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Principais ações

iável, definem os sis tem as


nat ure za per ma nen te ou var
As ações, qu e po dem ser de rut ura l
om ina do s car gas , que são aplicadas no modelo est
de forças, usu alm ent e den
ent o. As ações per ma nen tes
a det erm ina ção das sol ici taç ões par a dim ens ion am
par Por
considerados constantes.
em ger al def ini das de for ma única, com valores
são de
, que correspondem a forças
mp lo, o pes o pró pri o e as sob rec arg as per ma nen tes
exe inados e são aplicados em
gra vit aci ona l con hec ida s, têm seu s valores determ
origem
nta magnitude con sta nte ao
es bem def ini das . Já um a ação variável não apr ese
posiçõ es diversas. Exemplo típico
do tem po, po den do me sm o ser aplicada em posiçõ
longo o dos veículos, rodoviários
o var iáv el é a car ga mó vel, qu e corresponde ao pes
de açã
re a sup ere str utu ra.
ou ferroviários, agi nd o sob ações atue dir eta me nte
, em bor a a ma ior par te das
É im po rta nte ob ser var que amento
ne m tod as des per tam solicitações par a dimension
sobre a sup ere str utu ra, os
em e aceleração dos veícul
mp lo, as forças de frenag
da viga principal. Por exe
ra, só sendo im po rta nte s no
cau sam sol ici taç ões sig nificativas na sup ere str utu
não
estacas.
s, blocos de coroamento e
dim ens ion am ent o dos pilare ações per ma nen tes e variá-
7 (ABNT, 2003a), além das
De acordo com a NBR 718
o explosões e choques, ou
açõ es excepcionais, tais com
veis, podem oco rre r ain da tes
o sismos, ventos e enc hen
rm ais (imprevisíveis), com
fenômenos climáticos ano ões, a NBR
açã o ao cho qu e de veí cul os rodoviários ou embarcaç
catastróficas. Em rel s
ngidos devem ser verificado
7 pre scr eve qu e os pil are s passíveis de ser em ati
718 em
e ser dispensada se exi stir
rém ess a verificação pod
quanto a ess as ações, po
teg er a est rut ura .
dispositivos capazes de pro

4.1 Ações permanentes int ens ida de que pode ser


ação per ma nen te apr ese nta
Segundo a NBR 7187, um a e, ain da, como
nte ao lon go da vid a úti l da construção. Considera-s
considerada con sta nte ten dên cia de
o com alg um a var iaç ão no tempo, ma s qu e apr ese
per ma nen te a açã
forças de pro ten são.
estabilização, tal como as ar:
ma nen tes , pode-se des tac
Entre as principais ações per as, pilares etc.;
pri o dos ele me nto s est rut ura is, ou seja, lajes, vig
► peso pró
Pontes

ermanente constituída pelo peso do pavimento b


► sob recarga P • arr ·
e dispositivos de sinalização, nas obras rodovi. . eiras
guarda-corpos anas '
"Ih s dormentes e lastros, nas pontes ferroviárias· ' e PeJ0
peso d os tn o , •
► empuxos de terra e de água;
► forças de implantação da protensão;
► ,,orças decorrentes de deslocamentos e/ou deformações impostas po fl •
. _ r uenc·
retração variação de temperatura e mov1mentaçao de apoios (recai ia,
• ques de
fundação).

.1.
1
Peso próprio dos elementos estruturais
4
peso próprio dos elementos estruturais constitui a primeira ação perm
0 anente
de natureza gravitacional a atuar na superestrutura, sendo usualmente deno .
minado
pelo símbolo 91 .
Os pesos próprios das vigas longitudinais, juntamente com os das lajes, s.ão
normalmente considerados cargas distribuídas por unidade de compriment0
nos
modelos estruturais unifilares, tipo viga ou pórtico. A determinação do valor da
carga distribuída é função direta da área da seção transversal, considerando-se
almas, mísulas e lajes. Admite-se 25 kN/m3 como valor mínimo para o peso especí-
fico do concreto armado ou protendido.
Lajes ou vigas, com variações de espessuras, podem ser consideradas cargas
distribuídas linearmente variáveis. Já transversinas podem ser consideradas cargas
concentradas atuando sobre a viga longitudinal (longarina), e cortinas e alas, cargas
concentradas nos extremos. Tome-se como exemplo de superestrutura moldada no
local a ponte com duas vigas representada na Fig. 4 .1.

o - - ~ - -- -- - - - - - - - - - - 2.520 - - - - -- - - - - - - - - - -- -""
u - - -- -- - - -- -- - 1.800 - - - - - - - - - - - , ( -- -'l,
2

40 .? 5 2.460 275
1
1 ,25
r
2,5 1
,35 180
1 .1 60 1 ,35 60 ,35 1
'
.,
,_
850 765
~3
,.~1<-30 7
jc
~72.5 575 - 72,5
" 5- -
l'-25 4 20 25~ ICi--,~• 30 -
-
1.--C-:--
"
1 39 60 ' "
] ,5 3,f

4( 251
180 60 39
1
25:1
--
Fig. 4.1 Cortes em vistas lateral e em planta _
me d'd
, asem cm
77
Principais
a~3es p., :: ( 2f i r 8), 40.=
A seção transversal ao longo do vão e no extremo do balanço, denominada seção
corrente, é definida conforme ilustrado na Fig. 4 . 2 .
,0 1& 2
A seção transversal no apoio, com vigas e laje mais espessas, é apresentada na
Fig. 4.3. Observa-se que as mísulas do trecho da laje entre as vigas são "absorvidas"
pelo aumento de espessura da laje na direção longitudinal.
As variações das espessuras da longarina e da laje podem ser visualizadas mais
facilmente no detalhe da vista em perspectiva do corte longitudinal, mostrado
na Fig. 4.4.
Na vista em corte da Fig. 4.5, são detalhadas as mísulas de variação linear de
espessura da longarina e da laje nas proximidades do apoio sobre o pilar.
Para a definição da carga de peso próprio atuante sobre uma das vigas, considera-
-se a área de meia seção transversal, cujo valor pode ser determinado a partir
de áreas retangulares e trapezoidais, como indicado nos meios cortes mostrados
na Fig. 4.6.
- - - - - - - - - - - - - - - 850- - - - - - - - - -- - - 1

40
170

Fig. 4 •2 Seção transversal


4201- - - - - - - - , , 100,- - - corrente - medidas. em cm
- - - 100----,,,-

- - - - - - - - - - - - - - 050- - - - - - - - - - ------r

40
40 1 / ..1<'------t--,-- 370- - - - - - , r/
170 180 ---,l';,77'7;f~

15

Fig. 4.3 Seção transversal no


apoio - medidas em cm

Dente de contençao do aterro e Fig. 4.4 Detalhe do meio corte


enrijecimento da cortina longitudinal em perspectiva
78
Pontes

..J
v
•o linear das espessuras da laje e da viga
Trecho com var 1aço

Fig. 4.5 Detalhe do corte longitudinal - medidas em cm

Fig. 4.6 Determinação das


dreas das meias seções
(A) corrente e (B) no apoio
A carga distribuída de peso próprio agindo sobre uma das vigas no trecho
)
de seção corrente apresenta valor constante e sofre acréscimo na região de alarga-
mento da alma e da laje, atingindo valor máximo na seção de apoio. As cargas podem
ser determinadas como indicado na Tab. 4.1.

Tab. 4 .1 Cargas de peso próprio sobre uma longarina - exemplo de ponte com duas vigas
Seção corrente Seção no apoio

Pingadeira 0,086 m 2 0,086 m2

Balanço da laje 0,371 m 2 0,371 m2

Viga (longarina) 0,595 m 2 1,020 m2

Mfsula da laje 0 ,285 m 2


2
Laje central 0,242 m 2 0,647 m
2
Área tota 1 (A) 1,579 m 2 2,124 m

9, = A · (25 kN/m3) 39 ,5 kN/m 53,1 kN/m

.
Lembrando que O mo d e Io estrutural representa uma única hnha de I0 ngarina,
considera-se metade d 0 peso d e cada transversina como carga concentrada · Têrn-se
_
entao:
► Dimensões da transversina de vão (cm): seção 25 x 110; comprirnento ,
420 + 2 = 210.
► Peso de meia transversina de vão:

"\f'< (0, 25 mxl,lO mx2 ,10 m)x25 kN/m 3 =14,44 kN


79
Prin cipa is
ações
.
a de apo io (cm)·· s eça- o 3O x 120; com prim ent o =
► Dim ens ões da tran sve rsin
370 + 2 = 185.
apo io:
► Pes o de me ia tran sve rsin a de

kN /ml =l 6 ,65 kN
(0,3 0 mx l,2 0 mx l,8 5 m)x 25

erm ina do a -------


o pes o pró prio de me ia cor tina é det - - - - - - - - - 8,50 - --

rr:r==r7
-
(esp ess ura = 0,30 m,
par tir das dim ens ões bru tas
m), lem bra ndo que
altu ra = 1,70 m e ext ens ão = 8,50 3,16 m'
l da sup ere stru tura , '.:;-
a projeção da seç ão tran sve rsa
indicada na Fig. 4.7, já foi con
side rad a com o carg a J
ass im, dev e ser des con -
dist ribu ída de pes o pró prio e, Fig. 4 .7 Área de seção transver
sal da cortina desc onta ndo
e ent ão ser det erm i-
tada. O pes o. de me ia cor tina pod a superestrutura
nado com o a seg uir exp ress o.
~~
(4-3)
m2 )]x 25 kN /m =42 ,3 kN
3
1
[0,3 0 mx (l,7 0 mx 8,5 0 m-3 ,16
2
e plac a de apro xi-
sup ere stru tura , exc lusi ve alas
As carg as de pes o pró prio da
mid as com o ilus trad o
a das lon gar inas , pod em ser resu
mação, con side rad as sob re um
Fig. 4.8.
no mod elo estr utu ral de vig a na

111 1111 11111 11111111 11111111 11Il ll 11I 1 11l lIIII I11
111 11 11l1 11lTlll ll1111111111 111 11 -- - --,1<- 1,so + 1,so + 1,so -J
- -- -- 14 ,4 0 - - - - --
~ 1.ao + 1,ao + 1,ao --,l<--- - -

l l l l
l l
L 3.60 F1e 6,00 - - ---,:i,<-t- -- -6,00 _ __
_:,l't-- - - -6,00

e placa de aproxima ção


mei a superestrutura, exclusive alas
Fig. 4.8 Cargas de peso próprio de
r o con ceit o de
stru tura , é opo rtun o apr ese nta
A par tir do pes o tota l da sup ere l de con cre to estr u-
o quo cien te ent re o vol um e tota
esp essu ra méd ia, def inid a com O ival e a ide aliz ar a
da sup ere stru tura e sua áre a de pro jeçã o em pla nta . Isso equ
tura l em pla nta , e esp es-
mac iça, com me sma s dim ens ões
sup eres trut ura com o um a laje
da esp ess ura méd ia.
sura con stan te de me smo val or do, pod e-se par tir
a a det erm ina ção da esp ess ura méd ia do exe mp lo apr ese nta
Par as atu ant es sobre as
o pró prio (Fig. 4.8), con side rad
da tota liza ção das car gas de pes '
duaslongann · as, com o a seg uir exp ress o:

53 1 39 ,5 ) x 1,80 + 39,5 x (1,8 0 + 14,4 0 + 1,8 0)+


2 x [4 x ( , ;
(4.4)
2 kN
+ 2 x (42 ,3+ 16,7 + 14,4 )] = 2.38
80
Pontes
uperestrutura, exclusive alas e placa de
O volume de to d a a s aproJtilll
ação,
é então:

2.382 kN + 25 kN / m3 = 95,3 m3

entre o volume total e a área de Pro· _


A espessura me'dºia, q uociente ~eçao em
planta, pode então ser determinada como:

95,3 m3 = 0,44 m
2
(25,2x8,SO)m

Na etapa de pré-dimensionamen to de estruturas de concreto, quando não se


possui ainda a forma definitiva dás vigas, pode-se avaliar o peso próprio estrutural
a partir do conceito de espessura média, cujos valores aproximados dependem
basicamente do comprimento dos vãos e do tipo do sistema estrutural. No caso de
superestrutura em concreto armado ou protendido, com seção aberta e vãos de até
algumas dezenas de metros, pode-se adotar valores de espessura média da ordem
de 50 cm para estimativas preliminares. Vigas em seção celular, adotadas em geral
para vãos mais expressivos, apresentam espessuras médias maiores, podendo-se
admitir valores preliminares até 50% superiores, ou seja, até a ordem de 75 cm para
vãos com várias dezenas de metros.
Os pesos das alas, do dente da cortina e do console de apoio da placa podem
também ser considerados cargas concentradas. A vista em perspectiva na Fig. 4.9
1l
g
permite observar o detalhe da região superior das alas com espessura de 40 cm.
Essa é a solução usual para permitir a ancoragem das barreiras New Jersey, que
devem se prolongar nas extremidades. Nota-se ainda o console para apoio da placa
de transição com 8,00 m de extensão.
Têm-se então as seguintes cargas referentes a uma linha de longarina:
► Peso de meio console para apoio da placa de transição:

O,25+O,5O 8 00 m)
( 2 x O,3O mx ' x 25 kN /m3 = 11,25 kN (4-71
2

► Peso de meio dente de contenção do aterro:

(4.8)
'½(b (O,25 x O,3O m x S,O~ m ) x 25 kN /m3 = 7,50 kN

► · d a ala, com maior espessura:


Peso do trecho sup enor

(+91
~G (0,40 xo,45 x2,45)m3 x25 kN/m3 =11,03 kN
81
Principais
ações

Trecho com espessura maior para


ancoragem da barreira New Jersey

:i.. ..-- ---- ---- -770- - - - - - - - - - ~

Fig. 4.9 Visto posterior do cortino e dos aios em perspectiva - medidos em cm

► Peso do trecho trapezo idal de uma ala:

o 55+2 45 ) 3 '"l O
( . ' 2 ' x1,25x 0,25 m x25 kN/m =11,72 kN
3 J (4.10)

aplicar
Para a consideração dessas cargas no modelo de viga, é mais conveniente
resultante de
um sistema de forças equiva lentes na extremidade, composto pela
força e por um momento, como esquem atizado na Fig. 4.10.
sua espes-
A carga de peso próprio da placa de transição é função exclusiva de
agir sobre o
sura e largura. Essa ação de peso próprio compõe a carga g1 que deve
de longarinas,
modelo estrutu ral observ ando-s e a distribuição pela quantidade total
no caso de seção em vigas múltiplas.
da como
De acordo com o DNER (1996), a placa de aproximação pode ser modela
e outro na
viga biapoiada, consid erando -se um apoio sobre o console na cortina
modelo resulte
extremidade da placa, confor me ilustra do na Fig. 4.11, desde que esse
inação de
em solicitações mais desfavoráveis. Essa modelagem não só visa a determ
e analisa r
solicitações para dimens ioname nto da própria placa, mas também permit
a transmissão da carga móvel sobre a placa para a supere strutur a.
devem
Nas pontes com extrem o em balanço, as solicitações mais desfavoráveis
um conside-
então ser determ inadas analisa ndo-se as respos tas de dois modelos:
tamente
rando a laje de transiç ão como viga biapoiada e outro desprezando comple
Fig. 4.12.
as ações na placa de aproximação. As duas situações são ilustra das na
como viga
Nas pontes com extrem o em encont ro, a consideração da placa·
strutur a,
biapoiada pod~ ser pronta mente incorp orada ao modelo global da supere
83
82 ·1 Principais
Pontes
3,60 ações
-,<---- - - 4 ,00 - - - -,<'

D ) fig. -4.13 Mod,dagem do exiremo


✓~---- 3,6□ ------,f em encontro considerando a placa
4,00 de aproximaçiJo
41,5 kN
26,3 kN · m
Fig. 4.10 Modelagem da
,arga de peso próprio de
uma ala e meia cortina -
medidasemm

levando-se em conta a ligação rotulada sobre o apoio do encontro, como ilustrado


na Fig. 4.13. Conclui-se que a placâ. de aproximação, nesse caso de extremo em
encontro, não influi nas solicitações da superes-
Placa de aproxlmacao [ortlna
trutura e só acresce as reações de apoio do próprio
encontro.
Na Fig. 4.14 apresenta-se uma vista em perspec-
Ala
tiva mostrando a placa de aproximação do exemplo
com indicação do ressalto para a posterior execução
do berço da junta de dilatação. Fig. 4 .14 Visto superior da placa
A partir das dimensões indicadas nas Figs. 4,5 de transiçiJo em pe rspectiva -
Fig. 4.11 Placa de oproximaçao modelada como viga biapoiada m edidas em m
e 4 .14, têm-se as seguintes cargas referentes a uma
linha de longarina: ► Carga distribuída longitudinal referente ao peso de meia placa~

7 65 m)x 25 kN/m' = 23,9 kN


( 0,25 m x - '-2- (4-11)

~.f
®
_&
► Peso de meio ressalto para berço d a junta de dilatação:
>íJ$í~-....L.J__~
1 :d__J...--/
(º•30 ;º•60 x o,3o x 7 •6~m) m'x 25kN/m'= 12,91kN t.;B
A,;----__,o-----,..--
4
._i
~
7 --~-~
illll (4-12)

Fig. 4.12 Modelagens do extremo b 1 ;J;;; As ações de peso próprio de todos os elementos estruturais devem ser analisadas
comparando-se as solicitações resultantes a partir dos seguintes dois modelos:
somente nas extremidades e em a anço c~nsiderando ou niJo a placa de . .
(B) placa de aproximaçilo apo · d aprox,maçilo: (A) placa de aproximaçilo apoiada
'ªa completamente sobre o solo .
85
Principais
ações
solo
Pont es
de tran siçã o está inte iram ente apo iada no '
a p1 aca - o em bala nço ;
► um con side rand o
que er aço es par a o ext rem
- - ·tida s qua isqu .
.
e assi m, nao sao tran sm1 1a em sua s extr emi -
plac a de apro xim açã o só se ap0
► o~tr o con side rand o que a
outr a sob re o extr emo em
bal anç o . l 14,4 kN 14,4 kN 16.7 kN l
dades, uma sob re o solo e
as de
açõ es, com os diag ram 0·- --, lo- -
rent es a essa s dua s situ 6,00 6,0 0 · - - - , 1 < - - -6,0
As cargas nos mod elos refe Figs . 4.15 e 4.16.
apr ese ntad as nas
cita ções cort ante s, estã o
mom ento s fletores e de soli da Fig. 4 .16, com plac a
mas resp osta s do mod elo
t imp orta nte obs erva r que as mes 4 .15, sup erp ond o-se as carg as de QjaQrama de corta ntes
(kN)

obti das no mod elo da Fig. 382


de aproximação, pod em ser 4 .17.
emi dad es dos bala nço s, com o indi cad o na Fig.
apoio das placas nas extr iona men to, dev e-se det erm ina r
cita çõe s de dim ens
Para a defi niçã o das soli com o
ond o-se os diag ram as, 48
ria dos valo res, que pod e ser obti da sup erp
a env oltó que os dois dia gra mas de
a-se
para os cort ante s. Obs erv ---48
exem plif icad o na Fig. 4.18 no trec ho do
e 4.16 , são prat icam ente coin cide ntes , exc eto - 132
cort ante s, das Figs . 4.15 a de apr oxim açã o são indi cad os
sem a con side raçã o da plac
bala nço , ond e os valo res -382

s fletores (kN . m)
39 5 kN/m Diag rama de mom ento
S3,l k N/m
53,1 kNlm
39,S kNlm
111111111111 1111111011) m ~ -763
-763
1111li1111111 o + 1,80 + 1,8o ~
39.S kNlm
IOIIIOIIIIT!m o 111111111-111 - - - - - - J < -1,s
~ .. .. ., = = = --
-26
1,so - - ; < - - - -
"'- 1.so + 1,so +
- - - - -14 .40

l
- - -

l l
16.7 kN 83,8 ~ k N _m

A..--=48~ -- ~ -p ,_ _ _
., ._ ~ ,-· --
26,3 kN ~ -ª kN l 16,7 kN
14.4 kN 14,4 kN 2603

~
48 _L\_

mfo 6.00 1 6.00 1 6 00


,
!= 3,60
_J
930
L 3.60

(kN) ndo a placa de transiçtJo


Diagrama de cort ant es de peso próprio considera
Fig. 4 .16 Diag ram as da ação

39,S k Nlm 53, 1 kNlm


111111111 li u m r 1
:;t;;1 1 11
39,5 kNlm

lili 1111 " li 111111 111111111li11111111111 IOI Ili


-- -.L 1.80 - 1 ,.ao .......1 ,.oo -J.
kNlm rn:rmmrn
53 l kNlm

"'-1. so + 1,so 14,40 - - - - - -

26,3 kN
·m
~ 49,1 kN ,16 7 kN
'
j 14,4 kN

14 4 kN
' l 16,7 kN 1

149,1 ~
f t } 26,3 kN · m
/ - iA-- - - __ _
..2S...
- - - - 3.60
_J
, L _l ,60 - ~-,> 6,00
.J<_ __ _
6.00 - - - - " - - - - -•6 .00 -

siçtJo
d/' d . ações sobre a placa de tran
Fig. '4.17 Mod elo para a n ,se e peso prdp no considero ndo as
fl etore s (kN . m)
Diagr ama de momento s
s ae cort ante s (kNJ
- 591 -591 Superposiçao a os a1agrama
382
- 26

Fig. '4.18 Defi niç/Jo da


en&10/t6ria de cort ante s por
1.102 peso pr6prio em
açbo de peso r6 , - 382 uma long arin a
Fig. 4.15 Diagramas da .
da placa de f rans,çbo
p prio sem a consideração
87
86 Principais
Pontes . ide então com o diagrama do tnod ações
. dos cortantes coinc e1o
A nvoltóna . 4 16 ou 4.17). advento das máquinas de fresagem, que removem a camada danificada de pavimento
em tracejado. e oximação (F1gs. . .
d a placa de apr tos f]etores das Ftgs. 4.15 e 4.16, conc\u· antes de uma nova pavimentação.
consideran o . mas de momen l·
. do-se os d1agra .. da longarina, mostrada na Fig. 4.lg , Continuando o exemplo anterior, considera-se que a seção viária é composta por
Anahsan !ores pos1uvos '•
envoltória dos va . d Fig. 4.15, enquanto os valores negativ duas barreiras e duas faixas de tráfego, como ilustrado na Fig. 4.20, cujo pavimento
-se que a ai do diagrama a . os,
.d pelo trecho centr _ d finidos pelo modelo considerando a pia apresenta caimento para os bordos. O caimento transversal com declividade de
defini a . apoios, sao e ca
r6x1mos aos 2,0% para cada bordo é materializado no pavimento, que apresenta assim espessura
no balanço e P F·gs 4 l6 ou 4.17.
- omo nas l . . . , variável entre 12 cm e 5 cm.
de aproximaçao, c superestruturas com vigas pre-moldadas o
bservar que, nas , . . '
t importante O
• da superestrutura e matenahzado em dua
. . d elementos estruturais . s
peso propno os . . d ve então ser considerado separadamente do peso 850
O eso da viga ,solada e . . . .
etapas. P . _ f damental para o d1mens1onamento, pois o peso ,'- 40 385 385 40 t
. E sa cons1deraçao é un . .
da laJe· s sobre a seção da viga isolada, sem contar ainda

~ !
, rio da laje atua como carga - . . .
prop te Essa situação ocorre tanto na soluçao de laJe mte1ramente
com mesa colaboran . ' . ,. d , 1. ~
. moldadas no local, sobre pame1s e pre- aJes ou sobre ~
ré-moldada como nas laies , ,
p . A ção resistente da viga com mesa colaborante só pode
formas e cunbramentos. se . , 5 1 5
.. f u· para os carreeamentos postenores a completa ligação Pavimento em concreto betuminoso
ser admitida como e e va ...._ uslnaao a quente (CBUOJ
monolítica entre viga e laje.
Fig, 4.20 Definiçi1o dos elementos da seçi1o transversal viária - cotas •m cm
l
4 .,.2 Sobrecarga permanente l.
A sobrecarga permanente, aqui denominada com o símbolo 92 por ser a segunda Seguindo a prescrição de norma, adota-se o valor de 24 kN/m' para o peso específico
carga de origem gravitacional, corresponde ao peso dos elementos não estruturais, do concreto asfáltico. A carga correspondente, uniformemente distnbuída na direção
tais como pavimento, barreiras, revestimento do passeio, guarda-corpos e o aterro longitudinal, é definida a partir das dimensões da seção transversal do pavimento.
sobre as placas de transição. Para o concreto simples, como nos revestimentos de Lembrando que se deve dividir o valor pelas duas longarinas, tem-se:
passeio e na pavimentação em concreto asfáltico, admite-se peso específico com ""'----- 40 - - --,1'
valor mínimo de 24 kN/m'. A sobrecarga permanente é função exclusiva do peso dos (+13)
elementos que compõem a seção viária e, assim, pode ser determinada de forma 17.5 17.5
definitiva antes mesmo do pré-dimensionamento da superestrutura.
De acordo com a NBR 7187, deve-se ainda prever uma carga adicional de 2,0 kN/m' Para a previsão de repavimentação, tem-se ainda a seguinte carga em
para possível recapeamento, que, no entanto, pode ser dispensada no caso de vãos cada longarina:
mais expressivos. Observa-se que a necessidade de consideração dessa carga de
recapeamento, realidade comum no passado, tende a ser cada vez menor com 0 ½x(7,70 m x2,0 kN / m' )= 7,70 kN /m S,~ 47

Envoltôrla dos diagramas de momentos f letores (kN . m)


-763 O peso da barreira New Jersey é determinado a partir de sua área de 87
- 763 seção transversal, cuja forma pode ser simplificadamente representada
pela Fig. 4.21.
-26
Considerando-se para o peso especifico do concreto armado o valor de
25 kN/m', tem-se a seguinte cargaliistribuida uniforme para uma linha de
barreira:
15

{[(0,175;0,225)xo,47] +[(o,22s;o,40) xo,2s]+(O,l5 x 0,40)} m' x25


Fig. 4 .21 Sarnira New Jersey em
1.102
concreto armado - dimensões em cm
Fig. 4.19 Envolt6ria de momentos fl•t =5,80 kN /m )(_,,
ores por peso próprio em uma lon .
garino
89
88 Principais
anço, somente o peso das barreiras ações
Pontes
idade do b al . -
r que, na extrern A carga de pav1mentaçao, a partir da Pavlmentac;ao (B,18 kN/m) • repavimentacao (7 ,70 kN fm) • barreira (5,80 kN/m) = 21,7 kN/m
se observa estrutura.
Deve· oiidárias à super enas sobre a placa de aproximação 111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111 111111111111111 li
bre as alas, s passa a atuar ap '
age so restrutura, 1
midade da supe 17,4 kN · ;;t;N ~ 7,4 kN · m
extre . . d na Fig. 4.22. d barreira atuante sobre as alas pode ser
como mdica o a do peso a
ultante da sobrecarg estrutura, juntamente com o momento
A res d balanço da super Lj-
- -3.-60---&=:=======================-,a
- -_-00--
__-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_
::::zs::::::=~-3
-.6
-º-=i
-....:
0
aplicada no e xuern° trado na Fig. 4.2 ·3
ndente, como rnos d carregamento de sobrecarga permanente Fig, 4 .2-4 Aç6o da sobre,arga permanente um ,onsideror a placa de transiçao
corresPo . ão cornpleta o
Tem-se assim, a definiç as atuantes sobre o modelo de viga sem a
' n arina. Essas carg ' .
sobre uma linha de 10 g . _ são indicadas na Fig. 4.24.
laca de aprox1rnaçao,
consideração da P . na cornposição da sobrecarga permanente
d bservar na Fig. 4.25 ' .
como se po e O _ considerar O peso de aterro Juntamente com
sobre a placa de aproximaçao deve-se

F11. 4.15 Detalhe em perspectiva


da placa de aproximaç4o com
Término da pavimentaçao sobrecarga de aterro
sobre a superestrutura
o peso da pavimentação (8,18 kN/m) e da repavimentação (7,70 kN/m). Para a deter-
Projeçao da cortina
Fig. 4-22 Detalhe em minação da sobrecarga do aterro, a NBR 7187 define para o peso específico do solo
perspectiva da pa,içlla úmido o valor mínimo de 18 kN/m•.
das sobrecargas de Dessa maneira, chega-se ao seguinte valor para a carga de aterro sobre a placa
pallimentaç3o e ba"eiros para uma linha de longarina:

Peso de uma linha


de barreira sobre a ata ~ 2,45 ;---'!' 1
x(0,30x7,70) m' x18 kN/m'-20,8 kN/m
(S.80 kN/m) • (1,227 m) , 14,2 kN 1 2
r--+ - --1---------- - -- --i
A carga de aterro deve ser adicionada ao valor da sobrecarga decorrente da
pavimentação e da repavimentação, que pode atuar na forma de carga distribuída
no modelo com a placa de aproximação ou como carga concentrada no extremo do
balanço, conforme representado na Fig. 4.26.
A partir da carga definida na Fig. 4.26, tem-se o modelo para análise da ação
da sobrecarga permanente com a consideração da placa de aproximação como viga
apoiada sobre a extremidade do balanço, como indicado na Fig. 4.27.
142 kN Para a determinação da envoltória de cortantes e momentos fletores por ação de
sobrecarga permanente, são analisados os modelos das Figs. 4.24 e 4.27. Obtêm-se,
l7,4kN • m +
Fig. 4.23 Detalhe da açaa do pesa assim, os diagramas de envoltória apresentados nas Figs. 4.28 e 4.29, referentes a
da barreiro sobre O ala ---;;;;....,,..------0 uma linha de longarina.
- pontes
90

4.2 Ações variáveis


91
Principais
ações

Aterro Entre as ações variáveis que despertam solicitações importante s para o dimen-
sionamento da superestrut ura, destacam-se as forças verticais correspond entes aos
pesos das cargas móveis. As ações horizontais das cargas móveis (frenagem e força
centrífuga), mesmo que atuem sobre a superestrut ura, resultam em solicitações
111111!il 1
~: ; !~;~ ; ~t; cao: 15,9 KN'"'
Aterro soore a P1aca·. 20,BKNlm E
~li 111111 l l LiÜ
'-1=--- 4,00
J
- - --+--- 3,60
importante s para o dimensiona mento apenas da mesa e da infraestrut ura.
Em Engenharia de Estruturas, o arranjo das forças verticais referentes ao peso
das cargas móveis é usualmente denominado trem-tipo. Normalmen te, trata-se de
uma sequência de cargas concentrada s e distribuíd as a serem posicionada s no
modelo estrutural de modo a despertar as solicitações mais desfavoráve is, máximas
e mínimas. As cargas móveis são definidas nas norrnas brasileiras em função da
natureza ferroviária ou rodoviária, como a seguir detalhado.

4.26 Dejiniç3o da sobrecarga


Fig. 4.2.1 Carga móvel ferroviária
permanente sobn a placa
o conceito de trem-tipo tem origem nas obras ferroviárias , nas quais as compo-
de aproximaçllo
sições se acoplam sequencialm ente numa mesma trajetória. O peso dos vagões,

ll l III II 11 11 1o1111111111 1111 11 li O11


2
Htmiiii, ii,i,,i,i,i,,,,,,,, ii,,,,,,,,i,1 carregados ou descarregad os, é representad o por cargas distnl>uldas (q ou q1- As
cargas concentrad as (Q) representan do os eixos da locomotiva completam o trem-
87,6 kN tipo ferroviário, ilustrado na Fig. 4.30.
87,6 kN
flt l7,4kN -m
17,4 k.N
m
/1' :Zí _J
o o o o

L 4 3,60 _.::4:___ _ __ _ _ _ _ _ 18,00 - - - - - - - - - - , l t --

Fig. _27 Aç3o da sobru a,ga permonenle com o consideroçllo do placa de tronsiçllo
4
3,60
Q •

ITTJlrrnzrrnITTJ][ll]
Q

l l l l [ill\ITTilrr:mmfIIB
Carrepment o DisUnciu
Envoltôria dos diagramas de cortantes (kN) TB Distribuldo (kN/m) Concentndo
q (vigio cf (vaglo l(m) b(m) c(m)
carregado) descanepclo ) Q(kN)
195~ 166D e s 360 120 20 36 0 1.0 2 .0 2 .0
270 90 15 2 70 1.0 2 ,0 2 .0
Fig. 4.2& fn.,./lllrio de
240

·BBCJ
80 240 1.0 2 ,0

~
15 2,0
cortantes por sobrecarga 170 25 15 170 1.0 1.s 5,0
permanente em
uma longorina · 166 -195 Fig. 4.30 Cargas do trem-tipo ferrovidrio d1Jinidas pela NBR 7189
Fonte: ABNT (198~)-

.,.4 ~ . ,. Envottôrla dos dlaaramas de momentos fletores (kN • m) De acordo com a NBR 7189 (ABNT, 198S), são definidos os seguintes trens-tipos
ferroviários (TB):
► TB-360: transporte de minério de ferro ou carregamen tos equivalente
s;

~I ~
TB-270: transporte de carga em geral;
► TB-240: para verificação de estabilidade e projeto de reforço de obras existentes;
► TB-l lO: transporte de passageiros em regiões metropolita nas ou suburbanas .

670
Nas pontes ,1errov1"ánas
, comduasvia s, otrem-tipodeveserconsi deradoemdo bro. No
· . _
caso de três ou mais vias, deve-se analisar a mais desfavorável das seguintes s1tuaçoes:
Fig. 4.29 En.,.116rio de momentosfl t .
t ores por sobrecarga
permanente em uma longarina

D
92
93
pontes na osição mais crítica e demai s vias descan
cornoTB P . . . Principais
. arregadas B a posiçã o mais cntica '2:i~.
duas'llasc das com T n , com cargas ·---.i; ações
,. vias carrega - . afetadq
d

±~- ---~-- --~~--~-- -~----;fº----º


,. todas as fnido em funçao do numer o de vias ( 10.00 15,00
dução (p) e I 10 ,00
fator de re mido na Tab. 4.2. n), ~ 1 3,0l :
de u!Tl conforrne resu 1
. rdo que 5,
rna10 .______,
es de redução para efeito dinâm ico das cargas móveis d ,p , 1,467 ,p , 1,432 Fig. 4.32 Valores do coeficiente
T4.2 ~
Fator móvel
aferroviár a NBR 7187, 0 ,p, 1,401 ,p, 1,43 2
bia. oe acordo co!Tl evel!t "' , 1,467 de impacto fe"ovi6 rio
carga concei tos de dinâm ica das estruturas. No en••·
licando-se os
~6~
analisado ap · veis sejam repres entada s por cargas está"'"lo,
.
ue as cargas mo 4 .2 .2 Carga móvel rodoviária
~ adrnite- se q
or um coe i
f"ciente de impac to, que, no caso de obras ferr ÜCia. Ao contrá rio da carga móvel ferroviária, definid a na
multiplicadas p OVij. forma de cargas distrib uídas
guinte expres são: por unidad e de compr imento e concen tradas, as
rias, é definido pe1a se cargas móveis rodovi árias aruam
de forma genera lizada sobre a superfície de rolame
nto e, assim. podem agir em
q,= o,oot x(l.G0 0-60J i + 2,25t ) ~ 1,2 variad as posiçõ es.
A NBR 7188 (ABNT, 2013) define como carga móvel
rodoviária padrão o TB-450,
caracte rizado por veículo -tipo com 450 kN de peso,
. metros , de cada vão teórico do elemen to carregado_ circund ado por carga distrib uída
f é o cornpnmento, em . de 5,00 kN/m2 , confor me reprod uzido na Fig. 4.33.
em que . . que O menor vão seJa supen.or ou igual
.
a 70%dornaict
Considerando-se uma distrib uição
de vãos des1gua1s, em unifor me do peso do veículo, cada roda aprese nta
No caso . ' d"a dos vãos teórico s. No caso de vão em balanço ' uma carga P = 450 + 6 = 75 kN,
ermite-se considerar a me 1 li como indicad o. No caso de estrada s vicinai s munici
. ' pais com uma faixa ou em obras
p . 1 ao dobro de seu compn mento . particu lares, a NBR 7188 indica que a carga móvel
tomado como igua . rodoviária seja no mínim o igual à
- - d .
t importante observar q ue a placa de aprox1
.
maçao nao eue ser considerada cuno do tipo TB-240 (veículo com peso de 240 kN), com
valores e disposição tais como os
- determinação do coefici ente de impac to. definid os na antiga NB 6 (ABNT, 1960).
vao para a .. . • • d F' Nos passei os, deve-s e consid erar uma carga distrib
Como exemp1o, apresenta-se a ponte ferrov 1ana em viga contm ua a 1g. 4.31 uída de 3,00 kN/m 2 , na posição
mais desfav orável, concom itante com a carga móvel
rodoviária, para a análise estru-
15,00 tural global. Entreta nto, para o dimens ioname
nto especif icamen te do elemen to
estrutu ral do passeio , deve-s e adotar a carga distrib
uída no valor de 5,00 kN/m 2• Sl'm a

5.00 kN/m1
seçao A- A
( 1 1 2
Fig. 4.31 Exemplo de ponteferro,iária em viga continua

Nesse caso, não se pode tomar a média entre vãos


(difere nça m aior do que~
Seçao B-B 5.00 k N/m' -~
1,50 m t
P , 75 kN P , 75 kN P , 75 kN

1,50 m ~ 1.50 mi 1.50 m


f 5,00 kN/ml

Têm-se coeficientes de impact o diferen tes em função


da posiçã o da seção. Pode-Sf
) l l 1 11 1 IC
então definir os seguint es três trecho s, confor me indica
do na Fig. 4 .32. A A
► Balanço:

5,0 kN/ml
'P=0,001x(1.600-60,/2x3,0 +2,25 x2x3, 0) ⇒ tp = 1,467
B B

► Vãos de 10 m:

'I' =0,001 x (1.600 -60.fio ,õ + 2,25x 10,0) ⇒ tp


= 1,432

► Vão de 15 m:
~ T,soiii T,soiii 1,50 m 1
Fig. 4.33 Definiçao da carga
6,00m móvel rodoviária
Fonte: adaptad o de ABNT (2013).
q, - o 001 (
- ' x l.600-60$.õ+2,25x15,0) ⇒ ,p = 1,40l
1.-,ol
95
Principais
94
ações
Pontes
,r. . te de impacto. A Fig. 4.34 ilustra
consideração de coe1 ,c,en . tp = CIV -CNF -CIA
6veis rodoviárias descntas.
as cargas m .
• conforme definido na Fig. 4.33,
A carga move1, .
. .f. ada adotando-se o conceito de em que:
.. ' i veiculo TB-450 pode ser s1mp1I ic . CIV = coeficiente de impacto vertical;
,75 kN/roda ·zado como apresentado na antiga
veículo homogenel ' CNF = coeficiente de número de faixas;
NB (ABNT, 1982). No veículo homogeneizado, a carga
6 CIA = coeficiente de impacto adicional.
distribuída com O valor constante de 5,00 kN/m'
é considerada em toda a projeção do veículo (3,00 m
o coeficiente de impacto vertical (CIV) depende
• G,OO m), descontando-se a resultante dessa carga
do comprimento do vão considerado, de acordo com
das forças sobre as rodas, conforme indicado na
a seguinte expressão, válida para vãos maiores que 10 m
Fig. 4.35. A consideração do veículo homogeneizado
e menores que 200 m:
permite simplificar bastante a definição do trem-
Fig. 4.36 Carga móvel homogeneizada
-tipo e a integração das linhas de influência.
A carga concentrada por eixo do veículo homoge-
,, Cargo m6~1 rodo~idrio incluindo carga no passeio neizado, desconsiderando-se o impacto, é, portanto: CIV=1,00+1,06x(~) (4-23)
Fig. 4 ..,., L1v+SO

(450 kN-5,00 kN / m ' x l 8 ,0 m') = 120 kN / eixo (4-21)


em que Liv é o comprimento do vão, expresso em metros , sendo:
P, = 3 eixos Liv = comprimento do vão, no caso de vão isostático ou em balanço;
Liv = média aritmética dos vãos, no caso de vãos contínuos.

® Para vãos menores ou iguais a 10 m , deve-se adotar o valor constante CIV = 1,35.
5.00 kN/m> Para vãos maiores que 200 m, a NBR 7188 recomenda que se realize estudo
5,00 kN/m> A r-------- - , A
A específico.
1 1 1 1 1

c=J [i 1 1 1 1
- - -- - -- --- ~
1 O coeficiente de número de faixas (CNF) é definido em função da quantidade
(n) de faixas de tráfego, não se considerando acostamentos e faixas de segurança,
conforme a seguinte expressão, válida para n ~ 4.
1 6,00 m 1-
CNF = 1,00-0,0S x(n-2)

p p p
E E E E Os valores de CNF podem ser resumidos como indicado na
~ ~
5e(30 A-A ~ ~ ...; ...; Tab. 4.3. Tab. 4.3 Valores de CNF em funçao da
O coeficiente de impacto adicional (CIA) só é considerado quantidade (n) de faixas de tráfego
n-3
~ j j j 1
11 1 1 < n111 11 para as seções situadas a uma distância inferior a S,00 m das
juntas ou das descontinuidades estruturais. Para essas seções,
o valor do CIA é função do tipo de material.
CNF 1,0 5 1,00 o,95 0 ,90

Fig. 4.35 Definiç/la da carga móvel homogeneizada: (A) velculo-lipo original (auslncia de carga em sua projeçilo} e
(B) velculo-lipo homogeneizado (carga de 5,0 kN/m' em sua projeç/lo) Para obras em concreto ou mistas:

CIA = 1,25
A Fig. 4.36 exemplifica a disposição das cargas m6veis rodoviárias com o veículo
homogeneizado.
A partir do ano de 2013, o coeficiente de impacto passou a ser definido pela NBR Para obras em aço:
7188, substituindo a expressão apresentada anteriormente pela NBR 7187. De acordo
CIA = 1,15 (4-26)
com ª definição da NBR 7188, o coeficiente de impacto rodoviário é resultante do
produto de três fatores, conforme a expressão a seguir,
96 97
Pontes Principais
. m das juntas ou extremidades , basta ações
- a distância superior a 5'00 .
Para as seçoes a um . . mente não considerá-lo no cálculo.
om valor unitário ou simp1es -
q, = CIV -CNF -CIA = 1,344 x 1,00x l,00=> q,= 1,344
considerar o CIA c . apresenta-se a comparaçao entre os
Na Fig. 4·37 .
ciente de impacto segundo a antlga NBR
valores d ecoefi 4.2.3 Variação de temperatura
NBR 7188 considerando- se a multipli-
1,5 7187 e a recente • A exposição da superestrutura à radiação solar provoca expressivo aqueci-
- CIV CNF sem o coeficiente de impacto adicional.
caçaoq:>= · • mento da superfície superior, enquanto a parte inferior permanece protegida dessa
Observa-se que O coeficiente da NBR 7188 (ABNT, 2013) ação. Assim, as temperaturas nas faces superior (liTJ e inferior (tiTJ apresentam
resulta em valores sempre maiores que os da antiga NBR valores bem distintos e variam ao longo da altura de forma irregular. Essa situação,
N8R 7188 L'
(CIV)x(CNF)
7187 (ABNT, 1987) para n s 2. Destaca-se que, para 1v > de variação não uniforme de temperatura, caracterizada por tiT, > tiT,, resulta em
- - - - - - - n, 1 m (n 4), 0 coeficiente de impacto de acordo com a
140 2 expansão maior nas fibras superiores, despertando expressivas solicitações de
- - - - - - - n' 2 NBR 7188 é inferior à unidade, sendo, portanto, redutor. flexão nas estruturas hiperestáticas.
-------n,3
- - - - - - n~4 Para exemplo, considera-se a mesma superestrutur a Para a análise dos efeitos de variação de temperatura, pode-se admitir como
Uv(m] em viga contínua da Fig. 4.31 como uma ponte rodoviária modelo simplificado uma distribuição linearmente variável, como representado na
o,sL--~-
o
-- :-:10::0- - - ;1~50; ----~200 em concreto armado com duas faixas de trãfego. Por Fig. 4.39. A variação linear (trapezoidal) pode ainda ser decomposta em uma variação
50
serem duas faixas, tem-se valor unitário para o coefi- uniforme, que tende a causar alongamento, e uma variação linear, com valor nulo
Fig, 4-37 Comparação ,nlre os VDlores d, c,,,f,âente de impaclo no centroide, que tende a resultar em deformação típica de flexão. Havendo alguma
ciente CNF.
s,gundo a NBR 7188, a NBR 7187 Na determinação dos coeficientes de impacto indi- restrição ao alongamento ou à rotação, são despertadas solicitações normais ou
cados na Fig. 4.38, são identificados os seguintes trechos: momento fletor. t importante notar que a variação linear, com valor nulo no centroide,
► Balanço no trecho distante a menos de S,00 m da extremidade (CIA = 1,2S): pode ser perfeitamente caracterizada pelo gradiente de temperatura, função exclusiva
das variações nas fibras extremas e da altura da seção transversal.

tiv = 3,0 m => CIV = 1,0+ 1,06 x(


3 ,:~so
)= 1,400 (4-27)
t.T,
vanacao uniforme
t.T

q, = CIV -CNF -CIA = 1,400x 1,00x1,2S => q, = 1,750

► Vão continuo distante a menos de S,00 m da extremidade (CIA = 1,25):

Liv 10,0+15,0+10 ,0 11,67m=CIV =1,0+1,06x (-6270)=1,344


(4-28)

(4-29)
"\lr3t7 =D+ t.T,
Fig. 4.39 Decomposição de
variaçdo dt temperatura
linearmente varidvel

= 3 11, +50
Para a determinação das deformações por efeito de gradiente térmico, considera-
se como corpo livre um elemento infinitesimal de viga, conforme esquematizado na

:r
q, = CIV -CNF -CIA = 1,344x1,00x 1,25=> q>= 1,680 Fig. 4.40.

Fig. 4.3& Valam do


i ·1
- 1
rn.oo t ., 1 rnoo
\_ _
i
'(> , 1,750 Z,00 ' - - -- - - - -- - ~ - -- -- -- -- ~ 2,00 'i' , 1,750
coef,cient, de ........,_, '(l ' l ,344 -......-,
impacto rodovidrio 'i' ' 1,680 'I', 1,680

► Vãos contínuos distantes a mais de 5,00 m da extremidade (CIA = 1,00):

Liv 10,0 +1S,0+10,0 (


3 =11,67m=Cl V=1,0+106x _ _2_0_) =1344
' 11,67+50 ' Fig, 4.40 Efeito do gradi,nte de temperatura em trecho infinitesimal de viga
98 99
Pontes
Principais
, deduzir as seguintes relações a partir da ações
é poss1ve1
Observando-se essa fiigura, superfícies deslizantes para possibilitar deslocamentos horizontais em determi-
configuração deformada: nados pontos de apoio da superestrutura. Essas condições de apoio se destinam
(4-33)
também a reduzir ou eliminar as solicitações por restrição dos efeitos reológicos
e permitir a implantação de protensão, sem que haja restrição ou transferência de
ações para a meso e a infraestrutura. Entretanto, nas estruturas hiperestáticas, o
(R+H)d,p=dx+a-T, -dx gradiente de temperatura sempre desperta momentos fletores significantes, que
devem ser considerados no dimensionamento da superestrutura. Na Fig. 4 .43 são
exemplificadas configurações deformadas típicas de vigas hiperestáticas por efeitos
Com a Eq. 4.33 na Eq. 4.34, tem-se que
de variação uniforme e gradiente. t importante observar que, ao contrário das vigas
contínuas sobre apoios rotulados e/ou deslizantes, nas estruturas hiperestáticas
a(T -T)dx aporticadas as variações uniformes de temperatura tendem a resultar em solicita-
d,p= • ' (4-35)
H
ções importantes.
Como exemplo hiperestático submetido a gradiente de temperatura, apresenta-
Admitindo-se as grandezas envolvidas {a; T,; T;; H) como constantes, os efeitos -se na Fig. 4.44 o modelo de viga contínua com três vãos, bastante usual em estru-
da variação de temperatura, considerada linearmente variável, podem então ser turas de pontes. Considera-se a situação comum de vãos de extremidade iguais e vão
decompostos como resumido na Fig. 4.41, para uma viga analisada como corpo livre. central expresso como uma proporção dos vãos extremos.
A análise da viga hiperestática pode ser efetuada considerando-se inicialmente

1---------''------I ll.T, ll. T T, um sistema biapoiado (isostático), livre para se deformar devido ao gradiente

~ -IHIU~r =D ♦ 1 ll.T1 T,
térmico. Para respeitar a compatibilidade com as restrições do sistema hiperes-
tático, considera-se a imposição de forças verticais (F) necessárias para anular os

,--------.;_I ~1
ll.L = ll.T · a · L
i---1
1

'~-------------
l Variaçao uni forme
ll.T


l-~
Solicitações normais = o Gradiente de temperatura ➔ Momentos fletores : O

Efeito da varlaçao uniforme de temperatura Fig. 4.42 Efe itos de variafdo de temperatura em superestrutura isos-tática
Efeito do gradiente de temperatura

Fig. 4-41 Ef<itos de variação de temperatura em corpo livre

_ Nas e struturas isostáticas, as deformações por variação de temperatura


sao liberadas e • assim , nã0 ocasionam• -
tensoes e solicitações. Como exemplo,
l Varlaçao uniforme
ll.T

➔ Solicitações normais = o Gradiente de temperatu ra ➔ Moment os fletores • O


apresentam-se na Fig 4 42 as d i - .
· · e ormaçoes por efeitos térmicos em uma superes-
trutura biapoiada Observa se f' Fig. 4,43 Efeitos de variaç1fo de temperatura em superestrutura hiperestdtica (apoios deslizantes)
· - que as con igurações deformadas correspondem às
mesmas formas apresentada 'd -
. s nas cons1 eraçoes de corpo livre da Fig. 4.41. Mesmo
que na prática o aparelho de a oio - .
r P nao permita uma movimentação absolutamente
ivre, as forças de reação horizontal d
tude ins ·r, espertadas tendem a ser de pequena magni-
' igm icantes para o dimensionamento das vigas
Nas estruturas em viga hiperestática é . .
ções aos deslocam . ' usual que se busque minimizar as restn-
entos por efeito de vari - .
finalidade são prev· t açao uniforme de temperatura. Com essa
' is os aparelhos de apoio fl . . .
com ex1b1hdade adequada ou mesmo Fig, 4,44 V iga continua sob gradiente de temperatura
100
Pontes
101
. ais (ô) conforme .m d"cado
i
na fig. 4.45. Tem-se, assim, definida
Principais
deslocamentos vertic ' . ·t ções cortantes e dos momento s fletores
d. tribuição das so11c1 a ações
a forma típica de is tamente determina dos, por exemplo, via Para a determina ção do valor entre os dois limites citados, a NBR
ilustrada, cujos valores podem ser pron 50% da diferença entre as temperatu ras médias de vera·o e · 6118 indica que
•- d b
seja considerad a. inverno na reg1ao a o ra
método das forças.
A variação uniforme de temperatu ra a ser levada em conta pode ser representada
AçM do gradiente t érmico em sist ema lsost3tlco sinteticam ente, de forma gráfica, pela Fig. 4.46.
r,
varlaç3o de
temperatura (ºC)
15 - - 1 - - - T - - - t - -:::,-t- ---H..._
T1

::';~:

lo -~H---~~--~~-~~---4➔-}~a-ma serem considerados

40 50
Fig. 4.46 Definiçdo do ealor do
60 70 ao Menor d1mens3o (cm)
eorioçdo uniforme de temperatura

~1~iii~i~1
i~1i~il1
i1i'1i 1~ H (3 • U)
Para a definição da variação não linear de tempe-
ratura, a norma brasileira se baseia no Eurocode, que
prescreve urna distribuiçã o em três trechos lineares,
como reproduzido na Fig. 4.47.
Os valores a serem considerados para as variações
h,, 0.3 H > 15 cm

h1 ' o3 H

f
h1

< 10 cm h,
l> 25cm
Diagrama de cortantes
3E·l·a · i'.T (1 +À) não uniformes de temperatu ra dependem da altura da H
H· L (3 • U ) seção transversa l e da espessura do pavimento, corno
indicado na Tab. 4.4.
A análise estrutural de viga sujeita a variação não fl
> H - n, - h,
hi = O.) H > 10 cm • pavimento h1
3E · I ·a· t.T
uniforme de temperatu ra representa um problema
H·L relativam ente trabalhoso , porém, considerando-se que
o efeito dessa ação na superestru tura desperta funda- Fig. 4-47 Definiçdo do distribuiçdo do variaçdo
Fig. 4.45 Solicitações em viga continua sob gradiente de temperatura mentalme nte flexão, pode-se adotar urna variação ndo uniforme de temperatura
linear equivalente, como indicado na Fig. 4.48.

Para a definição do valor da variação uniforme de temperatu ra a ser levado


em variacao de temperatura
variaç3o n3o uniforme
conta no projeto, a NBR 6118 (ABNT, 2014) prescreve que se considere uma equivalente
oscilação de temperatura
de temperatu ra em torno da média, definida em função da menor dimensão r,
,
conforme a seguir resumido:
► elementos estruturais com menor dimensão não superior a 50 cm: variação de y
tempe-
ratura de 10 •e a 15 'C;
► elementos estruturais maciços ou ocos com menor dimensão superior a 70 cm: variação H
Gradiente de ri
de temperatu ra de 5 •e a 10 ºC; Y, temperatura_ ./ /
.- ll..:.!i. Fig. 4.48 Variações de
► elementos estruturais com menor dimensão entre 50 cm e 70 cm: interpola ção entre H
temperatura ndo uniforme e
os valores anteriorm ente menciona dos. linearizada equivalente
102 103
Pontes Principais
•forme de temperatura ações
Valores da variação não uni
Tab. 4.4 Espessura da AT, ("q AT2 ("C) Alj 1•q M = J;ü(y)•b(y)•y-dy = J.E -a- y' ·(T, -T, )/H -dA = E-a- 1-(T, -T, )/ H (4-41)
Altura da s~0 pavimentação
transversa 12,0 ~.o 0,1
o
1~,2 1•2 º·~ 'M = M), tem-se , a par11-r d as Eqs. 4 .38
Para a equivalência dos efeitos de flexão I"'
5cm
8,5 ~.5 0,5 e4.41:
10cm
20cm 5,6 2,5 0,2
15cm
p 2,0 0,5
20cm E•a•l •(T, -T; )/H = J; E-a-T(y) -b(y) -y -dy
1,2 (4-42)
o 15,2 1•1
1z,2 1,6 1,1
5cm
12,0 ),O 1,5 Pode-se, assim, definir o gradiente da distnouição de temperatura linearizada como:
10cm
40cm 2,0 1,2
15cm 8,S
20cm 6,2 1,) 1,0
(T,-T;) J; T(y) b(y) -y -dy
o 15,2 1·º 1,1 -H-= 1 (4-43)
Fm 17,6 1·º 1,8
10cm 1~,o ),O 2,0
60cm
15 cm 2,7 2,2 1,7 Têm-se ainda definidas as temperaturas extremas da distribuição linearizada a
20cm z,2 1,5 1,5 partir do gradiente, como a seguir expresso.
o 15•1 1·º 2,0
sem ,z,s 1·º 2,1 T - (T, -T;)
10cm 1),5 ) ,O 2,5 ,-Y, -H--
?: 80 cm
15cm 10,0 2,5 2,0
20cm 7,5 2,1 1,5
T, =-y, (T, -T,) (4-45)
considerando-se o coeficiente de dilatação térmica a, tem-se a seguinte H
expressão para a deformação na profundidade y decorrente da variação de tempera-
tura não uniforme llT(y): Para a determinação da integral h(y) . b(y) . y . dy,
a, r,
pode-se considerar um trecho genérico de seção decom-
e(y)=a ·llT(y) posta em trapézios, admitindo-se larguras (B1 ; B:zl e respec-
tivas temperaturas (T1 ; T:zl, em posições (y1 ; y:zl referidas ao b(y)

Caso essa deformação seja restringida, a tensão normal despertada e o respec- centroide, conforme indicado na Fig. 4.49.
Yt
Para uma determinada ordenada y, têm-se então as
tivo momento fletor resultante serão expressos em função do módulo de elastici-
dade (E) como a seguir: seguintes expressões para a largura da seção b(y) e atempe- T a,
y
r,

u(y)=E•a•llT(y) (4-37)
ratura T(y):
___-J _________ _
b(y)= B,(y-y,)+B, (y, - y) Fig. 4.49 Trecho genérico de drea lrapezoidal com eariafc10
M= J;u(y)•b(y) -y -dy= rE
,, -a-llT(y) -b(y)-y•dy (4-38) (y, -y,)
(4-46)
linear de it:mperaeura

Para a variação li · d • T(y)= T, (y-y,)+T,(y, -y)


• neanza a equivalente de temperatura, com gradiente (T,-TJ/H, (4-47)
tem-se analogamente as s . t -
egum es expressoes para deformação tensão normal e
(y, -y, )
momento fletor: '

Dessa forma, a integral da Eq. 4.43 pode ser efetuada analiticamente, resultando em:
ê(y) = a-y-(T, -T, )/ H (+39)

f'T(y)•b(y)-y-dy= (y, -y,) [(y1+y2)(T1 ·B, +T2 -B1 )


Y, 12
õ'(y)= E·a•y •(T, -Ti)/ H
+T1 ·B1(3Y1 +Y2)+T, ·B,(y, +3y,)]
102

Pontes
103
d . ão não uniforme de temperatura Principais
Tab. 4,4 valores a vanaç ações
Altura da seção Espessura da AT, ("C) AT2 ("C) AT3 ("C)
pavimentação M= J ; a(y) •b(y)-y-dy=J E-a -y'- (T -T. )/H -dA-E
transversal A • , - ·a •l·(T, -T; )/ H (4-41)
o 12,0 5,0 0 ,1
5cm 13,2 4,2 0,3 Para a equivalência dos efeitos de flexão m _ ) .
10cm 8,5 3,5 0,5 I"' - M ' tem-se, a partu das Eqs 4 38
20cm e4A~ · ·
15 cm 5,6 2,5 0,2
20cm 3,7 2,0 0,5
o 15,2 4 ,4 1,2 E-a -1-(T, -T; )/ H = J; E-a- T(y)-b(y)-y-dy
5cm 1z,2 4,6 1,4
40cm 10cm 12,0 3,0 1,5 Pode-se, assim, definir o gradiente da distribuição de t li •
emperatura nean zada como:
15 cm 8,5 2,0 1,2
20cm 6,2 1,3 1,0
(T, -T;) J;r(y)-b(y)-y -dy
o 15,2 4,0 1,4
-H-= 1 (4-43)
5cm 1z,6 4,0 1,8
60cm 10cm 13,0 3,0 2,0
15cm 2,z 2,2 1,z Têm-se ainda definidas as temperaturas extremas da distribuição linearizada a
20cm 7,2 1,5 1,5 partir do gradiente, como a seguir expresso.
o l5,4 4,0 2,0
5cm 1z,8 4 ,0 2,1 T _ (T, -T;)
~8ocm 10cm 13,5 3,0 2,5 , -y, - -H - (4-44)

15cm 10,0 2,5 2,0


20cm z,5 2,1 1,5
(4-45)
Considerando-se o coeficiente de dilatação térmica a, tem-se a seguinte
expressão para a deformação na profundidade y decorrente da variação de tempera-
tura não uniforme LIT(y): Para a determinação da integral fr(y) • b(y) . y . dy, r,
81
pode-se considerar um trecho genérico de seção decom-
E(y)=a-LIT(y) (4-36) posta em trapézios, admitindo-se larguras (B1; B,) e respec-
tivas temperaturas (T1; T2) , em posições (y1; y,) referidas ao b(y)

centroide, conforme indicado na Fig. 4.49.


Caso essa deformação seja restringida, a tensão normal despertada e o respec- Y1

tivo momento fletor resultante serão expressos em função do módulo de elastici-


dade (E) como a seguir:
Para uma determinada ordenada y, têm-se então as
seguintes expressões para a largura da seção b(y) e atempe-
ratura T(y):
-:r e,

___-J __ __ __ __ __
y
r,

u(y)= E-a -LIT(y) (4-37) Fig. 4.49 Trecho genüico de área trapezoidal com variaç6o
b(y)= B1 (y-y, )+B, (y1 -y)
(y, -y,) linear de temperatura
M = J; u(y) -b(y) -y -dy = J ; E-a -LIT(y) -b(y) -y -dy (4-38)

T( )= T1 (y - y, )+T, (y, -y) (4-47)


Para a variação linearizada equivalente de temperatura, com gradiente (T, -TJ/H, y (y, -y, )
têm-se analogamente as seguintes expressões para deformação, tensão normal e
momento fletor:
, . t d Eq pode ser efetuada analiticamente, resultando em:
Dessa ,orma, a m egra1 a . 4•43

ê(y)=a •y •(T, -T;)/H (4-39)

JY,T(y) ·b(y) •y-dy = (y, 12-y, ) [(y, + y, )(T1 -B, + T, ·B1)


y2 (4-48)
õ'(y)= E-a -y -(T, -T; )/ H +T, ·B,(3y, +y,)+T, ·B,(y, + 3y, )]
104

Pontes 105

Principais
. - da distribuição linearizada de temperatur ações
Para exemplo de determmaçao . . a,
_ resentada com respectivas propnedades georné. Tab.4.5 Integração f T • b . y . dy
considera-se a seçao celu1ar rep B,(m) B, (m) 7i (' q T, ('C) r, (m)
tricas (área, centroide e inércia) na Fig. 4.50. - • 8,70 8 ,70 17,8 4 ,0 0,726
r, (m) Jb , T , r · dy('C · m3)
.. . . ção da integração, a seçao e redesenhada em escala 0 ,576
Para facihtar a v1sua11za . . . . 8,70 8,70 4 ,0 3,2 0 ,576
9,485
• ão de formas trapezo1da1s s1métncas, como represen- 0,526 0 ,864
deformada como superpos1ç 6 ,70 1,70 3,2 1,6 0,526 0,426
. N definição dos valores da variação de temperatura, considera-se 1,20 1,6 0,527
tado na Fig. 4.51• ª
1,70 o 0,426 0,326 0 ,048
a camada de pavimentação com 5 cm de espessura (t.T, = 17,8 'C; t.T2 = 4,0 'C; t.r3 ,. 4,7° 4 ,70 o 2,1 -1,124 - 1,274 -0,906
, 'C). Para a aplicação da expressão de integração por trechos (Eq. 4.48), as larguras 10,02
21
intermediárias correspondentes às alturas h1 e h2 são definidas. Analogamente, as Tem-se então o gradiente de temperatura para a d.1st ·b · - . .
n mçao equivalente linea-
temperaturas referentes às variações de formas trapezoidais são também definidas rizada, a partir da Eq. 4.43:
(3,2 •e e 1,6 'C).
A partir dos valores indicados na Fig. 4.51, pode-se aplicar a Eq. 4.48 para efetuar
T, - T; 1J 10,02 'Cm'
as integrações nos trechos trapezoidais da seção, como resumido na Tab. 4.5. t - H = -r T-b-y -dy ---:-,--::..=. 4;39 ' C/m (4-49)
2,28 m'
importante notar que as ordenadas (y) para integração devem ser determinadas em
relação ao centroide da seção.
As temperaturas extremas da distribuição linearizada são determinadas pelas
. , , _ - - - - - - - - - -- - - - -e10 - -- - - - - - - - - - - - - - - , I ' - Eqs. 4.44 e 4.45, como a seguir expresso.

- (T, -T;)
15
T, -Y,-H-=(0,726 m) x (4,39 ' C/ m)=3,19 ' C

200 ,l?S.-lf----- 175

Area = 4,15 m1
(T, -T.) /
JS T; = Y;-H-=(-1,274 m) x(4;39 ' C m)=-5,59 ' C
Y,, 0,726 m
y,, 1,274 m
Inércia = 2,28 m•
200 - ---;I'-------- - - - - - - -- - - -1<---- 200 - - - - " Deve-se notar que o gradiente de temperatura e a distribuição linearizada assim
Fig. 4-50 Exemplo de stfl}o ulular para determinaçi}o de gradiente ttrmico - cotas em cm determinados correspondem aos mesmos valores que seriam obtidos analisando-se
apenas meia seção transversal, com as larguras de mesas colaborantes correspon-
5eçao decomposta em trapézios - cotas em cm Olstrlbulçao de temperatura em •e
dentes a uma única alma, como representado na Fig. 4.52.
87D-- - -- - - - - - - .- - 4 ' k - - -~ - - - - - - - = - :17,8 Visando estabelecer expressões simplificadas para a determinação do gradiente
15 h,, 15 térmico, considera-se que seções abertas ou celulares sejam simplificadamente

Y, ' 72,6
h,, 25
Seçao correspondente a uma alma - cotas em m Olstrlbulcao de temperatura em •e

,r'-- - -- - - - - -D, , 4,35 Nao uniforme linearizada


T,, l,19

Y, ' 127,4
115
1-1 '
r
2,00
Area = 2,07 m'
Y, , 0,726 m
Y, = 1,274 m
Inércia = 1,14 m•
y,, 1,274

70 , - - - -- --->l n,, 1s T,, -5,59


_____.:.....:2~0:___ _---'I_ _ _I
2,1
r---'--110,_.,__ _T
- - - --L___47Q,_ _ ___,__ _ _ _ __:;,15
Fig. 4.51 SeçtJo decomposta em traptzios e dislribuiç/lo de temperatura -
h, , 15
2,1
.J<J- - -b,, 2,35

Fig, 4.52 Resumo da definiçtJo do gradiente ltrmico


----l'J
106 107
Pontes Principais
. do na Fig. 4.53. Levando-se em conta ações
. . a como esquematiza •
definidas de forma umc ' . altura maior do que 80 cm, tem-se 08 T, -T, __1_{3 x 4,35x17,8 x (20 x 0,726 - 1)
sos mais usuais com . . ~=1,14 800 +
exclusivamente os ca O h como md1cado.
1
valores h, = 15 cm, h2 =25 cm e h3 = cm + """' + 4x(4x4,35 x (19 x 0,726-3)+5 x0,35 x (4 x 0,726 1)
480
Forma simplificada de viga genérica
[exclusivamente para determlnaçao do gradiente térmico)
2,1x2,35 x 0,15 x(3x1,274-0,15)} T - T
viga celular - 6 = - Y =4,44 ' C/ m (4-53)
Viga pré-moldada
viga moldada ln loco D
D
D b g:iermper:::ras ['~Ti
Y,
Observa-se que, mesmo com a representação simplificada da seção transversal,
obtém-se uma resposta aproximada praticamente coincidente com O valor do
Y, gradiente determinado na Eq. 4.49, em que se seguiu um procedimento de integração
mais rigoroso.
h ,u,
0.J
Fig. 4.53 Sef60 transw:rsal gentrica simplificada

· t egra1·s de cada trecho trapezoidal, tomando-se a posição do


Efetuando-se as m
. Ys e Yi em va1or absoluto' obtêm-se as expressões indicadas na Tab. 4.6.
centro1de,
t importante observar que as dimensões das grandezas b,, b,, Y,, Y, devem ser em
metros.

Tab. 4.6 Integração fT •b • y · dy para a seção simplificada


81 (m) s, (m) T, ('C) T, ('C) y1 (m) y, (m) Jb • T · l. · dl_ (' C · m3)
3b, [t.T1 (20y, -1)+2t.T, (10y, -1)]
b, b, LIT, LIT, Y, Y,-0,15 800

t.T, [b, (BOy, -17)+b,.(40y, -11)]


b, b. LIT, o y,-0,15 Ys-0,40
960

t.T, -b, -h, (3y1 -h,)


b, b, o LIT, -y,+h, -y,
6

Assim, admitindo-se a representação simplificada proposta na Fig. 4.53, tem-se a

l
seguinte expressão para o gradiente térmico:

3b, ·AT,(20y, -1) AT,(4b, (19y, -3)+5b,.(4y, -1)1


T,-T, =.!_ 800 + 480
H -, AT, •b,·h, (3y1 -h,) (4-52)
1 6

em que a inércia (1) deve ser em m 4 •


Substituindo-se as características da seção de exemplo, representada na Fig. 4- 52
4 35
(b, = , m; b; = 2,35 m; Y, = 0,726 m; y1 = 1,274 m; I =1,14 m 4; h = 0,15 m), na Eq. 4-52•
tem-se: 3

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