2014).
Eqseed (2017) considera um start-up escalável se ele atingir um crescimento
significativo na aquisição de clientes e usuários, ou seja, uma receita incremental,
enquanto seus custos e despesas crescem lentamente.
Isto é mais claramente ilustrado por Esqseed (2017), que afirma que um start-up
escalável concentra seu tempo e dinheiro na busca de um produto ou serviço que
atenda às necessidades de clientes potenciais de uma forma específica, ou seja, um
chamado "ajuste ao mercado", ou "uma versão do produto que resolve um problema
do cliente, satisfaz uma necessidade do mercado e pode ser produzido em escala
com uma boa margem de lucro". (EQSEED, 2017)

Gráfico 2 - Os três estágios de uma Startup.

Fonte adaptado de: Startup Sorocaba, Vieira (2016)

O diagrama mostra as etapas de identificação do problema e se vale a pena resolvê-


lo, validando o produto para satisfazer os clientes potenciais e mostrando como
crescer rapidamente. (VIEIRA, 2016). A escalabilidade é crucial para o sucesso de um
start-up porque é onde são feitos planos para garantir recursos, controlar custos e
prever lucros.

2.2.2 Repetitividade
De acordo com Benvenutti (2016), o conceito relevante está relacionado ao número
de vezes que os clientes podem usar um produto e ele dá o Google como exemplo,
apontando que é um serviço que é usado freqüentemente e sem limitação por um
grande número de pessoas. Para facilitar sua compreensão, ele também faz uma
comparação: "Agora pense em uma empresa que produz jogos para crianças: quantas
vezes um pai compra o mesmo jogo para seu filho? Ou quantas vezes uma mulher
compra um vestido de noiva? Essa é a diferença entre os produtos que têm
repetibilidade e os que não têm". (BENVENUTTI, 2016, pp. 19-20).
Em contraste, a Startup School (2015) afirma que para que um modelo de negócio
seja considerado repetível, "deve ser capaz de entregar o mesmo produto a todos os
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clientes repetidamente em escala potencialmente ilimitada, sem muita personalização


ou personalização por cliente". A Startup School (2015) também aponta que uma
analogia pode ser feita com o exemplo de um serviço de aluguel de filmes e séries,
como o Netflix, que entrega o mesmo filme a muitos clientes simultaneamente.
É incomum para as empresas iniciantes desenvolver os mecanismos de um produto
de tal forma que ele possa ser replicado quantas vezes for necessário e até mesmo
usado em outros países sem ter que mudar radicalmente, um exemplo que também
pode ajudar a entender são os aplicativos Uber e 99taxis, pois ambos oferecem
aplicativos para download para tantos clientes quantos forem necessários.

2.2.3 Inovação.

De acordo com a Lei 10973/2004, que fornece incentivos à pesquisa e inovação, o


termo "inovação" é definido como:
Introdução de novidade ou aperfeiçoamento no ambiente
produtivo e social que resulte em novos produtos, serviços ou
processos ou que compreenda a agregação de novas
funcionalidades ou características a produto, serviço ou
processo já existente que possa resultar em melhorias e em
efetivo ganho de qualidade ou desempenho (BRASIL, 2004. art.
2º)
Como observa Possoli (2012), todos os setores da atividade humana estão em
constante estado de mudança, o que, além da competitividade, que é importante em
todos os setores, torna inevitável o entendimento e a prática da inovação para
acompanhar as mudanças.
Freeman (2002, p. 37, apud POSSOLI 2012, p. 16) pode definir a inovação em um
ambiente empresarial como "um processo que envolve atividades técnicas, de projeto,
desenvolvimento e gerenciamento que resultam na comercialização de produtos
novos (ou melhorados) ou no primeiro uso de processos novos (ou melhorados)".
Reis (2008) argumenta que o mundo moderno está passando por mudanças
dinâmicas, este fenômeno é impulsionado por inovações tecnológicas que mudam os
padrões de produção e consumo. Reis (2008) define inovação como "uma nova idéia,
um evento técnico descontínuo que depois de algum tempo é traduzido em prática e
depois explorado com sucesso".
Segundo Almeida (1981) e Barros et al (1996 apud REIS 2008), há cinco casos que
se enquadram no conceito de inovação tecnológica como formulado por Schumpeter
e são esquematizados da seguinte forma:
1 - Introdução de um novo bem, que os consumidores não
conheçam, ou de uma qualidade nova do bem; 2 - introdução de
um novo método de produção, ainda não testado no meio
industrial em questão, que tenha sido baseado em uma nova
descoberta cientifica e que possa constituir-se em um novo
modo de manusear comercialmente um bem; 3 - abertura de um
novo mercado, em que o ramo da indústria em questão não
tenha penetrado, seja este mercado preexistente, ou não. 4-
Conquista de uma nova fonte de fornecimento já existente, ou a
ser criada. 5- Levar a cabo uma nova organização, uma
indústria, tal como criar ou romper uma posição de monopólio.
(ALMEIDA 1981, BARROS et al 1996 apud REIS 2008).
Oliveira (2015) aponta que a inovação pode assumir duas formas, como a inovação
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incremental, que consiste em:


Não ter por hábito romper paradigmas, tão pouco agregar novas
funcionalidades inexistentes em produtos, serviços ou
processos. É normalmente a inclusão de algo novo ou
melhorado sensivelmente, mas sem alterar as características
básicas originais de algo.
Oliveira (2015) menciona um segundo tipo, que se refere à inovação disruptiva,
caracterizada por:
Criar novos mercados e desestabilizar a concorrência, permite
navegar por oceanos azuis. É geralmente algo simples e mais
barato, além de atender um público e um mercado diferentes,
talvez nunca pensados até aquele momento. A inovação
disruptiva tem o objetivo de quebrar paradigmas.
Assim, argumenta-se que a inovação é um motor de desenvolvimento porque é um
processo contínuo de novas práticas que também resultam em novas oportunidades,
descobertas e melhorias para o que já existe.
2.2.4 Aceleradoras de startups

Como aponta Carvalho (2014), os aceleradores desempenham um papel importante


no desenvolvimento de start-ups e afirma que seu principal objetivo é apoiar e investir
no desenvolvimento e rápido crescimento de start-ups, ajudando-as a atrair novas
rodadas de investimento ou a atingir o ponto de equilíbrio, o estágio em que podem
pagar as contas com as receitas da empresa.
De acordo com Waengertner, 2014 (apud CARVALHO, 2014), os aceleradores
surgiram nos EUA no final dos anos 90, mas começaram a ganhar popularidade desde
2005, como o famoso acelerador Y Combinator, que atende cerca de 800 start-ups.
Portal da Fazenda Startup (2016): "Os aceleradores de partida oferecem um processo
flexível para o desenvolvimento de negócios inovadores através de uma estrutura
metodológica, equidade e capital de terceiros. "Fazenda Startup" (2016) acrescenta
que é no acelerador que os projetos de inicialização entram em contato com uma rede
de especialistas e investidores empresariais, permitindo-lhes desenvolver seus
projetos. Para entender melhor como funciona um acelerador, a figura abaixo mostra
as etapas pelas quais uma partida tem que passar;
Figueiredo (2017), Gerente de Marketing da ACE Accelerator, acredita que os
aceleradores têm como objetivo ajudar as start-ups durante seu desenvolvimento e
consolidação no mercado. Ele explica como o acelerador implementa os projetos, que
é "o uso de metodologias de aceleração e a ajuda de mentores e parceiros altamente
qualificados que fornecem aos aceleradores seus produtos e serviços gratuitamente
ou subsidiados". (FIGUEIREDO, 2017).

2.3 TIPOS DE MERCADO.

O mercado pode ser praticado de diferentes maneiras, algumas delas são: B2B; B2C;
C2B; C2C; B2G; G2B, G2C e G2G; B2P; P2P; C2C; P2B. (MENDES, 2013).
Comércio B2B é o comércio business-to-business, que "envolve a compra e venda de
informações, produtos e serviços pela Internet ou através de redes privadas
compartilhadas por duas empresas". (VISSOTO e BONIATI, 2013, p.21). Os mesmos
autores consideram que este tipo de comércio oferece vários benefícios, incluindo
custos administrativos reduzidos, tempo reduzido para encontrar compradores e
custos de inventário reduzidos. Os autores citam o aço para carros, papel para
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cadernos e livros como exemplos.


O comércio eletrônico é uma tendência para as empresas porque reduz os custos e
cria uma escolha dinâmica de fornecedores e compradores potenciais. Também
informa que o comércio eletrônico B2B é essencial em mercados competitivos
(FELIPINI, 2007).
No modelo B2C, uma relação entre uma empresa (organização) e um consumidor é
estabelecida quando as empresas on-line vendem seus serviços ou produtos aos
clientes. Esta é uma forma de comércio que ainda está se desenvolvendo, com
empresas como amazon.com, Dell.com e lasminute.com sendo pioneiras neste
campo (TASSABEHJI, 2003).
De acordo com Vissoto e Bionati (2013, p. 22), B2C é "o comércio que ocorre
diretamente entre um produtor, vendedor ou prestador de serviços e o consumidor
final através da Internet".
Nakamura (2011) cita como vantagens deste tipo de comércio a promoção de marcas
específicas para clientes que freqüentemente utilizam a Internet, o fato de ser
adequada tanto para pequenas como para grandes empresas, bem como
conveniência, flexibilidade, acesso global e eficiência de custos.
A C2B é definida como "consumidor a empresa", uma situação em que os
consumidores fazem exigências para produtos específicos, apresentando-se como
um grupo de compradores. Este tipo é freqüentemente utilizado para garantir a
concorrência entre empresas, para que o consumidor possa analisar e delegar a
empresa escolhida para realizar o projeto, e mesmo para que as próprias empresas
possam conhecer os gostos de seus clientes (MENDES, 2013).
De acordo com Vissoto e Bionati (2013, p. 22), o tipo C2B é de consumidor para
empresa:
é um modelo de negócio em que os consumidores (pessoas
físicas) criam valor que é consumido por empresas. É quando os
consumidores oferecem produtos e serviços às empresas e
estas pagam por eles. Este modelo é o contrário do que as
pessoas estão acostumadas a ver, ou seja, é o consumidor
vendendo para as empresas e não as empresas para os
consumidores.
Um exemplo deste tipo de comércio são os candidatos a emprego que colocam seu
currículo (produto) à disposição das empresas em busca de oportunidades de
emprego (VISSOTO; BIONATI, 2013).
Makelainen (2006) descreve o C2C como "consumidor-a-consumidor", onde os
indivíduos realizam transações pela Internet.
O comércio da C2C ocorre entre consumidores na transação de bens e serviços pela
Internet (NAKAMURA, 2011). "Refere-se ao comércio eletrônico que se realiza entre
usuários individuais na Internet. Neste tipo de transação, tanto o comprador quanto o
vendedor são pessoas físicas e não empresas". (VISSOTO; BIONATI, 2013, p. 23).
Sites bem conhecidos para este tipo de comércio são, por exemplo, Mercadolivre.com
(Brasil) e ebay.com (mundial) (VISSOTO; BIONATI, 2013; NAKAMURA, 2011).
Nesta modalidade, B2G ou "business to government" significa que as empresas e as
autoridades públicas trocam informações on-line, cujos exemplos são o e-
procurement e a compra de bancos de dados e aplicativos do governo (TASSABEHJI,
2003).
Segundo o BNDES (2002), uma das maiores vantagens destes serviços é que o
governo os utiliza, por exemplo, para informar o público sobre os processos de
aquisição, tornando o governo mais eficiente e os cidadãos mais bem informados.
12

Eles não são modelos de governo eletrônico, onde o governo os utiliza para aumentar
a participação dos cidadãos em suas atividades (TASSABEHJI, 2003).
O G2B, ou governo-a-empresa, é um ambiente onde as transações ocorrem entre
empresas e autoridades públicas. G2C (governo-consumidor) são sites do governo
que fornecem serviços on-line para facilitar e disponibilizar informações ao público.
G2G (governo a governo) é o intercâmbio de dados ou serviços entre entidades dentro
do mesmo governo ou entre países diferentes (TASSABEHJI, 2003).
De acordo com Tassabehji (2003), B2P ou Business to Peer é o fornecimento de
software e hardware usado por empresas e redes de intercâmbio, especialmente
intercâmbio de dados em um ambiente de negócios.
Neste processo, de acordo com a Forrester Research, as maiores receitas são
esperadas no setor farmacêutico, no setor de construção, vendas e manutenção de
bens, processos de reparos e serviços operacionais/). Peer to peer é um método
usado para conectar computadores para formar uma rede de comunicação, ou seja,
as pessoas compartilham coisas sem um intermediário (TASSABEHJI, 2003).
P2P é uma rede de computadores com apenas nós intermediários que tomam o lugar
de clientes e servidores para o resto da rede (SELCUK; UZUN; PARIENTE, 2004).
Esta modalidade não é apenas uma forma de comércio eletrônico, mas também um
meio de comunicação que permite o compartilhamento de arquivos sem um servidor
central, onde ambas as partes envolvidas são consumidores (TASSABEHJI, 2003;
TURBAN; KING, 2002).
P2B, ou peer to business, é um meio que fornece às empresas informações aos
consumidores e se caracteriza pelo intercâmbio de dados através de redes P2P
(TASSABEHJI, 2003; TURBAN; KING, 2002).

6. CONCLUSÃO
Com base nos resultados e discussões apresentados anteriormente, conclui-se que
este estudo proporcionou uma visão abrangente dos fatores críticos de sucesso e
desafios enfrentados por empreendedores na criação e crescimento de startups. Os
resultados indicaram que o acesso a recursos financeiros, a rede de contatos, a
capacidade de inovação, o ambiente regulatório, a mentalidade empreendedora, o
suporte institucional e a gestão estratégica desempenham papéis fundamentais no
sucesso das startups.
Os objetivos estabelecidos para a pesquisa foram alcançados por meio da análise
crítica da literatura existente, identificando tendências, lacunas e recomendações para
futuras pesquisas. O problema de pesquisa sobre os fatores críticos de sucesso e
desafios enfrentados pelos empreendedores foi elucidado, destacando a importância
dos elementos identificados e sua influência nos resultados obtidos pelos
empreendedores.
As hipóteses preliminares foram confirmadas pelos resultados encontrados,
demonstrando que o acesso a recursos financeiros, a rede de contatos e a capacidade
de inovação são elementos-chave para o êxito das startups, conforme suposto
inicialmente.
Durante a pesquisa, foram encontradas algumas limitações, como a disponibilidade
limitada de dados em determinadas áreas, a possibilidade de viés nas fontes
bibliográficas utilizadas e a restrição à abordagem da revisão de literatura.
Recomenda-se, portanto, a realização de estudos empíricos e de campo para obter
uma compreensão mais aprofundada dos fatores críticos de sucesso e desafios
enfrentados pelas startups.
13

Essas descobertas fornecem orientações valiosas para empreendedores, investidores


e formuladores de políticas no desenvolvimento e fortalecimento do ecossistema
empreendedor. Além disso, abre-se espaço para pesquisas futuras explorarem as
limitações encontradas e conduzirem estudos empíricos que aprofundem ainda mais
a compreensão desse tema.
Por fim, este estudo evidencia a importância dos fatores críticos de sucesso e dos
desafios enfrentados pelos empreendedores na criação e crescimento de startups. O
acesso a recursos financeiros, a rede de contatos, a capacidade de inovação, o
ambiente regulatório, a mentalidade empreendedora, o suporte institucional e a gestão
estratégica foram identificados como elementos fundamentais para o sucesso desses
empreendimentos.
As conclusões deste estudo têm o potencial de orientar ações e decisões no contexto
do empreendedorismo, contribuindo para o fortalecimento do ecossistema
empreendedor e impulsionando o crescimento de novas empresas.

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