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1. INTRODUÇÃO
Dentre essas novas formas de economia destaca-se a economia criativa, que vem sendo vista
com grande potencial para o desenvolvimento em muitos países, pelo incentivo à busca por inovações
tanto na área científica como tecnológica quanto nas áreas de entretenimento e culturais. O seu
desenvolvimento já está bem amadurecido nos países desenvolvidos como nos Estados Unidos e
países da União Europeia, porém seu processo de estudo e aplicação já ocorre em mais de sessenta
países emergentes, principalmente no Brasil (MELEIRO; FONSECA, 2013).
Destacam-se também as empresas constituídas por cooperativas que têm como característica a
colaboração entre pessoas ou até mesmo empresas de pequeno e médio porte com interesses em
comum. Esse tipo de economia tem como principal vantagem o acesso mais fácil a suporte e recursos
que dificilmente teriam o acesso se permanecessem sozinhas, isso garante a sobrevivência deste tipo
de negócio e ao acesso ao mercado competitivo (CRESOL, 2022). Já os chamados APLs (Arranjos
Produtivos Locais), são caracterizados por aglomerações de empresas em um determinado local ou
região que apresentam uma determinada especialização produtiva, mantendo vínculos de apoio,
articulação e cooperação entre si, dentre essas empresas deste formato destacam-se principalmente o
governo, associações, cooperativas, instituições de crédito, bancos públicos e privados além das
faculdades e instituições de ensino (CARDOSO; CARNEIRO; RODRIGUES, 2014). Esta forma de
aglomeração de empresas vem se destacando como grande e importante instrumento de política
econômica, devido às interações entre empresas de pequeno, médio e grande porte de modo a
contribuírem para o desenvolvimento em conjunto (COSTA, 2010).
O recente trabalho visa o estudo e análise de conceitos da economia criativa e as APLs, como
o SUPERA Parque e a APL da Saúde, presentes em Ribeirão Preto — SP, observando principalmente
suas vantagens e desvantagens na aplicação nos modelos de gestão e o seu impacto no cenário
econômico atual. A metodologia empregada para o desenvolvimento do trabalho foi a pesquisa
bibliográfica, baseando-se em consulta a artigos científicos e livros, vídeos, matérias de revistas e
sites confiáveis.
2. DESENVOLVIMENTO
Porém, a grande concentração destes APLs em uma determinada região pode trazer
desvantagens no âmbito da competitividade, causando impactos nos preços dos produtos e na
demanda de mercado, sendo necessário o desenvolvimento de estratégias e ações em conjunto para
manter a competitividade ao setor (CHAGAS et. al., 2011). Segundo o Ministério da Economia,
atualmente se encontram 839 APLs em mais de 2500 municípios em todo o território brasileiro,
atuando em cerca de 40 setores produtivos diferentes dos mais variados, entre eles os setores de
agronegócios, apiculturas, tecnológicos e das áreas têxteis. Estas APLs geram mais de 3 milhões de
empregos (BRASIL, 2021).
O SUPERA Parque surgiu por meio de uma parceria entre a USP (Universidade de São
Paulo), a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado e a prefeitura, localizado em Ribeirão
Preto, interior de São Paulo, é uma entidade de inovação e governança dos APLs (Arranjos Produtivos
Locais) de Saúde, de Software e de cervejas presentes na região. Visando participar das decisões
vistas ao desenvolvimento destes setores, além de criar uma relação de integração entre universidade,
o Parque tecnológico, institutos de pesquisa e estes APLs com o intuito de oferecer a estas empresas
programas e espaços de inovação, tecnologia e ecossistemas para o fortalecimento e oportunidades de
networking entre startups (SUPERA PARQUE, 2022). No ano de 2021 o SUPERA Parque teve um
crescimento de 23% em relação ao ano anterior com 90 empresas vinculadas, superando o
faturamento que foi 29% maior, atingindo a R$ 46,7 milhões. Estas empresas geraram 12,5 milhões
de impostos e 512 novos postos de trabalho (SUPERA PARQUE, 2021).
A chamada “velha economia” era composta por empresas tradicionais, com forma
mecanicista e pouco flexível, com o foco principal na produção em grande escala, valorizando o lucro
e eram resistentes a mudanças, buscando o crescimento linear e mantendo distancias dos problemas
sociais e do ambiente externo. Com o surgimento da Nova Economia, as empresas passaram a buscar
mais a inovação e a aplicação da tecnologia, onde o foco principal se tornou o consumidor, este
modelo de economia visa à busca constante de soluções para os problemas do consumidor por meio
da criatividade e inovação (AEVO, 2021).
Segundo Madeira (2014) a economia criativa é importante para o Brasil porque impacta
diretamente na geração de empregos e renda. Além disso, a criatividade pode ser um fator decisivo
para o sucesso de uma empresa, pois é ela que pode ajudar a criar produtos e serviços inovadores. A
economia criativa também é relevante porque estimula a inovação e a criatividade, fundamentais para
o desenvolvimento de um país. Vale ressaltar que a economia criativa é considerada a economia do
futuro, uma vez que estimula a inovação e a criatividade. Madeira (2014) ainda afirma que as Novas
Economias estão transformando a sociedade e como as pessoas vivem e trabalham. Além de
contribuir para alterar o modo como às empresas produzem e distribuem seus produtos e serviços,
bem como a como as pessoas consomem. Algumas das principais características da Nova Economia
são as globalizações, a tecnologia da informação, a inovação, a colaboração e a criatividade.
3. CONCLUSÃO
É notável que as empresas tenham buscado cada vez parcerias e a aplicação destes modelos
de economia e o desenvolvimento destes Arranjos Produtivos Locais, que acabam tendo como
vantagens o acesso facilitado a uma linha produtiva em cadeia e ao acesso a recursos tecnológicos e
financeiros, porém possui como desvantagens a dificuldade e de manter certo grau de competitividade
entre as empresas que é extremamente importante para o desenvolvimento de produtos inovadores
com preços acessíveis para o mercado. Esta busca se dá por meio da adequação aos avanços não só do
fator tecnológico, mas também as mudanças no mundo, onde tem se valorizado cada vez mais a
criatividade, o meio ambiente, a economia sustentável e social.
REFERÊNCIAS
AEVO. O que é Nova Economia e qual o seu impacto para a inovação. 2021. Disponível em:
<https://blog.aevo.com.br/nova-economia/>. Acesso em: 22 de nov. 2021.
BLB BRASIL. Nova economia: o que é e quais são os tipos de negócios? 2020. Disponível
em:<https://www.blbbrasil.com.br/blog/nova-
economia/#:~:text=Nova%20Economia%20%C3%A9%20um%20termo,importantes%20para%20o%
20desenvolvimento%20econ%C3%B4mico>. Acesso em: 11 de set. 2022.