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Entende-se por Ecossistema de Inovação um “conjunto de indivíduos, comunidades,
organizações, recursos materiais, normas e políticas por meio de universidades,
governo, institutos de pesquisa, laboratórios, pequenas e grandes empresas e os
mercados financeiros numa determinada região, que trabalham de modo coletivo a
fim de permitir os fluxos de conhecimento, amparando o desenvolvimento tecnológico
e gerando inovação para o mercado” (WESSNER, 2007).
Neste sentido, inovação pode ser entendida como a implementação de um produto, bem
ou serviço, seja novo ou significativamente melhorado, um processo ou um novo
método organizacional nas práticas de negócios na organização (Manual de Oslo,
2005). Norman e Verganti (2012) afirmam que é possível identificar muitos tipos de
inovações e classificações variando de acordo com objeto da inovação. Algumas
categorias incluem inovações em sistemas socioculturais, ecossistemas, modelos de
negócios, produtos, serviços, processos, organizacionais, arranjos institucionais. Outras
classificações variam também de acordo com os drives de inovação, como tecnologias,
mercados, design, usuários, competências, conhecimentos entre outros, ou de acordo
com a intensidade da inovação.
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necessário que a organização crie mecanismos que permitam colocar as ideias em
prática e reorganizar as suas diferentes atividades em torno disso (TIDD, BESSANT, &
PAVITT,2008).
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f. Aceitam a “capitalização” do conhecimento como forma de buscar a
sustentabilidade;
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1.1 Inovação na Univali: Breve Histórico
A Universidade do Vale do Itajaí, nas últimas duas décadas, tem como um dos seus
principais objetivos promover e desenvolver empreendimentos inovadores no seu
ecossistema interno, em meio a comunidade acadêmica, fomentando a criação de novas
oportunidades de negócios e empresas, integrados aos arranjos produtivos locais e
regionais. Suas ações consistem fundamentalmente, na articulação dos recursos
disponíveis na Instituição para buscar a disseminação e instalação da cultura
empreendedora, incentivar o desenvolvimento de empreendimentos inovativos, e na
instalação e operação de mecanismos que privilegiem a transformação de
conhecimento em riqueza.
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UM RETRATO DA INOVAÇÃO NA UNIVALI
1999
2003
2004
2005
2006
Algumas iniciativas
Formação Continuada.Palestras
300 professores (várias
Graduação, Calouros.
Formação Escolas).
Modelo Formação
Empreendedora Empreendedora 150 alunos graduação/
Produção Científica 600 ensino médio.
120 calouros
(artigos).
+ 3 Congressos
Instalada Out/2005 –CITEB.
Instalação dos Aporte FAPESCR$
BIGUAÇU Incubadora incubados. 70.000.
Consolidação do Univali, Sociesc,
Processo. Prefeitura, ACIBIG.
Projeto –
ITAJAÍ Incubadora Entregue (20/03/2006).Em Univali, Prefeitura, ACII,Sebrae.
fase de seleção de local.
Edital de Propostas –
BAL. CAMBORIÚ Maio de 2006. Levantamento de
Inauguração 2º recursos.
semestre de 2006.
No ano de 2007 até 2010 – O MEU fundamentava-se numa abordagem moderna por
meio de uma rede de cooperação, da qual participam: professores, alunos, funcionários
da universidade, empresários, representantes de instituições públicas e privadas e da
sociedade civil organizada. O foco volta-se para a solução de demandas, a partir da
aplicação de conhecimento, por meio das seguintes operações instaladas ou em
andamento. E neste sentido, cada iniciativa com seus representantesdos campi evoluem
concomitante ao mesmo movimento no estado de Santa Catarina, onde a Univali
procura seguir a tendência de progressão, exemplificada por algumas ações:
♦
UM RETRATO DA INOVAÇÃO NA UNIVALI
♦ Criação da Central de Empreendedorismo da Escola de Negócios –
Empreenduca (2020);
Desta forma, sendo a Univali uma Rede de Inovação a partir das suas estruturas e
relações com os demais atores do ecossistema, baseadona criação e aplicação do
conhecimento, no desenvolvimento de novos produtos/serviços, processos, modelos
de negócios, ambientes e relacionamentos, potencializam o desenvolvimento territorial,
a geração de novos conhecimentos e o desenvolvimento da região onde está inserida,
cumprindo assim sua função como uma universidade inovadora e empreendedora.
Abaixo serão apresentados alguns dos atores que compõem o ecossistemade inovação
interno da universidade e suas inovações durante os últimos quatros anos de Gestão
do Plano Conectar e Inovar (2018 -2022).
♦ Organizar a base de dados do Uniinova para que possa ser utilizada de forma
consciente e gerando efeitos positivos para o NIT;
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Os processos-chave que são utilizados na metodologia Cerne (principais atividades a
serem desenvolvidas pela incubadora) envolvem desde sensibilização, prospecção e
qualificação de empreendimentos, passando por seleção e desenvolvimento em si das
empresas incubadas, chegandoaté a gestão financeira e os planos de marketing da
incubadora, além do apoio após a graduação dos empreendimentos.
O processo de incubação híbrida tem duração de até dois anos e são oferecidas
mentorias individuais, coletivas, eventos, capacitações em espaço físico para os
empreendimentos incubados.
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Dividido em quatro etapas (Modeling, Problem Solution Fit, Product Market Fite Funding), o
processo é focado em um dos eixos de desenvolvimento de negócios inovadores do
sistema CERNE, sendo Modeling mais direcionada à Gestão, Problem Solution Fit mais
voltada ao Produto, Product Market Fit com foco no Mercado e Funding objetivando a
Captação de recursos.
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O programa teve seu primeiro ciclo em 2021 e foi realizado com apoioe parceria
da FAPESC e a gestão das atividades que foram realizadas de forma online, pela
empresa Sapienza – Gestão de Conhecimento para Negócios. O Flux.us é oferecido
anualmente e tem também a função de preparar os futuros incubados para a incubação
híbrida.
A fase do Processo Seletivo é composta de seis variáveis que são analisadasdos projetos:
1. Relevância do problema;
2. Potencial de inovação;
3. Capacidade técnica;
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Criação da política de inovação: norma jurídica interna que visa estabelecer quais os
procedimentos de pesquisa que necessitam passar pelo aval do Núcleo de Inovação
Tecnológica, especificando percentuais derepasse econômico a pesquisadores, bem
como determinando quem são e quais são os projetos que devem receber recursos
para a promoção de novas tecnologias e processos.
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que detêm a competência técnica de elaboração, execução e de gestão, deacordo com
o modelo organizado e estabelecido entre as IES no momentode elaboração de cada
projeto.
Com a alta concorrência, formar parcerias comerciais com o olhar paraa inovação
é essencial para ampliar receitas e abrir portas para novos mercados além de se tornar
um diferencial competitivo. Estabelecer parcerias com empresas para promover a
aproximação entre universidadee mercado é de extrema importância e necessidade do
mundo atual, e garantir a interação entre os dois meios é importante para
desenvolver a fundo a relação direta com o ecossistema de inovação da região. E
representando essa conexão é que está o Centro Regional de Inovação, um importante
parceiro e pilar central para conectar empreendedores, empresas aceleradoras, o setor
público, a comunidade e a universidade destinado a promover network, a troca de
ideias inovadoras, conduzindo os diversos atores a compartilhar, colaborar e cocriar,
formando um ecossistema saldável e que prioriza negócios de alto impacto de crescimento
a fim de atingir socialmente e economicamente todo o ecossistema da região. Por meio
dessa relação com foco na inovação é possível ampliar as possibilidades de atuação
da universidade para níveis de parcerias internacionais com outras universidades de
outros países onde estas sejam novas fontes externas de troca de ideias e
conhecimento elevando representativamente a gestão da inovação a um nível cada vez
mais alto.
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Público interno:
♦ Egressos;
♦ Empresas privadas;
♦ Organizações governamentais;
♦ Comunidade.
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Criar projetos que busquem fomentos para as áreas em que o núcleo atua são
primordiais para a saúde financeira e humana do setor, pois por meiodessas captações
é que se torna possível o crescimento e desenvolvimento das áreas de interesse, assim
como do capital intelectual, peça importantedentro da instituição de ensino. É por
meio desta linha de pensamentoque o núcleo tem buscado conquistar a cada ano mais
parcerias e projetospara atingir as metas do planejamento estratégico da instituição
para o pleno desenvolvimento das áreas de atuação. Assim, o núcleo de forma
contínua trabalha na pesquisa de editais de fomento para garantir o desenvolvimento
do setor e de suas ações de melhoria.
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da área da criatividadee inovação de nível nacional para dar um start na mente e ativar
o olhar para a criatividade e para o processo de geração de ideias. A ideia principal é
trabalhar os conceitos de imaginação, criatividade e pensamentos inovadores que são
essenciais hoje em dia e tornam o profissional que detém essas características
desenvolvidas uma peça essencial nas corporações inovadoras. O evento é realizado
uma vez por ano.
Evento de Conexão:
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Empreenight - O evento tem por objetivo proporcionar um ambiente descontraído para
promover o relacionamento e a união de negócios, inovação e entretenimento com foco
na formação de redes de contato e relacionamento entre empresários. Foram realizadas
duas edições, uma em agosto de 2018 que teve como palestrantes Jorge e Denis –
Fundadores da Cervejaria Stannis e Iago Vailati – CEO do Hiper Sistemas no bar e
restauranteStannis PUB, e uma em dezembro de 2019 com os parceiros Empório Beer
House Cervejas Especiais, Beer House Cervejas, Cervejaria Faroeste, Green Coast
Cervejaria, Cervejaria Beer Bro, Oggin Craft Beer, Cervejaria Itajahy e Cervejaria Samurai
que realizou-se no restaurante ZEPHYR na Marina em Itajaí. O evento teve como
parceiros em suas edições o restaurante StannisPub e Hiper Sistemas. Em 2020 não foi
realizado nenhuma edição desse evento em virtude da pandemia.
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Figura 17. Uniinova Skills - Edições 2020
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Empreenday - Esse evento é realizado em parceria com a Diretoria de Educação e
consiste num simpósio que tem como objetivo discutir a relação do
empreendedorismo e da inovação com a educação. O evento reúne professores de
todas as Escolas do Conhecimento da Univali e ocorre em diferentes espaços. A última
edição realizou- se no Shopping Bravamall, na PraiaBrava, em Itajaí. Os diálogos foram
mediados por Marco Murara e o simpósio teve como parceiros o Sebrae SC, a Procave
e o Bravamall.
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Meetup de Aceleração - O Meetup teve como objetivo apresentar as melhores práticas
no apoio às startups e programas de incubação eaceleração, e promover a troca de
experiência adquiridas nos programas de aceleração. Além disso, debater sobre o
propósito como base para os desafios. O meetup contempla painéis e na sua edição
de 2019 abordou temas sobre programas de aceleração e as melhores práticas no
apoio às startups, sob mediação de Murilo Domingos, da empresa Darwin Startups;
propósito, a base para os desafios de se empreender, com Paula Lunardelli, CEO da
Prevision e “Tudo o que aprendi com o programa de aceleração daDarwin Startups, com
Thiago Ribeiro, CEO da DBJubs.
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Figura 22. #vamojjunto - 2019
Eventos em parceria:
Foi uma maratona de 54 horas de duração, e teve como um dos seus objetivos reunir
cerca de 100 participantes entre os dias 06 e 08 de março de 2019, no Centro de
Conhecimento Compartilhado da Univali, em Itajaí. Participaram estudantes e
profissionais como designers, desenvolvedores, empreendedores, profissionais da área
jurídica e toda a comunidadeinteressada no assunto. O Global Legal Hackathon é um
evento que ocorre simultaneamente em 21 países. No Brasil, foram 40 cidades
participantes,entre elas as cidades escolhidas para sediar o evento foram Aracaju, Belo
Horizonte, Cuibá, Curitba, Florianópolis, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio
de Janeiro e São Paulo, além de Itajaí e Balneário Camboriú que realizam a edição
regional em conjunto. Durante os três dias de competição, aproximadamente trinta
mentores e especialistas auxiliaram os participantes a desenvolverem seus modelos de
negócio para apresentarà banca julgadora no último dia. Os três primeiros colocados
receberam uma premiação, além de terem a chance de participar da etapa internacional
do evento, em Londres. O maior evento de desenvolvimento de soluções para o acesso
à justiça do mundo este ano aconteceu na Univali.
3.6 Coworking
Com base nesse contexto, hoje, esse modelo tem ganhado cada vez maisadeptos em
todas as áreas de atuação, do microempreendedor individual as grandes
multinacionais, tornando muitas vezes espaços ociosos em grandes ambientes
colaborativos que muitas vezes abrem novos caminhose oportunidades para estabelecer
parcerias de negócios e relacionamento.
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UM RETRATO DA INOVAÇÃO NA UNIVALI
01 Resul
Resul
tados
tados
Sociai
Polític
s
os
03
Resultados
02 Resultados 04 Econômiscos
Técnicos
Operacionis -Financeiros
Mercadológic
os
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UM RETRATO DA INOVAÇÃO NA UNIVALI
Além do espaço físico, o coworking conta também com diversos serviços que tornam
essa opção de espaço mais cômoda e versátil, como: acesso ao wifi, recepcionista,
segurança, serviço de limpeza, espaço de cafeteria/ copa compartilhado, etc. A
existência de espaços lúdicos, ameniza a rotinade trabalho, transformando a rotina
menos sufocante e flexível.
Conexão é a palavra-chave para um hub de inovação. Dessa forma, o NIT- Uniinova foi
criado para contribuir na simplificação da estruturação de propostas de negócios e
estimular a cultura empreendedora. A funçãodo NIT- Uniinova na condição de
HUB de inovação, é de conectar as diferentes partes do ecossistema de inovação e
montar um grande quebra-cabeça com a parceria dos diversos atores que compõem
esse bioma diversificado e criativo. Além de articular, serve também, como um
grande espaço de colaboração promovendo o encontro entre a universidade,
empreendedores, startups, empresas e investidores, como também as instituições
de fomento e prestadores de serviços públicos e privados focados em estartar novas
ideias de negócios.
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De acordo com Toivonen e Friederici (2015) o termo hub de inovação surgiu dafalta de
clareza em sua real essência, embora tenha sido uma característica que auxiliou em
seu sucesso, por não se prender a regras específicas. Em seus estudos, os autores
destacam alguns aspectos essenciais que ajudam a definir o conceito de hub:
constroem uma comunidade colaborativa, em que em seu centro existem
empreendedores individuais; membros com conhecimentos heterogêneos; facilita a
criatividade e colaboração no espaço físico e digital; reúnem uma cultura
empreendedora global. Aindapara os autores, entende-se como hub de inovação
“um espaço em que se reúnem empresas nascentes de base tecnológica com alto
potencial de crescimento – as startups –, além de médias e grandes empresas
epotenciais investidores. Um espaço voltado para a geração de negócios”. Neste
sentido, a palavra chave para entender o funcionamento dos hubs de inovação é
conexão.
Um hub de inovação não exige um espaço físico específico, desde que as conexões
necessárias aconteçam. É formado também por uma seleção dos residentes que
estimula as conexões e a geração de negócios.
O NIT- Uniinova oferece o espaço físico nos quais empresas jovens — as famosas
startups — podem colocar em prática as suas ideias inovadoras. Neste ambiente,
esses empreendedores, que costumam estar no início dacarreira e muitas vezes não
contam com recursos abundantes, têm acessoa um espaço para trabalhar, conhecer
outros negócios, obter investimentose fazer parcerias com grandes empresas. O Hub
realiza uma série de atividades e benefícios para os que trabalham nele bem como
serve de vitrine para que startups, incubados e empresas sejam vistos. Durante
o processo, passam pela Universidade, investidores, representantes de órgãos
de fomento e grandes empresas, interessados em descobrir novos negócios, seja
para investir em uma ideia rentável ou para resolver problemas internos que
possuam.
E o que conecta isso tudo, é o networking. Dessa forma, esses atores não ficam
fechados em suas ideias. Podem trabalhar de maneira colaborativa, inspiram-se em
outras ideias, fazem parcerias. O resultado é um espaço de troca, aprendizado e
fomento da cultura da inovação e do empreendedorismo. É comum no hub, a prática
da inovação aberta (openinnovation), que ocorre quando negócios colaboram entre
si para criar produtos e serviços inovadores.
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