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RESUMO: As universidades públicas brasileiras realizam diversas atividades de empreendedorismo, inovação e propri-

edade intelectual como cursos, empresa júnior, Centros de Empreendedorismo, Núcleos de Inovação Tecnológica (NIT)
etc. Elas também enfrentam diversos desafios relacionados ao baixo investimento do Produto Interno Bruto (PIB) em
Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), a burocracia, a dificuldade de transferir tecnologia para o mercado e as poucas
parcerias com os integrantes do Ecossistema Empreendedor. Por isso, este estudo tem como objetivo elaborar um mode-
lo de empreendedorismo, inovação e propriedade intelectual voltado para as universidades públicas. Em relação à meto-
dologia, o método é o surveye foiaplicado um questionário estruturado com professores de universidades públicas fede-
rais e estaduais das temáticas de empreendedorismo, inovação e propriedade intelectual, sendo que se utilizou a modela-
gem de equações estruturais para examinar as relações entre as variáveis latentes. Quanto aos resultados, teve-se 80 res-
pondentes dos quais 73 eram professores, 38 coordenadores de projetos de pesquisa e 36 membros desses projetos. A
maior parte dos respondentes foi da Região Nordeste. Após os ajustes estatísticos, foi possível obter duas hipóteses
aceitas e validar um modelo adequado para as atividades de empreendedorismo, inovação e propriedade intelectual vol-
tado para as universidades públicas brasileiras.

INTRODUÇÃO: a Lei nº 13.243 de 2016, que trata da criação de ambientes inovadores, como incubadoras e parques de
tecnologia, visando promover a competitividade empresarial, o empreendedorismo tecnológico, a gestão da propriedade
intelectual e da transferência tecnológica. Além disso, discute o papel das universidades na promoção da mentalidade
empreendedora, destacando suas atividades, como laboratórios, incubadoras e aceleradoras, na formação de capital hu-
mano e na geração de startups e spin-offs acadêmicos. O texto também menciona fatores que facilitam a transferência
de conhecimento e tecnologia, como o mercado, capacidade científica e financiamento adequado. Por fim, apresenta o
objetivo do estudo em construir um modelo de empreendedorismo, inovação e propriedade intelectual nas universidades
públicas brasileiras.

6.2 Ações de Empreendedorismo, Inovação e Propriedade Intelectual

elementos que compõem os ecossistemas de empreendedorismo e inovação universitários, incluindo:

a) Disciplinas e programas de educação para o empreendedorismo;


b) Ambientes de inovação, como incubadoras e parques científicos e tecnológicos;
c) Escritórios de transferência de tecnologia e criação de negócios;
d) Relações de colaboração com empresas, governo, investidores e sociedade;
e) O papel dos spin-offs acadêmicos na transferência de conhecimento científico-tecnológico;
f) A importância da mentoria no desenvolvimento de carreiras empreendedoras.

Essas ações visam adquirir habilidades empreendedoras, desenvolver soluções para a sociedade, fortalecer o empreen-
dedorismo acadêmico e a empregabilidade, além de contribuir para o desenvolvimento econômico regional.

O texto também enfatiza que as ações de empreendedorismo relacionadas à propriedade intelectual podem aumentar a
intenção de abrir uma empresa. A educação empreendedora, competições de planos de negócios e apoio à prática em-
preendedora impactam a formação da competência empreendedora.

Estudos indicam que o ambiente acadêmico influencia positivamente a vontade de empreender, mas uma maior coope-
ração das universidades com o ecossistema empreendedor poderia estimular ainda mais as atividades empreendedoras
relacionadas à criação de negócios.

Além disso, a análise destaca a importância de superar barreiras, como restrições legais, burocracia e falta de financia-
mento, para promover o empreendedorismo acadêmico e a transferência de conhecimento e tecnologia.

Por fim, são apresentadas hipóteses para análise, relacionando propriedade intelectual, barreiras, inovação e empreende-
dorismo acadêmico, e a transferência de conhecimento e tecnologia.

METODOLOGIA: Para a análise dos dados, será utilizada a Modelagem de Equações Estruturais (MEE), uma combi-
nação de técnicas estatísticas (análise fatorial exploratória e regressão múltipla) que possibilita examinar um conjunto
de variáveis dependentes e/ou independentes ou discretas e/ou contínuas (ULLMAN, 2020), considerando a existência
de variáveis latentes para a construção e aplicação do instrumento de coleta de dados que identificará a inovação e o
empreendedorismo acadêmico, a propriedade intelectual, a transferência de conhecimento e tecnologia e as barreiras
por meio do construtoteórico apresentado ao longo da pesquisa. O modelo estrutural ou interno evidencia as relações
causais-preditivas entre os construtos e as hipóteses (HAIR JR. et al., 2021) como apresentado na Figura 12.

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