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Universidade Presbiteriana Mackenzie

Centro de Ciências Sociais e Aplicadas


Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas

Regulamentações Governamentais e empreendedorismo: benefícios e


riscos na criação e desenvolvimento de negócios

Projeto de Pesquisa apresentado ao


Programa de Pós-Graduação em
Administração de Empresas da
Universidade Presbiteriana Mackenzie,
como requisito parcial para a
candidatura ao Programa de Estágio de
Pós-Doutorado.

Prof. Dr. Adriano de Carvalho Paranaiba

Supervisora: Profa. Dra. Dimaria Silva e Meirelles

São Paulo
2023
Introdução

Conforme Atlas do Pequeno Empreendedor publicado pelo SEBREA em 2022, um em


cada cinco brasileiros ocupados é empreendedor. Pequenos Negócios geram renda de R$
420 bilhões ao ano sendo que 50% dos Microempreendedores Individuais (MEIs) atuam
em Serviços e das empresas enquadradas como Micro e Pequenas Empresas (MPEs) o
setor de serviços representa 41% (SEBRAE, 2022).

Contudo, mesmo com relevante participação na economia brasileira, estudo desenvolvido


pela Heritage Foundation, o Índice de Liberdade Econômica Mundial1, publicado em
2023, aponta que o Brasil está na 127ª posição comparado com 184 países, com
‘eficiência regulatória’ como um importante indicador. Mesmo que este ranking
demonstre um cenário negativo para o Brasil, é importante destacar que o mesmo índice,
em 2022, o Brasil ocupava a 133 posição. Corroborando com este estudo, outro índice de
liberdade econômica desenvolvido pelo Fraser Institute2 demonstra que, dentre 165 países
avaliados, o Brasil subiu 6 posições em 2023 frente 2022, alcançando a 90ª posição do
ranking.

Observando o recorte histórico recente, o Brasil tomou importantes iniciativas para


regulamentar o artigo 170 da Constituição Federal que trata do exercício da atividade
econômica. Em 2019, foi publicada a Lei No 13.874, conhecida como "Lei de Liberdade
Econômica", que, entre outras coisas, estabelece regras para incentivar o exercício de
atividades econômicas, bem como o papel do Estado como agente normativo e regulador.
No entanto, é importante identificar a existência de causalidade, especialmente para os
pequenos empresários e empreendedores que enfrentam inúmeros obstáculos à abertura
dos seus negócios.

Neste sentido, este projeto de pós-doutorado tem como objetivo investigar a relação entre
a regulamentação governamental e o empreendedorismo, com foco na compreensão do
impacto desta abordagem de política pública no fomento do empresariado e do
crescimento econômico. A pesquisa propõe analisar como as regulamentações
governamentais podem influenciar na criação e no desenvolvimento de novas empresas,

1
KIM, A. B.; TYRRELL, P. T.; ROBERTS, J. M. 2023 Index of economic freedom. The Heritage Foundation,
2023. Washington. EUA. 436p.
2
GWARTNEY, James; LAWSON, Robert; HALL, Joshua. Economic Freedom of the World. Fraser Institute.
2023. Vancouver. Canadá. 282p.
e identificar estratégias que possam maximizar os benefícios, ao mesmo tempo que mitiga
os riscos potenciais.

Objetivos da pesquisa

O objetivo geral desta pesquisa é avaliar o impacto da regulamentação em ecossistemas


empreendedores no Brasil. Os objetivos específicos são: (1) Analisar como a
regulamentação afeta a motivação e a disposição dos empresários para iniciar e crescer
seus negócios, bem como a capacidade das empresas para inovar e competir em um
ambiente regulamentado; (2) Examinar os mecanismos e estratégias que os governos, os
reguladores e os empresários podem utilizar para otimizar os benefícios da
regulamentação, garantindo simultaneamente a proteção dos interesses públicos, da
segurança dos consumidores e do ambiente; (3) Analisar casos de sucesso de
desregulamentação em diferentes países e contextos, e identificar as lições aprendidas e
as melhores práticas que podem ser aplicadas em outras regiões; (4) Propor
recomendações para políticas e estratégias públicas para promover um ambiente mais
favorável ao empreendedorismo através da boa regulação, destacando oportunidades para
simplificar processos, reduzir barreiras burocráticas e estimular a inovação.

Fundamentação Teórica

Conforme Davidsson (2016) empreendedorismo pode ser visto como as ações


competitivas que estimulam o processo de mercado e que também pode ser descrito como
o início de novas atividades econômicas que provocam mudanças no mercado. A
compreensão de empreendedorismo surge com a publicação de Essai sur la Nature du
Commerce en Général, em 1756 por Richard Cantillon, e um fecundo desdobramento de
estudos fecundos sobre a temática vem sendo observada.

Autores como Schumpeter (1985) aponta o empreendedor como o agente econômico


capaz de inovar criando mudanças setoriais, dedicando tempo e esforço necessário
(Hisrisch, Peters, & Shepherd, 2008). Para tanto, uma diversidade de riscos é assumida
para o esforço e vontade genuína de atuar de forma autônoma [Stephan & Uhlaner, 2010;
Lee, Peng, & Song, 2013; Bird & Wennberg, 2014; Kirzner, 1983].

“Logo após começar o trabalho para desenvolver o empreendimento


numa direção convergente inicialmente planejada, o processo prolifera
em um ciclo divergente de exploração de novas direções, mudança de
objetivos, aprendizagem por descoberta, liderança pluralista e
construção de novos relacionamentos. Problemas, erros e restrições de
recursos ocorrem frequentemente à medida que estes caminhos
divergentes são seguidos. Eles conduzem os inovadores a um ciclo
convergente de exploração de uma determinada direção, aprendizagem
através de testes, execução de relacionamentos com liderança unitária
e consenso de metas. Este ciclo de comportamento convergente pode
divergir novamente com a exploração adicional de uma direção
escolhida e se recursos adicionais permitirem. Esta jornada de inovação
termina num padrão convergente de implementação da inovação, ou o
comportamento divergente termina quando os recursos se esgotam ou
quando a oposição política prevalece para pôr fim ao esforço de
desenvolvimento.” (Van de Ven, 2017, p.40)

O exemplo de Van de Ven (2017) para o empreendedor de inovação pode ser desdobrado
para todos os setores onde o empreendedorismo atua, criando ecossistemas de
empreendedorismo para o contexto do estudo do empreendedorismo em territórios
específicos. Uma tentativa de apresentar um modelo de ecossistema empreendedor,
considerando os elementos deste ecossistema, é proposto por Stam e Van de Ven (2021,
p.813) na figura 1, abaixo:

Figura 1: Elementos e resultados do ecossistema empreendedor

Fonte: Stam e Van de Ven (2021, p.813)

A base do modelo proposto considera o contexto cultural, o contexto social formando


redes entre atores conectados, e as instituições formais, como detentoras da criação das
regras do jogo na sociedade.

Instituições são as regras do jogo numa sociedade, ou mais


formalmente, são as restrições humanamente criadas que moldam a
interação humana. Em consequência elas estruturam os incentivos na
troca humana, seja política, social ou econômica. A mudança
institucional molda a maneira como as sociedades evoluem ao longo do
tempo e, portanto, é a chave para a compreensão da mudança histórica
(North, 1990, p.3).
“Para o empreendedorismo, a qualidade e a eficiência das instituições formais são
importantes” (Stam e Van de Ven, 2021, p.815) promovendo mudanças na forma como a
sociedade é organizada para criar espaços para novas atividades econômicas nos
mercados (Davidsson, 2016).

A regulamentação é o meio pelo qual a Administração Pública toma medidas para


assegurar a eficiência do mercado, reforçar a segurança, promover o progresso econômico
e alcançar benefícios de bem-estar social (Brasil, 2021). No entanto, se a regulamentação
for aplicada sem cuidadosa consideração e em quantidades excessivas, pode prejudicar
significativamente os mercados e a sociedade (Brasil, 2018).

“Os desvios de propósito no exercício de poderes estatais, como no caso


da regulação do mercado, resultam em grande parte da confusão ou do
conflito de interesses de numerosas ordens e vários fatores. Quando
agem com um conflito de interesses, os agentes públicos acabam
sacrificando o interesse público ou social”. (Gaban e Rodrigues, 2020,
p. 248).
Estudo publicado pelo IPEA (Brandão e Bruno-Faria, 2017) identificou que, entre outros
fatores, a regulação inadequada configura como entrave ao processo de inovação.
Corroborando com este estudo, o Governo do Reino Unido (2013), identificou
regulamentações na União Europeia que acabam por impor restrições. Stigler (1979)
aponta que é possível que regulações tenham efeitos adversos do proposto, gerando uma
diversidade de ineficiências no mercado regulado.

Neste tocante, a participação do governo, no papel de instituição formal, promotora das


regras do jogo, podem incluir elementos relacionados ao risco da atividade
empreendedora, mais especificamente em um contexto de assimetria de informação
causado por ineficiências, até então não identificadas pelos atores.

Dado que empreendedores estão desenvolvendo novas formas de produção ou oferta de


serviços de forma inovadora é possível o surgimento de obstáculos na proposição de
regulações, mesmo em ambientes governamentais que já adotem e promovam boas
práticas regulatórias. Williams (2010), bem como Morrall e Broughel (2014) descrevem
como o processo de criação de regulações enfrentam problemas antes e durante da
elaboração, assim como no próprio ciclo de revisão das normas regulatórias.
Neste sentido é importante que se identifique como esse processo regulatório é percebido
por empreendedores, e o quão significativo é para a contribuição no ecossistema
empreendedor.

Metodologia

Para alcançar os objetivos propostos, esta pesquisa inicializará com métodos de pesquisa
bibliográfica e documental. O levantamento bibliográfico permite reconhecer como são
construídas as relações entre o setor público e privado no processo regulatório.

Entrevistas com empreendedores e stakeholders poderão contribuir no entendimento da


realidade deles. Neste tocante, o método Survey será utilizado para a obtenção das
informações pertinentes acerca das opiniões características sobre o tema em tela
levantado a “um determinado grupo de pessoas indicado como representante de uma
população-alvo” (FONSECA, 2002, p. 39). O tratamento destas informações coletadas
pode ser analisado utilizando Análise Fatorial, como técnica de análise multivariada “para
identificação de fatores que podem ser usados para explicar o relacionamento entre um
conjunto de variáveis” (BEZERRA, 2012, p. 74) reduzindo em fatores capazes de
descrever o conjunto que foi observado (HAIR, et. al, 2009).

A interpretação, correlação com os resultados das pesquisas documentais e bibliográficas,


serão apresentadas nos resultados da pesquisa, em formato de artigos e/ou policy papers.

Cronograma

A pesquisa será realizada presencialmente nas instalações da Universidade Presbiteriana


Mackenzie no primeiro semestre, sendo que no segundo semestre, de 2024, existirá um
foco na produção de publicações, com atividades remotas e idas mensais para encontros
presenciais, seminários e palestras com a professora supervisora do estágio pós-
doutorado. As atividades serão dispostas no cronograma de atividades, conforme Quadro
1, abaixo,

Quadro 1 – Cronograma de atividades da pesquisa

Atividade/mês 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Levantamento informações/dados x x
Entrevistas x x

Análise de dados x x

Construção das análises x x

Apresentação do projeto na
Conferência Austrian Economics
x
Research Conference – Auburn –
Alabama - EUA

Apresentação dos resultados


preliminares na Conferência Fórum de x
Liberdade Econômica Mackenzie

Redação de relatório da pesquisa, e


preparação de artigos para submissão x x
em Periódicos

Submissão para Periódicos x

Além das atividades diretamente relacionadas com a pesquisa, serão desenvolvidas


atividades para o estágio conforme Plano de Trabalho, em anexo.

Referências
BEZERRA, F. A. Análise fatorial. In: CORRAR, L.; PAULO, E.; DIAS FILHO, J. M.;
RODRIGUES, A. Análise multivariada para os cursos de administração, ciências contábeis e
economia. São Paulo: Atlas, 2012.
Bird, M.; Wennberg, K. (2014). Regional influences on the prevalence of family versus nonfamily
start-ups. Journal of Business Venturing, 29 (3), 421–436.
BRANDÃO, Soraya Monteiro; BRUNO-FARIA, Maria de Fátima. Barreiras à inovação em
gestão em organizações públicas do governo federal brasileiro: análise da percepção de dirigentes.
IN: Inovação no setor público: teoria, tendências e casos no Brasil / organizadores: Pedro
Cavalcante... [et al.]. Brasília: Enap: Ipea, 2017.
BRASIL (2018). Diretrizes Gerais e Guia Orientativo Para Elaboração de Análise de Impacto
Regulatório – AIR. Subchefia de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais [et
al.]. Brasília: Presidência da República.
BRASIL (2021) Guia Para Elaboração de Análise de Impacto Regulatório (AIR). Secretaria de
Advocacia da Concorrência e Competitividade - SEAE [et al.]. Brasília: Presidência da República.
Cut EU red tape: report from the Business Taskforce. 2013
DAVIDSSON, Per. Researching Entrepreneurship Conceptualization and Design. International
Studies in Entrepreneurship. Volume 33. Springer International Publishing Switzerland, 2 Ed.
2016.
FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. Apostila.
GABAN, E. M.; DOMINGUES, J. O. (2020) Comentários ao Capítulo III: Das garantias de livre
iniciativa. In: CRUZ, A. S. Lei da Liberdade Econômica- Lei 1874/2019 Comentada Artigo por
Artigo. Salvador: Editora JusPodivm.
HAIR, J. F.; BLACK, W. C.; BABIN, B. J.; ANDERSON, R. E.; TATHAM, R. L. Análise
multivariada de dados. Bookman Editora, 2009.
HISRISCH, R. D.; PETERS, M. P.; SHEPHERD, D. A. Entrepreneurship (7th ed.). New York,
NY: McGraw-Hill, 2008.
Lee, S.-H.; Peng, M. W.; Song, S. (2013). Governments, entrepreneurs, and positive externalities:
A real options perspective. European Management Journal, 31 (4), 333–347.
Morrall III, J.; Broughel, J. (2014) The role of regulatory impact analysis in federal rulemaking.
Mercatus Center at George Mason University, Arlington, VA.
NORTH, Douglass. Institutions, Institutional Change and Economic Performance. Cambridge:
Cambridge University Press, 1990.
SCHUMPETER, Joseph. "O Fenômeno Fundamental do Desenvolvimento Econômico". In A
Teoria do Desenvolvimento Econômico. Rio de Janeiro: Nova Cultural, 1985.
SEBRAE. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Atlas dos Pequenos
Negócios, 1ª Edição, Brasília, DF. 2022.
Stam, Erik; VAN DE VEN, Andrew. Entrepreneurial ecosystem elements. Small business
economics, v. 56, p. 809-832, 2021.
Stephan, U.; Uhlaner, L. M. (2010). Performance-based vs socially supportive culture: A
crossnational study of descriptive norms and entrepreneurship. Journal of International Business
Studies, 41 (8), 1347–1364.
STIGLER, G. J. The theory of economic regulation. The Bell Journal of Economics and
Management Science, v.2, n.1, 1971.
Williams, R (2010) Regulation Checklist: Common Pitfalls in Regulations. Working Paper nº.10-
01. Mercatus Center at George Mason University, Arlington, VA.

Conforme Atlas do Pequeno Empreendedor publicado pelo SEBREA em 2022, um em cada cinco
brasileiros ocupados é empreendedor. Pequenos Negócios geram renda de R$ 420 bilhões ao ano
sendo que 50% dos Microempreendedores Individuais (MEIs) atuam em Serviços e das empresas
enquadradas como Micro e Pequenas Empresas (MPEs) o setor de serviços representa 41%
(SEBRAE, 2022). Observando o recorte histórico recente, o Brasil tomou importantes iniciativas
para regulamentar o artigo 170 da Constituição Federal que trata do exercício da atividade
econômica. No entanto, é importante identificar a existência de causalidade, especialmente para
os pequenos empresários e empreendedores que enfrentam inúmeros obstáculos à abertura dos
seus negócios. Neste sentido, este projeto de pós-doutorado tem como objetivo investigar a
relação entre a regulamentação governamental e o empreendedorismo, com foco na compreensão
do impacto desta abordagem de política pública no fomento do empresariado e do crescimento
econômico. A pesquisa propõe analisar como as regulamentações governamentais podem
influenciar na criação e no desenvolvimento de novas empresas, e identificar estratégias que
possam maximizar os benefícios, ao mesmo tempo que mitiga os riscos potenciais. Neste sentido
é importante que se identifique como esse processo regulatório é percebido por empreendedores,
e o quão significativo é para a contribuição no ecossistema empreendedor. O objetivo geral desta
pesquisa é avaliar o impacto da regulamentação em ecossistemas empreendedores no Brasil.
Entrevistas com empreendedores e stakeholders poderão contribuir no entendimento da realidade
deles. Neste tocante, o método Survey será utilizado para a obtenção das informações pertinentes
acerca das opiniões características sobre o tema em tela levantado. O tratamento destas
informações coletadas pode ser analisado utilizando Análise Fatorial, como técnica de análise
multivariada, construindo fatores de descrever o conjunto que foi observado.
According to the Atlas of Small Entrepreneurs published by SEBREA in 2022, one in five
Brazilians employed is an entrepreneur. Small businesses generate income of R$ 420 billion per
year, with 50% of microentrepreneurs (MEIs) operating in services and companies framed as
micro and small enterprises (SMEs) representing 41% (SEBRAE, 2022). Observing the recent
historic cut, Brazil has taken important initiatives to regulate Article 170 of the Federal
Constitution, which deals with the exercise of economic activity. However, it is important to
identify the existence of causality, especially for small business owners and entrepreneurs who
face numerous obstacles to opening their. In this sense, this post-doctoral project aims to
investigate the relationship between government regulation and entrepreneurship, with a focus on
understanding the impact of this public policy approach on the promotion of business and
economic growth. The research proposes to analyze how government regulations can influence
the creation and development of new products and identify strategies that can maximize benefits
while mitigating potential risks. In this sense, it is important to identify how this regulatory
process is perceived by entrepreneurs and how significant it is for their contribution to the
entrepreneurial ecosystem. The overall objective of this research is to assess the impact of
regulation on entrepreneurial ecosystems in Brazil. Interviews with entrepreneurs and
stakeholders can contribute to understanding their reality. In this regard, the survey method will
be used to obtain relevant information about the typical opinions on the topic raised on screen.
The treatment of this collected information can be analyzed using factorial analysis, a technique
of multivariate analysis that builds factors to describe the set that was observed.

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