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OBJETIVO
Os objetivos deste projeto são compreender como as Novas Economias e os Novos
Modelos de Organizações no contexto dos Arranjos Produtivos Locais tem
desempenhado mudanças em nossa economia, e o quanto essa temática impacta em
nossa vida enquanto sociedade, analisando dados de pesquisas e artigos anteriores e
debatendo as perspectivas possíveis para a Gestão Empresarial dentro deste cenário.
INTRODUÇÃO
Diante de uma sociedade cujos relacionamentos e desejos se tornam cada vez mais
complexos, a ideia das APLs – Arranjos Produtivos Locais – se destaca mais a cada dia.
Por definição, APLs são concentrações de empresas e/ou empreendimentos
individuais, que atuam em atividades semelhantes ou correlatas e que, sob uma
estrutura comum de administração, mantêm vínculos de articulação, aprendizagem e
colaboração com outras entidades e também entre si.
O que explica a constante no crescimento das APLs e como eles estão modificando a
economia, são os diversos fatores benéficos para a sociedade em seu redor.
Proporcionando crescimento econômico e social na região em que se instala,
explorando os pontos fortes, fortalece e cria novos vínculos entre as empresas e
empreendedores locais, fomentando a economia e o empreendedorismo. Outro
ponto importante, a captação de mão de obra especializada, bem como a formação
profissionalizante para atender sua demanda operacional. A sinergia promove novas
oportunidades abrindo espaço para novos empreendimentos que complementem os
Arranjos Locais, tanto ao longo da cadeia de valor – de forma vertical – quanto como
formando parcerias com outros Arranjos, o que os torna mais competitivos, visto que
combina experiências e conhecimentos, divisão de custos e partilha dos lucros.
Quando utilizamos a ideia do novo, sem dúvida queremos destacar novas formas de
fazer e gerar riquezas. Quando pensamos no “velho”, vemos empresas ainda presas
em modelos de negócios com grandes estruturas hierárquicas, até mesmo
burocráticas, centralizadoras, muitas vezes sem oferecer espaço para opiniões de seus
colaboradores, onde ainda não se tem uma visão transparente de seus reais valores e
princípios éticos, onde seus colaboradores são coadjuvantes e não protagonistas
comprometidos com o desenvolvimento e crescimento do negócio, e somente a alta
diretoria participa da tomada de decisão. Por outro lado, o “novo” está baseado na
inovação contínua, na valorização do elemento humano, a estrutura organizacional é
extremamente achatada, com poucos ou sem escala hierárquica. As decisões são
tomadas de forma mais rápida por ser descentralizada e a inovação acaba sendo o
principal meio de preservação e continuidade do negócio. Por estar inserida num meio
extremamente competitivo e instável, os novos negócios precisam estar sempre
prontos para enfrentar a volatilidade do mercado.
As APL´s têm nos novos modelos de negócios inúmeros fatores positivos, seja pelos
aspectos de associativismo e promoção de melhorias sócio econômicas de
trabalhadores ou empresas associadas, seja na facilidade e agilidade oferecida pelas
novas tecnologias em busca de fornecedores e consumidores para seus produtos e
serviços.
CONCLUSÃO
Um cenário cada vez mais competitivos, onde empresas necessitam reinventar e
inovar com uma velocidade considerada assustadora para os padrões antigos, afim de
garantir um lugar estratégico no mercado, colabora diretamente para o surgimento de
novas formas de economia. Sejam elas inovadoras, onde os recursos tecnológicos se
fazem presentes de forma essencial, sejam elas modelos antigos, que unem povos com
interesses comuns a fim de cooperarem para o crescimento mútuo, ou até mesmo
aquelas que atuam atendendo as necessidades de uma parcela da sociedade,
oferecendo serviços exclusivos ou produtos de alta qualidade, com grande valor de
mercado agregado, essas empresas vem crescendo de forma positiva, gerando novas
frentes de trabalho, otimizando o uso de recursos e bens e colaborando para o avanço
de determinadas causas sociais.
No contexto das APL’s, se faz ainda mais urgente considerar a inovação – que é muito
mais do que ciência e tecnologia - como parte do processo de trabalho e crescimento,
já que traz crescimento, mudança e expansão, e também redução de custos após uma
análise mais profunda de como se trabalhar, fator que pode ser determinante para
sucesso dos novos Arranjos, e, portanto, se faz necessário para que haja a promoção
de conhecimentos, bem como geração de novas ideias.
Dessa forma, sabemos que o Cooperativismo nasceu de uma inovação, e a traz em seu
DNA de forma muito bem definida os ideais de colaboração, igualdade,
sustentabilidade e partilha, assim como todos os Arranjos conhecidos partilham desse
mesmo ideal. Cabe a nós, enquanto sociedade, apoiar esses novos modelos de
economia, para que cresçam de maneira a vencer e prosperar.
REFERÊNCIAS:
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/arranjo-produtivo-local-serie-
empreendimentos-coletivos,5980ce6326c0a410VgnVCM1000003b74010aRCRD
BARBALHO, Alexandre; UCHOA, Carolina do Vale Uchoa. Análise crítica dos
empreendedores sociais no Brasil: um referencial teórico-metodológico. Revista Novos
Rumos Sociológicos (NORUS), vol. 7, nº 11, p. 484-506, Jan/Jul/2019. Disponível
em: https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/NORUS/article/view/17058 .
Acesso em: 12 set. 2022.