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ISBN 978-85-387-6681-0
IESDE BRASIL
2021
© 2021 – IESDE BRASIL S/A.
É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito da autora e do
detentor dos direitos autorais.
Projeto de capa: IESDE BRASIL S/A. Imagem da capa: Paladin12/Shutterstock
Gabarito 114
Vídeo APRESENTAÇÃO
A evolução da sociedade impõe a todas as organizações,
independentemente de tamanho ou ramo de atividade, que se atualizem
às novas demandas para se manterem competitivas. A sociedade do
conhecimento é uma realidade e a adaptação das organizações para o
cenário em que o conhecimento é muitas vezes mais valorizado do que
qualquer outro insumo para diferenciação faz com que as empresas
procurem maneiras inovadoras de acompanharem essas mudanças.
Nesse viés, no primeiro capítulo discorremos sobre a evolução da
sociedade, principalmente no âmbito organizacional. A sociedade da
informação trouxe conceitos de muitas mudanças nas relações internas e
comerciais para alguns cenários, mas em outros ainda é algo utópico. Isso
ocorre principalmente pela necessidade de infraestrutura de tecnologias
para a sua aplicação, o que ainda não é realidade em muitos países.
Apesar de ser uma terminologia relativamente nova – que iniciou na
década de 1980 – abrange diversas abordagens interdisciplinares. Além
da sociedade da informação, apresentamos os conceitos da sociedade
em rede, um pouco mais recente (1980) e que pode ser considerada uma
evolução da sociedade da informação, não apenas no viés tecnológico,
mas também social.
Ainda no primeiro capítulo abordamos a sociedade da colaboração,
tendência que abrange os conceitos de conhecimento, mas principalmente
a interação entre as pessoas, as tecnologias e os objetos – como a IoT
(Internet of Things) internet das coisas, que cada vez mais é uma realidade
no cotidiano empresarial e da sociedade moderna. Damos sequência
explicando os conceitos da sociedade em rede e as comunidades de
prática, e dando ênfase à importância de as organizações adotarem o
conhecimento como um capital intangível.
No segundo capítulo, tratamos das chamadas organizações que
aprendem, que utilizam o conhecimento adquirido para inovar e capacitar
seus colaboradores a aprenderem com os erros e acertos da organização,
assumindo que os conhecimentos devem permanecer à disposição de
todos na empresa. Também abordamos nesse capítulo a importância de
se realizar a gestão do conhecimento nas organizações, seus benefícios
e os subsídios que fornecem para a ampliação da competitividade na era
do conhecimento. Por fim, nesse capítulo discorremos sobre os novos modelos de
negócios que têm surgido para que as empresas possam se adaptar às demandas da
sociedade e a criação do conhecimento organizacional.
No terceiro capítulo abordamos os conceitos das tecnologias da informação
e comunicação, que permitem que as organizações sejam competitivas nesse
cenário apresentado nos capítulos anteriores. Trazemos também o papel cada
vez mais significativo das redes sociais para o ambiente organizacional e como as
empresas podem tirar proveito dessa mentalidade colaborativa para evoluir, seja
na criação de novos produtos e serviços ou em novas maneiras de gerenciar seus
processos internos. Falamos ainda das novas tecnologias que impactam a gestão
do conhecimento nas organizações e que buscam desenvolver condições para
elas inovarem e prosperarem. Nesse mesmo capítulo discorremos sobre algumas
estratégias organizacionais voltadas à inovação, que são impulsionadoras para a nova
realidade empresarial.
Iniciamos o quarto capítulo relacionando os novos modelos e estruturas
organizacionais que facilitam a utilização e o armazenamento do conhecimento,
utilizando conceitos como o modelo de maturidade e estruturas como as flatarquias.
Falamos sobre a gestão dos processos internos sob o modelo da gestão do
conhecimento e as adaptações que devem ser implantadas nas empresas para serem
mais competitivas. Nesse capítulo abordamos também os sistemas de gestão do
conhecimento, que devem ser utilizados pelas empresas na busca de aprimoramento
e agilidade de seus processos, visando atender melhor seus clientes. Ao final do
capítulo trazemos as ações que promovem a inovação no ambiente organizacional,
seja em seus processos ou produtos e serviços, objetivando que as empresas não
fiquem acomodadas e estagnadas na sua realidade atual.
No último capítulo, abordamos a necessidade de se realizar o monitoramento
ambiental para que as empresas possam acompanhar ativamente o que ocorre em
seu mercado e também em outros mercados e buscar conhecer novas maneiras de
inovar e estar na vanguarda. Damos sequência trazendo algumas tendências e novos
modelos de organização que utilizam modelos ágeis de resposta e intensivo uso de
tecnologia em sua estratégia. E finalizamos esse capítulo com alguns facilitadores e
dificultadores desse processo de adaptação das empresas a um cenário inovador
e fortemente embasado no conhecimento.
Assim, consideramos que será de extrema relevância para seus estudos e prática
profissional compreender os aspectos que envolvem a gestão do conhecimento e
inovação nas organizações, pois esses temas deixaram de ser exclusivos para alguns
segmentos de empresas e já são realidade no cenário competitivo global.
Bons estudos!
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utt
evolução. I N/Sh
GR
VLAD
A sociedade do conhecimento deve ir além dos objetivos tra-
çados pela sociedade da informação, como encontrar acordos entre
culturas e novas formas de cooperação democrática que possam con-
tribuir para o verdadeiro entendimento mútuo. É considerada, nessa
sociedade, a importância da variedade étnica e cultural das regiões e
dos países para troca de informações e de negócios. Para a sociedade
do conhecimento é imprescindível trocar informações, comparar, criti-
car, avaliar e pensar por meio de dados e análises científicos, mercado-
lógicos e políticos para o entendimento e o crescimento conjunto.
SOCIEDADE SOCIEDADE DO
INDUSTRIAL CONHECIMENTO
Trabalho e Não especializado.
Especializado e com base em
mão de obra conhecimento.
Clientes, trabalhadores do
Liderança Chefia por departamento. conhecimento, lideranças
motivadoras.
te
rs
Elas não são elementos fixos, passam por uma evolução desde a sua
concepção: potencial, união, madura, ativa e dispersa. Isso reflete que
não necessariamente um tema que hoje é de interesse das pessoas
participantes continuará sendo no futuro. Elas podem buscar outros
interesses em conjunto com outras pessoas em outras comunidades
ou simplesmente encerrar as atividades quando não houver mais inte-
resse a ser debatido.
Artigo
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-65552006000300005
Para saber mais sobre ativos intangíveis, leia o artigo Ativos intangíveis, ciclo de
vida e criação de valor, publicado na Revista de Administração Contemporâ-
nea. Esse artigo apresenta a importância para a gestão e a contabilidade de
se conhecer os ativos intangíveis e considerá-los na análise e na criação de
valor para as organizações.
• Capital humano:
Capitais do conhecimento: conforme falamos
sobre as contribuições e os
conhecimentos trazidos pelos
funcionários, utilizando seus
Kh
vos talentos, suas habilidades e sua
t/S
hu t
ters experiência, o capital humano é
tock
constituído apenas por indivíduos,
mas pode ser aproveitado e
explorado por
uma organização.
• Capital relacional:
são as relações internas
entre equipes de trabalho e
• Capital estrutural:
também entre trabalhadores e
aqui estão relacionados
fornecedores, clientes e parceiros.
os processos, os métodos
Também considera as franquias, as
e as técnicas – que permitem
licenças e as marcas registradas,
à organização desenvolver suas
pois a empresa se relaciona com
operações de maneira eficiente. Estão
os clientes por meio delas.
incluídos: propriedade intelectual,
como bancos de dados, código,
patentes, processos proprietários,
marcas registradas, software
e muito mais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A transição de uma sociedade manufatureira e industrial para o mode-
lo que chamamos de sociedade da informação e do conhecimento envolve
mudanças significativas na estrutura produtiva dos países e nas organiza-
ções. Os ativos intangíveis, como o conhecimento, estão se tornando tão
importantes neste período que podem ser considerados para a economia
atual o que as máquinas industriais foram para a sociedade industrial.
No entanto, apesar de sua crescente relevância, a dificuldade em mensu-
rar tais ativos muitas vezes dificulta que as organizações tomem decisões
em seu planejamento.
As organizações precisam rever seus processos internos e suas rela-
ções de trabalho e de mercado, optando por estruturas que estimulem
o conhecimento, como as comunidades de prática, e que mensurem a
importância financeira do conhecimento, como um ativo intangível, para
se manterem competitivas nessa nova sociedade que também se confi-
gura na forma de rede e que pode incluir ou excluir conforme a relevân-
cia para o mercado.
ATIVIDADES
1. A sociedade da informação e a sociedade do conhecimento têm as
Vídeo
mesmas bases de formação? Comente.
c. Modelos mentais
Para que seja possível a uma organização gerar uma visão compar-
tilhada, todos os colaboradores devem ser responsáveis por sua elabo-
ração, com o objetivo de estabelecer uma visão única do futuro. Para
que ela possa se tornar realidade, todos os membros da organização
devem assumir um compromisso pessoal e ser capazes de compreen-
der, compartilhar e contribuir com essa visão para toda a organização.
e. Aprendizagem em equipe
Figura 1
Espiral do conhecimento
Diálogo
Socialização Externalização
Construindo Consolidando
Internalização Combinação
Aprender
fazendo
a. Socialização
Para que a organização possa atingir esse propósito, ela deve con-
centrar seus esforços em ações para cumprir os seguintes objetivos:
• Melhorar o processo de captura de conhecimento com a criação
de memorandos, relatórios, manuais e outros documentos que
2.6.1 Freemium
É um modelo de negócios que oferece serviços tanto grátis (free) quan-
to com cobrança (premium). Alguns exemplos de empresas que usam esse
modelo são Spotify, YouTube, Adobe, Skype, MySpace, entre outras.
Artigo
https://endeavor.org.br/estrategia-e-gestao/modelo-freemium-spotify/
Para saber mais sobre o modelo Freemium, leia o artigo Freemium: o modelo
do Spotify serve para sua empresa?, de Antonio Carlos Soares. O autor
considera os pontos fortes e fracos dessa estratégia e apresenta os tipos de
negócios que podem se beneficiar desse modelo.
2.6.2 Marketplace
Os antigos modelos de negócios de classificados estão migrando
para o modelo chamado marketplace. Muito se assemelha ao modelo
2.6.3 Ecossistema
Ecossistemas de negócios são modelos de negócios que não estão
preocupados apenas com a entrega de valor para um cliente, mas sim
onde todos os envolvidos criam valor uns para os outros, incluindo os
consumidores. Eles existem porque permitem que seus participantes
sobrevivam e prosperem.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As organizações estão em grande movimento para se adaptarem aos
novos movimentos e às novas demandas do mercado consumidor. A preo-
cupação com o aprendizado organizacional e a retenção do conhecimen-
to dentro dos negócios é, hoje, questão de sobrevivência. As empresas
precisam compreender os conhecimentos que possuem e colocá-los em
prática para se destacar e criar valor aos clientes.
Não é possível mais contar apenas com funcionários que possuem
talentos extraordinários se estes não forem compartilhados na organi-
zação e não puderem gerar resultados para todos os níveis do negócio;
isso pode ser feito por meio de ações de conversão de conhecimento.
Ações de gestão de conhecimento garantem às organizações melhores
condições de competitividade nesse cenário atual, no qual os modelos
de negócios estão evoluindo rapidamente em função das tecnologias da
informação e das necessidades cada vez mais urgentes e customizadas
por parte dos consumidores.
As empresas precisam se adaptar para crescer, mas essa adaptação
deve ser feita de modo sustentável e visando ao longo prazo. Sendo assim,
é preciso investir em aprendizagem. Geração e manutenção do conheci-
mento são fundamentais para promover essa base sólida, mas com foco
na inovação.
REFERÊNCIAS
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manual para visionários, inovadores e revolucionários. Rio de Janeiro: Alta Books, 2011.
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ZOTT, C.; AMIT, R.; MASSA, L. The business model: recent developments and future
research. Journal of Management, v. 37, n. 4, p. 1019–1042, 2011.
Essas redes cada vez mais se tornarão pontos de contato único para
envolver comunidades, iniciar conversas, recrutar funcionários e desen-
volver as inovações. As empresas que alavancam com sucesso as redes
sociais estão fazendo isso para envolver suas comunidades em criação
colaborativa, por meio da interação entre eles. Essas empresas estimulam
clientes e seguidores a trazerem novas ideias e sugestões, assim, a organi-
zação poder aprender como ser uma empresa melhor, oferecer produtos
e serviços melhores ou apoiar os valores e questões da comunidade.
Figura 1
Digital no Mundo em outubro de 2020
3.2.1 Facebook
Considerada ainda a maior e melhor plataforma de mídia social
para negócios disponível atualmente, o Facebook, no ano de 2020,
possuía mais de 2,7 bilhões de contas ativas – 130 milhões apenas no
Brasil (VOLPATO, 2021). A receita da empresa foi de US$ 18,687 bilhões
no segundo trimestre de 2020, segundo informações divulgadas pela
empresa (ESTADO, 2020). Apenas os anúncios do Facebook (Facebook
Ads) geraram US$ 18,321 bilhões de receita no período, ou seja, 98%
do total. Considerando esses números, fica claro entender o porquê a
organização se tornou uma das melhores ferramentas para as empre-
sas encontrarem seu público-alvo, construírem uma lista de contatos e
conquistarem novos clientes.
3.2.2 Instagram
A cada dia crescendo mais como um canal de divulgação e relacio-
namento das empresas, o Instagram está se tornando uma das princi-
pais plataformas de mídia social para negócios.
Figura 2
Visão geral do público de publicidade do Instagram
3.2.3 Twitter
O Twitter conta com 186 milhões de usuários, sendo o Brasil o se-
gundo maior país em número de usuários, apenas atrás dos Estados
Unidos. A plataforma é utilizada por empresas, jornalistas, políticos,
pessoas famosas e usuários comuns para compartilhar histórias, arti-
gos de notícias ou insights humorísticos diariamente.
3.2.4 LinkedIn
O LinkedIn, um site de rede de mídia social voltado para negócios,
visa auxiliar profissionais e formar uma lista de conexões. No ano de
2020, possuía 660 milhões de usuários, sendo 30 milhões perfis de em-
presas. É um ambiente para compartilhamento de informações sobre
seu ambiente de negócios, mudanças e novidades na empresa. Serve
também para encontrar parceiros de negócios.
Stokkete/Shutterstock
3.3.2 Nuvens
A adoção de plataformas em nuvem é uma das maiores tendências
em gestão do conhecimento. Um dos motivos para essa tendência é
que as plataformas em nuvem permitem que as organizações subs-
tituam licenças de software caras, custos de atualização e pessoal es-
pecializado pelo custo de uma taxa mensal. Além disso, as empresas
também estão interessadas na oportunidade de expandir o acesso aos
aplicativos corporativos, principalmente considerando um cenário em
que cada vez mais as pessoas estarão dispersas fisicamente, seja em
home office ou trabalhando em diferentes regiões e países. Alguns sis-
temas ainda são acessíveis apenas quando os funcionários estão no
escritório e não são capazes de atender às necessidades da força de
trabalho moderna.
Não precisa ser uma grande empresa para adotar sistemas de arma-
zenamento em nuvem, pois pequenos negócios e até mesmo pessoas
podem se beneficiar dessa tecnologia para armazenamento on-line de
documentos, fotos, arquivos, que podem ser acessados por computa-
dores e dispositivos móveis de qualquer lugar. Os mais comuns e uti-
lizados são:
O Big Data vem resolver o antigo problema que existia com as tec-
nologias de banco de dados, que não tinham condições de lidar com
vários fluxos contínuos e gerenciar o volume dos dados. Os bancos
de dados não podiam modificar as informações de entrada em tempo
real, e as ferramentas de relatórios existentes se limitavam a consultas
de informações. Com o Big Data, as organizações têm condições de
analisar os dados para identificar quais clientes, mercados e negócios
geram maior impacto em seus resultados operacionais e financeiros.
Com essa análise, podem criar outros produtos ou serviços para aten-
der de maneira mais satisfatória os seus clientes.
É cada vez maior a relevância do seu uso nas organizações, para sua
diferenciação e relevância no mercado. Em alguns setores da econo-
Saiba mais mia, esses dados se tornam essenciais para a elaboração e a implanta-
IoT, ou internet das coisas, pode ção de estratégias competitivas e inovadoras.
ser definida como a comunica-
ção pela internet entre duas má- Os dados para análise podem ser oriundos de redes sociais, do Goo-
quinas utilizando sensores que gle ou do WhatsApp, entre outras fontes presentes na internet; entre-
vêm embarcados nos objetos de tanto, também podem vir de sensores incorporados a produtos, que
fábrica. Já é utilizado em vários
setores, como o automotivo, de são uma tendência na evolução das tecnologias, chamada IoT. Isso aju-
eletrodomésticos, de segurança, da as empresas a saberem como os produtos são usados efetivamente
bem como em residências e no
por seus consumidores. Com esse conhecimento, fica mais fácil criar
agronegócio, entre outros.
novos serviços e projetar produtos futuros.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para que as organizações possam avançar de maneira sólida, é ne-
cessário investir em ferramentas que suportem uma gestão do conhe-
cimento eficiente. As estratégias e as tecnologias que promovem essa
modificação da cultura organizacional e dos seus processos são funda-
mentais para que as organizações possam aproveitar a maior quantidade
de informações relevantes para seus negócios.
O conhecimento certamente é um dos mais valiosos recursos de uma
empresa e saber como organizá-lo, armazená-lo e utilizá-lo corretamente
são princípios básicos para a sua gestão; todavia, aproveitar as tecnolo-
gias existentes para aumentar a sua disponibilidade, ampliá-lo com novas
visões e assegurar precisão nas tomadas de decisões são tendências que
temos observado em organizações modernas e voltadas à gestão do co-
nhecimento e inovação.
Investir em estratégias de redes sociais, hoje, é mais do que aproxi-
mar a empresa de seu público consumidor, trata-se de investir em uma
comunicação que gere informações valiosas para as organizações e gere
inovações. Com essas informações geradas por esse canal e outros e uti-
lizando-se de tecnologias adequadas, as organizações podem estabelecer
a melhor estratégia para crescer e prosperar nesse ambiente.
REFERÊNCIAS
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no-lucro-liquido-a-us-518-bilhoes-no-2o-trimestre/. Acesso em: 19 fev. 2021.
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tornar a concorrência irrelevante. 10. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
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UFSC. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/82572. Acesso
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redacao/2019/08/19/estudo-diz-que-49-dos-brasileiros-com-smartphones-usam-
assistentes-de-voz.htm. Acesso em: 19 fev. 2021.
TEIXEIRA FILHO, J. Gerenciando conhecimento: como a empresa pode usar a memória
organizacional e a inteligência competitiva no desenvolvimento dos negócios. Rio de
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VOLPATO, B. Ranking das redes sociais 2020: as mais usadas no Brasil e no mundo,
insights e materiais gratuitos. Resultados Digitais, 11 jan. 2021. Disponível em: https://
resultadosdigitais.com.br/blog/redes-sociais-mais-usadas-no-brasil/. Acesso em: 19 fev. 2021.
WE ARE SOCIAL. Relatório Digital. 2020. Disponível em: https://wearesocial.com/
blog/2020/10/social-media-users-pass-the-4-billion-mark-as-global-adoption-soars.
Acesso em: 19 fev. 2021.
Figura 1
Estrutura das flatarquias
Time flat
lana rinck/Shutterstock
Time flat
Leitura
Leia mais sobre
flatarquias no artigo
publicado em 2018 por Fonte: Adaptado de Morgan, 2015.
Israel Rocha. Em Manda
quem pode, obedece Ao contrário da hierarquia típica, que concentra informações e
quem tem juízo: novas poder no topo, as estruturas mais planas eliminam as camadas inter-
estruturas hierárquicas,
mediárias e possibilitam uma comunicação mais ampla para os fun-
o autor fala da necessi-
dade de as organizações cionários, além de distribuir autonomia de trabalho em vários cargos,
reverem suas estruturas para que se possa agilizar a entrega dos trabalhos e projetos.
hierárquicas tradicio-
nais e verticalizadas, A premissa das flatarquias é que funcionários com maior acesso ao
buscando opções mais
conhecimento são mais produtivos, possuem mais responsabilidades e
flexíveis que se adaptem
às empresas modernas; estão diretamente envolvidos na tomada de decisões. Esse modelo de es-
cita, em especial, quatro trutura é favorável para ambientes competitivos e ligados à inovação. Al-
modelos de estruturas
que foram publicadas gumas empresas que adotaram esse modelo são Google, LinkedIn e 3M.
na Revista Forbes, por
Jacob Morgan.
Uma empresa bem-organizada operará com mais eficiência a longo
A organização pode conquistar isso por meio dos seus SGC, combi-
nando FAQs, tutoriais, artigos, vídeos instrucionais e fóruns. Todos os
recursos utilizados devem ser pensados com o objetivo de atender e
educar os clientes e compilar conhecimento sobre seus produtos ou
serviços, sendo usados tanto internamente, para o aprendizado dos
funcionários, quanto externamente, para melhor atender os clientes.
Figura 2
Serviços oferecidos pela SurveyMonkey
ysclips design/Shutterstock
tempestade desenvolvi- tempo trabalho objetivo
programação
de ideias mento predefinido em equipe alcançado
das e envolvidas se for preciso. Assim, a empresa pode construir seu Disponível em: https://www.
moblee.com.br/blog/hackathon/.
caminho com mais conteúdo e promover o aprendizado rápido e efi- Acesso em: 8 abr. 2021.
ciente de todos os seus funcionários.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As organizações estão em busca de melhorar seus processos e ino-
var seus produtos e serviços, buscando modelos e estruturas que fa-
voreçam a gestão do conhecimento e o aprendizado organizacional. As
empresas precisam envolver as pessoas no desenvolvimento de ações
para garantir a competitividade, pois, no ambiente globalizado e em
constante mudança, quem não repensar sua forma de trabalho, acabará
se tornando obsoleto.
As estruturas devem ser ágeis para garantir a troca de informações ne-
cessária para esse movimento, além da necessidade de as empresas cada
vez mais investirem em sistemas de gestão do conhecimento para que
armazenem e distribuam todas as informações pertinentes ao trabalho,
criando-se uma cultura de compartilhamento entre os envolvidos.
ATIVIDADES
1. Qual é a relação existente entre a estrutura de uma organização e a
Vídeo
gestão do conhecimento?
REFERÊNCIAS
ABPMP. Guia para o gerenciamento de processos de negócio: corpo comum de conhecimento.
2009. Disponível em: https://www.academia.edu/7133118/BPM_Gerenciamento_de_
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GOOGLE ANALYTICS. Provisão, 2021. Disponível em: https://analytics.google.com/
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organizational-structures-part-4-flatarchies/?sh=613234bd6707. Acesso em: 8 abr. 2021.
OCDE. Manual de Oslo: diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação.
Paris: OCDE, 2005.
PROBST, G.; RAUB, S.; ROMHARDT, K. Gestão do conhecimento: os elementos construtivos
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pt.surveymonkey.com/mp/business/. Acesso em: 8 abr. 2021.
SCHUMPETER, J. A. Teoria do desenvolvimento econômico. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura,
1961.
Artigo
http://www.anpad.org.br/admin/pdf/FGI758.pdf
Sem dúvida, essa tendência é mais do que necessária, uma vez que
não basta apenas ter acesso aos dados e às informações, as empre-
sas também devem utilizar esse enorme volume de material disponível
para criar melhores experiências para os clientes.
e. Tecnologia 5G
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20 segundos
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A inovação é uma iniciativa crucial para impulsionar o sucesso da sua
organização a longo prazo. Para isso, é importante estar ciente e se pla-
nejar para os desafios. Compreender o ambiente onde se está inserido e
construir uma forte cultura de inovação em sua organização não apenas
ajuda a evitar as dificuldades para essa tarefa, mas também a garantir que
ela seja um foco estratégico para todos os funcionários.
Compreender o contexto em que as empresas operam é essencial
para coletar e interpretar dados sobre inovação empresarial. As organi-
zações que buscam impulsionar a inovação não precisam se reestruturar
completamente no curto prazo, elas podem escolher elementos de várias
estruturas que funcionam melhor para o seu modelo de negócios.
Quando a empresa compreende quais são as tendências, as evoluções
e os obstáculos para a inovação, ela reconhece a importância dos fatores
internos e externos que podem influenciar os seus incentivos para inovar,
bem como quais são os tipos de atividades de inovação que ela já realiza
e quais ela deve continuar buscando, de modo a reconhecer suas capaci-
dades e resultados com esse propósito.
REFERÊNCIAS
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ORGAZ, C. J. 3 grandes vantagens do 5G que mudarão para sempre nossa experiência na
internet. BBC News Mundo, 3 jun. 2019. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/
geral-48499353. Acesso em: 7 abr. 2021.
SIMANTOB, M.; LIPPI, R. Guia valor econômico de inovação nas empresas. São Paulo: Globo, 2003.
Gabarito 115
remoto com qualidade, assegurando que todos tenham acesso às
informações para realizar o seu trabalho. Big Data consegue trabalhar
com uma enorme quantidade de dados, de maneira eficiente,
proporcionando aos gestores respaldo para seu trabalho.
Gabarito 117
GESTÃO DO CONHECIMENTO E INOVAÇÃO
LETÍCIA MIRELLA FISCHER CAMPOS