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Universidade Federal de Ouro Preto

Instituto de Ciências Exatas e Aplicadas


Departamento de Engenharia de Produção

ROTEIRO – EXERCÍCIOS DE REVISÃO

Objetivo da atividade: Possibilitar o estudo e revisão dos conteúdos


estudados.

Instruções:

I. O exercício pode ser realizado nesta página em formato .docx e postado


na plataforma Moodle.

Detalhamento da atividade:

I. Leia o caso abaixo e, com suas palavras, responda à questão 01:

GESTÃO DO CONHECIMENTO NA NATURA

Criatividade, para ousar e inovar, buscando relações inovadoras com


alegria, determinação e paixão, tendo como objetivo o aperfeiçoamento
contínuo, com intuição, sensibilidade e conhecimento. Essa é uma das
estratégias atuais da natura. E o que é cultivar relações, harmonizar e interagir,
compartilhar e ousar de maneira a inovar, se deixar conhecer e buscar o
aperfeiçoamento através do conhecimento, senão a mais autêntica expressão
e prática da gestão do conhecimento, conforme descrita por Ikujiro Nonaka e
Hirotaka Takeushi em sua obra pioneira: Criação do Conhecimento na Empresa
(1997). Segundo esses autores “o conhecimento, diferentemente da
informação, refere-se a crenças e compromissos”. A Natura não somente
identificou tal perspectiva muito antes que Nonaka e Takeushi como, desde
então, segue fortalecendo no dia-a-dia, práticas e valores corporativos que
estimulam a gestão conhecimento de maneira espontânea e não dependente,
necessariamente de ferramentas e tecnologias.
Ao longo dos seus 34 anos de existência a Natura tem sido
reconhecida pelo alto grau de inovação de seus produtos e pelo pioneirismo
em iniciativas e conquistas que valorizam a prática de relacionamentos. A
Gestão do Conhecimento na Natura: o Brasil que Conhece o Brasil - Muito tem
se falado sobre a importância da gestão do conhecimento enquanto prática que
busca registrar, compartilhar e reter na empresa, os “fazeres” e os “saberes”
exclusivos e que podem conferir valor e diferencial competitivo ao negócio.
Porém, pouco se sabe acerca dos resultados concretos de projetos de Gestão
do Conhecimento realizados no Brasil e, dentre os poucos conhecidos,
percebe-se grande dificuldade em identificar ou mensurar retornos, geralmente
porque se limitaram à implantação de tecnologias que nada mais são do que a
ferramentas e que, portanto, não se constituem na gestão em si.
A literatura e os eventos sobre Gestão do Conhecimento que proliferam
no país reforçam, em grande parte, a supervalorização da importância da
adoção de tecnologias em detrimento de soluções focadas em processos e
pessoas, que seriam, em última instância, economicamente mais acessíveis à
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empresas de pequeno porte, que se constituem maioria no país. Criou-se,
assim, um falso entendimento sobre quais empresas reúnem condições para
fazer gestão do conhecimento, como se apenas as grandes corporações, que
dispõem de recursos significativos para investimentos em tecnologia,
pudessem ou devessem inovar.
Mais do que simplesmente adotar nas empresas nacionais soluções
espelhadas em experiências de países de cultura e economia diversas da
brasileira, é premente, a esta altura, uma reflexão crítica sobre o que o Brasil,
em contrapartida, pode criar e, porque não, oferecer ao mundo em termos de
metodologias de gestão do conhecimento sintonizadas a uma realidade onde
pequenas e médias empresas são maioria que dispõe de escassos recursos
para investir em tecnologia voltada à gestão do conhecimento. Sem contar,
também, a grande quantidade de micro empresas e de pequenos negócios
familiares, muitas vezes informais, que detêm significativo grau de
conhecimento transmitido entre gerações e que, até o momento, têm sido
completamente ignorados pelo business tecnológico da gestão do
conhecimento. A experiência de gestão do conhecimento na Natura, oferece
uma boa oportunidade de reflexão, ao salientar a importância das relações
intersubjetivas, ou seja, a interação entre as pessoas em detrimento da mera
implantação de tecnologias. Mostra que as tecnologias são, antes de tudo,
apenas meios e, ao contrário das pessoas, nada criam.
O reconhecimento do valor e da importância do conhecimento para a
gestão do negócio é intrínseco, por exemplo, ao próprio sistema de venda por
relações, adotado como opção estratégica para comercializar os produtos da
marca Natura. Esse sistema constitui-se de um modelo comercial que busca a
construção de relações e a disseminação de conceitos e produtos entre os
clientes. Tal modelo comercial foi objeto de revisões na década de 90 e, desde
então, tem buscado acompanhar o grande crescimento do negócio, sofrendo
constantes adaptações, evoluções e aperfeiçoamentos que exigem
significativos investimentos. Em 2002 decidiu-se investir num sistema
estruturado de registro e disseminação interna da inteligência desse modelo
comercial. Desenvolveu-se, então, um portal de conhecimento, reunindo
informações, conceitos e registros de conhecimento acerca das práticas do
modelo comercial. Esse portal, ao mesmo tempo em que passou a
proporcionar a disseminação e o compartilhamento de conhecimentos,
possibilitou também a estruturação de um fluxo contínuo de atualização de seu
conteúdo, preservando vivo todo o conhecimento do processo. Mesmo optando
por uma solução que se vale da tecnologia de e-learning para realização de
workshops, as atividades presenciais dos colaboradores-alunos em palestras e
discussões e num jogo de negócio são considerados as fases mais importantes
do processo e, por isso, obrigatórios. Assinalam as relações prevalecendo
sobre o meio tecnológico.

Questão 01 – Com base neste caso, responda:

(A) De acordo com o Modelo de Referência da SBGC, o portal foi construído


de forma correta? Justifique.
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(B) “Pouco se sabe acerca dos resultados concretos de projetos de Gestão


do Conhecimento realizados no Brasil”. Como podemos pensar em
resolver este problema? Quais procedimentos realizar?

R) Utilizar mais práticas de GC nas organizações, promovendo


ambientes facilitadores e favoráveis, definindo as prioridades e
criando mecanismos de avaliação

Questão 02 – Responda as questões a seguir e faça uma autoavaliação de


sua aprendizagem:

A Chemtech foi premiada entre as 20 empresas mais inovadoras do


Brasil, segundo o ranking Best Innovator da Revista Época Negócios. Pelo
segundo ano consecutivo, a Chemtech se destacou como a única empresa de
engenharia a entrar no ranking. “Ficamos entre as 20 numa lista com grandes
organizações multinacionais. Fomos uma das poucas com origem brasileira e a
única empresa de engenharia na lista. É um orgulho figurar entre as mais
inovadoras do Brasil”, diz gerente sênior da Chemtech. O Best Innovator
analisou critérios como estratégia, processos relacionados à gestão do
conhecimento e resultados da inovação, que considera se as novidades
desenvolvidas pela empresa são únicas e originais. A Chemtech obteve
visibilidade especial no quesito “cultura de inovação”, com múltiplos canais
pouco convencionais de gestão do conhecimento para se comunicar e
estimular o engajamento de seus profissionais. “Nós incentivamos o
companheirismo, a lealdade e a troca de conhecimentos e informações entre
gerações. Aqui, todos são estimulados a fazer questionamentos e compartilhar
suas ideias. O medo de se expor não combina com a inovação na Chemtech.
Estamos buscando, neste momento, aperfeiçoamento e capacitação para
criação de modelo de gestão do conhecimento”, conta o CEO Moczydlower.
Diante ao exposto, auxilie a Chemtech:

(A) Enuncie alguns dos principais benefícios obtidos/esperados com a


implantação de um modelo de Gestão do Conhecimento pelas
organizações para Chemtech.
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(B) O que é um conhecimento crítico? Como ele pode ser mapeado?

(C) Apresente as dimensões do Modelo de Referência da SBGC.

(D) Explique para a organização como o contexto capacitante pode auxiliar


no engajamento de seus profissionais.

Questão 03: “Gestão do Conhecimento significa organizar as principais


políticas, processos e ferramentas gerenciais e tecnológicos à luz de uma
melhor compreensão dos processos de geração, identificação, validação,
disseminação, compartilhamento, proteção e uso dos conhecimentos
estratégicos para gerar resultados (econômicos) para a empresa e benefícios
para os colaboradores internos e externos (stakeholders).” (TERRA, 2005, p.
8). Coloque um X na linha da opção incorreta.

(A) O processo de gerenciamento do conhecimento consiste em um ciclo


de geração, codificação, coordenação e disseminação do conhecimento.
(B) A disseminação do conhecimento consiste na prática da
transferência do conhecimento, podendo ser pela contratação de pessoas,
pelas conversas informais e não programadas, ou por reuniões e ações
estruturadas que possibilitam a mobilidade do conhecimento pela organização.
(C) Na disseminação da informação, o conhecimento explícito é
normalmente capturado e compartilhado por meio da tecnologia da informação,
enquanto o tácito não.
(D) A disseminação da informação é uma ação global organizacional:
todo o conhecimento deve ser transmitido para toda a organização
independentemente da absorção de cada um.
(E) A amplitude da disseminação deve estar em acordo com a estratégia
organizacional, com as políticas de pessoas, com o modelo de estrutura da
empresa e com a tecnologia existente.

Questão 04 – Com relação à interação entre o conhecimento tácito e explícito


na organização, analise as afirmativas a seguir e marque V (verdadeiro) e F
(falsas):
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( V ) Em uma organização, a socialização constitui forma de criação de
conhecimento a partir da interação entre o conhecimento tácito: por meio do
desenvolvimento de um processo para compartilhar experiências, é criado
outros conhecimentos tácitos.

( V ) Considere que, em uma organização, os profissionais capazes de


criar maquetes de prédios mostrem a seus aprendizes que, por meio da
observação e imitação, eles obterão o conhecimento do assunto. Nessa
situação, o processo de construção de conhecimento é realizado do
conhecimento tácito para o explícito.
( V ) A criação do conhecimento organizacional envolve processos como
compartilhamento do conhecimento tácito e criação de conceitos. Uma equipe
de desenvolvedores de software, por exemplo, inicia a promoção do
conhecimento quando se reúne e compartilha o conhecimento tácito sobre uma
parte desse software.
( F ) Na gestão do conhecimento, o modo de internalização só pode
ocorrer caso se possa reexperimentar as experiências de outras pessoas.
( F ) Denomina-se socialização a criação do conhecimento realizada por
meio da educação e do treinamento formal, que se serve da sistematização de
conjuntos de conhecimento combinado.

Questão 05 – Em uma empresa que tem processos de gestão do


conhecimento, quando um gerente de comunicação participa de um seminário
externo, ao retornar às suas atividades, ele deve:

(A) avaliar o que pode ou não ser implantado na organização no curto


prazo.
(B) registrar as informações e repassá-las a todos os interessados naquele
assunto.
(C) elaborar relatórios sobre sua experiência fora, para serem arquivados,
documentando a atividade.
(D) reportar o que aprendeu de novo aos seus superiores imediatos.
(E) reunir-se com a equipe para contar as inovações que presenciou e
aprendeu.

Questão 06 – Com relação ao conhecimento tácito e ao conhecimento


explícito, analise as afirmativas a seguir.
I. O conhecimento tácito é simples de ser articulado na linguagem
formal.
II. O conhecimento tácito possui natureza intangível e pessoal.
III. Os conhecimentos tácito e explícito são complementares e suas
interações proporcionam dinamismo às organizações.

Coloque um X na linha da opção correta:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta


(B) se somente a afirmativa II estiver correta
(C) se somente a afirmativa III estiver correta
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(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas
(E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

Bom trabalho!

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