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O CENÁRIO DE PESQUISA SOBRE INOVAÇÃO E PEQUENAS EMPRESAS:

TEMAS EMERGENTES E CONTRIBUIÇÕES DOS ESTUDOS

Elenice P. Juliani Engel

RESUMO: A inovação desempenha um papel importante como um dos principais


impulsionadores do crescimento das empresas e as Pequenas Empresas (PE) são
responsáveis pela maior parte do emprego e renda gerados na economia dos países
em nível global. No entanto, os pequenos negócios enfrentam enormes desafios
para inovar, muito por conta de suas limitações quanto a recursos financeiros,
capital humano, gestão e planejamento, dificuldade de acesso ao crédito e
participação em licitações públicas. Dada a relevância da questão, o objetivo desta
pesquisa é examinar quais as princiais temáticas dos estudos publicados nos
últimos 5 anos (2015-2019) no Portal de Periódicos da CAPES envolvendo uma
relação entre os temas inovação e pequenas empresas. Ao todo foram examinados
20 artigos revisados por pares, por meio de uma metodologia de pesquisa qualitativa
e exploratória. Os resultados evidenciaram a preocupação dos seus autores em
abordar questões fundamentais para o crescimento firme de pequenas empresas
por meio da inovação. Considerando a multi e interdisciplinaridade que envolve o
tema inovação, os artigos dissertaram sobre vários aspectos e contribuíram
significativamente para o avanço da temática, bem como, colocaram luz sobre
questões que ainda precisam avançar em termos de discussões, propostas, e
políticas dentro das empresas, nas instituições de ensino e nas organizações
públicas.

Palavras-chave: Inovação; Pequenas Empresas; Crescimento; Competitividade.

1 INTRODUÇÃO

As Pequenas Empresas (PE) são responsáveis pela maior parte do


emprego e renda gerados na economia dos países, contribuem significativamente
para o PIB e para minimização de desigualdades regionais. De acordo com a
Associação dos Contadores Certificados Chartered (ACCA, 2010) as pequenas
empresas representam 63% do emprego do setor privado e 49% do setor privado
global. No entanto, mesmo apresentando relevancia para a economia dos países, as
pequenas empresas enfrentam enormes desafios em ambientes altamente
turbulentos e competitivos o que resulta em alta taxa de mortalidade destes
negócios. (MAHTO; MCDOWELL; KUDLATS; TIMOTHY, 2018). Para sobreviverem
neste cenário pouco favorável, as empresas precisam garantir vantagem
competitiva. Segundo Silva e Dacorso (2014), a criação de vantagem competitiva
está fortemente relacionada com a capacidade que as empresas possuem de
administrar seus recursos internos e externos, a fim de alcançarem posicionamento
melhor perante seus concorrentes e criarem valor para seus clientes/compradores.
Neste sentido a inovação desempenha um papel importante como um dos principais
impulsionadores do crescimento das empresas.
A inovação é essencial para que as empresas e os países prosperem em
uma economia global altamente competitiva, sendo ela uma alternativa cada vez
mais viável para melhorar a qualidade de vida e enfrentar os principais problemas
sociais e globais. (OECD, 2010). Contudo, as PEs diferem significativamente das
grandes organizações quando o assunto é inovação, uma vez que estas estão
impedidas de inovar pela baixa capacidade de recursos, processos de gestão e de
planejamento pouco eficientes, limitações de crédito, dentre outros limitantes. Neste
contexto, a propensão e capacidade para inovar das PEs é reduzida, faltando para
elas as competências necessárias para implementar novos produtos, processos ou
serviços (IPEA, 2016).
A importância das PEs para a economia global e a inovação como
estratégia para competitividade destes negócios foi a motivação para este estudo,
cujo objetivo é examinar quais as princiais temáticas dos estudos publicados nos
últimos 5 anos (2015-2019) no Portal de Periódicos da CAPES envolvendo uma
relação entre os temas inovação e pequenas empresas. Ao todo foram examinados
20 artigos revisados por pares selecionados da categoria Small Business,
representando uma metodologia de pesquisa qualitativa e exploratória.
O artigo está organizado da seguinte forma: a primeira seção traz a
introdução, com os obejtivos e justificativas do estudo. Na segunda seção são
discutidos teoricamente os temas “A relevância das pequenas empresas na
economia global” e “A inovação para a competitividade das pequenas e médias
empresas”. A terceira seção apresenta a metodologia utilizada para a pesquisa
exploratória e qualitativa, descrevendo as principais contribuições dos 20 artigos
estudados, seguida pela quarta seção que traz as considerações finais.
Espera-se que este estudo possa contribuir na formação de estudantes
(futuros CEOs ou gerentes), como conhecimento útil para as práticas de
empreendedores ou gestores de Pequenas Empresas, na reflexão das instituições
de ensino superior (IES) sobre os conteúdos dos currículos, principalmente dos
cursos da área de Ciências Sociais, e para os formuladores de políticas públicas.
2 APORTE TEÓRICO

2.1 A RELEVANCIA DAS PEQUENAS EMPRESAS NA ECONOMIA GLOBAL

É indiscutível a importância das PEs para a economia dos países uma


vez que são responsáveis pela maior parte do emprego e renda gerados. De acordo
com a ACCA (2010) as pequenas empresas representam 63% do emprego do setor
privado e 49% do setor privado global.
No caso da Europa, elas representam 99% das empresas, sendo
responsáveis por mais de dois terços do emprego do setor privado, desempenhando
desta forma um papel determinante para a economia europeia como fontes
geradoras de emprego e de inovação. (OECD, 2010)
Nos EUA, conforme o relatório da ACCA (2010) as pequenas empresas
constituíram mais de 50% do PIB privado não agrícola e criaram 75% de novos
empregos líquidos na economia.
Da mesma forma, Abor e Quartey (2015) em seus estudos sobre as
questões no Desenvolvimento de pequenas e médias empresas em Gana,
afirmaram que na República da África do Sul 91% das entidades empresariais
formais são Pequenas, Médias e Micro Empresas contribuindo entre 52 a 57% para
o PIB e fornecendo cerca de 61% para o emprego.
Ainda conforme a ACCA (2010), as PEs contribuem com 30% do valor
total das exportações nos EUA, com 40% na Índia e 68% na China.
Cientes do papel relevante das PEs na economia, diversos países
desenvolvidos e em desenvolvimento, como Finlândia, Coreia, Japão, Estados
Unidos, Suécia e Reino Unido adotam diferentes instrumentos de apoio ao
desenvolvimento e competitividade para empresas de pequeno porte. (OECD,
2010).
A Comissão Europeia em seu Relatório ao Conselho e ao Parlamento
Europeu (2011) propôs um ajustamento da Regulamentação às necessidades das
microempresas denominado como programa de regulamentação inteligente
fortemente alicercado no conceito de «pensar primeiro em pequena escala», como
forma de promover a competitividade destas empresas em nível mundial. Este
programa faz parte da estratégia Europa 2020 que visa a melhoria do ambiente
empresarial para um crescimento rápido por meio de medidas que contribuirão para
a realização deste objetivo. (OCED, 2010)
Também o governo americano estimula as inovações tecnológicas nas
pequenas empresas (com menos de 500 empregados) e o surgimento de novas
empresas de base tecnológica por meio do programa Small Business Innovation
Research (SBIR) criado em 1982. (OECD, 2010).
No Brasil, as Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP)
representam aproximadamente 98,5% do total de empresas privadas no Brasil,
respondendo por 27% do PIB e de acordo com projeções do SEBRAE (2018)
deverão chegar a 4,66 milhões em 2022. Já as EPP deverão chegar a 1,38 milhão
em 2022, representando um crescimento de 109,5% num período de 23 anos (2009
– 2022).
O SEBRAE adota a definição de ME e de EPP conforme estabelecido
pela Lei Complementar nº. 123 de 14 de dezembro de 2006, que estabelece os
critérios para que tais organizações sejam beneficiárias do Simples Nacional, ou
seja:
I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta
igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e
II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário,
receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e
igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais).
(Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016).

As projeções de crescimento indicam que tanto as ME quanto as EPP


crescerão a uma taxa média anual maior que as Médias Empresas. Em 2017, as ME
estavam distribuídas nos setores econômicos: Agropecuária 0,7%; Comércio 47,2%;
Construção Civil 4,6%; Indústria 14,5% e Serviços 33,0%, enquanto que as EPP
Agropecuária 1,6%; Comércio 45,7%; Construção Civil 4,2%; Indústria 9,9% e
Serviços 38,5% (SEBRAE/2018).

2.2 A INOVAÇÃO PARA A COMPETITIVIDADE DAS PEQUENAS E MÉDIAS


EMPRESAS

É vasta a literatura que evidencia a inovação como uma estratégia que


possibilita às empresas obterem mais ganhos, principalmente se ocorrer
diferenciação em seus produtos, serviços e processos, de modo que haja a
obtenção de preço superior pela empresa. Para Silva e Dacorso (2014) a criação de
vantagem competitiva está fortemente ligada à capacidade que as empresas têm de
gerir seus recursos internos e externos, a fim de melhor se posicionarem perante
seus concorrentes e criarem valor para seus compradores.
Para Rothwell (1994) as atuais estratégias de inovação das empresas
líderes compreendem acumulação tecnológica, networking estratégico, velocidade
de comercialização, design de manufaturabilidade, flexibilidade e adaptabilidade nos
aspectos organizacionais, de manufatura e de produto. Embora estas estratégias
ofereçam benefícios econômicos e vantagem competitiva às organizações envolvem
custos diretos e indiretos que exigem eficiência no uso de recursos, planejamento,
gestão capacitada, expertise de mercado e investimentos contínuos em pesquisa e
desenvolvimento.
TIDD, BESSANT e PAVITT (2008) relacionaram os componentes da
organização inovadora sendo eles: visão compartilhada, liderança e desejo de
inovar; estrutura adequada; indivíduos-chave; trabalho de equipe eficaz;
desenvolvimento individual contínuo e amplo; comunicação extensiva; inovação de
alto envolvimento; foco externo; ambiente criativo; organizações que aprendem.
Todos estes componentes, de acordo com os autores são importantes uma vez que
a inovação requer mudança, ruptura de paradigmas, é cara e envolve riscos.
A partir destes componentes fica evidenciado o caráter interdisciplinar que
o processo de gestão da inovação precisa adotar dentro das organizações para que
de fato a inovação possa gerar novos conhecimentos; a aplicação desses
conhecimentos no desenvolvimento de produtos e processos e, por fim, permita a
exploração comercial desses produtos e serviços em termos de geração de renda
financeira.(TROTT, 2012)
Todo o processo de inovação é complexo e no caso de novos produtos
caro, pois envolve o gerenciamento eficaz de muitas atividades, equipes
multifuncionais, está sujeito a muitas falhas e com baixas taxas de sucesso.
CORMICAN, Kathryn; O’SULLIVAN, David (2004). Estes riscos no desenvolvimento
de novos produtos (DNP) podem ser minimizados quando a empresa consegue
descobrir o que o consumidor deseja e produzí-lo. Portanto, a estratégia mais
assertiva para a inovação partiria de informações relevantes e confiáveis obtidas por
meio de uma pesquisa de mercado. (TROTT, 2012).
Grandes empresas inovadoras mantem altos investimentos em pesquisa
e desenvolvimento (P&D), pois entendem que esta estratégia é determinante para a
inovação, o que não é o caso para a maioria das PMEs que não participa de
atividades formais de P&D. Para estas, o processo de inovação se dará por formas
alternativas, propiciado pelas características das pequenas organizações como
menor burocracia interna em função de estruturas menos rígidas, maior flexibilidade
e facilidade de adaptação. (MCGUIRK; LENIHAN; HART, 2018).
É fato que as PEs diferem significativamente das grandes organizações
quando o assunto é inovação. Limitadas muitas vezes pela baixa capacidade de
recursos, processos de gestão e de planejamento pouco eficientes, limitações de
crédito, a realidade dos negócios de pequeno porte é extremamente desafiadora,
apresentando alta competitividade, cenário econômico instável e mudanças
tecnológicas intensas. Neste contexto, a propensão e capacidade para inovar das
PMEs é reduzida, faltando para elas as competências necessárias para implementar
novos produtos, processos ou serviços (IPEA, 2016). Como a inovação, baseada no
desenvolvimento científico e tecnológico, é o eixo central das estratégias de
crescimento dos países mais desenvolvidos, as PEs precisam recorrer aos subsídios
de políticas públicas para conseguirem sobreviver. (OECD, 2010)
Atentos à força motriz que as PEs representam para a economia, muitos
países fazem uso, atualmente, de uma ampla gama de instrumentos de apoio à
atividade de inovação para estes negócios. Conforme a OECD (2010) cerca de 20%
dos gastos de P&D por parte de PEs em países da OCDE origina-se de recursos
públicos, obtidos por meio de subvenção econômica ou renúncia fiscal. Algumas das
ações e medidas recomendadas pela OECD (2010) são:

[...] cobrar uma alíquota reduzida do imposto de renda das empresas sobre
os lucros gerados por investimentos intangíveis; implementar subsídios de
depreciação fiscal acelerados, expensagem imediata do investimento em
P&D ou permitir uma dedução adicional; prestar assistência para o
financiamento do investimento em P&D, permitindo arranjos mais favoráveis
de dedução de juros; e reduzir os impostos trabalhistas sobre o lucro bruto
dos empregados envolvidos na criação de intangíveis. (OECD, 2010, p. 101)

A inovação é essencial para que as empresas e os países prosperem em


uma economia global cada vez mais competitiva, sendo ela uma alternativa cada
vez mais viável para melhorar a qualidade de vida e enfrentar os principais
problemas sociais e globais. Portanto, “na elaboração de suas políticas de inovação,
os governos devem garantir que o quadro político para a inovação acompanhe as
mudanças na economia global e as mudanças no processo de inovação” (OECD,
2010. p.18). Além disso, devem dar atenção especial as PEs, promovendo políticas
para a geração da inovação baseadas nas características e necessidades
específicas destes negócios.

3 MÉTODO DA PESQUISA

O presente estudo revisou os artigos publicados no Portal de Períodicos


da CAPES no período de 2015 a 2019, utilizando como palavras de busca “small
firms” and “innovation”. Esse procedimento permitiu identificar uma amostra
composta por 20 artigos revisados por pares selecionados da categoria Small
Business em 14/01/2020, sendo que três são estudos teóricoa e dezessete são
estudos empíricos.
Desta forma metodologia da pesquisa caracterizou-se como documental,
qualitativa e exploratória uma vez que pretende apresentar os temas emergentes
das pesquisas relacionados à Inovação e Pequenas Empresas, seus principais
resultados e contribuiçõe dos estudos para as temáticas envolvidas.
Na tabela 1, a seguir, estão listados os títulos dos artigos que
compuseram a amostra, seus autores, ano de publicação, palavras-chave e método
de pesquisa utilizado pelos seus autores.
Tabela 1 – Artigos Pesquisados
TÍTULO ARTIGO AUTORES ANO PALAVRAS-CHAVE MÉTODO
Economia schumpeteriana: algumas observações sobre a relevância de suas contribuições teóricas para a gestão
Oakey, Raymond P. 2015 Não localizadas Estudo téorico
da pesquisa e desenvolvimento industrial.
Grouth; Aprendizado; orientação empreendedora; Orientação de
Crescimento de pequenas empresas em função da orientação de aprendizagem e orientação empreendedora Wolff, James A ; Pett, Timothy L ; Ring, J. Kirk 2015 Estudo empírico
aprendizagem;
Efeitos Interativos da capacidade de rede, capacidade de TIC e folga financeira no desempenho de inovação de
Parida, Vinit ; Örtqvist, Daniel 2015 Não localizadas Estudo empírico
pequenas empresas baseadas em tecnologia
Inovação de pequenas empresas; estratégia de propriedade intelectual;
Por que as empresas de tecnologia publicam artigos científicos? O uso estratégico da ciência por pequenas e
Yin Li; Jan Youtie; Philip Shapira 2015 publicação corporativa; estratégia de patenteamento; tecnologia Estudo empírico
médias empresas em nanotecnologia
emergente
Pequena empresa internacionalização, inovação e crescimento Boermans, Martijn ; Roelfsema, Hein 2016 Internacionalização. Inovação . Promoção de exportação Estudo empírico

Práticas de gerenciamento de recursos humanos; aprimoramento de


Uma meta-análise de diferentes práticas de RH e desempenho de pequenas e médias empresas. Rauch, Andreas ; Hatak, Isabella 2016 Estudo teórico
RH; Meta-análise
Panwar, Rajat ; Nybakk, Erlend ; Hansen, Eric ;
O efeito das estratégias competitivas das pequenas empresas em seu engajamento comunitário e ambiental 2016 Estratégias Competitivas, Qualidade, Liderança SMEs Estudo empírico
Pinkse, Jonatan
Díaz-Chao, Ángel ; Sainz-González, Jorge ; Economia global do conhecimento; Cadeia de valor; Pequenas
A competitividade da pequena empresa de rede: uma ferramenta prática 2016 Estudo teórico
Torrent-Sellens, Joan empresas de rede de informação

Além da Dicotomia Formal-Informal da Criação de Estratégias de Pequenas Empresas em Ambientes Estáveis e Verreynne, Martie-Louise ; Meyer, Denny ;
‐ 2016 Não localizadas Estudo empírico
Dinâmicos. Liesch, Peter
Dato On, Mary Conway ; Banerjee, Sharmistha ; desempenho firme; Negócios indianos; suporte à inovação; pequenas
Apoio à inovação e desempenho de pequenas empresas na Índia: Uma perspectiva de capital social 2017 Estudo empírico
Roy, Mousumi empresas; capital social;
Decisão de fronteira, orientação empreendedora, pequena empresa de
Escolha entre desenvolvimento interno e externo para projetos de inovação: antecedentes e consequências Ryoo, Joohan 2017 Estudo empírico
alta tecnologia, desempenho da inovação, incerteza percebida

O caso de negócios importa? O efeito de um caso de negócios percebido no engajamento social das pequenas Panwar, Rajat ; Nybakk, Erlend ; Hansen, Eric ; Caso de negócios; RSE; Pequenas empresas; Recursos de folga;
2017 Estudo empírico
empresas. Pinkse, Jonatan Engajamento social; Benefícios tangíveis intangíveis intangíveis
Mahmood, Rosman ; Mohd Zahari, Ahmad
Indústria da construção civil, desempenho firme, indústria imobiliária,
Desempenho de pequenas empresas: uma análise empírica na indústria de construção habitacional da Malásia Suffian ; Yaacob, Najihah Marha ; Mat Zin, 2017 Estudo empírico
inovação, pequenas empresas, papel de papel empreendedor
Sakinah
Construir o desempenho das pequenas empresas através do desenvolvimento de capital intelectual: Explorar a Mcdowell, William C; Peake, Whitney O ; Inovação; Capital intelectual; Desempenho para pequenas empresas -
2018 Estudo empírico
inovação como a "caixa preta" Codificador, Leanne; Harris, Michael L PME

Orientação de Aprendizagem e Satisfação de Desempenho como Preditores de Inovação de Pequenas Empresas: Mahto, Raj ; McDowell, William ; Kudlats, Jerry Inovação; Orientação de aprendizagem; Satisfação com o
2018 Estudo empírico
O Papel Moderador do Gênero ; Dunne, Timothy desempenho; Empresas de gênero e pequenas empresas

Mentalidade global; Internacionalização de pequenas empresas;


A mentalidade global: uma obrigação para a inovação internacional e o empreendedorismo Oyvin Kyvik 2018 Estudo teórico
Revisão sistemática; Empreendedorismo; Inovação; Educação

Orientação empreendedora, Empreendedores, Motivação, Pequena


Expectativas de crescimento por meio de empreendedorismo inovador Poblete, Carlos 2018 Estudo empírico
empresa estratégia de risco, tomada de decisão, crescimento

Inovação em nível firme Política de inovaçãoInovação Função de


Medindo o impacto do capital humano inovador na propensão das pequenas empresas para inovar Helen McGuirk , Helena Lenihan, Mark Hart 2018 Estudo empírico
produção inovadora de Inovação de Capital Humano

Compras Públicas e Pequenas Empresas: Afastado ou Engajado? Woldesenbet, Kassa ; Worthington, Ian 2018 SMEs, Incrustações Mistas, Compras Públicas, Escolha Estratégica Estudo empírico

Financiamento coletivo de empréstimos on-line de pequenas empresas: quem é financiado e o que determina a taxa Kgoroeadira, Reabetswe ; Burke, Andrew ; Stel, Financiamento coletivo; Empréstimos pares para pares; Finanças de
2019 Estudo empírico
de juros? André pequenas empresas
Fonte: Elaborado pela autora (2019)

O primeiro artigo intitulado “Economia schumpeteriana: algumas


observações sobre a relevância de suas contribuições teóricas para a gestão
da pesquisa e desenvolvimento industrial” de Oakey (2015) teve como propósito
demonstrar a relevância das teorias de Schumpeter para a gestão da pesquisa e
desenvolvimento (P&D) em grandes e pequenas empresas. Por meio de um estudo
teórico baseado em Schumpeter e outros autores, Oakey concluiu que a própria
abordagem teórica de Shumpeter foi alterada ao longo do tempo para favorecer a
grande empresa de P&D. No entanto, o pesquisador reafirma que rejeitar a ideia do
equilíbrio sendo o estágio perfeito para qualquer sistema econômico foi a
contribuição mais importante de Schumpeter, uma vez que o conceito de mudança
constante parece ser mais apropriado para a atual realidade econômica do sistema
capitalista altamente competitivo. Além disso, é bastante atual a defesa de
Shumpeter em relação ao empreendedorismo como sendo um catalisador chave
para avançar as agendas tecnológicas das indústrias existentes em geral, e criar
novas indústrias por meio de novas atividades de P&D em particular. Por fim, o autor
destaca a importância da ênfase dada por Schumpeter sobre a importância da
mudança tecnológica para o desenvolvimento das economias regionais, nacionais e
mundiais.
O “Crescimento de pequenas empresas em função da orientação de
aprendizagem e orientação empreendedora”, foi o tema do segundo artigo de
Wolff; Pett; Ring (2015) desenvolvido a partir de uma pesquisa com 105
CEOs/presidentes de pequenas e médias empresas (PMES) com o intuito de
investigar a relação entre orientação de aprendizagem (LO), orientação
empreendedora (EO) e crescimento firme nestas empresas. Os resultados
demonstraram que valores culturais firmes incorporados em LO e traduzidos em
comportamentos de ação por uma EO estão positivamente relacionados ao
crescimento e adaptação das PMEs estudadas. Outro achado significativo da
pesquisa também sustentou a noção de que o aprendizado é um elemento
importante no reconhecimento de oportunidades e que as PMEs abertas ao
aprendizado e guiadas por OE podem crescer por meio da identificação e
exploração destas oportunidades.
O artigo 3 de Parida; Örtqvist (2015) abordou os “Efeitos Interativos da
capacidade de rede, capacidade de TIC e folga financeira no desempenho de
inovação de pequenas empresas baseadas em tecnologia” Parida; Örtqvist.
Neste estudo, motivados pela expectativa de ampliar a visão atual baseada em
recursos e as literaturas de gestão de inovação de pequenas empresas, os autores
buscaram examinar a influência da capacidade de rede, a capacidade de tecnologia
da informação e comunicações e a folga financeira sobre o desempenho da
inovação das pequenas empresas Suecas baseadas em tecnologia. Os resultados
da pesquisa com 104 empresas mostraram que a folga financeira combinada com
altos níveis de capacidade de rede e recursos de TIC torna mais alto o nível de
desempenho de inovação, o que pode garantir a competitividade futura das
pequenas empresas.
Intitulado “Por que as empresas de tecnologia publicam artigos
científicos? O uso estratégico da ciência por pequenas e médias empresas em
nanotecnologia” de Li; Youtie; Shapira (2015) o quarto artigo teve como objetivo
investigar a publicação científica de pequenas enpresas envolvidas em
nanotecnologia e os fatores subjacentes a essa fenômeno. Considerando uma
amostra de 85 pequenas e médias empresas americanas com um mínimo de quatro
patentes ou publicações de nanotecnologia, os autores buscaran testar três
hipóteses sobre estas publicações corporativas: ganhos de reputação, capacidade
de absorção e repercussões estratégicas. As análises dos dados levaram os
pesquisadores a descobrirem que a probabilidade de publicação e o número de
publicações de PME de nanotecnologia estavam fortemente associadas ao maior
uso de ciência pública. Além disso, constataram uma relação entre publicação e
menos fatores de tecnologia, indicando que se as PME estão trabalhando em uma
área que envolve menos fatores de tecnologia sendo menos complexa, então elas
estariam mais dispostas a publicar. Do contrário “se a tecnologia é mais radical,
envolvendo mais fatores tecnológicos, as PME parecem menos dispostas a abrir
essas descobertas. Os autores não conseguiram estabelecer uma relação entre
publicações e publicações externas, fato que surpreendeu os mesmos uma vez que
a vasta literatura existente na área afirma que as relações externas com as
universidades geram impactos positivos na reputação das empresas. Os
pesquisadores consideram que este achado pode estar relacionado com o fato do
co-patenteamento não cobrir a grande variedade de atividades subjacentes entre
universidades e PME, ou ser devido a falta de nocão destas empresas sobre a
possibilidade de obter reputação por meio da co-publicação com outra organização.
Por fim, os autores concluíram que “a capacidade das PME de usar rotas abertas de
pesquisa científica a exploração pode, eventualmente, ser recompensada em termos
de pedidos de patente”, pois estes geram gastos maiores às empresas. (YOUTIE;
SHAPIRA, 2015. p. 28).
A “Pequena empresa internacionalização, inovação e crescimento”
foi o tema do quinto artigo de Boermans; Hein (2016) que teve a intenção de
estudar os efeitos diretos e indiretos da internacionalização na inovação e no
desempenho firme (crescimento do emprego e crescimento das vendas) de 150
pequenas empresas holandesas que participaram de um programa de promoção de
exportação. Os resultados mostraram que a internacionalização tem um impacto
positivo na inovação, uma vez que aumenta o desempenho firme direta e
indiretamente.
O artigo 6 “Uma meta-análise de diferentes práticas de retome de RH
e desempenho de pequenas e médias empresas” de Rauch; Hatak (2016)
apresentou um estudo para testar a hipótese de que as pequenas e médias
empresas precisam implementar práticas de RH que se concentrem no
aprimoramento de habilidades, motivação e empoderamento para alcançarem
melhor desempenho. Os resultados da meta-análise efetuada com 56 estudos
publicados em bancos de dados científicos focados em pequenas e médias
empresas indicaram que as práticas de aprimoramento do RH estão correlacionadas
com o desempenho firme. Além disso, o aumento das práticas de Rh foi mais
relevante para as empresas jovens e as médias empresas que operam em indústrias
de alta tecnologia e em contextos de países caracterizados por rígidas
regulamentações trabalhistas. Os resultados indicaram que as práticas de
aprimoramento de RH estão associadas positivamente com desempenho de PMEs.
Além disso, no contexto das PMEs, as práticas de RH que melhoram o
empoderamento são mais importantes do que práticas de RH que melhoram a
motivação. Isso é particularmente favorável às PMEs, pois o aumento da autonomia
dos funcionários, o envolvimento e níveis de responsabilidade são menos onerosos
e mais significativos do que direcionar o comportamento deles por meio de
incentivos e recompensas.
Baseados na literatura sobre responsabilidade social corporativa (RSE) os
autores Panwar; Nybakk; Hansen; Pinkse (2016) do artigo 7 “O efeito das
estratégias competitivas das pequenas empresas em seu engajamento
comunitário e ambiental” buscaram entender os aspectos desta relação nas
estratégias das pequenas empresas. Para eles a RSE pode ajudar as empresas a
obter uma vantagem competitiva, permitindo que elas se diferenciem de sua
concorrência e reduzam custos. Por isso, usaram dados coletados a partir de
questionários com CEOs / proprietários de 478 pequenas empresas de manufatura
dos EUA. Os resultados indicaram que o vínculo entre estratégia competitiva e RSE
em um contexto de pequena empresa permanece muito limitado, sendo
caracterizado principalmente por decisões adhoc, pouco vinculadas às estratégias
competitivas da organização.
No oitavo artigo “A competitividade da pequena empresa de rede:
uma ferramenta prática”, os autores Díaz; Sainz; Torrent (2016) apresentam um
modelo e uma ferramenta prática para medir e gerenciar a competitividade de
pequenas empresas de rede. O modelo por eles apresentado é composto por três
círculos concêntricos, sendo que o primeiro representa os resultados de uma
pequena empresa de rede, o segundo os quatro elementos do valor firme e o
terceiro o conjunto de atividades ambientais que afetam os elementos de valor. Este
modelo se traduz em um questionário, que deve ser preenchido pelos
empreendedores ou gerentes com uma visão geral das atividades de suas pequenas
empresas, contendo vinte e cinco indicadores (cinco para cada valor: recursos
humanos e organização do trabalho, operações e marketing, infraestrutura,
inovação) e cinco para a competitividade da empresa. Uma escala Likert de 10
pontos classifica cada um desses indicadores percebidos, gerando uma pontuação
total para a competitividade da empresa em rede que pode variar de 25 pontos
(posição ruim) a 250 pontos (posição muito boa). A partir deste modelo e ferramenta
prática, os autores concluem que é possível gerenciar a competitividade da empresa
de rede, sendo estas informações especialmente úteis para pequenas empresas
uma vez que estas não possuem ferramentas práticas para gerenciar uma melhor
competitividade em ambientes de conhecimento globais.
O artigo 9 “Além da Dicotomia Formal-Informal da Criação de
Estratégias de Pequenas Empresas em Ambientes Estáveis e Dinâmicos”, de
Verreynne; Meyer; Liesch (2016) compreendeu um estudo empírico com 320
pequenas empresas, no qual os autores foram além da dicotomia formal-informal
convencional para mostrar como três abordagens informais: participação interna,
participação externa e estratégia centralizada ajudam tanto empresas
empreendedoras quanto conservadoras a navegar em ambientes estáveis ou
dinâmicos. As análises confirmaram que participação durante a formulação de
estratégia se relaciona positivamente com o desempenho e que em ambientes
dinâmicos, o melhor desempenho em empresas empreendedoras está associado às
três abordagens. Ficou evidenciado que a centralização só importa para empresas
conservadoras em ambientes estáveis.
O “Apoio à inovação e desempenho de pequenas empresas na Índia:
Uma perspectiva de capital social”, foi o tema do artigo 10 dos autores Dato‐On;
Banerje; Roy (2017) que utilizaram uma amostra de 100 pequenas empresas
engajadas em alianças estratégicas e sociais em Bengala Ocidental, Índia, para
verificar o papel do apoio à inovação derivado da rede na tradução de efeitos das
dimensões do capital social no desempenho firme. As análises dos dados
demonstraram que para as empresas incorporadas em alianças estratégicas, os
resultados foram mais acentuados, comprovando as vantagens do capital social
para as pequenas empresas como fator de superação das restrições na geração e
desenvolvimento Inovação.
Motivado pelo entendimento de que as pequenas empresas de alta
tecnologia (HTSFs) podem não preferir colaboração entre empresas para atividades
de inovação, Ryoo (2017) autor do artigo 11 intitulado “Escolha entre
desenvolvimento interno e externo para projetos de inovação: antecedentes e
consequências”, examinou as consequências da inovação colaborativa em uma
amostra de 178 pequenas empresas coreanas em desenvolvimento de software. Os
resultados indicaram que alguns aspectos das incertezas percebidas impediam a
inovação colaborativa e que a Orientação Empreendedora (EO) moderava esse
efeito, melhorando os resultados da inovação colaborativa.
Intitulado “O caso de negócios importa? O efeito de um caso de
negócios percebido no engajamento social das pequenas empresas”, o artigo
12 de Panwar; Nybakk; Hansen; Pinkse (2017), a exemplo do artigo 10, também
discute a adequação da responsabilidade social corporativa (RSE) para os negócios,
especialmente para as pequenas empresas, pois esta área ainda é subestudada. O
principal objetivo dos autores foi examinar se e quanto as percepções dos
proprietários de pequenas empresas sobre a RSE afeta o engajamento social da
empresa. A partir de uma pesquisa envolvendo 478 pequenas empresas americanas
eles descobriram que as percepções dos entrevistados sobre os potenciais
benefícios intangíveis estão relacionadas ao engajamento social da empresa, mas
que as percepções sobre os benefícios tangíveis não estão. Outro fator evidenciado
foi a relação positiva entre o desempenho financeiro da empresa com o seu
engajamento social. No entanto, este fator não apresenta interação entre potenciais
benefícios e desempenho financeiro. Os autores concluem que o engajamento social
das empresas é uma resposta a fatores institucionais.
O décimo terceiro artigo analisado “Desempenho de pequenas
empresas: uma análise empírica na indústria de construção habitacional da
Malásia” de Mahmood; Mohd Zahari; Yaacob; Mat Zin (2017) envolveu uma
pesquisa com 225 pequenas empresas do setor da construção civil da Malásia e
teve o propósito de avaliar a importância da inovação para este segmento de
empresas, uma vez que, nos argumentos dos autores, a indústria da construção
contribui significativamente para o desenvolvimento socioeconômico e a qualidade
da vida deste país. O estudo considerou também a influência de diversos fatores
relacionados ao capital empreendedor no processo de inovação testando cinco
hipóteses: H1. Os valores dos empreendedores do proprietário/gestor têm uma
influência significativa positiva no desempenho das pequenas construtoras. H2. A
estratégia de negócios tem uma influência positiva significativa no desempenho das
pequenas construtoras. H3. A experiência empresarial de desenvolvedores antes de
iniciar seus próprios negócios tem uma influência positiva significativa no
desempenho de pequenas construtoras. H4. O treinamento realizado pelo
desenvolvedor tem uma relação significativa e positiva com o desempenho das
pequenas construtoras. H5. Há um impacto positivo da inovação por parte da
construtora em pequenas construtoras. Os resultados confirmaram todas as
hipóteses, indicando que os fatores de capital empreendedor, como valores
empreendedores, estratégia de negócios, experiência empresarial, treinamentos e
inovações estão significativamente relacionados ao desempenho das pequenas
empresas no setor de construção civil.
Com o tema “Construir o desempenho das pequenas empresas
através do desenvolvimento de capital intelectual: Explorar a inovação como a
"caixa preta" o artigo 14 de Mcdowell; Peake; Codificador; Harris (2018) investigou
a relação entre capital intelectual na facilitação da inovação e desempenho em
empresas de pequeno e médio porte, por meio de uma pesquisa com 460
proprietários de pequenas empresas. Os resultados obtidos indicaram uma relação
positiva entre dois componentes de capital intelectual, capital humano e capital
organizacional e desempenho organizacional. Também ficou evidente no estudo que
a inovação media parcialmente a relação entre capital intelectual e desempenho
organizacional.
No décimo quinto artigo intitulado “Orientação de Aprendizagem e
Satisfação de Desempenho como Preditores de Inovação de Pequenas
Empresas: O Papel Moderador do Gênero”, os autores Mahto; McDowell; Kudlats;
Dunne (2018) justificam o valor da pesquisa baseados na constatação de que
estudos sobre inovação no contexto de pequenas empresas empreendedoras, que
operam em setores tradicionais e menos intensivos em conhecimento da economia
são minoria e os que existem estão limitados a empresas que operam em indústrias
de conhecimento intensivo em tecnologia. Além disso, entendem que o gestor da
empresa tem uma influência significativa no comportamento dela, principalmente em
pequenas empresas, nas quais são, na maioria das vezes também os donos. O
particular interesse destes autores também implicou na avaliação do impacto do
gênero de um proprietário da empresa na inovação da empresa, em função do
aumento significativo de empresas gerenciadas por mulheres. O estudo empírico
com uma amostra de 66 pequenas empresas localizadas nos Estados Unidos da
América, explorou hipóteses relacionadas com orientação de aprendizagem,
satisfação de um proprietário de uma pequena empresa com o desempenho firme e
a influência de gênero do proprietário da empresa na inovação de pequenas
empresas. Os resultados do estudo sugerem que a orientação de aprendizagem
(LO) tem uma influência positiva na inovação em pequenas empresas e que a
relação entre LO e inovação era mais forte quando um dono firme era uma mulher.
Os dados não sustentaram a relação proposta entre a satisfação de desempenho e
a inovação de um proprietário da empresa. Os autores concluíram que a LO é
importante para pequenas empresas que buscam obter vantagem competitiva por
meio da inovação.
A internacionalização como vetor para a inovação foi explorada no artigo
16 “A mentalidade global: uma obrigação para a inovação internacional e o
empreendedorismo” de Kyvik (2018). A partir de uma revisão sistemática de 10
anos de pesquisa sobre a Mentalidade Global (GM) e o comportamento de
internacionalização de pequenas empresas, este estudo confirmou a importância
teórica da mentalidade global para a internacionalização das pequenas empresas.
No entanto, baseado nas evidências obtidas, o autor observou que o impacto do
estudo foi limitado na preparação dos alunos para seu papel como futuros CEOs e
gestores. Por conta disso, recomendou na conclusão que a GM faça parte da
educação interdisciplinar de lideranças, em função da sua importância na construção
de pontes entre inovação, empreendedorismo e internacionalização.
As “Expectativas de crescimento por meio de empreendedorismo
inovador” foi tema do artigo 17 de Poblete (2018), cujo objetivo foi desenvolver um
modelo no qual valores subjetivos da inovação mediam a relação entre inovação,
orientação estratégica e expectativas de crescimento. Além disso, este estudo testou
empiricamente e validou o modelo por meio da análise estatística em uma amostra
de 11.579 empreendedores de 24 países que participaram da pesquisa de inovação
em 2011 no âmbito do projeto Global Entrepreneurship Monitor (Monitor Global de
Empreendedorismo), sendo eles: África do Sul, Hungria, Romênia, Reino Unido,
Suécia, Polônia, Peru, México, Argentina, Chile, Malásia, Tailândia, Coréia, China,
Paquistão, Irã, Argélia, Croácia, Eslovênia, Bósnia e Herzegovina, Eslováquia,
Venezuela, Uruguai, Trinidad e Tobago, Jamaica, Bangladesh e Taiwan. Os
resultados obtidos sugerem que os empreendedores envolvidos no
empreendedorismo inovador são mais propensos a ter maiores expectativas de
crescimento e que a duração da experiência empreendedora modera a relação entre
orientação estratégica e confiança em inovação. Outro achado importante sugere
que estratégias voltadas para o cultivo da inovação alimentam os valores subjetivos
de inovação dos empreendedores, assim como as expectativas de crescimento. Os
resultados sugerem ainda que as expectativas dos empreendedores são
impulsionadas principalmente por suas percepções internas da realidade.
O décimo oitavo artigo analisado “Medindo o impacto do capital
humano inovador na propensão das pequenas empresas para inovar” de
McGuirk; Lenihan; Hart (2018) teve por objetivo avaliar o efeito do Capital Humano
Inovador (IHC) na inovação de pequenas empresas. Por meio de uma pesquisa
empírica, os autores compararam um conjunto de dados de 1.129 observações
utilizáveis, obtidas a partir de entrevistas realizadas por telefone em 2009 com
gerentes/supervisores de pequenas empresas (menos de 50 funcionários) e
empresas de maior porte (maiores que 50) do setor privado da Irlanda. A pesquisa
revelou que existe uma variação entre o tamanho da empresa e a determinação
para inovar. Da mesma forma, os resultados evidenciaram que o IHC pode ser mais
valioso para pequenas empresas confirmando uma das questões da pesquisa. Em
relação as empresas de maior porte os resultados mostraram que como elas
empregam gerentes que participam de treinamentos e, por esta razão tornam-se
mais propensos a inovar, acabam alcançando melhorias significativas na maneira
como o trabalho é realizado. Importante destacar que os autores desta pesquisa
introduziram um novo conceito de IHC que engloba quatro elementos: educação,
treinamento, vontade de mudar no local de trabalho e satisfação no trabalho, como
forma de superar as limitações das medições tradicionais de capital humano.
O penúltimo artigo dentre os 20 analisados traz como título “Compras
Públicas e Pequenas Empresas: afastado ou engajado?” de Woldesenbet;
Worthington (2018) estudou a questão contemporânea das minorias analisando
como os proprietários de pequenos negócios "sub-representados", ou seja,
empresas dirigidas por mulheres, minorias étnicas e sociais, percebem e tomam
suas decisões sobre participar ou não do mercado do setor público. Para atingir este
objetivo, os autores selecionaram intencionalmente 20 empresas que participavam
de uma iniciativa promovida pela Leicester, Reino Unido (entre 2010 e 2013), que
visava incentivar as PEs locais, especialmente sub-representadas a participar de
licitações do setor público. O programa oferecia às pequenas empresas suporte
comercial temático e personalizado, ao mesmo tempo que enfatizava a necessidade
de mudança da cultura de compra do setor público, passando pela simplificação dos
processos de licitação. Os participantes responderam questões sobre os mercados
que atendiam, suas motivações para entrar nos mercados, seus objetivos comerciais
e pessoais, seus recursos e capacidades organizacionais, fornecimento e
relacionamento com grandes organizações tanto públicas quanto privadas e
interesse e experiência no fornecimento para organizações do setor público. Os
resultados das análises demonstraram que, na visão dos sub-representados o
mercado público é altamente institucionalizado, sendo para a maioria inacessível,
com poucas possibilidades de engajamento.
Por fim, o artigo 20 “Financiamento coletivo de empréstimos on-line
de pequenas empresas: quem é financiado e o que determina a taxa de
juros?”, dos autores Kgoroeadira; Burke; Stel (2019) avaliou como a forma de
financiamento público-on-line apresenta um novo tipo e fonte de financiamento para
pequenas empresas. Para isso, os autores examinaram um site americano de
financiamento coletivo e de empréstimos, reunindo e analisando um conjunto de
dados de 14.537 pedidos de empréstimos sem garantias solicitados por pequenas
empresas. Os resultados do estudo mostraram que as análises para concessão do
financiamento consideraram as características pessoais do solicitante, ignorando
aspectos do negócio. Este fator também determinou o valor da taxa de juros que
seria paga pelo financiamento, concluindo que a imagem positiva da pessoa, sua
pontuação de crédito e o fato de estar empregada nortearam a análise de riscos,
sendo muito diferente das normas de outros mercados financeiros.

4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A análise dos artigos evidencia a preocupação dos seus autores em


abordar questões fundamentais para o crescimento firme de pequenas empresas
por meio da inovação. A preocupação geral está voltada ao estudo de diferentes
alternativas que podem significativamente promover o alcance e sustentação da
vantagem competitiva pelos pequenos negócios. Neste sentido, as justificativas da
maior parte das pesquisas realizadas repousaram sobre questões como: a
importânica da inovação para a saúde das empresas e por consequencia para a
saúde econômica dos países; o cenário extremamente complexo da economia
mundial tomado pelo ritmo acelerado das mudanças tecnológicas e a intensificação
da turbulência ambiental; a economia global que força as nações a pensarem
estrategicamente sobre os desafios da internacionalização de suas operações; a
relevância das pequenas empresas na composição do Produto Interno Bruto (PIB)
do países, na geração de emprego e renda, no crescimento e desenvolvimento de
regiões, na capacidade de produção de conhecimento e inovação.
Como a inovação passou a ser a ferramenta competitiva mais em
evidência para a garantia da sobrevivência dos negócios em um ambiente tão
turbulento, e sendo as PEs tão importantes para a economia dos países, tornou-se
imperioso entender os fatores que influenciam a inovação em pequenas empresas,
uma vez que grande parte delas está perecendo em um ritmo mais acelerado.
Em função dos fatores expostos e também considerando a multi e
interdisciplinaridade que envolve o tema inovação, os artigos dissertaram sobre
vários aspectos e contribuíram significativamente para o avanço da temática, bem
como, colocaram luz sobre questões que ainda precisam avançar em termos de
discussões, propostas, e políticas dentro das empresas, nas instituições de ensino e
nas organizações públicas.
Cinco artigo dissertaram sobre a relação entre capital humano e
orientação para aprendizagem na promoção da inovação reafirmando as orientações
da OECD ( 2010) quanto a necessidade de desenvolver entre os empreendedores e
gestores de pequenos negócios um conjunto de habilidades, tanto acadêmicas
quanto técnicas, necessárias para a inovação. Os autores dos artigos sugerem que
além da educação formal é possível aos gestores das PEs obterem ou ampliarem
seus conhecimentos por meio do aprendizado coletivo via equipes de trabalho,
redes empresariais, capacitações, treinamentos. Isso vai ao encontro do
pensamento Mcdowell; Peake; Codificador; Harris (2018) quando afirmam que “as
capacidades de inovação resultam de ações de conhecimento, compartilhamento e
sistematização dentro da empresa”. Capital humano empoderado por um conjunto
de habilidades que façam a empresa alcançar melhor desempenho competitivo
certamente é o desejo de qualquer CEO/Proprietário de uma organização. No
entanto, a adoção de melhores práticas de recursos Humanos (RH) pode
representar custos adicionais difíceis de serem suportados pelas empresas menores
em função das restrições de recursos e capacidades que elas possuem. Algumas
alternativas foram propostas pelos estudos para que as PEs possam desenvolver o
seu capital humano e uma orientação para a aprendizagem, dentre elas está a
adequação dos currículos universitários de modo a preparem melhor os alunos para
o papel de futuros CEOs e gestores.
O capital social também foi abordado com ênfase expressiva nos artigos
analisados pelo fato da literatura apontá-lo como um determinante essencial do
desempenho das PEs. Muitas vezes as pequenas empresas não encontram
internamente os recursos de que precisam para implentar os processos de inovação,
sendo assim uma alternativa viável para a solução destes problemas está nas
relações que elas podem estabelecer externamente com outras organizações ou
grupos por meio de atividades sociais. O cpital social proporciona avanços
significativos e vantagem competitiva obtidos por meio das trocas de conhecimento
tácito e explícito através de redes dentro de organizações, sendo especialmente
indicado para as empresa de pequeno porte. (MCDOWELL; PEAKE;
CODIFICADOR; HARRIS, 2018). Além disso, Dato‐On; Banerjee; Roy (2017)
enfatizam que pequenas empresas podem complementar a sua limitação interna de
P & D com o conhecimento gerado pelos atores externos e obter acesso à recusos
externos que eles são incapazes de gerar internamente. Para complementar
Verreynne; Meyer; Liesch (2016) igualmente defendem a participação de “pessoas
de fora” durante a elaboração da estratégias em pequenas empresas, compensando
desta forma a ausência de departamentos de planejamento, suplementando
habilidades - falhas e fornecendo informações que não estavam disponíveis de outra
forma.
A relação com outras empresas também é um caminho para a
sobrevivênica das PEs na economia Global. Sendo assim, dois artigos trataram da
questão da internacionalização que atualmente não se limita mais as importações ou
exportações, abarcando outras atividades como acordos de licenciamento e
subcontratação, intercâmbios de tecnologia, investimentos estrangeiros diretos e
joint ventures (ACCA, 2010). A internacionalização acaba por obrigar as empresas a
se adequarem aos padrões internacionais de qualidade, Responsabilidade Social
corporativa, revisão de seus processos, produtos e serviços. Elas precisam ser mais
competitivas e por consequencia necessitam inovar. Sendo assim, a Mentalidade
Global (MG) do seus gestores foi apontada como imprescíndivel para que a PE
tenha consições de alçar vôos fora do território nacional.
Dois estudos estiveram voltados às questões das PEs constituídas por
grupos minoritários, um que discutia a questão do gênero na cacidade de inovação e
desempenho da empresa e outro sobre a participação de empresas lideradas ou
formadas por minorias em licitações públicas. As características do
emprendedorismo feminino estão mais em evidencia e a capacidade e os desafios
para a inovação por parte de pequenas empresas cujas gestores são mulheres não
passou despercebida. Com relação as licitações públicas, a constatação destes
autores é a de que fornecer para o mercado governamental ou para empresas
maiores que atendam estas instituições configura-se como uma possibilidade de
desenvolimento das PEs. No entanto, participar de processo licitatórios é mais difícil
para as empresas jovens e pequenas, sendo os principais obstáculos: acesso
inadequado às informações, documentação pesada exigida, o tempo e os custos
envolvidos na preparação de ofertas e especificações de padrões. E a evidência
mais problemática é a constatação de que quando as empresas são geridas por
grupos de minorias as dificuldades se apresentam maiores.
A capacidade financeira das PEs as impede de investirem mais em P&D,
desenvolvimento de novos produtos e patenteamento destes, por isso em grande
parcela acabam por estagnar seu crescimento. Como os investidores privados
possuem aversão ao risco, os legisladores de políticas públicas precisam elaborar
programas que flexibilizem o acesso ao financiamento para pequenas empresas. No
caso das patentes, elas são particularmente importantes para as pequenas
empresas, uma vez que estas “não têm outros meios de proteger suas invenções,
ao contrário de grandes empresas...que têm instalações de fabricação, redes de
distribuição, uma marca,...que lhes dão alguma proteção de fato” (OECD, 2010,
p.147).

CONCLUSÃO

As pequenas empresas já são foco de inúmeras pesquisas que abordam


diferentes aspectos que podem torná-las mais competitivas, aumentando a
sobrevivência delas num ambiente de negócios global, em constante mudanças.
Especificamente sobre inovação, percebeu-se que por se tratar de uma área multi e
interdisciplinar, a variedade de temas de interesse dos estudos também é bastante
extensa. Dentre os 20 artigos analisados, publicados no Portal de Periódicos da
CAPES entre 2015 e 2019, que envolveram a relação entre Inovação e Pequenas
Empresas, seus atores se dedicaram a compreender como o Capital Humano, o
Capital Social, A internacionalização, O empreendedorismo Inovador, a própria
Inovação, o fornecimento para Empresas Públicas, novas formas de financiamento,
condições de patenteamento e maiores investimentos em P&D, contribuem de
alguma maneira para o melhor desempenho destas organizações.
Nas conclusões dos estudos, os autores são unânimes em reafirmar a
importância das pequenas empresas para a economia global e ressaltam a
necessidade de os governos pensarem políticas públicas voltadas às características
e necessidades específicas da PEs para que a promoção das condições de
inovação seja efetivamente uma realidade. Também concordam que o
conhecimento, as trocas de experiências, a capacitação e o assessoramento são
indispensáveis aos gestores e que esta promoção pode se dar por meio de parcerias
entre a iniciativa pública e as instituições de ensino superior (IES). Apelam ainda
para que as próprias IES quando da formação dos seus acadêmicos desenvolvam
neles uma capacidade empreendedora, inovadora e uma mentalidade global
capazes de serem eles os agentes comprometidos com a transformação da
realidade dos pequenos negócios pelos quais responderão quando estiverem
atuando no mercado de trabalho. Esta preocupação reforça a afirmação de Tidd;
Bessant; Pavitt (2008, p. 486) de que “A inovação tem a ver, essencialmente, com
aprendizagem e mudança”.
É vasta a pesquisa sobre a relação entre pequenas empresas e inovação
e esta é justamente a principal limitação deste estudo, uma vez que explorou uma
amostra pequenas de artigos e limitou-se a um único portal de acervo de periódicos.
Da mesma forma, outras palavras de busca poderiam ter sido utilizadas assim como
o método de análise.
Para pesquisas futuras sugere-se a ampliação da amostra e do período
de publicação, assim como um método que envolve a meta-análise das publicações
encontradas.
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